2038-6743-1-pb
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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARANDEPARTAMENTO DE CINCIAS E ENGENHARIA
CURSO DE CINCIAS CONTBEIS
ALISIANE MARA SIPP
ANLISE DE VIABILIDADE ECNOMICA DE BOVINOS DE CORTE EM UMA PROPRIEDADE RURAL
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
PATO BRANCO 2011
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1ALISIANE MARA SIPP
ANLISE DE VIABILIDADE ECONMICA DE BOVINOS DE CORTE EM UMA PROPRIEDADE RURAL
Trabalho de Concluso de Curso de Graduao apresentado como requisito parcial para a obteno do ttulo de Bacharel em Cincias Contbeis, do Departamento de Cincias e Engenharia da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR Campus de Pato Branco.
Orientador:Prof.M.Sc. Antnio Ceclio Silvrio
PATO BRANCO2011
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3AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela minha famlia pelo
meu noivo, por meus amigos, pelas oportunidades, pelo meu conhecimento e
pelas bnos que me proporciona.
Aos meus pais, Claimir e Tereza pela constante lio de vida, exemplo de
perseverana por estarem sempre ao meu lado em todas as decises que tomei
pelas oraes feitas e por me ensinar a lutar sempre pelos meus objetivos.
Ao meu irmo Cleiton pelo apoio e pelo carinho em todos os momentos.
Ao meu noivo Evalcir pelo incentivo, sugestes, amor, carinho, confiana
ateno compreenso e auxilio durante todo o curso e no desenvolvimento deste
trabalho.
Aos meus amigos que se fizeram presente durante esta etapa to
importante da minha vida, com palavras, gestos, descontraes, alegrias e
pacincia.
Aos colegas de curso pelo constante aprendizado durante o nosso convvio.
Ao meu orientador Prof. M. Sc. Antnio Ceclio Silvrio pela orientao
neste trabalho e pelos ensinamentos ministrados.
Aos mestres, pelos conhecimentos, experincias passadas.
A Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) pela oportunidade
concedida. Enfim a todos que de uma forma ou outra contriburam para a
realizao desse trabalho.
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4O homem fraco espera pela oportunidade; o homem comum agarra-a quando ela vem; o grande cria-a como ele a quer.
Autor: Adolf Trneros
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5RESUMO
SIPP, Alisiane Mara. Anlise de Viabilidade Econmica de Bovinos de Corte em Uma Propriedade Rural. Monografia (Bacharel em Cincias Contbeis). Curso Superior de Cincias Contbeis, Universidade Tecnolgica Federal do Paran- Unidade do Sudoeste, Campus Pato Branco. Pato Branco, PR; 2011.
O presente trabalho analisou em uma perspectiva econmica os resultados
obtidos no primeiro lote de bovinos de corte confinados em um confinamento
localizado dentro de uma propriedade essencialmente agrcola no municpio de
Bom Sucesso do Sul, estado do Paran. Calculou-se o custo de produo e a
viabilidade econmica da atividade, na qual foram confinados 10 animais, sendo
todos machos, durante os meses de maio, junho, julho e agosto de 2011. Os
dados foram coletados juntamente com o proprietrio atravs de entrevistas,
documentos e observaes, aps isso os mesmos foram armazenados em
planilhas eletrnicas (Excel) e posteriormente processados e analisados.
Concluiu-se atravs do primeiro lote confinado que a atividade mostrou-se vivel
economicamente, principalmente se comparada com uma aplicao de seu capital
investido em uma caderneta de poupana. Com esse resultado pode-se
considerar que a atividade tem condies de ampliao, e de se manter ao longo
prazo se continuar com um planejamento adequado e com esse sistema de
produo.
Palavras-chave: Bovinos de Corte. Custos. Viabilidade Econmica.Rentabilidade.
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6ABSTRACT
SIPP, Alisiane Mara. Analyze of economic viability of Beef cattle in a Rural Property. Monografia (Bacharel em Cincias Contbeis). Curso Superior de Cincias Contbeis, Universidade Tecnolgica Federal do Paran- Unidade doSudoeste, Campus Pato Branco. Pato Branco, PR; 2011.
The present study analyzed, in an economic perspective, the outcome
obtained in the first lot of beef cattle kept in a confinement, situated into an
ownership essentially agricultural, in Bom Sucesso do Sul town, state of Paran. It
was calculated the production costs and economic viability of the activity. It was
confined ten male animals, during the months of May, June, July and August of
2011. The data were collected along with the owner by means of interview,
documents and remarks. Thereafter, these data were registered in electronic
spreadsheets (Excel) and, afterward, processed and analyzed. It is concluded,
through the first lot confined, that the activity proved to be economically viable,
mainly if it is compared with application of its capital invested in a savings account.
With this result, it can be considered that the activity has conditions of extension,
and of keeping in long term if it continues with a suitable planning and with this
production system.
Key words: Beef cattle. Costs. Economic Viability. Profitability.
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7LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Diferenas entre Mtodo de Custeio Absoro e Varivel (HORNGREN,1986)............................................................................................... 31
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8LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Terreno....................................................................................... 38
TABELA 2 - Construes e Instalaes........................................................ 39
TABELA 3 - Mquinas e Equipamentos........................................................ 39
TABELA 4 - Inventrio de Animais................................................................ 40
TABELA 5 - Custo de Aquisio dos Animais............................................. 41
TABELA 6 - Custo de Produo de Silagem................................................ 41
TABELA 7 - Custo de Produo da Rao................................................... 43
TABELA 8 - Custo com Medicamentos......................................................... 44
TABELA 9 - Determinao da Receita.......................................................... 44
TABELA 10 - Componentes do Custo Operacional Efetivo........................ 45
TABELA 11 - Valores dos Custos Totais e Unitrios.................................. 46
TABELA 12 - Custos do Perodo de Confinamento do Gado de Corte (4
meses).............................................................................................................. 48
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9SUMRIO
1. INTRODUO.............................................................................................. 11
1.1. TEMA......................................................................................................... 13
1.2. DELIMITAO DO TEMA......................................................................... 13
1.3. PROBLEMA............................................................................................... 13
1.4. OBJETIVOS............................................................................................... 13
1.4.1 Objetivo Geral.......................................................................................... 13
1.4.2 Objetivos Especficos............................................................................... 13
1.5. JUSTIFICATIVA......................................................................................... 14
2. REFERENCIAL TERICO........................................................................... 15
2.1. ORIGEM DA CONTABILIDADE................................................................ 15
2.2. CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE...................................... 15
2.3. CONTABILIDADE GERENCIAL................................................................ 16
2.4. AGRICULTURA......................................................................................... 17
2.5. CONTABILIDADE RURAL, SUA FINALIDADE E SEUS ASPECTOS...... 18
2.6. ATIVIDADES RURAIS............................................................................... 20
2.7. MERCADO DA PECURIA DE CORTE.................................................... 21
2.8. CONTABILIDADE DA PECURIA............................................................. 21
2.8.1. Engorda em Confinamento..................................................................... 23
2.8.2. Alimentao dos Bovinos........................................................................ 24
2.8.2. Reproduo dos Bovinos........................................................................ 24
2.8.3. Instalaes.............................................................................................. 25
2.9. CONTABILIDADE DE CUSTOS................................................................ 25
2.9.1. Terminologia Bsica............................................................................... 27
2.9.2. Classificao........................................................................................... 27
2.9.2.1. Classificao dos Custos Quanto a Natureza..................................... 27
2.9.2.2. Classificao Quanto Identificao Material do Produto.................. 28
2.9.2.3. Classificao Quanto sua Variao Quantitativa de Acordo com o
Volume Produzido............................................................................................. 30
2.9.4 Mtodos de Custeamento........................................................................ 30
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2.9.4.1 Custeio Direto ou Varivel.................................................................... 32
2.10 MARGENS DE CONTRIBUIO............................................................. 32
2.11. PONTO DE EQUILBRIO......................................................................... 33
2.12. CUSTO DE OPORTUNIDADE................................................................ 33
3. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS..................................................... 34
3.1. QUANTO A PROBLEMTICA................................................................... 34
3.2. QUANTO AOS OBJETIVOS...................................................................... 34
3.3. QUANTO AOS PROCEDIMENTOS.......................................................... 34
3.4. INSTRUMENTOS DE COLETA................................................................. 35
3.5. FORMA DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS...................... 36
4. ESTUDO DE CASO...................................................................................... 37
4.1. CARACTERISTICAS DA PROPRIEDADE................................................ 37
4.2. COLETA DE DADOS................................................................................. 37
4.2.1. Determinao Receita............................................................................ 44
4.2.2 - Determinao dos Custos..................................................................... 45
4.2.3. Determinao da margem...................................................................... 46
4.2.4. Determinao da Lucratividade.............................................................. 47
4.2.4. Determinao da Rentabilidade.............................................................. 47
4.2.5. Determinao do Ponto de Equilbrio..................................................... 49
4.2.6. Custo de Oportunidade........................................................................... 49
5.0. CONSIDERAES FINAIS...................................................................... 51REFERNCIAS................................................................................................ 53
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1. INTRODUO
As propriedades rurais mesmo que por muitos no sejam consideradas, so
empresas, que como toda pessoa, seja ela fsica ou jurdica, com exceo
daquelas sem fins lucrativos, tem por objetivo gerar lucros, maximizando seus
resultados, seu patrimnio e suas riquezas.
Para Crepaldi (2005, p.25) a empresa rural a unidade de produo em
que so exercidas atividades que dizem respeito a culturas agrcolas, criao de
gado ou culturas florestais, com a finalidade de obteno de renda.
Quando se refere atividade da pecuria ou criao de gado logo vem em
mente o gado vacum (bois e vacas), entretanto elas se referem criao de gado
em geral como, por exemplo, bois, vacas, bfalos, carneiros ovelhas e aves. No
Brasil o rebanho bovino explorado com a finalidade do leite e do corte, sendo em
primeiro lugar a produo do leite e aps a venda dos bezerros para a recria e
engorda como gado de corte (CREPALDI, 2005).
Pecuria desenvolve-se atravs de animais criados e tratados no campo,
utilizados para abate, consumo domstico, servios na lavoura, para fins de
industrializao e comercializao (MARION, 2007).
Nesse sentido, estudar a bovinocultura de corte e desenvolver ferramentas
que auxiliem o proprietrio a tomar decises, como por exemplo, um melhor
planejamento do sistema de produo com anlise de probabilidade do retorno e
do risco, ou uma anlise dos custos envolvidos na atividade, podem melhorar
ainda mais os resultados dessa atividade.
O propsito da atividade de bovinocultura de corte que o gado ganhe o
maior peso possvel no menor espao de tempo, utilizando a menor quantidade de
recursos. O ganho de peso durante o processo de crescimento do animal e a
relao com os custos de produo o que determina a eficincia e rentabilidade
do negcio (MENDES et.al, 2009).
Para Marion (1996) conhecer o custo real de cada cabea, de cada lote ou
rebanho a qualquer momento uma informao imprescindvel gerncia, no s
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para se apurar a rentabilidade aps a venda, bem como, no manter o gado
quando os custos passam a ser maiores que o ganho de peso.
Uma das dificuldades encontradas pelos pecuaristas so os gastos e a
dificuldade operacional para se coletar informao sobre custos. Muitas vezes
controlar os custos operacionais se torna caro demais, e por vezes acaba sendo
desprezado, admitindo-se que o resultado final ser positivo independentemente
desse controle (MENDES et. al, 2009).
Este trabalho tem por finalidade principal levantar e analisar os custos em
relao atividade de bovinocultura de corte bem como a sua viabilidade
econmica para que o pecuarista tenha uma viso mais clara a respeito da
mesma, assim tomando decises acertadas se realmente vale pena investir
nesta atividade.
Essa empresa rural est localizada na cidade de Bom Sucesso do Sul,
sendo classificada como de mdio porte e atua em dois ramos de atividades
rurais, a saber: agrcola e zootecnia. administrada pelos familiares, os quais
atuam diretamente nesta rea e por estarem iniciando na atividade apresentam a
necessidade de contar com o auxilio de apenas um colaborador fixo na atividade
da bovinocultura de corte.
O trabalho foi organizado da seguinte forma:
O primeiro captulo traz a introduo, apresentando o tema da pesquisa,
juntamente com sua delimitao, o problema de pesquisa, o objetivo geral e os
objetivos especficos,e as justificativas.
O segundo captulo apresenta a reviso da literatura, abordando
basicamente os temas voltados para contabilidade rural, contabilidade gerencial e
contabilidade de custos.
O terceiro captulo apresenta os procedimentos metodolgicos utilizados;
quanto problemtica, quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos.
Tambm relata os tipos de coleta, anlise e como ocorreu a interpretao de
dados.
O quarto captulo apresenta a anlise da viabilidade econmica da
bovinocultura de corte.
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O quinto captulo apresenta as consideraes finais a serem feitas.
Ao final do trabalho sero apresentadas as referncias utilizadas.
1.1. TEMA
Contabilidade Rural
1.2. DELIMITAO DO TEMA
Analisar a viabilidade econmica da criao intensiva de gado de corte em
uma propriedade rural.
1.3. PROBLEMA
Analisando os custos da propriedade em relao atividade, vivel
investir na criao intensiva de gado de corte?
1.4. OBJETIVOS
Diante do problema exposto, define-se o objetivo geral do trabalho
apresentado, bem como os objetivos especficos os quais iro colaborar em sua
resoluo, alm de orientar os estudos.
1.4.1 Objetivo Geral
Atravs de levantamento de dados e custos verificar se atividade de criao
intensiva de gado de corte uma atividade que apresenta uma viabilidade
econmica rentvel.
1.4.2 Objetivos Especficos
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Observar como se encontra o mercado de bovinocultura de corte, bemcomo elaborar estudos sobre contabilidade rural (pecuria), contabilidade
gerencial e contabilidade de custos.
Coletar dados Contbeis na Propriedade, destinado a atividade a ser analisada.
Fazer levantamento de custos para verificar se a atividade realmente vivel.
Analisar os resultados obtidos, identificando a viabilidade econmica da atividade desenvolvida oferecendo sugestes se necessrio.
1.5. JUSTIFICATIVA
Segundo o Ministrio da Agricultura (2011) a bovinocultura um dos
principais destaques do agronegcio brasileiro no cenrio mundial. O Brasil dono
do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhes de
cabeas. Alm disso, desde 2004, assumiu a liderana nas exportaes, com um
quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180
pases, passando a liderar o ranking de maior exportador de carne bovina do
mudo desde 2008 e as estatsticas mostram um crescimento de 2,15% ao ano nos
prximos anos.
Diante destes dados torna-se importante o fato de o produtor querer investir
na atividade e desta maneira indispensvel contabilidade para auxili-lo,
oferecendo-lhe informaes para tornar sua produo mais eficiente com menos
gastos e com um aumento de qualidade que o mercado tanto exige.
Desta maneira percebe-se que se o pecuarista estiver desprovido da
informao contbil torna-se muito mais difcil tomar decises acertadas.
Um estudo no incio da atividade ser muito importante, pois sabemos que
o mercado quem determina a oferta do produto de um determinado negcio,
desta forma sero analisados instrumentos e mtodos de produo a fim de se
obter os melhores resultados econmicos da atividade da pecuria.
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2. REFERENCIAL TERICO
Para que um estudo tenha carter cientifico, torna-se necessrio sua
fundamentao atravs de pesquisa bibliogrfica. Vrios so os conceitos a serem
analisados ao se propor a elaborao de anlise de viabilidade econmica da
atividade de bovinocultura de corte.
Atravs da anlise econmica, objetiva-se a obteno de informaes que
sejam teis ao gestor na administrao da mesma, portanto, o referencial terico a
ser estudado volta-se para a contabilidade rural, gerencial e de custos.
2.1. ORIGEM DA CONTABILIDADE
A contabilidade nasceu da necessidade que o homem tinha em organizar e
controlar o aumento de seus bens. Dessa maneira a contabilidade contribui muito
para a evoluo e o crescimento do homem e da sociedade.
Iudcibus (2000) descreve que a contabilidade to antiga quanto origem
do homem pensante.
Desde as pocas mais antigas o homem j se preocupava em organizar e
controlar seus pertences praticava atos de comrcio atravs da troca de bens e
mercadorias. A origem da contabilidade est ligada necessidade de registros do
comrcio, pois medida que o homem comeava a possuir maior quantidade de
seus bens e valores, precisava saber quanto isso poderia render e quais as
formas para aumentar a sua situao patrimonial. Como tais informaes eram
cada vez mais numerosas e de difcil memorizao, surgiu necessidade dos
registros, gerando os primeiros esboos para os estudos voltados para a
contabilidade (MAUSS et al, 2007).
2.2. CONCEITO E OBJETIVO DA CONTABILIDADE
O termo contabilidade definido de vrias maneiras por muitos autores
dentre eles Calderelli (2003, p.170) afirma que a contabilidade o conjunto das
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leis normas e princpios, com a finalidade de estudar e registrar todos os atos e
fatos ligados a uma empresa administrada.
A contabilidade certamente vai estar sempre ligada anlise de um
patrimnio seja ele de uma pessoa fsica ou jurdica.
A Contabilidade tem como objetivo informar, avaliar as demonstraes e
fazer anlises de natureza econmica, financeira, fsica e de produtividade,
direcionada entidade objeto de contabilizao, com a funo de auxiliar os seus
usurios (IUDCIBUS, 2000).
J para Hoss et al. (2008, p.12) o objetivo da contabilidade pode ser
estabelecido como sendo o de gerar e fornecer informaes contbeis a respeito
dos patrimnios das entidades de forma til e relevante para que seus usurios
possam tomar decises.
Portanto, entende-se que a contabilidade pode ser classificada como uma
cincia que estuda, registra, analisa e informa a riqueza e a real situao
patrimonial da empresa. Ela baseia-se nas normas, nos princpios, nos
postulados, nas convenes e nas teorias contbeis, a mesma tambm apresenta
uma aplicabilidade em reas como a indstria, comrcio, prestao de servios,
entre outras.
2.3. CONTABILIDADE GERENCIAL
Para Cardoso (2007) A contabilidade gerencial o ramo do conhecimento
da contabilidade que gera informaes sobre o consumo de recursos no processo
produtivo (seja na produo de bens ou servios).
Ainda para o mesmo autor a contabilidade gerencial o ramo do
conhecimento da contabilidade que gera informaes sobre o desempenho da
firma ou de suas partes, incluindo, mas no se limitando informao de custos, a
ser utilizada pelos gestores no processo decisrio, com o propsito de auxiliar os
gestores nas mais diferentes situaes como: anlise de lucratividade de
produtos, determinao do mix de produtos, determinao do preo de venda,
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anlise e elaborao de planos oramentrios, avaliao de desempenho de
subunidades (centros de responsabilidades).
Este assunto no ser aprofundado, apenas citamos a contabilidade
gerencial por ela englobar custos sendo esse um ramo do conhecimento contbil
gerencial.
2.4. AGRICULTURA
O Brasil um pas privilegiado no que tange a agricultura
Com a industrializao ocorrida nos ltimos anos no Brasil ocorreu um
aumento de populao nas cidades e conseqentemente a reduo da populao
rural. Mesmo assim a agricultura continua desempenhando um papel fundamental
no desenvolvimento do pas, ou seja, ela garante os principais produtos de
exportao sendo eles o caf, o acar, e a soja (CREPALDI, 2005).
Crepaldi (2005) conceitua a agricultura como sendo uma atividade de
explorao da terra, seja ela o cultivo de lavouras e florestas ou a criao de
animais, com vistas obteno de produtos que venham a satisfazer as
necessidades humanas.
Com o desenvolvimento tecnolgico, a agricultura vem se desenvolvendo e
produzindo cada vez mais, reduzindo os custos, gerando renda e criando
empregos, fornecendo, dessa forma, as bases para a implantao de indstrias
(BORILLI et al.2005).
Portanto a contabilidade gerencial apresenta grande importncia na atividade rural
e pecuria, atravs dessa ferramenta que o produtor pode planejar controlar e
tomar as melhores decises. Um bom acompanhamento financeiro e gerencial, o
acompanhamento dos custos, e a comparao de resultados so as ferramentas
necessrias para a transformao e evoluo de toda e qualquer propriedade
rural.
Apesar dos pontos e caractersticas positivas que a atividade rural
apresenta percebe-se que ela dependente do que acontece na economia
mundial pois a mesma sofre mudanas decorrentes de ao do estado e de
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polticas pblicas bem como o deve estar atenta ao novas tendncias e
tecnologias de mercado para se manter lucrativa e com qualidade.
2.5. CONTABILIDADE RURAL, SUA FINALIDADE E SEUS ASPECTOS
Sabe-se que a atividade rural existe desde o inicio da civilizao, quando o
homem utilizava-se de pedrinhas e rabiscos nas paredes para controlar o seu
rebanho. Dessa forma percebido que toda empresa at mesmo as rurais atravs
do controle, avejo o lucro e o aumento de seu patrimnio.
A contabilidade rural est embasada sobre linhas conceituais, assim como
toda e qualquer contabilidade.
Para Marion (2004), a contabilidade o instrumento que fornece
informaes teis para a tomada de decises dentro e fora da empresa, sendo
muito antiga e serve para auxiliar as pessoas a tomarem decises. Tem como
objetivo estudar, registrar e controlar o patrimnio, fazendo a mensurao das
demonstraes contbeis, capaz de gerar informaes confiveis ao Produtor
Rural, seja ele pessoa fsica ou jurdica, necessrias para auxiliar o desempenho
da sua propriedade, as quais podero ser utilizadas tanto pelo prprio produtor,
como administrador ou responsvel tcnico, auxiliando em seus objetivos e
tomada de decises, como: Planejamento correto; Orientar nas operaes
agrcolas e pecurias; Desempenho financeiro e econmico; O Retorno dos
investimentos; Auxiliar no processo de tomadas de decises seguras e corretas.
Com o auxilio da contabilidade e dos relatrios que a mesma proporciona o
produtor pode ter uma viso mais abrangente de seus negcios podendo investir
mais e com maior segurana.
J Crepaldi (2005, p.85) define contabilidade rural como sendo um mtodo
universal utilizado para registrar todas as transaes de uma empresa rural que
possam ser expressas em termos monetrios.
Para o mesmo a contabilidade rural sem duvida uma ferramenta pouco
utilizada pelos produtores, pois vista como uma tcnica complexa, com baixo
retorno na prtica, ela conhecida apenas para a Declarao do Imposto de
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Renda, e os produtores no demonstram interesse na sua aplicao gerencial.
Dentre outros fatores, vale ressaltar que tem contribudo para isso a deficincia
dos sistemas contbeis, responsveis em retratar as caractersticas da atividade
agropecuria, bem como, a falta de profissionais capacitados na transmisso de
tecnologias administrativas aos produtores rurais, da, a no incluso da
Contabilidade Rural como instrumento de polticas governamentais.
No entanto, Marion (1996) comenta que a Contabilidade Rural aplicada ao
ambiente rural est vinculada s normas e conceitos contbeis. As pessoas
fsicas, tidas como grandes produtores, so equiparadas s pessoas jurdicas,
devendo manter a escriturao regular, por intermdio de um profissional contbil,
utilizando o mtodo das partidas dobradas.
Embora, os pequenos e mdios produtores rurais estejam dispensados, para fins
de Imposto de Renda, de utilizarem-se da contabilidade Rural, muitas vezes,
penas um livro caixa disponibilizado para efetuar uma escriturao simplificada,
mas isto no os impede de adot-la.
Crepaldi (2005) defende que contabilidade rural um instrumento da funo
administrativa que tem como finalidade controlar o patrimnio das entidades
rurais, apurar o resultado das entidades rurais, prestar informaes sobre o
patrimnio e sobre o resultado das entidades rurais aos diversos usurios das
informaes contbeis. Ele diz ainda que, uma entidade rural, toda e qualquer
pessoa fsica ou jurdica detentora de um patrimnio. Sendo uma pessoa fsica um
ser humano, um individuo e uma pessoa jurdica um individuo de existncia
abstrata, que nasce da reunio de duas ou mais pessoas fsicas ou jurdicas, que
associam em com um determinado fim.
De acordo com a Lei n 4.504. de 30 de novembro de 1964 Art.4. a
empresa rural
o empreendimento de pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que explore econmica e racionalmente imvel rural, dentro de condio de rendimento econmico da regio em que se situe e que explore rea mnima agricultvel do imvel segundo padres fixados, pblica e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se s reas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as reas ocupadas com benfeitorias.
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Toda empresa rural deve trabalhar em conjunto com as informaes
geradas pela contabilidade desta maneira podendo investir mais ou at em novas
atividades com maior segurana.
2.6. ATIVIDADES RURAIS
Valle (1987) define Atividade Rural como, um conjunto de bens e de
pessoas, com finalidades lucrativas, que combina, para tanto, os vrios elementos
produtivos (a terra, o trabalho e o capital), a fim de obter os produtos da natureza,
aplicando para isso meios apropriados, que lhe permitem obt-los em maior
quantidade e mais economicamente.
Segundo Marion (2003, p.22), empresas rurais so aquelas que exploram
a capacidade produtiva do solo atravs do cultivo da terra, da criao de animais e
da transformao de determinados produtos agrcolas.
Marion (2007) ressalta que a atividade rural divide-se como: Agrcola,
Zootcnica, Agroindustrial e Pecuria, e que em cada uma dessas atividades
existem subdivises de acordo com suas caractersticas ou seja:
Na atividade Agrcola trabalha-se com as plantas em suas diversas fases,
em que podemos encontrar as culturas temporria e permanente, nas quais:
- Temporria: que se renova a cada ciclo operacional, sendo inferior a um
ano, como por exemplo: produo de hortalias, verduras, feijo, milho e soja;
- Permanente: que se explora por diversos perodos ou superior a um ano,
como por exemplo: cafezais, laranjais, vinhedos e reflorestamentos que utilizam
eucalipto, pinheiros e pinus.
Na atividade Agroindustrial exploram-se os benefcios dos produtos rurais in
natura, atravs da industrializao, como por exemplo: a pasteurizao do leite, a
produo de queijo, iogurte e a produo de lcool.
A atividade Zootcnica consiste-se na criao de animais, como: abelhas,
coelhos, peixes, rs e bicho-da-seda.
A atividade Pecuria consiste-se na criao de animais no campo em
geral,como: bovinos, aves, sunos, e caprinos; e a explorao de produtos obtidos
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do animal vivo, como (ovos, leite, l) e de outros que dependem do abate do
animal para se obter a carne, o couro.
2.7. MERCADO DA PECURIA DE CORTE
A pecuria brasileira comeou a ser grandemente desenvolvida no final da
dcada de 60 e, se consolidou ao longo da dcada de 70, e hoje ostenta um dos
maiores rebanhos do mundo.
Segundo o Ministrio da Agricultura (2011), o Brasil dono do segundo
maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhes de cabeas,
superando em 2010 um recorde histrico nas exportaes de carnes. A receita
das exportaes de carnes (aves, sunos e bovinos) aumentou 6,4%, passando de
US$ 1,139 bilho em outubro/2009 para US$ 1,213 bilho em outubro/2010, mas
o destaque foi a carne bovina in natura sendo 20,6% superior.
O Brasil consegue uma boa produo de carne bovina por se beneficiar de
boas condies climticas e ambientais, tambm apresenta um alto volume de
produo e um melhor aproveitamento do boi dessa forma se sobressaindo
perante alguns pases concorrentes.
2.8. CONTABILIDADE DA PECURIA
A contabilidade da pecuria, pode-se dizer que um dos captulos da
contabilidade rural, porm voltada para animais que apresentem fins industriais e
comerciais.
Marion (2004) considera a pecuria como a arte de criar e tratar gado e
Gados so animais geralmente criados no campo, para servios de lavoura,
consumo domstico ou para fins industriais e comerciais
Na contabilidade existem trs fases pelas quais os animas que se destinam
a pecuria de corte passa para chegar ao abate:
- Cria: Seria a produo e venda de bezerros aps o desmame
- Recria: produo e venda do novilho magro para engorda
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- Engorda: Seria a partir do novilho magro adquirido, a produo e a venda
do novilho gordo.
Tambm o Produtor Rural pode utilizar-se da tcnica de processo de cria
passando direto ao processo de engorda, utilizando-se de um ciclo operacional de
produo reduzido e no em longo prazo como de costume, atravs de um
sistema de produo adequado.
O sistema adequado a ser utilizado pelo Produtor Rural depende do que ele
possui e tambm da regio onde atua.
Basicamente so trs os sistemas de Produo, que de acordo com Santos
(2008) dividem-se em:
- Sistema Extensivo: Os animais so geralmente mantidos em pastos
nativos (campos, cerrados, capins naturais), sem alimentao suplementar (rao,
silagem etc). Esses animais ocupam grande rea de terra, cujo rendimento
normalmente baixo;
- Sistema Semi-Intensivo: por meio dele se consegue alta produtividade por
hectare e aumento da capacidade de cab/h, mantendo o gado no pasto
(orgnico) com elevado ganho de peso. A tecnologia usada para esse sistema
baseia-se na implantao de cerca eltrica e adubao constante do capim e
irrigao no perodo de seca.
- Sistema Intensivo: faz-se com aumento do numero de animais em
pequena rea til, com o objetivo de conseguir bons rendimentos (ganho de peso)
e maior rentabilidade, buscando o aprimoramento tcnico, as vendas so
realizadas em perodos de escassez de mercado.
As pastagens segundo Marion (2004) o lugar onde pasta ou pode pastar o
gado. uma das partes mais importantes do planejamento agropecurio e podem
ser classificadas em:
- Pastagem Natural: o pasto nativo; so reas no cultivveis as quais
utilizam o potencial natural (capins naturais...)
- Pastagem Artificial: formada por pastos cultivados. Ex: gramneas,
leguminosas, cactceas e outras como a silagem de milho considerada
alimentao suplementar.
-
23
O gado normalmente alimenta-se no pasto atravs do pastoreio contnuo
(gado permanece no pasto com lotao o ano todo) ou rotativo (em determinado
tempo interrompe-se o pastoreio para manter o pasto em repouso).
2.8.1. Engorda em Confinamento
A criao e terminao de bovinos em confinamento uma prtica recente
no Brasil e vem sendo analisada por vir a contribuir na diminuio do impacto
causado pela pecuria extensiva.
Como proposta do trabalho a nica atividade a ser explorada em mais
detalhe a engorda no sistema intensivo.
Segundo Marion (1996) a engorda a atividade caracterizada pela compra
do novilho magro, e produo e venda do resultado, que o novilho gordo.
Confinamento de bovinos destinados a produo de carne o sistema onde
os animais so colocados em piquetes ou currais de engorda com rea que
restringe a locomoo dos mesmos, e onde os alimentos so fornecidos de forma
controlada nos cochos. mais freqente na fase de terminao de bovino, mas
tambm utilizado para engordar bezerros desmamados, novilhos e novilhas, e
vacas de descarte at atingirem peso de abate (PEIXOTO et al. 1989).
No confinamento passou a ter maior destaque nos perodos de inverno, que
acaba ocorrendo uma diminuio das pastagens. Nesse sistema o gado passa a
receber alimentao, gua e suplementos no perodo de inverno aproveitando
melhor o preo devido a pouca oferta e muita procura.
As principais vantagens de confinar bovinos so apontadas por Peixoto et
al. (1989) como: alvio da presso de pastejo; abates programados; liberao de
reas de pastagens para utilizao de outras categorias; reduo na idade de
abate; permite elevada produo de adubo orgnico (esterco); aproveitamento de
resduos agroindustriais como alimento animal; rpido retorno de parte do capital
investido; possibilidade de produo de carne de melhor qualidade; rendimento de
carcaa mais elevado no abate e obteno de preos melhores pela venda na
entressafra.
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24
O sistema de engorda extensiva ainda muito utilizado e responsvel por
grande parte da produo, mas se o pecuarista detiver o conhecimento para
implantar e administrar de forma produtiva o confinamento pode ser uma rea
muito produtiva.
Saber planejar a palavra certa a se utilizar, e hoje com o auxilio da
contabilidade, fazer uma anlise econmica levantando todos os custos para a
realizao da atividade indispensvel para quem quer obter um bom resultado.
2.8.2. Alimentao dos Bovinos
Para os perodos de seca ou de inverno onde as pastagens se encontram
escassas utilizado como alimentao reserva a Silagem (constitui o mtodo de
armazenamento e conservao do excesso de forragens obtido no perodo das
guas e em culturas apropriadas. Na nossa regio a mais utilizada a silagem do
milho e da aveia ) e tambm utilizada a Fenao ( a desidratao da planta que
se d atravs da exposio da planta cortada ao sol ou mecanicamente).
2.8.2. Reproduo dos Bovinos
A reproduo tem a finalidade de dar continuidade a uma determinada
espcie.
Na pecuria geralmente so feitos estudos da gentica dos animais de
cada raa, dessa forma consegue-se animais que apresentem uma melhor
qualidade e um maior rendimento.
Basicamente so duas as formas de reproduo:
- A monta natural na qual se exige a seleo de um bom reprodutor que
apresente boa produtividade e tenha caractersticas adequadas a regio.
- A inseminao artificial essa muito utilizado para uma melhor seleo do
gado. Para Marion (2004, p.34). A inseminao artificial consiste na introduo
mecnica do smen no aparelho genital da fmea, durante o perodo do cio
(perodo de apetite sexual e da fertilidade da fmea).
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2.8.3. Instalaes
Para se fazer um acompanhamento adequado da bovinocultura
importante analisar as instalaes que fazem parte da atividade, as mesmas
devem ser adequadas e conservadas para garantir bem-estar aos animais.
As instalaes mais comuns so:
- Curral: lugar utilizado para recolher o gado para o manejo que
castrao, vacinas, banhos contra parasitas,entre outras).
- Curraletes: so as divises internas do curral e o brete que um corredor
estreito onde passa e prende o gado para o manejo.
- Mangueira: um curral maior para recolher o gado (definio mais usada
na nossa regio e no Rio Grande do Sul)
- Galpes: esses apresentam vrias funes como abrigo aos animais,
confinamento, armazenamento de raes e outros alimentos para o gado, tambm
servem para guardar o maquinrio utilizado na atividade.
- Cerca: podem ser de arame liso ou arame farpado e em alguns casos
tambm utilizada a cerca eltrica.
- Cocho de sal: geralmente cada potreiro apresenta um cocho de sal.
2.9. CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade de Custos surge juntamente com as indstrias, com
finalidade era calcular os custos dos produtos fabricados bem como avaliar os
estoques.
De acordo com Horngren (2004) contadores definem custos como um
recurso sacrificado ou renunciado para conseguir um objetivo especfico. Um
custo normalmente medido como a quantia monetria que precisa ser paga para
adquirir bens ou servios
A Contabilidade de Custos cuida dos custos da empresa. Crepaldi (2004,
p.13), define a contabilidade como uma tcnica utilizada para identificar,
mensurar e informar os custos dos produtos e/ou servios conforme o mesmo
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autor tem a funo de gerar informaes teis administrao quanto a tomada
de decises, voltando para a anlise de gastos em determinadas atividades.
Segundo Martins (2003) seus princpios derivam dessa finalidade primeira
e, por isso, nem sempre conseguem atender a suas outras duas mais recente e
provavelmente mais importantes tarefas: controle e deciso. Esses novos campos
deram horizontes mais amplos contabilidade de custos.
Ainda Martins afirma que devido ao crescimento das empresas, com o
conseqente aumento da distncia entre administrador e ativos e pessoas
administradas, passou a contabilidade de custos a ser encarada como uma
eficiente forma de auxlio no desempenho dessa nova misso, a gerencial.
Dessa maneira ficando claro que alm de a contabilidade de custos
preocupar-se com o controle de custos ela tambm est voltada para a tomada de
deciso.
Martins (2003, p.15) afirma que:
a contabilidade de custos tem duas funes relevantes: o auxilio ao controle e a ajuda s tomadas de decises. No que diz respeito ao controle, sua mais importante misso fornecer dados para o estabelecimento de padres, oramentos e outras formas de previso e, num estgio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparao com os valores anteriormente definidos.
Cada empresa tem um tipo de necessidade em especial a ser analisada,
portanto para se ter um bom controle preciso escolher um mtodo que se seja
adequado com as necessidades da empresa e que se adaptem tambm com as
necessidades de seus gestores.
Na agropecuria, a contabilidade de custos apresenta formas de
mensurao do resultado gerado no desenvolvimento de cada atividade,
permitindo que as despesas incorridas sejam consideradas custo da atividade que
a gerou. Permitindo conhecer o resultado real de cada atividade, tomar decises
importantes, inerentes s mesmas.
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2.9.1. Terminologia Bsica
Alguns conceitos so importantes para o estudo dos custos, so eles:
a) Custo: so os gastos necessrios para a produo e criao de bens ou
servios, sendo eles, matria prima, mo-de-obra energia eltrica etc.Assim, na
atividade de agropecuria ele insumos, mo-de-obra,desgaste de mquina etc.
Para Martins (2003, p.17), custo um gasto relativo bem ou servio
utilizado na produo de outros bens ou servios. Tambm nos diz, o custo
tambm um gasto, s que reconhecido como tal, isto , como custo, no momento
da utilizao dos fatores de produo (bens e servios), para a fabricao de um
produto ou execuo de um servio.
b) Gasto: a soma de todos os pagamentos e recebimentos de ativos, custos e
despesas, ou seja para Padoveze (2004) o gasto pode ser classificado como todo
o sacrifcio para uma aquisio com pagamento no ato ou no futuro.
Leone (2000, p.54), diz:
dependendo da destinao do gasto de consumo, ele poder converter-se em custo ou despesa. O mesmo acontece com o gasto de investimento: medida que o investimento (ou que o gasto ativado ou capitalizado) forsendo consumido ele poder transformar-se em custo ou despesa, dependendo do objeto onde estar sendo aplicado.
J para Martins (2003, p.17) gasto : compra de um produto ou servio
qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a entidade (desembolso), sacrifcio
esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente
dinheiro).
c) Investimento: so recursos disponibilizados para se adquirir algo.
Padoveze (2004) conceitua investimento como gastos efetuados em ativo
ou despesas e custos que sero imobilizados ou diferidos. So gastos ativados
em funo de sua vida til ou benefcios futuros.
d) Desembolso: todo o pagamento efetuado com o dinheiro do caixa.ex:
amortizao ou quitao de emprstimo bancrio.
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Martins (2003, p.17), define desembolso como o pagamento resultante da
aquisio de bem ou servio. Pode ocorre antes, durante ou aps a entrada da
utilidade comprada, portanto defasada ou no do momento gasto.
e) Receita: so todas as vendas de mercadorias e prestao de servios. A receita
representa um aumento de ativo atravs de entrada de dinheiro no caixa ou
aumento de duplicatas a receber.
f) Consumo: termo que se refere ao uso do produto at sua completa utilizao.
g) Despesa: o recurso consumido em um determinado espao de tempo para a
obteno de receita.
Martins (2003, p.18) afirma que as despesas so bem ou servio
consumido direta ou indiretamente para a obteno de receitas.
h) Perda: um gasto involuntrio. Exemplos: greve, desfalque no caixa.
i) Ganho: um lucro que independe da atividade operacional. Exemplos: venda de
imobilizado.
2.9.2. Classificao
Santos et al (2008) classifica os custos quanto sua natureza, quanto
identificao material com o produto e quanto sua variao quantitativa de
acordo com o volume produzido.
2.9.2.1. Classificao dos Custos Quanto a Natureza
Refere-se ao que foi consumido na produo.
a - Materiais ou insumos, so os materiais brutos ou j trabalhados e
anteriormente produzidos, necessrios ao processo de obteno do novo produto
desejado.ex: medicamentos e raes
b - Mo-de-obra direta so os salrios, encargos sociais e benefcios do pessoal
empregados diretamente na produo. Ex: tratorista, tratador.
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Segundo Martins (2003, p.133),
mo-de-obra direta aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaborao, desde que seja possvel a mensurao do tempo despendido e a identificao de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriao indireta ou rateio.
c - Mo-de-obra indireta, Idem, do pessoal empregado indiretamente na produo.
Ex: veterinrio.
d - Manuteno de mquinas e equipamentos so os gastos com peas e servios
de reparos de tratores e outras mquinas e equipamentos da propriedade
utilizados na produo.
e - Depreciao de mquinas e equipamentos a parcela correspondente taxa
de depreciao pelo uso das mesmas mquinas e equipamentos.
f - Combustveis e lubrificantes utilizados pelas mquinas de produo
agropecurias, como os tratores.
2.9.2.2. Classificao Quanto Identificao Material do Produto
Refere-se maior ou menor facilidade de identificar os custos com os
produtos, atravs da medio precisa dos insumos utilizados, da relevncia do seu
valor ou da apropriao dos gastos por sistemas de rateio. Sendo que se dividem
em:
Custos diretos so identificados com preciso diretamente no produto
acabado, atravs de um sistema e um mtodo de medio, e cujo valor
relevante, como: horas de mo de obra, quilos de raes gastos com
funcionamento e manuteno de tratores.
Os custos indiretos so aqueles necessrios produo, geralmente de
mais de um produto, mas alocveis arbitrariamente, atravs de um sistema de
rateio, estimativas e outros meios, ou seja, no podem ser identificados
diretamente ao produto. Ex: salrios dos tcnicos e das chefias, materiais e
produtos de alimentao, higiene e limpeza.
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E Leone (2000, p.58) afirma que a diferenciao entre custos diretos e
indiretos a necessidade para o clculo mais realstico do custo de qualquer
objeto, para a verificao da rentabilidade e da eficincia das varias atividades da
empresa.
2.9.2.3. Classificao Quanto sua Variao Quantitativa de Acordo com o
Volume Produzido
Refere-se ao fato de os custos permanecerem inalterados ou variarem em
relao s quantidades produzidas podendo ser classificados em:
Custos variveis como sendo aqueles que variam em proporo direta com
o volume de produo ou rea de plantio. Ex: mo-de-obra direta, materiais
diretos e horas-mquina.
Os custos fixos so os que permanecem inalterados em termos fsicos e de
valor, independentemente do volume de produo e dentro de um intervalo de
tempo relevante. Ex: depreciao de instalaes, benfeitorias e maquinas
agrcolas, seguro de bens, salrios de tcnicos rurais e chefias.
Atkinson (2000, p.183) assegura que os Custos Fixos no mudam com as
mudanas no nvel de produo (ou vendas) durante curtos perodos de tempo.
Os custos fixos so, portanto todos os custos, que no variarem na mesma
proporo da produo.
2.9.4 Mtodos de Custeamento
Dentre mtodos de custeamentos existentes, o custeamento direto ou
varivel e custeamento por absoro so muito usados na contabilidade de custos
sendo empregados na identificao do custo unitrio de um produto. J o mtodo
de custeamento ABC impe primeiros os custos para as atividades e somente
depois impe aos produtos, baseado no uso das atividades de cada produto.
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31
HORNGREN (1986) evidncia algumas diferenas entre o custeio por absoro e o custeio direto.
Absoro VarivelCustos fixos so atribudos ao produto Custos fixos so atribudos ao perodoConceito de lucro bruto e custo do produto Vendido
Conceito de margem de contribuio
Demonstrao de resultado no demonstra claramente relao custo-volume-lucro
Por separar custos fixos de variveis, arelao custo-volume-lucro direta
Aumento de lucro, com aumento de estoque
Diminuio de lucro com aumento deEstoque
Classificao funcional dos custos Classificao por comportamento deCustos
Quadro 1 - Diferenas entre Mtodo de Custeio Absoro e Varivel (HORNGREN, 1986)
O custeio por absoro est de acordo com os princpios fundamentais da
contabilidade, pois considera todos os gastos industriais como relacionados com
os produtos. Enquanto o custeio direto ou varivel no integra aos produtos, e aos
inventrios, o valor dos custos fixos ou indiretos (PADOVEZE, 2004).
Percebesse que utilizando o custeio de absoro, o lucro do perodo
aumenta ou diminui medida que movimentado o estoque (entrada ou sada de
mercadorias), pois como todos os custos incorridos para a elaborao de um
produto so apropriados aos estoques, logo que se aumenta ou diminui o estoque
vai aumentar ou diminuir o lucro do perodo.
Santos (2008) destaca que o custeio direto ou varivel um mtodo que
considera somente os custos de produo, ou seja mo-de-obra direta, mquinas
diretas e insumos agrcolas. Os custos fixos neste caso sero considerados como
despesas correntes e debitados diretamente nos resultados. Por esse motivo no
aceito pela legislao fiscal vigente, podendo ser utilizado somente na apurao
de resultados gerenciais.
Considerando que o sistema de custeio varivel avalia estoques e
utilizado mais para fins gerenciais proporcionando mais informaes do ponto de
vista decisorial deu-se um enfoque maior sobre o mesmo.
-
32
2.9.4.1 Custeio Direto ou Varivel
No sistema de custeio direto ou varivel so considerados como custos dos
produtos ou servios apenas os custos variveis e os custos e despesas fixas so
considerados como custo do perodo.
Segundo Iudcibus ( 2003, p.126)
os custos variveis so considerados como atribuveis aos produtos e, consequentemente, debitados na produo e includos no custo dos estoques o caso de materiais e mo-de-obra direta; j os custos fixos so tratados diretamente como despesas do perodo e, portanto, no so includos nos estoques. Assim, os custos fixos so normalmente debitados ao resultado do exerccio em que foram incorridos independentemente da venda dos produtos para cuja fabricao contriburam.
A principal vantagem do mtodo do custeio varivel no apoio s decises
gerenciais de curto prazo que o mesmo permite demonstrar quanto cada produto
contribuiu para o resultado final da empresa.
Leone (1997, p.341) diz:
o custeio varivel particularmente aproveitado pela administrao com sucesso nos casos em que se deseja saber, com segurana, quais produtos, linhas de produtos, departamentos, territrios de vendas, clientes e outros segmentos (ou objetos) que sero lucrativos e onde a contabilidade de custos deseja investigar os efeitos inter-relacionados das mudanas ocorridas nas quantidades produzidas e vendidas, nos preos e nos custos e despesas.
2.10. MARGEM DE CONTRIBUIO
A margem de contribuio uma importante ferramenta gerencial que
auxilia o gestor na tomada de deciso, e associa-se ao uso do custeio varivel.
Martins (2003, pg. 179) define a margem de contribuio como sendo a
diferena entre o preo de venda e o custo varivel de cada produto, o valor que
cada unidade efetivamente traz empresa de sobra entre a sua receita e o custo
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33
que de fato provocou Portanto, a Margem o valor com que cada unidade
contribui, desconsiderando os custos fixos
2.11. PONTO DE EQUILBRIO
Para se encontrar o ponto de equilbrio basta descobrir a quantidade ou o
valor de venda que cubra o custo das mercadorias vendidas, as despesas
variveis e as despesas fixas, ou seja, o ponto de equilbrio o estado em que a
empresa alcana quando consegue cobrir todos os gastos (custos e despesas) em
relao s quantidades produzidas, e acima desse ponto que a empresa
comea a contabilizar os lucros.
Para Padoveze (2006) o ponto de equilbrio o volume que a empresa
precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os seus custos e
despesas fixas, alm dos custos e despesas variveis que ela tem
necessariamente que incorrer para fabricar e vender o produto. No ponto de
equilbrio, no h lucro ou prejuzo. A partir de volumes adicionais de produo ou
venda, a empresa passa a ter lucros. Podendo ser encontrada utilizando a
seguinte frmula.
Ponto de Equilbrio = Custos + Despesas Fixas / Margem de Contribuio
de posse do resultado fornecido pelo ponto de equilbrio que o produtor
poder planejar como ter de trabalhar para gerar lucro em sua atividade.
2.12. CUSTO DE OPORTUNIDADE
O custo de oportunidade uma forma comparar dois investimentos
diferentes o recurso no seu melhor uso alternativo.
Para Bornia (2002) os custos de oportunidade So custos que no
representam o consumo dos insumos pela empresa, mas o quanto algum deixou
de ganhar pelo fato de ter optado por um investimento ao invs de outro.
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3. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
Os mtodos aplicados a esta pesquisa esto ligados diretamente s fases e
passos determinados no estudo da Bovinocultura de Corte.
3.1. QUANTO A PROBLEMTICA
Os processos utilizados so classificados como sendo qualitativos, de
forma a investigar e compreender a atividade de bovinocultura de corte na
propriedade, em seu aspecto de viabilidade econmica. Para Godoy (1995), numa
pesquisa qualitativa, no enumera nem se mede o evento estudado, mas envolve
a obteno de dados descritivos pelo contato pessoal ao caso estudado,
buscando a compreenso dos fenmenos conforme a situao do estudo.
3.2. QUANTO AOS OBJETIVOS
A pesquisa efetuada classifica-se como exploratria, pois se busca um
maior conhecimento a respeito da atividade de bovinocultura de corte, de modo a
apresentar resultados que sejam satisfatrios ao administrador para que o mesmo
possa dar continuidade ao investimento nesse setor.
3.3. QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
Quanto aos procedimentos tcnicos utilizados, os quais permitem
confrontar a teoria com os dados obtidos na realidade, delineia-se um estudo de
caso.
De acordo com Gil (2010), o estudo de caso um estudo caracterizado
pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a se
permitir o seu conhecimento amplo e detalhado. Sendo assim, o presente estudo
tem o objetivo de analisar a viabilidade econmica da bovinocultura de corte em
uma propriedade rural.
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3.4. INSTRUMENTOS DE COLETA
A coleta de dados para a pesquisa deu-se de mltiplas fontes, o que
confere veracidade aos dados obtidos. Deu-se, portanto, a coleta de dados
atravs da pesquisa documental, depoimentos pessoais, e observaes
espontneas.
A coleta de dados atravs de pesquisa documental trabalha com
informaes extradas de documentos como notas fiscais de entrada e de sada
de mercadorias, livros de entrada e sada de mercadorias, livros, papeis oficiais,
fotos entre outras.
As fontes documentais so capazes de proporcionar ao pesquisador dados
em quantidade e qualidade suficiente para evitar a perda de tempo e o
constrangimento que caracterizam muitas das pesquisas em que os dados so
obtidos diretamente das pessoas. (GIL, 2010)
A entrevista uma forma de se obter algumas informaes importantes
com o objetivo de responder o problema em questo.
Richardson (2010) define a entrevista como uma tcnica importante que
permite o desenvolvimento de uma estreita relao entre pessoas. um modo de
comunicao no qual determinada informao transmitida de uma pessoa para
outra. Nesta pesquisa foi utilizado o mtodo de entrevista no estruturada ou
entrevista em profundidade, essa procura saber como e por que algo ocorre.
A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista informal, utilizando
caderneta de campo, de modo que o proprietrio informou o processo de
produo e comercializao dos animais, como os preos dos insumos, os preos
de compra e venda dos animais, e todo o resto referente ao ciclo de engorda.
A coleta de dados atravs de observaes consiste em ver, ouvir e
examinar os fatos ou fenmenos que se pretende investigar, tambm contribui
para o pesquisador obter a comprovao dos dados sobre os indivduos
observados. (BEUREN, 2006)
O restante das informaes e dados no informados foram coletadas no
local do confinamento no decorrer da atividade.
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No mtodo da observao simples foram observados de maneira
espontnea como os fatos ocorrem.
3.5. FORMA DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS
J a anlise e interpretao dos dados foram analisadas mais a fundo todos
os dados levantados durante a coleta. A anlise se caracterizou mais como
documental a qual busca identificar as informaes nos documentos com base na
pergunta de pesquisa.
Em se tratando da interpretao dos dados no se seguiu uma norma ou
regra apenas levaram-se em considerao os objetivos da pesquisa e
compararam-se e confrontaram-se dados e provas com o intuito responder ao
problema de pesquisa.
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37
4. ESTUDO DE CASO
4.1. CARACTERISTICAS DA PROPRIEDADE
Os dados analisados so provenientes de um sistema de produo
intensiva de bovinos de corte da Fazenda Flor da Serra propriedade essa,
localizada no municpio de Bom Sucesso do Sul estado do Paran. uma
propriedade rural de 120 alqueires de terra, sendo 100 alqueires de terras
agricultveis e o restante de reserva legal. At o ano de 1990 eram desenvolvidas
apenas atividades agrcolas e, a partir daquele ano, iniciou-se tambm com a
atividade de criao de gado de corte e no incio do ano de 2011 o proprietrio
decidiu iniciar com o confinamento de bovino de corte.
O proprietrio e a sua famlia se dedicam exclusivamente atividade
agropecuria, onde desempenham atividades na produo de gros de milho,
soja, trigo e aveia, tambm atua na pecuria leiteira, gado de corte e frango de
corte.
A propriedade procura trabalhar com mais de uma atividade (agricultura e
pecuria), de maneira a minimizar os custos e maximizar o lucro da empresa
como um todo.
4.2. COLETA DE DADOS
A propriedade administrada pelo Sr. Evalcir que conta com o apoio de
toda a famlia.
A mo de obra da atividade de bovinocultura de corte exercida pelos
proprietrios sendo que o mesmo conta com o apoio de um colaborador.
O terreno voltado para a atividade pequeno pois os animais que so
confinados no sistema intensivo recebem alimentao volumosa e concentrado
em cochos sem que os animais precisem de reas de pastagens para se
alimentar.
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38
Dessa maneira o terreno voltado para a atividade est assim dividido:
Tabela 1 Terreno
Terreno
Descrio rea em alqueires Valor de mercado Valor total (R$)
Lavoura 1,0 60.000,00 60.000,00
rea de benfeitorias 1,0 60.000,00 60.000,00
Matas e nascentes 0,5 30.000,00 30.000,00
Total 2,5 150.000,00 150.000,00
Fonte: Autoria Prpria
De acordo com a Tabela 1 o valor por alqueire descrito o valor de
mercado, levando em considerao que a propriedade bem localizada, o solo
plano e de boa qualidade apresentando assim uma boa valorizao perante o
mercado.
O item descrito como lavoura, o terreno utilizado para a planta de milho e
aveia utilizados na fabricao da silagem.
A rea de benfeitorias o local onde de fato so confinados os bovinos,
contendo o piquete de engorda ( onde os animais se alimentam de silagem e
rao), os silos e o galpo para armazenamento dos resduos, concentrados, sal,
e as mquinas disponveis para essa atividade.
O item de matas e nascentes a reserva legal e as fontes de gua que so
utilizadas na propriedade.
Os demais terrenos no foram mencionados por no fazerem parte da
atividade de confinamento do gado de corte.
As construes e instalaes da propriedade, voltados para essa atividade
compem a Tabela 2. Os valores apresentados na mesma foram passados pelo
prprio administrador.
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39
Tabela 2 Construes e Instalaes
Construes e Instalaes
Descrio rea (m2) Valor (R$) Vida til Depreciao
mensal
Total
depreciado
Galpo 48 10.000,00 25 33,33 133,33
Piquete 1.000 3.000,00 15 16,67 66,67
Curral 100 3.500,00 20 14,58 58,33
Total - - - - 258,33
Fonte: Autoria Prpria
O galpo onde ficam armazenados os ingredientes para a fabricao do
concentrado, e tambm as mquinas e equipamentos.
O item descrito como piquete a rea de engorda, onde so confinados
os animais, neste contm cochos destinados para gua e para a rao e
volumoso.
O curral onde feito o manejo dos animais.
Para o desenvolvimento da atividade tambm so utilizados algumas
mquinas e equipamento que esto abaixo descritos.
Tabela 3 Mquinas e Equipamentos
Mquinas e Equipamentos
Descrio Valor de
mercado
Vida til Depreciao
mensal
Total
depreciado
Trator 25.000,00 10 13,89 55,56
Carreto 10.000,00 15 11,11 44,44
Triturador de gros 3.000,00 10 25,00 100,00
Total 38.000,00 - - 200,00
Fonte: Autoria Prpria
-
40
As mquinas e equipamentos esto sendo avaliados a valor de mercado,
no qual foi orado os preos junto ao comrcio de mquinas local.
A depreciao das construes e instalaes e tambm das mquinas e
equipamentos foram feitas considerando a vida til disponibilizada pela CONAB
(Companhia Nacional de Abastecimento)
Para a depreciao dos itens que compe Tabela 3, foi feito um
rateamento, pois as mquinas trabalham tambm na atividade agrcola. O trator
trabalha em torno de 300 (trezentas) horas anuais sendo 280(duzentas e oitenta)
horas na atividade agrcola e 20 (vinte) horas na pecuria sendo assim a
depreciao dele no ano somente na pecuria seria R$ 166,67(cento e sessenta e
seis reais e sessenta e sete centavos). J o carreto trabalha 100(cem) horas no
ano sendo 80 (oitenta) horas na avicultura e 20 (vinte) horas na pecuria ento
sua depreciao anual seria R$ 133,33 (cento e trinta e trs reais e trinta e trs
centavos ao ano, e o triturador de gros no foi utilizado tcnica de rateamento,
pois o mesmo trabalha apenas na pecuria de corte.
A Tabela 4 mostra claramente o inventrio do primeiro lote de animais
confinados na propriedade que foi nos meses de maio, junho, julho e agosto de
2011, apresentando um total de 120 (cento e vinte) dias de confinamento.
Tabela 4 Inventrio de animais
Inventrio de animais
Descrio Confinados
Bois 10
Total 10
Fonte: Autoria Prpria
Os animais confinados vieram da fazenda barra verde onde feita a
cria e recria de animais para corte, a mesma localizada no municpio de So
Joo Paran. O transporte dos animais foi feito utilizando servios de terceiros,
considerando dessa que forma ouve frete.
-
41
As categorias de animais confinados foram de bois entre 24 e 36 meses.
Esses animais eram basicamente constitudos pela raa nelore, tabapu e
mestios de gir e de girolando. A mdia de peso vivo de entrada no confinamento
dos animais foi de 350 (trezentos e cinqenta) quilos.
A Tabela 5 apresenta o valor pago na compra dos animais para serem
confinados.
Tabela 5 Custo de Aquisio dos Animais
Custo de Aquisio dos AnimaisDescrio Quantidade Valor unitrio Valor totalBois 10 600,00 6.000,00Frete - 50,00
Total 10 6.050,00Fonte: Autoria Prpria
Como mostra a Tabela 5, o custo de aquisio dos animais considerou o
valor pago de R$ 600,00 (seiscentos reais) por animal.
Quanto ao transporte, foi utilizado servio de terceiros considerando um
valor a ser pago referente ao de frete para a movimentao dos animais da
propriedade de recria at a propriedade do confinamento.
A alimentao volumosa foi produzida na prpria fazenda e armazenada em
silos tipo trincheira. Foi cultivado 01(um) alqueire de milho para silagem com
produtividade mdia de 130.000 quilos.
Tabelas 6 Custo de Produo de Silagem
(continua)
Custo de Produo de Silagem
Descrio Valor total
Dessecao 54,00
Hora mquina dessecao 36,67
Semente 660,00
Adubo plantio 784,50
-
42
Horas mquina plantio 180,00
Limpeza 127,50
Horas mquina limpeza 36,67
Total custo plantio e desenvolvimento 1.825,34
Corte e armazenamento
Horas mquina de corte 600,00
Horas mquina de transporte 50,00
Horas maquina de socagem 35,00
Mo-de-obra 90,00
Lona 288,00
Total custo de corte e armazenamento 1063,00
Total custo 2.888,34
Produo total em kg 130.000
Custo por R$/Kg 0,02
Fonte: Autoria Prpria
Os custos e valores apresentado na tabela acima foram obtidos com base
nas negociaes locais ocorridas no perodo. Os custos com hora mquina no
plantio, na limpa e na dessecao realizada pelo proprietrio, que conta com
trator e o pulverizador e plantadeira emprestado de outra atividade, sendo
considerado, segundo o proprietrio, como custo na produo da silagem apenas
o combustvel gasto conforme a hora mquina utilizada.
A propriedade tem apenas um trator destinado para essa atividade e este
foi utilizado para o transporte e para socar, para o corte contou-se com o apoio da
Adecobs (Associao de Desenvolvimento Comunitrio de Bom Sucesso do Sul)
que forneceu o trator e a ensiladeira cobrando por hora de servio.
Na produo da silagem se fez necessrio a contratao de uma pessoa
para auxiliar, pagando apenas o dia trabalhado, considerado o valor cobrado por
este como custo de mo-de-obra.
O alimento concentrado foi elaborado a partir de resduos oriundos do
processamento de pr-limpeza dos gros cultivados na propriedade, mas como
-
43
foram destinados para outra atividade a de bovinocultura, foram avaliados a valor
de mercado, ou seja, foi contabilizado pelo mesmo valor de venda utilizado nas
cerrealistas e agro veterinrias locais.
De acordo com a formulao da rao passada pelo veterinrio foi
necessrio alm dos resduos fornecidos da propriedade, adquirir alguns insumos
(a farinha de soja e o sal mineral) que so fornecidos pela agro veterinria para
balancear o alimento de acordo com as exigncias nutricionais dos animais.
A Tabela de formulao da rao foi fornecida pelo veterinrio da Rede
Unio do Campo que tambm faz visitas e o acompanhamento dos animais
confinados, o mesmo no cobra pelos servios prestados, pois a propriedade
adquire seus produtos quando necessrio.
Tabela 7 Custo de Produo da Rao
Custo de produo da rao
Descrio Peso Custo Custo (Kg) Quantidade Custo total
Milho 60 23,00 0,38 30 11,50
Resduo de milho 1.000 150,00 0,15 15 2,25
Rolo de milho 84 23,00 0,27 17 4,59
Trigo 60 24,00 0,40 23 9,20
Far.soja 50 37,00 0,74 11 8,14
Uria 50 61 1,15 1 1,15
Sal mineral 30 45,00 1,50 3 4,50
Soma - - - 100 41,33
Fonte: Rede Unio do Campo, 2011
De acordo com a Tabela 5 o custo por kg da rao pronta vai ser R$ 0,41
(quarenta e um centavos) e R$ 0,02 (dois centavos) vai ser o custo por kg do
volumoso descrito na Tabela 4. Cada animal confinado comeu em mdia 5 kg de
rao concentrada mais 25 kg de silagem de milho (volumoso) por dia, gerando
assim um custo dia de R$ 2,55 (dois reais e cinqenta e cinco centavos) por
cabea confinada.
-
44
Quando os animais deram entrada no confinamento todos foram
desverminados, e em sequncia banhados contra carrapatos e moscas. Os
animais que tiveram dificuldade em se adaptar a alimentao tambm receberam
uma dose de vitaminas.
Toda a medicao feita nos animais adquirida juntamente a Rede Unio
do Campo e feita de acordo com o acompanhamento do veterinrio.
Tabela 8 - Custo com Medicamentos
Custo com Medicamentos
Descrio Quant (ml) Custo Custo (ml) Custo animal Custo total
Carrapaticida 1.000 40,00 0,04 1,20 -
Desverminante 50 12,00 0,24 1,20 -
Vitaminas 250 57,00 0,23 4,60 -
Total - - - 7,00 70,00
Fonte: Rede Unio do Campo, 2011
De acordo com a Tabela 8 o custo total em relao aos medicamentos
utilizados nos animais confinados foi de R$ 70,00 (setenta reais).
4.2.1. Determinao Receita
Os bois vendidos para o abate aps o perodo de confinamento
apresentaram um rendimento mdio de carcaa de 260,2 kg.
O valor pago pela arrobas de carne foi de R$ 94 (noventa e quatro reais).
Gerando uma receita de venda com base no rendimento de carcaa dos bois de
R$ 16.305,87(dezesseis mil trezentos e cinco reais e oitenta e sete centavos)
Tabela 9 - Determinao da Receita (continua)
Determinao da Receita
Descrio
Animais confinados 10
-
45
Rendimento mdio de carcaa (Kg) 260,2
Valor pago @ 94,00
Receita 16.305,87
Fonte: Autoria Prpria
4.2.2 - Determinao dos Custos
No perodo de confinamento dos animais surgiram alguns custos
considerados como custos operacionais de produo, ou seja, so custos que
exigem desembolsos por parte do produtor.
Os custos fixos na atividade so aqueles que no variaram de acordo com
a quantidade produzida e sua durao superior ao curto prazo, portanto
apresentou-se como custo fixo apenas a depreciao das mquinas e
equipamentos e das construes e instalaes e os custos com impostos (ITR)
Na Tabela 9 foi citado os itens que compe o custo operacional efetivo
(custos variveis) sendo esses posteriormente, deduzidos da receita que o
produtor obteve com a venda dos animais.
Tabela 10 - Componentes do Custo Operacional Efetivo
Componentes do Custo Operacional Efetivo
Descrio R$
Aquisio de animais 6.050,00
Alimentao 3.060,00
Mo-de-obra 573,50
Energia 120,00
Diversos ( brincos, frete, ...) 150,00
Medicamentos 70,00
Imposto sobre vendas (2,7%) 410,62
Total 10.434,12
Fonte: Autoria Prpria
Do gado confinado foram produzidas e vendidas 2.602,00 (dois mil seiscentos e dois) arrobas de carne. Dividindo o custo operacional total pelas
-
46
arrobas de carne produzidas encontrou-se o custo unitrio por arroba, descritos na tabela abaixo.
Tabela 11 Valores dos custos totais e unitrios
Valores dos custos totais e unitrios
Discriminao Valor R$ Valor do custo unitrio @
Custo op. Efetivo 10.434,12 4,01
Depreciao 458,33 0,18
Custo op. Total 10.892,45 4,19
Fonte: Dados da pesquisa, 2011
4.2.3. Determinao da margem
A margem bruta uma medida de resultado econmico e foi utilizada
considerando que o produtor possui a terra, o trabalho e capital. E precisa definir
qual a melhor maneira de utilizar de forma eficaz esses fatores de produo.
Considerando tais dados a margem bruta foi calculada utilizando seguinte
frmula:
Margem Bruta = Receita Custos Operacionais Efetivos
Margem Bruta = 16.305,87 - 10.434,12
Margem Bruta = 5.871,75
Com esse resultado de R$ 5.871,75 (cinco mil oitocentos e setenta e um
reais e setenta e cinco centavos) fica claro que a margem bruta superior aos
custos operacionais efetivos e sinal de que a atividade est se remunerando e
sobreviver, pelo menos, a curto prazo.
A margem o resultado adquirido da receita bruta menos o custo
operacional total.
Margem Lquida = receita bruta custo operacional total
Margem Lquida = 16.305,87 - 10.892,45
Margem Lquida = 5.413,41
A margem lquida apresentou um resultado de R$ 5.413,41 (cinco mil
quatrocentos e treze reais e quarenta e um centavos) da mesma maneira da
-
47
margem bruta com resultado positivo, pode se concluir que a atividade estvel,
que tem possibilidade de expanso e de se manter por longo prazo.
4.2.4. Determinao da Lucratividade
A lucratividade a varivel que indica o ganho que o proprietrio obteve numa
relao entre o lucro lquido e a receita total. Podendo ser encontrada utilizando a
seguinte frmula:
Lucratividades = Lucro x 100 / Receita
Lucratividade = 5.392,41 x 100 / 16.305,87
Lucratividade = 33,07%
Em relao receita de venda a atividade apresentou uma lucratividade de
33,07%.
4.2.4. Determinao da Rentabilidade
A rentabilidade representa o lucro, na forma de medida absoluta ou tambm
de indicador. o retorno sobre o capital investido.
Para o clculo da mesma antes de tudo deve-se saber qual foi o valor total
investido na atividade, e no confinamento de bovinos para o valor investido pode-
se considerar o valor do terreno, das construes e instalaes e das mquinas e
equipamentos, que gerou um valor total de R$ 199.500,00 (cento e noventa e
nove mil e quinhentos reais)
A frmula para o clculo da rentabilidade a seguinte
Rentabilidade = lucro x 100 / investimento total
Rentabilidade = 5.392,41 x 100 /199.500,00
Rentabilidade = 2,70%
Em relao ao valor investido a atividade apresentou uma rentabilidade de
2,70%
-
48
Tabela 12 - Custos do perodo confinamento do gado de corte (4 meses)
(continua)
Custos do perodo confinamento do gado de corte (4 meses)
Discriminao Resultados
RECEITAS 16.305,87
DESPESAS
Custo operacional total 10.892,45
Custo operacional efetivo 10.434,12
Custo com depreciao 458,33
Custo total 10.913,45
Custos fixos 479,33
Custo com depreciao 458,33
Custos com impostos (ITR) 21,00
Custos variveis 10.434,12
Custo operacional efetivo 10.434,12
MARGEM BRUTA 5.871,75
Receitas 16.305,87
Custo operacional efetivo 10.434,12
MARGEM LIQUIDA 5.413,41
Receitas 16.305,87
Custo operacional total 10.892,45
RESULTADO (lucro ou prejuzo) 5.392,41
Receitas 16.305,87
Custo total 10.913,45
Custo operacional efetivo / arroba 4,01
Custo operacional total / arroba 4,19
Custo varivel mdio / arroba 4,01
Custo total / arroba 4,19
Valor de venda da arroba do boi 94,00
LUCRATIVIDADE (%) 33,07
RENTABILIDADE (%) 2,70
-
49
% do custo fixo em relao CT 4,39
% do custo varivel em relao CT 95,61
Total de arrobas vendidas 2.602,00
Fonte: Autoria Prpria
4.2.5. Determinao do Ponto de Equilbrio
Na pecuria de corte o ponto de equilbrio basicamente a quantidade
fsica de produo de arrobas de carne que precisaria ser produzida para que o
seu valor fosse igual ao total de custos. Nessa situao o lucro nulo, e passando
desse nvel a atividade passaria a dar um lucro.
O ponto de equilbrio foi calculado atravs dos dados levantados
anteriormente o qual foram utilizados.
- A quantidade de carne produzida em arrobas (Q)
- O custo fixo total (CF)
- O custo varivel unitrio (Cv u)
- O preo de mercado do produto (P)
O clculo ficou assim:
Q = CF / (P- Cv u)
Q= 479, 33 / (6, 27 4, 01)
Q= 212, 09
O ponto de equilbrio apresentou um resultado baixo porque os custos fixos
tambm se apresentaram baixos.
4.2.6. Custo de Oportunidade
Pode ser entendido como o valor que o produtor receberia se os recursos
investidos na atividade de pecuria de corte tivessem sidos aplicados em outra
atividade qualquer. Para essa comparao foi utilizado taxa de aplicao em
caderneta de poupana do Banco do Brasil que de 0,6%, na data de 29 de
setembro de 2011.
Custo de oportunidade = capital investido X a taxa de poupana mensal
-
50
Custo de oportunidade = 199.500,00 x 0,6%
Custo de oportunidade mensal = 1.197,00
Custo de oportunidade da atividade = 4.788,00
-
51
5.0. CONSIDERAES FINAIS
Os objetivos traados pelo presente trabalho alcanaram um resultado
satisfatrio, pois o mesmo propiciou um maior conhecimento sobre a atividade
desenvolvida e tambm demonstrou a importncia das ferramentas contbeis para
uma boa gesto.
De acordo com os objetivos propostos a pesquisa preocupou-se em
levantar e analisar os custos e a viabilidade da atividade de confinamento de
bovinos de corte no qual o primeiro lote confinado ocorreu no perodo de 120 dias.
Diante da anlise dos resultados obtidos, constatou-se que a atividade
desenvolvida na propriedade apresentou um resultado positivo o que pode ser
observado principalmente na margem de contribuio e no ponto de equilbrio.
Tanto a margem bruta quanto a margem lquida ambas apresentaram se
positivas o que significa que a atividade est se remunerando. Um bom sinal, para
uma atividade que est iniciando, principalmente porque h possibilidade de
expanso e de se manter a longo prazo se considerando os resultados do lote
abatido.
O ponto de equilbrio foi de 212,09 kg um resultado excelente considerando
que os animais vendidos para o abate apresentaram um rendimento mdio de
carcaa de 260,2 kg o que se deve aos baixos valores dos custos fixos.
A lucratividade e a rentabilidade tambm apresentaram-se positivas e o
custo de oportunidade calculado em 120 dias, perodo de confinamento dos
animais, gerou um valor inferior ao da atividade funcionando o que significa que a
melhor alternativa escolhida foi a trabalhar com o confinamento de gado de corte
ao invs de deixar o dinheiro aplicado na poupana a uma taxa de 0,6% a.m.
Considerando todos os dados da pesquisa e os resultados obtidos no
estudo de caso, constatou-se que a atividade apresentou uma viabilidade
econmica rentvel no primeiro lote de animais vendidos e que a atividade tem
condies de se manter ao longo prazo se continuar com um planejamento
adequado e com esse sistema de produo, portanto sugere-se que o
agropecuarista de continuidade a atividade, podendo ampliar o negcio. O
acompanhamento contbil com anlise de custos dos lotes seguintes tambm
-
52
imprescindvel para um bom desenvolvimento e ampliao da atividade, e se
possvel interessante utilizar-se de um sistema voltado apenas para a rea de
pecuria de corte.
-
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