3.5---estudo-de-circulacao-viaria

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1 ANEXO 3.5 Estudo de Circulação Viária

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Estudo

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    ANEXO 3.5

    Estudo de Circulao Viria

  • 2

    1. APRESENTAO

    O desenvolvimento dos estudos para implantao do Veculo Leve sobre Trilhos (VLT)

    exigiram anlises das condies operacionais de modos individuais motorizados de

    transporte ao longo do Eixo Anhanguera e seu entorno, com o objetivo de subsidiar a

    formulao do projeto geomtrico e o desenvolvimento de estudos posteriores relativos

    s propostas de circulao ao longo da Av. Anhanguera, bem como seu entorno. De

    forma a adequar o sistema virio s transformaes e demandas da implantao futura

    do novo sistema de VLT.

    Neste sentido, a premissa bsica deste estudo foi orientar a melhor condio possvel

    de operao para o futuro modo sobre trilhos a partir da adaptao da circulao

    veicular atual ao novo conceito de interveno urbana e de transportes, associado ao

    VLT.

    Os resultados deste estudo apontam para solues que devero ser desenvolvidas na

    prxima etapa do projeto, em que sero necessrios detalhamentos bsicos.

    2. INTRODUO

    Embora mantenha a mesma denominao ao longo de todo o Eixo, a Avenida

    Anhanguera desempenha diferentes papis ao longo de sua extenso. Nos segmentos

    mais prximos ao extremo leste da via, em Padre Pelgio, a avenida pode ser

    considerada como uma faixa de usos urbanos ligados a logstica e servios de

    manuteno e armazenamento. Nos trechos de Campinas e Centro Histrico, a

    Avenida desempenha o papel de importante eixo de atividades, agregando comrcio e

    servios. No extremo leste, por outro lado, se apresenta como paisagem basicamente

    residencial de baixa densidade.

    Trata-se de uma importante referncia urbana, que organizou historicamente os

    assentamentos na direo leste-oeste, direcionando a expanso metropolitana

    inclusive.

    No apenas em relao ao ambiente urbano, mas tambm quanto sua funo

    hierrquica no sistema virio a Av. Anhanguera apresenta papeis bastante distintos,

    variando de via coletora na regio de Parque Novo Mundo a via arterial, parte do

    sistema de deslocamento estrutural de conexo de Goinia com o vetor oeste da

    Regio Metropolitana.

    Diante disso, o tratamento virio a ser implantado por conta da operao do futuro

    Veculo Leve sobre Trilhos (VLT) deve ser distinto, assimilando os diferentes papis

    urbanos mencionados e reconhecendo as funes da avenida na malha viria.

  • 3

    A proposta de circulao dever ser resultante de um processo de equilbrio de dois

    requisitos: as necessidades urbansticas associadas ao VLT, pelas quais caladas mais

    largas, ciclo faixas, canteiros e outros elementos resultam em uma menor

    disponibilidade da caixa viria para pistas de circulao de veculos; e as necessidades

    da circulao de trfego, pelas quais o atendimento dos fluxos exige maior capacidade.

    O novo sistema de transporte exigir tambm a racionalizao do nmero de

    cruzamentos da avenida, de forma a garantir velocidades comerciais mais

    competitivas, aumentando os valores observados atualmente no corredor de nibus.

    A apresentao deste estudo ser realizada organizando o desenvolvimento da

    avenida em trechos distintos, tais como apresentados na tabela abaixo:

    Tabela 1: Identificao dos diferentes trechos de anlise e propostas para o Eixo Anhanguera

    Trecho Extenso

    1 Padre Pelgio / Crrego Anicuns

    2 Regio do Terminal DERGO

    3 Setor Campinas

    4 Praa A / Lago das Rosas

    5 Centro Histrico

    6 Setor Universitrio

    7 Praa da Bblia / BR153

    8 BR153 / Palmito

    9 Parque Novo Mundo

    Este estudo dedicado ao entendimento do Eixo Anhanguera como parte fundamental

    do sistema virio, estrutural ou no, caracterizando-o do ponto de vista funcional. So

    apresentados mapas da situao atual quanto organizao dos sentidos de trfego e

    tambm a distribuio de carregamentos para todo o Eixo e algumas vias do entorno.

    Posteriormente, cada trecho mencionado analisado como um sistema independente

    que realiza trocas de veculos com os sistemas adjacentes. Por meio disso, possvel

    analisar dois diferentes papis do Eixo, tanto para deslocamentos na direo leste/

    oeste, como para movimentos norte/sul.

    3. CARACTERIZAO DO EIXO ANHANGUERA

    O Eixo Anhanguera a principal via que cruza a cidade de Goinia na direo leste

    oeste. De importncia no s funcional, mas tambm histrica na cidade, esta via se

    implanta paralela ao rio Meia Ponte, cruzando os afluentes de contribuio deste

    manancial. Por conta disso, a necessidade de transposio de uma srie de crregos

    uma das condicionantes mais importantes deste eixo virio.

  • 4

    3.1. Organizao funcional da circulao ao longo do Eixo Anhanguera

    O extremo oeste do Eixo Anhanguera pode ser caracterizado como parte de

    um sistema de acesso metropolitano ao vetor oeste, composto principalmente

    pelos municpios de Trindade, Goianira, Inhumas, Hidrolndia, entre outros.

    Parte significativa da demanda do Terminal Padre Pelgio composta por

    viagens que se originam nestes municpios. Tal sistema de acesso formado

    tambm pela Avenida Castelo Branco, contando com quatro faixas de trfego

    em cada sentido, considerando ambas.

    As duas vias conectam-se s rodovias estaduais GO-060 e GO-070. Este

    sistema converge, em grande parte, para a interseo entre as avenidas

    Castelo Branco, Bandeirantes e Padre Feij com a rodovia GO-060. Pode-se

    afirmar que esta interseo determina grande parte da disponibilidade de

    capacidade viria do sistema na sua poro oeste, j que se apresenta

    completamente em nvel e semaforizada. Trata-se, em outras palavras, de uma

    ampla concentrao de trfego em poucas vias e uma nica interseo.

    A Av. Perimetral Norte tem pouca influncia sobre os volumes de trfego que

    se movimentam na direo leste-oeste, atendendo apenas a deslocamentos

    muito restritos regio noroeste de Goinia e Aeroporto.

    Este sistema tem apresentado sinais muito claros de saturao de sua

    capacidade. So bastante comuns os episdios de atrasos e

    congestionamentos, em particular no sentido oeste, com destino aos

    municpios da regio metropolitana. A pesquisa de contagem veicular

    classificada realizada confirma a condio de trfego descrita.

    Em razo da importncia dos deslocamentos descritos, a Av. Anhanguera,

    entre o Terminal Padre Pelgio e o Crrego Anicuns, conta com poucas

    possibilidades de transposio veicular. Destaca-se neste sentido a Av.

    Pirineus que conecta as avenidas e atende uma importante demanda de

    converso esquerda a partir da pista norte em direo a Av. Castelo Branco.

    O Crrego Anicuns interpe uma interrupo importante da malha viria

    secundria, sendo responsvel pela concentrao de trfego nas avenidas

    Anhanguera e Castelo Branco. Ao sul, transposio mais prxima situa-se na

    Av. Macambira e, ao norte, na Av. Padre Wendel; ambas distanciadas entre

    700 e 800 metros das pontes do Eixo Anhanguera e da Av. Castelo Branco.

    A malha viria no entorno do Terminal DERGO pode ser caracterizada pela sua

    conformao de carter local. A falta de continuidade das vias, sobretudo ao

    sul da Av. Anhanguera, compromete uma possvel distribuio dos fluxos pela

    malha e concentra os deslocamentos mais longos nas avenidas Anhanguera,

    Castelo Branco e 24 de Outubro.

    No por acaso, a Rua Treze desempenha funo de importante ligao norte

    sul, j que a nica a conectar as trs avenidas paralelas da direo leste-

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    oeste. Os movimentos de converso a esquerda, semelhana do que ocorre

    em todo o Eixo, no se fazem utilizando loopings de quadra, mas faixas de

    converso a esquerda, posicionadas na prpria Av. Anhanguera.

    Destaca-se neste entorno o futuro Shopping Center que se encontra em

    projeto, a ser situado na rea delimitada pelas avenidas Anhanguera, Industrial,

    24 de Outubro e Tirol. Este empreendimento compreende ainda a construo

    de um hipermercado em rea situada no lado oposto da Av. Anhanguera.

    A Av. 24 de Outubro perde continuidade neste trecho, pois no transpe o

    Crrego Anicuns. Esta interrupo prejudica seu papel auxiliar de apoio ao

    trfego de passagem e ao prprio papel urbano de eixo de atividades daquela

    avenida. A construo do novo Shopping Center ir provavelmente evidenciar

    ainda mais referida demanda, uma vez que se tornar, desde o momento de

    sua inaugurao, em forte elemento de atrao de viagens.

    A recente extenso da Rua dos Ferrovirios, inicialmente at a Av. Anhanguera

    e, posteriormente, at a Av. Castelo Branco, permitiu a articulao de

    movimentos perimetrais que tendem a ser cada vez mais importantes,

    utilizando vias como a Av. Padre Wendel, que possibilita acesso a Av.

    Perimetral Norte.

    As duas vias estruturais na regio do Terminal Dergo apresentam

    disponibilidade de duas faixas de trfego por sentido em cada uma das vias.

    O Crrego Cascavel interpe novo obstculo articulao leste-oeste, levando

    naturalmente concentrao de trfego em poucos pontos de transposio,

    distanciados, neste caso, em aproximadamente em 300 metros umas das

    outras. Esta caracterstica condiciona a articulao com a rea comercial de

    Campinas, sendo inclusive a responsvel pelo limite fsico entre as duas reas.

    tambm a questo das transposies do Crrego Cascavel que determina as

    condies de microacessibilidade das conexes entre a rea comercial de

    Campinas e a regio do Terminal DERGO. Em outras palavras, esta ausncia

    determina uma conteno da malha comercial de Campinas.

    A regio de Campinas apresenta uma caracterstica diversa dos segmentos

    anteriores. Aqui a Av. Anhanguera apresenta um expressiva demanda de

    estacionamentos na via, condio no observada anteriormente. Em

    Campinas, o Eixo se comporta com caractersticas de via coletora, contando

    com demandas conflitantes sobrepostas, como grandes volumes de travessia e

    circulao de pedestres, estacionamentos, operaes de carga e descarga e

    largura de caixa limitada. Essas condicionantes associadas determinam baixas

    velocidades de trfego e inmeras interrupes que afetam a fluidez do trfego.

    Em outras palavras, a Av. Anhanguera aqui no pode ser considerada como

    parte do sistema virio estrutural de grande capacidade.

    Do ponto de vista dos transportes no motorizados, as condies de circulao

    insatisfatrias so determinadas pela restrio de largura das caladas e pela

    segregao em ao que est implantada ao longo de todo o corredor de

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    nibus. Esta condio afeta uma condio fundamental de vias comerciais: a

    possibilidade de constantes travessias da via por parte dos pedestres.

    A densidade da malha viria em Campinas um fator de grande importncia

    para as atividades comerciais da regio. A possibilidade de inmeros trajetos, a

    disponibilidade maior que o normal de fachadas comerciais, a forma de

    parcelamento, a origem histrica, entre outras caractersticas definem esta

    regio como uma das reas mais sensveis do projeto.

    As vias que compem a malha so caracterizadas por sua utilizao como vias

    de acessibilidade. No por acaso, so organizadas com duas faixas de

    estacionamento e uma faixa para rolamento. Neste sentido, o sistema binrio

    se torna importante muito mais como forma de viabilizar esta disponibilidade de

    vagas de estacionamento que como medida para reduo de conflitos nas

    intersees ou aumento da fluidez.

    No sistema estrutural, a Av. Castelo Branco passa a receber contribuies

    importantes a partir deste trecho, que drenam a regio sul de Goinia, como as

    avenidas Nogueira Roriz e Marginal Cascavel.

    Do lado oposto da Avenida Anhanguera, a Av. 24 de Outubro apresenta seu

    trecho de maior intensidade de atividades de comrcio e servios. Alm disso,

    trata-se de um importante corredor de transporte coletivo. De fato, do ponto de

    vista de trfego, a avenida neste segmento tem caractersticas muito prximas

    Av. Anhanguera. Ou seja, embora esta via desempenhe parcialmente papel

    estrutural no sistema de circulao, no pode assimilar maior volume de

    trfego daquele que j comporta.

    A malha regular que caracteriza Campinas se depara a leste com a barreira

    formada pelo Campo de Futebol do Atltico Goianiense e o Cemitrio Santana,

    ao norte da Av. Anhanguera; enquanto ao sul o prprio parcelamento urbano

    que determina a interrupo da malha quadriculada.

    Estas condicionantes acabam por contribuir de forma importante para o intenso

    volume de trfego na Praa A. Este ponto do Eixo um dos mais importantes

    elementos de conexo de trfego de Goinia, permitindo a articulao de

    movimentos com diferentes origens e destinos e distintas abrangncias

    espaciais, desde viagens locais at metropolitanas. Neste sentido, abriga

    volumes importantes de transposies e converses, em especial esquerda.

    A Av. Independncia, uma das vias que chegam a Praa A, permite a conexo

    com as regies centro-norte, em particular com o aeroporto, sendo responsvel

    por abrigar importantes deslocamentos perimetrais. Ressalta-se, no entanto,

    que seu trecho ao norte do centro histrico vem dando sinais evidentes de

    saturao da capacidade.

    Ao sul, a Praa A ponto de articulao para movimentos que tm origem ou

    destino nas avenidas Castelo Branco e na regio da Av. Mutiro, centralidade

    importante de Goinia. Tanto esta praa como a Walter Santos operam um

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    sistema relevante de distribuio de trfego pela malha leste, com articulaes

    metropolitanas, conforme j mencionado.

    A partir deste momento, o sistema duplo conformado pelas avenidas

    Anhanguera e Castelo Branco, que caminha paralelo desde a regio de Padre

    Pelgio, diverge, desempenhando papeis distintos a partir da. A Av.

    Anhanguera permanece como articulao leste oeste, transpondo o centro

    histrico. J a Av. Castelo Branco deriva para o sudeste em direo ao Setor

    Bueno e Setor Marista, organizando funcionalmente uma das mais importantes

    centralidades de Goinia. Esta avenida possui ainda uma outra derivao em

    direo ao Centro Cvico.

    As diferentes orientaes da malha viria nos assentamentos a leste dessa

    Praa e que se estendem at o fundo de vale onde se encontra o Lago das

    Rosas, dificulta a permeabilidade dos fluxos de trfego, o que acaba por

    concentrar movimentos em poucos de transposio e/ou conexo do Eixo.

    Mesmo interseo com a Rua R-007, que poderia se converter em ganho de

    acessibilidade por automvel, no apresenta vocao para ligaes de viagens

    de maior distncia.

    Esta conformao do arruamento, embora traga consequncias para o sistema

    de circulao estrutural, apresenta uma caracterstica importante de

    preservao das funes locais da malha, garantindo assim o no uso pelo

    trfego de passagem e boas caractersticas urbansticas e ambientais. No por

    acaso, uma rea que abriga ocupao residencial horizontal de alto nvel de

    renda.

    Do ponto de vista estrutural, tanto o parque que envolve o Lago das Rosas

    quanto o crrego a jusante, impem novamente um severo obstculo

    permeabilidade da malha viria. Mais uma vez, como j observado em outras

    ocasies, observa-se a concentrao de trfego nas vias estruturais por conta

    desta caracterstica. Aqui, o segmento da Avenida Anhanguera situado nas

    proximidades do parque opera como um articulador de movimentos, tanto de

    transposio do Eixo, como de converses a esquerda ou direita. Fluxos de

    trfego oriundos do Setor Aeroporto, por exemplo, utilizam a interseo com a

    Rua P-002 para tais movimentos. Em outras palavras, do ponto de vista

    funcional, este trecho opera como uma rotatria, semelhana da Praa A.

    A funo rotatria desempenhada pela Av. Anhanguera no entorno do Lago

    das Rosas cede novamente lugar para o papel de eixo de atividades ao longo

    do Centro Histrico. A funo de mobilidade neste trecho desempenhada

    pelas ruas Trs e Quatro, que correm paralelas ao Eixo e operam em sistema

    binrio com trs faixas de trfego cada uma. Da mesma maneira que foi

    comentado em relao a regio de Campinas, neste segmento as demandas

    de acessibilidade, particularmente quelas relacionadas a pedestres, so

    preponderantes.

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    No Centro Histrico as demandas de transposio do Eixo se apresentam

    como as mais relevantes, pois contemplam a funo de mobilidade. As

    avenidas Tocantins, Araguaia, Gois, Paranaba e Repblica do Lbano, alm

    da Alameda dos Buritis, cortam o Eixo e constituem pontos de grande

    sensibilidade na dinmica de circulao da cidade de Goinia.

    O extremo leste do Centro Histrico, na interseo das avenidas Anhanguera e

    Paranaba ocorre um dos pontos de trfego mais intenso do Eixo. A principal

    caracterstica aqui no somente o volume veicular observado, mas sobretudo

    a quantidade de movimentos conflitantes que administrado pelo cruzamento.

    Mais uma vez, a situao descrita gerada pela existncia de um corpo dgua

    que impe pontos de restrio de trfego. Neste caso, trata-se do Crrego

    Botafogo e da via marginal que o acompanha.

    No Setor Universitrio, a Av. Anhanguera volta a desempenhar papel de via de

    atendimento de demandas de mobilidade. Desta vez, trata-se da articulao da

    regio central da cidade com a BR 153 e s conexes macrorregionais, como

    Braslia e Anpolis.

    O fluxo de trfego no Eixo partilhado, pelo menos parcialmente, pela Av.

    Universitria, situada ligeiramente ao sul.

    A malha viria do entorno bastante condicionada pela presena de grandes

    glebas e quadras amplas, como o Hospital e a Praa Universitria, o campo do

    Vila Nova Futebol Clube e o Instituto de Educao de Gois. Associado a isto,

    a desarticulao da malha viria gera situaes como a observada na Quinta

    Avenida, na interseo com a Av. Anhanguera. A defasagem entre as

    aproximaes norte e sul condiciona a necessidade de caixa viria para

    converso esquerda em ambas, exigindo maior largura de caixa de via no

    Eixo.

    A Av. Anhanguera deflete ento direita como forma de vencer mais um

    obstculo colocado por um corpo dgua. Ao mesmo tempo, a restrio de

    transposies e acessos rodovia BR 153 acaba por concentrar os fluxos

    veiculares. Aqui a Praa da Bblia o elemento urbano responsvel pelo

    gerenciamento das demandas de transposio e articulao que ocorrem

    naquele local, exigindo grande capacidade de trfego.

    Esta situao fez deste um ponto de interesse para articulao centro e

    vertente leste da cidade. O terminal de transporte foi ali implantado porque,

    assim como o trfego veicular, a circulao das linhas de nibus municipais e

    suburbanas tem na Praa da Bblia um ponto de contato, que gera

    naturalmente uma demanda de integrao.

    Paralelamente, o comrcio mais popular se implantou no entorno do terminal

    de transporte coletivo, usando da condio de grande acessibilidade da Praa

    da Bblia, e usos comerciais e de servios ligados acessibilidade regional se

    consolidaram na Av. Anhanguera, no segmento que se estende at a rodovia.

    Ambas, apresentam a mesma consequncia do ponto de vista da mobilidade: a

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    presena significativa de pedestres em circulao e a grande demanda de

    travessias de pedestres.

    Esta condio faz com que o trecho que se estende da Praa da Bblia at o

    dispositivo de acesso da rodovia BR 153 apresente dois papis sobrepostos e

    simultneos: ao mesmo tempo uma via de mobilidade, por conta dos

    movimentos que atende, e de acessibilidade, em razo da atividade comercial

    e de servios que concentra.

    O dispositivo da rodovia no o nico acesso BR 153, mas aquele que

    atende a demandas de converso para movimentos que se direcionam

    Anpolis e Braslia, dois importantes destinos das viagens regionais. em

    razo do que foi mencionado que a Praa da Bblia se apresenta como um

    ponto de convergncia da malha viria do entorno. A partir deste ponto o

    acesso rodovia se faz quase que exclusivamente pela Av. Anhanguera. A

    Rua Trs, por exemplo, d acesso BR 153, como algumas outras na rea. No

    entanto, por conta da configurao da malha e pelo fato de tais acessos se

    darem apenas no sentido sul, estas vias no conformam alternativas

    consistentes, que eventualmente poderiam ser utilizadas como opo Av.

    Anhanguera.

    A concentrao dos movimentos de trfego na Av. Anhanguera neste trecho

    representa uma reduo de capacidade veicular que no pode ser desprezada,

    j que a via aqui conta apenas com duas faixas por sentido. A permisso de

    estacionamento ao longo da avenida compromete ainda mais a fluidez neste

    trecho.

    A partir da rodovia BR 153 a Av. Anhanguera no acumula mais a funo de

    atendimento das demandas de pedestres e no apresenta concentraes

    significativas de usos comerciais e de servios. Sua funo agora a de

    ligao com a Praa do Palmito, que se configura como n de distribuio dos

    movimentos que se destinam a leste, tanto a bairros prximos e como a reas

    mais distantes, acessadas pela Av. Campos Elsios, como os bairros de Vila

    Pedroso, Santo Hilrio e Jardim das Oliveiras. Entre os assentamentos mais

    prximos, a Praa do Palmito articula conexes com o Jardim Novo Mundo e

    Vila Bandeirantes.

    Neste trecho a Av. Anhanguera apresenta baixa capacidade de trfego, tanto

    em funo da largura de suas pistas, como tambm em razo da alta

    declividade observada. Atualmente, a via opera com uma faixa de rolamento e

    uma de estacionamento por sentido. Os problemas de capacidade so

    amenizados pela baixa demanda de estacionamento, que acaba permitindo o

    funcionamento de faixas de rolamento mais largas, com pontos de

    ultrapassagem de veculos mais lentos, sobretudo no sentido oeste, onde h a

    declividade ascendente mais pronunciada.

    O segmento final da Av. Anhanguera, entre a Praa do Palmito e o Terminal

    Parque Novo Mundo se apresenta como um panorama totalmente novo ao

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    longo do Eixo. Trata-se de uma via tipicamente coletora, que concentra

    algumas atividades comerciais e demandas de estacionamento e pedestres.

    Apenas o trfego de caminhes com destino ao polo industrial, onde se localiza

    o TEGON (Terminal de Combustveis), se apresenta como fato diferencial

    deste trecho.

    Na sequncia, os mapas apresentam as condies atuais de operao das

    principais vias do Eixo Anhanguera, identificando nmero de faixas de

    rolamento, presena ou no de faixas de estacionamento e sentidos de

    circulao de trfego.

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    3.2 Distribuio dos fluxos de trfego ao longo do Eixo Anhanguera

    Para este estudo foi realizada uma pesquisa de contagem veicular classificada

    em 90 intersees e mais de 650 movimentos de trfego, durante o perodo de

    16h00 as 20h00, em dias teis dos meses de junho e agosto de 2011

    (primeiros 20 pontos) e fevereiro e maro de 2012 (demais 70 pontos).

    Os resultados desta pesquisa serviram de base para as anlises de

    capacidade de trfego realizadas no estudo de circulao. Para isto,

    determinou-se a hora-pico da tarde, o dimensionamento da capacidade e

    consideraes adicionais foram elaboradas com base nestes volumes.

    Os fluxos veiculares considerados representam a hora pico tarde, entre 17h45

    e 18h45, quando esses fluxos veiculares deixam as reas de atrao de

    viagens e se destinam aos locais de origem, sobretudo as zonas com maior

    participao de usos residenciais. Por conta disto, os movimentos centro-bairro

    apresentam valores sempre mais significativos que o sentido inverso. Assim, a

    distribuio de volumes de trfego em ambos os sentidos chega relao

    80%/20% no extremo oeste do Eixo Anhanguera e 70%/30% no outro extremo,

    prximo rodovia BR 153. Ao contrrio, em segmentos mais centrais, a

    participao de cada sentido tende a apresentar maior equilbrio, como na

    regio do centro histrico, onde a relao se torna prxima de 50%/50%.

    Como metodologia, optou-se pela diviso do Eixo Anhanguera em nove

    trechos, separados de acordo com limitantes importantes do ponto de vista da

    lgica da circulao urbana. Os cursos dgua, neste sentido, so elementos

    relevantes que operam como concentradores de trfego. Da mesma maneira,

    os pontos de conexo foram considerados divisores destes trechos.

    Cada um dos trechos foi considerado como um sistema fechado, que realiza

    trocas veiculares com os sistemas adjacentes. Esta metodologia permite

    observar pontos de estrangulamento no Eixo, onde a relao entre os volumes

    veiculares e a capacidade de trfego existente expressa fragilidades do

    sistema virio de Goinia no entorno do Eixo Anhanguera, que podem exigir

    intervenes com a finalidade de melhorar as condies operacionais.

    As consideraes sobre cada trecho apresentam um diagrama sntese, que

    indica o patamar de volume de trfego que circula tanto na direo leste-oeste,

    quanto na norte-sul. A primeira apresenta a demanda de atravessamento da

    rea urbana de Goinia que acompanha o Eixo Anhanguera e seu entorno.

    No necessrio comentar como esta demanda contempla um carter

    histrico e funcional fundamental para a cidade e sua regio metropolitana.

    Nesta direo, os diagramas contemplam os volumes que entram e que saem

    deste sistema fechado, tanto do lado leste como do lado oeste.

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    A segunda demanda, norte-sul, representa uma questo crucial para o Eixo a

    partir da operao futura do VLT: os fluxos veiculares que transpem o Eixo

    para norte ou para sul e que devero ser gerenciados com o fechamento de

    intersees. Neste caso, foram considerados apenas os movimentos que

    cruzam o Eixo de um lado a outro, dispensando queles que realizam somente

    converses direita a partir das vias que chegam na Av. Anhanguera e,

    portanto, no interferem na operao do VLT.

    Os mapas a seguir apresentam uma viso geral da distribuio dos volumes de

    trfego ao longo do Eixo Anhanguera.

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    3.2.1. Trecho 1: Terminal Padre Pelgio - Crrego Anicuns

    O trecho mais a oeste, entre o Terminal Padre Pelgio e o Crrego

    Anicuns, um dos segmentos onde se constatou maior volume de

    trfego ao longo do Eixo Anhanguera. Nas proximidades da

    interseo com a Av. Pirineus, o fluxo veicular atinge 3.300

    veculos/hora no sentido predominante, isto , centro-bairro. Em

    mdia, os valores no pico tarde situam-se prximos de

    2.500veic/h.sent.

    Na Av. Castelo Branco os valores situam-se em patamares

    ligeiramente mais modestos, prximos a 2.000 veic/h.sent. Os

    nmeros observados indicam que no h transferncia significativa

    entre as avenidas Castelo Branco e Anhanguera. Mesmo a Av.

    Pirineus, a conexo mais utilizada entre as duas vias nesta regio,

    no apresenta grande variao de volume, o que indica que usada

    como acesso ao bairro e no como transferncia de fluxos.

    No se observa tambm grandes demandas nas intersees deste

    segmento, a exceo do anel de ligao entre as avenidas Castelo

    Branco e Anhanguera com as rodovias GO-060 e GO-070. O

    cruzamento das avenidas Bandeirantes, Castelo Branco e Padre

    Feij com a rodovia GO-070 um dos pontos de maior restrio de

    demanda ao longo do Eixo.

    Os valores mencionados acima ocorrem em funo da concentrao

    de movimentos promovida pelo Crrego Anicuns e suas

    transposies, j anteriormente mencionada.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 1

    Padre Pelgio Crrego Anicuns como um sistema fechado.

    Observa-se que a demanda de leste para oeste, com 5.400 veic./h

    apresenta-se acima da capacidade do sistema no estremo oeste

    deste trecho, que de pouco mais de 4.000 veic/h.sent. J a

    demanda de cruzamento do Eixo Anhanguera atualmente se distribui

    por duas intersees que permaneceram abertas aps a

    implantao do corredor de nibus e apresenta valores considerados

    baixos em relao capacidade.

  • 25

    Figura 1: diagrama de volumes de trfego no trecho 1

    3.2.2. Trecho 2: Regio do Terminal DERGO

    A existncia de uma malha viria mais robusta, sobretudo ao sul da

    Av. Castelo Branco, e a colaborao da Av. 24 de Outubro

    promovem, na regio do Terminal DERGO (trecho 2), uma

    diminuio da concentrao do volume veicular no sentido leste-

    oeste. Os nmeros observados neste trecho situam-se em

    patamares prximos a 1.500 veic/h.sent na Av. Anhanguera. Aqui,

    as maiores demandas so observadas na Av. Castelo Branco,

    sobretudo prximo a Praa Dom Prudncio.

    No entanto, como ocorrem ao longo de todo o Eixo Anhanguera, as

    transposies dos corpos dgua promovem concentraes de

    trfego. em razo disso que os volumes observados nestes pontos

    apresentam valores maiores, sobretudo no sentido bairro nessa faixa

    horria. Na extremidade oeste, prximo ao Crrego Anicuns, o

    volume de trfego da ordem de 3.700 veic/h.sent, enquanto no

    outro extremo, na travessia do crrego Cascavel da ordem de

    4.300 veic/h.sent.

    Este trecho do sistema virio deve ser entendido como parte de uma

    articulao composta tambm pelas avenidas Santana e Dom

    Emanuel, alm da Rua Treze. Este conjunto interliga movimentos

    que circulam entre as avenidas 24 de Outubro, Anhanguera e

  • 26

    Castelo Branco. No por acaso, os dois lados do tringulo (as

    avenidas Santana e Dom Emanuel) contam com demandas

    superiores a 1.000 veic/h.sent, enquanto a Rua Treze apresenta

    nmeros pouco abaixo deste valor.

    As intersees entre estas vias so assim pontos importantes da

    malha e devem ser tratadas no sentido de melhorar suas

    capacidades, tendo em vista que haver uma diminuio de

    intersees abertas na Av. Anhanguera a partir da implantao do

    VLT. Adiciona-se que h um Shopping Center e um hipermercado

    em fase de projeto, a serem implantados na Av. Anhanguera neste

    trecho. Ambos so significativos polos geradores de viagens,

    particularmente de transporte individual. H a previso de uma

    demanda ainda maior de transposies entre os dois sentidos da Av.

    Anhanguera, que envolvem necessariamente converses

    esquerda.

    A situao atual neste segmento j envolve movimentos chamados

    neste relatrio de conexo. As converses a esquerda para acesso

    s avenidas Santana e Dom Emanuel j representam participaes

    importantes do volume total do cruzamento. O movimento da Av.

    Anhanguera para a Av. Santana, por exemplo, apresenta volume

    veicular prximo a 1.000 veic/h.sent. no pico tarde.

    Mais recentemente, outro cruzamento tem desempenhado um papel

    importante, em especial para movimentos de transposio, com

    volumes chegando a 1.000 veic/h.sent. O prolongamento da Rua

    Fortaleza inicialmente at a Av. Anhanguera e posteriormente at a

    Av. Castelo Branco constituiu uma alternativa viria de carter

    perimetral para os setores So Jos e Aerovirio.

    O diagrama abaixo mostra, de maneira sinttica, a relao entre

    volumes veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho

    2 Terminal Dergo como um sistema fechado. Aqui a relao

    volume/capacidade apresenta uma situao mais favorvel.

  • 27

    Figura 2: Diagrama de volumes de trfego no trecho 2

    3.2.3. Trecho 3: Setor Campinas

    O setor Campinas apresenta caracterstica diversa dos anteriores.

    Ao invs de pontos concentrados de atravessamento da Av.

    Anhanguera, aqui se trata de uma sucesso de 11 cruzamentos

    semaforizados, que distribuem a demanda em um nmero maior de

    intersees, porm com menor capacidade. Ao invs de volumes

    excessivamente altos, observam-se valores que variam entre 230

    at pouco mais de 1.000 veic/h.sent. O fechamento de intersees

    por conta da implantao do VLT necessariamente resultar em

    concentrao de volumes veiculares em um nmero menor de

    intersees. Por conta disto, o desempenho semafrico e o nmero

    de faixas na aproximao dever ser mais bem aproveitado.

    Na Av. Anhanguera, a concentrao de atividades comerciais e de

    servios e a demanda de estacionamento na via contribuem para a

    configurao de uma via pouco atrativa para movimentos de

    passagem. Ao mesmo tempo, no se deve esquecer que o setor

    um atrator de viagens.

    No limite leste de Campinas, a Praa A opera em um sistema de

    articulao dos movimentos oriundos de todas as direes,

    denominado aqui de ponto de conexo. Seu papel deveser

    entendido, assim como a Praa Dom Prudncio, como um sistema

    composto tambm pela Praa Walter Santos e avenidas

    Independncia, Perimetral, Castelo Branco e 24 de Outubro, alm

  • 28

    das ruas 210 e 240. Nas aproximaes das intersees deste

    sistema os volumes de trfego ultrapassam 1.500 veic/h.sent.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 3 Setor

    Campinas como um sistema fechado.

    Figura 3: Diagrama de volumes de trfego no trecho 3

    3.2.4. Trecho 4: Praa A Lago das Rosas

    O mesmo patamar volumtrico mantido at a regio do Lago das

    Rosas. Ressalta-se, neste caso, a funo de ponto de transposio

    do Eixo Anhanguera, desempenhado pela Al. P-002. Neste caso, o

    volume que cruza a Av. Anhanguera superam 2.000 veic/h.sent,

    exigindo desta interseo grande capacidade e, portanto, grande

    tempo de verde no semforo.

    Os volumes de trfego no Eixo Anhanguera, ao longo do segmento

    que se estende da Av. 24 de Outubro at o Lago das Rosas, volta a

    assumir valores de 1.500 veic/h.sent, no mesmo padro que a setor

    Aerovirios, prximo ao Terminal DERGO.

  • 29

    As intersees do Eixo com as avenidas 24 de Outubro e Perimetral,

    com a R. 220 e R. R-007 so tambm pontos de grande demanda

    de cruzamento, exigindo medidas mitigadoras para redistribuir estes

    fluxos, com a implantao do VLT. Este diagnstico pode ser

    confirmado pelo volume de 4.700 veic/h que atravessam a Av.

    Anhanguera no sentido sul ao longo deste trecho.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 4 Praa

    A Lago das Rosas como um sistema fechado.

    Figura 4: Diagrama de volumes de trfego no trecho 4

    3.2.5. Trecho 4: Praa A Lago das Rosas

    De fato, no Centro Histrico a demanda a se considerar a de

    transposio, atendida por diversas vias que cruzam o Eixo. As

    avenidas Repblica do Lbano, Tocantins, Araguaia e Gois, alm

    da Alameda dos Buritis, do vazo a aproximadamente 7.000

    veic/h.sent.

    Como j comentado, trata-se de um segmento caracterizado por sua

    funo de eixo de atividades urbanas, atendendo a demandas de

  • 30

    acessibilidade. Neste sentido, a previso de vagas de

    estacionamento to importante quanto capacidade de trfego.

    No por acaso, as avenidas Trs e Quatro que cumprem a funo

    de abrigar o trfego de passagem atualmente, com volumes

    veiculares ao redor de 1.500 veic/h.sent.

    O sistema trinrio que opera no Centro Histrico converge para um

    nico ponto de concentrao: a transposio do Crrego Botafogo.

    Este ponto do Eixo apresenta-se como um dos mais demandados e

    preocupantes. No se trata apenas da ausncia de pontes para o

    prolongamento das avenidas Trs e Quatro, mas da malha viria da

    margem direita do crrego que no apresenta possibilidade de

    extenso deste sistema.

    Assim, o cruzamento das avenidas Paranaba e Anhanguera se

    converte em um ponto de conexo, que gerencia diversos

    movimentos conflitantes em uma nica programao semafrica.

    Por ela circulam pouco mais de quatro mil veculos no pico tarde.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 5

    Centro Histrico como um sistema fechado.

    Figura 5: Diagrama de volumes de trfego no trecho 5

  • 31

    3.2.6. Trecho 6: Setor Universitrio

    Na regio do Setor Universitrio o fluxo veicular volta ao padro

    observado na vertente mais a oeste da Av. Anhanguera, isto ,

    valores prximos de 1.500 veic/h.sent e distribuio desequilibrada

    de ambos os sentidos.

    Na altura da interseo com Quinta Avenida a desconexo entre

    seus dois lados faz de um pequeno trecho da Av. Anhanguera uma

    faixa de conexo, gerando volumes de converso esquerda

    considerveis. Neste pequeno segmento do Eixo, o fluxo veicular

    chega prximo a 2.000 veic/h.sent.

    Em razo da grande autonomia da malha urbana a norte e ao sul da

    Av. Anhanguera, neste trecho observa-se a concentrao de fluxos

    veiculares em poucos pontos, como a Quinta Avenida, j

    mencionada, e a Praa do Botafogo.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 6 Setor

    Universitrio como um sistema fechado.

    Figura 6: Diagrama de volumes de trfego no trecho 6

  • 32

    3.2.7. Trecho 7: Praa da Bblia BR 153

    A regio de Praa da Bblia outro dos pontos de conexo,

    agenciando diversos movimentos. Para este ponto convergem os

    fluxos leste-oeste que utilizam a rodovia BR 153 em sua origem ou

    destino, fluxos perimetrais que contornam a regio central pela rea

    mais ao norte e, finalmente, movimentos que tm origem ou

    atravessam o Setor Universitrio, utilizando as vias situadas ao sul

    da Av. Anhanguera.

    Em razo disto, a rotatria formada na confluncia das avenidas

    Anhanguera, 261 e Independncia, abriga aproximadamente 2.000

    veculos na sua via circular e j atualmente um ponto onde se

    observam atrasos significativos nos semforos.

    O acesso rodovia promove o aumento do patamar mdio do fluxo

    veicular. No trecho entre a Praa da Bblia e a BR 153 o volume

    chega a 2.500 veic/h.sent, nas imediaes da rodovia. Esta

    demanda sem dvida incompatvel com a geometria e a

    sinalizao do dispositivo. No h neste trecho contribuies

    importantes de vias da malha adjacente.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 7 Praa

    da Bblia BR 153 como um sistema fechado.

    Figura 7: Diagrama de volumes de trfego no trecho 7

  • 33

    3.2.8. Trecho 8: BR 153 Praa do Palmito

    Aps o trevo rodovirio a Av. Anhanguera perde parte do volume de

    veculos que abrigava anteriormente. Embora a regio de Parque

    Novo Mundo e adjacncias apresentem densidades demogrficas

    relativamente modestas, o fluxo de veculos medido na hora pico

    tarde conta com valores expressivos: superiores a 1.500 veic/h.sent.

    Esta caracterstica resultado da pouca disponibilidade de

    transposies da rodovia, que acaba por concentrar a demanda de

    extensas reas urbanizadas a leste da rodovia em um nico ponto.

    A Praa Diolinda B. de Souza, conhecida como Praa do Palmito,

    gerencia pouco mais que o volume anterior em converses a

    esquerda, com destino s ocupaes urbanas mais extremas como

    Vila Pedroso, e direita, com destino ao Jardim Novo Mundo e Vila

    Maria Luiza, por exemplo.

    O diagrama abaixo, de maneira sinttica, a relao entre volumes

    veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho 8 BR

    153 Praa do Palmito como um sistema fechado.

    Figura 8: diagrama de volumes de trfego no trecho 8

  • 34

    3.2.9. Trecho 9: Parque Novo Mundo

    Os movimentos que permanecem na Av. Anhanguera a partir deste

    ponto so bastante modestos, no ultrapassando 600 veic/h.sent. a

    configurao do Eixo aqui tipicamente de uma via coletora, que

    drena um entorno urbano relativamente restrito.

    O diagrama abaixo mostra, de maneira sinttica, a relao entre

    volumes veiculares que entram e que saem, considerando o Trecho

    9 Parque Novo Mundo como um sistema fechado.

    Figura 9: diagrama de volumes de trfego no trecho 9