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Page 1: 3677 e-cooperativa-mas-parece-industria

É cooperativa, mas parece indústriasexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Aurora se firma como produtora de alimentos processados e cobiça o nordeste paramanter a série de bons resultados

Entrar de vez no mercado brasileiro de alimentos industrializados e se posicionar como umaalternativa às grandes marcas que dominam o setor – eis o caminho que vem sendo trilhadopela Aurora Alimentos, também conhecida como Coopercentral Aurora. “Somos umacooperativa e sempre seremos, mas nos especializamos em alimentos industrializados. Issotem sido essencial para o nosso desempenho”, afirma Mário Lanznaster, presidente da Aurora.Em 2011, a cooperativa emplacou uma receita bruta de R$ 3,9 bilhões, alta de 23,9% emrelação ao ano anterior.

A industrialização agrega valor a um negócio que, por natureza, sofre muito com as oscilaçõesdas commodities agrícolas. Desde o início deste ano, diz Lanznaster, os preços dos insumostêm crescido acima da média. As maiores preocupações são com o milho e com o farelo desoja, essenciais na criação de frangos e suínos. A forte seca que atingiu o sul do país, aliadaao fraco desempenho das lavouras de grãos nos Estados Unidos, colocou a Aurora diante deum cenário de baixa oferta de ração e custos altos. “Torcemos para que o governo atue nosentido de evitar um desabastecimento”, ressalta.

Atualmente, a Aurora abate 600 mil aves e 14 mil suínos por dia. “Isso está normal e vamosconseguir manter, mas o custo das carnes vai ficar bem alto. Se não repassarmos,quebramos”, adverte Lanznaster. O grande desafio é acompanhar o crescimento da demanda.Denis Ribeiro, diretor do departamento de economia e estatística da Associação Brasileira daIndústria de Alimentos (Abia), estima que a produção do setor no país deverá crescer em tornode 5% no ano. “O primeiro semestre ainda está um pouquinho desacelerado, mas é umaindústria competitiva, que está sempre investindo. Além disso, existe um crescimentopopulacional e de renda no país, o que resulta em demanda por alimentos processados”,explica.

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É cooperativa, mas parece indústriasexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lanznaster lembra que, até o início deste ano, a Aurora projetava um crescimento de 12% nasvendas em 2012. Agora, diante do cenário adverso, as metas estão sendo revistas. “Pode serque a gente ainda atinja essa meta em termos de volume de produção. Mas, em resultado, vaiser muito difícil. Hoje, 70% do custo de produção de frango ou porco é ração. Mas a próximasafra só entra em janeiro, então não tem muito o que fazer para reverter”, admite.

No longo prazo, porém, a Aurora espera retomar o caminho do crescimento. E ele passa peloinvestimento em novos frigoríficos. Um está sendo erguido em Joaçaba (SC), cominvestimentos de R$ 50 milhões. O outro já está em operação – funciona em São Gabriel doOeste (MT), no qual foram aportados R$ 49 milhões. O foco é a “industrialização total”, comprodutos que deverão ser vendidos nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e nordeste. “Onordeste é o mercado mais cobiçado, tanto que estamos abrindo novos canais de vendas emFortaleza e Natal”, destaca Lanznaster.

Confira essa e outras reportagens em mais de 30 setores da economia da região sul na ediçãoGrandes & Líderes, ranking elaborado por AMANHÃ e PwC que está à venda nas principaisbancas e livrarias do país.

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