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Hidráulica Mecânica dos Fluidos Antonio Fabio S. Santos M.Sc. Eng. Agrônomo

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  • Hidrulica

    Mecnica dos FluidosAntonio Fabio S. SantosM.Sc. Eng. Agrnomo

  • Propriedades dos fluidos

    Fluido: Substncia no estado liquido ou gasoso que se deforma

    continuamente sob a ao de alguma fora cisalhante. Deformam facilmente sob a ao de forcas externas Toma a forma dos corpos em que esto em contato Gases

    Volume varivel (ocupa todo o recipiente)

    Pequena densidade

    Alta compressibilidade

    Lquidos Volume constante em temperatura constante

    (independente do formato do recipiente)

  • Sistema de unidades

    Unidades do SI usadas em hidrulica Metro (m): comprimento Segundo (s): tempo Quilograma (kg): massa

    Unidade Prtica Kgf (kilograma fora) 1kgf = 1dm de gua = 1L de gua 1mca = 0,1 kgf.cm-1 = 10 kPa (presso)

  • Propriedades dos fluidos

    g (acelerao da gravidade) para amrica do sul= 9,8 m.s-1

  • Propriedades dos fluidos

    Densidade relativa (d) Massa especfica (ou peso especfico) de um lquido /

    massa especfica (ou peso especfico) da gua a 4 C Grandeza adimensional

    Densidade da gua= 1,0 Densidade do mercrio= 13,6

  • Temperatura (C) Densidade (g/cm)

    100 0,9584

    80 0,9718

    60 0,9832

    40 0,9922

    30 0,9956502

    25 0,9970479

    22 0,9977735

    20 0,9982071

    15 0,9991026

    10 0,9997026

    4 1,0000

    0 0,9998395

    10 0,998117

    20 0,993547

    30 0,983854

    Tabela. Massa da gua em diversas temperaturas

  • Exemplo

    Cubo Aresta 2 m Massa 4000 kg Massa e peso

    especfico Densidade relativa

    2m

  • Exemplo

    5,0/1000

    /500

    /4905.

    .4905

    8

    /81,94000

    /5008

    4000

    8222

    4000

    2

    22

    mkg

    mkgd

    mNsm

    mkg

    m

    smkg

    v

    gm

    mkgm

    kg

    v

    m

    maaaV

    kgMassa

    mAresta

    Cubo

    OHOH

  • Exerccio

    gua do mar Caminho Pipa= 1,5 m x 2m x 10 m Massa= 31200 kg

    Calcular: Massa especfica Peso especfico Densidade relativa (gua 4C)

  • Compressibilidade

    Reduo de volume dos fluidos ao serem comprimidos Consequente aumento da densidade

    Gases Muito compressveis

    Lquidos Pouco compressveis Elevao de presso = decrscimo de volume

    gua Elevao de 1 atm (105 Pa ou 10mca) = decrscimo de

    0,005% do volume

  • Viscosidade

    Atrito Interno: Atrito entre partculas no prprio fluido

    Determina o grau de resistncia do fluido ao cisalhamento (deformao)

    Ocorre devido a Coeso interao entre as partculas do fluido

  • Viscosidade

    Aplicao do Atrito Interno (Coeso) ao bombeamento hidrulico

  • ViscosidadeAtrito externo (Adeso)Resistencia ao deslizamento de fluidos ao longo

    de uma superfcie slidaEx.: gua em tubulao

    Deslocamento prxima a parede do tubo 0

    Deslocamento mximo no centro do tubo

  • Viscosidade

  • Viscosidade

    Perda de energia em tubulaesDevido ao atrito interno (coeso)

    Temperatura

    Devido ao atrito externo (adeso) Rugosidade da superfcie

    Presso de conduo

    Perda de carga

  • Tenso Superficial

    Molcula no interior do liquido (1) Fora de atrao em todas direes = soma vetorial nula

    Molcula na superfcie do liquido (2) Atrado para o interior por fora perpendicular a superfcie

    Aglutinao de molculas Reduo da rea Superfcie comporta como membrana Tenso Superficial

    1

    2

  • Capilaridade

    Elevao ou descida de um liquido em tubo capilar Ou outro meio poroso

    Fatores que influenciam: Tenso Superficial Coeso do liquido

    > coeso= descida do liquido (Mercrio)

    Adeso as paredes > adeso = Subida do liquido (gua)

    Maior importncia de ocorrncia < 10mm Desprezvel para > 12mm

  • Presso

    Fora que atua sobre uma superfcie por unidade de rea

    em que: p = presso, Pa (N m-2), kgf m-2, kgf cm-2; F = fora aplicada, normal superfcie, N, kgf; e A = rea sobre a qual a fora est atuando, m2, cm2

  • PressoLei de Pascal Em qualquer ponto no interior de um liquido em

    repouso, a presso a mesma em todas as direes

    APF A

    FP

  • Presso Lei de Pascal

    Logo:

    - Px. dy/dy = Pz. dz/dz

  • Presso Lei de Pascal

    Prensa hidrulica: Diam2 = 6X Diam1 (como rea = D/4)

    rea 2 = 36 x rea 1 (36:1)

    Caso aplique 50 kg em 1 qual ser a Fora em 2? F2= 50*(36/1)

    F2= 1800 kg

  • Presso - Exerccio

    Lei de pascal Prensa hidrulica Calcular a fora a ser aplicada no embolo menor da

    prensa hidrulica para equilibrar uma carga de 4400kgf sobre o embolo maior

    Cilindro preenchido com leo (d= 0,75) rea dos mbolos:

    Menor= 40 cm

    Maior= 4000 cm

    44

    00

    kgf

    F1= 4400 x (40/4000)F1= 44 kgf

  • Presso Lei de Stevin (Equao Fundamental da

    Hidrosttica) A diferena de presses entre dois pontos da massa de

    um liquido igual diferena de profundidade multiplicada pelo peso especfico do liquido.

    h

    P= F/A F=P.AP1.A+ Peso corpo= P2.ASendo =Peso/Vol Peso= .Vol e;Vol = A.hPeso= .A.hP1A + .A.h= P2AP2A P1A= .A.hComo A semelhante nas duas facesP2 P1= .h

  • Presso

    Escalas de pressoPresso Manomtrica

    Referncia: Presso Atmosfrica

    Presso Absoluta Referncia: Vcuo absoluto

    Ponto 1:

    Presso manomtrica positiva

    Ponto 2:

    Presso manomtrica nula

    Ponto 3:

    Presso manomtrica negativa

  • Presso Atmosfrica

    Determinao da Presso Atmosfrica Experimento de Torricelli Altura da coluna de um liquido submetido ao vcuo

    Mercrio

    Presso pela lei de Stevin

    Patm mdia em Montes Claros: 957 hPa, 717,8 mmHg ou 9,76 mca

  • Presso

    NA

    PR

    B

    CH

    Zb Zc

    Plano de carga esttico efetivo

  • Presso

    NA

    PR

    B

    CH

    Zb Zc

    H*

    Plano de carga esttico absoluto

  • Presso

    Diagrama de presses

    A

    B

    C

    D

    NA

    Pb-Pa = .h1Pc-Pa = .h2Pd-Pa = .h3

    de modo geral:P-Pa = .h

    Como Pa= 0Pb = .h1; Pc = .h2; Pd= .h3

    A variao da presso linear com a profundidade (h) (pois g constante em cada caso)

  • Presso

    Diagrama de pressesA

    B

    C

    D

    M

    N

    O

    a

    g.h

    h

    As presses so normais s paredes do reservatrio

    No h superposio de presses

    .h3

  • Escoamento dos fluidos

    Conceitos bsicos

    Linhas de corrente Linha que tangencia os vetores velocidades de

    diferentes partculas Linhas de corrente no se interceptam (cruzam)

    Se no este ponto teria 2 velocidades

  • Escoamento dos fluidos

    Conceitos bsicos

    Tubos de corrente Tubos de corrente ou veia lquida

    Unio de linhas de corrente

    Curvas tangentes a velocidade em todos os pontos das linhas de corrente em determinado momento

  • Escoamento dos fluidos

    Trajetria do fluido

    Experimento de Reynolds Laminar (lamelar ou tranquilo)

    Partculas do fluido percorrem trajetrias paralelas

    Turbulento Partculas percorrem trajetrias curvilneas e

    irregulares

    Trajetria errante Impossvel a previso de traado

    Regime de mais comum ocorrncia

  • Escoamento laminar

    Escoamento Turbulento

    Experimento de Reynolds

  • Experimento de Reynolds

    Numero de Reynolds

    ou

  • Experimento de Reynolds

    Exemplo 1 Regime de escoamento

    Tubo de 75mm

    Viscosidade gua = 10-6m.s-1

    Vazo de 20 m3.h-1

  • Experimento de Reynolds

    Exemplo Regime de escoamento

    Tubo de 75mm

    Viscosidade gua = 10-6m.s-1

    Vazo de 20 m3.h-1

  • Equao da continuidade

    Equao da conservao da massa Expressa para fluidos incompressveis

    Escoamento em Regime Permanente Massa de um fluido incompressvel no varia

    m1 = m2

    m1

    m2

  • Equao da continuidade

    m1 = m2Como: m=. Volume1. Vol1 = 2. Vol2Como: Vol = L*A1. L1 . A1 = 2. L2 . A2Sendo que o fluido percorre L em um determinado tempo1. (L1/t) . A1 = 2. (L2/t) . A2Como: L/t= V(velocidade)1. V1 . A1 = 2. V2 . A2 = ConstanteComo trata se do mesmo fluido: 1 = 2

    V1 . A1 = V2 . A2 ou (Q=A.V) Q1 =Q2

    m1m2

    vol

    m

  • Equao da continuidade

    Exemplo Vazo de tubo de 50mm que escoa gua a 2 m.s-1.

    Responder em m.s-1, m.h-1, mdia-1, L.s-1 e L.h-1

    AVQ Q= m/sV= m/sA=M

  • Equaes de Bernoulli

    Fluido Perfeitos No escoamento permanente de um fludo perfeito a

    energia total permanece constante

    Ao longo de qualquer linha de corrente constante a soma das alturas cinticas (V/2g), piezomtrica (P/ ) e geomtrica (z)

    Energia Total = Energ. de Presso (Ep)+Energ. de Velocidade (Ev)+Energ. de Posio (Epos)

    P presso (Pa ou N/m)

    - Peso especfico (N/m)

    V velocidade (m/s)

    g acelerao da gravidade (m/s)

    Z altura em relao ao referencial (m)

  • Experimento de Froude (1875)

  • Exemplo

    P1 = 1,5 kgf/cm2, V1 = 0,6 m/s, D1 = 250 mm

    D2 = 200 mm

    Fludo perfeito

    Diferena de altura entre 1 e 2: 10 m

    Determine: a) A vazo na tubulao

    b) A presso no ponto 2

    1 kgf.cm-2 = 98100 Pa10 mca = 1 kgf.cm-2

    1mca= 9810 Pa

  • Exemplo

    Velocidade e vazo no bocal de sada

  • P1= Patm=0

    P2= Patm=0

    V1= 0

    Z1= 6m

    0+0+6 = 0+v/2.g+0

    V=Raiz(6.2.g)

    V= 10,85 m/s

  • Equaes de Bernoulli

    Fluidos Reais

    Hf1-2 Perda de energia entre 1 e 2

  • Exemplo

    gua flui do reservatrio para o aspersor

    Presso de servio do aspersor: 3 kgf/cm

    Vazo do aspersor: 5 m/h.

    Tubos: 25 mm de dimetro

    Determine a perda de energia entre os pontos A e B.

  • Exemplo

    Conduto de 100 m

    Velocidade Mdia: 1,5m/s

    Seo 1 Presso: 0,2MPa

    Z=18m

    Seo 2 Presso: 0,15MPa

    Z= 17m

  • Velocidades = se anulam

    200.000/9810+18 = 150.000/9810 +17 +Hf

    Hf= 20,38+18 15,29 + 17

    Hf= 38,38 32,29

    Hf= 6,089 mca