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Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição Deusvaldo Carvalho Série Provas e Concursos Capítulo 16. Demonstrações Contábeis 16.3.3. Questões de Concursos Públicos Balanço Orçamentário 1. (Cespe TRT-10 a Região Contabilidade 2012) O inciso V, do art. 29, da LRF conceitua refinanciamento da dívida mobiliária da seguinte forma: “emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.” Ora, se o refinanciamento da dívida mobiliária representa a emissão de títulos públicos para fins de pagamento de dívidas/empréstimos anteriormente tomados, esta operação gera receita e concomitante despesa. Assim, devem ser evidenciadas destacadamente no Balanço Orçamentário, O § 1 o , do art. 52, da LRF estabelece que os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida, dentro do relatório resumido da execução orçamentária RREO. É importante esclarecer que o Balanço Orçamentário é parte integrante do RREO. Gabarito: Certo. 2. (Cespe FNDE 2012) Segundo o art. 102 da Lei n o 4.320/1964, o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Em sua estrutura, deve evidenciar as receitas e as Despesas Orçamentárias por categoria econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrar o resultado orçamentário e discriminar: a) as receitas por fonte (espécie); e b) as despesas por grupo de natureza. O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica, origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo a realizar. Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. Gabarito: Certo. 3. (Cespe EBC Analista-Contador 2011) Com as informações prestadas não há como afirmar o resultado corrente da execução orçamentária. Perceba que a questão informa a receita corrente PREVISTA e a despesa corrente EXECUTADA. Precisaríamos saber também (ou ter como calcular) a receita corrente arrecadada.

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Orçamento e Contabilidade Pública, 6ª Edição

Deusvaldo Carvalho

Série Provas e Concursos

Capítulo 16. Demonstrações Contábeis

16.3.3. Questões de Concursos Públicos – Balanço Orçamentário

1. (Cespe – TRT-10a Região – Contabilidade – 2012)

O inciso V, do art. 29, da LRF conceitua refinanciamento da dívida mobiliária da

seguinte forma: “emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da

atualização monetária.”

Ora, se o refinanciamento da dívida mobiliária representa a emissão de títulos públicos

para fins de pagamento de dívidas/empréstimos anteriormente tomados, esta operação

gera receita e concomitante despesa. Assim, devem ser evidenciadas destacadamente no

Balanço Orçamentário,

O § 1o, do art. 52, da LRF estabelece que os valores referentes ao refinanciamento da

dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas

despesas com amortização da dívida, dentro do relatório resumido da execução

orçamentária – RREO. É importante esclarecer que o Balanço Orçamentário é parte

integrante do RREO.

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – FNDE – 2012)

Segundo o art. 102 da Lei no 4.320/1964, o Balanço Orçamentário demonstrará as

receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

Em sua estrutura, deve evidenciar as receitas e as Despesas Orçamentárias por categoria

econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução,

demonstrar o resultado orçamentário e discriminar:

a) as receitas por fonte (espécie); e

b) as despesas por grupo de natureza.

O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica,

origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o

exercício, a receita realizada e o saldo a realizar.

Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da

despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as

despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação.

Gabarito: Certo.

3. (Cespe – EBC – Analista-Contador – 2011)

Com as informações prestadas não há como afirmar o resultado corrente da execução

orçamentária. Perceba que a questão informa a receita corrente PREVISTA e a despesa

corrente EXECUTADA. Precisaríamos saber também (ou ter como calcular) a receita

corrente arrecadada.

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Gabarito: Errado.

4. (Cespe – DPU – Contador – 2010)

Resultado Orçamentário = receita realizada – despesa executada

Resultado Orçamentário = 4.200.000 – 4.300.000

Resultado Orçamentário = –100.000 (negativo)

Gabarito: Letra c.

5. (Cespe – TCU – TFCE – 2009)

Há apenas dois itens que poderiam suscitar dúvida no candidato:

“Rolagem da dívida”: rolar a dívida é não pagá-la efetivamente, ou seja, obter um novo

empréstimo para pagar o vencendo. Como está na coluna das receitas, a “rolagem da

dívida” indica o ingresso de recursos oriundos dessa operação de crédito, sendo,

portanto, uma Receita de Capital – Operações de Crédito.

“Juros”: essa é uma pegadinha frequente em concursos. Os juros e demais encargos

pagos devem ser classificados como Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida.

Apenas a amortização do empréstimo e sua atualização monetária ou cambial que

devem ser classificados como Despesa de Capital – Amortização da Dívida.

Cálculo do resultado orçamentário CORRENTE:

(1) RECEITAS CORRENTES 350

Receitas tributárias 350

(2) DESPESAS CORRENTES 210

Pessoal e encargos 75

Outros custeios 70

Juros 65

(3=1–2) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO CORRENTE 140

Assim, o superávit do orçamento corrente NÃO foi de R$ 205 milhões, conforma

afirma a questão, mas sim de R$ 140 milhões, motivo pelo qual a questão está errada. O

superávit do orçamento corrente de R$ 140 milhões será no próximo exercício uma

receita de capital não orçamentária (fonte extraorçamentária de recursos).

Gabarito: Errado.

6. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários

informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,

econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas

mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão, para a adequada prestação de

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contas e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social (NBC T

16.1).

As demonstrações contábeis são exatamente a materialização do objetivo das ciências

contábeis: elas prestam informações de natureza orçamentária, econômica, financeira e

física do patrimônio público, como também suas mutações.

Gabarito: Errado.

Com base na estrutura de Balanço Orçamentário prevista no Anexo 12 da Lei n.º

4.320/1964 e apresentada acima, julgue os próximos itens.

7. (Cespe – Auditor/Secont-ES 2009)

A questão está idêntica à Lei nº 4.320/1964, artigo nº 102: “O Balanço Orçamentário

demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.”. CERTO.

8. (Cespe – Auditor/Secont-ES 2009)

O resultado orçamentário do exercício é obtido do confronto entre as receitas

arrecadadas e despesas executadas. ERRADO.

9. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

Ocorre o inverso: sob a ótica orçamentária, considera-se realizada a receita que tenha

sido arrecadada, independentemente da ocorrência do fato gerador.

Gabarito: Errado.

10. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

Essa foi moleza! Nem é preciso fazer cálculos, pois a resposta já está no Balanço

Orçamentário: déficit de R$ 20 mil.

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O resultado orçamentário do exercício (ROE) é a diferença entre a soma das receitas e

despesas executadas.

ROE = receita executada – despesa executada

ROE = 490.000 – 510.000

ROE = - 20.000 (negativo)

Gabarito: Errado.

11. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

Como houve um déficit de arrecadação de R$ 22 mil, ou seja, uma diferença negativa

entre a receita prevista e a efetivamente arrecadada, pode-se afirmar, de fato, que o

resultado orçamentário deficitário foi influenciado pelo desempenho abaixo do esperado

da arrecadação de receitas.

Gabarito: Certo.

12. (Cespe – TRE-MG – Técnico – 2009 – Adaptada)

Na coluna “autorizado” consta a dotação inicial aprovada na Lei Orçamentária Anual

mais os créditos adicionais autorizados no transcurso do exercício, os quais modificam a

LOA inicialmente aprovada. Como os valores empenhados por programa, e

consequentemente no total, são iguais ou inferiores aos valores autorizados, não houve

descumprimento da LOA.

Gabarito: Errado.

13. (Cespe – TRE-MG – Técnico – 2009 – Adaptada)

Com os dados apresentados na questão não há como afirmar o valor liquidado.

Gabarito: Errado.

14. (Cespe – Inmetro – Analista –2009)

A inscrição de empenhos em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e o seu

pagamento em exercício posterior uma Despesa Extraorçamentária.

Gabarito: Certo.

15. (Esaf – DNIT – Contador – 2013)

a) A apuração de superávits de capital e corrente simultâneos NÃO implica em

superávit financeiro no Balanço Patrimonial. São cálculos distintos. O superávit

financeiro é a diferença positiva entre Ativo Financeiro e Passivo Financeiro. Já os

superávits do Balanço Orçamentário apenas indica arrecadação de receita maior do que

a realização de despesa. Pode-se obter superávit orçamentário (BO) e déficit financeiro.

Errado.

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b) O resultado apurado no Balanço Orçamentário NÃO se confunde com o resultado

financeiro porque este (resultado financeiro) inclui receitas e Despesas

Extraorçamentárias. Errado.

c) Conforme o MCASP/2012, o Balanço Orçamentário, definido pela Lei no

4.320/1964, demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

Em sua estrutura, deve evidenciar as receitas e as Despesas Orçamentárias por categoria

econômica, confrontar o orçamento inicial e as suas alterações com a execução,

demonstrar o resultado orçamentário e discriminar:

a) as receitas por fonte (espécie); e

b) as despesas por grupo de natureza.

O Balanço Orçamentário apresentará as receitas detalhadas por categoria econômica,

origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o

exercício, a receita realizada e o saldo a realizar.

Demonstrará também as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da

despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as

despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação.

Certo.

d) O que significa capitalizar e descapitalizar para as finanças públicas? Exemplo de

capitalização: amortização de dívida. Exemplo de descapitalização: empréstimos

tomados.

Em determinado exercício financeiro, quando o estado amortiza sua dívida em valor

superior aos empréstimos tomados considera-se capitalização, ao contrário,

descapitalização. Errado.

e) A ocorrência de insuficiência na arrecadação das receitas de capital leva à ocorrência

de déficit no orçamento de capital. Errado.

Gabarito: Letra c.

16. (Esaf – MDIC – ACE – 2012)

A Lei Orçamentária Anual é aprovada com uma previsão inicial da receita e despesa.

Ao longo do exercício financeiro ambas irão sofrer alterações (mediante lei), ocorrendo,

assim, nova previsão de arrecadação de receita e de execução de despesa (é o que a

questão chama da “previsão atualizada”).

A questão refere-se ao “desequilíbrio” orçamentário como sendo despesas superando

receitas.

Vamos analisar as opções:

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a) A despesa fixada é o limite, o teto imposto para execução da despesa. Assim, é

vedada a emissão de empenhos acima desse limite. Errado.

b) Com a deficiência de ingresso financeiro o ente deve diminuir a execução de

despesas, daí a existência da previsão ATUALIZADA da receita e despesa. Errado.

c) A receita insuficientemente estimada quer dizer que serão arrecadados mais recursos

do que o previsto, ou seja, foi efetuada uma previsão a menor de receita (menos do que

o real).

O excesso na fixação da despesa quer dizer que serão executadas menos despesas do

que o previsto, ou seja, foi efetuada uma previsão a maior de despesa (mais do que será

de fato realizada).

Assim, ambas as situações citadas na opção (insuficiência na estimação da receita ou

excesso na fixação da despesa) resultará em uma execução orçamentária positiva, seja

pela arrecadação maior do que a prevista ou pela execução de despesas menor do que a

prevista. Errado.

d) As fases de execução da despesa são imprescindíveis e ocorrem necessariamente

nesta ordem: empenho, liquidação e pagamento. Não podem ser pagas despesas sem que

tenham sido formalmente liquidadas. Errado.

e) O superávit financeiro proveniente do exercício anterior é uma fonte

extraorçamentária de recursos, as quais podem ser utilizadas no exercício financeiro em

curso, resultando, assim, em Despesas Orçamentárias. Portanto, a utilização do

superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior causará um

desequilíbrio orçamentário, execução de despesas ORÇAMENTÁRIAS acima das

receitas ORÇAMENTÁRIAS. Certo.

Gabarito: Letra e.

17. (Esaf – Susep – Analista Administrativo – 2010)

Observe que o comando da questão pede a opção falsa!

a) O BO demonstra toda a despesa empenhada. Assim, contempla a despesa liquidada

ou não no exercício. Portanto, a despesa empenha e não liquidada (Restos a Pagar não

processados) constam nesta demonstração contábil. Certo.

b) O BO não é fluxo de caixa. O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e despesas

previstas em confronto com as realizadas. O fluxo de caixa é evidenciado no Balanço

Financeiro. Isto porque o BF contempla os ingressos orçamentários e

extraorçamentários. Já o BO demonstra apenas os recursos orçamentários. Errado.

c) Os ingressos financeiros recebidos do órgão central são receitas. Assim, são

registrados do lado das receitas. Certo.

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d) Esta é para você não errar! A diferença positiva entre a receita de capital realizada e a

Despesa de Capital liquidada constitui o superávit de capital. Certo.

e) O montante dos valores pagos no exercício é evidenciado no Balanço Financeiro.

Certo.

Opção ERRADA, letra b.

Gabarito: Letra b.

18. (Esaf – CGU – AFC – Desenvolvimento Institucional – 2008)

Questão bastante fácil! Exigiu apenas conhecimentos conceituais.

O que significa déficit de capital?

Receita de Capital Realizada < Despesa de Capital Realizada, demonstra que houve

déficit de capital;

Exemplo de resultado de capital deficitário:

Receitas de Capital arrecadadas 30

(-) Despesas de Capital executadas (50)

(=) Déficit de capital (20)

(30 – 50 = –20), portanto, déficit de capital = -20

Gabarito: Letra b

19. (Esaf – MPOG – APO – 2008)

Conforme o art. 102 da Lei no 4.320/1964, o Balanço Orçamentário (BO) demonstrará

as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

Assim, o resultado apurado no Balanço Orçamentário (déficit ou superávit) inclui só as

receitas arrecadadas comparando-as com as despesas executadas.

Cálculos:

a) O déficit ou superávit de capital é apurado somando-se as receitas de capital

arrecadadas e subtraindo-se as Despesas de Capital executadas.

Receitas de Capital arrecadadas 700

(-) Despesas de Capital executadas (1.300)

= Déficit de capital (600)

Conclusão: Déficit de capital no valor de R$ 600.

b) O déficit ou superávit corrente é apurado somando-se as receitas correntes

arrecadadas e subtraindo-se as despesas correntes executadas.

Receitas Correntes arrecadadas 2.150

(-) Despesas Correntes executadas (1.250)

= Superávit Corrente (900)

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Conclusão: superávit corrente de R$ 900.

c) O superávit orçamentário é apurado somando-se todas as receitas arrecadadas e

subtraindo-se das despesas executadas.

Receitas arrecadadas 2.850

(-) Despesas Correntes executadas (2.550)

= Superávit corrente (300)

Conclusão: superávit orçamentário de R$ 300.

d) O excesso de arrecadação é apurado utilizando-se só os dados do lado das receitas,

comparando-se as receitas previstas com as receitas arrecadadas.

Quando a Receita prevista > Receita arrecadada haverá insuficiência ou déficit de

arrecadação (frustração de receita).

Receitas previstas 3.000

(-) Receitas executadas (2.850)

= Déficit de arrecadação (150)

Conclusão: déficit de arrecadação de R$ 150.

e) Apura-se a economia de Despesas de Capital comparando a despesa fixada com a

executada.

Despesa de Capital fixada 1.600

(-) Despesa de Capital executada (1.300)

= Economia de Despesa de Capital (300)

Conclusão: Economia de Despesa de Capital de R$ 300.

Portanto,

Gabarito: Letra c.

20. (FCC – MP-SE – Analista – Contabilidade – 2009)

Atente-se para os conceitos:

Resultado da Execução

Orçamentária =

Receita

Arrecadada – Despesa Executada

Economia Orçamentária

(economia de despesa) = Despesa Fixada > Despesa Executada

Excesso de Arrecadação (superávit

de arrecadação) =

Receita

Arrecadada > Receita Prevista

Superávit Financeiro = Ativo Financeiro > Passivo Financeiro

a) Superávit na Arrecadação = Receita Arrecadada – Receita Prevista

Superávit na Arrecadação = 120 – 100 = 20. Errado.

b) Não existe o indicador déficit de previsão, mas apenas déficit ou superávit de

arrecadação. Errado.

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c) Cálculo das disponibilidades financeiras:

Receitas arrecadadas 120

Despesas pagas (60)

Variação da disponibilidade financeira (acréscimo) 60

Errado.

d) Excesso de Arrecadação = Superávit de Arrecadação

Vide resolução da opção a. Errado.

e) ATIVO FINANCEIRO = Receitas Arrecadadas – Despesas Pagas

AF = 120 – 60

AF = 60

PASSIVO FINANCEIRO = Despesas Realizadas – Despesas Pagas

PF = 90 – 60

PF = 30 (exatamente os Restos a Pagar processados)

Superávit Financeiro = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro

Superávit Financeiro = AF – PF = 60 – 30

Superávit Financeiro = 30. Certo

Gabarito: Letra e.

21. (FCC – TJ-PI – Analista – 2009)

Eis os conceitos cobrados nessa questão:

Economia orçamentária = despesa executada < despesa fixada

Superávit orçamentário = receita arrecadada > despesa executada

Superávit de arrecadação = receita arrecadada > receita prevista

Vamos verificar cada opção:

a) Ocorreu o inverso: execução de despesa maior que a despesa fixada.

Despesa fixada 1.100.000

Despesa executada (1.130.000)

Diferença (30.000)

Errado.

b) Ocorreu o inverso: excesso de arrecadação.

Receita prevista (1.170.000)

Receita executada (arrecadada) 1.180.000

Diferença (excesso de arrecadação) 10.000

Errado.

c) Perfeito! Conforme demonstrado acima. Certo.

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d) Ocorreu o inverso: superávit orçamentário de R$50.000,00.

Receita executada (arrecadada) 1.180.000

Despesa executada (1.130.000)

Superávit orçamentário 50.000

Errado.

e) A despesa executada excedeu a despesa prevista em R$ 30.000, conforme resolução

da opção “A”. Errado.

Dica: Observe que os cálculos constantes na resolução do exercício são apenas para fins

de demonstração, já que o Balanço Orçamentário já informa os dados e apura todos os

resultados. Portanto, compreenda a sistemática do demonstrativo, pois assim você

ganhará tempo para resolver a questão durante a prova.

Portanto,

Gabarito: Letra c.

22. (FCC – TRF-5a Região – Analista – 2008)

Vamos rever os principais conceitos:

Economia orçamentária = despesa executada < despesa fixada

Superávit orçamentário = receita arrecadada > despesa executada

Superávit de arrecadação = receita arrecadada > receita prevista

A questão pede a economia orçamentária:

Despesa fixada (prevista) 760

Despesa executada (715)

Diferença (economia orçamentária) 45

Gabarito: Letra d.

23. (FCC – TRF-5a Região – Analista – 2008)

Receita executada (arrecadada) 765

Despesa executada (715)

Resultado da execução orçamentária (superávit) 50

Novamente! Dica: Os cálculos constantes na resolução dos exercícios são apenas para

fins de demonstração. Observe que o Balanço Orçamentário já informa os dados e apura

todos os resultados. Portanto, compreenda a sistemática do demonstrativo, assim você

ganhará tempo para resolver a questão durante a prova.

Gabarito: Letra d.

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24. (FCC – MPE-PE – Analista Min. Contabilidade – 2012)

O comando da questão pede uma situação que ocorre economia de despesa, ou seja,

análise apenas do lado das despesas.

B. Desempenho da execução de despesas:

Análise do desempenho da execução de despesas:

DESPESA FIXADA > DESPESA

REALIZADA =

ECONOMIA DE

DESPESA

DESPESA FIXADA < DESPESA

REALIZADA = EXCESSO DE DESPESA

DESPESA FIXADA = DESPESA

REALIZADA = RESULTADO NULO

A economia de despesa (também denominada de economia orçamentária) resulta de

uma execução de despesa abaixo da fixada. Tal economia não necessariamente informa

algo positivo, pois, a priori, demonstra que o Estado não prestou serviços ou não

efetuou os investimentos necessários autorizados pelo Legislativo, ou seja, as demandas

da população podem estar sendo frustradas.

O excesso de despesa resulta em execução de despesa acima da fixada pelo Poder

Legislativo, portanto, trata-se de uma situação de inconsistência, vedada pela legislação.

Gabarito: Letra a.

25. (FCC – TRE-RN – Analista Judiciário – Área Contabilidade – 2011)

Contas R$

Receitas Correntes

Impostos 120

Imobiliárias 80

Receitas de Capital

Operações de crédito 100

Concessões e permissões 50

Alienação de bens móveis 200

Total das Receitas (Corrente e de Capital) 550

Despesas

Correntes

Aquisição de livros 80

Aquisição de combustível 40

Salário de pessoal 160

De capital

Aquisição de computadores 50

Aquisição de imóvel 170

Total das despesas 500

Resultado orçamentário:

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Total das Receitas 550

(-) Total das Despesas (500)

= Resultado Orçamentário superavitário 50

Resultado corrente:

Total das Receitas Correntes 200

(-) Total das Despesas Correntes (280)

= Resultado Orçamentário corrente deficitário (80)

Observação 1: As receitas de capital foram superiores às correntes em R$ 150.

Observação 2: As despesas correntes superaram as de capital em R$ 60.

Gabarito: Letra a.

Gabarito:

1. c – 2. c – 3. e – 4. c – 5. e – 6. e – 7. c – 8. e – 9. e – 10. e – 11. c – 12. e – 13. e – 14.

c 15. c 16. e 17. b – 18. b – 19. c – 20. e – 21. c – 22. d – 23. d – 24. a – 25. a.

16.4.3. Questões de concursos públicos – Balanço Financeiro

1. (Cespe – TRT-10a Região – Contabilidade – 2012)

Às vezes podem-se resolver questões apenas com o conhecimento da estrutura das

demonstrações contábeis. Esta questão é um exemplo. Aí está a importância de haver

“mentalização” da estrutura das DC.

Observe a estrutura do BF:

INGRESSOS/RECEITAS DISPÊNDIOS/DESPESAS

Especificação An

o

X1

*

Ano

X0*

Especificação An

o

X1

*

Ano

X0*

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RECEITA ORÇAMENTÁRIA

(I)

Ordinária

Vinculada

.Previdência Social

.Transferências

obrigatórias de outro ente

.Convênios

(...)

(-) Deduções da Receita

Orçamentária

TRANSFERÊNCIAS

FINANCEIRAS RECEBIDAS

(II)

RECEBIMENTOS

EXTRAORÇAMENTÁRIOS

(III)

SALDO EM ESPÉCIE DO

EXERCÍCIO ANTERIOR

(IV)

$ $ DESPESA ORÇAMENTÁRIA

(VI)

Ordinária

Vinculada

.Previdência Social

.Transferências

obrigatórias de outro ente

.Convênios

(...)

TRANSFERÊNCIAS

FINANCEIRAS

CONCEDIDAS (VII)

PAGAMENTOS

EXTRAORÇAMENTÁRIOS

(VIII)

SALDO EM ESPÉCIE PARA

O EXERCÍCIO SEGUINTE

(IX)

$ $

TOTAL (V) = (I+II+III+IV) TOTAL (X) =

(VI+VII+VIII+IX)

* X1 = exercício atual e X0 = exercício anterior.

Portanto, conforme se observa dentro da estrutura do BF, as transferências recebidas,

independentemente, se obrigatórios, voluntárias etc. são evidenciadas dentro dos

ingressos orçamentários, e não extraorçamentários como afirmado no comando da

questão.

Gabarito: Errado.

2. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

O valor dos empenhos inscritos em Restos a Pagar no exercício serão computados na

Receita Extraorçamentária para compensar sua inclusão na Despesa Orçamentária

(parágrafo único, art. 103, Lei no 4.320/1964).

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A Despesa Orçamentária gerada com a inscrição do empenho em Restos a Pagar acaba

sendo demonstrada no Balanço Financeiro, entretanto, ela não foi de fato paga, ou seja,

não houve desembolso financeiro com a inscrição do empenho em Restos a Pagar.

Dessa forma, para que a Despesa Orçamentária gerada pela inscrição de empenhos em

Restos a Pagar não interfira no resultado financeiro do período, é necessária a inserção

de uma Receita Extraorçamentária no mesmo valor, para compensar essa despesa.

A questão informa que, do total de R$ 80 da Despesa Orçamentária, há neste valor

R$30 correspondente a empenhos inscritos em Restos a Pagar. Dessa forma, temos que

lançar R$ 30 em Receitas Extraorçamentárias.

Com os dados informados na questão temos o seguinte Balanço Financeiro:

RECEITAS DESPESAS

Orçamentárias 100 Orçamentárias 80

Extraorçamentárias 30 Extraorçamentárias 0

Saldo do exercício anterior 0 Saldo para o próximo ano ???

TOTAL 130 TOTAL 130

A coluna das receitas (100 + 30 = 130) deve totalizar o mesmo valor da coluna das

despesas, motivo pelo qual esta também totaliza R$ 130.

Cálculo:

SALDO PARA PRÓXIMO ANO = 130 – 80 = 50

Como o saldo proveniente do exercício anterior foi zero, o saldo que irá para o próximo

ano será o próprio resultado financeiro do exercício, motivo pelo qual a questão está

Gabarito: Certo.

3. (Cespe – EBC – Analista-Contador – 2011)

Lembre-se: O saldo que vai para o próximo exercício não terá necessariamente o

mesmo valor do resultado financeiro do período.

Exemplo: BALANÇO FINANCEIRO em 31/12/XX

RECEITAS DESPESAS

Orçamentárias 100 Orçamentárias 105

Extraorçamentárias 10 Extraorçamentárias 10

Saldo do exercício anterior 20 Saldo para o próximo ano 15

TOTAL 130 TOTAL 130

Cálculo do resultado financeiro do período:

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RECEITAS

orçamentários e

extraorçamentários

DESPESAS

orçamentários e

extraorçamentários

= Resultado

financeiro

(100 + 10) – (105 + 10) = (5)

ou

saldo para o exercício

seguinte –

saldo proveniente do

exercício anterior =

Resultado

financeiro

15 – 20 = (5)

Nesse exemplo, o resultado financeiro do período foi negativo em $5, pois utilizou

todos as receitas ($ 110) mais $ 5 do saldo do exercício anterior.

Entretanto, o desempenho financeiro negativo no exercício não impediu que ainda assim

houvesse saldo financeiro de $ 15 para o próximo exercício.

Conclusão: o saldo que vai para o próximo exercício não terá necessariamente o

mesmo valor do resultado financeiro do período.

Gabarito: Errado.

4. (Cespe – DPU – Contador – 2010)

A inscrição do empenho em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária.

Entretanto, já que o pagamento não foi efetuado, é registrada uma Receita

Extraorçamentária no Balanço Financeiro, no mesmo valor, para anular essa Despesa

Orçamentária (cujo pagamento não foi de fato processado).

Portanto, a inscrição de empenho em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e

consequente Receita Extraorçamentária meramente “escritural”. O pagamento de Restos

a Pagar no exercício seguinte será uma Despesa Extraorçamentária.

Todavia, a questão tentou confundir o candidato mencionando os Restos a Pagar,

considerando tais detalhes que envolvem o assunto.

Observe que foi solicitado simplesmente o resultado financeiro do exercício. Para tanto,

basta subtrair os valores que constam no demonstrativo.

Há duas formas de cálculo:

1a forma: Resultado Orçamentário do Exercício é igual ao total das receitas menos o

total das despesas:

ROE = 14.450.000 – 14.490.000

ROE = - 40.000 (negativo)

2a forma: Resultado Orçamentário do Exercício é igual “saldo para o exercício

seguinte” menos “saldo do exercício anterior”.

ROE = 10.000 – 50.000

ROE = - 40.000 (negativo)

Gabarito: Letra b.

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5. (Cespe – Antaq – Analista – 2009)

De fato há duas seções (receitas e despesas) que se igualam na totalização, mas o saldo

que passa para o exercício seguinte consta ao final da parte da despesa e os saldos do

exercício anterior constam ao final das receitas.

RECEITAS DESPESAS

Orçamentárias Orçamentárias

Extraorçamentárias Extraorçamentárias

Saldo do exercício anterior Saldo para o próximo ano

TOTAL TOTAL

ERRADO.

6. (Cespe – Antaq – Analista – Ciências Contábeis – 2009)

BALANÇO FINANCEIRO

RECEITAS DESPESAS

Orçamentárias Orçamentárias

Extraorçamentárias Extraorçamentárias

Saldo do exercício anterior Saldo para o exercício seguinte

O saldo que vai para o exercício seguinte (Ativo/disponibilidades: R$ 650.000,00) é

igual ao saldo que herdou do exercício anterior (saldo do início do exercício), acrescido

de todas as receitas e subtraído de todas as despesas do exercício.

Se o resultado orçamentário foi positivo em R$ 300.000,00 e o extraorçamentário foi

negativo em R$ 150.000,00, resultará, portanto, num acréscimo líquido no exercício de

R$ 150.000,00 (300 – 150).

Dessa forma, temos:

Saldo do exercício anterior ???

(+) Variação no exercício 150.000,00

(=) Saldo para o exercício seguinte (disponibilidades) 650.000,00

Conclui-se assim que o saldo inicial do exercício, ou saldo final do exercício anterior, é

igual a R$ 500.000,00.

Gabarito: Certo.

7. (Cespe – Ministério dos Esportes – Contador – 2008)

Art. 103 da Lei no 4.320/1964: “Os Restos a Pagar do exercício serão computados na

receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na Despesa Orçamentária.”

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Dessa forma, os valores dos empenhos inscritos em Restos a Pagar irão aparecer não

apenas nas Despesas Orçamentárias, mas também como uma Receita

Extraorçamentária, não interferindo assim na apuração do resultado financeiro.

Receita Orçamentária 1.140.000,00 DESPESA

ORÇAMENTÁRIA

1.150.000,00

Receita

Extraorçamentária

160.000,00 Despesa

Extraorçamentária

130.000,00

Saldo do exercício

anterior

20.000,00 Saldo para o exercício

seguinte

40.000,00

Total 1.320.000,00 Total 1.320.000,00

Os dados da tabela acima, cujos valores estão em reais, foram extraídos de um exercício

financeiro encerrado, relativos ao Balanço Financeiro de uma entidade governamental.

Considerando que tenham sido inscritas como Restos a Pagar do exercício despesas no

montante de R$ 60.000,00, e que tenham sido pagos no exercício Restos a Pagar no

valor de R$ 40.000,00, julgue os itens que se seguem.

Gabarito: Certo.

8. (Cespe – Inmetro – Analista – 2009)

Há duas maneiras para se calcular o resultado financeiro do exercício:

1a. Total dos ingressos menos o total dos desembolsos:

(+) Total dos ingressos/receitas 1.300

Orçamentário 1.140

Extraorçamentário 160

(-) Total dos desembolsos/despesas (1.280)

Orçamentário 1.150

Extraorçamentário 130

Resultado financeiro – positivo/superavitário 20

2a. Saldo atual (saldo final) menos saldo anterior (saldo inicial):

(+) Saldo atual (saldo para o exercício seguinte) 40

(-) Saldo inicial (saldo que veio do exercício anterior) (20)

Resultado financeiro – positivo/superavitário 20

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Portanto, o resultado financeiro do exercício foi superavitário no valor de R$ 20.000,00,

e não de R$ 40.000,00.

Gabarito: Errado.

9. (Cespe – Inmetro – Analista – 2009)

A inscrição de empenhos em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e o seu

pagamento em exercício posterior uma Despesa Extraorçamentária.

Gabarito: Certo.

10. (Cespe – Inmetro – Analista – 2009)

Isso mesmo! A inscrição gera Despesa Orçamentária e o pagamento Despesa

Extraorçamentária.

Lembre-se A inscrição do empenho em Restos a Pagar gera, além da Despesa

Orçamentária, uma receita “escritural” extraorçamentária no Balanço Financeiro.

O Balanço Financeiro tem a função de evidenciar a movimentação de recursos

financeiros. Todavia, a despesa gerada pela inscrição dos Restos a Pagar aparece no

Balanço Financeiro. Mas já que, de fato, ainda não foi paga, para compensar essa

despesa que aparece no Balanço Financeiro insere-se uma Receita Extraorçamentária no

mesmo valor. Trata-se apenas de uma receita escritural, uma técnica para demonstrar o

valor real dos recursos financeiros que irão para o exercício seguinte. Afirmativa certa.

Gabarito: Certo.

11. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

O Balanço Financeiro demonstra a movimentação dos recursos financeiros, todavia, a

contabilidade não utiliza o regime de caixa para escrituração dos fatos administrativos.

Veja, por exemplo, que quando os empenhos são inscritos em Restos a Pagar a Despesa

Orçamentária gerada por essa inscrição é demonstrada no Balanço Financeiro, motivo

pelo qual é necessário incluir uma Receita Extraorçamentária meramente escritural para

compensar essa despesa que de fato ainda não foi paga.

Gabarito: Errado.

12. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

Vamos utilizar o cálculo direto:

(+) Saldo atual (saldo para o exercício seguinte) 10

(-) Saldo inicial (saldo que veio do exercício anterior) (210)

Resultado financeiro (200)

Portanto, se o saldo no início do exercício de 2008 (que veio do exercício anterior) era

de R$ 210.000 e ao final restaram apenas R$ 10.000, o desempenho financeiro no ano

foi negativo/deficitário no valor de R$ 200.000.

Gabarito: Certo.

13. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

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Quando o empenho é inscrito em Restos a Pagar ocorre uma Despesa Orçamentária e o

pagamento, no exercício financeiro seguinte, uma Despesa Extraorçamentária.

Todavia, como sabemos, a Despesa Orçamentária gerada pela inscrição dos Restos a

Pagar aparece no Balanço Financeiro. Mas já que, de fato, ainda não foi paga, para

compensar essa Despesa Orçamentária que aparece no Balanço Financeiro insere-se

uma Receita Extraorçamentária no mesmo valor.

Há duas informações no Balanço Financeiro sobre Restos a Pagar:

R$ 180.000 em DESPESAS Extraorçamentárias, que são os Restos a Pagar de

exercícios anteriores pagos durante o exercício financeiro de 2008.

R$ 240.000 em RECEITAS Extraorçamentárias, que é a receita escritural em

contrapartida dos empenhos inscritos em Restos a Pagar em 2008.

Portanto, em 2008 foram inscritos Restos a Pagar no valor de R$ 240.000. Afirmativa

errada.

Gabarito: Errado.

14. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

O único reflexo dos Restos a Pagar de 2008 no Balanço Financeiro de 2009 será uma

Despesa Extraorçamentária, quando concretizados os pagamentos.

No final do exercício financeiro de 2009 só há como inscrever em Restos a Pagar os

empenhos emitidos em 2009. Os Restos a Pagar inscritos em 2008 serão computados no

rol das Receitas Extraorçamentárias para compensar a Despesas Orçamentárias gerada

em 2008, e não em 2009.

Gabarito: Errado.

O Balanço Financeiro de uma entidade governamental apresenta as informações

mostradas na tabela acima, relativas ao encerramento de determinado exercício

financeiro. Considerando que, no exercício financeiro mostrado na tabela, tenham sido

inscritos valores em Restos a Pagar, e que também tenham sido pagos Restos a Pagar

inscritos no exercício anterior, julgue os itens a seguir.

15.

Dica: Não se assuste com a inclusão de quadros ou gráficos nas questões de prova.

Observe que para acertar essas questões o candidato necessitou apenas de conhecimento

teórico acerca do Balanço Financeiro.

A inscrição dos empenhos em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e o

pagamento em exercício financeiro posterior uma despesa EXTRAorçamentária.

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Gabarito: Errado.

16.

Art. 103 da Lei no 4.320/1964: “Os Restos a Pagar do exercício serão computados na

receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na Despesa Orçamentária.”

Dessa forma, os valores dos empenhos inscritos em Restos a Pagar irão aparecer não

apenas nas Despesas Orçamentárias, mas também como uma Receita Extraorçamentária

“escritural”, anulando o efeito da despesa e não interferindo assim na apuração do

resultado financeiro.

Considerando a adoção da técnica correta, de fato a Despesa Orçamentária gerada pela

inscrição de empenhos em Restos a Pagar não afeta a apuração do saldo financeiro no

encerramento do exercício.

Gabarito: Certo.

17. (Esaf – DNIT – Contador – 2013)

Esta é o tipo de questão que o candidato resolve apenas com o conhecimento da

estrutura do BF.

O atual modelo de Balanço Financeiro apresenta a seguinte estrutura:

Observe:

O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do setor

público no período a que se refere, e discrimina:

(a) a Receita Orçamentária realizada por destinação de recurso (destinação vinculada

e/ou destinação ordinária);

(b) a Despesa Orçamentária executada por destinação de recurso (destinação vinculada

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e/ou destinação ordinária);

(c) os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;

(d) as transferências financeiras decorrentes, ou não, da execução orçamentária; e

(e) o saldo inicial e o saldo final em espécie.

O que são os recebimentos extraorçamentários?

RECEBIMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS

Nesse grupo são evidenciados os ingressos não previstos no orçamento, que serão

restituídos em época própria, por decisão administrativa ou sentença judicial.

Consistem, por exemplo, em:

folha, fianças, cauções, etc.; e

Restos a Pagar, com a função de compensar o valor da Despesa

Orçamentária imputada como realizada, porém não paga no exercício da emissão do

empenho, em atendimento ao parágrafo único do artigo 103 da Lei nº 4.320/1964.

Portanto, a demonstração da inscrição de Restos a Pagar inscritos no exercício como

integrante dos ingressos é uma exigência legal (Lei no 4.320/1964), porém, tais Restos a

Pagar não constituem entrada de recurso financeiro, mas apenas para compensar a

Despesa Orçamentária imputada como realizada, porém não paga no exercício da

emissão do empenho.

Gabarito: Letra e.

18. (Esaf – DNIT – Analista Administrativo – 2013)

O atual modelo de Balanço Financeiro apresenta a seguinte estrutura:

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Observe:

O resultado orçamentário é apurado no Balanço Orçamentário (total das receitas (-) total

das despesas). Poderá ser superavitário ou deficitário.

Caso seja superavitário significa que houve mais arrecadação de receitas do que as

despesas executadas. Significa sobra de recursos (saldo em caixa).

O saldo em espécie para o exercício seguinte é evidenciado no Balanço Financeiro. O

resultado financeiro pode ser apurado da seguinte forma:

Saldo em espécie para o exercício seguinte (-) Saldo em espécie do exercício anterior.

Assim, pode-se perceber que o resultado orçamentário reflete diretamente na variação

do saldo em espécie, justificando a variação do saldo disponível.

Portanto, perfeito, a relação entre o resultado orçamentário e a variação do saldo em

espécie indica o quanto o resultado orçamentário explica a variação do saldo disponível.

A diferença entre ingressos e dispêndios corresponde ao resultado financeiro;

As transferências financeiras não decorrentes da execução orçamentária devem integrar

o Balanço Financeiro;

A inscrição em Restos a Pagar é evidenciada na coluna das receitas

(extraorçamentárias);

A queda na disponibilidade do período não significa aumento do endividamento. Pode

ser decorrente de déficit na arrecadação.

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Gabarito: Letra e.

19. (Esaf – CGU – AFC – 2012)

Observe que a questão pede a opção ERRADA.

a) Podem ser agrupadas algumas vinculações em um grupo chamado de “Outras

Vinculações”, observando-se que esse não deverá ultrapassar a 10% do total da Receita

Orçamentária ou da Despesa Orçamentária. Errado.

b) O superávit ou déficit financeiro apurado no Balanço Financeiro de fato não se

confunde com o resultado financeiro (Ativo Financeiro menos Passivo Financeiro)

apurado no Balanço Patrimonial.

O superávit financeiro (Ativo Financeiro > Passivo Financeiro) apurado no Balanço

Patrimonial é uma das possíveis fontes de recursos para a abertura de créditos

adicionais.

Já o resultado financeiro apurado no Balanço Financeiro, caso positivo, apenas indica

que houve no exercício financeiro mais ingresso de dinheiro do que desembolso. Certo.

c) Toda movimentação financeira, seja orçamentária ou não, é demonstrada no Balanço

Financeiro. Certo.

d) Lei no 4.320/1964:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a Despesa Orçamentárias bem

como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados

com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem

para o exercício seguinte.

Certo.

d) Perfeito! O resultado financeiro do exercício é a diferença entre o total dos ingressos

(orçamentários e extraorçamentários) e o total dos desembolsos (orçamentários e

extraorçamentários). Certo.

Portanto, a questão ERRADA é a letra a.

Gabarito: Letra a.

20. (FCC – TRF-2a Região – Analista – Contabilidade – 2012)

A inscrição de empenho em Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e seu

pagamento em exercício futuro uma Despesa Extraorçamentária.

A inscrição de empenho em Restos a Pagar gera também, no Balanço Financeiro, uma

Receita Extraorçamentária.

A questão informa que as operações extraorçametárias relacionam-se apenas com os

Restos a Pagar, portanto:

as receitas extraorçamentários são exclusivamente oriundas da contrapartida dos

empenhos inscritos em Restos a Pagar no atual exercício; e

as Despesas Extraorçamentárias são exclusivamente oriundas dos Restos a Pagar

de exercícios anteriores pagos no atual exercício.

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Assim, achando o valor das Despesas Extraorçamentárias teremos o que a questão

pediu: “o valor dos Restos a Pagar de exercícios anteriores que foi pago no exercício

corrente”.

Vamos montar o Balanço Financeiro com os dados da questão:

Receita Orçamentária 2.920 Despesa Orçamentária 3.000

Receita

Extraorçamentária

105 Despesa

Extraorçamentária

???

Saldo do exercício

anterior

300 Saldo para o exercício

seguinte

250

Total 3.325 Total 3.325

O valor da Receita Extraorçamentária, como a questão informou, corresponde

exclusivamente aos Restos a Pagar inscritos no atual exercício financeiro.

Somando-se a coluna da receita obtemos também o total da coluna da despesa, pois

ambas as colunas precisam totalizar o mesmo valor. Portanto, o total da despesa é

também R$ 3.325 mil.

Basta agora calcular a Despesa Extraorçamentária:

3.000 + DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA + 250 = 3.325

DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA = 3.325 – 3.000 – 250

DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA = 75mil

Gabarito: Letra b.

21. (FCC – TRT-23a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Lei no 4.320/1964:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a Despesa

Orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza

extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes

do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na

Receita Extraorçamentária para compensar sua inclusão na Despesa

Orçamentária.

NBC T 16.6:

BALANÇO FINANCEIRO

23. O Balanço Financeiro evidencia as receitas e Despesas

Orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios

extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício

anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte.

(Redação dada pela Resolução CFC no 1.268/2009)

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Gabarito: Letra e.

22. (FCC – TRT-20a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Essa foi moleza! Tais ingressos de valores descritos pela questão classificam-se como

Receitas Extraorçamentárias e são demonstrados dessa forma no Balanço Financeiro.

Gabarito: Letra b.

23. (FCC – Defensoria Pública-SP – Contador – 2009)

Lembre-se: A inscrição de Restos a Pagar gera uma Despesa Orçamentária e, para

compensar essa despesa que de fato ainda não foi paga, mas que aparece no Balanço

Financeiro, é inserida uma Receita Extraorçamentária meramente escritural.

Detalhe importante nessa questão, relativamente aos Restos a Pagar:

o item Despesa Orçamentária informa que o total é de R$ 320.000, ou seja, devemos

considerar que os Restos a Pagar inscritos (R$ 20.000) já estão contidos nesse valor;

o item demais Receitas Extraorçamentárias informa que parte dessas receitas soma

R$ 40.000, todavia, deixa evidente a existência de outras Receitas

Extraorçamentárias.

Assim temos que:

Receitas Extraorçamentárias

(TOTAL) =

Inscrição de Restos a

Pagar +

Demais Receitas

Extraorçamentárias

Receitas Extraorçamentárias

(TOTAL) = 20 + 40 = 60

BALANÇO FINANCEIRO:

RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DISPÊNDIOS

Orçamentárias 360 Orçamentárias 320

Extraorçamentárias 60 Extraorçamentárias 60

Saldo do exercício anterior 30 Saldo para o exercício seguinte ???

TOTAL 450 TOTAL 450

Saldo para o exercício seguinte = 450 – 320 – 60

Saldo para o exercício seguinte = 70

Gabarito: Letra d.

24. (FCC – TRF-1a Região – Analista Judiciário – Área Contadoria – 2011)

Para resolver este tipo de questão não é necessário montar o Balanço Financeiro. Evite

perda de tempo.

Pede-se apenas o saldo financeiro disponível no fim de 2010.

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Forma objetiva de obter a resposta:

Saldo anterior – 2009 1.000,00

(+) Receitas de impostos 150,00

(+) Receita da dívida ativa 100,00

(+) Receita de operações de crédito 50,00

Total das entradas 1.300,00

(-) Despesas de salários (300,00)

(-) Despesas de aluguel (70,00)

(-) Pagamento de caução (130,00)

Total das despesas 500,00

“X” da questão! Do total das despesas R$ 30,00 não foram pagas.

Assim não pode subtrair todas as despesas do total.

Exemplo: 500,00 de despesas – 30,00 não pagas = total de

desembolso 470,00

Portanto, 1.300,00 (-) 470,00 = 830,00

Portanto, o total das disponibilidades em 2010 é: R$ 830,00.

Gabarito: Letra b.

16.5.3. Questões de concursos públicos – Balanço Patrimonial

1. (Cespe – TRT-10a Região – Contabilidade – 2012)

Perfeito! O novo modelo de BP deve conter as contas de compensação conforme

modelo abaixo:

Portanto, neste quadro devem ser incluídos os atos potenciais do Ativo e do Passivo que

possam, imediata ou indiretamente, vir a afetar o patrimônio, como, por exemplo, as

obrigações conveniadas ou contratadas, cauções etc.

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – TRT-10a Região – Contabilidade – 2012)

Questão literalmente copiada do MCASP!

O que significa valor presente?

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Significa dizer que os Ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo

futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal

das operações da entidade. Os Passivo são mantidos pelo valor presente, descontado do

fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o

Passivo no curso normal das operações da Entidade.

Conforme o MCASP, os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados

ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa

de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será

reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.

Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados a valor

presente.

Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-

se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço.

As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de

realização para os Ativos e de reconhecimento para os Passivo.

As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.

Gabarito: Certo.

3. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

CAPITAL DE TERCEIROS (recursos de terceiros): representam recursos originários

de terceiros utilizados para a aquisição de Ativos de propriedade da entidade.

Corresponde ao Passivo Exigível.

CAPITAL PRÓPRIO (recursos próprios): são os recursos originários dos sócios ou

acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais. Corresponde ao

patrimônio líquido.

CAPITAL SOCIAL: é o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a

participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.

CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA: corresponde à soma do capital

próprio com o capital de terceiros. É também igual ao total do Ativo da entidade.

Gabarito: Errado.

4. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

Perfeito! O bem intangível também é objeto de estudo e controle pela Contabilidade

Pública (assim como ocorre na Contabilidade Privada), estando demonstrado no Ativo

Não Circulante – Intangível:

ATIVO NÃO CIRCULANTE: compreende os Ativos Realizáveis após os doze

meses seguintes à data de publicação das demonstrações contábeis, sendo composto

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por Ativo Realizável a Longo Prazo, investimentos, imobilizado e intangível,

descritos a seguir:

Intangível: compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos

destinados a manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Para fins de

apresentação no Balanço Patrimonial, o intangível será apresentado já líquido da

amortização acumulada.

Gabarito: Certo.

5. (Cespe – MP-PI – Analista – Orçamento – 2012)

Essa foi uma pegadinha do Cespe. Atente-se ao fato de que as contas de compensação

não são mais evidenciadas dentro do Balanço Patrimonial (como ocorrida no modelo

antigo de BP), mas em um quadro anexo específico a ser publicado logo após o

demonstrativo.

NBC T 16.6 (grifei):

12. O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e

Patrimônio Líquido, evidencia qualitativa e quantitativamente a

situação patrimonial da entidade pública:

(a) Ativo – compreende as disponibilidades, os direitos e os bens,

tangíveis ou intangíveis adquiridos, formados, produzidos, recebidos,

mantidos ou utilizados pelo setor público, que seja portador ou

represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerentes à

prestação de serviços públicos;

(b) Passivo compreende as obrigações assumidas pelas entidades do

setor público para consecução dos serviços públicos ou mantidas na

condição de fiel depositário, bem como as provisões; (Redação dada

pela Resolução CFC no 1.268/2009)

(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos Ativos da entidade depois

de deduzidos todos seus Passivo; (Redação dada pela Resolução CFC no

1.268/2009)

(d) Contas de Compensação – compreende os atos que possam vir a

afetar o patrimônio.

BALANÇO PATRIMONIAL (modelo novo)

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Gabarito: Errado.

6. (Cespe – EBC – Analista-Contador – 2011)

o Balanço Orçamentário apura o resultado orçamentário;

o Balanço Financeiro apura o resultado financeiro;

o Balanço Patrimonial apura o superávit financeiro;

a Demonstração das Variações Patrimoniais apura o resultado patrimonial de

um período.

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O resultado patrimonial do exercício pode ser verificado no Balanço Patrimonial, pela

diferença de valor do patrimônio líquido de um exercício para outro, todavia, ele é

calculado na DVP.

A questão também não informou qual tipo/espécie de resultado que é apurado no

Balanço Patrimonial, subtendendo-se que o “resultado do exercício” informado na

questão foi utilizado com o mesmo significado da contabilidade privada (Demonstração

do Resultado do Exercício).

Gabarito: Errado.

7. (Cespe – AL-CE – Analista – Contador – 2011)

I – Obrigação de longo prazo decorrente de financiamento de Ativos, obtido em

instituição financeira — conta do Passivo Não Financeiro – Longo Prazo.

II – Obrigação possível decorrente de reclamações de clientes, contudo sem expectativa

de saída futura de recursos. Em virtude da falta de expectativa de saída futura de

recursos, esta possível obrigação deve ser contabilizada nas contas de compensação para

fins de controle.

III – Obrigação tributária decorrente de impostos recuperáveis – deve ser contabilizada

nas contas de compensação para fins de controle.

Conclusão: essa empresa deverá demonstrar no Passivo Exigível do Balanço

Patrimonial apenas o valor da obrigação I.

Gabarito: Certo.

8. (Cespe – TRT-21a Região – Analista – 2010)

ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Dado que o patrimônio líquido é a diferença entre duas grandezas, ATIVO e PASSIVO,

de fato ele nunca poderá ser maior que a grandeza positiva, ou seja, nunca poderá ser

maior que o Ativo.

Gabarito: Certo.

9. (Cespe – MPU – Analista – 2010)

Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações

que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio (Lei no 4.320/1964,

art. 105, § 5o).

No Ativo e Passivo Compensados são controlados os atos administrativos, situações que

não provocam qualquer modificação no patrimônio no momento, mas poderão vir a

provocar, tais como, por exemplo, prestação de garantias de pagamento ou assinatura de

convênios.

Gabarito: Certo.

10. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

NBC T 16.2, item 4, letra B: “Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas

de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas

de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.”

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Se a obrigação consta no Passivo, é por que se trata de uma obrigação presente. Deve-se

entender por “obrigação presente” uma obrigação em vigor, mesmo que com

vencimento futuro.

Gabarito: Errado.

11. (Esaf – DNIT – Contador – 2013)

Ao estudar AFO e Contabilidade Pública é sempre importante ter ao seu alcance a “lei

seca”, Lei no 4.320/1964.

Esta questão trouxe conceito literal de dívida fundada!

A Lei no 4.320/1964 estabelece o seguinte conceito de dívida fundada:

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade

superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio

orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.

Já o MCASP/2012 define o Passivo permanente da seguinte forma:

PASSIVO PERMANENTE

Compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa

para amortização ou resgate.

Gabarito: Letra b.

12. (Esaf – MDIC – ACE – 2012)

a) A Lei no 4.320/1964, no § 1

o do art. 105, informa que: “O Ativo Financeiro

compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização

orçamentária e os valores numerários.” Portanto, para classificação no Ativo financeiro

não há que se analisar a origem dos recursos nem a conversibilidade do Ativo, mas a

dependência orçamentária. Errado.

b) Ativo Não Circulante – Imobilizado: Compreende os direitos que tenham por objeto

bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da entidade ou exercidos com

essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios,

os riscos e o controle desses bens. Para fins de apresentação no Balanço Patrimonial, o

imobilizado será apresentado já líquido da depreciação e amortização acumuladas.

Para análise do uso do bem nas atividades da empresa pouco importa sua duração.

Assim, um bem com vida útil maior do que outro não necessariamente será tido como

de uso nas atividades finalísticas da entidade. Errado.

c) Independe o credor ser uma entidade pública da mesma esfera de governo para fins

de classificação do Passivo e análise do grau de exigibilidade dessa obrigação. Errado.

d) Atualmente o Ativo e Passivo são segregados, no em Circulante e Não Circulante.

Todavia, os Ativos e Passivo também são classificados como Financeiros e

Permanentes (ou Não Financeiros), na forma da Lei no 4.320/1964, para fins de cálculo

do superávit financeiro (Lei no 4.320/1964, art. 43, § 2

o), em quadro publicado logo

abaixo do Balanço Patrimonial principal. Veja:

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Assim, a segregação tanto do Ativo quanto do Passivo deve ainda obedecer também

aos atributos financeiro e não financeiro, apesar dessa divisão não ser utilizada no

“Balanço Patrimonial principal”, mas apenas em um quadro específico publicado

juntamente com o Balanço Patrimonial. Todavia, esta opção foi considerada errada pela

Esaf.

Esta opção, para estar errada, deveria ter sido mais específica ou excludente, como, por

exemplo, mencionar que:

a segregação tanto do Ativo quanto do Passivo deve obedecer

EXCLUSIVAMENTE aos atributos financeiro e não financeiro; ou ainda,

a segregação no BALANÇO PATRIMONIAL, tanto do Ativo quanto do

Passivo, deve obedecer aos atributos financeiro e não financeiro.

Como o gabarito oficial foi letra E, esta questão poderia ter sido objeto de anulação

(algo muito difícil de conseguir com a Esaf), pois ambas estão certas.

Opção Certa. Gabarito oficial Errada.

e) O Balanço Patrimonial segrega o Ativo e Passivo em Circulante e Não Circulante. As

contas do Ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de grau de conversibilidade

e as contas do Passivo, em ordem decrescente de grau de exigibilidade. Certo.

Opções certas, letras d e e.

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Gabarito oficial, letra e.

13. (Esaf – MPOG – APO – 2010)

Observe que foi solicitado um fato que afeta POSITIVAMENTE o patrimônio líquido.

a) Há o ingresso do bem no Ativo e registro da respectiva obrigação de pagamento no

Passivo, no mesmo valor, não havendo, portanto, alteração no patrimônio líquido.

Errado.

b) Há saída de bens e, portanto, diminuição do patrimônio líquido. Errado.

c) Com o cancelamento de dívida passiva há claramente variação positiva do patrimônio

líquido. Certo.

d) Os avais concedidos são controlados no Ativo e Passivo Compensados, não

influenciando, portanto, no patrimônio líquido. Errado.

e) Há o ingresso do recurso financeiro no Ativo e registro da respectiva obrigação de

pagamento no Passivo, no mesmo valor, não havendo, portanto, alteração no patrimônio

líquido. Errado.

Opção certa: letra c.

Gabarito: Letra c.

14. (Esaf – ANA – Analista – 2009)

a) Perfeito! O aumento do imobilizado comumente é oriunda de aquisição de novos

bens, gerando assim Despesas de Capital. Todavia, é informado que não ocorreram

Despesas de Capital. Dessa forma, para que tenha ocorrido aumento do imobilizado

houve necessariamente reavaliação dos bens ou foram recebidos bens de outras

entidades. Certo.

b) Se houve redução no patrimônio líquido importa dizer, portanto, que o resultado

patrimonial do exercício foi deficitário. Errado.

c) O aumento do superávit financeiro (Ativo Financeiro maior que Passivo Financeiro)

de um exercício em relação a outro poderá ser oriundo de outros fatores diversos, não

necessariamente de Restos a Pagar. Errado.

d) Não existe tal relação. Poderá ocorrer um valor total executado no orçamento

superior ao do ano anterior e mesmo assim haver redução do Ativo total: as despesas

executadas no orçamento não necessariamente foram utilizadas para acrescer o Ativo.

Errado.

e) Também não podemos afirmar tal conclusão. Vamos analisar um exemplo apenas

com a variável quantidade, considerando um custo de aquisição uniforme:

CONTROLE DE ESTOQUE

Item: caneta esferográfica (unidade)

ANO ESTOQUE

INICIAL

AQUISIÇÃO CONSUMO ESTOQUE FINAL

2011 100 1.000 1.050 50

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2012 50 900 850 100

Perceba que a opção falou em despesa com a “aquisição”, ou seja, quanto foi gasto com

compras. Pelo exemplo, houve em 2012, redução de despesa com aquisição e mesmo

assim um aumento do estoque. Errado.

Portanto,

Opção certa: letra a.

Gabarito: Letra a.

15. (FCC – TRF-2a Região – Analista – Contadoria – 2012)

Dado informado:

PL = 1,5P (ou seja, o PL equivale a 150% do valor do Passivo).

Cálculo (substituindo o PL por 1,5P):

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A = P + 1,5P

A = 2,5P (ou seja, o Ativo equivale a 250% do valor do Passivo).

Gabarito: Letra c.

16. (FCC – TRF-2a Região – Analista – Contadoria – 2012)

a) NBC T 16.2 (grifei):

4. O patrimônio público é estruturado em três grupos:

(a) Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de

eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade

benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

Portanto, mesmo que o Ativo não seja de propriedade formal da entidade, mas é

controlado por ela em decorrência de eventos passados, do qual se espera que resultem

(para a entidade) benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, será ele

contabilizado no Ativo. Errado.

b) NBC T 16.2 (grifei):

4. O patrimônio público é estruturado em três grupos:

(...)

(b) Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos

passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade

saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial

de serviços;

c) As receitas (sob o enfoque patrimonial) são aumentos nos benefícios econômicos

durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de Ativos ou

diminuição de Passivo, que resultem em aumento do patrimônio líquido, e que não

sejam transações da entidade com seus sócios ou acionistas. Errado.

d) A forma de constituição jurídica ou de tributação da entidade não garante valor

mínimo do patrimônio líquido. Errado.

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e) As despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil,

sob a forma da saída de recursos ou da redução de Ativos ou assunção de Passivo, que

resultam em decréscimo do patrimônio líquido, desde que não estejam relacionados

com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais (sócios ou acionistas).

Portanto, toda despesa implica uma diminuição do patrimônio líquido, todavia, nem

toda diminuição do patrimônio líquido resulta de uma despesa, como, por exemplo, a

distribuição de lucros aos acionistas. Certo.

Opção certa: letra e.

Gabarito: Letra e.

17. (FCC – TJ-PE – Analista – Contador – 2012)

Item I: parte será registrada no “Ativo Circulante – Variações Patrimoniais Negativas

Pagas Antecipadamente” e o período da assinatura que ultrapassar o término do

exercício seguinte será registrada no “Ativo Não Circulante – Ativo Realizável a Longo

Prazo”.

Item II: Ativo Não Circulante – IMOBILIZADO.

Item III: Ativo Não Circulante – Investimento.

Item IV: Ativo Circulante – Estoque.

Item V: Ativo Não Circulante – INTANGÍVEL.

Portanto, são classificados como ATIVO IMOBILIZADO e ATIVO INTANGÍVEL,

respectivamente, os itens II e V.

Gabarito: Letra c.

18. (FCC – TRT-24a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Ativo Não Circulante – Intangível: compreende os direitos que tenham por objeto bens

incorpóreos destinados a manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade.

Para fins de apresentação no Balanço Patrimonial, o intangível será apresentado já

líquido da amortização acumulada.

Portanto,

Gabarito: Letra e.

19. (FCC – TRT-24a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

a) Ambas são credoras (PL e Passivo). Errado.

b) Ambas são contas do Passivo credoras. Errado.

c) Ambas são contas do Ativo devedoras. Certo.

d) Ambas são credoras (PL e Passivo). Errado.

e) Ambas são contas do Passivo credoras. Errado.

Gabarito: Letra c.

20. (FCC – TRT-24a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Vamos rever os conceitos:

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ATIVO NÃO CIRCULANTE: compreende os Ativos Realizáveis após os doze

meses seguintes à data de publicação das demonstrações contábeis, sendo composto

por Ativo Realizável a Longo Prazo, investimentos, imobilizado e intangível,

descritos a seguir:

a) Ativo Realizável a Longo Prazo – compreende os bens, direitos e despesas

antecipadas realizáveis apos o término do exercício seguinte.

b) Investimentos – compreende as participações permanentes em outras sociedades,

bem como os bens e direitos não classificáveis no Ativo Circulante nem no Ativo

Realizável a Longo Prazo e que não se destinem a manutenção da atividade da

entidade.

c) Imobilizado – compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos

destinados a manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade,

inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o

controle desses bens. Para fins de apresentação no Balanço Patrimonial, o imobilizado

será apresentado já líquido da depreciação e amortização acumuladas.

d) Intangível – compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos

destinados a manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. Para fins de

apresentação no Balanço Patrimonial, o intangível será apresentado já líquido da

amortização acumulada.

Gabarito: Letra a.

21. (FCC – TRT-23a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Sabendo que o total do Ativo (Ativo Circulante mais Ativo Não Circulante) é igual ao

total do Passivo, vamos montar o Balanço Patrimonial com os dados e depois calcular o

Passivo Circulante:

ATIVO 1.200 PASSIVO + PL 1.200

AC 520 PC ???

ANC 680 PNC 270

PL 488

Cálculo do Passivo Circulante:

PC + 270 + 488 = 1.200

PC = 1.200 – 270 – 488

PC = 442mil

a) PC/ATIVO = 442/1.200 = 0,3683

Assim, o Passivo Circulante corresponde a 36,83% do Ativo (total) da empresa,

portanto, quase 37%. Certo.

b) PC/ANC = 442/680 = 0,65

O Passivo Circulante corresponde a 65% do Ativo Não Circulante. Errado.

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c) PC/AC = 442/520 = 0,85

O Passivo Circulante corresponde a 85% do Ativo Circulante. Errado.

d) PC/PNC = 442/270 = 1,637

O Passivo Circulante corresponde a aproximadamente 163,70% do Passivo Não

Circulante. Errado.

e) PC/PL = 442/488 = 0,9057

O Passivo Circulante corresponde a aproximadamente 90,57% do Patrimônio Líquido.

Errado.

Opção certa, letra a.

Gabarito: Letra a.

22. (FCC – TRT-23a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

O total do Ativo equivale a 150% da soma dos dois tipos de Passivo:

ATIVO = (185 + 295) x 1,5 = 720

Dado que o total da coluna do Ativo deve ser igual ao total da coluna do Passivo e

Patrimônio Líquido, isso importa dizer que o PL corresponde a 50% do Passivo:

PL = (185 + 295) x 0,5 = 240

Eis o Balanço Patrimonial DE 31/12/2010:

ATIVO 720 PASSIVO + PL 720

AC ??? PC 185

ANC ??? PNC 295

PL 240

O resultado patrimonial é calculado na Demonstração das Variações Patrimoniais,

todavia, ele pode ser visualizado no Balanço Patrimonial, pois a variação do PL de um

ano para outro corresponde exatamente ao resultado patrimonial desse período.

A questão informa que o Patrimônio Líquido em 31/12/2009 foi equivalente a 90% do

Patrimônio Líquido em 31/12/2010. Assim, o resultado patrimonial do exercício de

2010 corresponde a 10% do valor do PL de 31/12/2012:

240 x 10% = 24mil (positivo)

Demonstrando melhor:

PL em 31/12/2010 240

PL em 31/12/2009 (90% de 240) (216)

Variação de 2009 para 2010 24

Gabarito: Letra a.

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23. (FCC – TRT-20a Região – Analista – Contabilidade – 2011)

Se o PASSIVO (Circulante e Não Circulante) é maior do que o ATIVO (Circulante e

Não Circulante), necessariamente o PATRIMÔNIO LÍQUIDO será negativo.

Exemplo:

ATIVO 100 PASSIVO + PL 100

AC 30 PC 40

ANC 70 PNC 70

PL (10)

Gabarito: Letra c.

16.7.3. Questões de concursos públicos – DVP

1. (Cespe – TRT-10ª Região – Contabilidade – 2012)

Perfeito! Variação cambial, geralmente oriunda de empréstimos tomados em moeda

estrangeira, pode ser positiva ou negativa. Conforme afirmado no comando da questão,

variação cambial negativa, significa valorização de moeda estrangeira em relação ao

real, afeta negativamente o montante da dívida do País, ou seja, aumenta o valor da

dívida/empréstimo. Assim, gera uma variação patrimonial quantitativa diminutiva

financeira e deve ser evidenciada na DVP.

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – Abin – OTI – Ciências Contábeis – 2010)

“superveniência”: caracteriza o acréscimo do Ativo ou Passivo

“insubsistência”: caracteriza o decréscimo do Ativo ou Passivo

“ativa”: indica que o patrimônio líquido teve uma variação positiva

“passiva”: indica que o patrimônio líquido teve uma variação negativa

Portanto, os termos superveniência e insubsistência informam que o Ativo ou o Passivo

sofreram variação, e não o patrimônio líquido.

Gabarito: Errado.

3. (Cespe – MPU – Analista – 2010)

(1) RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS 37.000

arrecadação de receita de imposto 30.000

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receita de alienação de bens imóveis 7.000

(2) DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS 30.000

aquisição de um veículo 30.000

(3=1-2) DIFERENÇA ENTRE RECEITAS E DESPESAS 7.000

Gabarito: Errado.

4. (Cespe – MPU – Analista – 2010)

DVP modelo – resumido

Vamos aos esclarecimentos:

1. O gabarito da questão é ERRADO, mesmo considerando o modelo antigo e o atual

de DVP.

2. As variações qualitativas orçamentárias são incluídas no novo modelo de DPV.

Atenção! Só as variações qualitativas orçamentárias decorrentes das receitas e Despesas

de Capital são incluídas no novo modelo.

3. Cálculo conforme o novo modelo de DVP:

Variações orçamentárias quantitativas que alteram o PL:

Arrecadação de receita de impostos R$ 30.000,00

Total das Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA) R$ 30.000,00

Dentre os fatos apresentados, todos aqueles que reduzem o patrimônio, fazendo-o variar

negativamente são:

Morte de semovente R$ 1.000,00

Concessão de sub-repasse R$ 10.000,00

Total das Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) R$ 11.000,00

R$ 30.000,00 – 11.000,00 = 19.000,00

Outras informações:

Receita de alienação de bens imóveis R$ 7.000,00 – variação qualitativa. Receita de

capital. Deve constar na DVP.

Aquisição de veículo R$ 30.000,00 - variação qualitativa. Despesa de capital. Deve

constar na DVP.

Os dois fatos acima devem ser demonstrados na DVP. Observe o por quê:

MCASP:

“Para fins de elaboração da Demonstração das Variações Patrimoniais, considerar-se-ão

apenas as variações qualitativas decorrentes das receitas e Despesas de Capital,

considerando a relevância da informação”.

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Observe-se que o resultado foi igual ao anterior, considerado no modelo antigo de DVP,

isso porque os fatos permutativos não alteram o PL.

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS

(+) Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA) 30.000

(-) Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) (11.000)

(=) Resultado Patrimonial do Exercício (VPA – VPD) 19.000

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS *

Receita de alienação de bens imóveis 7.000

Aquisição de um veículo 30.000

(1) arrecadação de receita de imposto: 30.000

(2) receita de alienação de bens imóveis: 7.000

(3) conta semoventes/morte de uma matriz: 1.000

(4) aquisição de um veículo: 30.000

(5) concessão de sub-repasse: 10.000

O superávit foi de R$ 19 mil.

Gabarito: Errado.

5. (Cespe – MPU – Analista – 2010)

SUPERVENIÊNCIA

ATIVA

superveniência do

Ativo

aumento da situação líquida em

decorrência do aumento do Ativo.

INSUBSISTÊNCIA

ATIVA

insubsistência do

Passivo

aumento da situação líquida em

decorrência da redução do Passivo.

SUPERVENIÊNCIA

PASSIVA

superveniência do

Passivo

diminuição da situação líquida em

decorrência do aumento do Passivo.

INSUBSISTÊNCIA

PASSIVA

insubsistência do

Ativo

diminuição da situação líquida em

decorrência da redução do Ativo.

A morte do semovente, que acarretou um decréscimo patrimonial de R$ 1 mil, foi uma

insubsistência passiva.

Gabarito: Errado.

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A partir dos dados da DVP de uma entidade pública hipotética acima apresentados,

julgue os itens subsequentes.

6. (Cespe – Inmetro – Analista – 2009)

Adaptando a resolução ao novo modelo:

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS

(+) Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA) 1.300.000,00

(-) Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) (1.230.000,00)

(=) Resultado Patrimonial do Exercício (VPA – VPD) 70.000,00

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS *

...

O resultado patrimonial do exercício foi superavitário em R$ 70.000,00. ERRADO

7. (Cespe – Inmetro – Analista – 2009)

De fato a execução extraorçamentária contribuiu positivamente na apuração do

resultado patrimonial do exercício, já que as Receitas Extraorçamentárias foram maiores

que as Despesas Extraorçamentárias.

(+) RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS 200.000

(-) DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (180.000)

(=) RESULTADO PATRIMONIAL EXTRAORÇAMENTÁRIO 20.000

Gabarito: Certo.

8. (Cespe – Secont-ES – Auditor – 2009)

NBC T 16.2, item 4, letra B: “Passivos são obrigações presentes da entidade, derivadas

de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas

de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços.”

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Se a obrigação consta no Passivo, é por que se trata de uma obrigação presente. Deve-se

entender por “obrigação presente” uma obrigação em vigor, mesmo que com

vencimento futuro.

Gabarito: Errado.

9. (Cespe – AL-CE – Analista-Contador – 2011)

É fácil perceber que os fatos das opções b e e alteram a situação patrimonial líquida.

Estes fatos representam variação patrimonial quantitativa diminutiva.

Depreciação é despesa, consumo de bens é variação patrimonial diminutiva.

Gabarito: Errado.

10. (Cespe – MPE-PI – Analista – Controle Interno – 2011)

Questão bastante simples! Exigiu-se apenas conhecimentos teóricos sobre a DVP.

A Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP evidenciará as alterações

verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e

indicará o resultado patrimonial do exercício (Lei no 4.320/1964, art. 104).

Gabarito: Certo.

11. (Cespe – MPE-PI – Analista – Controle Interno – 2011)

Esta questão exigiu conhecimento acerca do novo modelo de DVP.

Segundo o art. 104 da Lei no 4.320/1964, “a Demonstração das Variações Patrimoniais

evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da

execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.”

Assim, as alterações verificadas no patrimônio consistem nas variações quantitativas e

qualitativas.

As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público que aumentam

ou diminuem o patrimônio líquido.

Já as variações qualitativas são decorrentes de transações no setor público que alteram a

composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações

patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas.

Gabarito: Errado.

12. (Cespe – MPE-PI – Analista – Controle Interno – 2011)

O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações

patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas.

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Gabarito: Errado.

13. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

A movimentação financeira, recebimento de recursos e sua aplicação, interfere na

apuração do resultado patrimonial e na variação do patrimônio líquido, devendo ser

evidenciada na DVP.

Gabarito: Certo.

14. (Cespe – DPF – Agente de Polícia Federal – 2012)

Análise do evento III (recebimento, em abril de 2012, em dinheiro, por serviços

prestados no mês de março de 2012, no valor de R$ 3.600,00):

Regime de caixa: receita reconhecida com o recebimento, portanto, no mês de

abril/2012.

Regime de competência: receita reconhecida com o fato gerador, portanto, com a

prestação do serviço ocorrida em março/2012.

Análise do evento IV (prestação de serviços, no mês de abril de 2012, para recebimento

em maio de 2012, no valor de R$ 5.700,00):

Regime de caixa: receita reconhecida com o recebimento, portanto, no mês de

maio/2012.

Regime de competência: receita reconhecida com o fato gerador, portanto, com a

prestação do serviço ocorrida em abril/2012.

Assim, na apuração do resultado do mês de abril de 2012, serão considerados o evento

III, se apurado o resultado pelo regime de caixa, e o evento IV, se apurado o resultado

pelo regime de competência. ERRADA.

15. (Cespe – MP-PI – Analista-Orçamento – 2012)

NBC T 16.6:

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

25. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações

quantitativas, o resultado patrimonial e as variações qualitativas

decorrentes da execução orçamentária. (Redação dada pela Resolução

CFC no 1.268/2009)

Gabarito: Errado.

16. (Cespe – MP-PI – Analista-Orçamento – 2012)

As Variações Patrimoniais Qualitativas são oriundas de fatos administrativos que

alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.

São provenientes de fatos permutativos.

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Assim, o resultado patrimonial de um determinado período deve ser apurado por meio

do confronto entre as variações QUANTITATIVAS aumentativas e as diminutivas.

Gabarito: Errado.

17. (Cespe – TC-DF – ACE – 2012)

A Contabilidade Pública deve registrar, evidenciar e apurar os resultados orçamentário,

financeiro e patrimonial. Assim, se uma despesa ocorreu sob o aspecto patrimonial,

mesmo que não tenha sido autorizada orçamentariamente, ele deve ser registrada,

impactando no resultado patrimonial do período e no patrimônio líquido.

Gabarito: Errado.

valores em R$

receita corrente prevista 180.000

despesa corrente fixada 170.000

impostos arrecadados 162.000

despesas correntes empenhadas e liquidadas 154.000

despesas correntes inscritas em Restos a Pagar 23.000

recebimento de imóvel em doação 110.000

Com base nos valores acima, correspondentes ao encerramento do primeiro exercício

financeiro de determinada entidade governamental, julgue os itens que se seguem,

acerca do fechamento das demonstrações contábeis dessa entidade.

18. (Cespe – TC-DF – ACE – 2012)

Cálculo do desembolso financeiro no período:

despesas correntes empenhadas e liquidadas 154.000

(-) despesas correntes inscritas em Restos a Pagar (23.000)

(=) pagamentos efetuados 131.000

Cálculo do resultado financeiro no período (ingressos menos desembolsos financeiros):

impostos arrecadados 162.000

(-) pagamentos efetuados (131.000)

(=) resultado financeiro 31.000

Gabarito: Certo.

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19. (Cespe – TC-DF – ACE – 2012)

DVP

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS

(+) Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA) 272.000

impostos arrecadados................................ 162.000

recebimento de imóvel em doação.............. 110.000

(-) Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) (154.000)

despesas correntes empenhadas e liquidadas... 154.000

(=) Resultado Patrimonial do Exercício (VPA – VPD) 118.000

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS

...

Gabarito: Certo.

20. (Cespe – TC-DF – ACE – 2012)

Cálculo do resultado orçamentário (receita arrecadada menos despesa executada):

impostos arrecadados 162.000

(-) despesas correntes empenhadas e liquidadas (154.000)

(=) resultado orçamentário 8.000

Gabarito: Errado.

21. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

A aquisição de um veículo gera uma variação ativa resultante da execução

orçamentária, pois há o ingresso do bem no patrimônio em virtude de uma autorização

orçamentária para execução da respectiva despesa.

Consequentemente ocorreu também uma variação patrimonial diminutiva, em virtude

do desembolso financeiro.

Assim, houve ingresso do bem no Ativo e saída de recurso financeiro, também no

Ativo, no mesmo valor, não impactando tal transação no patrimônio líquido.

Portanto, trata-se de uma variação qualitativa. Por ser decorrente da execução

orçamentária e oriundas de Despesa de Capital, ela será evidenciada na DVP.

Gabarito: Certo.

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22. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

Empenhos liquidados (Despesas Correntes) 3.000

Empenhos liquidados (Despesas de Capital) 4.000

Receitas Correntes arrecadadas 5.000

Receitas De Capital arrecadadas 6.000

Saldo financeiro para o exercício seguinte 6.000

Restos a Pagar de 2010 e pagos em 2011 3.000

Pagamentos realizados referentes aos empenhos emitidos em 2011 4.000

A banca examinadora tentou fazer uma pegadinha com a informação que o “saldo

financeiro para o exercício seguinte” foi de R$ 6 mil.

Cálculo do resultado financeiro no período (ingressos menos desembolsos financeiros):

INGRESSOS FINANCEIROS 11.000

receitas correntes arrecadadas...................... 5.000

receitas de capital arrecadadas...................... 6.000

(-) DESEMBOLSOS FINANCEIROS (7.000)

Restos a Pagar de 2010 e pagos em 2011.......... 3.000

pagamentos realizados empenhos de 2011........ 4.000

(=) RESULTADO FINANCEIRO 4.000

O resultado financeiro foi de R$ 4 mil, motivo pelo qual a questão está errada.

Gabarito: Errado.

23. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

DVP

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS

(+) Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA) 5.000

receitas correntes arrecadadas............................ 5.000

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(-) Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) (3.000)

empenhos liquidados (despesas correntes)............. 3.000

(=) Resultado Patrimonial do Exercício (VPA – VPD) 2.000

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS

(decorrentes da execução orçamentária)

receitas de capital arrecadadas............................ 6.000

empenhos liquidados (Despesas de Capital)............. 4.000

A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações quantitativas, o

resultado patrimonial e as variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária.

O resultado patrimonial é apurado pelo regime de competência, assim, a variação

diminutiva dos “pagamentos realizados referentes aos empenhos emitidos em 2011” foi

reconhecida com a liquidação do empenho, motivo pelo qual, também, os “Restos a

Pagar de 2010 e pagos em 2011” não entraram na DVP deste exercício.

O resultado patrimonial apurado foi de R$ 2.000,00.

Gabarito: Certo.

24. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

Cálculo do resultado orçamentário:

RECEITA ARRECADADA 11.000

receitas correntes arrecadadas...................... 5.000

receitas de capital arrecadadas...................... 6.000

(-) DESPESA EXECUTADA (7.000)

empenhos liquidados (despesas correntes)..... 3.000

empenhos liquidados (Despesas de Capital)..... 4.000

(=) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 4.000

Gabarito: Errado.

25. (Cespe – TRE-RJ – Analista – Contabilidade – 2012)

empenhos liquidados (despesas correntes)

(+) empenhos liquidados (Despesas de Capital)

3.000

4.000

(=) TOTAL DE EMPENHOS LIQUIDADOS 7.000

(-) pagamentos realizados referentes aos empenhos emitidos em 2011 (4.000)

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(=) valor a ser inscrito em Restos a Pagar processados 3.000

Gabarito: Certo.

26. (Esaf – DNIT – Contador – 2013)

Na DVP as alterações verificadas no patrimônio consistem nas variações quantitativas e

qualitativas.

As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público que aumentam

ou diminuem o patrimônio líquido. Já as variações qualitativas são decorrentes de

transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem

afetar o patrimônio líquido.

O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações

patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas.

O que são as variações qualitativas?

VARIAÇÕES QUALITATIVAS

Correspondem às variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária que

consistem em incorporação e desincorporação de Ativos, bem como incorporação e

desincorporação de Passivo.

Para fins de elaboração da Demonstração das Variações Patrimoniais, considerar-se-ão

apenas as variações qualitativas decorrentes das receitas e Despesas de Capital,

considerando a relevância da informação. Conforme o Pronunciamento Conceitual

Básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, para serem úteis, as informações

devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões.

Em realidade, as variações qualitativas são aquelas que não alteram o patrimônio

líquido, ou seja, são fatos permutativos, denominados de mutações ativas e passivas, a

exemplo da alienação de um bem pelo seu valor contábil, R$ 100 mil. Entrada de R$

100 mil nas receitas (caixa) e concomitante registro da saída do bem.

Gabarito: Letra d.

27. (Esaf – MDIC – ACE – 2012)

a) O modelo anterior de DVP era possível visualizar toda e qualquer variação

patrimonial, mas no novo modelo de DVP isso não acontece.

NBC T 16.6:

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

25. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações

quantitativas, o resultado patrimonial e as variações qualitativas

decorrentes da execução orçamentária. (Redação dada pela Resolução

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CFC no 1.268/2009)

No novo modelo de DVP foi criado um quadro específico para visualizar as variações

patrimoniais qualitativas, mas apenas as variações qualitativas orçamentárias

decorrentes das receitas e Despesas de Capital.

As variações qualitativas orçamentárias oriundas de Receitas e Despesas Correntes

NÃO são evidenciadas na DVP.

E ainda! Perceba que (quaisquer) variações patrimoniais qualitativas independentes da

execução orçamentária não são demonstradas no novo modelo de DVP. Errado.

b) Todas as variações quantitativas são evidenciadas na DVP. Errado.

c) Não existe tal especificidade. Exemplo:

Errado.

d) Isso mesmo! Não são todas as variações patrimoniais qualitativas que são

evidenciadas na DVP.

Das variações qualitativas, apenas as decorrentes da execução orçamentária e oriundas

de receitas e Despesas de Capital são evidenciadas na DVP. Certo.

e) Por não implicarem em mudança na situação patrimonial grande parte das variações

qualitativas de fato não são evidenciadas na DVP. Todavia, como já dito, as variações

qualitativas decorrentes da execução orçamentária e oriundas de receitas e Despesas de

Capital são evidenciadas na DVP. Errado.

Opção CERTA: letra d.

Gabarito: Letra d.

28. (Esaf – MPOG – APO – 2010)

Observe que foi solicitado um fato que afeta POSITIVAMENTE o patrimônio líquido.

a) Há o ingresso do bem no Ativo e registro da respectiva obrigação de pagamento no

Passivo, no mesmo valor, não havendo, portanto, alteração no patrimônio líquido.

Errado.

b) Há saída de bens e, portanto, diminuição do patrimônio líquido. Errado.

c) Com o cancelamento de dívida passiva há claramente variação positiva do patrimônio

líquido. Certo.

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d) Os avais concedidos são controlados no Ativo e Passivo compensados, não

influenciando, portanto, no patrimônio líquido. Errado.

e) Há o ingresso do recurso financeiro no Ativo e registro da respectiva obrigação de

pagamento no Passivo, no mesmo valor, não havendo, portanto, alteração no patrimônio

líquido. Errado.

Opção CERTA: Letra c.

Gabarito: Letra c.

29. (Esaf – CGU – AFC – 2008)

Observe que é solicitada a opção ERRADA. Vamos analisá-las:

a) Insubsistência Passiva: insubsistência (algo que deixou de existir) passiva (provocou

efeito negativo no patrimônio líquido). Certo.

b) A Superveniência e a Insubsistência Passivas provocam a diminuição do patrimônio

líquido. O termo “passiva” indica exatamente que a variação patrimonial acarretou

diminuição no patrimônio líquido. Certo.

c) Perfeito! Os termos “superveniência” e “insubsistência” relacionam-se com Ativo e

Passivo. Indicam se a variação patrimonial foi um acréscimo (superveniência) ou

diminuição (insubsistência) DO Ativo ou DO Passivo. Certo.

d) O desaparecimento de um bem é um exemplo de Insubsistência DO ATIVO, ou seja,

uma Insubsistência Passiva, pois o patrimônio líquido terá uma variação negativa.

Errado.

e) Toda Insubsistência (diminuição) DO PASSIVO ocasiona de fato uma Insubsistência

Ativa, pois promove aumento da situação líquida patrimonial. Certo.

Opção errada: letra d.

Gabarito: Letra d.

30. (Esaf – ANA – Analista – 2009)

a) Pode haver superávit mesmo com a liquidação de despesas, pois as variações ativas

não são oriundas exclusivamente de arrecadação de receitas. Errado.

b) Pode-se de fato afirmar que, caso uma UG não arrecadadora apresente superávit na

DVP, tal resultado foi em virtude dos ingressos financeiros (por transferência) mais as

variações ativas extraorçamentárias serem superiores às variações passivas. Certo.

c) Não há como concluir tal afirmação, pois ambos são fatos que provocam variações

passivas. Errado.

d) A incorporação de Ativos não é a única variação ativa possível em uma UG não

arrecadadora, como também a despesa corrente não é a única variação passiva exclusiva

de ocorrência. Portanto, não há como confirmar tal afirmativa. Errado.

e) Também não podemos afirmar tal conclusão apenas sabendo que houve superávit no

exercício. Errado.

Gabarito: Letra b.

31. (FCC – MPE-PE – Analista Min. – Contabilidade – 2012)

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As alterações verificadas no patrimônio consistem nas variações quantitativas e

qualitativas.

O que são variações quantitativas?

São aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o

patrimônio líquido e são divididas em Variações Patrimoniais Aumentativas e

Diminutivas.

Exemplo de variações patrimoniais aumentativas: arrecadação de tributos.

Exemplo de variações patrimoniais diminutivas: despesa com pessoal.

Para responder esta questão basta “mentalizar” o Balanço Patrimonial – lado do Ativo e

do Passivo.

Balanço patrimonial – X0

Ativo Passivo

Bens e direitos Obrigações + PL

Quando há desincorporação de um Ativo ocorre uma variação diminutiva. Exemplo:

consumo de bens – material de expediente.

Quando ocorre baixa de obrigação do estado provoca uma variação ativa. Exemplo:

dívida da União junto ao Fundo Monetário Internacional – FMI no valor de 100 milhões

de dólares. Na negociação houve perdão a favor da União de 10 milhões de dólares.

O comando da questão pede qual das opções representa uma variação patrimonial

diminutiva.

a) arrecadação da Receita Orçamentária é variação ativa, ou seja, variação quantitativa

aumentativa. Errado.

b) depreciação de imóveis é uma conta redutora do Ativo Permanente, portanto,

variação patrimonial quantitativa diminutiva. Certo.

c) ganhos na alienação de Ativos – variação patrimonial quantitativa aumentativa.

Errado.

d) alienação de Ativos – variação patrimonial qualitativa, ou seja, é um fato permutativo

– saída do bem e entrada de recursos (receita de capital). Errado.

c) concessão de empréstimos a terceiros – variação patrimonial qualitativa, ou seja, é

um fato permutativo – saída caixa e concomitante registro do direito a receber. Errado.

Gabarito: Letra b.

32. (FCC – MPE-PE – Analista Min. – Contabilidade – 2012)

Questão bastante fácil!

O que significa uma variação patrimonial qualitativa? É aquela representada por um fato

contábil que não causa alteração no patrimônio líquido – PL do órgão/entidade.

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As alterações verificadas no patrimônio consistem nas variações quantitativas e

qualitativas.

O que são variações quantitativas?

São aquelas decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o

patrimônio líquido e são divididas em Variações Patrimoniais Aumentativas e

Diminutivas.

As opções b, c, d e e representam variações patrimoniais quantitativas. As B, C e D são

aumentativas, e a letra E, diminutiva.

A aquisição de bens imóveis ocasiona Despesa de Capital. Significa, entrada do bem no

patrimônio e concomitante saída de recursos (caixa) para compra do bem. Portanto,

variação patrimonial qualitativa.

Gabarito: Letra a.

16.8.2. Questões de concursos públicos – DFC

1. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

Para saber a variação no saldo de caixa do período basta confrontarmos todas as

entradas com as todas saídas de caixa:

Entradas: 9.500 + 470 + 1.500 = 11.470

Saídas: 300 + 1.000 + 2.140 + 5.000 + 880 + 500 + 850 = 10.670

ENTRADAS – SAÍDAS = 11.470 – 10.670 = 800

Portanto, houve variação positiva de 800.

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

Vamos montar a DFC:

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DAS OPERAÇÕES

(+) recebimentos de vendas 9.500

(-) compras do período (5.000)

(-) despesas financeiras (500)

(-) despesas operacionais (880)

(=) Fluxo líquido de caixa das atividades das operações 3.120

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

(-) compra de veículos (300)

(-) compra de imóveis (1.000)

(-) aquisição de participações (2.140)

(=) Fluxo líquido de caixa das atividades de investimento (3.440)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

(+) empréstimos bancários 470

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(+) aumento de capital 1.500

(-) dividendos pagos (850)

(=) Fluxo líquido de caixa das atividades de financiamento 1.120

Aumento líquido em caixa e equivalentes (4.000 – 4.320 + 1.120) 800

APURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO

Saldo inicial 1.500

Saldo final 2.300

Geração líquida de caixa (4.000 – 4.320 + 1.120) 800

Gabarito: Errado.

3. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

Conforme consta na DFC montada na resolução da questão acima, as atividades de

investimento geraram uma REDUÇÃO de caixa de 3.440,00, portanto, inferior a 3.500.

Gabarito: Errado.

4. (Cespe – PEFO-CE – Perito Criminal – Ciências Contábeis – 2012)

Pelo método indireto de DFC inicia-se o cálculo com o resultado patrimonial do

exercício, sobre o qual são efetuados os ajustes necessários para apuração da geração

líquida de caixa e equivalentes. Para tanto, são necessárias informações sobre a variação

de saldo de alguns itens do Ativo e Passivo, tais como depreciação, amortização,

exaustão e provisões.

Gabarito: Certo.

5. (Cespe – Sesa-ES – Especialista-Contador – 2011)

NBC T 16.2:

4. O patrimônio público é estruturado em três grupos:

(a) Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de

eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade

benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

NBC T 16.6:

12. O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio

Líquido, evidencia qualitativa e quantitativamente a situação

patrimonial da entidade pública:

(a) Ativo – compreende as disponibilidades, os direitos e os bens,

tangíveis ou intangíveis adquiridos, formados, produzidos, recebidos,

mantidos ou utilizados pelo setor público, que seja portador ou

represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerentes à

prestação de serviços públicos;

Gabarito: Certo.

6. (Cespe – Abin – OTI – Ciências Contábeis – 2010)

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O método indireto evidencia as principais classes de recebimentos e pagamentos a partir

de ajustes ao resultado patrimonial, nos seguintes elementos:

(a) de transações que não envolvem caixa e seus equivalentes;

(b) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre

recebimentos ou pagamentos;

(c) de itens de receita ou Despesa Orçamentária associados com fluxos de caixa e seus

equivalentes das atividades de investimento ou de financiamento.

O Método Indireto parte do resultado patrimonial do exercício, sobre o qual são

efetuados ajustes, ou seja, são excluídas determinadas transações (citadas listadas) para

que se possa apurar o fluxo de caixa do período.

Gabarito: Certo.

7. (Cespe – TRT-10ª Região – Contabilidade – 2012)

A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou

indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos

seguintes fluxos:

a) das operações;

b) dos investimentos; e

c) dos financiamentos.

O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de

receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os

demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento. Portanto,

no fluxo de caixa das operações NÃO se inclui compra de veículo para uso na entidade

por tratar-se de investimento.

Já o fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à

alienação de Ativo Não Circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação

de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da

mesma natureza. Portanto, a compra de veículo para uso na entidade (aquisição de Ativo

Não Circulante) faz parte do grupo de contas “dos investimentos”.

Gabarito: Errado.

8. (FCC – MPE-PE – Analista Min. Contabilidade – 2012)

Esta questão pode ser resolvida apenas com a observação das demonstrações contábeis.

Pode-se dizer que a Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC evidencia a origem e a

aplicação dos fluxos de caixa sob uma “ótica operacional”, segregando as informações

em três grupos:

Fluxos de caixa das

atividades das operações.

Compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas

originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados

com a ação pública e os demais fluxos que não se

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qualificam como de investimento ou financiamento.

Fluxos de caixa das

atividades dos

investimentos.

Inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de

Ativo Não Circulante, bem como recebimentos em

dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização

de empréstimos concedidos e outras operações da mesma

natureza.

Fluxos de caixa das

atividades dos

financiamentos.

Inclui os recursos relacionados à captação e à amortização

de empréstimos e financiamentos.

Observe a DFC:

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Gabarito: Letra d.

16.11.1. Questões de concursos públicos – Balancete

1. (Cespe – Prefeitura de Ipojuca-PE – Contador – 2009)

Perfeito! No mínimo no balancete deverá constar a conta e respectivo grupo a que

pertence, além do saldo final e sua natureza (devedora ou credora).

CONTAS SALDO

– –

Todavia, o balancete poderá ainda ser elaborado com maior nível de detalhamento,

como, por exemplo, ao invés de informar apenas o saldo final, evidenciar o total dos

débitos e o total dos créditos que a conta recebeu no período, e ainda, o saldo final.

CONTAS DÉBITOS CRÉDITOS SALDO

– –

Gabarito: Certo.

2. (Cespe – TST – Analista – Contabilidade – 2008)

Mas o que é inversão de lançamento?

Inverter o lançamento é permutar entre si as contas que são debitadas e creditadas, ou

seja, por engano, foi debitada a conta que deveria ter sido creditada, e vice-versa.

Exemplo de inversão na arrecadação de receita de impostos:

Lançamento CORRETO:

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D – Banco – Ativo Circulante

C – Receita Corrente

500,00

500,00

Lançamento ERRADO/INVERTIDO:

D – Receita Corrente

C – Banco – Ativo Circulante

500,00

500,00

Há duas afirmações na questão que precisam ser verificadas. É informado que, na

inversão de lançamento, ocorre: (1) o balancete continua fechando, e (2) em qualquer

caso, os totais não se alteram.

Vamos analisar as duas afirmações:

(1) o balancete continua fechando: de fato o balancete continuará fechando, ou seja, o

total das contas devedoras será igual ao total das contas credoras, mesmo com a

inversão, pois os valores debitados e creditados são idênticos e afetam na mesma

proporção o saldo.

(2) em qualquer caso, os totais não se alteram: aqui está o erro da questão, pois os totais

poderão ser modificados com a inversão, em virtude da natureza das contas envolvidas.

Vamos verificar através do exemplo de lançamento anterior:

Suponha a seguinte composição, se efetuado o lançamento CORRETO:

Lançamento CORRETO:

D – Banco – Ativo Circulante

C – Receita Corrente

500,00

500,00

LIVRO RAZÃO (RAZONETES)

BANCO: conta de natureza devedora

DÉBITO CRÉDITO

Saldo antes do lançamento 1.000,00

Lançamento CERTO 500,00

Saldo final 1.500,00

RECEITA CORRENTE: conta de natureza credora

DÉBITO CRÉDITO

Saldo antes do lançamento 10.000,00

Lançamento CERTO 500,00

Saldo final 10.500,00

BALANCETE

CONTAS DÉBITO CRÉDITO

Banco 1.500,00

Receita Corrente 10.500,00

(...) Soma das demais contas 3.009.000,00 3.000.000,00

TOTAL 3.010.500,00 3.010.500,00

Agora, vejamos o que ocorre com o lançamento ERRADO (inverso):

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Lançamento ERRADO/INVERTIDO:

D – Receita Corrente

C – Banco – Ativo Circulante

500,00

500,00

LIVRO RAZÃO (RAZONETES)

BANCO: conta de natureza devedora

DÉBITO CRÉDITO

Saldo antes do lançamento 1.000,00

Lançamento ERRADO 500,00

Saldo final 500,00

RECEITA CORRENTE: conta de natureza credora

DÉBITO CRÉDITO

Saldo antes do lançamento 10.000,00

Lançamento ERRADO 500,00

Saldo final 9.500,00

BALANCETE

CONTAS DÉBITO CRÉDITO

Banco 500,00

Receita Corrente 9.500,00

(...) Soma das demais contas 3.009.000,00 3.000.000,00

TOTAL 3.009.500,00 3.009.500,00

QUADRO COMPARATIVO

BALANCETE

SALDOS FINAIS DÉBITO CRÉDITO

Lançamento CORRETO 3.010.500,00 3.010.500,00

Lançamento ERRADO/INVERTIDO 3.009.500,00 3.009.500,00

DIFERENÇA 1.000,00 1.000,00

Portanto, no caso de uma inversão de lançamento, o balancete continua fechando (o

total do débito é igual ao total do crédito), todavia, os totais poderão ser alterados.

Gabarito: Errado.

3. (Cespe – MPE-PI – Analista-Controle Interno – 2011)

O balancete de verificação deve apresentar os saldos de todas as contas, incluindo todos

os subsistemas de contas (orçamentário, patrimonial, compensação e de custos).

Gabarito: Errado.

4. (Esaf – CVM – Analista-Contador – 2010)

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a) O balancete pode ser levantado/apurado a qualquer momento. Errado.

b) O balancete pode ser emitido de forma consolidado ou não. Exemplo: o balancete da

matriz juntamente com o de suas filiais. Errado.

c) As contas que não recebem lançamento podem integrá-lo normalmente. Exemplo:

capital social. Errado.

d) o Balancete é um documento contábil de evidenciação interna. Assim, a critério do

órgão/empresa pode evidenciar valores em moeda estrangeira. Errado.

e) Perfeito! Uma das características do balancete é apresentar os valores a débito e a

crédito, além dos saldos anterior e atual. Certo.

Gabarito: Letra e.

16.14. Questões de concursos públicos – DMPL, Notas Explicativas e Consolidação

Nacional das Contas Públicas

1. (Cespe – TJ-AL/2012 – Contabilidade)

a) As demonstrações contábeis são de ordem pública. Assim, devem ser publicadas e o

acesso é livre para a sociedade. Os gestores devem prestar contas de suas gestões aos

respectivos Tribunais de Contas. Errado.

b) As demonstrações contábeis podem ter saldos agregados, em especial, na

consolidação nacional das contas públicas.

A consolidação é o processo que ocorre pela soma ou pela agregação de saldos ou

grupos de contas, excluídas as transações entre entidades incluídas na consolidação,

formando uma unidade contábil consolidada e tem por objetivo o conhecimento e a

disponibilização de macroagregados do setor público, a visão global do resultado e a

instrumentalização do controle social. Errado.

c) Atualmente as notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Contêm informações adicionais em relação à apresentada no corpo dessas

demonstrações e oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens

anteriormente divulgados, além de informações acerca de itens que não se enquadram

nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis. Certo.

d) As demonstrações contábeis devem ser assinadas por contabilista responsável.

Errado.

e) As demonstrações contábeis devem incluir contas retificadoras, a exemplo da

depreciação de bens. Errado.

Gabarito: Letra c.

2. (Cespe – TRT-10a Região – Contabilidade – 2012)

Segundo a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis, as notas explicativas devem

evidenciar:

a) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações

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contábeis.

b) As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes,

complementares ou suplementares àquelas não suficientemente

evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis.

c) As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração

das demonstrações contábeis, as informações de naturezas patrimonial,

orçamentária, econômica, financeira, legal, física, social e de

desempenho e outros eventos não suficientemente evidenciados ou não

constantes nas referidas demonstrações.

Como de praxe, pegadinha do Cespe!

Observe que o comando da questão está quase todo conforme a NBCT 16.6, exceto na

sua parte final, quando afirma: “...limitando-se a informar os eventos vinculados

exclusivamente ao encerramento do período a que se refere”. Em realidade deve conter

nas notas explicativas outros eventos não suficientemente evidenciados ou não

inseridos nas demonstrações contábeis.

Gabarito: Errado.

3. (Esaf – ANA – Contabilidade – 2009)

Observe que o comando da questão pede a opção FALSA!

a) O inciso II, do art. 50, da LRF estabelece que II – a despesa e a assunção de

compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em

caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. Certo.

b) Nas demonstrações contábeis conjuntas, as operações intergovernamentais NÃO

devem ser excluídas. Devem ser excluídas as operações intragovernamental, conforme o

§ 2o, do art. 50 da LRF. Observe: “§ 1

o. No caso das demonstrações conjuntas, excluir-

se-ão as operações intragovernamentais.” FALSA.

c) Perfeito! Observe a regra da LRF, (§ 2o, art. 50). “A edição de normas gerais para

consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União,

enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.” Certo.

d) Regra da LRF: “Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de

junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da

Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio

eletrônico de acesso público.” Certo.

e) Inciso VI, do art. 50, da LRF: “a demonstração das variações patrimoniais dará

destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de Ativos.”

Certo.

Gabarito: Letra b.