25 a 26 maio 2013
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Clipping Geral e Espec. EletrônicoTRANSCRIPT
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XXI
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25 e 26/05/2013
Superintendência de Comunicação Integrada
CLIPPINGNesta edição:
Clipping GeralMeio Ambiente
SaúdeProcon-MG
Tráfico e Abuso de Drogas
Destaques:
Ministério Público pede o afastamento de Léo Burguês - p. 01
Denúnicas colocam em xeque futuro de Pimentel no governo - p. 06
Lei em desuso abre caminho para motorista embriagado na BRs - p. 17
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O TEMPO - MG - 1ª P. E P. 03 - 25.05.2013
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Medida cautelar
Promotor pede afastamento de Léo Burguês da Câmara de BH
Segundo o Ministério Público, vereador responde a proces-so por improbidades e, se ficar no cargo, irá interferir na ação. Página 3
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Ouro Preto
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AQUI - BH - ON lINE - 23.05.2013
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Por Samanta Pineda Depois da promulgação da Lei nº 12.651, de 2012, o cha-
mado novo Código Florestal, muito tem se discutido sobre a necessidade da averbação da reserva legal, principalmente en-quanto não está instituído formalmente o Cadastro Ambiental Rural que, conforme a letra da lei, substituirá a averbação.
A interpretação dos dispositivos de qualquer legislação deve ser feita à luz, principalmente, da intenção do legislador, a chamada mens legis, pois algum motivo real e relevante le-vou o legislador, representante legítimo da sociedade, a criar determinada regra.
A obrigatoriedade da averbação da reserva legal nasceu em 1989 com a Lei nº 7.803, de 1989, que modificou o antigo Código Florestal (Lei nº 4.771, de 1965). A intenção era dar publicidade à existência de reserva legal em determinado imó-vel e nada mais adequado do que gravar na matrícula, que é a identidade do imóvel, tal informação.
Com o advento da nova lei, foi separada da vida comum do imóvel a sua regularidade ambiental. Para isto foi criado o Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório a todas as pro-priedades rurais e que deverá conter não só informações sobre a reserva legal mas também dados da existência de áreas de preservação permanente, áreas de uso restrito, remanescentes florestais e tipos de uso.
O CAR é assim, a evolução ambiental da averbação da re-serva. É a identidade ambiental do imóvel onde se dará ampla publicidade às condições ambientais de qualquer área rural.
Diante desta nova realidade a exigência de averbação em matrícula é o empobrecimento da interpretação da Lei, insis-tindo em modelos já ultrapassados e que são ambientalmente menos adequados.
A nova legislação inovou em conceitos e formas de regu-larização ambiental, oferecendo às áreas com alguma inade-quação diferentes opções de regularização e prazos para que esta possa ser possível. A nova realidade vai proporcionar um grande ganho ambiental se comparada com a situação am-biental das propriedades sob a égide da lei anterior.
Embora não houvesse regra diferenciada para as áreas com usos irregulares, não havia também a busca espontânea pela regularização, já que esta, na maioria das vezes, repre-sentava a inviabilidade econômica da propriedade rural. Um pequeno produtor, por exemplo, que tivesse que recuperar 30 metros em cada lado de um córrego ou mais existente em sua área, certamente deixaria de fazê-lo em virtude dos altos cus-tos dessa recuperação, preferia conviver com o risco da fiscali-zação ambiental.O CAR é a evolução ambiental da averbação da reserva O Ministério Público, em busca do cumprimento da lei, ingressava com ações civis públicas que levavam em mé-dia de sete a dez anos para que chegassem ao julgamento final. Só aí a propriedade irregular tratava de iniciar a recuperação ou, em grande parte dos casos, quando o proprietário não ti-nha condições financeiras, a briga judicial se tornava sem fim, com o Judiciário em busca de bens do produtor que pudessem cobrir as multas. Não raras vezes a própria terra era tomada
daquele produtor em pagamento das pendências.Desta forma se conseguia um número insignificante de
regularizações às custas do Judiciário. Muito tempo e muito recurso depois.
O novo código provocou um movimento espontâneo de todos os produtores que tenham algum tipo de irregularidade. A regra diferenciada de recuperação, de acordo com o tama-nho da propriedade, faz com que todos possam participar da melhoria do ambiente, mas conforme suas condições finan-ceiras.
As diversas possibilidades de regularização das áreas que precisam de reserva legal dão ao produtor maiores chances de, verdadeiramente, instituírem suas reservas e esta nova meto-dologia é incompatível com a exigência de averbação na ma-trícula do imóvel. Segundo a nova legislação o produtor pode comprar títulos na bolsa de valores que irão substituir sua re-serva, as Cotas de Reserva Ambiental (CRA), é possível ainda adquirir áreas dentro das unidades de conservação e doá-las ao Poder Público. Como exigir a averbação se essas hipóteses não comportam tal possibilidade?
Mesmo que fosse possível, os prazos dados pela nova Lei ao menos tornaria inexigível a averbação dentro de um ano da instituição do CAR, prazo que o produtor tem para fazê-lo. Parece óbvio, se o produtor tem um ano para aderir ao CAR e se este substitui a averbação, esta averbação não pode ser exigida antes deste prazo.
Por fim, desfazendo a confusão causada pelo fato de não ter sido revogado o dispositivo da Lei de Registros Públicos que autoriza os cartórios a promover a averbação, este somen-te foi mantido pela manutenção da necessidade de averbação da servidão ambiental, ou seja, quando um imóvel compensa sua reserva legal em outro imóvel, tal situação deverá ser in-formada nas matrículas de ambos os imóveis.
Vale lembrar que, apesar de ter sido instituída em 1989 a necessidade de averbação da reserva legal, a possibilidade dessa averbação na Lei de Registros Públicos somente foi in-cluída em 2006 pela Lei nº 11.284, de 2006. O fato de não existir tal previsão tornaria as averbações realizadas entre 1989 e 2006 inválidas? Sim ou não a questão está superada. A existência da possibilidade de averbação pelos cartórios não torna esta averbação obrigatória, mas apenas gera a possibili-dade de fazê-lo quando esta for a vontade do produtor.
É preciso que haja um desprendimento das regras ante-riores e que se compreenda o novo Código Florestal que trou-xe novos paradigmas para possibilitar ao Brasil seguir com um novo modelo de uso e ocupação de seu território, um novo modelo de produzir e de consumir.
Samanta Pineda é advogada especialista em direito so-cioambiental, Consultora Jurídica da Frente Parlamentar da Agropecuária, sócia fundadora da Pineda & Krahn Sociedade de Advogados. Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso des-sas informações
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Equívocos sobre a averbação de reserva legal
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MINAs GErAIs - ON lINE - 23.05.2013
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O EsTADO DE sP - ON lINE - 23.05.2013
STJ orienta tribunais a ser mais rígido com pequeno traficante
Para especialistas, decisão pode servir para lotar cadeias; um quarto dos presos hoje no Brasil é por drogasLuciano Bottini Filho - O Estado de S.PauloO Superior TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) endureceu o
cumprimento de pena para pequenos traficantes e mandou aplicar nesses casos a Lei de Crimes Hediondos, o que na prática amplia o tempo em que os condenados vão ficar presos. O resultado do julgamento, de abril, foi enviado neste mês aos tribunais de se-gunda instância e servirá de orientação para recursos que chega-rem ao STJ.
Pela Lei dos Crimes Hediondos, que inclui delitos como o homicídio e a tortura, o réu avança para o regime semiaberto ou aberto com 2/5 a 3/5 da pena e não 1/6. Além disso, os crimes hediondos não têm direito ao perdão da pena, como ocorre nos indultos natalinos do presidente da República.
“Na verdade, o STJ ratifica um entendimento que já vinha sendo seguido pela jurisprudência. Mas há divergência no Bra-sil”, diz o criminalista Luiz Flávio Gomes. “Formalmente a deci-são está certa, mas o efeito prático dela é lotar prisão. Um quarto hoje dos presos é por tráfico, algo em torno de 150 mil. Isso é encarceramento massivo. O problema é a lei.”
A pena para o tráfico comum é de 5 a 15 anos de reclusão. Mas os réus em condições especiais (primários, com bons ante-cedentes e fora do crime organizado) entram no chamado tráfico privilegiado previsto para o pequeno traficante, com redução de 1/6 a 2/3 da pena. Nesses casos, o acusado pode ter uma pena mínima de apenas 1 ano e 8 meses. Com condenações abaixo de 4 anos, os juízes podem , dependendo do caso, dar sanções alter-nativas, como prestação de serviços a comunidade.
“Acontece que a Lei dos Crimes Hediondos já vem sendo, digamos assim, abrandada há algum tempo pelos nossos tribu-nais”, diz o advogado Roberto Delmanto Júnior. Ele se refere ao fato de o STF já ter julgado que crimes hediondos podem ter regime inicial diferente do fechado, se o juiz entender que a cir-cunstâncias do delito permitam, como bons antecedentes e o tipo de ocorrência.
O processo que causou a decisão chegou ao STJ após um recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Outros re-cursos da Promotoria gaúcha também foram parar no tribunal - em um deles, o acusado foi flagrado com 43 pedras de crack; em outro, o réu estava com 1,2 kg de maconha, 150,6g de cocaína e 371,73g de crack. Para essas situações, segundo o MP, não pode-ria haver uma aplicação mais leve da pena.
Supremo. Em decisão publicada em novembro de 2012, o STF já negou um habeas corpus que discutia se o tráfico privile-giado é um crime hediondo. “O reconhecimento da progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, pelo afastamento da hediondez do crime, constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que permanecerão presas”, afirmou o relator, ministro Luiz Fux. A questão pode ser rediscutida no STF.
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