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Sistemas Sistemas Integrados de Manufatura 2ª Aula Apontamentos de aula – Sistemas Integrados de Manufatura – Prof. Moisés Calandrin

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sistema integrado manufatura

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  • SistemasSistemasIntegrados de Manufatura

    2 Aula

    Apontamentos de aula Sistemas Integrados de Manufatura Prof. Moiss Calandrin

  • Os japoneses tiveram um objetivo econmico fundamental desde o fim da 2a Guerra Mundial, isto , oferta total de emprego atravs da industrializao. Eles procuraram obter o domnio do mercado em reas seletivas de produtos, que tinham em comum a tecnologia. A ttica japonesa pode ser dividida em quatro partes:

  • a) Eles concentraram-se em produtos que requeriam alta tecnologia para alcanar a qualidade.b) Eles importaram sua tecnologia de todo o mundo em vez de desenvolv-la eles mesmos. Por exemplo, toda a indstria japonesa de semicondutores foi construda a partir de uma compra de US$ 25.000,00 feita Texas instruments pelos direitos ao processo de semicondutores. Exemplossemelhantes so numerosos.semelhantes so numerosos.

  • c) Eles desenvolveram um novo sistema de manufatura, com caractersticas de flexibilidade e entrega dos produtos no tempo certo, num mnimo custo, continuamente. Eles educaram seus trabalhadores a colocar seu melhor talento de engenharia no trabalhadores a colocar seu melhor talento de engenharia no cho de fbrica em vez da sala de projetos. Em vez de inventar uma ratoeira, eles desenvolveram uma maneira melhor de fabricar ratoeiras de melhor qualidade e num custo menor.d) Eles desenvolveram um sistema que produzia produtos de qualidade superior. Eles acreditavam no controle total da qualidade e ensinaram isto para todos, desde o presidente da empresa at o trabalhador no cho de fbrica.

  • A implementao de tais tticas baseou-se em dois conceitos fundamentais. A maioria dos fabricantes concorda com estas tticas a princpio, mas a diferena o grau no qual os japoneses as aplicam: 1) eliminar o desperdcio, e 2) grande respeito pelas pessoas.

  • INTRODUO AOS S.I.M.A implementao de um S.I.M. requer uma mudana a nvel dos sistemas - uma mudana que impacta todos os segmentos da empresa, desde a contabilidade at o envio do produto para o empresa, desde a contabilidade at o envio do produto para o cliente.

    Dez passos delineiam a metodologia do S.I.M. (ver figura 1.3). Antes da empresa aplicar esses 10 passos, todos os nveis (desde os trabalhadores na produo at a gerncia) devem ser educados na filosofia e conceitos do S.I.M. A gerncia deve estar educados na filosofia e conceitos do S.I.M. A gerncia deve estar totalmente comprometida com este empreendimento. Cada trabalhador deve estar envolvido, motivado e comprometido com a mudana.

  • A converso para a produo celular uma mudana a nvel de sistemas que afeta o ambiente da fbrica e as suas relaes funcionais. Esta uma estratgia de longo prazo. Mudar o sistema de manufatura equivale a um transplante de corao. sistema de manufatura equivale a um transplante de corao. Trata-se de uma grande cirurgia, e normalmente nose tem escolha.

    Mudar um sistema de manufatura muito difcil. o sistema de manufatura que produz os bens que o consumidor quer ou compra. Existem dois grupos de pessoas que o sistema de manufatura deve satisfazer: aquelas que usam os produtos, e aquelas que usam os sistemas que fabricam os produtos.

  • O segundo grupo corresponde aos consumidores internos,e normalmente o menor dos dois grupos. Osconsumidores externos do sistema de manufatura compramou usam os produtos fabricados pelos consumidoresou usam os produtos fabricados pelos consumidoresinternos. O sistema de manufatura deve ser reestruturadopara o benefcio do consumidor interno. A satisfao noemprego para o consumidor interno inclui recompensasfinanceiras, alm de um bom ambiente de trabalho.financeiras, alm de um bom ambiente de trabalho.Todos na fbrica devem entender que o custo, no o preo,determina o lucro. O consumidor externo quer baixo custo, qualidade superior e entrega no momento certo.

  • OS 10 PASSOS PARA O S.I.M.A prxima gerao de fbricas ser projetada com um novo tipo de sistema de manufatura chamado Sistema de Manufatura de Clulas Interligadas (L-CMS). Este novo tipo de sistema uma Clulas Interligadas (L-CMS). Este novo tipo de sistema uma parte integral de uma estratgia de 10 passos, desenvolvido pelo Prof. J.T. Black (Auburn University, EUA), para converter uma fbrica existente numa fbrica com um futuro (FWAF).Aps aplicar os primeiros 8 passos, o sistema de manufatura ter sido reprojetado e integrado com as funes crticas do ter sido reprojetado e integrado com as funes crticas do controle de qualidade, controle de estoque, controle da produo e manuteno de mquinas. Segue-se ento a aplicao da automao e dos computadores.

  • 1 Passo: Formar Clulas - Construir a FundaoO sistema de manufatura existente sistematicamente reestruturado e reorganizado numa fbrica de clulas manuais de manufatura e montagem. A clula constitui-se de um grupo de processos projetados para fabricar uma famlia de peas de um modo flexvel.

  • 2 Passo: Reduzir ou Eliminar o Setup: Implementar um Sistema RETADRETAD significa troca rpida de ferramental e matrizes (dies). Aplica-se o RETAD visando reduzir ou eliminar o setup.Todos no cho de fbrica devem ser ensinados como reduzir o tempo de setup usando o sistema chamado troca de matrizes num s minuto (SMED) (ver figura 1.4).

  • 3 Passo: Integrao do Controle de QualidadeO projeto da clula cria um ambiente que conduz ao controle de qualidade. Peas defeituosas no podem sair controle de qualidade. Peas defeituosas no podem sair da clula (sendo consideradas boas). A abordagem uma-de-cada-vez da clula significa fazer uma, checar uma, passar uma adiante. Portanto, os trabalhadores na clula devem ser multifuncionais.devem ser multifuncionais.

  • 4 Passo: Integrao da Manuteno Preventiva e de Confiabilidade das MquinasUm programa de manuteno preventiva pode ser executado ao dar-se aos trabalhadores as ferramentas e executado ao dar-se aos trabalhadores as ferramentas e treinamento adequado para efetuar a manuteno dos equipamentos.

  • 5 Passo: Nivelar e Balancear a Montagem FinalTodo o sistema de manufatura nivelado (i.e. cada processo concebido para produzir a mesma quantidade de peas ao longo do tempo) e balanceado para fabricar de peas ao longo do tempo) e balanceado para fabricar pequenos lotes (i.e. tempos iguais), visando reduzir o problema (choque) de mudanas. Um sistema simplificado e sincronizado usado para produzir o mesmo nmero de tudo, a cada dia, se necessrio. Tempostudo, a cada dia, se necessrio. Temposlongos de setup em linhas de montagem e manufatura devem ser eliminados.

  • 6 Passo: Integrao do Controle da Produo: Interligar as Clulas via KanbanInterligando-se as clulas, integra-se o controle da produo. Processos posteriores ditam as taxas de produo. Processos posteriores ditam as taxas de produo de processos anteriores. Somente a montagem final agendada. O layout atual do sistema de manufatura agora define as trajetrias que as peas tomam atravs da fbrica. Este passo comea com kanbans (ver figura 1.5). fbrica. Este passo comea com kanbans (ver figura 1.5). Os kanbans so cartes que controlam o movimento de materiais entre os processos.

  • WLK - kanban de transporte utilizado por uma clula frente, que puxa material de uma clula anterior.

  • POK - kanban de produo atua como expedidor para as clulas, agendando o que fazer, qual encomenda fabricar, e quantas fazer.

  • 7 Passo: Integrao do Controle de Estoque: Reduo do Estoque Intermedirio/ Exposio de ProblemasA integrao do controle de estoque ao sistema reduz drasticamente os tamanhos de lote e estoque intermedirio (WIP). As pessoas no cho de tamanhos de lote e estoque intermedirio (WIP). As pessoas no cho de fbrica controlam diretamente os nveis de estoque em suas reas. As interligaes de kanban servem como buffers de armazenamento controlveis, protegendo elementos frente de problemas anteriores. A reduo controlada no nvel de estoque nas interligaes revela os problemas nas clulas (ver figura 1.6).problemas nas clulas (ver figura 1.6).

  • 8 Passo: Estender o S.I.M. para Incluir os FornecedoresO passo para a converso final educar e encorajar os fornecedores da empresa a desenvolver qualidade superior, baixo custo e entrega rpida. Os fornecedores devem ser capazes de entregar os materiais quando e onde for necessrio, sem necessidade de inspeo. A rede de clulas interligadas eventualmente inclui cada de clulas interligadas eventualmente inclui cada fornecedor, que tornam-se clulas remotas.

  • 9 Passo: Automatizar e Robotizar para Resolver os ProblemasEste passo envolve a converso de clulas manuais para clulas automatizadas. Este um processo que aplicado clulas automatizadas. Este um processo que aplicado pela necessidade de resolver-se problemas de qualidade ou capacidade (para eliminar um gargalo). Ele comea com a mecanizao de operaes como preparar, carregar, fixar, descarregar, inspecionar e ento passa-se deteco fixar, descarregar, inspecionar e ento passa-se deteco e correo automtica de problemas e defeitos.

  • 10 Passo: Uso de Computadores para Interligar o Sistema de Clulas Interligadas ao Sistema de ManufaturaA aplicao total de computadores no sistema de clulas A aplicao total de computadores no sistema de clulas interligadas o ltimo passo na converso. Neste ponto, a configurao do cho de fbrica simples e flexvel o suficiente para a implementao de computadores eficientes para o seu controle (ver figura 1.7). O segredo eficientes para o seu controle (ver figura 1.7). O segredo aqui no usar o computador no sistema de manufatura existente, isto porque introduzir o computador nosistema integrado mais fcil.

  • RESUMO DO S.I.M.Todo sistema de manufatura tem certas funes de controle que devem ser executadas. A tabela 1.1 resume oito funes que devem ser executadas. A tabela 1.1 resume oito funes e lista as ferramentas que tanto o S.I.M. como o job shop utilizam para auxiliar estas funes.

  • Independentemente do tipo de sistema de manufatura, as mesmas funes de controle so executadas por todo sistema de manufatura. Entretanto, as ferramentas usadas pelo S.I.M. diferem significativamente das ferramentas do job shop. Num S.I.M., muitas ferramentas so manuais (p.ex. cartes de kanban, ordens verbais), enquanto num MRP a ferramenta mais importante o computador.Se o sistema onde o computador est sendo implementado Se o sistema onde o computador est sendo implementado for bom, a verso computadorizada tem uma boa possibilidade de xito.