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21-07-2017
Revista de Imprensa
1. Hospital de Guimarães continua a reduzir infecções hospitalares, Comércio de Guimarães (O), 19-07-2017 1
2. Número, Jornal de Notícias, 21-07-2017 2
3. Aprovada a carreira de farmacêutico, Correio da Manhã, 21-07-2017 3
4. Críticas a vagas de aposentados, Jornal de Notícias, 21-07-2017 4
5. PGR dá razão ao Governo e diz que protesto dos enfermeiros é ilegal, Público, 21-07-2017 5
6. Enfermeiros podem ser processados, Jornal de Notícias, 21-07-2017 6
7. Grávida de risco transferida de Guimarães para o Porto, Correio do Minho, 20-07-2017 7
8. Grávidas deslocadas para Braga e Famalicão, Mais Guimarães - A Revista - Mais Guimarães - O Jornal, 18-07-2017
8
9. Hospital contraria enfermeiros, Jornal de Notícias, 21-07-2017 10
10. Exemplos, Diário de Notícias, 21-07-2017 11
11. Prado. Bandeiras rasgadas, televisões, salmões e salmonellas, Semanário V, 19-07-2017 12
12. Exercício Físico em utentes com DPOC, Mensageiro de Bragança, 20-07-2017 13
13. ADSE vai limitar despesas com transportes de doentes, Público, 21-07-2017 14
14. Aprovada alteração do Centro Hospitalar, Jornal de Notícias, 21-07-2017 15
15. Governo trava medicamentos inovadores, Jornal Económico (O), 21-07-2017 16
16. Um em cada três casos de demência é evitável e sem recorrer a medicamentos, Público, 21-07-2017 18
17. Médicos cobravam três mil euros por falsos atestados, Jornal de Notícias, 21-07-2017 19
18. Clínicos e farmacêutica julgados por burlar Estado com receitas, Jornal de Notícias, 21-07-2017 21
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Tiragem: 5000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Regional
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Hospital de Guimarães continua a reduzir infecções hospitalares OBJECTIVO é reduzir em 5o% as infecções hospitalares em três anos
> O Hospital da Senho-ra da Oliveira já atingiu a maior parte dos objectivos de redução das taxas de infecção hospitalar pre-conizadas pelo «Desafio Gulbenkian — Stop Infec-ção Hoápitalar».
O «desafio» só termina no'final de Marçõ do pró-ximo ano, mas o empenho dos colaboradores do Hos-pitaljá permitiu alcançar, em alguns casos mesmo ultrapassar, a maior parte das metas preconizadas pelo programa.
O envolvimento do Hos-pital no programa tem como objectivo último de reduzir em 50% as infec,-çães hospitalares. num períodó de três anos.
No passado dia 23 de Junho passado, o Hospital recebeu urna delegação do Institute for Healthcare lmprovem en t, entidade que coordena a metodolo-gia de implementação da. programa, liderada por Paulo Sovem, acompa-nhada por dois elementos da Comissão Executiva da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Pai-va e Paulo Sousa. Estes especialistas, ligados ao controlo da infecção hos-pitalar, salientaram, em reunião com os profis-sionais do. Hospital, os sucessos que têm sido al-cançados. Frisando o cu m-primento dos objectivos e
as boas taxas de infecção que o Hospital apresenta no panorama nacional e mesmo europeu.
Nesse dia foi possível constatar uma redução superior a 50% das taxas de infecção da corrente sangüínea, relacionada com cateter vascular cen-tral, de pneumonia as-sociada. a intubação, de infecção do local cirúrgico no doente submetido a cirurgia do cólon erecto, a
cirurgia com implante de prótese da anca e joelho. Ainda urna redução supe-rior a 40% do índice de ex-posição ao cateter vesical e com sinais de melhoria na taxa de infecção do trato urinário associada a cateter vesical.
Estes resultados cons-tituem um incremento na qualidade dos cuidados. prestados, na segurança e na qualidade de vida dos doentes submetidos
a procedimentos ou dis-positivos invasivos, com especial impacto na re-dução da morbilidade e mortalidade.
Lembramos que em 2015 a Fundação Calouste Gulbenkian seleccionou o Hospital de Guimarães como um dos 12 hospi-tais públicos do país para participar no programa «STOP Infecção Hospita-lar». A participação neste programa de combate
às infecções hospitalares implica um compromisso de adoptar uma meto-dologia coordenada pelo Institute for Healthcare Improvement, assim como qualificar coritinuada-mente os seus recursos humanos, com nomeação de responsáveis diretos, registar, enviar e parti-lhar dados de monitoriza-ção e ainda colaborarmos procedimentos periódicos de avaliação.
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Tiragem: 64316
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 30
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Corte: 1 de 1ID: 70526014 21-07-2017
25 mil euros é o valor do prémio ganho pela Uni-dade Local de Saúde do Alto Minho da Missão Continente pelo Projeto de Otimização das Dietas Escolares em 31 escolas.
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Tiragem: 126478
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 18
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SAÚDE
Aprovada a carreira de farmacêutico 1210s diplomas que criam a car-reira de farmacêutico, corres-pondendo às pretensões do sin-dicato do setor, foram aprova-dos ontem em Conselho de Mi-nistros. O objetivo é enquadrar a profissão e garantir um per-
, curso comum de progressão profissional para os farmacêuti-cos do SNS. •
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Tiragem: 64316
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 70525763 21-07-2017
Saúde Críticas a vagas de aposentados
• Um grupo de quase 200 mé-dicos de família recém-especia-listas diz que os aposentados que aceitaram retomar funções estão a ocupar vagas que de-viam ir a concurso, alegando que o seu esforço já não é ne-cessário. Terça-feira, o ministro anunciara que, nos últimos qua-tro meses, 145 reformados pe-diram para reentrar no SNS.
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Tiragem: 32381
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Corte: 1 de 1ID: 70525608 21-07-2017
PGR dá razão ao Governo e diz que protesto dos enfermeiros é ilegal
ADRIANO MIRANDA
Enfermeiros especialistas em saúde materna querem ser pagos pelas funções especializadas
É um rude golpe no protesto dos en-
fermeiros especialistas em saúde ma-
terna e obstetrícia, que nas últimas
três semanas tem estado a causar per-
turbações em vários blocos de parto
de hospitais públicos. Este tipo de
protesto inédito é ilegítimo, não está
enquadrado na lei, e os profi ssionais
que se recusem a exercer funções es-
pecializadas podem ser responsabili-
zados disciplinar e civilmente, avisa
o conselho consultivo da Procurado-
ria-Geral da República (PGR), num
parecer pedido pelo Ministério da
Saúde e que foi conhecido ontem.
No parecer, os magistrados dão
também um puxão de orelhas à Or-
dem dos Enfermeiros (OE), que tem
apoiado esta forma de luta, lembran-
do-lhe que está impedida de partici-
par em acções deste género, por não
ser uma associação sindical.
Não é claro ainda se estes avisos se-
rão sufi cientes para desmobilizar os
enfermeiros especialistas, que desde
3 de Julho se têm limitado a assegurar
cuidados gerais, obrigando nalguns
casos os médicos a desempenharem
as suas tarefas. A bastonária da OE,
Ana Rita Cavaco, garantiu já que con-
tinua a apoiar os profi ssionais que
lutam por uma remuneração cor-
respondente à sua especialização,
enquanto o porta-voz do movimento
que tem liderado este protesto pre-
feriu reservar para mais tarde uma
tomada de posição.
Reclamando a divulgação integral
do parecer — o Ministério da Saúde
só divulgou as quatro páginas com as
conclusões —, Ana Rita Cavaco consi-
dera que o ministro da Saúde está a
fazer “uma birra” com os enfermei-
ros, depois de nos últimos dias ter
“negociado com os técnicos de diag-
nóstico e com os farmacêuticos”.
Foi no fi nal de Junho que o Minis-
tério da Saúde pediu um parecer ao
Conselho Consultivo da PGR com
carácter de urgência, alegando que
a recusa de desempenho de funções
especializadas por parte destes pro-
fi ssionais “é ilegítima e ilegal”. Um
aviso que no entanto não os dissua-
diu de avançar para a forma de luta
a responsabilidade civil pelos danos
causados aos utentes, quando desig-
nadamente não seja salvaguardada a
prestação de determinados serviços”.
Referindo-se especifi camente à
OE, os magistrados lembram que es-
ta “não é uma associação sindical” e
“está impedida, pelos seus estatutos,
de exercer ou participar em activi-
dades de natureza sindical ou que
se relacionem com a regulação das
relações económicas ou profi ssionais
dos seus membros”, não podendo
decidir o recurso a uma greve.
A OE respondeu, em comunica-
do, que “jamais convocou qualquer
greve ou protesto”. “Lamentamos
profundamente que o Governo esteja
mais preocupado em ameaçar os en-
fermeiros e a sua Ordem profi ssional
em vez de lhes defi nir uma carreira
justa e digna, tal como fez os últimos
dias para outros profi ssionais do sec-
tor”, refere o comunicado.
A recusa dos enfermeiros em exer-
cer as funções especializadas tem que
ver com uma reivindicação antiga,
depois de em 2009 a carreira de en-
fermagem ter deixado de contemplar
o grau de enfermeiro especialista e a
remuneração correspondente. O que
os profi ssionais argumentam é que
para obterem este título (que é con-
ferido pela Ordem) são obrigados a
uma formação que é paga por eles.
No parecer agora conhecido, po-
rém, o Conselho Consultivo da PGR
alega que os diplomas de 2009 que
defi niram a carreira especial inclu-
íram no conteúdo funcional da ca-
tegoria de enfermeiro “funções que
apenas podem ser desenvolvidas por
enfermeiros detentores do título de
enfermeiro especialista”. Assim, a
“não diferenciação remuneratória
dos enfermeiros detentores do título
de especialista não implica violação
do princípio constitucional de ‘pa-
ra trabalho igual, salário igual’”. A
diferença de habilitações, só por si,
não “obriga a diferenciação remune-
ratória”, acrescenta.
O protesto arrancou em 3 de Julho,
quando os enfermeiros especialistas
deixaram de exercer as funções es-
pecializadas, nomeadamente a assis-
tência ao “parto normal” nas mater-
nidades dos hospitais públicos, entre
outras tarefas. Num balanço feito no
início deste semana, o Movimento de
Enfermeiros Especialistas em Saúde
Materna e Obstétrica (MEESMO), que
tem liderado este protesto, afi rma
que vários partos não estão a ser as-
sistidos no domicílio e que há grávi-
das de alto risco em trabalho de parto
que estarão a efectuar “percursos de
ambulância que chegam aos 60 qui-
lómetros”. Com uma greve agendada
para entre 31 de Julho e 4 de Agosto,
alertaram também para casos de grá-
vidas que terão ultrapassado a data
segura prevista para o parto e casos
de blocos de obstetrícia encerrados.
O porta-voz deste movimento,
Bruno Reis, remeteu para mais tar-
de uma tomada de posição, depois
de “os advogados dos dois sindica-
tos que apoiam o protesto e os ad-
vogados pessoais dos enfermeiros”
terminarem a análise do parecer do
conselho consultivo da PGR. “Não
sabemos o que é que foi questiona-
do. Gostaríamos de saber qual foi a
pergunta objectiva [feita aos magis-
trados]”, explicou.
Bastonária da Ordem dos Enfermeiros continua a apoiar protesto e reclama divulgação do parecer integral do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República
SaúdeAlexandra Campos
invulgar que tem causado proble-
mas em vários blocos de parto. Na
terça-feira, a Maternidade Alfredo da
Costa, admitiu ter tido “perturbações
temporárias”.
As conclusões do parecer não dei-
xam grande margem para dúvidas. A
recusa de prestação de serviço dos
enfermeiros com título de especialis-
ta, ao não ser enquadrável numa gre-
ve, “conduz a faltas injustifi cadas”,
começam por defender os magistra-
dos deste órgão colegial da PGR.
Tendo em conta a recusa individu-
al de “exercer as funções incluídas
no conteúdo funcional estabelecido
legalmente para a categoria de enfer-
meiro que integram, com o funda-
mento de não existir diferenciação
remuneratória, os enfermeiros com
título de especialista sempre podem/
devem ser responsabilizados discipli-
narmente”, acrescentam.
Apesar de reconhecerem que os
profi ssionais têm legitimidade para
defender os seus “interesses remu-
neratórios”, nomeadamente recor-
rendo à greve, os magistrados enfa-
tizam que “também não é de afastar
[Ministro está a fazer] birra [com os enfermeiros [depois de ter] negociado com os técnicos de diagnóstico e com os farmacêuticosAna Rita CavacoBastonária da Ordem dos Enfermeiros
rmeiros
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Tiragem: 64316
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 9
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Corte: 1 de 1ID: 70525707 21-07-2017
Protesto dos enfermeiros está a perturbar o funcionamento dos blocos de parto
-saber mais Apoio da Ordem • O protesto dos Enfermeiros Especialistas em Saúde Mater-na e Obstétrica é apoiado pela Ordem dos Enfermeiros (OE).
Posição da POR • A PGR considera que a OE, não sendo uma associação sin-dical, está impedida estatuta-riamente de exercer ou partici-par em atividades de natureza sindical, como convocar greve.
Helena Norte [email protected]
► Ós enfermeiros que recusam prestar serviços especializados, por não receberem de acordo com a formação que têm, poderão vir a ser responsabilizados civil e dis-ciplinarmente. Esse é o sentido do parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), pedido pelo. Mi-nistério da Saúde, sobre o protes-to que, desde o início do mês, está a perturbar o funcionamento de cerca de 20 blocos de partos de todo o pais. Os enfermeiros espe-cialistas em saúde materna e obs-tétrica, porém, não desarmam: a recusa ao serviço especializado continuará porque, alegam, "um parecer não é lei".
Ao longo de 21 pontos, o Conse-lho Consultivo da PGR expõe as conclusões a que chegou sobre o protesto dos enfermeiros. Não ne-gando a estes profissionais a "le-gitimidade para defender os seus interesses remuneratórios", no-meadamente através da greve, a PGR considera que ao recusarem "exercer funções incluídas no conteúdo funcional estabelecido legalmente para a categoria pro-fissional que integram, com o fun-damento de não existir diferencia-ção remuneratória, os enfermei-ros com o título de especialistas sempre podem/devem ser res-ponsabilizados disciplinarmente".
Além disso, "a não prestação de serviço conduz a faltas injustifica-das", adverte a PGR. Mais: "não é
de afastar a responsabilidade civil dos enfermeiros pelos danos cau-sados aos utentes, quando desi-gnadamente não seja salvaguar-dada a prestação de determinados serviços".
Mais mobilizados com ameaça Os enfermeiros desvalorizam o que consideram ser uma "mano-bra do Ministério da Saúde que tenta desmobilizar os profissio-nais em vez de lhes pagar o que é de direito", sustenta José Azevedo ao IN. O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros garante que, depois
desta "ameaça do Ministério da Saúde", os mais de mil especialis-tas em protesto estão ainda mais motivados para continuar a recu-sa de exercerem funções para as quais não são pagos, sem medo de processos disciplinares ou de ações civis. E, caso existam, "é nos tribunais que se revolverão".
"Um parecer não é lei e nós não estamos a violar nenhuma lei", garante o dirigente sindical. E ex-plica: "Se não somos especialistas em termos de carreira, não somos obrigados a prestar cuidados de especialistas". O protesto dos en-fermeiros tem perturbado o fim-cionamento de alguns blocos de partos e já obrigou à transferência de grávidas para outros hospitais.
O ministro da Saúde já reco-nheceu como legítima a reivindi-cação de uma compensação fi-nanceira para estes enfermeiros, mas remeteu para setembro uma solução. Já o protesto tem mereci-do duras criticas pór parte de Adalberto Campos Fernandes: "Não estamos perante uma greve, estamos perante um protesto de-sorganizado e perante uma atitu-de que ética e deontologicamente é condenável, que está a ser ba-seada na criação de alarme social e de inquietação de um grupo muito vulnerável de cidadãos". •
Protesto Em causa responsabilidade disciplinar e civil
Enfermeiros podem ser processados
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 37
Cores: Preto e Branco
Área: 25,00 x 13,11 cm²
Corte: 1 de 1ID: 70513000 20-07-2017
SAÚDE| Redacção/Lusa |
Grávida de risco às 26 semanas,Maria Elisabete teve de sertransferida do hospital de Gui-marães para o Centro Materno-Infantil do Norte, Porto, por cau-sa do protesto dos enfermeirosespecialistas, que afecta blocosde parto e serviços de obstetrí-cia.
“Estou longe da família e nãoconhecia ninguém das equipasaqui”, disse Maria Elisabete, queno dia 13 de Julho foi a umaconsulta em Guimarães e acaboupor ter de ser internada de urgên-
cia.Contudo, o serviço de obstetrí-
cia de Guimarães “estava prati-camente fechado” e foi, logonesse dia, transferida para Bragaou para o Porto.
Os próximos dias ou semanassão uma incógnita, admite, su-blinhando a dificuldade que temsido estar longe da família e in-ternada com uma gravidez derisco num serviço e com profis-sionais que desconhece.
Já no termo da gravidez, CátiaBarroso tem sido seguida na uni-dade de saúde de Cabeceiras deBasto e, às 37 semanas de gesta-ção, manifesta o receio e a ansie-
dade pela incerteza sobre o localonde será o parto.
“Supostamente seria em Gui-marães, mas temo que seja trans-ferida para o Porto”, afirmou àLusa.
Cátia Barroso contou ainda que“na importante recta final dagravidez” deixou de ter aulas depreparação para o parto, “umapoio que tem faltado e que erafundamental”.
Também este serviço foi afec-tado pela paralisação dos enfer-meiros especialistas em saúdematerna e obstétrica, que estão,desde o início do mês, em pro-testo contra o não pagamento
dos seus serviços especializa-dos, assegurando apenas cuida-dos indiferenciados de enferma-gem.
Cátia Barroso manifesta com-preensão com a causa que moti-va o protesto dos enfermeiros,considerando que “as equipasespecializadas devem ser respei-tadas”.
Contudo, reconhece que tem“muito receio” com o dia do par-to e com as condições das equi-pas que estarão a prestar assis-tência.
O ministro da Saúde conside-rou já o protesto dos enfermeirosespecialistas como condenável
do ponto de vista ético e deonto-lógico, lembrando que o gover-no não pode ceder a “exigênciasintempestivas”.
“O Governo não pode ceder aatitudes que são, do ponto devista ético e deontológico, muitocriticáveis”, disse AdalbertoCampos Fernandes na terça-fei-ra à agência Lusa.
O Ministério da Saúde pediuum parecer urgente ao conselhoconsultivo da Procuradoria-geralda República (PGR) sobre a le-galidade deste protesto dos en-fermeiros, mas até ao momentoainda não o recebeu.
Já o bastonário da Ordem dosMédicos considerou lamentávelque o ministro da Saúde aindanão tenha resolvido a situaçãoque motiva o protesto dos enfer-meiros especialistas. “O minis-tro da Saúde é o responsável má-ximo pela saúde e tem de ga-rantir que os serviços do SNS]funciona”, referiu o bastonárioda Ordem dos Médicos, MiguelGuimarães.
Grávida de risco transferida de Guimarães para o Porto
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Tiragem: 4000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Regional
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Área: 25,07 x 12,69 cm²
Corte: 1 de 2ID: 70492861 18-07-2017 | Mais Guimarães - O Jornal
Grávidas de Guimarães estão a ser encaminhadas para Braga e FamalicãoNo domingo foi transferida uma
grávida para Braga, com uma
situação de pré-eclampsia. No
sábado tinham sido transferidas
outras quatro parturientes, duas
para Famalicão e outras tantas
para Braga.
Logo no primeiro dia do protes-
to dos enfermeiros especialistas
em obstetrícia, foram transferidas
três grávidas, por os serviços da
maternidade do Hospital da Sen-
hora da Oliveira não terem ca-
pacidade de resposta. Para Bruno
Reis, do Movimento dos Enfer-
meiros Especialistas em Saúde
Materna e Obstetrícia (EESMO),
“é criminoso estar a esconder
que há grávidas que estão a ser
transferidas e outras que estão a
ser deslocadas para locais difer-
entes do seu hospital de referên-
cia”. Para o representante dos
enfermeiros, há uma ocultação
deliberada per parte do Ministério
da Saúde e dos Hospitais afeta-
dos, com a intenção, não só de
manter a população tranquila,
mas principalmente de fazerem
correr o tempo a seu favor. Bruno
Reis afirma que “pode estar em-
inente um problema muito sério
e nessa altura vão querer culpar
os enfermeiros, mas nós até fo-
mos muito responsáveis, não
fechamos tudo de uma vez, mas
progressivamente mais materni-
dades vão aderindo ao protesto,
em última análise, se acontecer
alguma coisa a responsabilidade
é do ministro”.
O protesto dos enfermeiros já
leva duas semanas e a força do
movimento não tem diminuído,
antes pelo contrário, têm-se jun-
tado mais enfermeiros, fazendo
com que alguns distritos já este-
jam com sérios problemas, tendo
que mandar as parturientes para
fora do distrito. Aveiro está nesta
situação. Com a adesão anuncia-
da dos Hospitais de Famalicão e
Braga, a partir de 01 de agosto,
também o distrito de Braga ficará
sem soluções. A solução mais ob-
via nesta situação seriam as ma-
ternidades do Porto, onde o Hos-
pital de São João também já não
aceita grávidas vindas de fora e a
situação no Hospital de Gaia tam-
bém é complicada.
Por estas razões foi realizada, no
dia 17, segunda-feira, uma reunião
extraordinária na ARS Norte para
delinear um plano de contingên-
cia. Os enfermeiros, porém, es-
tranham que para uma reunião
que trata dum tema que lhes diz
respeito não tenham sido convo-
cadas as direções de enferma-
gem. Também na segunda-feira,
a Ordem dos Enfermeiros visitou
o Hospital de Guimarães para se
inteirar das limitações do serviço
de obstetrícia.
Segundo os representantes do
Movimento EESMO, o Hospital de
Guimarães tem mantido a mater-
nidade a funcionar “com graves
lacunas que podem resultar em
problemas para as mulheres e
para os recém-nascidos”. Segun-
do estes representantes dos en-
fermeiros, o Diagnóstico Pré-Na-
tal esteve encerrado durante uma
semana, e agora funciona com
um enfermeiro generalista, quan-
do a direção geral de saúde obriga
a que o trabalho seja feito por um
especialista. O hospital tem con-
tornado esta situação internando
as grávidas diretamente na sala
de partos e usando a urgência e
a sala de obervações como enfer-
marias, alertam os enfermeiros.
Além disso os médicos, à cautela
já divergem as grávidas para out-
ros hospitais,
Dos 33 enfermeiros do Hos-
pital de Guimarães, só 12 são
reconhecidos como especialistas
(fazem parte das antigas car-
reiras). Destes 12, apenas sete
fazem serviço noturno, sendo
que alguns deles estão de férias
no momento. Quer dizer que a
maternidade terá no máximo seis
enfermeiros para assegurar os
turnos noturnos.
Os enfermeiros esperam que a
Ordem, depois da visita que fez na
segunda-feira ao Hospital da Sen-
hora da Oliveira, e que foi replica-
da em outras maternidades pelo
país, alerte a tutela, mais uma
vez, para os risco que as grávi-
das correm “com a manutenção
destes serviços a funcionar de
forma precária. Os efermeiros es-
pecialistas são concentrados na
sala de partos, faltando em todos
os outros locais onde também
são precisos”. • Rui Dias
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Preparativos para a Marcha Gualteriana avançam a “bom ritmo” P.11
O novo sítio das notíciasde Guimarães
www.maisguimaraes.pt
CINECLUBE DE GUIMARÃES EXIBE “AS CANÇÕES E OS FILMES” NO LARGO DA OLIVEIRA
Fim de semana recheado de cultura invadiu Fermentões P.13Largo da Casa do Povo recebeu a terceira edição da
Feira Multicultural, um evento organizado pelo Grupo
Folclórico de Fermentões.
Responsável da Associação Artística da Marcha requer
mais obreiros para os preparativos do cortejo
e mais voluntários para os lugares “a pé”.
P.21
Já somos 27.793 junte-se a nós em facebook.com/maisguimaraes N94 TERÇA-FEIRA 18 JULHO 2017 MAIS GUIMARÃES - O JORNAL · SEMANÁRIO · DIRETOR: ELISEU SAMPAIO1,00€
59 CENTROS DE SAÚDE DO TERRITÓRIO NACIONAL VÃO TER ACESSO A MEDICINA DENTÁRIA
VITÓRIA ENTRA A GANHAREquipa B venceu final do torneio da Póvoa
frente ao Belenenses (4-1). Clube já confirmou
Rincón, Hurtado e Célis devem ser os próximos.
P.07
Moreirense FC EconomiaP.26 P.15Peña confirmado e Gabriel próximo Quebra nas exportações para a UEVenezuelano estreou-se com assistência frente
ao Penafiel. Médio brasileiro chega do Paraná.
As vendas para os estados membros caíram 7,7%
e ficaram abaixo dos 100 milhões, em maio.
Grávidas deslocadas paraBraga e Famalicão
Presidente do IPCA tomou posse esta segunda-feira
Na semana passada foram transferidas quatro
parturientes para unidades vizinhas. P.07
“Honrar o passado, assumir o presente e desafiar o futuro” é a divisa de Maria José Fernandes. P.06
Equipa B ve
frente ao B
Rincón, Hur
A VOZ DOS CANDIDATOS
P.02
Torcato RibeiroCandidato da CDUà Câmara Municipal de Guimarães
P.24 e 25
Amadeu Portilha e José Bastos fora da lista do PS
O perfil do turista que visita a cidade berço
A lista será apresentada nesta
quinta-feira, na Reunião Concelhia
do Partido. P.10
Verão atrai visitantes de todas as partes
do mundo. Cidade Património Mundial é o
principal fator de escolha. P.04 e 05
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Tiragem: 64316
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 12
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Corte: 1 de 1ID: 70525758 21-07-2017
Retificação Hospital contraria enfermeiros • O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho nega ter transferido qualquer grá-vida para o Centro Materno Infantil do Norte (CNIM), con-trariando a versão que o por-ta-voz dos Especialistas de Enfermagem em Saúde Ma-terna e Obstétrica (EESMO), Bruno Reis, deu ao IN, numa noticia publicada. anteontem.
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Tiragem: 23488
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 38
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Área: 6,84 x 30,00 cm²
Corte: 1 de 1ID: 70525644 21-07-2017
Opinião da direção
Exemplos
JOANA PETIZ
1. Ilegítimo. Assim falou a PGR so-bre o protesto dos enfermeiros que já paralisou salas de partos e
obrigou algumas mulheres a ser trans-feridas para outros hospitais. E agora estes profissionais arriscam-se, no caso de haver problemas com alguma grávida, a ser responsabilizados e obri-gados a indemnizar. A verdade é que é uma questão técnica que leva a esta pronúncia — considera-se que a dife-renciação de funções não obriga a sa-lários diferenciados, pelo que o que os enfermeiros reclamam não justifica a greve. Mas talvez pela primeira vez um ministro trouxe à discussão a questão mais relevante: não é humano deixar uma mulher grávida sem assistência. Claro que o argumento é lenha para uma fogueira bem maior num país onde a greve se tem transformado na forma de pressão recorrente, indepen-dentemente das motivações em causa e do momento de negociação. Deixar um paciente sem consulta porque há greve de médicos, atrasando uma in-tervenção cirúrgica pela qual espera há meses, por exemplo, não é igual-mente grave? Ou adiar um julgamento porque os funcionários judiciais estão em protesto? E deixar os pais sem sa-ber o que fazer aos miúdos porque a escola fechou não causa igualmente problemas a tanta gente? Ou parar os transportes públicos e sujeitar milha-res de pessoas a atrasar-se ou mesmo faltar ao emprego?Talvez este seja o momento ideal para abrir a discus-são e refletir sobre a banalização do recurso à greve.
2 .Quem anda a receber turistas e a . cobrar estadas à socapa e sem pa-
gar os devidos impostos que se prepare para uma surpresa desagra-dável. Os inspetores da ASAE estão a fiscalizar plataformas de alojamento à procura de quem opera debaixo do pano — que se estima que chegue a um quinto dos espaços disponíveis — e quem for apanhado arrisca multas, processos ou mesmo ser obrigado a fechar as portas. O alojamento local revela uma vez mais ser um bom exemplo de como as coisas devem funcionar: existia na clandestinidade, foi reconhecido e regulamentado sem grandes burocracias, deixou-se o mercado funcionar e fiscaliza-se (e pune-se) quem não cumpre. Quanto tempo será preciso para o setor dos transportes copiar o modelo e enfim legalizar Uber, Cabify e afins?
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Tiragem: 2000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Regional
Pág: 8
Cores: Preto e Branco
Área: 22,30 x 33,00 cm²
Corte: 1 de 1ID: 70495625 19-07-2017
• Fernando André Silva
Continua a polémica em torno da bandeira vermelha içada na praia do Faial, com acusações de interesses políticos e de desin-teresse por parte do poder autár-quico, motivando mesmo a co-municado por parte da Câmara de Vila Verde (CMVV).
A CMVV emitiu comunicado sobre a interdição a banhos da praia do Faial, 17 dias depois da bandeira mudar de cor no Faial.
Em nota enviada à comunica-ção social, o município questio-na a mudança para bandeira verde, na praia vizinha de Mere-lim São Paio, e a manutenção da bandeira vermelha na praia do Faial.
“Esta situação revela-se mui-to estranha uma vez que quem acede ao rio pela margem es-querda, ou seja, no concelho de Braga, encontra água própria para banhos, enquanto aqueles que decidirem ter acesso às mes-mas águas pela margem direita, ou seja na praia fluvial do Faial no concelho de Vila Verde, en-contram a bandeira vermelha”, questiona o município de Vila Verde.
No comunicado, a câmara aponta ainda dedos ao lado de Braga, mais precisamente à fre-guesia de Palmeira, onde ale-gadamente existem descargas continuas de resíduos poluen-tes. “Esta situação ainda se torna mais estranha na medida em que
foi identificado um possível foco de contaminação que tem pre-cisamente origem na margem es-querda”, diz ainda o comunica-do.
O comunicado diz ainda que o município “vai continuar a exi-gir uma fiscalização rigorosa aos possíveis focos de contamina-ção e articular com as entidades competentes medidas que pos-sam devolver o mais breve pos-sível este espaço de veraneio aos amantes da praia fluvial do Faial”.
Populares tentaram rasgarbandeira vermelha do Faial
em protesto
Alguns populares retiraram a bandeira vermelha da Praia do Faial, içada no início do mês por ordem de delegados de saúde da ARS Norte, e tentaram rasgar a mesma, sendo impedidos pelos nadadores salvadores.
A situação ocorreu na sexta-fei-ra (14), depois de ter sido retirada a bandeira vermelha da praia de Merelim São Paio, do outro lado da margem do rio Cávado, e em Prado não.
Os nadadores salvadores aca-baram por conseguir “remediar” a situação, e recolocar a bandei-ra no sítio, embora tenha ficado rasgada nas pontas.
“Se do outro lado a contami-nação era maior, e agora já não está contaminada, então é óbvio que deste lado do rio também já não está”, disseram alguns dos
populares, que não quiseram ser identificados com medo de re-presálias.
Bandeira vermelha de Prado deve ver luz verde nos
próximos dias
Segundo o procedimento nor-mal das análises da ARS Norte, o resultado deve sair durante os próximos dias. Se não for deteta-das salmonellas, a bandeira ver-de regressa ao Faial.
Alguns populares lamentam de tal não acontecer a tempo da RTP transmitir o programa em di-reto da praia do Faial
A estação televisiva RTP cance-lou um direto agendado na praia do Faial, Vila de Prado, devido à
bandeira vermelha por presença de salmonellas nas águas do Cá-vado.
Contactada pelo V, Idalina Santos, da produção da RTP Por-to, confirmou mesmo a “troca” de última hora.
O agendamento do programa foi transferido para o Complexo de Lazer de Vila Verde, nas pis-cinas municipais,o que deixou os pradenses insatisfeitos.
Calor foi mais forte que as salmonellas e Faial encheu
A praia do Faial registou no pas-sado domingo (16) a maior en-chente desde que viu a interdi-ção tomar efeito, no passado dia 30 de junho... E muitos corajosos foram a banhos.
Para isso muito contribuiu a nova “bandeira verde”, do ou-tro lado da margem, em Merelim, que sossegou os banhistas.
Ao V, alguns dizem não acredi-tar que a qualidade da água seja má ou que tenha salmonellas.
Os nadadores salvadores tenta-ram convencer a maior parte dos banhistas a não ir a banhos, devi-do à interdição ainda em vigor, mas os banhistas seguiram por conta e risco próprios.
Patrício Araújo também foi a banhos
O vereador do ambiente, Patrí-cio Araújo, também desafiou as autoridades de saúde e foi a ba-nhos no domingo, no Faial. Atra-vés das redes sociais, o vereador natural de Prado publicou fotos onde cuspia água dentro do Cá-vado, e escreveu que não en-controu “nem salmões nem sal-monellas”.
Prado. Bandeiras rasgadas, televisões, salmões e salmonellas
SALOMÉ PESSOABandeira vermelha em Prado durou mais de duas semanas por presença de salmonellas
FERNANdO ANdRÉ SILVAMerelim viu bandeira verde ser içada, depois de um mês interdita a banhos Página 12
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Tiragem: 3500
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Regional
Pág: 9
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Área: 25,51 x 28,35 cm²
Corte: 1 de 1ID: 70515000 20-07-2017
Exercício Físico em utentes com DPOC
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença crónica que pode ser evitável, mas que infelizmente não tem cura. É caracterizada por uma obstrução (aperto) progressiva e persistente na pas-sagem do ar pelas vias respiratórias (brônquios e as suas várias divisões mais pequenas) e está associada à presença de inflamação nessas estruturas.Na maioria dos casos, é provocada por uma resposta anormal do organismo a algumas partículas inaladas ou a gases nocivos, a maior parte provenientes do tabaco, mas também de lareiras e de fogões a lenha/carvão, entre outros.Em doentes com graus mais graves da doença, os brônquios e as suas divisões mais pequenas são sub-metidos a episódios inflamatórios quase contínuos e que vão levar a uma limitação da saída de ar dos pulmões. Ou seja, o ar fica retido nos pulmões, pois não é completamente expulso durante a expiração. Esta inflamação maciça pode provocar também des-truição dos alvéolos, alterando a dinâmica respirató-ria normal.Devido à sensação de dispneia (falta de ar) os utentes com DPOC limitam o seu exercício e atividade física por receio de agravamento da dispneia. No entanto, a prática do exercício físico, nestes utentes, apresenta múltiplos benefícios.
Fortalecer corpo e menteRelativamente aos benefícios físicos, apesar de o exer-cício físico não melhorar diretamente a função pul-monar, verifica-se uma melhoria na função dos ou-tros órgãos e sistemas, aumentando a tolerância ao esforço. Além disso é uma ótima oportunidade para o utente aprender e praticar técnicas de controlo da dispneia, através de técnicas respiratórias e de rela-xamento.A diminuição da ansiedade e depressão são os bene-fícios psicológicos mais evidentes com a prática de exercício físico. Sabe-se também que aumenta a ca-pacidade de gestão da doença de uma forma global.
Caminhar pela saúdeO exercício físico regular, dentro das limitações impos-tas pela dificuldade respiratória, mantém a condição física e reduz a incapacidade. Mesmo aqueles doentes que não têm o hábito de praticar qualquer exercício físico beneficiam com a realização de exercícios gra-duais, particularmente quando estes exercícios estão integrados num programa de reabilitação respiratória.Uma forma simples de praticar exercício físico é fazer caminhadas regulares, preferencialmente 1 hora por dia. A caminhada pode ser seguida ou feita por perío-dos (exp: 2 períodos de 30 minutos, 3 períodos de 20 minutos). O mínimo recomendável é 20 a 30 minutos, 5 dias na semana. Inicie sempre a caminhada num passo confortável para si e em terreno plano. Vá caminhando progressivamen-te aumentando a distância e o tempo a cada dia. Deve começar por períodos mais curtos, por exemplo por 5 a 10 minutos e ir aumentando 5 a 10 minutos por dia até efetuar 1 hora. Se mesmo assim 5 minutos for difícil, caminhe 2 minutos e aumente 10 passos por dia. Pode optar por efetuar marcha sem sair do lugar por períodos progressivos (sobretudo se tem oxigénio não portátil em casa, podendo e devendo exercitar-se com oxigénio). Se é difícil caminhar 2 minutos, mexa os pés para cima e para baixo como se tivesse uma máquina de costura antiga. É sempre possível exercitar os seus músculos.
Controlar a respiraçãoÉ também muito importante fortalecer os membros su-periores, para o ajudar na realização da atividades de vida diárias e controlar a sensação de dispneia. Pode fazer alguns exercícios simples em casa, para isso peça ajuda a um profissional de saúde da área da reabilitação.Quando subir escadas use o corrimão. Suba lentamen-te e planeie pausas. Dê o passo a subir expirando com lábios semi-cerrados e inspire parado.Deve aprender a controlar a sua respiração durante a prática do exercício físico: inspire pelo nariz e expire lentamente com os lábios semi-cerrados (o tempo de deitar o ar fora deve ser o dobro do tempo para encher os pulmões de ar). Se der 2 passos enquanto inspira deve dar 4 passos enquanto expira. O esforço realizado
deve ser sentido de forma leve a moderado. Repouse se sentir agravamento da sua falta de ar.Pequenas mudanças na vida do seu dia-a-dia são gran-des passos para uma vida mais saudável e com mais qualidade: passe menos tempo sentado, faça jardina-gem, evite usar o elevador, deixe o carro na garagem ou longe do seu destino, se utiliza transportes públi-cos saia antes da paragem habitual, vá a pé até ao café. Praticar exercício físico (caminhar, frequentar regu-larmente ginásio, fazer desporto) ter uma alimentação saudável, saber lidar com o stress e ansiedade da vida diária, deixar o tabaco ou nunca o iniciar, são com certeza mudanças para uma vida com mais e melhor qualidade.
Qualidade de vidaVale a pena deixar de fumar, visto que ao fim de 1 ano sem fumar a função pulmonar aumenta em 10%, melhorando a dificuldade em respirar e diminuindo a tosse. O risco de sofrer de doenças cardiovasculares di-minui para metade; ao fim de 10 anos o risco de desen-volver cancro de pulmão reduz também para metade. No seu dia-a-dia faça as suas atividades por ordem de prioridade. Elimine as atividades não necessárias. Pla-neie o seu dia dentro dos seus limites. Saiba em que al-turas do dia está melhor e efetue as tarefas nas alturas do dia em que sente mais energia. Alterne trabalhos pesados com outros mais leves. Não se esqueça de se proteger do frio e do vento e não se exercite no calor intenso ou poluição.Um profissional de saúde da área da reabilitação pode-rá orientá-lo na implementação de um plano de reabi-litação respiratória, com a certeza de que irá melhorar a sua qualidade de vida.
Marina Esteves*Sónia Casado**
Sónia Felgueiras*** Enfermeira (Mestranda em Enfermagem de
Reabilitação) – ULS Nordeste**Enfermeira Especialista em Enfermagem de
Reabilitação – ULS NordesteFonte:
- Aprenda a Viver com a DPOC- www.dpoc.pt
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Tiragem: 32381
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 22
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Área: 15,75 x 28,55 cm²
Corte: 1 de 1ID: 70525655 21-07-2017SÉRGIO AZENHA
Transporte de doentes através da ADSE vai ter tectos máximos
A direcção da ADSE (o sistema de saú-
de dos funcionários e aposentados do
Estado) quer impor limites aos valo-
res cobrados pelo transporte não ur-
gente de doentes que, actualmente,
não estão sujeitos a qualquer tecto,
levando a que os preços praticados
pelas empresas sejam superiores aos
do mercado e do próprio Serviço Na-
cional de Saúde (SNS).
A proposta foi apresentada ontem
aos membros do Conselho Geral e de
Supervisão, durante uma reunião
informal deste órgão que só estará
completo depois da eleição dos re-
presentes dos benefi ciários, marcada
para 19 de Setembro.
Além de criar uma tabela para a
rede convencionada (empresas que
estabelecem convenção com a ADSE)
colocando os preços ao nível dos pra-
ticados pelo SNS, a proposta limita
também os preços praticados quan-
do se trata do regime livre (quando o
benefi ciário adianta o valor e é reem-
bolsado pela ADSE mais tarde).
ADSE vai limitar despesas com transportes de doentes
Caso a tabela seja adoptada, irá
traduzir-se em “poupanças signifi -
cativas quer para os benefi ciários,
quer para a ADSE, face à prática ac-
tualmente em vigor pelos diversos
operadores”, esclareceu ao PÚBLICO
o presidente da ADSE, Carlos Libe-
rato Baptista.
Actualmente o transporte de do-
entes não urgente apenas é possível
no regime livre, mas não há qualquer
valor limite e a ADSE comparticipa
entre 80% a 100% do valor gasto pe-
lo doente. Ora, adianta a ADSE na
proposta que entregou aos represen-
tantes dos sindicatos e dos aposenta-
dos do Estado, “verifi cou-se que as
empresas privadas que operam no
transporte não urgente de doentes,
têm vindo a praticar aos benefi ciários
da ADSE valores substancialmente
superiores aos defi nidos na tabela de
preços máximos a pagar pelo SNS no
transporte não urgente de doentes
em ambulância, sendo que nalguns
casos esses valores são também subs-
tancialmente superiores aos valores
de mercado em vigor”.
De acordo com José Abraão, diri-
gente sindical que tem assento no
Conselho Geral e Supervisão, foram
apresentados alguns exemplos, como
o caso de um benefi ciário a quem a
empresa cobrou 95 euros para fazer
menos de dois quilómetros em Lis-
boa, valor que posteriormente foi
comparticipado pela ADSE.
Agora, na proposta em cima da
mesa, passam a fi xar-se limites se-
melhantes aos do SNS. Por desloca-
ções iguais ou inferiores a 30 quiló-
metros as empresas não poderão
cobrar mais de 25 euros, e por cada
quilómetro a mais o valor de tabela
passa a ser de 51 cêntimos. O tempo
de espera custará 7,5 euros e cada
acompanhante não poderá pagar
mais de dez euros.
Estas tabelas passam a vigorar em
todas as situações mudando apenas
a comparticipação da ADSE, que irá
oscilar entre os 80% e os 100%.
Eleições a 19 de SetembroTambém ontem fi cou decidido que
a eleição dos quatro representantes
dos benefi ciários da ADSE no Conse-
lho Geral e de Supervisão será a 19
de Setembro. A decisão foi tomada
pela comissão eleitoral, um dia de-
pois da publicação do regulamento
eleitoral em Diário da República.
Desde o início do ano, a ADSE pas-
sou a ser um instituto público e foi
criado um conselho, onde têm lugar
representantes dos sindicatos e dos
benefi ciários e cuja competência é
dar parecer (não vinculativo) sobre
as principais decisões que se pren-
dem com o sistema, nomeadamente
a sua abertura a novos benefi ciários e
a revisão das convenções em vigor.
Saúde Raquel Martins
Instituto identificou empresas que praticam valores acima do mercado e vai impor limites máximos equivalentes aos do SNS
[email protected] Página 14
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Tiragem: 64316
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 28
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Corte: 1 de 1ID: 70525988 21-07-2017
Aprovada alteração do Centro Hospitalar ALGARVE O Centro Hospitalar do Algarve vai transformar-se em Centro Hospitàlar e Universitário, uma forma de ajudar a fixar pro-fissionais qualificados na região.
Foi ontem aprovado em Conse-lho de Ministros um decreto-lei que cria esta alteração de denomi-nação do Centro Hospitalar do Al-garve, "de modo a intensificar a in-tegração das atividades de Ensino Superior, investigação e transmis-são do conhecimento científico na prestação de cuidados de saúde".
Na conferência de Imprensa no final do Conselho de Ministro, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse aos jor-nalistas que esta alteração preten-de consolidar a valorização da re-gião algarvia e atrair e fixar jovens médicos.
O diploma ontem aprovado transfere, também, para o Centro Hospitalar do Algarve as compe-tências relativos ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul.•
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Tiragem: 20000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 34
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Área: 24,00 x 30,20 cm²
Corte: 1 de 2ID: 70527058 21-07-2017
L
Inovação terapêutica trava no Ministério da Saúde Há 58 medicamentos inovadores já aprovados pelo Infarmed que continuam à espera de decisão sobre a comparticipação pelo Estado, o que os impede de estar no SNS. Para dois terços destes, os doentes não têm alternativa no mercado.
MIGUEL MAURrTTI [email protected]
Dos 194 novos medicamentos aos quais foi concedida autorização de introdução no mercado pela Auto-ridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), entre 2011 e 2016, 30% ainda aguardam uma decisão sobre a comparticipação pelo Estado, con-dição imprescindível para pode-rem ser utilizados no Serviço Na-cional de Saúde (SNS).
O Ministério da Saúde demora, em média, 598 dias — quase um ano e oito meses — a decidir sobre a comparticipação de novos fárma-cos, um período de tempo e que é, praticamente, mais do que seis ve-zes superior aos 90 dias definidos na Lei, segundo um estudo da Api-farma — Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a que o Jornal Económico teve acesso.
Dos medicamentos inovadores
(primeira indicação), que solicita-ram financiamento público (12% do total não o fizeram), mais de um terço (36%) ainda aguardam decisão sobre a comparticipação, num total de 58 medicamentos. Destes, 38% são indicados no tra-tamento do cancro.
No topo das lista de medicamen-tos a aguardar decisão estão tam-bém fármacos com estatuto de "medicamento órfão", situação que define medicamentos para o trata-mento de doenças para as quais ainda não existe qualquer tipo de tratamento disponível no merca-do. A 31 de maio, eram 17 os me-dicamentos nesta situação, a que se somavam outros 20 medicamentos inovadores para os quais não exis-tiam alternativas terapêuticas.
Em declarações ao Jornal Eco-nómico, o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, recusou co-mentar o estudo, mas defendeu a agilização do acesso aos medica-mentos inovadores.
"Vivemos uma onda de inovação em saúde sem precedentes que não pode continuar a ser ignorada", afirma Almeida Lopes, sublinhan-do que 'cabe aos decisores políti-cos garantir o acesso de todos os portugueses a cuidados de saúde de primeira linha e em tempo útil".
No estudo, foram apenas consi-deradas novas substâncias ativas ou novas combinações fixas de sub-stâncias ativas, à exceção de vacinas.
Dos dados fornecidos pelas em-
Medicamentos inovadores que aguardam decisão de comparticipação já são financiados em países europeus, em 65% dos casos em mais de 10 países
presas farmacêuticas titulares das autorizações de introdução no mercado dos medicamentos in-cluídos no estudo, é ainda possível concluir que mais de dois terços (67,6%) das decisões foram toma-das mais de 12 meses decorridos sobre a submissão do pedido de fi-nanciamento.
Mais de dois terços dos pedidos (71%) aguardam decisão há mais de um ano, 33% dos medicamentos há mais de dois anos e 14% há mais de três anos.
Atrás da Europa Quando se compara a realidade na-cional com a Europeia, os dados mostram que todos os medicamen-tos inovadores que aguardam deci-são de comparticipação em Portu-gal já são financiados em alguns dos outros países europeus, em 65% dos casos em mais de 10 países.
Já quando se compara Portugal com os países utilizados como re-ferência para a formação e revisão
anual de preços, (Espanha, França e Itália), verifica-se que muitos dos medicamentos inovadores que ainda aguardam decisão em Portu-gal já estão disponíveis, com a Es-panha a registar o maior número, com 51% dos 58 medicamentos já financiados, seguida da Itália, com 47%, sendo a França o país com menos nível de acesso, com apenas com 21% dos 58 medicamentos em causa já comparticipados.
Almeida Lopes diz não ter dúvi-das que `os doentes portugueses ambicionam e vão exigir acesso aos mesmos tratamentos disponíveis nos restantes países europeus".
"Se não abreviarmos o acesso tardio e limitado à inovação tera-pêutica corremos o risco de nos distanciarmos gradualmente da Europa em termos de resultados em saúde", avisa. •
Em Parceria com
SAÚDE ONLINE
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Como se vende Portugal
no estrangeiro • P3
REGULAÇÃO
Banco de Portugal impõe mais mulheres no Haitong
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BARÓMETRO EY
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www.jornaleconomico.pt N.', 1894 21 julho 2017 Diretor Filipe Alves . Subdiretores João Madeira e ShrResh Laxmidas !Diretor de Arte Mário Malhão 1 Preço E2,90 (cont.) 1 Semanário, sai às sextas
Governo quer indemnizar fundos do Novo Banco Ministério das Finanças está a negociar uma compensação entre 750 e mil milhões de euros pela transferência de dívida para o BES em 2015 • Em contrapartida, BlackRock e Pimco comprometem-se a investir em dívida pública • Operação de troca de obrigações anunciada na próxima semana P14 e Última
SISTEMA FINANCEIRO
PSD propõe bancos a participar nas decisões de resolução Partido entregou no Parlamento um pacote legislativo para melhorar a supervisão bancária. Medidas pro-postas incluem a nomeação da Asso-ciação Portuguesa de Bancos na di-reção do Fundo de Resolução. • P3
ENTREVISTA
Assunção Cristas:
"É um escândalo ter zonas
tão degradadas em Lisboa"
Candidata do CDS-PP à Câmara Municipal da capital critica a gestão de Fernando Medina, que acusa de menosprezar as políticas de habitação. Líder centrista considera ainda
que António Costa é "incapaz de resolver uma crise". e P4
EMPREGO
Os 175 mil jovens que não estudam nem trabalham IEFP quer chegar aos jovens que estão fora dos serviços de empre-go. Conta com 1.500 parceiros e o apoio da Organização Internacio-nal do Trabalho. • P32
SAUDE
Governo trava medicamentos inovadores Há 58 medicamentos aprovados pelo Infarmed que aguardam deci-são sobre comparticipação pelo Estado. • P34
EMPRESAS
Visabeira lança nova expansão internacional
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Tiragem: 32381
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 70525694 21-07-2017
Demência afectará 47 milhões de pessoas no mundo
Pode causar estranheza aos leigos,
mas a prevenção da demência não é
um assunto só para velhos: aumen-
tar a educação durante os primei-
ros anos de vida e apostar, especi-
fi camente, no combate à perda de
audição pode reduzir a incidência
de demência. Juntamente com um
combate à hipertensão e obesidade
na meia-idade, a diminuição pode
chegar aos 20%. As conclusões foram
publicadas na The Lancet e trazem
uma mensagem de optimismo: um
em cada três casos desta síndrome
são evitáveis. E nem sequer são pre-
cisos medicamentos para isso.
A ideia não é nova — mas é a pri-
meira vez que se chega a um número
tão animador: 35% dos casos (o tal
um em cada três) está relacionado
com factores de risco que podemos
contornar. O relatório da primeira
Comissão para a Prevenção e Cuida-
dos da Demência da Lancet, apresen-
tado na Conferência Internacional da
Associação Alzheimer 2017, identifi -
cou nove factores de risco. Com essa
lista em mente, o fardo global da de-
mência pode ser menos pesado.
“Tem havido um grande foco no
desenvolvimento de medicamentos
para prevenir a demência, incluindo
a doença de Alzheimer”, relata Lon
Schneider, membro da conferência
internacional em que o estudo foi
apresentado e professor de psiquia-
tria e ciências comportamentais na
Keck School of Medicine, nos EUA.
Mas a solução, prossegue, pode pas-
sar por deixar os medicamentos na
gaveta: “Não podemos perder de vis-
ta os reais avanços que já fi zemos no
tratamento da demência, incluindo
abordagens preventivas.”
A prevenção, recomendam os 24
especialistas internacionais envol-
vidos neste estudo, passa por uma
revisão do estilo de vida. Além das
mudanças já referidas, o estudo diz
ainda que, numa idade avançada,
parar de fumar, tratar a depressão,
aumentar a actividade física e o con-
tacto social e controlar a diabetes po-
Um em cada três casos de demência é evitável — e sem recorrer a medicamentos
de reduzir a incidência da demên-
cia em mais de 15%. “Reduzindo os
factores de risco, o potencial efeito
sobre a demência é maior do que po-
demos imaginar que sejam os efeitos
de medicamentos actuais e experi-
mentais”, realça Lon Schneider.
A demência é uma doença cere-
bral incurável e progressiva, sendo
a Doença de Alzheimer e a Demência
Vascular as formas mais comuns. No
mundo, estima-se que cerca de 47 mi-
lhões de pessoas têm algum tipo de
demência. E o futuro não traz boas
notícias: prevê-se um aumento desse
número para 66 milhões em 2030. E
115 milhões em 2050.
A comissão de especialistas estu-
dou também os efeitos de interven-
ção sem medicamentos em doentes
com demência e percebeu que essa
abordagem pode ter um papel im-
portante, especialmente quando
procuram resolver problemas como
agitação e agressividade.
“Drogas antipsicóticas são geral-
mente utilizadas para tratar a agi-
tação e agressividade, mas há uma
preocupação acerca destas drogas
por causa de um aumento do risco de
morte, problemas cardiovasculares
e infecções, para não mencionar a
sedação excessiva”, sublinha. Então,
qual é a alternativa? “Intervenções
psicológicas, sociais e ambientais
como contacto social são mais efi ca-
zes”, aponta, acrescentando também
o benefício de “intervenções não me-
dicamentosas como terapia de esti-
mulação cognitiva em grupo”.
Saúde Mariana Correia Pinto
Estudo na revista The Lancet sugere nove comportamentos para diminuir o risco de demência
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que, iam dos mil aos três mil euros, dependendo do tipo de "acompa-nhamento" dado ao candidato à pensão de invalidez.
Nos últimos anos, a Segurança Social recebeu várias outras quei-xas de práticas idênticas, mas em nenhuma foi possível obter pro- vas de ilegalidade. -
Outro caso com romenos Fonte da Segurança Social disse ao IN que, para além deste caso, foi comunicada ao Ministério Pú-blico uma fraude que envolveu mais de uma centena de rome-nos, que recebiam rendimento social de inserção (RSI) de forma ilegal.
O esquema usado era relativa-mente simples. Consistia na ida para a região minhota de dezenas de cidadãos daquele pais, que se radicavam como "sucateiros" e que fazendo os respetivos des-contos. Ao fim de seis ou sete me-ses, declaravam-se como desem-pregados e passavam a receber o rendimento social de inserção, através de transferência bancária. Regressavam então à Roménia e ficavam ali a gozar os rendimen-tos.
A fraude foi descoberta e o RSI controlado. Mas a investigação tem dificuldades em arranjar pro-vas, dado que os beneficiários es-
Pedidos de reavaliação da pensão foram entregues na Segurança Social de Braga tão ausentes do país.*
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Braga Segundo o Ministério Público, cobravam entre mil e três mil euros por atestado para falsa invalidez
Três médicos acusados de fraude com reformas Luis Moreira [email protected]
► O Ministério Público do Depar-tamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Braga deduziu acusação contra três médicos daquela cidade, imputando a um deles - muito conhecido na Se-gurança Social do distrito - a prá-tica de onze crimes de burla tri-butária, dos quais seis na forma tentada, e de um crime de atesta-do falso, e aos outros dois a prá-tica de um crime de burla na for-ma tentada.
Os factos reportam-se à instru-ção perante a Comissão de Recur-sos do Centro Distrital de Seguran-ça Social de Braga, nos anos de 2011, 2012 e 2013, de pedidos de reavaliação da situação de benefi-ciários requerentes de pensão de invalidez a quem a comissão de verificação do mesmo Centro Dis-trital negara a pensão.
De mil a três mil euros De acordo com a acusação, os pe-didos de 12 requerentes foram ins-truídos com declarações e relató-rios médicos de especialidades vá-rias falsos, que um dos arguidos providenciava, sustentados depois pelos arguidos em sede de comis-são de recurso, quando represen-tavam os requerentes.
Os médicos cobravam verbas
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Clínicos e farmacêutica julgados por burlar Estado com receitas
AMARANTE Uma médica dentista, um médico e uma farmacêutica vão ser julgados por crimes de bur-la, falsificação e falsidade informá-tica, no âmbito de um esquema de receituário médico falso que per-mitiu obter do Estado compartici-pações em cerca de 82 mil euros. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Marco de Canaveses, que confirmou a acu-sação proferida pelo Ministério Pú-blico.
A atuação dos arguidos desenro-lou-se em tomo de uma farmácia em Amarante, pelo menos entre ja-neiro de 2011 e agosto de 2012. Se-gundo uma nota da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, os médicos "preencheram receitas, fazendo constar das mesmas nomes de doentes e prescrições de medica-mentos com comparticipações ele-vadas, completando-as com a iden-tificação e vinheta profissional". Depois, as receitas eram ficticia-mente aviadas na referida farmácia.
Na contabilidade da farmácia fi-cavam as constar as vendas, o que servia posteriormente para apre-sentar ao Estado, através da Admi-nistração Regional de Saúde do Norte, pedidos de comparticipa-ções que ascenderam a mais de 82 mil euros. Os lucros eram depois repartidos a meias entre a farma-cêutica e os dois médicos. •
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