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3ª Aula
Aplicações da Cartografia
Prof. João Fernando C. da Silva, Departamento de Cartografia
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Presidente Prudente
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Até aqui...
• 1ª aula
– Apresentação da disciplina
– Conceito e definição de Cartografia
– Conceito de Engenharia Cartográfica
• 2ª aula
– Conceitos de Astronomia de Posição
– Coordenadas
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Aplicações da Cartografia
O uso da Cartografia era restrito às questões de segurança e integração nacional. Entretanto,
com a crescente demanda de informações precisas e sistemáticas das diferentes regiões que compõem o território brasileiro,
fornecendo um diagnóstico permanente de suas necessidades e potencialidades
o uso da Cartografia se estendeu para diversas áreas.
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APLICAÇÕES DA CARTOGRAFIA
O conhecimento sobre o território nacional é
fundamental para nortear a atuação governamental,
pois a Cartografia é um instrumento de planejamento e
gestão pública.
Da mesma forma, organizações privadas e não-
governamentais usam a Cartografia para o
planejamento estratégico, logística, operações e
tomada de decisão.
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Agronegócios
Identificação de culturas,
Bacias hidrográficas,
Zoneamento rural e florestal,
Cadastro técnico rural,
Barreiras sanitárias,
Desenvolvimento rural.
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Potencialidades Agrícolas
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Solos
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Relevo
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Geologia
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Petróleo e gás
Exploração de bacias
petrolíferas,
Oleodutos e
gasodutos
Análise de projetos.
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Mineração
Estudo,
Controle,
Fiscalização,
Licenciamento de áreas
para exploração de
minerais, de garimpos e
monitoramento de
resíduos.
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Avaliação Ambiental Pesquisa Mineral
Densidade da População
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Telecomunicações
• Posicionamento estratégico para instalação de antenas receptoras/repetidoras;
• Estudos para cumprimento de metas reguladoras da concessão, para atendimento a novos clientes e áreas
geográficas diversas.
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Transportes
Elaboração de projetos
Fiscalização
Manutenção
rodovias, ferrovias,
hidrovias, pistas de
aeroportos, portos e
obras.
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• Monitoramento e abastecimento de água
– Identificação e representação das bacias hidrográficas;
– Estudos para seu gerenciamento;
– Potencial hídrico;
– Potabilidade das águas,
– Projetos potencialmente poluidores;
– Subsídio à regulação e provimento de água.
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Bacias hidrográficas
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Saneamento Ambiental
Esgoto sanitário;
Avaliação de impactos ao
meio ambiente;
Melhorias e adequações
para preservar a saúde
das comunidades.
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Energia elétrica
– Identificação de pontos estratégicos para geração de
energia elétrica;
– Projetos de usinas hidrelétricas;
– Controle das linhas de transmissão e das redes de
distribuição;
– Controle, fiscalização e projetos de subestação e linhas de
transmissão.
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Geração de energia (hidro) elétrica
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Área indígena
– Identificação,
demarcação e controle das áreas indígenas.
– Monitoramento do uso e exploração de terras indígenas.
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Meio ambiente
• Controle e fiscalização de parques, reservas, recursos naturais e áreas degradadas.
• Identificação de fontes poluidoras.
• Zoneamento ecológico econômico.
• Planos de gestão ambiental.
• Controle e fiscalização de áreas com reflorestamento.
• Acompanhamento de desmatamentos e queimadas.
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Vegetação
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Qualidade do Ar
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Exposição ao CO
Administração pública
• Planejamento e desenvolvimento territorial, ambiental, social e econômico de regiões, estados e municípios.
• Elaboração de bases cartográficas plano-altimétricas estruturadas, mapas regionais, estaduais, e municipais.
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SP:
meso/micro
regiões e
municípios
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Reforma agrária
– Elaboração de Cadastro
Técnico Rural,
– Identificação de áreas
não aproveitadas para
manejo agrícola,
– Avaliação e
identificação de áreas
propícias para reforma
agrária e
– Tributação e avaliação
de imóveis rurais.
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Cadastro Ambiental Rural (CAR) É um instrumento para a regularização ambiental de propriedades; Requer o levantamento de informações georreferenciadas do imóvel.
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Segurança e Defesa
• Segurança institucional – Segurança pública
– Fronteiras
– “Mar territorial” (náutica)
• Aeronáutico – Aeroportos e entorno
• Defesa militar – Fronteiras, interior, mar, etc.
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Aplicação direta da Cartografia: base territorial • Elaboração de mapas territoriais de unidades
político-administrativas (municípios, distritos, cidades, bairros, vilas e povoados)
• e operacionais (setores censitários), que retratam a visão municipal e viabilizam o planejamento da logística e o controle das operações censitárias,
• como também a espacialização (referência geográfica) de informações estatísticas (demográficas, econômicas, ambientais e outras de cunho social).
33 Introdução à Cartografia
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Área Territorial Oficial Histórico Período de 1889 a 1922 A primeira estimativa oficial para a superfície do território brasileiro data de 1889. O valor de 8.337.218 km2 foi obtido a partir de medições e cálculos efetuados sobre as folhas básicas da Carta do Império do Brasil, publicada em 1883.
www.ibge.gov.br
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A partir de 1922 a estimativa que passou a figurar nas publicações oficiais brasileiras, calculada pela Comissão Organizadora da Carta do Brasil, do Clube de Engenharia, totalizou 8.511.189 km2. Explicada a diferença entre as duas estimativas, de 173.971 km2, pelos acréscimos territoriais que tiveram efeitos no período republicano, e com documentação cartográfica de melhor qualidade.
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Período de 1938 a 1946 Com a promulgação do decreto-lei n° 237, de 02/02/1938, ficaram atribuídos ao IBGE - Conselho Nacional de Geografia, então criado, nos termos do Artigo 9°, letra a, "... a revisão da área do Brasil, do seu parcelamento segundo as unidades federadas e dos municípios, efetuando-se, se possível, o conjunto das áreas distritais...".
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Em 1945, com o progresso dos trabalhos cartográficos, em especial daqueles que orientaram a atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo, duas décadas antes trabalhada pelo Clube de Engenharia, foi procedida a revisão da área oficial do Brasil. Em 22 de junho de 1946, através da Resolução n° 195, a Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia aprovou para divulgação e uso oficial o valor de 8.516.037 km2.
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Período de 1952 a 1989 Seguindo os conceitos que orientaram a revisão dos trabalhos no início da década de cinqüenta e aproveitando as edições sucessivas das folhas da Carta ao Milionésimo, as áreas do Brasil, dos Estados e dos Municípios, foram revistas decenalmente. Nesta seqüência, o último valor divulgado para a década de oitenta foi de 8.511.965 km2.
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Período de 1990 a 2000 Para o decênio noventa, os valores para as áreas estaduais e municipais emergiram da aplicação de novos procedimentos com a digitalização das folhas topográficas. A partir de alteração dos critérios adotados no tratamento das massas d'água e dos limites político-administrativos, observam-se discrepâncias em relação aos valores anteriormente divulgados para as superfícies estaduais e municipais.
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Os valores para as áreas territoriais, referidos a estrutura político-administrativa vigente em 31/12/1993 (Resolução da Presidência do IBGE, R.PR - 46/94, de 12/09/1994), totalizaram para a superfície do Brasil o valor de 8.547.403,5 km2 (incluindo-se as ilhas oceânicas), o que corresponde a uma diferença para mais de 0,42% em relação ao último valor divulgado para a década de 80.
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Os valores para as áreas territoriais, referidos a estrutura político-administrativa vigente em 01/01/1997 (Resolução da Presidência do IBGE, R.PR - 24/97, de 25/07/1997, publicada no Diário Oficial da União em 26/08/1997), totalizaram para a superfície do Brasil, 8.547.403,5 km2, não denotando portanto diferença em relação aos valores divulgados em 1994.
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Estes valores foram obtidos com a utilização da mesma tecnologia de digitalização manual iniciada em 1994 e tendo como base a mesma documentação cartográfica daquela época. A evolução tecnológica implementada nos últimos anos no IBGE, proporcionou a modernização da metodologia para o cálculo de áreas territoriais do Brasil.
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Em 2000, a elaboração dos mapas aprimorou-se através de um sistema de cartografia automatizada. Sob esta nova ótica tecnológica foram calculadas novas áreas para o Brasil, Estados e Municípios.
Os novos valores das áreas territoriais constituíram-se em importantes subsídios, às primeiras informações do recenseamento geral do Brasil. Os resultados alcançados marcaram o início das mudanças tecnológicas com base nos documentos digitais preparados para a utilização no CENSO 2000.
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Os valores anteriores, divulgados entre 1993 e 1997 basearam-se em procedimentos de digitalização manual, além da utilização de equipamentos eletro-eletrônicos de uma geração ainda nos seus primórdios, voltados para a aquisição e para os cálculos de dados geográficos.
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Em 1997, iniciou-se, em grande escala, o processo de digitalização automática e semi-automática com a utilização de modernos equipamentos e programas computacionais. Esta mudança no "modus operandi" do processo de digitalização influenciou os resultados, gerando novos valores para as áreas dos municípios, a partir de 1999.
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Desta forma, para 2000, ainda em caráter preliminar, visto que transcorriam atualizações dos mapas municipais para fins estatísticos, obteve-se o valor de 8.514.215,3 km2 para a área territorial do País, conforme publicado na Sinopse Preliminar do CENSO 2000. Cabe observar que a diferença de 33.188,2 km2 verificada entre os valores de 1993/1997 e 2000, significa aproximadamente 0,39% para menos em relação àqueles valores adotados na década de 90 para a área do Brasil.
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Área Oficial do Território Brasileiro
PERÍODO ÁREA (km2) MÉTODO/FONTE
1889 8.337.218,0 Carta do Império do Brasil de 1883
1922 8.511.189,0 COCB/Clube Engenharia RJ
1938 8.511.189,0 INE (Estatística) e CNG (Geografia)
1946 8.516.037,0 IBGE (INE/CNG): revisão da área
1952 8.511.965,0 IBGE: Revisões decenais
1993 8.547.403,5 IBGE: ilhas oceânicas
1997 8.547.403,5 IBGE: confirma número anterior
2000 8.544.215,3 IBGE: tecnologia computacional
2000 8.514.876,6 IBGE: valor oficial atual.
Cartografia
• Método oficial de determinação da área do
território brasileiro.
50 Introdução à Cartografia
EngeCart FCT/Unesp
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Conclusão
Em se tratando de atividades no espaço geográfico,
é praticamente impossível assinalar um campo de
aplicação em que a Cartografia e a Engenharia
Cartográfica não estejam presentes.
Em outras palavras, a sociedade (segmentos público e
privado) requer ‘infogeo’ para tomar decisões,
resolver problemas e melhorar a qualidade de vida.
( fim )
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