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CADERNO DE SÍNTESE TECNOLÓGICA – REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal
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Resumo
A reabilitação do património edificado constitui uma das prioridades da construção em Portugal, atendendo ao estado de degradação de muitos edifícios. Nesta fase de transição de paradigma – passagem da construção nova para a reabilitação – é imprescindível que o Estado contribua para definir um plano estratégico (2015-2025). Sem uma estratégia de continuidade não é fácil ao mercado encontrar uma dinâmica adequada.
Consideramos que as Universidades, Centros de Investigação, Laboratórios, Empresas, Associações Profissionais e demais Instituições ligadas ao setor da construção têm o dever de contribuir para o diagnóstico da situação, propondo medidas e preconizando o caminho a seguir. É crucial quantificar as necessidades e os investimentos, propor medidas de caráter económico e financeiro, refletir sobre o quadro regulamentar, bem como alertar para preocupações tecnológicas e de durabilidade das soluções.
Um grupo de mais de 30 especialistas, de 15 instituições ou empresas, no âmbito do Grupo de Trabalho da Reabilitação, da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC), elaborou o “Caderno de Síntese Tecnológica – Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal” que visa sensibilizar os decisores e atores da construção para a absoluta necessidade de se elaborar um verdadeiro plano estratégico.
Palavras-Chave: Reabilitação; Plano Estratégico; Regulamentação; Financiamento; Tecnologia; Durabilidade.
CADERNO DE SÍNTESE TECNOLÓGICA – REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal
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Índice
1 Introdução 1
2 Património Edificado e sua tipificação 5
2.1 Habitação 5
2.1.1 Edifícios antigos 5
2.1.2 Edifícios de 1960 a 1990 6
2.1.3 Edifícios posteriores a 1990 7
2.2 Habitação social 8
2.3 Escolas 9
2.4 Património Monumental 10
2.5 Tribunais 11
2.6 Um olhar sobre Lisboa 12
3 Mercado imobiliário de habitação 13
3.1 Enquadramento sócio-económico 13
3.2 Panorama imobiliário 14
3.2.1 Oferta e procura de imobiliário em Portugal 14
3.2.2 Valorização do imobiliário 15
3.3 Análise económica 16
3.3.1 Custos diretos na promoção 16
3.3.2 Custos indiretos na promoção 17
3.4 Referenciais de custos de construção - Reabilitação 18
3.5 Propostas para dinamização do setor imobiliário 19
3.6 Programa “Reabilitar para arrendar” 20
4 Especificidades da regulamentação para as operações de reabilitação 21
4.1 Disposições arquitetónicas 21
4.1.1 Regulamento Geral de Edificações Urbanas 21
4.1.2 Regulamento de acessibilidades 22
4.2 Segurança 23
4.2.1 Eurocódigos e regulamentação portuguesa de estruturas 23
4.2.2 Segurança contra incêndio em edifícios 24
4.3 Conforto 25
4.3.1 Regulamento de desempenho energético dos edifícios de habitação (REH) 25
4.3.2 Regulamento de desempenho energético dos edifícios de comércio e serviços (RECS) 26
4.3.3 Regulamento geral do ruído (RGR) 27
4.4 Instalações técnicas 28
4.4.1 Instalações elétricas e de telecomunicações 28
4.4.2 Instalações de abastecimento de água e drenagem de esgotos e águas pluviais 29
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4.5 Sustentabilidade ambiental das intervenções 30
4.5.1 Considerações iniciais 30
4.5.2 Compras públicas ecológicas 31
4.5.3 Avaliação ambiental de produtos e de edifícios 31
4.5.4 Materiais reciclados/recicláveis 32
5 Controlo público das operações de reabilitação urbana 35
5.1 Os regimes gerais 35
5.2 O Regime Excecional para a Reabilitação Urbana 36
5.3 Regulamentação específica para a reabilitação 37
6 Métodos de apoio à decisão 39
6.1 Avaliação do ciclo de vida das intervenções 39
6.2 Avaliação do risco 40
6.3 Análise de custo-benefício 41
7 Financiamento, incentivos e fundos de reserva 43
7.1 Incentivos financeiros e fiscais 43
7.2 Fundos de reserva 44
8 Recomendações técnicas 45
8.1 Reforço sísmico/estrutural 45
8.2 Coberturas 46
8.3 Paredes 47
8.4 Fundações 48
8.5 Vãos envidraçados 49
8.6 Pavimentos 50
8.7 Ventilação 51
8.8 Energias renováveis 52
8.9 Instalações 53
8.9.1 Elétricas e de telecomunicações 53
8.9.2 Águas e esgotos 54
9 Reabilitação com durabilidade 55
9.1 Vida útil 55
9.2 Reabilitação por “camadas” 55
9.3 Facilidade de inspeção 56
9.4 Manutenibilidade 57
9.5 Planeamento das ações de inspeção/manutenção 58
10 Conclusões 61
Bibliografia 63
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1
1 Introdução
Vasco Peixoto de Freitas | Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
A construção é um setor de atividade indispensável às sociedades modernas e desenvolvidas. No entanto, em cada momento é necessário ajustar as intervenções às necessidades. Contrariamente à imagem errada que passa na opinião pública, há um futuro promissor para o setor da construção, cujo contributo para o Produto Interno Bruto – PIB terá de ser sempre muito significativo. Nesta fase de transição de paradigma – passagem da construção nova para a reabilitação – é fundamental que o Estado contribua para definir um plano estratégico para um período alargado, que quantifique as intervenções futuras, hierarquize as prioridades e calendarize o plano de ação. Sem uma estratégia clara e de continuidade não é fácil ao mercado encontrar uma dinâmica adequada para a reabilitação do património edificado. Se nada for feito, daqui a uma década, todos lamentaremos a falta de visão que conduzirá a que vilas, cidades e infraestruturas se mantenham profundamente degradadas, num país em que o turismo é um dos setores mais dinâmicos da imprescindível recuperação económica.
O extraordinário investimento, nas últimas décadas, na construção de novos edifícios conduziu a um excesso de oferta e à não intervenção no património edificado existente, que teve como consequência o abandono do centro das cidades. Por outro lado, há uma ideia não fundamentada de que a reabilitação dos edifícios é cara, não permite satisfazer as exigências atuais de conforto e que só intervenções muito intrusivas conduzem ao sucesso, o que tem de ser contrariado por não corresponder à verdade.
A reabilitação urbana constitui um exercício complexo, que exige aos intervenientes um conhecimento multidisciplinar sem o qual não é possível conceber e implementar as melhores soluções. Não se deve também esquecer, que ao reabilitar o património edificado, estamos a contribuir para a preservação de uma herança cultural, que não pode nem deve ser negligenciada, bem como para um futuro mais sustentável, através da otimização da mobilidade e das infraestruturas já existentes.
O investimento na construção de edifícios já teve uma inflexão que só pode conduzir a um maior investimento na reabilitação. Em alguns países europeus a reabilitação atinge cerca de 50% do investimento total do setor, enquanto em Portugal estamos muito longe desse número. Deve ainda salientar-se as vantagens da reabilitação que são: mão-de-obra intensiva, aplicação de materiais predominantemente nacionais, possibilidade de atuação em todo o território nacional e regeneração urbana.
A reabilitação urbana exige que seja criado um conjunto de condições, que ainda não estão reunidas, nomeadamente:
a) existência de um mercado para o setor da habitação, em que os privados sejam o motor dessa dinâmica;
b) existência de um mercado efetivo de arrendamento;
c) desenvolvimento de conhecimento específico, atendendo a que se perdeu o conhecimento empírico, validado pela experiência, e não há ainda informação consolidada suficiente a ser transmitida nas escolas de ensino superior e formação profissional avançada, que permita formar profissionais vocacionados para este desafio;
d) criação de regulamentação específica e flexível, que atenda à especificidade dos edifícios a reabilitar, associada a um processo de licenciamento célere;
e) criação de um modelo de empréstimo bancário de suporte à reabilitação que nada tem a ver com o modelo do passado, pelos valores envolvidos e respetivas garantias;
f) criação de um programa de incentivos financeiros e eventualmente fiscais à reabilitação;
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g) criação de Alvarás específicos para empresas de reabilitação, que assegurem a qualidade das intervenções.
O conhecimento técnico indispensável à reabilitação passa pela divulgação de metodologias adequadas: caracterização e tipificação das soluções construtivas do passado; desenvolvimento de termos de referência com as principais preocupações e exigências a satisfazer pelos diferentes elementos construtivos (fundações, paredes resistentes, paredes divisórias, pavimentos, vãos envidraçados e coberturas); proposta de uma abordagem exigencial na reabilitação; avaliação da compatibilidade entre os principais regulamentos e documentos normativos e discussão da adequabilidade dos regulamentos existentes à reabilitação de edifícios antigos; desenvolvimento de estudos de diagnóstico e metodologias de intervenção (sistemas estruturais, elementos de madeira, comportamento da pedra, comportamento higrotérmico, eficiência energética, sistemas de ventilação, sistemas prediais de abastecimento e drenagem de águas residuais, etc.) e elaboração de projetos de reabilitação com a adequada pormenorização e especificação.
Sem a imprescindível qualificação dos atores (engenheiros, arquitetos, empresas de construção, etc.) não teremos intervenções com soluções técnica e economicamente otimizadas nem suficientemente duráveis. Justifica-se sensibilizar a Sociedade que sem conhecimento nunca haverá qualidade, inovação ou sustentabilidade. Aos engenheiros e arquitetos pede-se conhecimento técnico e capacidade de gestão financeira, nunca dissociada de uma visão multidisciplinar, embora especializada, para os quais poderão não estar totalmente habilitados. Por outro lado, às empresas de construção exige-se que disponham de competências e experiência para executar os trabalhos com sabedoria.
Só uma regulamentação específica para a reabilitação, quer para os edifícios antigos, quer para os edifícios de estrutura porticada de betão armado, construídos entre 1960 e 1990, pode dar resposta adequada ao problema da reabilitação dos edifícios existentes. Esse instrumento não existe e deve ser publicado, tão breve quanto possível (2016/2017), de forma a evitar que a flexibilização regulamentar introduzida pelo Regulamento Excecional de Reabilitação Urbana (RERU, 2014), possa conduzir, por um longo período (até 2020), à reabilitação de edifícios cuja qualidade e desempenho em serviço sejam muito dependentes da qualificação dos técnicos envolvidos.
Deve exigir-se, por isso, o desenvolvimento de uma regulamentação específica para a reabilitação que envolva as universidades e os laboratórios de referência, as instituições do estado ligadas ao setor da construção, as empresas e os organismos de controlo.
A banca não pode ser dissociada deste processo, pelo que se devem criar instrumentos diferentes daqueles que foram utilizados no passado para apoio ao setor da construção. O que está em causa é o somatório de pequenos, médios e alguns grandes investimentos que no seu conjunto são muito relevantes.
O futuro da construção terá de passar pela reabilitação, o que exige uma nova abordagem e um quadro financeiro, legal e estratégico estável. Certamente que uma estratégia de continuidade, eventualmente suportada por um conjunto de apoios financeiros à reabilitação urbana é muito desejável, mas como mínimo devemos pedir que o Estado não perturbe o processo de reabilitação criando os instrumentos que facilitem a implementação dos projetos que envolvam a reabilitação urbana.
O novo quadro comunitário tem na eficiência energética uma das suas palavras-chave. Em Portugal, dos 3,5 milhões de edifícios existentes, cerca de 2,5 milhões foram construídos antes de 1990 – ano da publicação do primeiro regulamento das características de comportamento térmico de edifícios – antes do qual a aplicação de materiais de isolamento térmico era praticamente inexistente. Consideramos que devemos aproveitar esta oportunidade para reabilitar muitos dos edifícios degradados, implementando medidas de melhoria da eficiência energética.
No entanto, temos de ser muito criteriosos e “inteligentes” para entender que uma etiqueta energética e ambiental (entenda-se certificação energética) é absolutamente fundamental para os países em que
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o consumo de energia para o aquecimento é contínuo no período de inverno. A nossa realidade climática, cultural e económica é diferente e, por isso, as opções técnicas têm de ter em consideração, sobretudo, o conforto passivo, pelo que as soluções e o seu dimensionamento devem ser, sempre, fundamentadas por critérios técnicos e económicos objetivos.
Não está em causa a importância da existência de uma etiqueta energético-ambiental que define o consumo de energia primária para condições de conforto, quer no inverno quer no verão, e para produção de águas quentes sanitárias em condições de referência, bem como a produção de toneladas de CO2 por ano. Contudo, devemos quantificar as verdadeiras vantagens de procurar a otimização da classe de certificação energética para as condições de utilização desses edifícios durante a sua vida útil.
A conservação de energia, no período de inverno, conduz a muito fortes espessuras de isolamento térmico (consubstanciada em exigências regulamentares crescentes) que se traduzem numa maior complexidade construtiva e consequentes patologias/anomalias de caráter higrotérmico (aumento do risco de condensações no interior dos elementos construtivos e na superfície exterior das fachadas que aumentam o risco de degradação). Devemos questionar se em edifícios cujas famílias não os aquecem, por razões económicas ou culturais, se justifica fortes espessuras de isolamento térmico, cujo resultado prático será um acréscimo mínimo na temperatura interior, no inverno, e um substancial aumento da temperatura no verão, quando se utiliza técnicas de isolamento pelo interior que reduzem a inércia térmica.
Estudos desenvolvidos em vários países europeus evidenciaram a degradação dos elementos de construção com isolamento térmico pelo interior, em particular dos elementos em madeira, resultante da ocorrência de condensações internas, pelo que os estudos de caráter higrotérmico para avaliar os riscos de patologias são fundamentais no sentido de determinar o equilíbrio entre a eficiência energética, as patologias e a durabilidade das soluções a adotar.
Admitimos que as medidas de melhoria energética, para eventual financiamento, exijam uma redução significativa no consumo de energia teórico e um período de amortização do investimento nessas medidas da ordem de uma dezena de anos. Trata-se de um exercício que vamos ter de fazer mesmo que assente numa “inverdade conveniente”, por não refletir as condições dos edifícios em serviço. Sabemos que o forte isolamento térmico das coberturas e das empenas sem fenestração é inquestionável, sendo o custo normalmente baixo e facilmente amortizável. Para outros elementos construtivos esse isolamento pode ser questionável.
A utilização de energias renováveis e o paradigma de procurar que os edifícios reabilitados tendam para um “balanço energético quase nulo”, adaptado à especificidade de cada país como implicitamente refere a Diretiva, merecem um acordo de princípio dos intervenientes na construção. Mas devemos ser prudentes quantificando o custo do investimento e de manutenção, a durabilidade e o benefício energético conseguidos, sobretudo, quando tratamos edifícios existentes nos quais a integração desses equipamentos é bem mais complexa. Por outro lado, a procura de edifícios de “balanço energético quase nulo” pode transformar os edifícios em “mecanismos”. Esse caminho não é um problema quando compramos um objeto efémero, mas será, do nosso ponto de vista, um caminho que merece uma cuidada reflexão quando tratamos um edifício cujos proprietários – condóminos de um edifício de habitação coletiva – não estão preparados para os manter a funcionar convenientemente.
A eficiência energética pode ser um dos “motores” da reabilitação dos edifícios se soubermos aproveitar, com “inteligência”, as oportunidades dos apoios financeiros que poderão ser colocados à disposição, mas não devemos, como no passado, desperdiçar recursos em soluções que não sejam as melhores para as reais necessidades do país e para as condições de serviço dos edifícios intervencionados.
Os principais objetivos do “Caderno de Síntese Tecnológica – Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal” são os seguintes:
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Refletir sobre a problemática da reabilitação de edifícios em Portugal;
Contribuir para a tipificação do património edificado, nomeadamente: tipologia construtiva, quantificação das necessidades, potencial de reabilitação e investimento necessário;
Contribuir para enquadrar o mercado imobiliário de habitação no âmbito da economia portuguesa e do setor da construção e imobiliário e apresentar propostas para sistematização do custo da reabilitação;
Abordar especificidades da regulamentação relativa a aspetos arquitetónicos, segurança, conforto, instalações e sustentabilidade ambiental das intervenções;
Apresentar as diferentes formas de controlo público das operações de reabilitação urbana, bem como refletir sobre a necessidade de regulamentação específica para a reabilitação;
Refletir sobre métodos de apoio à decisão: avaliação do ciclo de vida das intervenções, avaliação do risco e análise de custo-benefício;
Analisar o problema do financiamento da reabilitação;
Alertar para preocupações técnicas na reabilitação de coberturas, paredes, pavimentos, fundações, vãos envidraçados, instalações, ventilação dos espaços e energias renováveis;
Contribuir para introdução do conceito de durabilidade nas decisões relacionadas com a reabilitação do património edificado.
Este documento elaborado no âmbito do grupo de trabalho de reabilitação da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC), visa sensibilizar os decisores e atores da construção para a absoluta necessidade de se elaborar um verdadeiro plano estratégico, exaustivo, que quantifique as necessidades e os custos, defina um plano e quantifique as metas a atingir, associadas a uma estratégia financeira.
Deseja-se que este estudo seja útil e tenha a necessária continuidade em publicações específicas sobre os diferentes temas abordados.
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ade sísmica.
sentam 30,1 2012). Do de maior
dade de grual (0,4%) [cfícios constro comportamessidades cadiar interve
a reabilitaçãores a 1990
[b] Número deação de edifício
Betão Armado e
Acções em Estru
arte 1-1: Regras gência aos sismos.
boa
e com zação as de
e o ras de mente
ões de ódigos uisitos o 2 - 0) e o ia aos am-se nuindo
% do Destes
risco
andes c]. Por ruídos mento om a nções
ão e 0 é de
e edifícios postes posteriores a
Pré-Esforçado (R
turas de Edifícios
gerais e regras pa. Parte 1: Regras
eriores a 1990 1990 em Portu
REBAP). Diário d
s e Pontes (RSA).
ra edifícios. Institus gerais, acções s
Edifício
AML Alg
83,7%
Estado
Sem necessNecessidadNecessidadNecessidadMuito degra
6
em Portugal deugal de acordo
a República, I Sé
. Diário da Repúb
uto Português da sísmicas e regras
os posteriore
garve Açore
6,5%6
Tota
o de Conserv
sidade de repare de pequenase de reparaçõee de grandes r
adado
Tota
0,3%6,9%1,2%
7
[a]
[b]
[c]
e acordo com o com Censos
érie, Nº 125 de
blica, I Série, Nº
Qualidade. s para edifícios.
s 1990
es Outros
3,1%6,8%
al: 1 068 476
vação
raçãos reparaçõeses médiasreparações
al: 1 068 476
91,6%
% / 0,1%
7
8
2.2 Hab
Inácio Fialho d
Quantificaç
No exausmunicipal [arealizado Municipal (mapeados csuperior a entre 10 e 2
Potencial d
Não obstamunicípios alavancadoainda que in
Assim, embse que dess30 anos, 10restantes 5Naturalmenseria necevisitas técnainda não ftratamento termos esttemática no
Investimen
Se tivermosfaixas etáradmitir valo10 anos, o qvalor devepreventiva Assim, o to(118 000 x investiment
[a] Bairro do Spor idades, nahabitação soci
bitação soc
de Almeida | Ass
ção
tivo levanta], apresentpela Assoc(APHM), emcerca de 11830 anos, 10
20 anos [b].
de reabilitaç
nte o esfona reabilitaç
o no programntervir em ce
bora de formses, cerca de0 000 tenham50 000 tenhnte, para umssário proc
nicas a cadafoi feito a nív
dos dadostimativos já o investiment
nto público n
s em conta ias dos ed
ores de 8 000que conduz
erá ser adique se sit
otal a inves500 x 10) + o público de
Sobreiro, Maia –a globalidade dal.
cial
sociação Portugue
tamento dotado no semciação Port
m fevereiro d8 000 fogos.0% tem entr
ção
orço financeção do seu pma PROHABerca de 100 0
a um pouco e 40 000 tenm idades suam idades
m estudo maceder-se a a um dos lovel nacional s. Todavia,
permite avto público.
necessário
o custo por ifícios acima0€, 6 000€ ea um valor dcionado o ua na orde
stir, ao long 580 000 00 1 170 000 0
– registos fotogdo território na
esa de Habitação
o parque minário paratuguesa dedo corrente . Destes, 43re 20 e 30
eiro desenvopatrimónio, eBITA, estima000 fogos.
simplista, poham idades periores a 2superiores
ais acurado uma amost
ocais a amode forma a esta aprox
valiar o im
fogo em caa referidas, 4 000€ para
de 580 000 0custo da
em dos 500o de 10 an0 resultando
000 € [c].
gráficos, antes eacional. [c] Pla
Municipal
habitacionaa esse efeitoe Habitação
ano, foram% tem idadeanos e 36%
olvido pelosem boa partea-se que há
ode projetarsuperiores a
20 anos e osa 10 anosda situação
tragem comostrar o queassegurar o
ximação empacto desta
ada uma das poderemosa os 30, 20 e000 €. A estemanutenção
0 €/fogo/anonos, será deo um total de
e depois das obano de investim
al o o
m e
%
s e á
-a s .
o m e o
m a
s s e e o .
e e
bras de reabilitamento a 10 ano
Ano In
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
ação. [b] Fogosos em reabilita
2a
> 30 anos43%
nvestimento [M
116+59
116+59
116+59
116+59
116+59
59
59
59
59
59
s de habitação ação de edifício
< 5 anos2%
5 a 10 anos9%
10a3
0 a 30 anos10%
[a]
[b]
M€]
[c]
social os de
0 a 20 anos36%
2.3
Vasco Rita Be
Tipol
Os econstpodeJCETBloco
Quan
Em P3º cicde ace Ciê
Poten
Os reInstituuma 2014adotaEstatverificnúmeEnsin2º cic
Das cEnsin1000 evolupodeimpreescol
Inves
Consmédiatotal pmilhõanosquadestudfunda
[a] Esensino
Escolas
Peixoto de Freento | Instituto Su
logia constr
edifícios esctrutivas depem agrupar-s
TS, Base Lios 3x3 e Tipo
ntificação
Portugal, exisclos do Ensicordo com a ência (DGEE
ncial de rea
esultados dauto Nacionatendência pa). No modeado no estísticas da ca-se, para ero de alunono Secundárclos do EB [b
cerca de 12no Básico e E
não foram iução negativrão vir a serescindível relas.
stimento pú
siderando o a por escolapara a reabil
ões de euros, faseado, dro anexo [c
do aprofundamentar esta
scolas de 4 tipoo. [c] Plano de in
itas, Andreia Muperior Técnico, U
rutiva
colares aprendendo da se nos segiceal; Base o Monobloco
stem mais deino Básico (Direção-GerC, 2014).
abilitação
as projeçõesal de Estatísara a diminuelo de prevstudo efetu
Educação o período
os no 3º ciclrio (ES) e umb].
00 escolas eEnsino Secuintervencionava do númer encerradaseabilitar nos
blico neces
custo unitáa de 6000 m2
litação das 8s. Propõe-se de acordo
c]. Refira-se dado duranta proposta.
ologias construnvestimento a 1
ota Miranda | Fa
Universidade de Li
esentam difaltura da su
guintes tiposTécnica; T
o [a].
e 1000 escolEB) e Ensinral de Estatís
demográfictica (INE), i
uição da popvisão da poado pela e Ciência2011-2018,
o do Ensinoma evolução
existentes dundário, estimadas e mesmero de aluns ou reestrutu
próximos a
ssário
ário de 5002, é necessár800 escolas,
um plano decom os vaque se jus
e 2016 qu
tivas diferentes10 anos em reab
aculdade de Enge
isboa
ferentes tipua construçãs: Liceu Hiipo Brandão
las públicas no Secundársticas da Ed
as, realizadaindicam queulação jovem
opulação esDireção-Ge(DGEEC,
, um aumeo Básico (EBo negativa no
o 2º e 3º cicma-se que cemo consider
nos (cerca duradas até 2anos mais d
€/m2 e umrio um investde cerca de
e investimenlores definidstifica elabo
ue permita
s. [b] Previsão bilitação de edif
enharia da Univers
ologias ão, que stórico, o, Tipo
do 2º e rio (ES) ucação
as pelo e existe m (INE, tudantil ral de 2013),
nto do B) e no os 1º e
clos do erca de rando a de 140 2022) é de 800
a área timento 2,5 mil
nto a 10 dos no rar um melhor
da evolução nfícios escolares
sidade do Porto
Ano
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
número de alun.
426M
235M
337M
198M
131M
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
2
1º E
3º E
ES
Investime
10
20
31
31
31
31
31
31
20
10
nos nos diferen
Mil
Mil
Mil
Mil
Mil
2011/12
EB
EB
outras
9
[a]
[b]
ento [M€]
4,2
8,3
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
8,3
4,2
[c]
ntes ciclos de
386Mil
214Mil
364Mil
203Mil
143Mil
2017/18
2º EB
ES regular
9
10
2.4 Patr
Vasco Peixoto
Descrição
O Turismo pelo que sepela reabilmonumentagoverno cpatrimónio, construtiva,monitorizaçdas múltipla
Portugal diresposta a sobretudo, simultaneamnacional ge
Quantificaç
Não é posnosso vastexemplo, defetuado pCulturais (O1200 museinstalados esão impreaprofundad
No mapa monumento
Potencial e
A reabilitaçcriação de ca médio praaos projetisdinamizar aque o inveaposta de recomenda facilmente edo investim
Deve aindase atingiu,capacidadeacrescentad
[a] Exemplos com espaço in
rimónio M
o de Freitas, Clá
é um dos see exige uma itação de m
al e museoentral quer
deveriam bem como
ção que permas intervençõ
ispõe de um este desapreservar a
mente, umaeradora de em
ção
ssível, nestatíssimo pat
de acordo cpelo já extiOAC), em 20eus [b]. Muem edifícios escindíveis, o.
de Portugaos nacionais
e investimen
ção do patcentros de sazo, que po
stas e às ema sua atividaestimento efe
grande relea elabora
evidenciarãoento na pres
a salientar-se neste set
e exportadodo.
de património mnterior. [d] Monit
onumenta
áudia Ferreira | F
etores mais visão estratémuito do e
ológico que r as autar
dispor deo de estudomitam planeaões.
m sistema afio que é a nossa he
a economia mprego.
a breve refletrimónio. Nocom o receninto Observ010, Portuga
uitos destesantigos ond
exigindo
al localizamcom espaço
nto público
rimónio mosaber e de umssibilite aos presas de co
ade [d]. É noetuado no pevância paraação de eso a repercussservação do
e que a quator, permite ora de se
monumental. [btorização, Inves
al
Faculdade de Eng
dinâmicos dégica que te
extraordináriodispomos
quias, geste uma caos de diagnar e definir as
científico catécnico, maerança cultu
dispersa p
exão, quantio entanto, nseamento vatório das al contabiliza museus ede ações de
um sab
m-se os cero interior [c].
necessário
numental rem plano de igestores do
onstrução esossa profundpatrimónio ca Portugal, tudos econ
são positiva nosso patrim
lificação proantever u
erviços de
b] Museus em Pstigação e Dese
genharia da Unive
da economiaerá de passao património[a]. Quer otoras dessearacterizaçãonóstico e des prioridades
apaz de daas que visaural criando
pelo território
ificar todo oa título dedos museus
Actividadesava mais de
encontram-see reabilitaçãober técnico
rca de 400
ecomenda ainvestimentoo patrimóniospecializadasda convicçãoconstitui umapelo que se
nómicos quena economia
mónio.
ofissional queuma enorme
alto valo
Portugal (2000-envolvimento.
ersidade do Porto
a, r o o e o e s
r a, o, o
o e s s e e o o
0
a o, o, s o a e e a
e e r
2010). [c] Loca
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
200
V
alização dos mo
0 2001 2002 2003 2004
A funcionar Proje
Distritos N
Mon
Aveiro Beja
Braga Bragança
Castelo Branco Coimbra
Évora Faro
Guarda Leiria Lisboa
Portalegre Porto
Santarém Setúbal
Viana do Castelo Vila Real
Viseu Total 3
onumentos nac
2005 2006 2007 2008
eto Intenção Fechado
[a]
[b]
N.º de numentos
7 14 22 9 3
28 38 12 10 22 72 21 49 29 10 22 8
21 397
[c]
[d]
ionais
2009 2010
11
2.5 Tribunais
Joaquim Cardoso | Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça
Descrição
O atual parque judiciário é constituído maioritariamente por edifícios antigos, construídos para tribunais, com uma conceção monometalista e rígida na sua distribuição funcional, incorporando por vezes no seu interior vários espaços diferenciados de outras entidades. Existe ainda outro tipo de edifícios adaptados para instalações das diversas instâncias, que por vezes têm algumas deficiências ao nível da sua funcionalidade.
De uma forma geral os diversos edifícios encontram-se bastante degradados como consequência de ausência de obras de manutenção e conservação durante muitos anos.
Quantificação
Atualmente e após a Reforma da Organização Judiciária (ROJ), os tribunais estão instalados em cerca de 260 edifícios. Nos últimos três anos, cerca de 100 edifícios tiveram, ou estão a ter, intervenções de requalificação. Tendo em conta que em cada edifício se deveria procurar satisfazer diversos objetivos e respeitar as limitações orçamentais, estas intervenções poderão resumir-se em três tipos:
a) Melhoria das condições de trabalho dos profissionais do Sistema Judiciário e das condições de utilização dos cidadãos que acedem aos edifícios, nomeadamente ao nível da segurança, da climatização, da acessibilidade e da funcionalidade, das redes elétricas e de comunicações e da qualidade do ambiente;
b) Correção da patologia construtiva dos edifícios, consequência da ausência de obras de manutenção e conservação durante vários anos;
c) Adequação dos edifícios ao Programa Funcional decorrente da ROJ, com criação de novas valências judiciárias, mais salas de audiências, mais gabinetes e outras áreas funcionais.
O valor das intervenções atrás referidas é de cerca de 48 milhões de euros.
De registar que não existe uma fronteira bem delimitada entre os vários tipos de intervenção, pois por exemplo muitas das intervenções do tipo c) incluíam também intervenções dos tipos a) e b).
Potencial de reabilitação
Independentemente do trabalho desenvolvido nos últimos anos nos edifícios dos tribunais, permanecem ainda grandes carências de investimento na manutenção, conservação, reabilitação e adequação às novas exigências de funcionamento dos serviços.
Face ao anterior, está em conclusão um Planeamento Estratégico em que estão previstas cerca de 130 intervenções, sendo que algumas destas são em edifícios do Estado Português, que estão desocupados e degradados, para serem adaptados para novos tribunais, e outras em edifícios que foram intervencionados unicamente para adaptação ao Programa Funcional decorrente da ROJ.
Nos próximos três anos, está previsto gastar-se cerca de 40 milhões de euros em reabilitação de edifícios de tribunais.
12
2.6 Um
Teresa Duarte
A cidade dea definir est
Efetivament1981 era dhabitantes. últimos cen
Esgotado qséculo passlevaram aoexistente e,
Em 2010, fodo Plano DAmigável, Internacionavisibilidade,
Em 2012 fohistórica. NLisboa, quefundamentareabilitaçãoincentivos eurbana queperíodo e denvolvidas n
Por outro lamobilidade proximidade
A política dplanos de elaboração habitaciona
Pretende-seatrair mais h
olhar sob
| Câmara Munici
e Lisboa temtratégias par
te, nos cense 807 937 hPorém, é d
sos, passand
que está o tsado, de quo preenchim consequent
oi apresentairetor MuniciCidade de alizável e G, difíceis de r
oi aprovado No mesmo ae abrange tação na Eso e o papel e benefíciose prevê, parda redução dnos projetos
ado, atravésbem como
e, estão a se
da autarquia urbanizaçãotêm, como
al e funcional
e assim cumhabitantes pa
bre Lisboa
ipal de Lisboa
m vindo a perra contrariar
sos realizadohabitantes, ede realçar qdo de 234 45
erritório mune são exemento da cortemente, à re
ada a Carta Eipal (PDM) d
OportunidaGoverno prórealizar na co
o novo PDMano foi tambtoda a cida
stratégia de de cada ato
s fiscais, intera além de do IVA, a ise de reabilitaç
s da requalifo da criaçã
er criadas co
tem sido a o em vigor o grande de.
mprir um dos ara a cidade
rder habitanteste movime
os em 1960 aem 2001 eraque o núme51 em 2001
nicipal com mplo a Expo
roa norte doeabilitação u
Estratégica dde 1994, comades, Cidadóximo, rigoroonjuntura atu
M, que ideném aprovad
ade consolidReabilitaçã
or neste procegrados no isenção de nção de taxação.
ficação do eão ou requndições para
de fixar pobem como sígnio, a m
grandes obje.
tes, situaçãoento.
a população a de 564 65ro de famílipara 243 89
as grandes 98, a Alta do território drbana.
de Lisboa 20m os cinco gde Sustentáoso e particual, deu-se p
ntifica quase da a delimitadada (60% ão Urbana cesso. Nesteprograma Rimpostos coas municipai
espaço públiualificação a a melhoria
pulação. Deos planos d
manutenção
jetivos do no
o que levou a
de Lisboa e57 habitantesas clássicas2.
intervençõede Lisboa e de Lisboa, f
010/2024, porandes eixos
ável, Cidadecipativo. Maprioridade à r
toda a cidaação da Áredo territórioque define e quadro, é
R9, programaomo o IMI eis e parceria
co e da mede equipamde vida da p
esignadamende pormenoda função
ovo PDM – r
a Câmara Mu
era de 802 23s e em 2011s aumentou
s realizadaso conjunto
foi dada pri
onto de partis de desenvoe Competitiis do que reabilitação u
ade consolida de Reabil
o e 92% doos programprogramado
a de incentive o IMT pors com as ord
elhoria de acmentos, despopulação.
nte nos núcleor de reabilitresidencial,
reutilizar, rea
unicipal de L
30 habitante1 era de 54ligeirament
s nos anos de iniciativaioridade à c
ida para a reolvimento: Cva, Inovadoobras de gurbana.
dada como clitação Urbao edificado),mas de apo um conjunvos à reabilr um determrdens profiss
cessibilidadesignadament
eos históricotação urbane a revitali
abilitar, rege
Lisboa
es, em 47 733 e nos
90 do as que cidade
evisão Cidade ora e
grande
cidade na de , com
poio à nto de itação
minado sionais
e e de te de
os, os na em zação
enerar:
3 M
3.1
Luís S
Econ
O comais conteempr
Em 2recenfamíliconse
PorémPaís customercconcrconsemenolançacaptaconjuHabit
Evolu
Apesobserindicacrise
O invConsacentnovos
O cotonela1970 obstavindo
Mercado i
Enquadr
araiva, Paulo L
nomia Portu
ontexto macrfavorável qu
enção orçamrego.
2014, o invesnte tem sidoias, das emequência, o s
m, o contextatravessa h
os de contexados ou os retas e capequência, enos investimeadas, recenteação do inveunto muito atuais e o Reg
ução do Set
sar de, em rvarem, na cadores econprolongada,
vestimento estrução reduztuada, atingis licenciados
onsumo de cadas, o que para se en
ante, a opino a manter-se
imobiliário
ramento s
obo, Cristina Ca
guesa
roeconómicoue os dos anmental, tamb
stimento preo muito conpresas e doseu peso rel
to económicoá largos anoxto, de queatrasos no
pazes de dntre os paísnto direto esemente, duaestimento esalargado degime de Visto
tor da Cons
2014 ter-se construção e
nómicos que este foi, ain
em construçziu-se 4,0%indo 7,9% nas em 2014, e
cimento no traduz uma contrar um aião dos empe favorável, a
o de habit
ócio-econ
ardoso | Associa
o em que o nos anteriorebém está p
evisto apresendicionada po Estado, teativo no PIB
o atual não éos. Questões
são exemps pagamentdinamizar o ses que mastrangeiro atas iniciativasstrangeiro pa
setores deos Gold.
trução e Imo
registado ue imobiliário
e permitem pda, um ano d
ção observou, face a 201a construçãoe 8,3% nas lic
mercado naquebra de 9
ano com umpresários reao longo do
Fogos licenciad
tação
nómico
ação dos Industria
Orçamento es, porque,
presente um
entou um crepela crise endo sofrido
B caiu de 21%
é o único fats como a insplos evidenttos, são asp
investimenis quotas detraiu nos últs com resultara o imobile atividade,
obiliário em
um crescime, os primeiroperspetivar, de crise para
u, em 201413. Na habito nova, 8,1%cenças de re
acional, em 9,4%, face a
m consumo dlativamente ano corrente
dos em constru
ais da Construção
de Estado 2embora seja
ma evolução
escimento deeconómica euma queda
% para 15%.
tor que explistabilidade lees a ineficiêpetos estrutunto, designae mercado imos 10 anotados muito iário nacionao Regime
m 2014
ento de 0,9os sinais popara 2015,
a o setor.
, uma quebtação, a que
% no númeroeabilitação e
2014, terá ta 2013 e faz de cimento ià situação
e, com um sa
ções novas (IN
Civil e Obras Púb
2015 foi apra mantido um
mais favor
e 1,6%. No ee pelo eleva
de 36,5% e
ica um déficeegislativa e fência do Esurantes que adamente deganharam, P
os. Registemimportantesal, com evidde Tributaç
% do PIB eositivos num
uma possív
ra de 4,3%,ebra do liceno de fogos, c
demolição.
totalizado cecom que sejnferior ao refinanceira d
aldo acumula
E, 2015)
blicas
resentado e m contexto drável do pr
entanto, a sado endividentre 2008
ce de investimfiscal, a buro
stado na regrequerem i
e origem ePortugal foi
mos, contudo, sobretudo
dentes efeitoção de Resi
e, simultaneconjunto im
vel inversão
, e o VAB nciamento écom apenas
erca de 2,3 eja necessáriegistado nesdas suas emado de +7,9%
13
aprovado éde rigor e deroduto e do
ua evoluçãoamento dase 2013. Por
mento que oocracia e osgulação dosntervenções
externa. Emaquele que
o, que foramao nível da
os sobre umdentes Não
eamente, semportante de
do ciclo de
do ramo daé ainda mais
6 785 fogos
milhões deo recuar até
ste ano. Nãompresas tem% em 2014.
3
é e o
o s r
o s s s
m e
m a m o
e e e
a s s
e é o
m
14
3.2 Pan3.2.1 Ofe
Luís Saraiva, P
Em Portugconhecer aaprofundadProspetivo novas necemarcados phabitual. A do crescimeMontes, Betraduz a maEnquanto afamílias ouaumentos b
Apesar de, português centros urbaDouro), ViseNUT III da Alentejo), mde uma forMontes) e nde Lisboa, oos municípiperda popu
Uma outra 2011, 37% 27% dos aportanto, umem que os em condiçõinserem. Emdemolição. aumento doespaços do
Alojament
orama imerta e proc
Paulo Lobo, Cris
al existe uma atual ocua as caractedo Mercado
essidades depela perda devolução doento global oeira Interior arcada difereas NUTS III u aumentos bastante mais
claramente encontram-sanos. É o caeu (na NUT Beira Interio
municípios onma menos e
na Guarda (loos aumentosios centrais lacional.
distinção podos alojame
alojamentos m contraste alojamentos
ões de seremm Portugal cEm suma,
o número do continente.
tos vagos no m
obiliário cura de im
stina Cardoso |
ma situaçãoupação do erísticas dos o da Habitaçecorrentes dde famílias e número de observado, eNorte, Serra
enciação exisdo interior einferiores a
s expressivo
marcado pse algumas aso de BragaIII de Dão-Lor Sul), Évonde se regisexpressiva, eocalizada NUs no número registam ain
ode ser feitaentos vagos vagos correntre contex vagos são m
m reocupadoscontinental, s
é possível de alojamenSituação qu
ercado por fam
mobiliário
Associação dos I
o de excedparque habalojamentos
ção permite do aumento e pela diminfamílias não
em 5 das 28a da Estrelastente, para ee da costa aa 6%, entreos, que chega
ela diminuiçexceções,
ança (na NUafões), Covira (na NUT
sta um aumeem Chaves UT III da Beirde famílias
nda um aum
a partir da correspond
espondem axtos em quemais recentes, nem geramsegundo os identificar, tos vagos, e exige uma
ílias (esquerda)
em Portu
Industriais da Con
ente habitacbitacional, ps consideraddistinguir codo número
nuição da pro é homogén8 NUTS III o , Pinhal Inteeste indicado
alentejana ape 2001 e 20am a atingir
ção do númecorrespondeT III do Alto lhã (na NUTIII do Alent
ento do núme Mirandelara Interior Nosão mais sig
mento do núm
idade dos aem a constra alojamente os alojamees. Contudo,m oportunidacensos 201num quadrodiferentes i
a análise dife
) e alojamentos
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3.2.2 Valorização do imobiliário
Luís Saraiva, Paulo Lobo, Cristina Cardoso | Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas
Índice de Preços na Habitação
O índice de preços na Habitação registou, em 2014 uma subida de 4,9%, a primeira desde 2010. O índice de preços na Habitação Nova regista uma variação ligeiramente superior (5,1%), face ao índice de preços na Habitação Existente. Note-se que, não obstante esta evolução positiva, face a 2010, regista-se uma queda acumulada de 9,61% neste índice.
Em termos de evolução do número de vendas, assinala-se um crescimento global de 5,6% em 2014, para um total de 84 215 transações de habitação, o que resulta exclusivamente do aumento verificado na Habitação Existente, 9,8%, uma vez que as transações de Habitação Nova caíram 6,2%, face ao ano anterior.
Índice de preços na habitação e vendas (INE, 2015)
Avaliação Bancária na Habitação
O valor médio de avaliação bancária, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, situou-se em 1 008 €/m2 em 2014, valor que traduz uma subida de 0,3% (+2,2 €/m2) quando comparado com o observado em 2013. Por tipo de edifício habitacional, verificou-se um aumento de 0,4% nos apartamentos e de 0,2% nas moradias, em termos homólogos. Por regiões destacam-se as subidas de 0,6% na Área Metropolitana de Lisboa, e a descida de 8,3% na Região Autónoma da Madeira.
Avaliação bancária na habitação, em €/m2 (INE, 2015)
Total
nacionalExistentes Novos
Total
nacionalExistentes Novos
Total
nacionalExistentes Novos
Total
nacionalExistentes Novos
2010 100,0 100,0 100,0 0,8% 0,8% 0,7% 129.950 82.942 47.008 7,9% 9,2% 5,7%
2011 95,1 93,4 97,1 ‐4,9% ‐6,6% ‐2,9% 93.618 63.991 29.627 ‐28,0% ‐22,8% ‐37,0%
2012 88,4 86,1 91,0 ‐7,1% ‐7,8% ‐6,3% 76.398 54.961 21.437 ‐18,4% ‐14,1% ‐27,6%
2013 86,7 84,2 89,8 ‐1,9% ‐2,2% ‐1,3% 79.775 58.560 21.215 4,4% 6,5% ‐1,0%
2014 90,39 87,81 93,48 4,9% 4,9% 5,1% 84.215 64.311 19.904 5,6% 9,8% ‐6,2%Fonte: INE
Variação homóloga (%)Período
Índice de Preços da Habitação Variação homóloga (%) Vendas (n.º)
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Global 1.144,58 € 1.163,33 € 1.120,33 € 1.039,50 € 1.006,08 € 1.008,33 €
Apartamentos 1.214,33 € 1.233,42 € 1.168,75 € 1.069,33 € 1.041,50 € 1.045,83 €
Moradias 1.029,33 € 1.042,42 € 1.045,58 € 989,00 € 944,50 € 946,08 €
Norte 965,92 € 987,17 € 966,00 € 913,33 € 879,42 € 883,33 €
Centro 948,42 € 970,33 € 946,67 € 880,00 € 840,25 € 841,08 €
A.M. de Lisboa 1.412,17 € 1.424,67 € 1.355,33 € 1.232,42 € 1.197,75 € 1.205,42 €
Alentejo 1.041,67 € 1.057,67 € 1.020,83 € 941,25 € 895,67 € 882,92 €
Algarve 1.459,33 € 1.476,83 € 1.427,00 € 1.320,50 € 1.246,67 € 1.223,42 €
R. A. dos Açores 1.072,92 € 1.110,42 € 1.082,92 € 970,83 € 966,58 € 940,67 €
R. A. da Madeira 1.368,25 € 1.423,42 € 1.411,00 € 1.325,17 € 1.264,83 € 1.159,67 €
Fonte: INE. Valores em euros/m2
16
3.3 Análise económica 3.3.1 Custos diretos na promoção
André Baptista, Joana Rodrigues | Teixeira Duarte
Um investimento imobiliário compreende várias fases: prospeção de negócios imobiliários, análise de oportunidades de negócio incluindo análise de viabilidade, planeamento do investimento, pedido de realização das obras de edificação, conceção/construção, licenciamento da utilização e comercialização. Ao ciclo de vida de um investimento imobiliário, está associada uma escala temporal alargada, onde se inclui, um grande número de rúbricas de custos, de naturezas muito variadas. Por definição, custos diretos são custos, que podem ser identificados como consequência direta da decisão de investir num empreendimento imobiliário, em particular.
Uma vez identificada uma oportunidade de negócio que tenha sido considerada viável, dentro dos pressupostos do promotor, na fase de planeamento do investimento, identificam-se os seguintes custos:
Aquisição do terreno,
Impostos, incluindo IMI e IMT.
O IMT representa um custo adicional para o promotor de 6,5% sob o valor da aquisição do terreno. O encargo anual com o IMI poderá ser significativo, devido ao tempo que decorre entre o momento de aquisição do terreno e a sua comercialização.
Na fase de pedido de realização das obras de edificação, destacam-se as seguintes rúbricas:
Estudos e projetos,
Taxas e compensações municipais.
Nestes estudos, incluem-se análises aos valores de parâmetros urbanísticos, de acordo com as diretrizes da Câmara Municipal para a área que irá ser intervencionada e para que se cumpra o estipulado nos instrumentos de gestão territorial. Sob esses parâmetros urbanísticos, o promotor remunera a Câmara Municipal, com prestações pecuniárias e em espécie (taxas e compensações municipais), para conseguir dar início à fase de conceção/construção. São exemplo de prestações em espécie: cedências de terreno a título gratuito para o município, construção de espaços de equipamentos para usufruto da comunidade, construção de infra estruturas como troços da rede de drenagem, estradas, etc. São exemplo de prestações pecuniárias, taxas relativas ao reforço e manutenção de infraestruturas, taxas para emissão de alvará, licenças de construção e de utilização, vistorias, cauções, etc.
Na fase de conceção/construção, as principais rúbricas de custos a suportar pelo promotor, relacionam-se com a necessidade de dar resposta a exigentes requisitos técnicos, cumprindo a regulamentação em vigor. Dentro da fase de construção, existem diversas áreas, como arquitetura, instalações elétricas, telecomunicações, acústica, segurança contra incêndios, desempenho energético, e em cada uma delas inclui-se custos com impostos, materiais, mão-de-obra e projetos. O recente enquadramento legal e normativo, que na sua maioria resulta da transposição de Diretivas Europeias tem-se manifestado prejudicial e oneroso para setor empresarial, pois, de uma forma geral implica a aquisição de materiais mais onerosos, em maior quantidade, um maior número de projetos e mais especializados, mais certificações, pareceres, mão-de-obra mais especializada, etc.
Com o objetivo de analisar o impacto destas exigências impostas ao setor da construção, analisam-se indicadores chave, de dois investimentos imobiliários, um de 1995 e outro de 2015. Verifica-se que as Áreas Brutas Privativas (ABP) sofreram um grande aumento nas tipologias menores (23%), e uma variação pouco significativa nas tipologias maiores. Já a redução de 6% na eficiência, significa que para a mesma Área Bruta de Construção (ABC) corresponde menos 6% de ABP, que é a área efetivamente usufruída pelo comprador. Estes resultados poderão resultar dos espaços físicos destinados aos equipamentos e instalações, bem como das larguras mínimas dos acessos requeridos pelos regulamentos. Pelo facto de os valores estarem atualizados a 2015, a variação dos custos de construção parece ser consequência da legislação existente. Analisando custos e valores de venda
17
por fração e tipologia, verifica-se que existe um impacto maior no aumento de custos para as tipologias mais pequenas (51%), que não é acompanhado pelo aumento de valores de venda (45%). Nas tipologias T3, a evolução dos valores de venda anda a par dos custos, 22% e 24%, respetivamente. Somando todos os custos e tendo em atenção que são apenas as rúbricas principais, compara-se o preço de custo da construção da habitação em Portugal com os valores de venda.
Evolução do valor de áreas brutas privativas (m2) e da eficiência dos espaços
1995 2015 Δ (%)
Áreas brutas privativas (m2) Min. Máx. Média Min. Máx. Média T2 98,5 103,2 100,9 119,9 128,0 124,0 23% T3 149,4 149,4 149,4 144,3 157,7 151,0 1%
T4/T5 199,9 199,9 199,9 198,5 198,5 198,5 -1%
Eficiência dos espaços (%) 89% 84% -6%
Variação de custos de construção, IVA e preços de venda de 1995 a 2015 por tipologia
Analisando a figura seguinte verifica-se que à exceção da Área Metropolitana de Lisboa (AML), da Área Metropolitana do Porto (AMP), e Algarve, em 83% do território os valores de venda praticados não absorvem sequer os custos de construção + IVA. A situação piora drasticamente quando acrescentamos, custos com o terreno, encargos financeiros entre outros.
Valores Médio de Venda vs. Custos de Construção
3.3.2 Custos indiretos na promoção
André Baptista, Joana Rodrigues | Teixeira Duarte
Por custos indiretos entende-se os custos que não podem ser afetos diretamente a um investimento imobiliário, pois são comuns a dois ou mais investimentos. De facto, o promotor tem uma estrutura que não pode ser atribuída a um investimento em específico, mas que apresenta custos para a empresa, os quais têm de ser contabilizados. Um investimento imobiliário é integrado em três enquadramentos distintos: jurídico, comercial e técnico. Considerando as fases do investimento imobiliário, já enumeradas, e dentro de cada um destes enquadramentos destacam-se as seguintes categorias de custos indiretos:
Custos indiretos
Enquadramento jurídico Enquadramento comercial Enquadramento técnico
Salários dos advogados. Pessoal administrativo de apoio ao corpo jurídico
Salários com pessoal, stands de vendas, andar modelo. Marketing - salários, merchandising, divulgação / promoção, incluindo eventos, outdoors, etc.
Salários de arquitetos, engenheiros e pessoal administrativo. Também se inclui softwares e material informático.
Existem custos transversais a qualquer um dos enquadramentos, onde se inclui custos com escritórios, computadores, eletricidade, água, softwares que apoiam tanto a parte técnica como comercial, consumíveis, manutenção do espaço e manutenção do equipamento, incluindo material informático, fotocopiadoras, equipamento de ventilação, etc.
0 €/m2
500 €/m2
1 000 €/m2
1 500 €/m2
2 000 €/m2
2 500 €/m2
AML AMP Norte Centro AlentejoAlgarve
Valores Médios de Venda de Habitação(3ºT 2014)
Custos de construção + IVA (€/m2) (excluindo terreno, taxas adiministrativas e urbanísticas e custos com loteamento)
* Valores atualizados a 2015
T2 T3 1995* 2015 Δ (%) 1995* 2015 Δ (%)
Custo da Construção (€) 92 177€ 132 409€ 44% 136 552€ 161 240€ 18%
IVA Taxa (%) 17% 23% 35% 17% 23% 35%
Valor (€) 15 670€ 30 454€ 94% 23 214€ 37 085€ 60% Custos de Construção + IVA (€) 107 847€ 162 863€ 51% 159 765€ 198 325€ 24% Valor de Venda (€)
182 159€ 265 000€ 45% 271 104€ 330 000€ 22%
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3.4 Referenciais de custos de construção - Reabilitação
António Gil Machado, Ricardo Guimarães | Confidencial Imobiliário
O problema
O acesso a informação sobre preços e custos é um dos fatores mais relevantes para o normal funcionamento do mercado. Se a disponibilidade de informação fidedigna sobre preços de imóveis tem sido um problema progressivamente resolvido, nomeadamente em termos de valores e volumes de transação de mercado imobiliário, subsiste a falha de não existirem no mercado indicadores estatísticos referenciais de custos de construção, com detalhe por tipo de obra e localização.
A proposta
O desenvolvimento de um sistema de informação de custos de construção é um problema complexo, que exige a coordenação e reunião de melhores práticas, reunindo know-how especializado, académicos, especialistas e entidades reguladoras. O objetivo de um sistema de informação é ter referenciais sobre custos de construção agregados, sem detalhe por tipo de materiais ou por atividade, mas antes partindo do valor global de adjudicação de obras para tipos de obras devidamente tipificadas. Um tal sistema pode ter como fonte de informação as próprias empresas de construção que para além de serem as produtoras primárias de dados são, em simultâneo, as primeiras utilizadoras do sistema, assegurando a sua fiabilidade e continua atualização.
A solução
O sistema de informação de custos de construção realiza um primeiro esforço de tipificar intervenções de construção, quer de obra nova quer de reabilitação. O critério será sempre o que permita a comparabilidade de custos de construção, com um critério tão amplo que permita um cálculo estatístico e tão estreito que seja relevante à tomada de decisão. Este equilíbrio é decisivo para o sucesso da iniciativa. O segundo esforço é contratualizar com empresas de construção o fornecimento regular e periódico dos valores de orçamentos de construção, enquadrando cada orçamento num tipo de obra como previamente definido. A confidencialidade da informação é essencial e é desde logo assegurada porque a empresa de construção nunca identifica uma obra em concreto, optando por enquadrar cada obra concreta numa tipologia de obra pré-definida.
Um ponto essencial é o sistema focar-se no valor global de orçamento, com desagregação por fase de obra. Ou seja, tem uma abordagem “top-down”, partindo do valor global de obra. Não se preocupa assim com cada subatividade, ou em identificar custos unitário de materiais e / ou mão-de-obra. É um esforço que o LNEC realiza através de Fichas de Custos Unitários, que são utilizadas a um nível técnico de orçamentação.
Referenciais de custos de construção
Aponta-se como exemplo o Índice Confidencial Imobiliário, reportado mensalmente ao Banco de Portugal que através do EuroSistema é utilizado pelo Bank of International Settlements – BIS (o banco central dos bancos centrais). Gere sistemas de informação com base num conceito de “coopetição”, promovendo a cooperação entre empresas que competem. Tal é possível graças ao caráter de total independência e garantia de sigilo no tratamento da informação.
Entre estes sistemas, destaque para o Sistema de Informação Residencial (SIR), que reúne as maiores redes de mediação imobiliária, a generalidade dos bancos nacionais e os maiores promotores e investidores imobiliários. Permite hoje acompanhar a dinâmica de oferta e procura de mercado imobiliário com um elevado grau de fiabilidade.
O Anuário Imobiliário e Energético monitoriza a dinâmica de licenciamento municipal, em colaboração com a ADENE e mais de 20 municípios das áreas metropolitanas, incluindo os 10 maiores municípios Portugueses.
19
3.5 Propostas para dinamização do setor imobiliário
Pedro Ministro | Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção
Atendendo o atual contexto económico-social nacional – designadamente, as alterações demográficas, a evolução do stock habitacional, o estado de conservação e idade do parque habitacional, a alteração ocorrida no acesso ao crédito para a compra de habitação, entre outras – a dinamização do setor imobiliário no curto e médio prazo deverá passar em grande medida pela dinamização da reabilitação urbana e do parque habitacional existente, podendo ser identificadas as propostas:
Reformulação do atual instituto do fundo de reserva, alargando o seu âmbito e associando-o ao valor patrimonial do imóvel e à sua vetustez, garantindo a existência de verbas disponíveis para a conservação e manutenção do parque habitacional e permitindo que os municípios possam aceder ao fundo em casos de realização coerciva de obras.
Promoção da alteração do regime de constituição da propriedade horizontal, de forma a permitir um mais ágil processo decisório do condomínio, designadamente quanto à conservação e manutenção.
Resolução do problema jurídico-legal do direito sucessório e dos fogos nas situações de heranças indivisas.
Divulgação e disseminação de boas práticas do Regime Excecional para a Reabilitação Urbana (RERU), aprovado pelo Decreto-Lei nº 53/2014, de 8 de abril.
Melhoria dos instrumentos dos municípios na promoção da reabilitação de edifícios degradados ou em ruína, mediante uma discriminação fiscal negativa para os fogos e imóveis não habitados e sem colocação no mercado e potenciar os incentivos fiscais à reabilitação de edifícios antigos.
Promoção do aumento da escala dos operadores económicos no mercado, designadamente facilitando fiscalmente a transação de fogos e imóveis para fundos destinados a arrendamento.
Promoção da diversificação das fontes de financiamento das empresas, através da inovação financeira do acesso aos mercados de capitais, ao capital de risco e a fundos imobiliários, designadamente facilitando a constituição de fundos fechados e abertos para arrendamento.
Promoção da codificação do regime jurídico da construção, especialmente na vertente da reabilitação urbana.
Criação de instrumento de financiamento destinado a incentivar a reabilitação integral de edifícios para habitação.
Aumento das áreas urbanas abrangidas por Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) e por Operações de Reabilitação Urbana (ORU).
Desenvolvimento de novas medidas para a regeneração de áreas urbanas carenciadas.
Reponderação de alguns pareceres vinculativos de forma a facilitar a reabilitação de edifícios habitacionais em zonas de proteção ou em imóveis classificados ou em vias de classificação de particulares para a reabilitação dos edifícios destinados a habitação, em especial os destinados ao arrendamento.
Dinamização do mercado de arrendamento urbano.
Consolidação do mercado social de arrendamento.
Criação de condições para o desenvolvimento de produtos de seguros que incluam seguro de renda, ou a criação de um fundo destinado a servir de garantia de renda.
Reforma e incentivo à disseminação do regime de renda condicionada.
Constituição de fundos de investimento que disponibilizem habitações para arrendamento.
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3.6 Prog
Vitor Reis | IHR
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4 Especificidades da regulamentação para as operações de reabilitação
4.1 Disposições arquitetónicas 4.1.1 Regulamento Geral de Edificações Urbanas
João Branco Pedro, Vitor Campos | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Diplomas legais
O Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU) foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 38 382/1951, de 7 de agosto, tendo sido objeto de sucessivas alterações, a mais recente das quais aprovada pelo Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de novembro. O RGEU é a cúpula do sistema regulamentar da edificação e define exigências relativas à construção, saúde, segurança e estética das edificações urbanas.
Âmbito de aplicação
O RGEU contém disposições técnicas que se aplicam: (i) às edificações localizadas nos perímetros urbanos; (ii) às edificações localizadas fora dos perímetros urbanos em que essa aplicação seja tornada extensiva por regulamento municipal e (iii) às edificações de caráter industrial ou de utilização coletiva independentemente da sua localização.
Obras em edifícios existentes
O RGEU inclui explicitamente no seu âmbito de aplicação as obras nos edifícios existentes, pelo que não é possível evocar o princípio da proteção do existente para justificar eventuais desconformidades. Assim, as obras nos edifícios existentes devem satisfazer o disposto no RGEU como a seguir se indica:
1) Obras de conservação – estão isentas;
2) Obras de alteração – devem cumprir apenas nas partes alteradas;
3) Obras de ampliação – devem cumprir apenas nas novas partes construídas;
4) Obras de reconstrução – devem cumprir apenas nas partes reconstruídas.
O RGEU e o RERU
As obras abrangidas pelo RERU estão isentas de cumprir diversos artigos do RGEU (vd. 5.2). Enquanto vigorar este regime excecional, estão mitigadas diversas das dificuldades identificadas na coluna à direita nesta página. Quando, ao abrigo do RERU, uma obra estiver dispensada de satisfazer integralmente o RGEU, é recomendável, pelo menos, cumprir o disposto na Portaria nº 243/1984, de 17 de abril, sobre condições mínimas de habitabilidade, aplicável a edifícios de génese ilegal suscetíveis de eventual reabilitação.
Dificuldades de aplicação
As principais dificuldades em cumprir o disposto no RGEU nas obras em edifícios existentes resultam do facto de algumas exigências obrigarem a trabalhos tecnicamente desaconselháveis, cujo custo é desproporcionado ou que podem ser prejudiciais à própria preservação do edifício e da sua imagem urbana.
De entre essas exigências destacam-se as relativas:
1) ao dimensionamento dos espaços (e.g., largura e dimensões dos degraus das escadas, pé-direito mínimo livre dos pisos destinados a estabele-cimentos comerciais, áreas úteis mínimas dos compartimentos habi-táveis);
2) às condições de salubridade (e.g., altura máxima dos edifícios condi-cionada pelo afastamento a edifícios fronteiros, condições de iluminação e ventilação natural de compartimentos habitáveis, obrigato-riedade da cozinha constituir um compartimento distinto da sala);
3) às instalações técnicas (e.g., número de elevadores).
A estas dificuldades específicas das obras em edifícios existentes, acrescem outros problemas gerais do RGEU que são consequência da sua vetustez. Este regulamento foi aprovado há mais de 60 anos e, apesar das alterações pontuais entretanto introduzidas, algumas exigên-cias encontram-se desatualizadas:
1) face aos atuais processos construtivos e aos materiais utilizados (e.g., exigências relativas a fundações, pare-des e coberturas);
2) face aos modos de vida e ao uso dos espaços (e.g., obrigação de colocar um bidé na instalação sanitária, modo de divisão dos equipamentos sani-tários nas habitações de tipologia T3 e T4);
3) face ao disposto em outros diplomas legais entretanto aprovados (e.g., regulamentação de segurança contra incêndio e normas técnicas de acessibilidade).
22
4.1.2 Regulamento de acessibilidades
João Branco Pedro, Vitor Campos | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Diplomas legais
O Regime de Acessibilidades (RAcE) foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de agosto, com as Normas Técnicas de Acessibilidade (NTA) a ele anexas. O RAcE estabelece os requisitos de acessibilidade a cumprir nos edifícios e estabelecimentos que recebem público, na via pública e nos edifícios habitacionais.
Âmbito de aplicação
A aplicação das NTA nas obras em edifícios existentes varia consoante o uso e a data de construção.
No caso dos edifícios e estabelecimentos que recebem público:
1) Se o início de construção é posterior a 22 de agosto de 1997 devem cumprir integralmente as NTA.
2) Se o início de construção for anterior a 22 de agosto de 1997, podem ser adaptados de modo a cumprirem as NTA até 8 de fevereiro de 2017. Porém, se em 2006 os edifícios e estabelecimentos que recebem público estavam em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 123/1997, de 22 de maio, (diploma com requisitos de acessibilidade que precedeu o atual RAcE), têm apenas que cumprir esse diploma.
No caso dos edifícios habitacionais:
1) Se o pedido de licenciamento ou comunicação é posterior a 8 de fevereiro de 2007 devem cumprir as NTA nos espaços comuns e nos fogos acessíveis. A percentagem de fogos acessíveis no total de fogos de cada edifício aumentou de 12,5% em 2007 para 100% em 2014, com incrementos de 12,5% em cada ano intermédio.
2) Se o pedido de licenciamento ou comunicação é anterior a 8 de fevereiro de 2007 aplica-se o princípio da proteção do existente (vd. secção 5.1).
O RAcE e o RERU
As obras abrangidas pelo RERU estão isentas de cumprir o RAcE (vd. 5.2). Assim, eventuais dificuldades em cumprir o RAcE estão mitigadas enquanto vigorar este regime excecional, desde que devidamente justificadas pelo projetista. Quando, ao abrigo do RERU, uma obra estiver dispensada de satisfazer integralmente as NTA, é recomendável que sejam cumpridas todas as disposições que o puderem ser, atentas as características do edifício existente.
Dificuldades de aplicação
No caso dos edifícios e estabelecimentos que recebem público, a aplicação do RAcE às obras em edifícios existentes não deve levantar dificuldades, na medida em que a lei admite que o cumprimento das NTA não é exigível quando as obras:
1) sejam desproporcionadamente difíceis;
2) requeiram a aplicação de meios económico-financeiros despropor-cionados ou não disponíveis;
3) afetem sensivelmente património cultural ou histórico cujas caracte-rísticas morfológicas, arquitetónicas e ambientais se pretendem preservar.
A dispensa do cumprimento das NTA deve ser justificada pelo requerente e aceite pela entidade licenciadora.
No caso dos edifícios habitacionais, o cumprimento das NTA não deve também levantar dificuldades, na medida em que aos edifícios anteriores à entrada em vigor do RAcE se aplica o princípio da proteção do existente. Apenas em situações muito pontuais poderão surgir dificuldades em cumprir disposições obrigatórias das NTA (e.g., no caso de reconstrução total de edifício em prédio com dimensões muito reduzidas, que não permite a construção de escadas e ascensor como definido nas NTA).
4.2 4.2.1
Mary M
Princ
As epossatodasocorrprevisexigêdurab
Nível
O Rexistetécnicas obsalubsegurfeita este config
Nível
O RGser csatisfmecâdepreedifícreabi
Princimpo
O cumníveisfundasoluços coAcrestem idealm
[a] Ponovos
Seguran1 Eurocó
Mun | Laboratório
cipais preoc
estruturas dam suportars as ações rer durante asto [a]. O
ências de bilidade defin
l de interven
RERU dispeentes do ccas supervebras não dimbridade do rança sísmicuma verificativer sido
gurem um au
l de interven
GEU especificonstruídas fação das ânica e estaeende-se qucios não abrlitação estru
cipais dificuostas pela re
mprimento ds: nas fasesações do edções de interondicionamesce ainda qude ser feitamente a níve
ontão danificadopisos. [c] Interv
ça ódigos e re
o Nacional de Eng
cupações
evem ser r, com grau
e influência execução dprojeto de
resistêncianidas na regu
nção mínimo
nsa as obcumprimentonientes à cominuam as edifício exisca. Consideração da segu
objeto de umento da s
nção impost
ica no artigoe intervencio
exigênciasabilidade…” ue as interrangidos peltural, incluind
uldades de egulamentaç
desta exigêncs de inspeçãifício existenrvenção mai
entos e os oue uma intera a nível doel do quarteir
o por corrosão dvenção minimal
egulament
genharia Civil
construídas us de fiabilias ambienta
da obra e no estruturas da mecâniculamentação
o
ras em edo de deteronstrução oricondições d
stente e emra-se, no enturança do ed
intervençõeua vulnerabi
to pela regu
o 17 que “as onadas de
s essenciaisDa interpretrvenções deo RERU, dedo a reabilita
implementação
cia coloca dão e avaliaçnte e na faseis adequada
objetivos da rvenção de ro edifício e rão e não do
dos elementos ista num edifíci
tação por
de modo idade apropais suscetívperíodo de v
deve satisfaca, utilizaço de estrutura
ifícios ou frminadas niginária, desde segurançm particular tanto, que dedifício existees estruturalidade sísmic
ulamentação
edificações modo a gars de resitação deste e reabilitaçãevem contemação sísmica
ação das m
ificuldades ação da estrue de avaliaç
as, tendo emintervenção
reabilitação snão da fra
o edifício isola
metálicos. [b] Eo de valor patrim
rtuguesa d
a que priados, veis de vida útil azer as ção e as [b].
frações normais sde que a e de as de
eve ser ente, se is que ca.
o
devem rantir a stência artigo,
ão, de mplar a a.
edidas
a vários utura e ção das m conta
[c] [d]. sísmica ação, e ado.
Edifício de 3 pismonial. [d] Abe
de estrutu
sos fragilizado prtura de janela d
ras
pelo acréscimode inspeção.
23
[a]
[b]
[c]
[d]
sucessivo de
3
24
4.2.2 Se
António Leça C
Principais
Os principasegurança aantigos, sãoacessibilidaausência deestado dasincêndio [delementos ainda, pelas
Nível de int
Para que nde muitos condições ddos novos. conduzir a evacuar o condições representamadoção desexige a conprojeto base
Nível de int
A atual regos edifíciosPorque eslargamente nível de inedifício exis
Principais impostas p
Porque naimplementadesta é um conduzindofundamentaencontradasdesadequadser intervemedidas cointervenient
[a] Vista parcibombeiros. [c]incêndio.
gurança c
Coelho | Laborat
preocupaçõ
ais problemaao incêndio o muitos e
ade das viae compartims instalaçõe], pela ausestruturais
s deficientes
tervenção m
não se compedifícios, node segurançContudo, osoluções e
edifício é inambientais
m um sério ste critério ncretização dedas na eng
tervenção im
ulamentaçãos novos, aplissa legislaçã
a que revotervenção q
stente é extre
dificuldadepela regulam
a generalidaar as medidas
exercício deo a soluçação científs são, muitadas ao perigencionado, ompensatóriates no proces
al do interior d] Vista de insta
contra inc
tório Nacional de E
ões
as que se cem edifíciosvão desde aaturas dos entação inte
es [c], pelasência de qe dos mate condições d
mínimo
prometa a viomeadamentça destes não nível minímem que o nferior ao te existentesrisco para apara definir de novas menharia de s
mposto pela
o nacional, eica-se às opão tem exgou e a exi
que resulta emamente e
s de implemmentação
ade dos cs previstas ne resolução ções casuífica. As s vezes, exc
go de incêndpois decor
as que resusso de licenc
e edifício após alação elétrica
êndio em
Engenharia Civil
colocam ems [a], sobretuas difíceis c
bombeiros erior, passanas elevadasualificação aeriais de code evacuação
abilidade dete dos maisão podem smo de intervtempo nece
empo durants nesse ea vida dos o
o nível de etodologias
segurança ao
a regulamen
embora pensperações de igências qustente noutrda sua aplilevado.
mentação d
casos não na legislaçãopraticamenteísticas sem
soluções cessivamenteio do edifícirrem da altam do bomciamento.
incêndio. [b] Vprofundamente
edifícios
m matéria deudo dos maiscondições de [b] até à
ndo pelo maus cargas deao fogo dosonstrução eo.
e reabilitaçãos antigos, asser iguais àsvenção deveessário parate o qual asedifício nãoocupantes. A intervençãode apoio ao
o incêndio.
ntação
sada para osreabilitação
ue excedemros países, ocação a um
das medidas
é possíveo, a aplicaçãoe impossívelm qualque
de projetoe onerosas eio que está aplicação de
m senso dos
Vista de arruame degradada. [d
e s e à u e s
e,
o s s e a s o A o o
s o. m o m
s
el o , r o e a e s
mento sem condd] Vista de esp
dições para acepaço interior co
esso de viaturaom elevada car
[a]
[b]
[c]
[d]
as dos ga de
4.3 4.3.1
CarlosRui Fra
Princ
MelhosistemPromfonte
Nível
Cumpenvidreferêintervde re
Utilizadesemcertifi
Nível
Cump(envovalore(aqueajusta
Contrenergeficiê
Coefiem fu
Princimpo
Custoenergeconóutiliza
[a] Remáximde efic(Ni, Nv
Conforto1 Regula
(REH)
s Pina dos Santoagoso | Agência
cipais preoc
orar o conmas técnico
mover a utilizs de energia
l de interven
primento dosdraçada [b], rência adeqvencionar, aseabilitação.
ação de eqmpenho enicação idóne
l de interven
primento dolvente, renoes máximosecimento, Ni
ados em fun
ribuição de gia renováveência, de qua
icientes de runção do ano
cipais dificuostas pela re
o das soluçgéticos reguómica face ação dos edi
eabilitação de vmo admissível, eciência energétiv, Nt ), de edifíc
o mento de
os | Laboratório N
para a Energia
cupações
forto [a] e os dos edifzação de sia renovável.
nção mínimo
s requisitos renovação dquados àsssociando di
quipamentosnergético eleea e com ma
nção impost
de requisitoovação do s de neces; arrefecimeção do ano d
sistemas deel, os quais alidade e de
redução aplio de constru
uldades de egulamentaç
ções que vlamentares e
aos padrõficíos.
ãos envidraçadem função da loca de caldeiras
cios sujeitos a gr
desempe
Nacional de Engen
a eficiêncfícios sujeitostemas de
o
mínimos (ee ar). Adapta
tipologiasiferentes áre
s e sistemaevados [c], nutenção reg
to pela regu
os mínimoar e sistemsidades enento, Nv; e ende construçã
e aproveitamdevem satismanutenção
cáveis a gração do edifíc
implementação
visam satisfae respetiva vões reais (n
dos. Correção docalização climá
(REH). [d] Relrandes interven
enho energ
nharia Civil
ia energéticos a intervaproveitame
envolvente oação de valo
s construtiveas e necess
as com nívconfirmado
gular assegu
ulamentação
os de qumas técnicos
ergéticas nonergia primáão do edifício
mento de fonsfazer requiso.
andes intervcio [d].
ação das m
azer os reqviabilidade tnão nomina
do fator solar, cática e da inérciação entre os v
nções (REH).
gético dos
ca dos venção. ento de
paca e ores de vas a sidades
veis de os por urada.
o
alidade ) e de
ominais ária, Nt) o.
ntes de sitos de
enções
edidas
quisitos écnica-ais) de
com imediata ma térmica interiovalores das nec
s edifícios
gTmáx
Classe de Inércia
Fraca
Média
Forte
Tipo deequipamen
Caldeira
1 - Classe funcionamentaproveitamencondensação
Ano de construção
Anterior a 1960
Entre 1960 e 1990
Posterior a 1990
melhoria de conor do edifício (Ressidades nom
s de habita
Zona c
V1
0,15 0
0,56 0
0,56 0
e nto
Classe dm
atual
a B (1)
A, caso as teto da instalação nnto da energia o dos gases de co
Nic / Ni Nvc /
Não aplicável
Nãaplic
1,25 1,2
1,15 1,1
nforto interior. [bREH). [c] Requi
minais (Nic, Nvc,
25
ação
[a]
climática
V2 V3
0,10 0,10
0,56 0,50
0,56 0,50
[b]
de eficiência mínima
após
31 dez 2015
A
emperaturas de não permitam o
libertada pela ombustão.
[c]
[d]
/ Nv Ntc /Nt
ão cável 1,50
25 1,50
15 1,50
b] Fator solar sitos mínimos Ntc) e limites
5
26
4.3.2 Regulamento de desempenho energético dos edifícios de comércio e serviços (RECS)
Armando Pinto | Laboratório Nacional de Engenharia Civil Rui Fragoso | Agência para a Energia
Principais preocupações
O RECS visa promover a eficiência energética em edifícios de comércio e serviços, atendendo aos aspetos de viabilidade técnica e económica. Nas intervenções de reabilitação o RECS tem exigências para a qualidade térmica da envolvente, para níveis mínimos de eficiência energética das instalações e equipamentos de AVAC, de águas quentes sanitárias, de iluminação, de elevadores e dos sistemas de monitorização e gestão de energia [a] [b]. Além dos aspetos construtivos, o RECS tem exigências para a qualidade do ar interior, para a instalação, condução e manutenção das instalações. O RECS valoriza o aproveitamento de energia renovável. No âmbito de aplicação do RECS, os requisitos aplicáveis aos pequenos edifícios de serviços são menores do que as dos grandes edifícios.
Nível de intervenção mínimo
Devem ser adotados pelo menos os níveis mínimos da regulamentação.
Nível de intervenção imposto pela regulamentação
Nas grandes intervenções de reabilitação as exigências de eficiência energética aplicáveis são semelhantes às dos edifícios novos, sendo o valor limite 50% superior ao valor do Indicador de Eficiência Energética de referência (IEEref) dos edifícios novos. Se existirem incompatibilidades de ordem técnica, funcional ou de valor arquitetónico, podem ser adotadas soluções alternativas.
Os requisitos mínimos (coeficiente de transmissão térmica máximo – Umax e o fator solar máximo – gTmáx) aplicam-se apenas aos elementos intervencionados devendo, na medida do possível, ser extensíveis aos restantes elementos [c] [d].
Principais dificuldades de implementação das medidas impostas pela regulamentação
Para pequenos edifícios de comércio e serviços a metodologia de verificação pode ser excessivamente complexa.
Zona Climática
Portugal Continental Zona corrente da envolvente I1 I2 I3 Elementos opacos verticais exteriores ou interiores
0,70 0,60 0,50
Elementos opacos horizontais exteriores ou interiores
0,50 0,45 0,40
Vãos envidraçados exteriores (portas e janelas)
4,30 3,30 3,30
Regiões Autónomas Zona corrente da envolvente I1 I2 I3 Elementos opacos verticais exteriores ou interiores
1,40 0,90 0,50
Elementos opacos horizontais exteriores ou interiores
0,80 0,60 0,40
Vãos envidraçados exteriores (portas e janelas)
4,30 3,30 3,30
[a]
Zona Climática
V1 V2 V3 Fator solar do vão (sem dispositivos de sombreamento)
0,25 0,20 0,15
[b]
Elemento em zona corrente da envolvente
Zona Climática I1 I2 I3
Elemento opaco vertical 1,75 1,60 1,45 Elemento opaco horizontal 1,25 1,00 0,90
[c]
gTmáx por zona climática
V1 V2 V3
0,56 0,56 0,50
[d]
[a] Coeficientes de transmissão térmica de referência. [b] Fator solar de referência para os vãos envidraçados. [c] Coeficiente de transmissão térmica máximo para elementos da envolvente. [d] Fator solar máximo admissível para os vãos envidraçados.
4.3.3
Odete Antóni
Princ
O conpara aestar contedo coprimemais iintrusdandomerecantigodimende ruparedjanelapercumadeseparaéreoequiparecentipo doutros
Nível
Para Lei n.ºisentaentanurban
Nível
As exsão aEdifícjunho mistosem zisolam
Princimpos
A obrcaractagravregulaincidereabilpotenvigor
[a] Empavimeregulaedifício
3 Regula
Domingues | Lao Tadeu | ITeC
ipais preocu
nforto acústicoa melhoria dae saúde dos
mpla disposiçonforto acústiciros requisitosimportantes divo do ruído, o lugar a um cendo particuos o nível de nsão dos espaído; O isolames espessas,
as; Pavimentossão, em parira (soalho a
ração entre fogos, associadoamentos coletes, uma vez de equipames).
de intervenç
os edifícios oº 53/2014, de
a o cumprimeto, que num
nísticas não de
de intervenç
xigências mínimas constantes cios (RRAE), a
[c] [d]. Detes e unidades zonas históricmento a sons a
ipais dificustas pela reg
rigatoriedade terização daamento. Faz
amentares, coe apenas nos eitação, devcialmente ruid(RRAE).
m obras de reaentos. [b] Comentares. [d] Aos
mento ge
aboratório Nacions
pações
o, no âmbito a qualidade dos habitantes. ções que visaco nos edifícios acústicos, teo conforto na proveniente delevado númlar atenção oruído exterior aços exteriore
mento das fac depende esss com deficie
rticular em edassente sobregos adjacente
o a massa retivos, situaçque a maioria
entos (ascens
ção mínimo
objeto de rea8 de abril (RE
ento dos requma linha de everão agrava
ção imposto p
mas de confodo Regulame
aprovado pelormina o RRAhoteleiras, ob
cas, é toleraaéreos e a so
ldades de ulamentação
de manter a situação nz-se notar onforme o Decelementos de vendo a dosos cumpri
bilitação, aplicandições de is
A qualidade das
ral do ruíd
onal de Engenh
do regime dao ambiente, cNeste sentido
am disciplinar os. Em 1998 eendo-se tornahabitação. Ef
da vizinhançamero de queixaos seguintes a
é mais influees do que prochadas em esencialmente nte isolamentoifícios antigos
e vigas de mes com reduzideduzida das
ção que afetaa dos edifícios sores, hidropr
bilitação, foi pERU), que no isitos legais [
sustentabilidar as condiçõe
pela regulame
rto acústico aento dos Reqo Decreto-Lei
AE que a edifbjeto de reabada uma rens de percuss
implementaço
as condições o sentido dque a isencreto-Lei n.º 53
construção dinstalação
r o estabelec
a-se o Decreto-senção conform janelas é funda
do (RGR)
haria Civil
a edificação, ccom reflexos no, a legislaçãe regular a v
entraram em vado num dos fetivamente, oa ou do exterias de incomoaspetos: Nos
enciado pela ropriamente pedifícios antigodo desempeno a sons aéres com pavime
madeira); Paredo isolamentoparedes; Ru
a mais os eantigos não t
ressores, ven
publicado o Dseu âmbito ap
[a] [b]. É refedade as op
es existentes.
entação
plicadas aos euisitos Acústin.º 96/2008,
fícios habitacibilitação e locaedução de 3são.
ção das m
existentes imde não ocorção dos re3/2014, de 8 d
dos edifícios ode equipa
ido na legisla
-Lei n.º 53/2014me o Decretoamental na redu
contribui no bem-ão atual vertente vigor os aspetos
o carater or, vem
odidade, bairros
reduzida elo nível os, com nho das eos e de entos de edes de o a sons uído de edifícios em este ntilação,
Decreto-plicativo rido, no erações
edifícios cos dos de 9 de ionais e alizados
3 dB no
medidas
mplica a rrer um equisitos de abril, bjeto de amentos ação em
4 a paredes exo-Lei n.º 53/201ução da propag
Número 1 do
O preedifícios de u
udesconf
Alíneas a)
Pared
D2
DnT,w ≥ 58 dB
L´nT,w ≤ 58 dB
xteriores e cobe14. [c] Exigênação do ruído d
o artigo 2 do D
esente decreto-uso habitacionalurbanística nãoformidades, ne
a g) do númer5.º do D
des exteriores e
2m,nT,w ≥ 27 dB [z
D2m,nT,w ≥ 33 dB
Parede
DnT,w ≥ 50 dB
B [Fogo/Comérc
L´nT,w ≤ 50 dB
B [Fogo/Comérc
erturas, paredencias de confdo exterior para
27
[a]
DL n.º 53/2014
-lei aplica-se a e a operação
o deve originar m agravar as
existentes.
[b]
ro 1 do artigo DL n.º 96/2008
e coberturas:
zona sensível]
B [zona mista]
es interiores:
B [Fogo/Fogo]
cio e serviços]
Pavimentos:
B [Fogo/Fogo]
cio e serviços]
[c]
[d]
es interiores e forto acústico a o interior dos
7
28
4.4 Instalações técnicas
4.4.1 Instalações elétricas e de telecomunicações
José Eduardo Neves dos Santos | Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Principais preocupações
Face à dispersão de regulamentação / orientações / disposições técnicas sobre segurança em Instalações Elétricas (IE) de Utilização de Energia existente em Portugal até 1974, muitas IE poderão ter sido concebidas por técnicos não especializados e poderão ter entrado em funcionamento (quantas sem inspeção inicial e sem projeto?), sem que estivessem garantidos os níveis de segurança adequados (mesmo para a época) da própria instalação e das pessoas. Ora, quantas dessas IE ainda se encontrarão em exploração, sem terem sofrido qualquer intervenção / manutenção? Elas estarão concerteza muito deterioradas, desatualizadas e provavelmente inseguras.
A partir de 1975 (Decreto-Lei nº 740/1974, de 26 de dezembro), com a entrada em vigor dos Regulamentos de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Elétrica (RSIUEE) e de Segurança de Instalações Coletivas de Edifícios e Entradas (RSICEE) – revogados em 2006 – as exigências passaram a ser bem maiores, mas manteve-se a dispensa da obrigatoriedade de projeto para edifícios de “menor” importância (até um certo limiar de potência a alimentar).
Entretanto, no que se refere à inspeção inicial de IE, só a partir de 1999 (com o surgimento da Associação Certificadora de Instalações Elétricas – CERTIEL) o processo – até aí assegurado pelo Distribuidor de Energia e pela Direção Geral de Geologia e Energia / Direções Regionais de Economia – se tornou universal, pois passou a abranger a generalidade das IE.
No que se refere à Regulamentação, a profunda alteração introduzida pelos atuais regulamentos em vigor (Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão – RTIEBT, e Manual de Infraestruturas de Telecomunicações em Edifícios – ITED) veio tornar desatualizadas e, em muitos casos, inseguras (face aos padrões de segurança impostos pelas RTIEBT), instalações contruídas há, apenas, poucos anos, tendo em conta que aqueles regulamentos são, ainda, “recentes” (publicação das RTIEBT em 2006 e do Manual ITED, 1ª Edição, em 2004 e 3ª Edição em 2014).
Se, ao conjunto de circunstâncias “desfavoráveis” anteriormente referidas, acrescentarem-se algumas realidades que surgiram nos últimos anos – progresso tecnológico acelerado ao nível da aparelhagem elétrica / de telecomunicações; aumento do tipo e número de equipamentos elétricos em uso na habitação; necessidade de maior conforto / funcionalidade na exploração da instalação elétrica ou de telecomunicações; exigência de maior eficiência – pode-se admitir que, para uma parte significativa das IE existentes (nomedamente de habitação), se justificaria uma reabilitação, mais ou menos profunda, dependendo da idade / estado de conservação.
Nível de intervenção imposto pela regulamentação
Instalações Elétricas: Não havendo legislação específica que preveja a dispensa do cumprimento de algumas normas das RTIEBT (mesmo o Decreto-Lei nº53/2014, de 8 de abril – RERU, é omisso no que se refere às instalações elétricas), decorre que, nas operações de reabilitação, “deverão” ser aplicadas, integralmente, as RTIEBT, o que poderá, em alguns casos, constituir um entrave à própria reabilitação. É, pois, necessário estabelecer um compromisso entre a exigência do cumprimento de certas normas de segurança (por exemplo, ao nível da proteção contra choques elétricos) e a flexibilização de outras normas “menores” (por exemplo, prescrições de âmbito geométrico, entre outras).
Infraestruturas de Telecomunicações: O Manual ITED (3ª Ed.) inclui um capítulo (4.3 – Projeto de Edifícios Construídos) com prescrições específicas para edifícios a reabilitar. Entretanto, o próprio RERU (artº 8º) estabelece um conjunto de princípios simplificados, admissíveis em edifícios de uso habitacional com mais de 30 anos.
4.4.2
Paulo
Princ
Erradconta
Eliminincrusresult
Subselemeinademédia
Eliminreserpontolimpedas fsegurfibroc
Garaas co
Eliminda comesm
Eliminpluviasistempúblic
Nível
Atendinterv
Nível
O ReDistriReguRegucump
Princimpo
O esistempróprcump
[a] Incde águ
2 Instalaçpluviais
Sá | Indaqua, Ind
cipais preoc
dicação dosacto com águ
nação das strações, ntante da utiliz
stituição dasentos estruequados (e.ga densidade
nação dorvatórios e eqos de aceseza e desinfefalhas de mrança) ou cocimento).
ntia da capaondutas, conf
nação das lota da ruas mo que local
nação das ais ou às linmas de rebco de sanea
l de interven
dendo à relvenções nest
l de interven
egulamento Gbuição de Á
ulamento Gulamentos primento.
cipais dificuostas pela re
norme impmas tem sobria construçprimento da r
crustações. [b] ua.
ções de abs
dústria e Gestão d
cupações
s materiais ua potável (e
tubagens nomeadamenzação de dif
s tubagens uturais ou
g. grés, fibroc, etc.).
os equipaquipamentossso condicieção periódicontagem (e
onstruídos e
acidade de pforme o siste
igações direde acesso, izadas abaix
ligações danhas de águbaixamento mento.
nção mínimo
ação custo/tes sistemas
nção impost
Geral dos Sgua e de Dre
Geral das Municipais
uldades de egulamentaç
acto que bre os elemeção que, pregulamenta
Corrosão galvâ
bastecime
da Água
que não e.g.: chumbo
sujeitas nte por coerentes mate
encastradaexecutada
cimento, poli
mentos ds de bombagonado, paracas, sem ve.g. válvulas m materiais
urga ou de vema em ques
etas, de redeaos coletore
xo daqueles.
as redes dea e das redde nivel fre
o
/beneficio, as são integra
to pela regu
istemas Púbenagem de ÁEdificações
impõem
implementação
qualquer inentos construpor vezes, ção.
ânica. [c] Tubag
ento de ág
podem est).
a corrosãoorrosão eleteriais.
s nas pareas em mietileno de ba
de aquecigem localizada a manutntilação e code descarginadequado
ventilação destão.
es situadas es da rede p
e esgoto àsdes pluviais eático ao s
a generalidadis.
ulamentação
blicos e PredÁguas Resid
Urbanas o seu i
ação das m
ntervenção utivos e tamb
é impediti
gem encastrada
gua e dren
tar em
o e/ou trolítica
edes e ateriais aixa ou
imento, dos em tenção, orreção a e de
os (e.g.:
e todas
abaixo pública,
s redes ou dos
sistema
de das
o
diais de duais, o
e os integral
edidas
nestes bém na iva do
a. [d] Reservató
nagem de
ório de fibrocim
esgotos e
mento. [e] Desca
29
e águas
[a]
[b]
[c]
[d]
[e]
arga nas linhas
9
s
30
4.5 Sustentabilidade ambiental das intervenções
4.5.1 Considerações iniciais
José Silvestre, Jorge de Brito, Manuel Duarte Pinheiro | Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Com o parque edificado urbano (e de infraestruturas) existente, nos próximos anos a reabilitação dos edifícios e zonas urbanas vai ser mais importante do que a execução de novas construções. Parece inquestionável que estas ações de reabilitação devem ser viáveis em termos económicos: garantindo não só o retorno necessário para pagar a intervenção, mas criando também valor ao longo da sua vida (ciclo). A intervenção de reabilitação deve ser ainda efetuada para assegurar valor social, sendo o cuidado no uso dos recursos ambientais (energia, água, solo, resíduos, qualidade do ar) também um valor incontornável.
Assim, será desejável que a aposta na reabilitação para este ciclo (até 2020) assegure que as intervenções resultem em edifícios com um desempenho melhorado em termos ambientais, sociais e económicos, o que se pode designar por uma reabilitação sustentável de edifícios e de zonas urbanas.
Em termos legislativos, vários requisitos legais nacionais têm vindo a integrar a procura de melhoria do desempenho ambiental em aspetos específicos (energia, resíduos, impactes ambientais):
nos resíduos, o Decreto-Lei n.º 46/2008 para Resíduos de Construção e Demolição (RCD), obriga, desde logo no projeto de execução, a um Plano de Prevenção dos RCD e dá orientações para fomentar a redução e reciclagem, na prática, por reduzida fiscalização e suporte à sua execução, a procura da reciclagem ainda é marginal;
na energia, o Sistema Nacional de Certificação Energética (SCE) 1, definido pelo Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, que segue a EPBD, define que, independentemente da potência térmica nominal, os edifícios de habitação passam a estar abrangidos pelo REH e os de comércio e serviços pelo RECS.
A nível municipal, é progressivamente dada importância à reabilitação embora a consideração da sustentabilidade seja efetuada de forma avulsa caso a caso e, por vezes, sem uma abordagem que considere efetivamente as três dimensões da sustentabilidade ou o ciclo de vida. Entre os casos que procuram caminhar nesse sentido, é de referir o Município de Santarém que integrou no Regulamento Municipal uma redução de taxas de operação urbanística de 25% para a construção sustentável.
Quando se equaciona a razão pela qual estas abordagens de reabilitação, e nomeadamente de reabilitação sustentável, são ainda reduzidas, importa referir: o défice de informação e sensibilização do consumidor e também dos profissionais, começando desde logo pelo défice de conhecimento dos engenheiros e arquitetos, bem como uma ótica de curto prazo (ou oportunista) dos promotores.
Os mecanismos financeiros disponíveis têm limitado a aposta na reabilitação (veja-se o caso do programa Jessica 2 ) e sobretudo não consideram estruturalmente a sustentabilidade e a sua potencialidade de criação de valor, não contribuindo para uma efetiva reabilitação sustentável.
Se bem que, por enquanto, apenas alguns consumidores procurem a reabilitação com uma lógica de sustentabilidade, existe já uma consciência generalizada de que não se pode promover (no público e no privado) soluções com desempenho inaceitável.
1 Implementado desde 2006 pelo agora revogado Decreto-Lei n.º 78/2006 de 4 de Abril, aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) que transpôs parcialmente para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios. O SCE é um dos três requisitos sobre os quais assenta a nova legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal.
2 JESSICA - Joint European Support for Sustainable Investment in City Areas (Apoio Europeu Comum para o Investimento Sustentável em Zonas Urbanas) é uma iniciativa da Comissão Europeia, desenvolvida em colaboração com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (BDCE). Promove a regeneração e o desenvolvimento urbano sustentáveis, através de mecanismos de engenharia financeira. http://ec.europa.eu/regional_policy/thefunds/instruments/jessica_pt.cfm#1 http://www.fundojessicaportugal.org/.
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A procura de um bom desempenho ambiental na reabilitação vai sendo progressivamente considerada nas orientações e requisitos. No entanto, ainda é reduzida a abordagem de forma integrada do desempenho equilibrado entre aspetos ambientais (em sentido restrito), económicos e sociais. Apesar disso, a reabilitação sustentável perspetiva-se (nas orientações comunitárias e nacionais) como o caminho a desenvolver.
4.5.2 Compras públicas ecológicas
No âmbito das aquisições públicas, foi definida uma estratégia Nacional 3 de Compras Públicas Ecológicas (CPE) 2008-2010. Esta estratégia tem metas ultrapassadas que abrangiam a construção e referenciavam o objetivo de cerca de 50% das compras terem em consideração critérios ambientais. Na sua maioria, a aplicação destes critérios ambientais foi feita de forma avulsa pelo que o resultado foi limitado e é discutível se atingiu as metas pretendidas.
A aplicação das compras públicas ecológicas teve no entanto casos interessantes, como a reabilitação da sede do Ministério do Ambiente na Rua do Século que foi construída seguindo o sistema LiderA4 de apoio à procura da sustentabilidade. Este foi um dos exemplos selecionados para o projeto comunitário ECOPOL5 como demonstração de boas práticas, mostrando que é possível atingir um bom desempenho sem acréscimos de custos significativos.
4.5.3 Avaliação ambiental de produtos e de edifícios
Para que seja possível avaliar as várias dimensões da sustentabilidade, incluindo a ambiental, de edifícios novos e de intervenções de reabilitação, encontram-se em finalização e tradução para Português (através das comissões CEN CT 350 e CT 171 do IPQ, respetivamente) as Normas Europeias relacionadas com a avaliação da sustentabilidade dos edifícios. Estas normas incluem o enquadramento e métodos de cálculo para a avaliação integrada das dimensões ambiental, económica e social de cada edifício novo ou a reabilitar, incluindo também especificações relacionadas com a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) ambiental de produtos e edifícios.
Declaração ambiental do Tipo III: Declaração Ambiental de Produto
A avaliação e certificação do desempenho ambiental centram-se, a nível europeu, nos materiais ou soluções construtivas. O Regulamento dos Produtos da Construção6 (RPC), em vigor desde 2013, acrescenta um sétimo requisito básico para as obras de construção relacionado com a “utilização sustentável dos recursos naturais”. Este requisito inovador obriga a que as obras de construção sejam concebidas, realizadas e demolidas de modo a assegurar: a reutilização ou reciclabilidade das mesmas, dos seus materiais e das suas partes, após a demolição; a sua durabilidade; a utilização de matérias-primas e materiais secundários compatíveis com o ambiente. Quando disponível, é através de uma declaração ambiental do Tipo III – Declaração Ambiental de Produto – DAP, (Environmental Product Declaration – EPD) que é possível avaliar a utilização sustentável de recursos e o impacte das obras de construção no ambiente. A DAP, que tem de ser baseada num estudo de ACV do material ou da solução construtiva, é desenvolvida de forma voluntária e apresenta informação ambiental quantificada relativa ao ciclo de vida do produto.
A metodologia de ACV foi destacada pela Comissão Europeia como uma importante ferramenta de suporte à Política Integrada de Produto e as DAP são definidas como um meio normalizado de apresentar informação quantitativa relativa ao ciclo de vida de um produto. A elaboração da DAP permite analisar todo o ciclo produtivo e apoiar a verificação do cumprimento das exigências ambientais legais.
3 Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2007, de 07 de maio (Documento 27998 Versão 1, em vigor desde 07 de maio) 4 http://www.lidera.info/?p=MenuContPage&MenuId=19&ContId=57
5 Projeto comunitário no âmbito das compras públicas ecológicas - http://www.ecopol-project.eu/en
6 Regulamento (UE) Nº 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011.
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A DAP de um material ou solução construtiva pode ser registada no programa nacional DAPHabitat7, sendo necessária a verificação da mesma por terceira parte para esse registo se efetivar. Este programa está inserido na ECO-Platform8, uma organização internacional fundada em 2013 que aglutina operadores europeus de programas de registo de DAP do sector da construção. O objetivo da ECO-Platform é apoiar o fornecimento de informação científica verdadeira, credível e imparcial em DAP para produtos do sector da construção que se pretende que tenham reconhecimento mútuo pelos programas de registo europeus pertencentes a esta associação (ECO-DAP). Esta iniciativa da ECO-DAP Europeia irá reduzir o esforço dos fabricantes, permitindo que a indústria comunique a informação ambiental relevante dos seus produtos num formato harmonizado e reconhecido entre os países europeus.
4.5.4 Materiais reciclados/recicláveis
Uma das vias mais eficazes para garantir a sustentabilidade ambiental das intervenções de reabilitação é diminuir os impactes associados aos materiais utilizados. A reciclagem dos materiais não é a melhor solução num contexto de sustentabilidade, sendo preferível implementar estratégias de prevenção da criação de resíduos (aumentando, por exemplo, a vida útil das construções) ou de reutilização (dos próprios edifícios, ou dos seus componentes/elementos ou materiais). Na prática, vários fatores (por exemplo, o caráter químico de muitas ligações dos materiais compósitos como o betão) limitam fortemente a aplicação dessas estratégias, sendo normalmente a reciclagem a melhor das soluções praticáveis.
Sempre que não se consiga prevenir a produção de resíduos, os níveis de reciclagem possíveis (por ordem decrescente de interesse ambiental) são: reciclagem numa aplicação direta, numa aplicação fora do edifício, ou fora da indústria da construção. A reciclagem de materiais pode ainda adotar várias formas: reciclagem (propriamente dita) - o material é utilizado com a sua função original (ex.: sucata usada para produzir aço; agregados reciclados de betão usados para fazer betão); down cycling – o material é utilizado para uma função menos nobre que a original (ex.: mistura de agregados usada como sub-base de estradas); up cycling – o material é utilizado para uma função mais nobre que a original (ex.: cinzas volantes usadas em argamassas ou betões).
Na reabilitação, a reciclagem de materiais só é possível se as demolições parciais forem seletivas. No entanto, esta opção tem custos adicionais de mão-de-obra, exige equipamentos mais ligeiros e, sobretudo, aumenta a duração do processo. A demolição seletiva tem, no entanto, além das vantagens ambientais, benefícios económicos: mais emprego direto e indireto, novos nichos de mercado (venda direta de novos produtos) e centrais regionais e nacionais de armazenamento e distribuição; redução de custos em taxas ambientais e em transporte e deposição em aterro; praticamente inevitável se forem impostas taxas mínimas de recuperação de materiais ou máximas de deposição em aterro.
Para promover a reciclagem, existem hoje ferramentas informáticas para avaliar o potencial dos edifícios, das quais um exemplo é o sistema SMARTWaste9. Este sistema permite determinar os tipos e quantidades de resíduos, as causas e custos dos mesmos, a geração de resíduos ao longo do tempo, em termos globais ou por produto, os níveis de reciclagem e os produtos reciclados chave. Para o fazer, considera: aspetos técnicos como a desconstrutibilidade 10 física de componentes específicos de forma a tornar a sua reutilização direta possível; o desenvolvimento de ferramentas existentes ou necessárias para implementar a desconstrução; os custos de ciclo de vida para recuperação de componentes e materiais, tendo em consideração receitas previsíveis e valores
7 www.daphabitat.pt
8 www.eco-platform.org
9 Hurley, James; Goodier, Chris; Garrod, Elizabeth; Grantham, Rob; Lennon, Tom; Waterman, Anthony, Design for Deconstruction - Tools and Practices, Proceedings of CIB TG 39, Design for Construction and Materials Reuse, CIB Publication 272, Karlsruhe, 2002, pp. 139-173.
10 O nível até ao qual a conceção de um edifício facilita a sua reutilização, como um todo ou fragmentado em partes, e a reciclagem dos materiais não suscetíveis de serem diretamente reutilizados.
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correntes de mercado, oferta e procura atuais e a facilitação do seu potencial de mercado; os aspetos de legislação como a recertificação de componentes e materiais para reutilização e up cycling.
Em peritagens efetuadas pelo Building Research Establishment (BRE) com recurso a este sistema constatou-se que: é possível efetuar uma peritagem de um edifício e do seu conteúdo em situações de tempo e custo limitados; se a peritagem for efetuada antes da elaboração do caderno de encargos, existem fortes hipóteses para a reutilização e reciclagem de componentes e materiais; os clientes podem escolher o empreiteiro com a melhor oferta tendo em conta não só a construção como a desconstrução; a localização, os equipamentos, o tempo, o espaço e a procura terão um papel importante na seleção da decisão de reutilizar, reciclar ou levar a vazadouro; o cliente deveria incluir uma peritagem nos documentos levados a concurso para que os empreiteiros de demolição a tenham em conta na sua proposta; todas as propostas deveriam incluir um levantamento dos materiais e componentes que serão recuperados para reutilização, reciclagem ou recuperação de energia, incluindo a fixação de metas.
Em resumo, a utilização de materiais reciclados/recicláveis deve ser fomentada na reabilitação de edifícios mas existem alguns obstáculos a vencer, entre os quais: a cultura de desconfiança relativamente aos materiais “em segunda mão”; a inexistência de um mercado estabelecido de recolha e revenda deste tipo de materiais; as baixas taxas ambientais associadas à deposição em vazadouro de materiais com potencial de reciclagem e à extração de novas matérias-primas.
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5 Controlo público das operações de reabilitação urbana
5.1 Os regimes gerais
Vitor Campos, João Branco Pedro | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
O controlo público das operações de reabilitação urbana insere-se no âmbito lato do controlo público das operações urbanísticas e assenta em dois regimes gerais:
Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação;
Regime Jurídico da Reabilitação Urbana.
O Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE), originalmente aprovado pelo Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, foi sucessivamente objeto de alterações, a mais recente das quais aprovada pelo Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 de setembro.
O diploma classifica as obras em edifícios existentes em cinco tipos: reconstrução, alteração, ampliação, conservação e demolição. A realização destas obras pode depender de controlo prévio ou estar isenta desse controlo. O controlo prévio pode assumir as modalidades de licença, comunicação prévia ou autorização de utilização. Independentemente da modalidade, todas as obras devem cumprir as normas legais e regulamentares aplicáveis.
Esta determinação não é todavia absoluta. Para permitir a conservação e reabilitação do património construído, o RJUE estabelece o princípio da “proteção do existente”, segundo o qual uma pretensão para realizar obras em edifícios existentes, mesmo que seja desconforme com normas legais ou regulamentares supervenientes à construção originária, não pode ser recusada caso se verifiquem certas condições (vd. nota específica sobre o princípio da “proteção do existente” nesta página).
O Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU) foi originalmente aprovado pelo Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro e alterado pelo Decreto-Lei nº 32/2012, de 14 de agosto.
O diploma introduz as noções de “operação de reabilitação urbana”, de “Área de Reabilitação Urbana” (ARU) e de “entidade gestora”, distinguindo entre “reabilitação urbana” e “reabilitação de edifícios” e entre “operações simples” e “operações sistemáticas”, e estabelece os modelos e os instrumentos de execução, bem como os procedimentos técnicos e administrativos a seguir em cada uma delas.
Além de estabelecer o regime específico aplicável em áreas que contêm património cultural imóvel classificado ou em vias de classificação, incluindo as respetivas zonas de proteção, o diploma integra e desenvolve o princípio da “proteção do existente”, ampliando a sua aplicação.
O princípio da proteção do existente
Este princípio é uma peça-chave na aplicação dos regulamentos técnicos da construção às obras realizadas em edifícios existentes. A sua aplicação não é isenta de subjetividade, o que coloca uma exigência acrescida aos técnicos responsáveis pelos projetos e aos municípios responsáveis pelo respetivo controlo prévio.
Nos termos do RJUE, uma pretensão para realizar obras em edifícios existentes, que seja desconforme com normas legais ou regulamentares supervenientes à construção originária, não pode ser recusada caso se verifique uma das seguintes condições:
as obras não originarem nem agravarem desconformidades com essas normas;
apesar de originarem ou agravarem desconformidades, as obras terem como resultado a melhoria das condições de segurança e de salubridade da edificação.
O princípio da proteção do existente não é todavia absoluto. É uma regra geral, mobilizável quando a legislação específica não dispuser de forma diferente. Se as normas legais e regulamentares explicitamente incluírem no seu âmbito de aplicação as obras em edifícios existentes, elas devem ser cumpridas e o princípio da proteção do existente não se aplica. A possibilidade de invocar este princípio varia também com o tipo de obra.
A invocação do princípio da proteção do existente deve ser feita no termo de responsabilidade do técnico autor do projeto, através da identificação das normas legais e regulamentares que não foram observadas e da indicação das razões objetivas da sua não observância.
O RJRU acolhe o princípio da proteção do existente mas introduz alterações relativamente ao RJUE.
Além da já referida ampliação da sua aplicação, ao admitir que a melhoria das condições de desempenho funcional da edificação pode justificar a criação ou agravamento de desconformidades com as normas legais e regulamentares aplicáveis, o RJRU admite ainda a aplicação do princípio da proteção do existente nas obras de ampliação e de construção que visem a substituição de edifícios preexistentes nas ARU.
A possibilidade de invocar este princípio em função do tipo de obra também não é coincidente no RJUE e no RJRU. Do mesmo modo, nos termos do RJRU, a fundamentação das razões de não observância de normas legais e regulamentares apenas é exigida nas obras de construção e ampliação, em determinadas condições. O RJRU salvaguarda também, explicitamente, que a aplicação do princípio da proteção do existente não pode prejudicar a adoção de opções de construção adequadas à segurança estrutural e sísmica do edifício.
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5.2 O Regime Excecional para a Reabilitação Urbana
Vitor Campos, João Branco Pedro | Laboratório Nacional de Engenharia Civil Pedro Ministro | Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção
O Regime Excecional para a Reabilitação Urbana (RERU) foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 53/2014, de 8 de abril, para vigorar até 9 de abril de 2021.
O diploma veio dispensar da sujeição a determinadas normas técnicas as obras de reabilitação “em edifícios ou frações, cuja construção tenha sido concluída há pelo menos 30 anos ou localizados em áreas de reabilitação urbana, sempre que se destinem a ser afetos total ou predominantemente ao uso habitacional”.
Entre os motivos invocados para justificar a aprovação do RERU destacam-se o elevado número de edifícios em deficiente estado de conservação, a especificidade dos edifícios antigos não ser tida em conta pelo atuais regulamentos técnicos da construção e o nível de exigência destes regulamentos ser excessivo face aos recursos atualmente disponíveis.
O RERU abrange todos os tipos de obras – as obras de ampliação e construção apenas são abrangidas quando satisfaçam cumulativamente certas condições – e ainda as alterações de utilização.
Os domínios regulamentares abrangidos são seis:
Regulamento Geral das Edificações Urbanas – dispensa de alguns artigos;
Regime de Acessibilidades aos Edifícios e Estabelecimentos que Recebem Público, Via Pública e Edifícios Habitacionais – dispensa total;
Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios – dispensa total;
Regulamentos aplicáveis em matéria de certificação energética e de qualidade do ar dos edifícios – dispensa alguns requisitos;
Regulamentos referentes às instalações de gás – dispensa total;
Regime aplicável às Infraestruturas de telecomunicações em edifícios – dispensa alguns requisitos.
O RERU salvaguarda explicitamente que as obras em edifícios existentes não podem diminuir as condições de segurança e de salubridade e reitera o princípio da proteção do existente, não admitindo que das obras resulte uma redução da qualidade do parque edificado existente.
Questões suscitadas pelo regime excecional
A iniciativa de dispensar as obras de reabilitação do cumprimento de um conjunto alargado de normas técnicas suscitou dúvidas no meio técnico.
Uma das questões prendeu-se com a opção legislativa em si. Estava em causa saber se o principal obstáculo à dinamização da reabilitação urbana residia na desadequação das normas técnicas da construção. Interrogava-se também se a correta aplicação do princípio da proteção do existente não era suficiente para ultrapassar eventuais dificuldades relacio-nadas com a desadequação das normas técnicas às intervenções sobre os edifícios existentes.
Outra questão, suscitada pelas Ordens profissionais dos arquitetos e engenheiros e por uma associação científica do domínio da engenharia sísmica, baseou-se no ponto de vista de que as intervenções de reabilitação são uma oportunidade para melhorar o desem-penho do parque edificado, em particular no que respeita à segurança estrutural e sísmica.
Os defensores deste ponto de vista preconizaram que o RERU deveria estabelecer normas sobre o reforço estru-tural dos edifícios, a cumprir nas intervenções de reabilitação urbana, em particular nas zonas do país mais expostas ao risco sísmico.
Entre os fundamentos desta posição destacam-se:
Grande parte dos edifícios sujeitos a intervenções de reabilitação não tem condições mínimas de segurança estru-tural face a um sismo, pelo que não basta manter o nível de segurança existente;
Sem garantir condições mínimas de segurança sísmica, as intervenções de reabilitação vão colocar mais pessoas e bens em risco e criar uma falsa ideia de segurança;
Com um reduzido aumento no custo das intervenções de reabilitação podem ser realizados trabalhos que melhoram significativamente as condições de segurança estrutural dos edifícios;
Sem assegurar condições mínimas de segurança estrutural, as intervenções de reabilitação são um investimento de recursos nacionais estrategicamente discutível.
O debate sobre esta questão prossegue.
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6 Métodos de apoio à decisão
6.1 Avaliação do ciclo de vida das intervenções
Maria João Falcão da Silva, Filipa Salvado | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Na sequência da adesão à Comunidade Económica Europeia em 1986, Portugal beneficiou de importantes fundos estruturais que proporcionaram um forte desenvolvimento do setor da construção civil e obras públicas. Entre 1990 e 2000 este setor apresentou um forte dinamismo motivado pela execução de grandes projetos e pela aceleração da atividade económica, o que incentivou a construção e compra de habitação nova. Mais recentemente, fruto da conjuntura económico-financeira que o país atravessa, a construção nova tem vindo a decair drasticamente tendo-se começado a apostar no mercado da reabilitação de edifícios existentes.
O impacto dos edifícios a diversos níveis é cada vez mais importante nas sociedades contemporâneas, pelo consumo de energia e de recursos durante a sua fase de utilização, mas também pelas fases de construção e demolição. A atividade da reabilitação de edifícios existentes envolve a execução de inúmeros trabalhos com diversas especificidades técnicas e custos associados, considerando-se necessário a existência de informação atualizada e adaptada à realidade, que acompanhe a constante evolução do setor. A gestão e a disponibilização dessa informação relacionada com a reabilitação constituem um elemento essencial de apoio ao meio técnico em geral e às entidades diretamente envolvidas no setor. A complexidade dos empreendimentos e das intervenções de reabilitação, bem como a consequente necessidade de comunicação entre os diversos intervenientes no processo de decisão, conduz a que a utilização de sistemas de gestão da informação (nomeadamente a metodologia BIM) assuma cada vez mais importância. Torna-se assim indispensável dispor de elementos de informação técnica e económica detalhados que permitam identificar objetivamente as intervenções de reabilitação em edifícios existentes e sua evolução ao longo do tempo. Por esse motivo, e devido à complexidade de todos os processos envolvidos, surge a necessidade de serem desenvolvidos estudos com base na Avaliação do Ciclo de Vida (ACV).
Nascida a partir da preocupação de racionalizar a fatura energética dos edifícios, a ACV evoluiu para um conceito mais abrangente que integra todos os impactos ambientais. A maioria das intervenções de reabilitação disponíveis no mercado requer um conjunto variado de processos de produção, distribuição, utilização e rejeição, durante o seu ciclo de vida. Cada um destes processos produz uma diversidade de emissões, tendo cada uma destas emissões o seu efeito específico sobre o ambiente. A ACV constitui o procedimento que permite analisar, formalmente, a complexa interação de um sistema com o ambiente, ao longo de todo o seu ciclo de vida, caracterizando o que se tornou conhecido como enfoque do "berço ao túmulo" (cradle-to-grave), partindo da premissa de que todos os estágios da vida de um produto geram impacte ambiental e devem ser analisados. A ACV é reconhecida internacionalmente como uma técnica holística analítica para a avaliação dos impactes ambientais associados a um produto (sistema, intervenção ou serviço), durante a totalidade do seu ciclo de vida, tendo aplicabilidade prática direta, por exemplo no planeamento estratégico de intervenções de reabilitação.
As normas internacionais da série ISO 14 040 de Gestão Ambiental padronizam os procedimentos a adotar numa ACV. Segundo a Agência Europeia do Ambiente em qualquer estudo de ACV (extensível a intervenções de reabilitação de edifícios existentes) deverão ser desenvolvidos os seguintes passos: i) definição de objetivo e alcance, ii) inventário do ciclo de vida (LCI), iii) avaliação de impactes potenciais e iv) interpretação de resultados. Uma abordagem integrada ACV permite avaliar diversos aspetos a partir da quantificação de indicadores ambientais, sociais, económicos, funcionais e técnicos, surgindo ainda como base para os conceitos de Ecodesign. Cada vez mais os intervenientes no processo de decisão estão a estabelecer metas para melhorar o desempenho de sustentabilidade de empreendimentos ao longo do seu ciclo de vida.
40
6.2 Avaliação do risco
Maria João Falcão da Silva, Filipa Salvado | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
No cenário atual em que a internacionalização e a globalização das empresas assumem um papel cada vez mais relevante, torna-se essencial que as empresas sejam competitivas e desenvolvam estratégias otimizadas de produção. O setor da construção enfrenta cada vez mais desafios, que se apresentam de uma forma complexa no que diz respeito às exigências de Qualidade.
A reabilitação de edifícios apresenta um conjunto de características muito específicas que a distinguem de todas as outras áreas de atividade dentro do setor da construção. Cada projeto é independente e único, sendo por estas razões propício à ocorrência de riscos. A ocorrência de uma falha normalmente acarreta, para além de custos normalmente elevados, um incumprimento dos prazos estabelecidos para execução do empreendimento. Por esta razão, em concursos públicos, começou a surgir como exigência a aplicação de Análises do Risco aos projetos apresentados. Para além do referido, muitas organizações empresariais começam a sentir necessidade de implementar métodos e a desenvolver ferramentas de Análise de Risco para apoio à decisão.
A Análise do Risco funciona como uma confiança depositada na empresa por parte do cliente, uma vez que para a deteção de eventuais falhas e tomada de medidas preventivas é necessário fazer um estudo pormenorizado de todo o projeto, garantindo assim um desenvolvimento detalhado de todas as etapas do processo construtivo. Com uma adequada Análise do Risco é possível intervir de forma a influenciar a probabilidade de ocorrência e ajustar o projeto para assegurar que as probabilidades estão a favor dos intervenientes no processo de decisão.
As metodologias de Análise do Risco mais conhecidas correspondem a: i) Diagrama de causa efeito, ii) Failure Modes and effects analysis (FMEA), iii) Árvore de falha, iv) Hazard analysis and critical control points (HACCC), v) Hazard operability analysis (HAZOP), vi) Preliminary hazard analysis (PHA), vii) Método de Monte Carlo. Todos os métodos indicados permitem ajudar na busca de potenciais falhas, contudo dependendo do método utilizado é possível chegar a soluções díspares ou mesmo pouco precisas. Para uma melhor Análise do Risco podem ser criados métodos iterativos programáveis; contudo, para a qualidade do trabalho final é imprescindível a análise criteriosa de um engenheiro experiente.
No setor da construção e na área da reabilitação de edifícios existentes, o método FMEA apresenta, tal como para outras áreas de atividade, grandes vantagens relativamente aos restantes pelo facto de: i) detetar falhas antes que se inicie o processo, procurando diminuir a probabilidade do produto ou processo falhar, aumentando a confiança no processo e ii) classificar e comparar todas as falhas encontradas, ordenando-as por prioridade na tomada de medidas preventivas. Numa abordagem mais completa do FMEA, conhecida por FMECA (Failures Mode, Effect and Critically Analysis), para além da análise do modo de falha também é feita uma análise do impacto crítico que a falha pode ter sobre o sistema. A divulgação do método FMEA deve-se em parte à referência feita nas normas ISO 9000: 2000.
Tendo em conta a conjuntura que o país atravessa e que se supõem que continue por alguns anos, torna-se fundamental apostar na reabilitação dos edifícios existentes, em detrimento da construção nova, no sentido de potenciar o desenvolvimento económico nacional. É de todo o interesse o Estado promover apoios e incentivos destinados ao setor. A posição do Estado na matéria de Análise do Risco deverá passar por prestar um maior auxílio ao setor nesta particularidade. De facto, seja por intermédio de nova legislação que coloque a Análise do Risco como pré-requisito obrigatório de qualquer obra, ou de incentivos à maior participação nos concursos públicos, é certo que o Estado possui margem de atuação para imprimir um impacto muito positivo no setor num futuro não muito distante.
41
6.3 Análise de custo-benefício
Maria João Falcão da Silva, Filipa Salvado | Laboratório Nacional de Engenharia Civil
A indústria da construção é uma atividade responsável por uma parcela significativa dos impactos ambientais negativos em termos de consumo final de energia (42%), emissão de gases com efeito de estufa (50%) e produção de resíduos (22%). Neste quadro, a União Europeia tem vindo a estabelecer metas e a definir políticas com vista à preservação ambiental e racionalização dos recursos [2]. A procura de soluções para atingir estas metas no setor da construção conduz a uma forte aposta na reabilitação de edifícios existentes. A reabilitação de edifícios existentes assume um papel importante no aumento da sustentabilidade do ambiente, constituindo uma alternativa à realização de construções novas ou à demolição e reconstrução, pois reduz o consumo de materiais novos e a produção de resíduos.
A Análise de Custo-Benefício (ACB) de projetos de investimento é explicitamente exigida pelos novos regulamentos da União Europeia que regem os Fundos Estruturais, o Fundo de Coesão e o Instrumento Estrutural de Pré-Adesão, no caso de projetos cujos orçamentos excedam, respetivamente, 50, 10 e 5 milhões de euros. A ACB permite determinar se os benefícios futuros das estratégias de reabilitação consideradas serão suficientes para justificar os custos atuais do projeto, assentando na conversão a valores monetários de todos os custos e benefícios, e respetivas correções, mesmo quando são de caráter intangível.
A Análise Custo-Benefício (ACB) consiste num método para avaliar o impacto económico líquido de um projeto de investimento, podendo ser utilizada para uma diversidade de intervenções. No que se segue, considerar-se-á a sua aplicação a projetos de investimento. Nestas circunstâncias, o objetivo de uma ACB consiste em determinar se um projeto é viável sob o ponto de vista do bem-estar social através da soma algébrica dos seus custos e benefícios descontados ao longo do tempo. Neste sentido revela-se essencial: i) prever os efeitos económicos do projeto, ii) quantificar esses efeitos, iii) transformar, sempre que possível, os efeitos em unidades monetárias e iv) calcular a sua rentabilidade económica por via de um indicador preciso, que permita formular uma opinião concreta em relação ao seu desempenho esperado. A ACB assenta na conversão a valores monetários de todos os custos e benefícios, mesmo quando são de caráter intangível, passando por várias correções, nomeadamente: i) Distorções de preços, ii) monetarizações de impactos não monetários, iii) inclusão de efeitos indiretos e iv) utilização de taxa de atualização social diferente da financeira.
Em Portugal, torna-se urgente desenvolver estudos de base económica, que permitam fundamentar as intervenções de reabilitação. A decisão de reabilitar é complexa, uma vez que os custos associados exigem uma apreciação a diferentes níveis, dada a sua relevância para as partes interessadas no processo de decisão, e nem sempre facilmente quantificáveis. Na sequência das decisões recentes da União Europeia, torna-se essencial e urgente a realização de estudos para fundamentar as estratégias a adotar. Neste quadro, a utilização de metodologias com base em ACB permitem estudar a viabilidade de projetos de reabilitação e avaliar os seus impactos com base na comparação dos custos e dos benefícios num determinado horizonte temporal.
43
7 Financiamento, incentivos e fundos de reserva
7.1 Incentivos financeiros e fiscais
Dinis Isidoro Rodrigues | Agência para a Energia
No início de 2015 foi aprovado o Acordo de Parceria que norteia a utilização dos fundos estruturais até 2020, sendo que o domínio relacionado com a Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (SEUR) prevê apoios para a promoção da eficiência energética e energias renováveis. Assim, a dotação orçamental disponível para apoiar projetos relacionados com a promoção da eficiência energética e das energias renováveis é de cerca de 2.000 milhões de euros por forma a apoiar diferentes tipologias de projetos, de acordo com as diferentes prioridades de investimento estabelecidas no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) bem como em cada um dos Programas Operacionais Regionais.
A prioridade de investimento “4.2”, destinada a apoiar projetos de promoção de eficiência energética e de energias renováveis no setor das empresas, e a prioridade de investimento “4.3”, destinada a apoiar projetos de promoção de eficiência energética no setor público (central e local) e no setor da habitação (social e particular) concentram a generalidade dos apoios que serão canalizados para apoiar projetos de eficiência energética em edifícios.
As dotações orçamentais associadas a cada uma das prioridades de investimento podem ser encontradas nos programas operacionais regionais sendo que no caso específico de projetos no âmbito da administração central toda a informação se encontra disponível no POSEUR. Esta informação está disponível através da página de internet do Portugal 2020 em www.portugal2020.pt.
Importa referir que o Regulamento Específico para o domínio Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (Portaria n.º 57-B/2015, de 27 de fevereiro) prevê que os projetos a apoiar em edifícios sujeitos à aplicação do Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, devem resultar num aumento de, pelo menos, duas classes no certificado de desempenho energético, e gerar benefícios líquidos positivos, sendo que o apoio à promoção de energias renováveis nas referidas prioridades de investimento, apenas será possível quando integrar igualmente soluções que visem a promoção da eficiência energética.
De salientar que os apoios a conceder, e contrariamente ao que aconteceu no Quadro de Referência Estratégica de Nacional (QREN), relativo ao período 2007-2013, serão reembolsáveis, com exceção dos apoios a conceder para a habitação social. Assim, no caso das empresas e da habitação particular os apoios serão 100% reembolsáveis, sendo que no caso da administração central e local, estas terão de partilhar anualmente, com a entidade financiadora, 70% do valor das economias de energia geradas.
Todas as candidaturas submetidas deverão ser precedidas de um diagnóstico energético ou auditoria energética, nos termos que venham a ser estabelecidos nos Avisos, sendo que os custos incorridos com estes estudos serão financiados a fundo perdido nos casos em que os projetos sejam implementados pelos promotores, tendo em consideração eventuais custos de referência ou custos máximos que venham a ser definidos para o efeito.
Nesta medida estão criadas condições para que, num futuro próximo, se possa iniciar a atribuição de apoios a projetos integrados de promoção da eficiência energética e das energias renováveis contribuindo de forma efetiva para o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética e no Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis e para a existência de um parque edificado mais eficiente.
44
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Vasco Peixoto
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mentos e cobs de conserve entre me a eficiên
pações
eabilitação, ao de juntas; retores, pregressão); desmfachadas paca; encamisaoluções mistnsversal + injedo de barrasssipadores diados na superf
s resultadosr a verificaçença de vazarantir a efição, assegur
soluções e entre 30 €
e refechamede parede vo acabamen
tentes de alven
ogia da Universida
massada de um grande ta da s, dos ão dos função
métricas paredes
ar-se as mpenho minar a equada
berturas. vação e
materiais ncia da
a utilizar rebocos agens);
monte e aralelas; amento; tas, tais eção de s/varões agonais rfície.
s de um ção de ios e o ciência
rando a
podem €/m2 de ento de
para nto.
naria de pedra.
ade Nova de Lisbo
[c] Soluções d
oa
de reforço (rebo
47
[a]
[b]
[c]
oco armado e
7
48
8.4 Fun
Rita Moura | Te
Alexandre PintFernando F.S.
Identificaçã
Uma das existentes sconstrução dponto de tecnologia antigos), cone improvisadcomportamesobrecargasda estrutura
Metodolog
A metodolofundações 1996):
1. Inspeção estrutural e topográficos anomalias, naberturas e d
2. MonitorizaTerreno: inlevantamentodeslocamento
3. Prospeçãode deficientcaracterizar aSondagens g(resistência, Poços de recprofundidade,
4. Reforço dcondicioname(alargamentopegões/microreforço do cimento/cal)
Avaliação t
Os custos entre 80 a 1
[a] Prospeção prospeção de microestacas e
Coelho S., 1996:
dações
eixeira Duarte to | Instituto Supe
Pinho | Faculda
ão do proble
principais csão os movde edifícios sovista geomeadequada
nduz, por vezdas, que, co
ento estrutus), associado, poderá exig
ias de interv
ogia para aé composta
estrutural e dgeométrico,
ou fotograménos locais em da respetiva e
ação (acompanstalação dos topográfios (elétricos, fib
o geológica e te comportamas condições geotécnicas –
permeabilidaconhecimento , geometria e m
de fundações entos de
o das funoestacas, injesolo (jet-grou[b].
técnico-eco
de reforço d120 €/m̹2 de
Geológica e Gefundações; a.5
em carga; b.3) R
: “Tecnologia de F
erior Técnico, Univ
ade de Ciências e
ema
causas de fvimentos ao obre formaçõecânico, ass(especialme
zes, a soluçõeom frequênciaral. O acr
o a intervençõgir o reforço d
venção / pre
a avaliaçãoa pelas seg
diagnóstico de, complemenétricos; Levan que ocorramxtensão e evo
nhamento) dee calhas icos, fissurbra ótica).
geotécnica, smento das de fundação d
– caracterizaçade), incluind– caracteriza
materiais [a].
utilizando técespaço e
ndações; receções de calduting, mistura
onómica
de fundaçõeárea (em pla
eotécnica: a.1) 5) Distância entReforço de mur
Fundações”, EPG
versidade de Lisbo
Tecnologia da Un
fendilhação nível das f
es pouco comsociada à nte em edes de fundaçãa, originam uréscimo de ões com altedas fundações
eocupações
e para o guintes etap
e anomalias:ntado por lntamento e dim fissuras, comolução.
e movimentos inclinométrica
rómetros, s
sempre que efundações,
da estrutura, cão do terreno
do cota do nção das funda
cnicas compade acesso
calce com das de cimenas de solos;
es podem seanta).
Mapa geológicore sondagens; o de contenção
E/ISEL.
oa niversidade Nova
em edifíciosfundações. Ampetentes, doausência dedifícios maisão aligeiradasum deficiente
cargas (eeração do usos.
s
reforço depas (Coelho
Levantamentolevantamentosagnóstico dasm medição de
e de fissurasas; Edifíciossensores de
exista suspeitade modo a
contemplandoo de fundaçãonível freático
ações, incluindo
atíveis com osos existentes
recurso anto, silicatos) misturas de
er estimados
o; a.2) Sondage[b] Reforço de
o.
de Lisboa
s A o e s s e e o
e o,
o s s e
s: s: e
a a
o: o
o; o
s s a ); e
s
ens geotécnicasFundações: b.
s; a.3) Corte geo1) Microestacas
a.1)
ológico; a.4) Pos; b.2) Colocaç
a.2)
a.3)
a.4)
a.5)
[a]
[b]
oço de ção de
8.5
ArmanJoana
Soluç
Os vpelasou dis
Até autilizaexteripoucoNos alumíáreassolar,foram
Nívei
O níassegestanresistproteçaplicasubstde oc
Nos janelaque sassegde camate
Meto
No cajanelamarcacaracà obra adm
Avali
Atendperíodenergconfointerv
[a] Jandupla admissenvidra
Vãos env
ndo Pinto | Labor
Almeida | Hilti
ção constru
ãos envidraçs portas e janspositivos de
ao princípio dação de janelaiores, portadao frequente aanos 90, foiínio, bem coms envidraçada em diversos
m substituídas
is de interve
ível mínimo gurar caractenquidade à átência mecânções solares.ação de jatituição da caclusão.
casos de sua dupla, devsatisfaçam ogurada a sualços, vedaçriais do caixi
odologias de
aso da interveas, dispositivoação CE docterísticas comra. Devem semissão de ar.
iação técnic
dendo ao climdo do retornogia é muito orto e de vavenções.
nelas com infiltrpara melhorar são de ar autoaçado.
vidraçado
ratório Nacional d
utiva
çados comprnelas e respe
oclusão dos
dos anos 80as de madeiras exteriores a utilização d generalizadmo, de vedaas cada vezs casos, as
s por estores v
enção
de intervenerísticas báságua, a rednica e a man. A intervençã
anela dupla aixilharia, da
ubstituição dve ser assegs requisitos a adequadação, buchasilho e do vão
e intervençã
enção compros de proteçãs novos commpatíveis co
er previstos e
co-económic
ma Portuguêso do investimlongo. Contualorização do
ração de água, o desempenho
o-reguláveis na
os
de Engenharia Civi
reendem o cetivos sistema
vãos e elem
, a solução pra e vidro simou interiores.de vedantes a a utilizaçãntes, vidro dmaiores. Ao
persianas e venezianos o
nção deve ssicas de desução das innobra normaão pode cons
ou poderáproteção sol
de janelas ogurada a utaplicáveis, bfixação ao
s e parafusoo.
ão / preocup
reender a subão solar, dev
mponentes em o perfil densaios de rec
ca
s e ao padrãoento em term
udo, existem o património
com elevada peo do vão. [c] E
caixa de estor
vil
conjunto conas de proteçã
mentos de fixa
predominantemples, com pe
. Nessas janedas juntas m
ão de caixilhuplo e a adoo nível da pportadas ex
ou telas.
ser o destinsempenho cnfiltrações del das janelassistir em repaá corresponar ou do dis
ou de aplicatilização de jbem como devão, com soos adequad
pações
bstituição de ve ser assegue de que este requisitos aceção e asse
o de climatizmos de poupa outros aspe
o que justific
ermeabilidade aEnsaio de estanre e na parede
nstituído ão solar ação.
e era a ersianas elas era móveis. aria de
oção de proteção xteriores
nado a como a e ar, a s e das arações, nder à positivo
ção de janelas eve ser oluções as aos
portas, urada a tes têm plicável
egurada
ação, o ança de etos de cam as
ao ar e degradanquidade à águe adjacente. [e]
ação dos perfis. a in situ. [d] In] Pormenor de
[b] Aplicação dntegração de d
fixação de ca
49
[a]
[b]
[c]
[d]
[e]
de uma janela ispositivos de ixilho em vão
9
50
8.6 Pav
Dulce Franco H
Solução co
Refere-se era em madeedifícios antdispostas etravadas potorção das encastramepregagem apela sua fixa
Degradaçã
Recomendacaracterístic
As entregasou térmitasalvenarias. degradaçãosua capacidfendas, entapresentar vibração exdimensiona
Metodolog
Identificandodo, em gereconstituir substituição madeira rematé atingir reposição domais comumadeira [d] adicional covigamento d
Muita atençestrutural coligações ent
Avaliação t
É variável estrutura an
[a] Ferrolho ddente. [b] Aspbajulus. [d] Co
imentos
Henriques | Insti
onstrutiva
esta secção aeira, por ser tigos. A estrum paralelo, cor tarugos qvigas. A liga
ento simples a um frechaação à pared
ão ou diminu
a-se a inspecas por equip
s degradam-s [b] devido
As vigas do ou defeitosdade resistetre outros). Abaixa capa
xcessivas, dmento dos e
ias de interv
o degradaçãoeral, retirar a secção oda parte reti
manescente. o teor em os níveis de rns passam ou metálicosom tarugos
do pavimento
ção deve seronjunto, comtre elemento
técnico-eco
caso a casontiga é mais
e ligação à papeto da degradolocação de dua
ituto Superior de E
aos pavimenta grande m
utura é compcom afastam
que impedemação às pare
das vigas l (muitas vez
de por interm
uição da cap
eção visual cpamentos au
-se muitas veà sua humi
de pavimentos localizadosente (galeriaAinda que n
acidade resisdevidas a flelementos e d
venção / pre
o por agentesa parte de
ou então corada. Tratar cSe se enconágua de eqresistência ou
pela colocas), de vigas in
[d], de vig, entre outros
r dada ao fum especial ênos e com a re
onómica
o, mas em económica q
rede exterior. Ddação por térmas linhas de taru
Engenharia da Lis
tos elevados maioria das sposta, em gementos de 0,m a encurvaedes de apoem aberturazes com entédio de ferro
pacidade fu
cuidada e a uxiliares de d
ezes por açãdificação noo também ps no vão, queas de caruncnão degradastente ou duência e /do sistema.
eocupações
s biológicos, egradada e olocar uma com preservantrar húmida,quilíbrio. Parau de confortoação de em
ntermédias, dgas transves.
ncionamentonfase no queestante estru
geral a maque a sua su
Dependendo daitas subterrâneugamento e em
sboa, Instituto Pol
com estrutusituações noseral, por vigas20 a 0,40 m
adura e / ouoio faz-se poas, pela suatalhe) e / ou
olhos [a].
ncional
avaliação dediagnóstico.
ão de fungoso interior daspodem exibie reduzem acho [c], nósadas, podemdeformação
ou ao sub
s
é aconselhareforçar ouprótese em
ador líquido a, deixar secara aumento o, as soluçõesmpalmes (dede travamentoersais sob o
o do sistemae se refere àsutura.
nutenção daubstituição.
a forma como teas. [c] Aspeto palmes de refor
litécnico de Lisboa
-s s
m, u r a u
e
s s r a s, m / -
a-u m a
ar / s e o o
a s
a
termina, pode sda degradação
rço numa das v
a
ser de chaveta,o por carunchoigas.
, de esquadro o grande, Hylot
[a]
[b]
[c]
[d]
ou de trupes
8.7
Arman
Soluç
A venpor mventilventilsistemrecup[a]. Aconduligadasanitájanelanormaestancompperma
Nívei
Deve respeespecestenpassaintervconsisdediccolocdimena eficfrinchser rabertu
Meto
As innecesrenovde poapareportupreoccondu
Avali
Atendintervtipicae a co
[a] Tip
Ventilaçã
ndo Pinto | Labor
ção constru
ntilação é reameios mecânação mecânadores são mas de ventperação de cAs frações deutas de evacas aos apaárias, a exauas. A admissalmente real
ndo normalmpartimentos panente de ar
is de interve
garantir-se etivos aparelciais de vapondais, piscinasagens interiovenção depenstir na colo
cadas, reabilitação de ensões compaciência energ
has na envolvreduzidas e uras dedicad
odologias de
ntervenções ssidade devação de ar onta de venelhos de comguesas dão
cupação de putas), passag
iação técnic
dendo ao cvenções com mente à reduolocação de a
pos de sistemas
ão
ratório Nacional d
utiva
alizada por menicos permannico), ou por
ligados apetilação podemalor. As solue habitação
cuação de ar arelhos de ustão de ar ésão de ar parizada por gr
mente previsprincipais para
das habitaçõ
enção
a adequadlhos de comr de água e os). Para tal, d
ores e abertnderá das so
ocação de atação das conextratores matíveis para vgética e o cvente (janelasa admissão as, com aten
e intervençã
devem ser e assegurageral e permtilação nas
mbustão. A mindicações p
prever admissgens de ar int
co-económic
clima e aos viabilidade téução da permaberturas de
s de ventilação.
de Engenharia Civi
eios naturais nentemente l
sistemas menas em algm ser dotadções de ventestão normasituadas na combustão
é realizada pra os aparelhrelhas situadasta a adma assegurar aões [b].
da ventilaçãmbustão e odores (ex. indeve prever-sturas de exaoluções existaberturas dendutas de examecânicos cventilação natconforto térms, caixas de
de ar deveuação sonora
ão / preocup
planeadas r os caud
manente, bemhotes, instalmetodologia para esse efsões de ar (nteriores e saíd
ca
padrões décnica e econmeabilidade aadmissão de
[b] Sistema de
vil
(ventilação nligados (siste
mistos, nos qguns períod
dos de sistemtilação são dalmente dotacozinha e co. Nas insta
por condutas hos de combas na cozinh
missão de aa renovação
ão das hablocais com stalações sanse admissõesaustão. O ntentes, mas e admissão austão com ecaso nãotural. Para m
mico e acústestores, etc) e ser efetuaa se necessá
pações
tendo em cdais mínimm como os clações sanitREH e as n
feito. Deve ena envolventedas de exaus
de climatizaçnómica restrinao ar da enve ar auto-regu
ventilação de h
natural), ema de uais os os. Os mas de diversas adas de ondutas alações ou por
ustão é ha, não ar nos geral e
itações, fontes
nitárias, s de ar,
nível de poderá de ar
eventual tenham
melhorar tico, as devem
ada por ário.
conta a os de caudais tárias e normas existir a e ou por stão.
ção, as gem-se
volvente uláveis.
habitação.
Ventilação
Ventilação
Ventilação mFluxo dup
recuperação
natural Vent
o hibrida Venti
Fl
mecânica plo com o de calor
Pre30
51
tilação mista
lação mecânicauxo simples
essão de 20 a 0 Pa, 0,03 W/(m3/h)
[a]
[b]
52
8.8 Ene
João Hormigo Rui Fragoso | A
Solução co
Destacam-sseguintes s
A – Solar Ffotovoltaedifícios
B – Solar téproduçã
C – Biomasfonte de
Níveis de in
Das soluçseguintes a
A, B, C – Re
A – Fotovolpainéis.
B – Solar tagregad
C – Biomascondiçõ
Metodolog
A – Fotovolt
AdequDimenregulaManuCertifi
C – Biomas
Instalasistemsistem
Avaliação t
A – Fotovolregime energia
B – Solar téface ao
C – Biomassazonal
[a] Sistema sosanitária instal
rgias reno
| Energias de Por
Agência para a En
onstrutiva
se, para eoluções:
Fotovoltaico: aica com inss ou em outro
érmico: Instalaão de AQS (Á
ssa: Combustãe calor.
ntervenção
ções constrspetos a pre
equisitos leg
taico: Adequa.
térmico: Avado familiar e n
ssa: Área (ou vões de confort
ias de interv
taico e B – S
uabilidade donsionamento amentar e tenção dos sicação das ins
ssa
ação e intemas; Capacidma, em especi
técnico-eco
taico - calcua considera
a gerada).
érmico - cons agregado fam
ssa - estudar ol de utilização
olar fotovoltaicoado em cobertu
ováveis
rtugal / Instituto S
nergia
efeitos do
Exploração stalação de suporte adeq
ação de sisteguas Quentes
ão de materia
rutivas preever numa in
gais em vigor
abilidade da e
aliação face necessidades
volume) a aquo.
venção / pre
Solar térmico
suporte paradas fixaçõ
orientação sistemas; Quastalações.
gração no dade do edifíial ventilação.
onómica
lar o retornoar (autoconsu
siderar as remiliar.
o perfil de utili.
o integrado emura horizontal. [c
Superior de Engen
presente c
do potencialpainéis em c
quado.
emas solares s Sanitárias).
ais de origem
vistas, reatervenção:
r.
edificação à i
ao dimensiode AQS.
uecer do espa
eocupações
o
a a instalaçãoões à ação
adequada alificação dos
edifício; Manício para a
o do investimmo ou vend
eais necessida
zação; consid
m cobertura inclc] O “Ciclo da B
nharia da Lisboa, I
caderno, as
l de geraçãocoberturas de
térmicos para
vegetal como
alçam-se os
nstalação dos
onamento do
aço que reque
s
o dos painéiso do ventodos painéis
s instaladores
nutenção dosinstalação do
mento face aoda à rede da
ades de AQS
derar o caráte
linada de edifícBiomassa”. Font
Instituto Politécnic
s
o e
a
o
s
s
o
er
s; o s; s;
s o
o a
S
er
cios. [b] Sistemte: www.casasd
co de Lisboa
ma solar térmicdemadeirainform
co para água qmacao.com.
[a]
[b]
[c]
quente
53
8.9 Instalações
8.9.1 Elétricas e de telecomunicações
José Eduardo Neves dos Santos | Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Solução construtiva
Em muitos dos edifícios construídos, as infraestruturas de telecomunicações, ou não existem (pré-RITA), ou terão sido concebidas, ainda, ao abrigo do Regulamento RITA, pelo que estão longe de satisfazer os requisitos do Manual ITED, atualmente em vigor.
No que se refere às Instalações Elétricas (IE) (Utilização de Energia ou Instalações Coletivas) dos edifícios existentes, elas poderão enfermar de parte, ou da totalidade, dos problemas seguintes (dependendo da idade do edifício, da qualidade dos materiais e das soluções adotadas originalmente):
Deficiências ao nível do conforto (poucas tomadas; poucos pontos de luz; poucos pontos de comando da iluminação; …);
Deficiências ao nível da exploração (ausência de quadros parciais de piso; seletividade horizontal insuficiente / inexistente; poucos circuitos; disparos frequentes);
Ineficiência (circuitos funcionando próximo da carga máxima; inexistência de sistemas de comando (automático) da iluminação; insuficiente segmentação da iluminação (espaços sem comandos independentes por zonas); …);
Insegurança / Risco de choque elétrico (tomadas, interruptores ou condutores em mau estado de conservação (risco de contacto direto); mau estado (ou ausência) de ligações à terra ou de ligações equipotenciais; circuitos sem condutor de proteção; sensibilidade não adequada (ou ausência) de proteções diferenciais; …);
Insegurança / Risco de incêndio (sobrecargas não detetadas por disjuntores de calibre desadequado; sobreaquecimentos localizados, provocados por maus contactos; cabos envelhecidos, potenciando a ocorrência de defeitos de isolamento / curto-circuitos; uso indiscriminado de extensões e de “fichas triplas” subdimensionadas;…).
Níveis de intervenção
Se a IE enfermar da maioria dos problemas antes enunciados, será conveniente (independentemente do nível de intervenção no edifício) proceder a uma reformulação profunda: substituição de parte/todos os equipamentos e adoção de soluções que estejam (no essencial…) de acordo com as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
Pelo contrário, se forem identificados (diagnóstico por técnico especializado), “apenas”, alguns problemas, então a intervenção poderá ser mais ou menos profunda, dependendo da severidade e quantidade das patologias identificadas e ponderando o próprio âmbito da reabilitação do edifício. Por exemplo, pode ser suficiente substituir “apenas” toda a aparelhagem terminal (tomadas e comandos da iluminação), ou ir um pouco mais além, e substituir também os quadros elétricos, ou, porventura, também os condutores…
Metodologias de intervenção / preocupações
Independentemente do nível de intervenção, caso a instalação enferme de problemas de segurança, devem ser implementadas parte (ou a totalidade) das medidas seguintes:
Instalação de, ao menos, um dispositivo diferencial na origem (sensibilidade adequada às ligações à terra), em IE com deficiente proteção contra os contactos indiretos;
Tanto quanto possível, realização do elétrodo de terra e instalação de condutores de proteção, em IE em que eles não existam ou estejam degradados;
Renovação total dos quadros elétricos antigos (invólucro e aparelhagem);
Realização de ligações equipotenciais suplementares nos quartos de banho (contendo banheira / duche), nas instalações em que elas não existam;
Substituição de todos os materiais / equipamentos que contrariem o exigido atualmente (quadros metálicos não ligados à terra; fusíveis (na habitação); disjuntores obsoletos; interruptores metálicos; tomadas sem terra; etc.).
54
8.9.2 Ág
Paulo Sá | Inda
Solução co
Os sistemobrigatoriamentre 50 kPde conforto150 kPa e 3
As redes dobrigatoriamsistemas de
As drenagemesmo queobrigatoriamnível do arru
Níveis de in
O dimensionos caudaiscoeficientesdefinidos.
Em caso dabastecimecapacidadeinstalações drenagem dcom critério
O sistema dem função dfunção de uuma duraçãasseguradacoletores pr
Metodolog
Em caso remodelaçãbalanço cus
Avaliação t
O custo dinstalação dqualquer mopara um ap
[a] Esquema domésticas.
guas e esg
aqua, Indústria e G
onstrutiva
mas de abamente, em pPa e 600 kPo e durabilid300 kPa.
de drenagemmente separae ventilação
ens efetuadae acima do
mente elevauamento.
ntervenção
onamento dos de referêncs de si
e remodelaçnto de água
e hidraúlica complemen
de águas resos idênticos m
de drenagemde uma intenum tempo deão da chuvaa capacidaderediais e da v
ias de interv
de intervão e reabilitasto/beneficio
técnico-eco
de remodeladepende dasodo, poder-sartamento T
tipo de desen
gotos
Gestão de Água
astecimento ressão, cujoa, sendo redade dos m
m de águas adas, sendo primários e s
as abaixo doos coletores das através
os sistemas cia dos dispoimultaneidad
ção ou reaba deve comp
das canalizntares a monsiduais devemas verificad
m pluvial temnsidade de pe recorrênciaada de cince de transporventilação do
venção / pre
venção, noação integra é clarament
onómica
ação ou res suas caracse-á atribuir 3 o valor de
volvimento em
de águaos valores pocomendável
materiais, sit
residuais e as primeiras
secundários.
o nível dos apúblicos, t
s de bomba
deve ser feiositivos de utde regulam
ilitação dos rovar-se a s
zações e dantante. Nos e ser efetuaddos para jusa
m que ser dprecipitação ca mínimo de o minutos, drte nos tuboso sistema.
eocupações
rmalmente l dos sistemte positivo.
eabilitação dcterísticas intcomo valor d5 000,00 €/s
altura. [b] Ab
funcionamoderão varial, por razõestuar-se entre
pluviais sãos dotadas de.
arruamentostêm que seagem para o
to com basetilização e dementarmente
sistemas desuficiência daas eventuaissistemas de
do de acordoante.
imensionadocalculada emcinco anos edevendo ses de queda e
s
é feita amas, já que o
de qualquetrínsecas, dede referênciasistema.
bertura para o
m, r s e
o e
s, r o
e e e
e a s e o
o m e r e
a o
r e a
exterior de tubos de queda de águas res
[a]
[b]
iduais
55
9 Reabilitação com durabilidade
Jorge de Brito, Inês Flores-Colen | Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Para tornar as construções e as intervenções de reabilitação mais duráveis, a via mais eficaz é aumentar o tempo de vida útil da construção / intervenção (durante a qual todos os requisitos funcionais e económicos são cumpridos e a degradação física dos materiais é limitada). Acresce ainda que este aumento de durabilidade permite diminuir o impacte ambiental anualizado do património construído.
9.1 Vida útil
Os edifícios, tal como os seres vivos, têm um ciclo de vida, durante o qual “nascem”, “envelhecem” e “morrem”. Logo após a sua colocação em serviço, um edifício e os seus sistemas e componentes começam um processo gradual de perda de desempenho, até ao instante em que deixam de conseguir dar resposta aos requisitos e às exigências para os quais foram concebidos (“morte” do edifício, também caracterizada pelo fim da sua vida útil).
Assim, a vida útil é entendida, segundo a norma internacional (ISO 15686-1:2011 – Service Life Planning)1 como o período de tempo, após a construção, no qual o edifício e seus elementos igualam ou excedem os requisitos mínimos de desempenho. Esta norma identifica e estabelece os princípios gerais para o planeamento da vida útil durante o ciclo de vida das construções, o qual inclui todas as fases desde a conceção, construção, operação / manutenção, outras intervenções em serviço, desconstrução, demolição e/ou reutilização / reciclagem.
Existem na literatura sobre o tema outras designações mas todas assentam na premissa de que o edifício e os seus elementos devem satisfazer os requisitos essenciais para os quais foram projetados. Os critérios que estabelecem o fim da vida útil do edifício são subjetivos, variando em função do contexto social e económico da realidade em que o edifício se insere.
Existem, de facto, vários critérios que podem condicionar o fim da vida útil dos edifícios, entre eles (Flanagan et al, 1989)2 : (a) deterioração física; (b) obsolescência económica; (c) obsolescência funcional; (d) obsolescência tecnológica; (e) alterações do contexto social; (f) obsolescência devido ao contexto/enquadramento do edifício; (g) obsolescência legal; (h) obsolescência estética; (i) obsolescência ambiental.
Todos os conceitos apresentados acima, concebidos para a construção de raiz, são aplicáveis às intervenções de reabilitação. É frequente, na análise técnica de alternativas de reabilitação, ignorar que essas alternativas têm uma vida útil distinta e que, assim sendo, não é necessariamente a solução com os custos diretos mais baixos a mais económica a longo prazo, mesmo quando as soluções comparadas têm o mesmo desempenho técnico ao longo da sua vida útil, o que muitas vezes também não é verdade. Neste contexto, uma análise económica baseada nos custos iniciais e futuros no ciclo de vida (LCC – Life cycle costing, segundo a ISO 15686-5:20083) é uma ferramenta essencial para apoio no método de decisão assim como na integração de outras avaliações, como por exemplo a de caráter ambiental (LCA – Life cycle assessment) (EN 15643-4:20124).
9.2 Reabilitação por “camadas”
Nos edifícios atuais, os sistemas e componentes não são geralmente concebidos para serem separados, mesmo em situações em que é previsível que essa necessidade, num contexto de reabilitação ou mesmo substituição, surja muito antes do fim do seu ciclo de vida. No entanto, um
1 ISO 15686-1:2011, Building and constructed assets: Service life planning - Part 1: General principles, International Standard
Organization, Geneva. 2 Flanagan R., Norman G., Meadows J., Robinson G. Life cycle costing: theory and practice, BSP Professional Books, Oxford,
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Organization, Geneva. 4 EN 15643-4:2012 - Sustainability of construction Work – Assessment of buildings – part 4: Framework for assessment of
economic performance, International Standard Organization, Geneva.
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edifício corretamente concebido é efetivamente constituído por diversas “camadas” de sistemas e componentes com diferentes vidas úteis, cuja substituição no fim de cada ciclo de vida é necessário prever. Tal passa pela definição de níveis hierárquicos (edifício, sistemas e componentes) com diferentes exigências em termos de desmontabilidade (um conceito que define a facilidade com que um edifício e os seus componentes são desmontáveis). O potencial de desmantelamento do edifício pode ser definido como a soma dos potenciais dos diferentes níveis.
Neste sentido, os edifícios podem ser classificados como (Durmisevic e Brouwer, 2002)5:
estruturas fixas caracterizadas por: hierarquia de montagem não relacionada com a vida útil expectável dos diversos componentes; montagens sequenciais (ao invés de paralelas); juntas do tipo integral; utilização de ligações químicas;
estruturas parcialmente decomponíveis;
estruturas totalmente decomponíveis caracterizadas por: hierarquia aberta dos diferentes módulos; utilização de juntas do tipo acessório; montagens paralelas; utilização de ligações mecânicas (secas); modulação de componentes; componentes facilmente transportáveis.
A esmagadora maioria dos edifícios é concebida como estruturas fixas. De facto, as estruturas monolíticas de betão, em particular as totalmente betonadas in situ, dificultam extremamente esta tarefa. Recentemente, têm vindo a ser desenvolvidos sistemas de elementos pré-fabricados de betão (paredes, pilares e pavimentos) conectados in situ e, desta forma, facilmente desmontáveis, ainda que a sua segurança em zonas sísmicas possa levantar algumas objeções. Os elementos pré-fabricados e modulares, na estrutura ou noutros elementos da construção, conjugados com sistemas de ligação “secos” (em oposição às ligações “químicas” realizadas in situ – por exemplo, os betões e argamassas) são aliás a solução que oferece maiores potencialidades para a reutilização.
Neste sentido, as intervenções de reabilitação ficam inapelavelmente condicionadas pela conceção inicial dos edifícios. Não obstante, existem algumas orientações que poderão viabilizar o conceito de reabilitação por “camadas” e, desta forma, facilitar intervenções posteriores sem afetar os elementos de maior vida útil (Chini e Balachandran, 2002)6:
minimizar o número de tipos de materiais diferentes;
conceber para utilizar materiais de construção produzidos na área local do edifício;
otimizar a utilização do espaço para minimizar o volume construído e, consequentemente, a utilização de recursos para o construir e manter;
pormenorizar para evitar o contacto com o solo e a decomposição dos materiais;
evitar materiais problemáticos ou tóxicos;
garantir que montagens inseparáveis são do mesmo material;
evitar o uso de muitos sistemas de fixação diferentes;
identificar sempre os tipos de material;
conceber um plano de desmantelamento / reversão da intervenção.
9.3 Facilidade de inspeção
As inspeções devem, de uma forma geral, possibilitar o conhecimento, em permanência, do estado dos sistemas e componentes do edifício que assegure a normal utilização, em condições aceitáveis de segurança, e a minimização dos custos de manutenção. Estas inspeções permitem detetar, atempadamente, o aparecimento de anomalias imprevistas, contribuindo, decisivamente, para aferir o
5 Durmisevic, Elma; Brouwer, Jan, Design Aspects of Decomposable Building Structures, Proceedings of CIB TG 39, Design for
Construction and Materials Reuse, CIB Publication 272, Karlsruhe, Abril 2002, pp. 82-104. 6 Chini, Abdol; Balachandran, Shailesh, Anticipating and Responding to Deconstruction through Building Design, Proceedings
of CIB TG 39, Design for Construction and Materials Reuse, CIB Publication 272, Karlsruhe, Abril 2002, pp. 139-173.
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plano de manutenção elaborado na fase de projeto e planear novas ações de correção ou de prevenção. Devem ser realizadas por técnicos qualificados e especializados que possuam conhecimento da patologia das construções e dos métodos de inspeção e diagnóstico.
As inspeções poderão ser apenas visuais ou recorrer a meios auxiliares, mais ou menos complexos, consoante a informação a obter. Durante a inspeção, deve ser recolhida informação que permita caracterizar as anomalias principais, a sua extensão, as causas mais prováveis, as ações a seguir e o seu escalonamento. A realização de ensaios complementares in situ permite reduzir a subjetividade das inspeções visuais (muito dependente da formação e experiência do técnico que faz a inspeção) e avaliar, com maior precisão, as efetivas necessidades de manutenção; permite ainda detetar pequenas alterações que podem estar associadas a sinais de pré-patologia (fenómenos de alteração anteriores ao aparecimento das anomalias que são visíveis a olho nu).
Os edifícios são, ainda hoje, concebidos como se não existisse a necessidade de serem inspecionados e mantidos / reparados. Esta situação traduz-se pela ausência / inadequação de acessos a zonas particularmente vulneráveis aos agentes agressivos como as coberturas (sobretudo as inclinadas) ou as fachadas (pelo exterior), pela não previsão de galerias técnicas de acesso às redes prediais e a construção de ductos verticais a cujo interior não é possível aceder, pela execução de frequentes ligações químicas entre materiais que na prática impedem a sua inspeção / reparação / substituição, entre outras ocorrências. Como a maioria dos edifícios não possui meios de acesso, por vezes a inspeção é limitada ao piso térreo ou são necessários meios de acesso auxiliares. Também a informação disponível é, muitas vezes, insuficiente (telas finais desatualizadas, desconhecimento das características dos materiais aplicados e das intervenções anteriores, entre outras lacunas).
Determinadas intervenções podem ter o duplo cuidado de serem reversíveis / repetíveis sem afetar os elementos menos perecíveis (ver §8.2) e de munir a construção existente de meios permanentes de acesso / inspeção para viabilização / facilitação de futuras intervenções de inspeção e reabilitação. São exemplos dessas ações focalizadas o encastramento de escadas de acesso a zonas não acessíveis de coberturas planas ou inclinadas, a criação / reforço de caminhos de circulação em coberturas inclinadas, a instalação de alçapões de acesso a desvãos não habitados, a elaboração de procedimentos de acesso de futuras equipas de inspeção a locais específicos (chaveiros, armários com equipamento leve elementar diverso), entre outras.
Os edifícios em serviço devem ter a compilação técnica (Artigo 16 do Decreto-Lei n.º 273/20037), elaborada na fase de conceção e completada após a construção, sendo da responsabilidade do dono da obra (proprietário no caso das intervenções de reabilitação). Este documento legal tem como objetivo preservar a segurança e saúde de quem executa as intervenções na fase de utilização, tendo em conta as condições os meios de acesso do edifício.
9.4 Manutenibilidade
O conceito de manutenibilidade, traduzido do termo original em inglês “maintainability”. Não é ainda consensual a utilização de um termo em português para este conceito, existindo várias traduções possíveis, nomeadamente mantenabilidade, manutenabilidade ou manutenibilidade, na abordagem para manutenção industrial e sistemas informáticos.
Constata-se, assim, que o conceito de manutenibilidade ou capacidade de manutenção utilizado é mais abrangente do que o conceito de manutenção, que é definido na ISO 15686-1 como “a combinação de todas as ações técnicas e administrativas de modo a que o edifício e seus elementos desempenhem, durante a vida útil, as funções para os quais foram concebidos”.
Na maioria das situações, a manutenção adotada é reativa, também denominada manutenção resolutiva, curativa ou corretiva, e consiste em deixar operar o mecanismo de degradação do elemento e depois intervir na ação de reparação das anomalias. Esta estratégia introduz custos acrescidos ao empreendimento, ainda que, a curto prazo, pareça menos onerosa. A minimização destes custos passa necessariamente pela implementação de procedimentos técnicos, apoiados em
7 Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro de 2003, DR 251 - SÉRIE I-A.
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fichas de diagnóstico que permitam obter respostas rápidas de solução para as anomalias dos elementos. Em alternativa à manutenção reativa, uma estratégia de manutenção pró-ativa tem como objetivo o planeamento da intervenção, antes da ocorrência de anomalias, reduzindo a probabilidade de determinado elemento apresentar deteriorações que conduzem o seu desempenho abaixo das exigências estabelecidas.
Em linhas gerais, a manutenção preventiva consiste na execução de atividades de manutenção, como por exemplo limpezas, reparações e substituições pontuais, tratamentos de proteção e repinturas, baseadas num planeamento e em periodicidades fixas. Por um lado, esta estratégia permite planear as operações de manutenção e custos, reduzindo o incómodo da execução dos trabalhos não previstos. Também permite uma maior satisfação dos utilizadores do edifício, já que atua normalmente antes dos problemas ocorrerem (níveis adequados de desempenho), permitindo otimizar recursos e custos. No entanto, exige um conhecimento do comportamento em serviço dos sistemas e componentes do edifício, e uma maior consciência dos mecanismos de degradação que serão predominantes durante o ciclo de vida. Para que esta estratégia seja enquadrada com as condições em serviço, deve ser monitorizado o desempenho e as respetivas necessidades de manutenção para cada sistema e componentes do edifício nas condições reais de utilização.
A manutenção preditiva ou condicionada consiste na execução de atividades de manutenção, em função da análise do estado dos diversos elementos efetuada em inspeções planeadas. Por um lado, há um aumento da capacidade para detetar quando e onde é necessária a intervenção, com redução do número de anomalias imprevistas e com mais fácil implementação (apenas é efetuado o planeamento das inspeções). Em contrapartida, esta estratégia depende de um método de diagnóstico válido durante a inspeção e da experiência do inspetor, com a definição correta do estado do elemento. Existe, também, a necessidade de otimizar os custos das inspeções, comparativamente aos custos das reparações consequentes, de modo que aqueles sejam suficientes para disponibilizar os meios necessários à obtenção de uma informação correta e eficaz.
Enquanto as ações de manutenção são pequenas intervenções para repor os níveis de desempenho em serviço, face aos previstos em projeto, as intervenções de reabilitação consistem na execução de atividades para melhorar as características iniciais, por modificação ou reforço de alguns sistemas / componentes do edifício. Por um lado, estas intervenções permitem a melhoria das características iniciais do elemento, aumentando a sua vida útil (benefício). Como desvantagens, pode referir-se os custos e o fato de não existirem, por vezes, dados suficientes para uma correta intervenção, nomeadamente a ausência de registos das intervenções anteriores ou das reclamações dos utilizadores do edifício. Ultrapassadas estas dificuldades, as preocupações de compatibilidade entre os novos materiais e os existentes devem ser transversais a todas as intervenções em serviço e durante a vida do edifício.
9.5 Planeamento das ações de inspeção/manutenção
Na sequência das definições apresentadas, para obviar a custos e incómodos diversos associados às intervenções de reabilitação assíduas e extensas, é fundamental fazer um planeamento adequado das ações de inspeção / manutenção.
No planeamento das várias operações de manutenção preventiva, existe a necessidade de caracterizar diversos parâmetros: vida útil de cada elemento; níveis mínimos de qualidade / exigências; anomalias relevantes; causas prováveis; caracterização dos mecanismos de degradação; sintomas de pré-patologia; escolha das operações de manutenção; análise de registos históricos (periodicidade de intervenções, etc.); comparação com o comportamento em outros edifícios (antes e após reparações); recomendações técnicas dos projetistas, fabricantes / fornecedores, etc.; custos das operações.
Durante a fase de projeto, conhecidos os elementos constituintes, poderá iniciar-se o planeamento das operações de manutenção: primeiro, para cada elemento (constituindo planeamentos parciais) e, posteriormente, para todo o edifício (planeamento integrado). Esta metodologia pressupõe a manutenção como uma etapa do edifício, que abrange diversas atividades, movimentando recursos e
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custos, e deve ser aplicada às operações de reabilitação de grande monta, sobretudo quando a conceção inicial a ignorou.
Existem dificuldades de implementação de uma estratégia de manutenção preventiva no contexto da construção. Perante a necessidade de introduzir ações de caráter preventivo, utiliza-se, normalmente, a estratégia designada preditiva, que se baseia no planeamento de inspeções aos elementos. A execução destas inspeções pressupõe a existência de pessoal envolvido, com formação específica e capacidade técnica para a recolha e tratamento de informações, com vista ao fornecimento de inputs para uma atuação adequada.
No planeamento de inspeções, a realizar logo na fase de projeto, deverão ser identificados os elementos a inspecionar, as atividades de inspeção, a sua duração prevista e periodicidade aconselhada, em função da durabilidade média dos diversos elementos. Deve ter-se em conta, à partida, a regulamentação, as recomendações dos fabricantes e outra documentação pertinente (documentos de homologação / aplicação, normas, etc.). Na inspeção do estado do elemento, uma estratégia de manutenção preditiva assenta na avaliação de parâmetros funcionais dos diversos elementos do edifício, face a sintomas de anomalias e de pré-patologia. Estes últimos aparecem antes da deteção visível das anomalias, constituindo os primeiros sinais de mudança nas características do elemento.
A escolha da alternativa mais adequada depende da identificação de todas as características técnico- económicas das possíveis alternativas, comparativamente com a opção existente. É feito depois o controlo do trabalho, o registo e o tratamento de dados.
Em suma, o planeamento das inspeções e outras ações de manutenção constitui assim um meio tecnicamente válido para controlar a degradação dos edifícios e impedir o envelhecimento precoce dos seus sistemas e componentes. São aspetos determinantes para uma boa prática da manutenção de edifícios os seguintes: 1) o desempenho global do edifício depende do desempenho de cada sistema e componente constituinte; 2) as estratégias de manutenção a aplicar dependem do conhecimento do desempenho em serviço de cada sistema e componente do edifício; a manutenção baseada em inspeções deve ser seguida para os sistemas e componentes cujo desempenho seja passível de ser monitorizado ao longo do tempo, com adequado diagnóstico; a manutenção preventiva (ações de limpeza, reparação ou substituição pontual, tratamento de proteção, entre outras) depende do conhecimento do ciclo de vida e da necessidade de manutenção durante a vida útil dos vários elementos do edifício.
CADERNO DE SÍNTESE TECNOLÓGICA – REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal
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10 Conclusões
Vasco Peixoto de Freitas | Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Este documento de reflexão permite apontar 10 medidas que se afiguram como cruciais para a reabilitação em Portugal no período 2015-2025:
1- Necessidade de se elaborar um verdadeiro plano estratégico para a reabilitação em Portugal (2015-2025), que defina as necessidades, os custos envolvidos e o plano de investimento na reabilitação dos edifícios governamentais e municipais, nomeadamente: habitação social, escolas, museus, património monumental, tribunais, etc.;
2- Necessidade de desenvolver uma regulamentação específica para a reabilitação, adaptando a regulamentação existente;
3- Necessidade de compatibilizar a regulamentação, num código único que permita aos profissionais uma compreensiva leitura das exigências;
4- Necessidade de se criar um modelo de financiamento aos privados, de modo a permitir a reabilitação dos edifícios em propriedade horizontal, cujo volume de dinheiro envolvido por fração é reduzido face ao valor patrimonial;
5- Necessidade de alterar, progressivamente, o fundo de reserva anual dos condomínios, de forma a que em 2020 seja da ordem de 0,5% do valor patrimonial do edifício, crucial para assegurar a sua manutenção e reabilitação;
6- Sensibilização dos vários intervenientes, públicos e privados, desde o promotor até ao utilizador final, para a existência, sempre que possível, de um plano de manutenção periódica que otimize o funcionamento do edifício e reduza a necessidade de intervenções de reabilitação;
7- Necessidade de um modelo de ensino superior ajustado e de formação especializada em engenharia civil e de promover a classificação profissional de todos os atores no processo de reabilitação, indispensável à promoção da qualidade e durabilidade das intervenções;
8- Necessidade de utilizar os fundos comunitários associados à eficiência energética como “motor” da reabilitação de edifícios, mas não esquecendo que a realidade dos países do sul da europa é diferente do ponto de vista climático, económico e cultural;
9- Necessidade de se criar e implementar um modelo de inspeção de edifícios existentes, que avalie as condições de segurança, conforto, acessibilidade, instalações disponíveis e sustentabilidade;
10- Necessidade de promover um plano de publicação da informação técnica disponível.
A reabilitação de edifícios constitui um enorme desafio em Portugal, nos próximos anos, que saberemos responder com eficácia, se o soubermos planear…
CADERNO DE SÍNTESE TECNOLÓGICA – REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Reflexão sobre a estratégia para a Reabilitação em Portugal
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Bibliografia
Livros
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PATORREB 2009 – 3º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios (Volume I e II) Editado por Vasco Peixoto de Freitas, César Díaz Gomez, Paulo Helene e Vitor Abrantes Porto, FEUP, 2009.
PATORREB 2012 – 4º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios Livro de Resumos editado por Colexio Oficial de Arquitectos de Galícia Santiago de Compostela, 2012.
PATORREB 2015 – 5ª Conferência sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios Livro de Resumos editado por Vasco Peixoto de Freitas, César Díaz Gomez, Eduardo Linhares Qualharini, Eva Barreira, Nuno M. M. Ramos e Ricardo M. S. F. Almeida Porto, FEUP, 2015.
Seminário Paredes de Alvenaria: Reabilitação e Inovação Editado por Paulo B. Lourenço, Fernando Pinho, Graça Vasconcelos e Válter Lúcio Universidade do Minho, Guimarães, 2015.
1.º ENCORE “I Encontro Nacional sobre Conservação e reabilitação de Edifícios” AA. VV. LNEC, Lisboa, 1985.
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3.º ENCORE “III Encontro Nacional sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios” AA. VV. LNEC, Lisboa, 2003.
1.º SEMINÁRIO “A Intervenção no Património. Práticas de Conservação e Reabilitação” Editado por Aníbal Costa, João Miranda Guedes, Paula Silva e Esmeralda Paupério, Porto, FEUP, 2002.
2.º SEMINÁRIO “A Intervenção no Património. Práticas de Conservação e Reabilitação” (Vol. I e II) Editado por Aníbal Costa, Augusto Costa, João Miranda Guedes, Paula Silva e Esmeralda Paupério Porto, FEUP, 2006.