2º questionário de eduardo chagas sobre o texto a invenção do sujeito de direito
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
Respostas do Questionário 2 Sobre o texto:
“A Invenção do Sujeito de Direito”
Feira de Santana
Julho de 2013
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Esdras Santana Soares
Feira de Santana
Julho de 2013
Este trabalho contém respostas às perguntas propostas pelo
professor em cima do texto “A Invenção do Sujeito do Direito”, de Yves
Charles Zarka.
Foi solicitado pelo Professor Eduardo Chagas, da Disciplina de
Filosofia do Direito.
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1) O QUE É A NATUREZA HUMANA?
R: De acordo com o texto, a natureza humana está diretamente ligada à pessoa moral. Daí, a
partir do conceito de Pufendorf, dada desde a introdução do “De jure naturae et gentilium”, sobre
os seres morais, e que é em si mesma complexa, se observa três pontos importantes sobre
natureza humana:
1) a pessoa moral particular é uma espécie absolutamente especial no gênero das
pessoas morais;
2) a pessoa moral é apenas um ser de instituição, podendo ser, portanto, mudada ou
destruída sem que haja mudança física no homem;
3) é impossível, em consequência, identificar o homem e a pessoa.
O texto também defende que a intenção de Locke visa a determinar o conceito de
identidade de uma pessoa, à qual pensamentos e atos são atribuídos como seus e que se
possa ter como responsável. A finalidade do texto é, pois, em certos pontos, jurídica, ou
mesmo teológica. Veja o que ele (Locke) diz:
“Pessoa, como eu a considero, é o nome para esse self(si). Em qualquer lugar onde
o homem encontrar o que chamamos himself (ele mesmo), lá, penso eu, um outro
dede dizer que é a mesma pessoa. Trata-se de um termo forense apropriando-se
das ações e de seus méritos; e, assim, pertence apenas ais agentes inteligentes,
capazes de direito, felicidade e miséria. Essa personalidade prolonga seu self (si)
da existência atual para o passado somente através da consciência, de forma que
ela se preocupa e se culpa, assume e imputa ações passadas para o seu self (si),
exatamente pelo mesmo fundamento e pela mesma razão que ela faz para as
ações presentes”.
Vê-se que esse texto, além da sua evidente intenção moral teológica, tem, igualmente,
um conteúdo jurídico.
2) O QUE HÁ DE NATURAL E CULTURAL EM NOSSA CONSTRUÇÃO CONCEITUAL DE HUMANO?
R: NATURAL: Quando se diz que o “o sujeito da qualidade moral é uma pessoa ou uma coisa.
Uma pessoa é uma substância racional, e esta é natural ou civil”.
CULTURAL: Quando se diz que a invenção do sujeito de direito é feita nas principais obras
filosóficas e jurídicas. Quando se diz que “Leibniz descobre e nomeia o sujeito de direito, mas,
transpondo a questão do sujeito do plano gnosiológico ao plano jurídico, ele define também os
primeiros lineamentos de um fundamento intersubjetivo da teoria do direito”.
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3) PODE-SE FALAR EM DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS?
R: Para se falar em Direitos Universais teria que partir do pressuposto de que todos somos iguais.
Se a discussão do texto é em defesa de que a pessoa humana é subjetiva, no sentido self (si), e de
que existe individualismo racional e particular, não faz sentido falar em Direitos Universais porque
ninguém é igual a ninguém em nada.
4) HÁ UMA VISÃO DE HUMANIDADE QUE SEJA NATURAL, ÚNICA E VERDADEIRA?
R: Não. Diante da diversidade de interpretações e conceitos a respeito da complexidade da
Humanidade, torna-se inviável a construção de uma Visão Única e Verdadeira sobre o assunto.
5) QUAL O PARÂMETRO MAIS ACERTADO PARA CONSTRUIR UMA IDÉIA DE DIGNIDADE
HUMANA?
R: Numa visão jurídica, e de acordo com texto, podemos fazer uso das palavras de Leibniz como
parâmetro para uma ideia da Dignidade Humana, quando diz que:
“Efetivamente, o direito puro ou estrito nasce do princípio que se deve conservar a paz; a
equidade ou a caridade tendem a algo maior, isto é, ao fato que, procurando a utilidade
dos outros, tanto quanto pudermos, nós encontraríamos o aumento da nossa felicidade na
felicidade dos outros e, para dizê-la numa palavra, o direito estrito evita a miséria e o
direito que acima tende à felicidade, mas apenas a felicidade que pode ter lugar nesta
vida mortal”.
REFERÊNCIA
Texto: “”A Invenção do Sujeito de Direito. Autor: Yves Charles Zarka.