3º encontro da região norte da sociedade brasileira de ... · amazônia e sociologia: fronteiras...
TRANSCRIPT
1
3º Encontro da Região Norte da Sociedade Brasileira de Sociologia:
Amazônia e Sociologia: fronteiras do século XXI
GT 02 – AMAZÔNIA E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI
OS RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETRO-ELETRÔNICOS (REEE) E SUAS
RESSIGNIFICAÇÕES NAS LAN-HOUSES DO SANTA ETELVINA/MANAUS
Luciana Soares Véras – [email protected]
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Maria Izabel Valle – [email protected]
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Manaus, 26, 27 e 28 de setembro de 2012
2
Os Resíduos de Equipamentos Eletro-Eletrônicos (REEE) e suas
Ressignificações nas Lan-Houses do Santa Etelvina/Manaus
Luciana Soares Véras – [email protected]
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Maria Izabel Valle – [email protected]
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Resumo:
Sempre que se fala em consumo, lembramos de todas matérias que a natureza oferece e assim travamos
uma luta pelo domínio e posse dessas matérias. De acordo com os descobrimentos de novas tecnologias
temos avançado em técnicas de produção sem se preocupar com o descarte. Contudo, no final do século
XX, com os fóruns internacionais sobre meio ambiente e a militâncias de ambientalistas, os empresários teem sido pressionados a contribuir com o descarte correto. É uma pesquisa qualitativa, onde foram
levantados dados junto a SEMULP, ao Aterro Sanitário/ASM, a ONGs e por ultimo às lan-houses do
bairro do Santa Etelvina. Nesse bairro observamos o reaproveitamento de peças e o recondicionamento
destas em novas máquinas. Portanto, as ressignificações dos REEE são muitas. Desde para as Instituições
governamentais que buscam contribuir em ações conjuntas com comunidades de catadores, até o projeto
do CDI Manaus – ONG que vem recolhendo e reciclando esses materiais e ainda iniciativas individuais
de pequenas lan-houses, que transformam os REEE em novas máquinas para navegação na internet.
Palavra chave: Modernidade, Lixo eletrônico e Lan-house/Ciber café.
1. O SURGIMENTO DO BIO-NÃO-DEGRADÁVEL
Quando se ouve falar em Lixo Eletrônico, pensa-se logo que são e-mails
indesejados, piadas, correntes de amizade, etc. Em suma, qualquer informação que seja
postada no espaço virtual, mas de conteúdo supérfluo. O que dista de um resíduo que
vem se proliferando massivamente na Lebenswelt (do mundo vivido), e não tem nada de
virtual, é bem concreto, ocupa muito espaço e a natureza não o absorve com a mesma
velocidade dos chamados ‘biodegradáveis’1.
1.1 Definição
A complexidade de ângulos a serem estudados, em virtude da produção
exponencial de Resíduos de Equipamentos Eletro-Eletrônicos (REEE) de uma
1 De acordo com o Dicionário Aurélio: Biodegradável é todo material que após o seu uso pode ser decomposto pelos
microorganismos usuais no meio ambiente.
3
sociedade (atualmente) de primeiro mundo (líquida), tem como paradigma a
problemática do meio ambiente e a necessidade de uma Indústria que absorva os
resíduos gerados em âmbito doméstico.
Conforme a dissertação da Msc. Rosana Franco (2008), entende-se por
equipamento elétrico eletrônico (EEE) :
Os equipamentos cujo funcionamento adequado depende de
correntes elétrica ou campos eletromagnéticos, bem como os equipamentos para geração, transferência e medição dessas
correntes e campos pertencentes às categorias definidas no
Anexo I A da Diretiva 2002/96/CE e destinados à utilização
com uma tensão nominal não superior a 1.000 V para corrente
alternada e 1.500 V para corrente contínua (PARLAMENTO
EUROPEU, 2003ª apud Franco, pg. 20).
Ainda conforme a autora citada, a diretiva do 2002/95/CE Parlamento
Europeu apresenta as seguintes categorias de equipamentos eletro-eletrônicos:
Classificação Categórica dos REEE
1 Grandes eletrodomésticos = Geladeiras, máquinas de lavar roupa e louça,
fogões,microondas.
2 Pequenos eletrodomésticos = Aspiradores, torradeiras, facas elétricas, secadores de
cabelo.
3 Equipamentos de informática
e de telecomunicações =
Computadores, laptop, impressoras, telefones
celulares
4 Equipamentos de consumo = Aparelhos de televisão, aparelhos DVD, vídeos.
5 Equipamentos de iluminação = Lâmpadas fluorescentes
6 Ferramentas elétricas e eletrônicas (com
exceção de ferramentas industriais fixas
de grandes dimensões) =
Serras, máquinas de costura, ferramentas de cortar
grama.
7 Brinquedos e equipamentos de esporte e
lazer =
Jogos de vídeo, caça-níqueis, equipamentos
esportivos.
8 Aparelhos médicos (com exceção de
todos os produtos implantados e
infectados) =
Equipamentos de medicina nuclear, radioterapia,
cardiologia, diálise.
9 Instrumento de monitoramento e controle =
Termostatos, detectores de fumo.
10 Distribuidores automáticos = Distribuidores automáticos de dinheiro, bebidas,
produtos sólidos.
Em suma:
Fonte: Adaptado do Anexo I A, Parlamento Europeu (2003b).In: Fonte: FRANCO, Rosana. Dissertação UFMG/2008
4
Classificação dos REEE de acordo com European Union
Diante da amplitude dessas categorias do REEE, escolhemos os
computadores e seus periféricos para estudo, por serem um produtos que possuem um
ciclo social internacional de produção2, por rápida saída, de propaganda massiva nos
meios de comunicação e mídia e de barateamento de novas tecnologias a medida que
surgem outras mais velozes – e claro, de condições para integração na vida civilizada
(SORJ,2003).
Nos países de 3° Mundo, o descarte dos REEE se dá de forma compulsiva,
assim como no primeiro mundo. No entanto, são ressignificadas a medida que se
glocalizam3 e transforma-se em Lan House e Cyber Café.
1.2 As Infra-Estruturas de Acesso
As infra-estruturas de acesso (Sorj, 2003), ou Lan house/Cyber Café
segundo dados de CGI.br/2007, foram inicialmente introduzidos e difundidos na Coréia
2 Ciclo Internacional do produto é a recepção e divulgação em escala internacional de novos produtos, não apresentando nos países
em desenvolvimento o mesmo tipo de ciclo social. (Sorj, 2003, pg.22) 3 Ver nota de rodapé n° 1.
Fonte: FRANCO, Rosana. Dissertação UFMG/2008
5
em 1996 e no 1998 no Brasil. Utilizando a moderna tecnologia como meio de
comunicação, a Lan house (LAN é abreviação de "local área network", algo como rede
local de computadores), vem promovendo uma revolução nas opções de entretenimento,
pois neste lugar se permite a substituição dos serviços: de correio, fax, cópia, e até certo
ponto do telefone – isto concernente ao que pode ser feito com o computador -, fora
outros serviços de escritório como: digitação, impressão, acesso à serviços de
instituições diversas, além de outras opções de entretenimento que este tipo de
estabelecimento comercial pode oferecer.
Lançadas no Brasil no final dos anos 90, inicialmente como casas de jogos
eletrônicos, depois da popularização da internet e do barateamento do computador, as
lan houses transformaram-se em centros de entretenimento para os apaixonados por
jogos em rede e um bom negócio para empreendedores antenados com as novidades do
mundo digital. Hoje, estima-se que existam perto de 3 mil casas do gênero no Brasil
(dados de CGI.br/2007).
Nestes termos, é interessante diferenciar a Lan-house, que é um
estabelecimento comercial onde as pessoas podem pagar para utilizar um computador
com acesso à internet, de uma rede local com o principal fim de acesso à informação
rápida pela rede e entretenimento através dos jogos em rede ou online, do Cyber Café,
que é um local que pode funcionar também como bar ou lanchonete e oferece a seus
clientes acesso à internet, mediante o pagamento de uma taxa usualmente cobrada por
hora. Neste local as pessoas podem também se reunir com a finalidade de realizar
pesquisas escolares e utilizar o ambiente para estudar. É bom notar que esse conceito
está na perspectiva chinesa e americana, no Brasil, independente de ser lan ou cyber,
essas estruturas de acesso a internet sofreram uma glocalização4, pois todas possuem
pequenas divisórias, para que os usuários possam ter certa privacidade, mas nem sempre
oferecem o serviço de loja de conveniência.
Segundo o Comitê Gestor de Internet no Brasil, o CGI.br, em 2007, as lan-
houses detiveram cerca de 49% dos acessos á internet no país, sendo a maioria do sexo
masculino, das classe C, D e E. Predominando o acesso vindo de oportunidades como
inclusão digital – projetos geralmente criados por ONG’s - aos menos favorecidos no
mundo da tecnologia.
4 Conforme nota de rodapé na página 3
6
1.3 Conseqüências
No início da modernidade sólida, mais precisamente a partir da década de
cinquenta (Bauman, 2000), quando o mais importante eram o domínio e o controle do
espaço e de um mercado, a priori, em ascensão, muitos inventos invadiram a cozinha da
mulher americana (principalmente), subsidiando o american way of life, sendo estes
equipamentos desenvolvidos para facilitar a vida da sociedade e viabilizar a diminuição
de lixo em processo de produção. A esse respeito Sommer (2007) faz a seguinte
observação:
Como no caso da promessa do uso pacífico do átomo, a
esperança inicial era de que a revolução dos computadores
acabasse com uma das pragas da primeira revolução industrial
ao eliminar o problema dos rios e paisagens contaminadas pelo
lixo produzido pelas fábricas. (Sommer, 23/07/2007, pg.01)
Contudo, a fabricação dos EEE, tornou-se cada vez mais dispendiosa e
poluente, não só para as empresas, mas para a sociedade em geral. De acordo com os
resultados dos estudos do Dr. Ruediger Kuehr e sua equipe, na página Inovação
Tecnológica, das Nações Unidas, 1,8 toneladas de materiais dos mais diversos tipos são
utilizados para se construir um único computador:
O cálculo foi feito tomando-se como base um computador de
mesa com um monitor CRT de 17 polegadas. Somente em
combustíveis fósseis, o processo de fabricação de um
computador consome mais de 10 vezes o seu próprio peso. São,
por exemplo, 240 quilos de combustíveis fósseis, 22 quilos de
produtos químicos e - talvez o dado mais impressionante -
1.500 quilos de água. O problema é que a fabricação dos chips consome uma enormidade de água. Cada etapa da produção de
um circuito integrado, da pastilha de silício até o
microprocessador propriamente dito, exige lavagens seguidas
em água extremamente pura. Que não sai assim tão pura do
processo, obviamente. (Kuehr apud Rosa, 09/03/07, p. 01)
Os REEE são equipamentos que possuem metais pesados altamente nocivos
ao meio ambiente se descartados inadequadamente nos aterros sanitários, que mesmo
controlados, são apenas compactados e enterrados. De sorte que, se descartados de
maneira inteligente, isto é, se reaproveitados, a sociedade, a indústria e o meio ambiente
ganham. Conforme quadro a seguir, encontra-se a percentagem dos metais que agridem
o meio ambiente e a saúde da sociedade, os quais fazem parte das peças extraídas da
natureza, perpassando tantos processos de industrialização até transformarem-se nas
7
peças constituintes de diversos equipamentos que, contudo convertem-se após o uso em
um problema que necessita de cuidados especiais:
. Percentagem de metais pesados nos computadores em relação ao peso total
Fonte: SILVA, Bruna da, et. al. Resíduos Elétricoeletrônicos no Brasil, Santo André, 2007
Assim, com o aumento do mercado de consumo dos EEE, tornou-se
necessária a exploração de novos metais pesados que, com o devido processo de
reciclagem da logística reversa5, pouparia a natureza da extinção dos mesmos. Contudo,
a fabricação destes tornou-se cada vez mais dispendiosa e poluente, justamente pela
ausência de mecanismos de reciclagem da maior parte do que é produzido, o que seria
não só para as empresas, mas para a sociedade em geral, um ganho sem mensuração.
Os REEE causam poluição de lençóis freáticos, provenientes do desperdício
de recursos naturais não renováveis. Transformam-se para o homem em elementos
cancerígenos e propagadores de inúmeros danos irreversíveis a saúde, conforme a tabela
abaixo:
5 Logística reversa’ – é efetuada pelos catadores, que levam os resíduos para os centros ou associações onde separam e encaminham
para a indústria para serem reutilizados -, tempo de avaliação e estudos dos resíduos em novos meios de reciclagem, em suma
elevando a um patamar de alto custo para o benefício que proporciona, necessitando de abertura de linhas de créditos para seu
desenvolvimento e implementação.
8
Fonte: FRANCO, Rosana. Dissertação UFMG/2008
. Danos Causados à saúde humana pelos metais encontrados nos computadores
SUBSTÂNCIA
UTILIZADA EM
PREJUÍZOS AOS SERES VIVOS
CHUMBO
Soldagem de placas de circuitos impressos, o vidro dos tubos de raios catódicos, a solda e o vidro das lâmpadas elétricas e fluorescentes.
Danos nos sistemas nervoso central e periférico dos seres humanos. Foram também observados efeitos no sistema endócrino. Além disso, o chumbo pode ter efeitos negativos no sistema circulatório e nos rins.
MERCÚRIO
Termostatos, sensores, relês e interruptores (por exemplo, em placas de circuitos impressos e em equipamento de medição e lâmpadas de descarga) equipamentos médicos, transmissão de dados, telecomunicações e telefones celulares. Só na União Européia são utilizadas 300 toneladas de mercúrio em sensores de presença. Estima-se que 22% do mercúrio consumido anualmente seja utilizado em equipamentos
elétricos e eletrônicos.
O mercúrio inorgânico disperso na água é transformado em metilmercúrio nos sedimentos depositados no fundo.
O metilmercúrio acumula-se facilmente nos organismos vivos e concentra-se através da cadeia alimentar pela via dos peixes. O metilmercúrio provoca efeitos crônicos e causa danos no cérebro.
CÁDMIO
Em placas de circuitos impressos, o cádmio está presente em determinados componentes, como resistências de chips SMD, semicondutores e detectores de infravermelhos. Os tubos de raios catódicos mais antigos contêm cádmio. Além disso, o cádmio tem sido utilizado como estabilizador em PVC.
Os compostos de cádmio são classificados como tóxicos e com risco de efeitos irreversíveis à saúde humana. O cádmio e os compostos de cádmio acumulam-se no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los, com o tempo. O cádmio é absorvido por meio da respiração, mas também pode ser ingerido nos alimentos. Em caso de exposição prolongada, o cloreto de cádmio pode causar câncer e apresenta um risco de efeitos cumulativos no ambiente devido à sua toxicidade
aguda e crônica.
PBB e PBDE retardadores de
Chama bromados - PBB e os éteres difenílicos polibromados - PBDE)
Regularmente incorporados em produtos eletrônicos, como forma de assegurar uma proteção contra a Inflamabilidade, o que constitui a principal utilização destas substâncias.
A sua utilização faz-se sobretudo em quatro aplicações: placas de circuitos impressos, componentes como conectores, coberturas de plástico e cabos. Os 5-BDE, 8-BDE e 10-BDE são principalmente usados nas placas de circuitos impressos, nas coberturas de plástico dos
televisores, componentes (como os conectores) e nos eletrodomésticos de cozinha. Sua liberação para o ambiente se dá no processo de reciclagem dos plásticoscomponentes dos equipamentos
São desreguladores endócrinos. Uma vez libertados no ambiente, os PBB podem atingir a cadeia alimentar, onde se concentram.
Foram detectados PBB em peixes de várias regiões. A ingestão de peixe é um meio de transferência de PBB para os mamíferos e as aves.
Não foi registrada qualquer assimilação nem degradação dos PBB pelas plantas.
Diante do exposto, verificamos que é de suma importância para a sociedade
como um todo – a de hoje e para as futuras - , pensar o que é ecologicamente correto, e
mais que isso – o que é seguro. Embora esta discussão ainda não esteja na pauta do dia
em Manaus – lugar da realização da pesquisa, por motivos que seria impossível listar no
momento. Entretanto, pontuaremos a pauta de discussão na Região Amazônica no
capítulo 3.
É importante também visualizar a quais riscos estamos sujeitos como
conseqüência da despreocupação com o descarte destes resíduos em específico. Apesar
de sermos um grande país com espaço territorial para fazer muitas coisas, precisamos
pensar no que pode ser poupado com políticas sustentáveis e até mesmo pequenos
cuidados podem contribuir para um mundo melhor.
1.3 Perspectivas dos Produtores
Na atualidade, em todo mundo, a dinâmica de produção passa pelas
seguintes etapas: planejamento, desenvolvimento, produção, distribuição, consumo e
9
destinação final (Mandel,1982, Leff, 2002). Assim, o consumidor final deixou de ser o
último ponto de preocupação em conseqüência de pressões internacionais de ativistas
ambientais.
Empresas produtoras de EEE como a HP estão recebendo de volta seus
produtos. Por exemplo, impressoras usadas servem como garantia de desconto na
compra de uma nova. A empresa Dell também possui um programa de recolhimento de
todos os seus equipamentos, via cadastro em seu site.
É sob esta perspectiva que o Green Peace6 disponibiliza um guia de compras
verdes contendo informações preciosas para consumidores conscientes, como consumo
de energia, produtos químicos utilizados, entre outras informações importantes
disponibilizado em seu site:
Guia Verde Eletrônico do Green Peace Rank Empresa Avaliação do Green Peace
1º Nokia (Nota 7,5) Permanece em 1º lugar por obter bons resultados em: redução do uso de substâncias tóxicas, consumo eficiente de energia e política de reciclagem.
2º Samsung (6,9) Mantém o 2º lugar. Apoia com força um acordo global em torno da mudanças climáticas.
3º Sony Ericsson (6,5)
Obteve bons resultados em relação à redução do uso de tóxicos e consumo de energia
4º Philips (5,9) Subiu do 7º para o 4º por sua política de reciclagem responsável
5º Toshiba (5,7) Manteve a posição, com pequeno acréscimo na pontuação, por produzir melhores relatórios sobre taxas de reciclagem de TVs e PCs.
6º Motorola (5,3) Pontuou atrás de concorrentes como Nokia e Sony Ericsson em relação ao uso de tóxicos e consumo de energia.
7º Sharp (5,1) Precisa melhorar nos quesitos resíduos tóxicos e informações sobre consumo eficiente de energia
8º Sony (5,1) Pulou do 12º para o 8º lugar, por reduzir uso de químicos
9º Apple (4,9) Sai do 11º para o 9º por ser o fabricante de computadores que mais reduziu o uso de substâncias tóxicas em seus produtos
10º Panasonic (4,9) Mantém a 10ª posição. Melhorou no quesito consumo de energia, mas perdeu pontos em relação aos resíduos tóxicos
11º LG Eletronics (4,7)
Despenca da 4ª para 11ª posição por retroceder no compromisso de fabricar produtos livres de PVC e retardadores de chamas bromados (BFR) até o final de 2010.
12º Dell (4,7) Sobe uma posição, por lançar produtos com redução de substâncias químicas.
13º Acer (4,9) Cai do 9º para o 13 º lugar, por lançar novos produtos não eficientes em consumo de energia.
14º HP (4,5) Ganhou pontuação por fabricar notebook parcialmente livre de PVC e BFRs.
15º Microsoft (2,7) A empresa se comprometeu a remover PVCs e BFRs de seus produtos de hardware, até o final de 2010.
16º Fujitsu (2,7) Precisa melhorar em todos os critérios de avaliação
17º Lenovo (2,5) Nenhuma melhoria foi observada e ainda não definiu prazo para eliminar uso de tóxicos.
18º Nintendo (1,4) Apesar do pequeno acréscimo na pontuação, suas emissões de efeito estufa continuam crescendo.
6 Organização Não-Governamental com escritórios em 41 países que busca defender a biodiversidade no planeta terra.
Fonte: http://www.greenpeace.org/international/campaigns/toxics/electronics/how-the-companies-line-up. Consultado: 12/11/2010
10
Mesmo com o trabalho do Green Peace em elaborar anualmente uma
extensa lista dos produtores de equipamentos elétrico-eletrônicos, contendo aqueles que
se preocupam com o meio ambiente, os que fabricam os ‘produtos verdes’. Mas nem
todos os consumidores e produtores possuem as mesmas preocupações. Até porque os
produtos da linha verde em geral custam mais caro, e nessa relação custo/natureza (Leff,
2002), o que é “ecologicamente correto” possui um alto custo.
Com essa paisagem de concorrência entre empresários, está o mercado de
produção, cabendo ao consumidor definir seus ‘vilões’ e seus ‘heróis’ do meio
ambiente. Contudo, o mercado de consumo e de produção de equipamentos eletro-
eletrônicos está na mira dos consumidores desavisados e/ou despreocupados.
Considera-se que o consumo de equipamentos eletro-eletrônicos praticado
nos países de primeiro mundo como o Japão – sendo o descarte em média de três meses
de uso apenas -, difere muito dos países de terceiro mundo como o Brasil. Nestes termos
concordamos com o importante papel de agentes sociais da iniciativa pública e privada
na chegada de equipamentos tecnológicos ao Brasil e ainda em nossa região. Temos
uma especificidade diferente no consumo (que exporemos no próximo capítulo): um
consumo até o fim da vida útil do equipamento. Ainda que as pressões mercadológicas
ofereçam em conjunto: computadores mais velozes, com programas com mais eficiência
e ainda periféricos em geral com maior resolução de imagem e som, esta vedete da
modernidade, dentro de uma lista de necessidades do brasileiro, não se encontra nos
primeiros lugares. Motivo este da proliferação de lan houses e ciber cafés que
oportunizam a inserção digital, com máquina apresentando o mínimo possível de
configuração para a navegação na internet que hoje disponibilizamos.
1.4 Localização dos Produtores e Receptores de REEE
A produção dos REEE consolida-se na alta Lei da Entropia7 – a mais
econômica das leis da física, parafraseando Roegen (1981), que consiste no processo de
dissipação de energia, sendo que: estes materiais são constituídos da materialização de
diversos processos de acúmulo de energia, dos quais a natureza precisaria ainda separar
para decompor. Este processo, que a natureza faz normalmente, mas demora alguns
7 A Lei da Entropia está independente da lei mecânica clássica, ainda que esteja sob estrito domínio da Física. Mas na associação
dos conceitos o ponto está na redução de locomoção, ou seja, a alta entropia é uma estrutura com a maior parte de certa energia e a
baixa entropia é essa energia dissipada no universo.
11
milhares de anos. Por isso, incorpora cada vez mais dimensões políticas, econômicas,
sociológicas, antropológicas e a busca da utilização dos recursos naturais que não
degrade a natureza, proporcionando sua renovação e qualidade de vida.
O foco da problemática ambiental emerge de vários lugares do mundo:
Onde vamos colocar o tipo de resíduo sólido apresentado pelos REEE? Uma saída tem
sido convencionada nos países desenvolvidos: enviar tudo para as nações pobres como
Ghana, China, pois lá são locais de desmonte e no geral não possuem legislação
apropriada para esse tipo de resíduo. Bauman estudando os refugos humanos na
sociedade de consumo dos REEE, que vivem em um palco cinza, longe e sem o
colorido das vitrines ou as luzes dos holofotes, observa ativistas ambientais:
Rachel Shabi cita Jim Puckett, um ativista ambiental: “O lixo tóxico sempre
descerá montanha abaixo buscando o caminho econômico de menor resistência”. Em Guiyu, aldeia chinesa convertida em depósito de lixo
eletrônico, assim como em numeroso lugares da Índia, Vietnã, Singapura ou
Paquistão, habitados por ex-camponeses que caíram (ou foram jogados fora)
do carro do progresso econômico, o refugo eletrônico do Ocidente é
“reciclado” (Bauman, 2008, pg. 77).
A análise dos REEE, que em sua produção ampliada de capital através de
meios técno-científicos, dos quais faz parte uma gama de processos de transformação de
matérias-primas, retiradas dos ecossistemas, mas que não dependem tão-somente das
leis biológicas da evolução, mas da apropriação econômica, política, jurídica e sócio-
cultural, formam assim, uma tecnoestrutura da qual fundamentam-se dentro de uma
racionalidade técnoburocratizada [Leff (2002,p.30), Carvalho (2009)]. Desta forma,
tornou-se o equipamento utilizado em todos os lugares seja na escola, seja no trabalho
ou em casa, o computador como ferramenta pessoal é a vedete da modernidade. E
mesmo com a Lei Municipal de Manaus nº 1.411 de janeiro de 2010, a PNRS (Política
Nacional de Resíduos Sólidos) e o Plano Diretor de Resíduos Sólidos, ainda não se
possui uma política ou tecnologia adequada que descarte esse tipo de resíduos de
maneira eficiente, como na reutilização industrial dos metais pesados que possuam. A
administração eficiente do volume produzido e consumido de REEE, decorrente da
produção local é ainda auxiliada por intermédio de importações, o que Silva (2000)
aponta como influências ao mercado local. Com isso, em decorrência das estruturas de
produção e consumo, é complexo resolver neste trabalho o problema da destinação dos
REEE, o que excede seu propósito.
E conforme a Revista Galileu, e o blog Lixo Eletronico.org, que apresentam
um mapa com as rotas de descarte desse resíduo, podemos ver as proporções da situação
12
no mundo, na página seguinte. No mapa a seguir, observamos alguns lugares do mundo
onde há a preocupação com os REEE, da mesma forma que há lugares sem nenhuma
preocupação.
13
As empresas são mais eficazes que o governo no
combate ao e-waste. Apple, Dell e HP, por exemplo,
comprometeram a abolir de seus produtos itens nocivos
ao meio ambiente.
Uma agência do governo da Califórnia disse que em
2006, o Brasil recebeu mais de mil toneladas de eletrônicos descartados
nos EUA. O Ministério do Meio Ambiente não
reconhece que o Brasil seja receptor desse tipo de
lixo.
Nas cidades de Lagos e Acra são despejados 15% do total de lixo eletrônico
mundial. O porto de Lagos recebe mensalmente 400 mil
máquinas usadas. Desse total 75% não tem conserto e acabam sendo enviadas
para aterros ou lixões a céu
aberto.
Sem espaço para processar o e-waste em seu próprio território e vigiado por
ambientalistas, o continente estuda a implantação de leis
para diminuir o volume de dejetos. Uma delas limita a posse de eletrônicos a 4 kg.
por pessoa.
A cidade de Karachi é
para onde vai cerca de 10%
do lixo eletrônico.
Nova Délhi recebe cerca de 15% do e-waste. Os
equipamentos são desmontados em ruas
secundárias das regiões que comercializam
eletrônicos. O trabalho é feito por homens, mulheres e crianças sem proteção.
De janeiro de 2008 a maio de 2009, 12
navios carregados de lixo eletrônico
descarregaram em território
chinês; a Austrália
recicla apenas 4% do seu
resíduo.
Em conjunto com a chinesa Guiyu, Taiwan,
Indonésia e Malásia são o destino de oito em cada dez
PCs descartados nos EUA.
O volume vem diminuindo, mas o lixo eletrônico que sobra vai para Guiyu na
China.
Maior receptor mundial a cidade de Guiyu é o destino de 60% a
70% do lixo eletrônico que, quando chega, é desmantelado manualmente. A água da região
já está completamente contaminada. A população vive dessa reciclagem e tem níveis
tóxicos em altas concentrações no sangue.
Rotas de Escoamento dos REEE no Mundo
F o n t e : R e v i s t a G a l i l e u n º 1 5 6
14
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, as ressignificações e destinos dos REEE são muitas. Para a elite
brasileira, um computador tem uma vida útil de aproximadamente 1 (um) a 2 (dois)
anos. Este mesmo computador é reutilizado pelas camadas mais humildes por mais 4
(quatro) ou 5 (cinco) anos, de forma que para a elite o computador novo significa status
de poder de consumo, além de um símbolo da modernidade para uma sociedade em
geral cada vez mais em rede. Para a camadas mais humildes, significa uma
oportunidade de acesso à um novo mundo de serviços e oportunidades das mais
diversas. Ter uma máquina em perfeitas condições de uso e ligada à internet hoje, para
toda a sociedade moderna líquida é um momento individual para lazer, trabalho,
comunicação, para fazer novos relacionamentos dos mais diversos, para saber notícias,
pesquisas, entre outras possibilidades que o computador é capaz.
E mesmo na condição de resíduo sólido especificamente diferente dos
outros, ainda é cotado como possibilidade de gerar renda para comunidades que
estiveram por algum tempo fora do mercado de trabalho. Embora existam tímidas
iniciativas privadas para o recolhimento dos REEE em Manaus (o que almejo sucesso
para que se desenvolvam), mas existem para que possamos ter um aterro sanitário que
possa durar mais de 14, (quatorze anos e meio estima-se), além de constituir um
negócio rentável com a logística reversa – desde que cumpra as normas de segurança do
manejo, para que não se exponha vidas a doenças que vimos no capítulo 1 -, as futuras
gerações poderão ter acesso aos recursos naturais que a natureza oferece, sendo que para
isso é necessário pensar em políticas sustentáveis.
O CDI está em Manaus desde 2001, mas somente há dois meses iniciou o
projeto de recolhimento dos REEE, o que a PNRS veio ratificar quando saiu da gaveta
esse ano de 2010, sendo assinada pelo Presidente Lula. De forma a pressionar os
empresários ao descarte correto, embora a população não esteja educada
ecologicamente para esta nova dinâmica de reciclagem – trabalho que acredito ser mais
lento e que necessite de muito investimento em propaganda para conscientizar todos os
usuários de equipamentos elétricos eletrônicos.
A seguir, na figura 11, a lista de endereços para a destinação correta dos
REEE, realizada pela ONG CDI Amazônia:
15
Panfleto do CDI Amazônia
Fonte: CDI Amazônia, 2010
O CDI Amazônia realiza o trabalho de democratização da internet,
recolhendo os REEE, consertando o que é possível, montando Lan-Houses em bairros
carentes e zonas ribeirinhas, além de oferecer cursos profissionalizantes de manutenção
de hardware e software, e informática básica para usuários. Além desses dois pontos
tem ainda a parceira deles com a Amazon Print, que disponibiliza seus endereços como
posto de coleta (Rua Gen. Rodrigo Otávio Japim e Rua Joaquim Nabuco, Centro
próximo a Funerária Almir Neves). Contudo eles só recebem REEE, pilhas, baterias e
baterias de notebooks não. Neste caso, as pilhas e baterias deverão ser deixadas na loja
Italux que é fornecedora da Inertec que recicla este resíduo específico (fica na esquina
da Major Gabriel com Boulevard, bem em frente ao cemitério São João Batista). É de
iniciativas assim que esperamos que apareçam mais na cidade de Manaus.
16
REFERÊNCIAS
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas – as mercadorias sob uma perspectiva
cultural. Trad.: Agatha Bacelar. Ed. Eduff. Niteroi – RJ. 2008.
ARAGÃO, Lucia. Habermas: filósofo e sociólogo do nosso tempo. Ed.: Tempo
Brasileiro. Rio de Janeiro. 2002
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Edições 70. 1991. p.39
BAUMAN, Zygmunt. Vidas Desperdiçadas. Ed. Zahar. Rio de Janeiro. 2005
________________. Modernidade Líquida. Tradução Plinio Dentzien. Ed. Zahar. Rio
de Janeiro. 2000
________________. Vida para Consumo. Tradução; Carlos Alberto
Medeiros.Ed.Zahar. Rio de Janeiro.2008
BENJAMIM, Walter, Horkheimer, Adorno e Habermas. Textos Escolhidos. Tradução:
José Lino Grünnewald...[et al.] – 2a Ed. – Abril Cultural . São Paulo. 1983.
BROWDER, John O. e Godfrey, Brian, J. Cidades da Floresta: urbanização,
desenvolvimento e globalização na Amazônia Brasileira. Manaus: Edua, 2006.
CANO, Wilson. Reflexões sobre o Brasil e a nova (des)ordem internacional. 3. Ed.
Campinas/SP. 1994
CASTELLS, Manuel. – A era da informação: Economia, Sociedade e Cultura. vol. I (A
Sociedade em Rede), São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CASTRO, Pedro. Sociologia do Trabalho (Clássica e Comtemporânea).Ed. Eduff.
Niteroi. 2003.
CARVALHO, Monica de. Cidade Global: anotações críticas sobre um conceito. In São
Paulo em Perspectiva, vol. 14, n. 4 out-dez/2000. São Paulo: Fundação SEADE, 2000.
CARVALHO, Luiz. Amazônia : espectros de globalização. Ed. Edua. Manaus. 2009.
CHATELET, Oliver; DUHAMEL, Oliver; PISIER-KOUCHNER, Evelyne. História
das Idéias Políticas. Trad.: Carlos Nelson Coutinho. Jorge Zahar Editora. Rio de
Janeiro. 1985.
COSTA, Sylvio de Souza Gadelha. Governamentalidade neoliberal, teoria do capital
humano e empreendedorismo. In: Revista Eletrônica: Educação & Realidade.
Mai/ago.2009
DEBORD, Guy, A sociedade do espetáculo. Trad.: Estela dos Santos Abreu. Ed.
Contraponto. 1997.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio:Minidicionário da língua
portuguesa dicionário /Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Coord. de Ed. Marina
17
Baird Ferreira; eq. Lexicografia Margarida dos Anjos. – 7 ed. – Curitiba: Ed. Positivo.
2008
DOUGLAS, Mary & ISHERWOOD, Baron. O mundos dos Bens. Para uma
antropologia do consumo. Ed. UFRj.2009.
FRANCO, Rosana. Dissertação: Protocolo de Referência para Gestão de Resíduos de
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos Domésticos para o Município de Belo Horizonte
UFMG/2008
FROMM, Erick. A Revolução da Esperança. Circulo do Livro. 1968.
GARCIA, Paulo Mello. Mudanças institucionais e estratégia empresarial no Brasil nos
anos 90. Texto desenvolvido a partir da tese de doutorado pela USP: “Alianças
Estratégicas e Coordenação no Agribusiness”, São Paulo,1999.
GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. The Entropy Law and the Economic Process.
Harvard University Press. 1981
GROES, Denise Barbosa. Institutos Liberais e Neoliberalismo no Brasil da Nova
República. Teses, FEE; nº 06. Porto Alegre, setembro de 2003.
HUGON, Paul. Historias das doutrinas econômicas. 14º Edição. Editora Atlas. São
Paulo. 1980.
LEFF, Enrique. Bases ecológicas do desenvolvimento sustentável.
In: Ecologia, Capital e cultura: racionalidade ambiental,
democracia participativa e desenvolvimento sustentável. Blumenau: ed.
FURB, 2000
________________,Epistemologia Ambiental.Editora Cortez. Rio de Janeiro.2002
MACKENZIE, Ian. English for business studies. 2. Ed. Cambridge University Press.
UK.2002
MANDEL, Ernest. O capitalismo tardio. Trad.: Carlos Eduardo Silveira Matos e outros.
Ed. Abril. São Paulo. 1982
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Tradução de Reginaldo de
Santana. 3. Edição. Volume I. São Paulo. 1982.
MARX, Engels/Karl. F. Engels: Manchester. In: Coleção Os Pensadores. Gabriel Cohn
(org.). Ed. Ática. São Paulo. 1983.
MENDONÇA, Sonia Regina de. Estado e Economia no Brasil: Opções de
desenvolvimento. 1º edição. Editora Graal. Rio de Janeiro. 1986.
18
MORAES NETO, Benedito de. Século XX e Trabalho Industrial. Ed. Xamã. São
Paulo.2003
MORIN, Edgar. A antropololítica; A reforma do pensamento. In: MORIN, Edgar [et.
al]. Terra-Pátria. Tred. Paulo Neves. Porto Alegre: Sulina, 2002.
NUNES, Brasilimar Ferreira (org.) Sociologia de capitais brasileiras: participação e
planejamento urbano. Brasília: Líber Livro Editora, 2006.
RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz, e CARDOSO, Adauto Lucio. Reforma Urbana e
Gestão Democrática, promessas e desafios do Estatuto da Cidade. Editora Revan.
Observatório IPPUR/UFRJ-FASE. 2003.
RODRIGUES, Alberto Tosi. Ciclos de mobilização política e mudança institucional no
Brasil. Revista de Sociologia e Política nº 17 p.33-43. novembro de 2001.
ROSA, Agostinho. Fabricação de cada computador consome 1.800 quilos de materiais.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125070309.
Acessado em: 01/10/2010.
SADER, Emir; GENTILI, Pablo. Pós-Neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado
decrático. Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro. 1995.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia – Nova Edição Revista e Ampliada. Ed.
Best Seller. 7. Ed. São Paulo. 1987.
SANTOS, Maria Cristina dos. Lixo: curiosidades e conceitos/Maria Cristina dos Santos,
Claudia Saldanha de Oliveira e Ellen Rabelo Lima. Manaus: Editora da Universidade
Federal do Amazonas, 2002.
SELL, Carlos Eduardo. Introdução à Sociologia Política – Política e sociedade na
modernidade tardia. Editora Vozes. Petrópolis. Rio de Janeiro. 2006.
SERÁFICO, José & SERÁFICO, Marcelo. A Zona Franca de Manaus e o capitalismo
no Brasil. In: Artigo: Dossiê Amazônia Brasileira II. [Formato digital] Data: 22/03/2009
SILVA, Marilene Correa da. Metamorfose da Amazônia. Ed.: Edua. Amazonas.2000
______ e de Freitas, Marcilio. Estudos da Amazônia Contemporânea. Dimensões da
Gobalização. Ed. Edua. Amazonas,2000.
_______.Agenda Amazônica 21: Valorização Humana e Social. Amazonas. Ed.
Edua.2001
SILVA, Bruna da, OLIVEIRA, Flávia Cremonesi, MARTINS, Dalton Lopes . Resíduos
Elétricoeletrônicos no Brasil, Santo André, 2007.
SORJ, Bernardo. [email protected]: A luta contra a desigualdade na sociedade de
informação. Ed. Zahar. Brasília. 2003.
19
STAHEL, Andri Werner. .......... In: CAVALCANTI, C. (org.).
Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São
Paulo: Cortez, 1995.
SOMMER, Mark. Artigo: O lado obscuro do Lixo Eletrônico Disponível em:
http://infosoc.wikidot.com/o-lado-obscuro-do-lixo-eletronico. Consultado no dia
10/11/2010
VALLE, Izabel. Globalização e Reestruturação produtiva – um estudo sobre a
produção offshore em Manaus. Ed. EDUA. Amazonas.2007
WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Vol.
1. Trad.: Regis Barbosa e et. al. Revisão: Gabriel Cohn. 4. Ed. Editora: UNB./Impressa
Oficial. São Paulo. 2004.
WWW.lixoeletronico.org. acessado 29/09/2009.
http://ec.europa.eu/environment/waste/weee/index_en.htm. acessado 02/11/2009.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87014-7943-217,00-ONDE%20OS%20ELETRONICOS%20VAO%20MORRER%20E%20MATAR.html. Acessado em 02/08/2010.
http: //pt.wikipedia.org/wiki/Neoliberalismo, consultado dia 04/07/2008
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso_de_Washington, consultado dia 10/07/08
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Melhores-compras. consultado no dia
12/11/2010.