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3º RELATÓRIO PARCIAL
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE BACIAS
HIDROGRÁFICAS EM ÁREAS URBANAS PROJETO: 02 – CIAMB – 01/97 – 03/01-2
PADCT III
CNPQ
DEZEMBRO 2002
Projeto 2 – CIAMB – 01/97-03/01-2 “Gerenciamento Integrado de Bacias Hidrográficas em Áreas Urbanas”
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APRESENTAÇÃO Este relatório apresenta um resumo das atividades desenvolvidas durante a no de
2002. Os trabalhos estão sendo executados, conforme cronograma revisto e
apresentado no relatório anterior.
A equipe do projeto vem trabalhando de forma integrada, com muita motivação e
eficiência.
Em outubro de 2002, o projeto foi apresentado para as equipes da Prefeitura Municipal
de São Paulo. O interesse do pessoal da Secretaria do Meio Ambiente da PMSP e da
Sub-Prefeitura da Freguesia do Ó (Região do Projeto) foi enorme. Nos próximos meses
o projeto deverá contar com maior participação do pessoal da PMSP.
Os resultados obtidos até o presente e outras informações podem ser obtidas na
página WEB do projeto:
www.phd.poli.usp.br/cabucu
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1 QUALIDADE DA ÁGUA
1.1 Modelo de Qualidade da Água
O modelo utilizado para a simulação da carga difusa na bacia do Rio Cabuçu de Baixo,
até Novembro de 2002, foi o modelo BASINS versão 2.0 (Better Assessment Science
Integrating Point and Nonpoint Sources). Este modelo é de domínio público e foi
desenvolvido pela Environmental Protection Agency (EPA), nos Estados Unidos,
1996.
O BASINS 2.0 é uma ferramenta que possui um sistema integrado de dados espaciais,
de qualidade da água e ferramentas de avaliação através de Sistema de Informação
Geográfica (SIG). O SIG proporciona a integração dos dados espaciais (mapas) da
bacia e os modelos de qualidade da água através do programa ArcView 3.0a
desenvolvido pela Environmental System Research Institute (ESRI). O BASINS 2.0
tem interface conjunta com o ArcView, portanto todos os dados alterados no Arcview ,
são automaticamente modificados nos modelos de qualidade da água.
Como modelo de poluição difusa o BASINS 2.0 apresenta o NPSM (Nonpoint Source
Model). O NPSM analisa as fontes de poluição pontual e difusa de forma integrada a
partir do escoamento superficial.
O NPSM é um modelo de interface Windows que trabalha com o Programa de
Simulação Hidrológica – Hydrological Simulation Program (HSPF) versão 11 em
linguagem FORTRAN.
Em Junho de 2001, o EPA disponibilizou uma nova versão revisada do BASINS, o
BASINS 3.0. Essa revisão proporcionou grandes mudanças na estrutura do modelo.
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A mudança na estrutura permitiu ao usuário maior flexibilidade com os dados e com os
modelos de qualidade da água, além da inovação de algumas ferramentas como a
delimitação automática da bacia, novas opções de modelagem com mais dois novos
modelos, e também um gerenciador dos dados de entrada (séries históricas).
Na parte que envolve o Sistema de Informações Geográficas (SIG) houve apenas a
substituição na versão do ArcView de 3.0 a para as versões 3.1 ou 3.2. E também a
adição de um mais módulo do ArcView para análise espacial da bacia chamado Spatial
Analyst, que será capaz de calcular o modelo digital de terreno.
Mas a principal mudança entre as duas versões foi a substituição do modelo de
simulação de carga difusa NPSM para o WinHSPF. O WinHSPF é uma interface
interativa para o Windows do HSPF versão 12, em linguagem FORTRAN. E ainda
possui uma interface gráfica que pode ser modificada pelo usuário.
O HSPF versão 12 é um modelo de bacia hidrográfica complexo, que estima as
concentrações de cargas poluidoras carreadas com escoamento superficial resultantes
das cargas pontuais e difusas. As concentrações das cargas poluidoras são
relacionadas com o uso e ocupação do solo da bacia, o que é muito relevante no caso
da bacia do Rio Cabuçu de Baixo, pois um dos objetivos deste estudo é comparar as
diferentes concentrações de poluição para os diferentes tipos de uso e ocupação do
solo já que está bacia é caracterizada por possuir tipos de uso e ocupação do solo
distintos como áreas com mata nativa e áreas densamente urbanizadas. O modelo
ainda engloba a análise das características hidráulicas, dos sedimentos e da hidrologia
da bacia, sendo assim considerado um modelo complexo.
Os dados de entrada do modelo são retirados do sistema de informação geográfica da
bacia, quando este é utilizado juntamente com o BASINS. E ele pode ser utilizado
separadamente no modo “stand-alone”.
Os dados de saída são analisados em um outro modelo o GenScn (Generation and
Analysis of Model Simulation Scenarios). O WinHSPF gera os arquivos de saída no
formato correto para serem lidos pelo GenScn. Este modelo cria e compara a
simulação de diferentes cenários e ainda analisa os resultados obtidos.Também é
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muito importante na visualização dos dados gerados pelo WinHSPF. Portanto o
GenScn é considerado um modelo importante para o entendimento e avaliação dos
dados gerados pelo WinHSPF.
Os dois modelos integrados permitem uma análise completa das cargas poluidoras na
bacia.
O WinHSPF ainda necessita de um outro programa para obter os dados de entrada de
forma correta. O WDMutil é um programa que configura os dados meteorológicos e de
vazão no formato wdm (Water Data Management), para que o modelo compreenda
essas informações.
Todas essas interações podem ser melhor compreendidas através do esquema da
Figura 1.1.
Figura 1.1 Esquema das inter-relações dos modelos.
O HSPF tem como estrutura principal três módulos de estudo. O módulo permeável
(PERLND), o impermeável (IMPLND) e o do rio (RCHRES). A partir destes três
módulos que o modelo realiza as operações necessárias para obter-se o resultado
final.
O módulo permeável (PERLND) simula os segmentos da bacia que são permeáveis.
Tem como função simular sedimentos, qualidade de alguns constituintes selecionados
pelo usuário, o balanço hídrico, o ciclo do nitrogênio e do fósforo, pesticidas e
substâncias persistentes entre outros. Sendo os dois últimos relacionados a análises
de carga difusa em bacias rurais.
DADOS DE ENTRADA
SIG
WDMutil
WinHSPF DADOS DE
SAÍDA
GenScn
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O módulo impermeável (IMPLND) simula os segmentos da bacia que são
impermeáveis. Simula parâmetros de qualidade da água escolhidos pelo usuário,
sedimentos, e o balanço hídrico e estima a temperatura da água e concentração de
gases.
O módulo do rio (RCHRES) simula o rio. Tem como função simular o comportamento
do rio, os constituintes conservativos, troca de calor e temperatura da água,
sedimentos inorgânicos, constituintes de qualidade geral, as transformações químicas
e bioquímicas, DBO e OD, nitrogênio inorgânico e fósforo, e pH.
O modelo utiliza os três módulos de forma conjunta ou separada sendo escolhido pelo
usuário dependendo do tipo de simulação que será feita. O IMPLND e o RCHRES
serão os módulos mais utilizados neste estudo, pois são os módulos mais utilizados
para simulação de carga difusa para bacias urbanas.
A partir de novembro de 2002, resolveu-se adotar como modelo de carga difusa o
WinHSPF, por atender ao propósito do projeto e dispor de maior suporte técnico por
parte do EPA.
Nos últimos meses antes da troca de modelo, em paralelo ao desenvolvimento do
NPSM trabalhou-se na preparação dos dados de entrada para o BASINS 2.0 já que
esta é a grande dificuldade do BASINS. O BASINS foi desenvolvido para bacias
americanas, e portanto exige um esforço de adaptação para os dados de entrada para
os da bacia do Rio Cabuçu de Baixo.
A partir da troca do modelo, já tendo conhecimento da dificuldade de inserção dos
dados de entrada no BASINS e aproveitando a possibilidade de rodar o WinHSPF
independentemente do BASINS, optou-se por criar duas frentes de trabalho:
a) Processar o WinHSPF independente do BASINS, utilizando somente programa
ArcView para obter os dados de espaciais necessários para entrada no modelo.
b) Preparar os dados de entrada para o BASINS 3.0
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c) Fazer um curso indicado pelo suporte técnico pela internet para o BASINS 3.0,
para ajudar na aprendizagem do modelo.
O suporte técnico prevê alguns meses para obter-se o domínio total do BASINS 3.0,
tendo em vista que não foi realizado nenhum treinamento e que apenas outras duas
pessoas rodaram este modelo fora dos Estados Unidos. Espera-se que até fim de
Janeiro de 2003 já se possa obter os primeiros resultados do WinHSPF, que possui os
dados de entrada em fase final de preparação.
1.2 Monitoramento da Qualidade da Água
O monitoramento da qualidade da água neste período chuvoso 2002/2003, está sendo
realizado pelas garrafas de espera nos postos Campos Lemos e Vista Alegre, e
posteriormente a sonda de qualidade da água no posto do reservatório de detenção do
Bananal.
Foi adquirida em novembro deste ano a sonda de qualidade da água para medições da
carga difusa na bacia do Rio Cabuçu de Baixo. A sonda é da marca Hydrolab, modelo
Data Sonde 4 a. Esta sonda mede os seguintes parâmetros: oxigênio dissolvido,
condutividade, pH, temperatura, óxidos, amônia (NH4), Nitratos (NH3), Cloretos (Cl-)e
turbidimetro.
A sonda está em fase de calibração e irá para campo em Janeiro de 2002. As
medições serão realizadas no posto do reservatório de detenção do Bananal. A sonda
não ficará fixa no posto por motivos de segurança do equipamento. As medições serão
feitas no momento da chuva para que seus dados possam ser comparados com os
dados obtidos pelas garrafas de espera.
Já obtivemos resultados de dois eventos chuvosos, sendo que no primeiro a subida de
nível foi suficiente para atingir apenas três garrafas do posto Vista Alegre conforme a
tabela 1.5. No segundo evento o nível do rio atingiu até a quarta quatro garrafa dos
postos Vista Alegre e Campos Lemos simultaneamente, conforme as Tabelas 1.6 e 1.7.
Este é o primeiro evento em que se consegue tal resultado.
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Ainda um outro evento chuvoso foi registrado, mas com coletas feitas manualmente em
quatro postos de monitoramento: Vista Alegre, Foz do Tietê, Campos Lemos e Imobel,
conforme as Tabelas 1.1 a 1.4. Esses dados são importantes para compararmos os
diferentes tipos de ocupação da bacia e as cargas de poluição durante o evento
chuvoso.
Projeto Cabuçu Posto Vista Alegre Data: 12/11/2002
Cota (m) Parâmetros 0,10 0,20 0,30
DBO 312 272 408 DQO 253 190 228 pH 6,7 6,7 6,5 Nitrogênio Amoniacal 2,2 2,5 2,8 Fósforo Solúvel 1 1 1 Fósforo Total 4 3 5 MSH 60 90 50 Sólidos em Suspensão Total 402 376 512 Sólidos em Suspensão Fixos 316 300 394 Sólidos em Suspensão Voláteis 86 76 118 Sólidos Totais 1339 1000 1270 Sólidos Totais Fixos 1119 790 1000 Sólidos Totais Voláteis 220 210 270
Tabela 1.1 – Medição Manual – Posto Vista Alegre
Projeto Cabuçu Posto Foz do Rio Tietê Data: 12/11/2002
Cota (m) Parâmetros Montante Meio Jusante
DBO 112 160 304 DQO 85 90 152 pH 5,9 5,7 6,8 Nitrogênio Amoniacal 2,2 2,5 2,2 Fósforo Solúvel 1 1 1 Fósforo Total 4 4 4 MSH 90 30 60 Sólidos em Suspensão Total 106 102 132 Sólidos em Suspensão Fixos 76 68 92 Sólidos em Suspensão Voláteis 30 34 40 Sólidos Totais 450 390 470 Sólidos Totais Fixos 270 250 280 Sólidos Totais Voláteis 180 140 190
Tabela 1.2 – Medição Manual – Posto Foz do Rio Tietê
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Projeto Cabuçu Posto Campos Lemos Data: 12/11/2002
Cota (m) Parâmetros 0,20 0,35 0,38
DBO 460 432 424 DQO 230 243 259 pH 6,3 5,9 5,8 Nitrogênio Amoniacal 2,2 1,7 1,7 Fósforo Solúvel 1 1 1 Fósforo Total 8 8 8 MSH 90 70 140 Sólidos em Suspensão Total 389 372 414 Sólidos em Suspensão Fixos 376 3346 300 Sólidos em Suspensão Voláteis 8 26 114 Sólidos Totais 880 990 1110 Sólidos Totais Fixos 680 720 800 Sólidos Totais Voláteis 200 270 310
Tabela 1.3 – Medição Manual – Posto Campos Lemos
Projeto Cabuçu Posto Imobel Data: 12/11/2002
Cota (m) Parâmetros 0,26 0,26 0,26
DBO 40 32 40 DQO 27 13 15 pH 5,5 5,7 6 Nitrogênio Amoniacal 0,3 0,3 0,4 Fósforo Solúvel 1 1 1 Fósforo Total 5 5 5 MSH 20 10 30 Sólidos em Suspensão Total 8 12 10 Sólidos em Suspensão Fixos 4 10 8 Sólidos em Suspensão Voláteis 4 2 2 Sólidos Totais 130 70 120 Sólidos Totais Fixos 120 60 110 Sólidos Totais Voláteis 10 10 10
Tabela 1.4 – Medição Manual – Posto Imobel
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Projeto Cabuçu Posto Vista Alegre Data: 26/11/2002
Cota (m) Parâmetros 0,50 1,00 1,50
DBO 784 304 348 DQO 558 173 174 pH 6,8 6,9 6,5 Nitrogênio Amoniacal 9 9,5 9 Fósforo Solúvel 1 1 1 Fósforo Total 4 6 5 MSH 80 75 85 Sólidos em Suspensão Total 1078 278 488 Sólidos em Suspensão Fixos 852 208 368 Sólidos em Suspensão Voláteis 226 70 120 Sólidos Totais 5400 410 1350 Sólidos Totais Fixos 4380 260 1030 Sólidos Totais Voláteis 1020 150 320
Tabela 1.5 – Posto Vista Alegre
Projeto Cabuçu Posto Campos Lemos Data: 04/12/2002
Cota (m) Parâmetros 0,50 1,00 1,50 2,00
DBO 628 476 571 362 DQO 259 211 231 105 pH 7,3 7 7,1 7,3
Nitrogênio Amoniacal 0,3 2,8 1,4 0,3 Fósforo Solúvel 0,3 0,6 0,5 0,3
Fósforo Total 4 5 4 4 MSH 60 70 60 80
Sólidos em Suspensão Total 1440 2532 2984 2400 Sólidos em Suspensão Fixos 1072 2096 2504 2012
Sólidos em Suspensão Voláteis 368 436 480 388 Sólidos Totais 2710 2840 4130 3920
Sólidos Totais Fixos 2130 2370 3500 3370 Sólidos Totais Voláteis 580 470 630 550
Tabela 1.6 – Posto Campos Lemos
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Projeto Cabuçu Posto Vista Alegre Data: 04/12/2002
Cota (m) Parâmetros 0,50 1,00 1,50 2,00
DBO 552 476 324 263 DQO 145 185 175 124 pH 6,8 6,7 7 6,9 Nitrogênio Amoniacal 3,1 2,2 0,6 12 Fósforo Solúvel 0,9 0,4 0,3 2,1 Fósforo Total 4 5 7 6 MSH 90 70 90 105 Sólidos em Suspensão Total 1916 2164 3512 144 Sólidos em Suspensão Fixos 1608 1836 3012 36 Sólidos em Suspensão Voláteis 308 328 500 108 Sólidos Totais 3700 5200 3830 510 Sólidos Totais Fixos 3040 4500 3260 300 Sólidos Totais Voláteis 660 700 570 210
Tabela 1.7 – Posto Vista Alegre
Esses dados estão sendo analisados serão utilizados para a calibração do modelo.
1.3 Sistema de Suporte a Decisão
Os dados de entrada do modelo WinHSPF que estão sendo adaptados para processar
o modelo, também serão utilizados para alimentar o Sistema Suporte a Decisão que
está sendo desenvolvido pelo projeto, ainda em fase inicial. Nos próximos meses essa
será outra atividade da equipe de qualidade da água, qual seja dar subsídios e
informações do modelo para que ele integre o Sistema de Suporte a Decisão do
projeto.
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2 HIDROMETEOROLOGIA
2.1 Monitoramento Hidrometeorológico
Foi dada continuidade às atividades de monitoramento de vazões, através da coleta de
dados de cotas limnimétricas nos postos Campos Lemos (rio Cabuçu), Jardim Vista
Alegre (córrego Bananal) e Imobel (rio Itaguaçu). Para os dois primeiros, foram
atualizadas as respectivas curvas-chave com base em novas medições de descarga
líquida. As equações das curvas-chave definidas para esses postos são as seguintes:
� Posto Campos Lemos: Q = 10,3817.h1,5302
� Posto Jardim Vista Alegre: Q =3,2612(h+0,68)2,972
onde, Q é a vazão em m3/s e h a cota limnimétrica em m.
Com relação ao posto Imobel, onde foi implantada uma estrutura tipo vertedor, foi
levantada a relação cota-descarga com base nas características dessa estrutura, que é
composta por um vertedor triangular e outro retangular. Essa relação é representada
na Figura 2.1:
CURVA CHAVE POSTO IMOBEL
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
VAZÃO (m3/s)
CO
TA (m
)
Figura 2.1 – Curva-Chave do Posto Imobel no Córrego Itaguaçu
O monitoramento da precipitação está sendo feito através dos registros do pluviógrafo
do Posto Imobel instalado na bacia do córrego Itaguaçu. Foram também levantados
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arquivos de dados do pluviógrafo operado pela Prefeitura Municipal de São Paulo,
instalado em fevereiro de 2002 na sede da Sub-Prefeitura da Freguesia do Ó.
No momento, está sendo instalado um limnígrafo marca OTT-Thalimedes com
datalogger no reservatório de detenção do Bananal.
Estão também em fase de instalação, os demais equipamentos adquiridos
recentemente para o projeto, a saber:
� 3 pluviógrafos, para serem instalados na sub-bacias do Bananal e do Guaraú, e
outro no trecho de jusante do Cabuçu.
� 2 limnígrafos de pressão, que provavelmente irão substituir os atuais
equipamentos mecânicos instalados nos postos Campos Lemos e Jardim Vista
Alegre.
2.2 Modelo Hidrológico
Os dados levantados pelo sistema de monitoramento têm sido utilizados na verificação
dos parâmetros do modelo hidrológico CABC, que utiliza os métodos do SCS (Soil
Conservation Service, dos EUA) para separação do escoamento superficial e traçado
do hidrograma resultante.
A título de ilustração, apresenta-se, na Figura 2.2, o resultado da análise do evento
ocorrido em 27/03/2002, para verificação de parâmetros na sub-bacia do Itaguaçu.
Essas análises têm confirmado o valor do parâmetro CN=60, definido pelos estudos de
uso e ocupação do solo, e o tempo de concentração da ordem de 1,2 horas, estimado
no início dos trabalhos. Esse evento corresponde a uma chuva de cerca de 50 mm com
duração aproximada de 1 hora.
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ANÁLISE DE EVENTOS - 27/03/2002
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
16:30 16:58 17:27 17:56 18:25 18:54 19:22 19:51
HORAS
VA
ZÃO
(m3/
s)
CABC Itaguaçu - Posto Imobel
Figura 2.2 – Verificação dos Parâmetros do Modelo CABC
2.3 Caracterização climatológica da bacia
A climatologia da bacia do rio Cabuçu de Baixo é bem diversificada devido às suas
características físicas, como:
� Diferenças de altitude: a altitude varia de 700 m (junto à foz) a 1200 m (Serra da
Cantareira);
� Cobertura do Solo: nas áreas mais baixas o terreno está densamente habitado e
conforme a declividade do terreno aumenta, esta ocupação diminui, dando lugar
a uma vegetação densa.
De acordo com a classificação de Köppen, o clima na bacia do rio Cabuçu de Baixo é
definido como Cwb - temperado de inverno seco. Porém, podemos distinguir vertentes
mais úmidas próximo à Serra da Cantareira, situada mais ao norte da bacia, onde
temos um tipo climático denominado Cfb - temperado de inverno menos seco.
Às características físicas da bacia juntamente com fatores como a entrada de frentes, a
brisa marítima, o efeito vale-montanha e a presença da Serra da Cantareira nos
mostram que existe uma pluviosidade um pouco maior na parte superior da bacia,
próximo à serra como pode ser observado no gráfico da figura 2.3. Essa figura
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apresenta a precipitação média para cada mês do ano em três postos pluviométricos:
Horto Florestal E3-071, ETA Guaraú E3-262 e um posto localizado junto à sede da
Sub-Prefeitura da Freguesia do Ó. Os dois primeiros localizam-se nas proximidades da
Serra da Cantareira, sendo que o E3-071 situa-se à Leste da bacia, a cerca de 2 Km do
seu divisor de águas. Com base nos registros desses postos, a precipitação média
anual na bacia é da ordem de 1600 mm.
PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DA BACIA DO RIO CABUÇU DE BAIXO
0
50
100
150
200
250
300
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
MESES
PR
EC
IPIT
AÇ
ÃO
MÉ
DIA
(m
m)
POSTO E3-071 POSTO E3-262 POSTO DA SUB-PREFEITURA
Precipitação média anual = 1616 mm
Figura 2.3 – Precipitação média mensal na região da bacia do rio Cabuçu de Baixo
Segundo dados da estação meteorológica Mirante de Santana, localizada também a
Leste da bacia, a temperatura média absoluta é igual a 19,3o C, com médias máxima e
mínima iguais a, respectivamente, 24,9o C e 19,3o C.
A circulação de vento predominante na região onde se encontra a bacia é do quadrante
S-E. Esses ventos são mais ativos na primavera e no verão, observando-se também
alguma atividade no outono. A atividade diminui no final do outono e nos meses de
inverno, quando predominam a estabilidade do ar e as calmarias. A velocidade média
do vento na região é moderada, cerca de 2,8 m/s.
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3 HIDRODINÂMICA
3.1 Aspectos Gerais da Modelagem
A modelação hidrodinâmica já comprovou ser indispensável nos campos específicos da
hidráulica fluvial e drenagem urbana, principalmente quando o estudo das situações
transitórias do escoamento é necessário.
Dessa forma, o SSD (Sistema de Suporte a Decisão) para a bacia do rio Cabuçu de
Baixo conta com o auxílio da modelagem hidrodinâmica para permitir a determinação
de perfis de linha d’água e superfícies de inundação ao longo do sistema de
macrodrenagem da bacia.
O modelo hidrodinâmico que está sendo utilizado é o CLIV da FCTH. Nesse modelo o
escoamento em canais é definido como um problema unidimensional, no qual todas as
características são associadas à dimensão de comprimento do conduto. Os aspectos
relativos às particularidades das seções transversais são considerados na forma dos
parâmetros hidrogeométricos das mesmas, como área e forma da seção transversal,
rugosidade das paredes, declividade do trecho representado e distância entre as
seções representativas.
Os caso mais comuns a serem considerados nesse tipo de modelagem são os de
escoamento não permanente, que tem como característica a variação ao longo do
tempo das condições de extremidade, que usualmente são hidrogramas de enchentes,
limnigramas, equipamentos hidráulicos associados a esquemas operacionais, estações
de bombeamento e etc.
Os produtos principais da modelagem hidrodinâmica em canais, são os níveis de água
para enchentes em função de diferentes condições operacionais da calha e dos efeitos
introduzidos nas extremidades, tais como reservatórios, marés e estações elevatórias.
De forma a facilitar a manipulação e análise de dados e resultados, o modelo CLIV
conta uma poderosa interface gráfica com várias funções e facilidades, como a
importação e exportação de imagens gráficas para outros aplicativos Windows e a
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leitura de dados a partir de arquivos produzidos por softwares de desenho assistido por
computador.
Com isso, foram criadas funções como a determinação de áreas inundáveis e a
geração automática de seções transversais a partir da topografia, que são
particularmente úteis nos trabalhos envolvendo canais naturais e/ou artificiais.
Em termos de técnica de simulação, o modelo conta com o algoritmo MacCormack,
para simulação de transitórios em canais, possibilitando ao usuário a análise de canais
sob qualquer regime de escoamento, além dos já tradicionais métodos do Momento
(para regime permanente) e Preissmann (para transitórios).
3.2 Atividades e Resultados
Foram implantadas no modelo as seções transversais que representam o sistema de
macrodrenagem da bacia, no trecho entre o posto fluviométrico Jardim Vista Alegre
(córrego Bananal) e a confluência do rio Cabuçu de Baixo com o córrego Guaraú.
Nesse trecho, que apresenta uma extensão aproximada de 4 km, as seções
transversais foram espaçadas a cada 200 m aproximadamente.
A partir da confluência do córrego Guaraú até sua foz no rio Tietê, o rio Cabuçu corre
num sistema de galerias fechadas, cujo efeito do afogamento não pode ser simulado
pelo modelo CLIV, pois este está preparado e testado, até o momento, para simular
apenas escoamentos a superfície livre. Dessa forma, como um dos produtos da
modelagem é a determinação de áreas inundáveis, o SSD irá contemplar, nesta
primeira versão, o trecho supra citado que corresponde ao sistema de canais a céu
aberto.
Está em fase de finalização a digitalização da planície de inundação desse trecho do
sistema de macrodrenagem que será utilizada para complementação das seções
transversais e geração das áreas inundáveis.
A partir da aplicação do modelo, foi definido o coeficiente de rugosidade (n) de Manning
para o trecho em canal de concreto, desde a foz do córrego Itaguaçu até a confluência
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com o córrego Guaraú, que apresenta uma extensão de cerca de 1700 m. Essa
aferição foi feita com base na curva-chave do posto Campos Lemos, situado pouco a
montante do final do trecho. Dessa forma, foram levantadas algumas relações cota-
vazão a partir do modelo, considerando valores alternativos do coeficiente n, como
pode ser visto na figura 3.1. A curva que mais se aproxima da curva-chave
corresponde a n=0,035 que é o valor que será adotado para esse trecho. Na figura 3.2,
são apresentadas as linhas d’água resultantes de ensaios realizados com o modelo em
regime permanente, para diversos valores de vazão.
Curva Chave Campos Lemos
0,000
0,500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
0 10 20 30 40 50 60
Q (m3/s)
y (m
)
n=0,030 n=0,035 n=0,040 curva chave
Figura 3.1 – Aferição do coeficiente de rugosidade de Manning
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Perfil Fundo/linha d'água
735
736
737
738
739
740
741
742
743
744
745
746
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Distância (m)
H(m
)
Cota fundo Linha 5m3 Linha 10m3 Linha 15m3 Linha 20m3 Linha 30m3 Linha 40m3 Linha 50m3
Posto Campos Lemos
Figura 3.2 – Linhas d’água em regime permanente
No momento estão sendo realizados ensaios em regime transitório, incluindo o trecho
do reservatório de detenção do Bananal. Contudo, até o momento os resultados ainda
não se mostram consistentes. Esta atividade deve ser concluída ao longo das próximas
semanas.
Para a conclusão dos trabalhos, deve ser implantada a imagem digitalizada com as
curvas de nível de metro em metro para a geração das áreas inundáveis.
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4 SEDIMENTOLOGIA
4.1 Introdução
A principal meta deste trabalho de sedimentologia, junto à bacia do Cabuçu, é a de se
estabelecer uma relação entre o transporte sólido no rio Cabuçu de Baixo e seus
principais afluentes com parâmetros que estejam diretamente ligados à produção de
sedimentos da bacia. Como a dinâmica de uso e ocupação do solo encontra-se em
plena atividade, e este tipo de ocupação é bastante característico na região
metropolitana de São Paulo, busca-se com esta análise a identificação de um
indicador potencial de produção de sedimentos das regiões, que como esta,
encontram-se em fase de urbanização e com suas conseqüências no sistema de
macro drenagem.
4.2 Caracterização do Fenômeno de Produção de Sedimentos na
Bacia
A dinâmica de uso e ocupação do solo da bacia do Cabuçú de Baixo altera suas
condições naturais do terreno em termos topográficos, comprimento de rampa e
declividade longitudinal, além de se ter um manejo de terra sem técnicas
conservacionistas, o que favorece sobremaneira o potencial de perda de solo. Deste
percentual de perda boa parte atinge o leito, caracterizando o que se pode designar de
taxa de transferência de sedimentos, que é a relação entre a quantidade que
efetivamente atinge a rede de drenagem e a quantidade de material efetivamente
erodido.
A identificação do desenvolvimento de ocupação da bacia e da taxa de material
aportado para o leito, dará indicações das maiores fontes produtoras, possibilitando
assim interferências antrópicas de minimização destas perdas, com favorecimento a
um desenvolvimento mais sustentado na própria bacia.
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4.3 Levantamento de Dados em Campo
Os dados vem sendo levantados em campo pelo método de amostragem por garrafas
de espera. Muitas são as dificuldades de medição em bacias como esta, devido às
altas declividades e ao curto espaço de tempo de resposta da própria bacia.
Apresentam-se, nas Tabelas 4.1 a 4.3, os dados obtidos no último semestre de 2002,
que deverão ser tratados estatisticamente para a devidas análises. Todos estes dados
são apresentados em mg/l.
Tabela 4.1 - Posto Jd.Vista Alegre (Córrego Bananal)
Tabela 4.2 - Posto Campos Lemos (Rio Cabuçu de Baixo)
Tabela 4.3 - Posto Imobel (Rio Itaguaçu)
DATA Profund 0,26m
Profund 0,26m
Profund 0,26m
12/11/02 8 12 10
DATA Profund. 0,50m
Profund. 1,00m
Profund. 1,50m
Profund. 2,00m
28/10/02 2812 3592 - - 12/11/02 402 376 512 - 26/11/02 1078 278 488 - 04/12/02 1916 2164 3512 144
DATA Profund. 0,50m
Profund. 1,00m
Profund. 1,50m
Profund. 2,00m
12/11/02 389 372 414 - 04/12/02 1440 2532 2984 2400
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4.4 Futuras Campanhas de Levantamento de Dados
4.4.1 Aferição e Uso da Sonda Hidrolab 4a
Após o recebimento da Sonda Hydrolab 4a neste mês de Dezembro de 2002, a
equipe técnica responsável passou por um treinamento e reconhecimento do
equipamento, afim de se ter domínio sobre sua utilização, sobretudo em campo. Na
fase atual efetua-se sua aferição e calibragem, para que possa vir a ser utilizada nas
medições de campo a partir de Janeiro de 2003 e todo o próximo período de chuvas.
Por ser digital o mecanismo de identificação dos dados de concentração do material
sólido da sonda, seu grau de resolução é bem maior do que o do método tradicional,
conferindo-se assim maior confiabilidade aos resultados. No entanto, por ser
extremamente delicado o processo de medição durante a própria ocorrência da cheia,
em nenhuma hipótese a medição pelo método tradicional deixará de ser realizado.
4.4.2 Método de Amostragem por Garrafas de Espera
Esta metodologia foi desenvolvida e adotada pelo Centro Tecnológico de Hidráulica -
CTH do DAEE (Convênio DAEE-USP) para medição de sedimentos em suspensão,
visto ser este tipo de transporte o que prepondera durante a ocorrência das
precipitações. Estes sedimentos são aqueles que permanecem depositados sobre a
áreas impermeabilizadas da bacia e que são arrastados para a calha do rio quando do
inicio do escoamento superficial.
Esta metodologia consiste da fixação de garrafas, com capacidade de 1 litro,
dispostas verticalmente em direção longitudinal na seção, para que quando a água
suba até seus níveis elas sejam preenchidas por um sistema em forma de sifão, para
que assim possam ser preservadas as mesmas condições de concentração dos
sólidos em suspensão. Os dados coletados através das garrafas de espera servirão de
base de referência para análises comparativas com os resultados a serem obtidos pela
sonda Hydrolab 4a.
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4.5 Análise dos resultados do transporte de sedimentos junto a calha do Rio Cabuçu de Baixo e principais afluentes.
4.5.1 Modelo matemático SIMs
No campo específico da movimentação de partículas nos meios fluidos, e numa visão
mais restritiva ainda, do transporte de sedimentos nos cursos d’água, a bibliografia
especializada não apresenta muitos trabalhos que contenham base sólida em termos
de dados de campo. Isto se deve, principalmente, ao grande custo do investimento
necessário na obtenção destes dados, investimento este que só acontece quando o
curso d’água é muito importante para um dado objetivo.
Um modelo hidro-sedimentológico tem como aplicação primeira o planejamento de
manutenções e dragagens dos leitos dos rios, através do estudo e previsão da
evolução da forma do fundo. Como esta evolução depende das vazões de enchente e
do aporte líquido e sólido dos afluentes, a característica hidrodinâmica do modelo é
fundamental para a correta previsão.
Como produtos da modelação, podem ser obtidos os níveis de água para enchentes
hipotéticas em função de diferentes condições operacionais da calha e dos efeitos
introduzidos nas extremidades, tais como reservatórios, marés e estações elevatórias.
Todos os resultados gerados são automaticamente armazenados em arquivos e
catalogados por data e hora da simulação. Nunca é preciso realizar duas vezes o
mesmo cálculo. E a comparação dos resultados pode ser produzida através do potente
editor de resultados, que gera gráficos, tabelas e animações de perfis de galerias,
seções transversais e leitos de rios sendo assoreados, seções extravasando, e etc.
4.6 Considerações finais
Com o prosseguimento dos levantamentos convencionais através do método de
amostragem por garrafas de espera em regimes de cheias, além do inicio de medição
com a sonda Hydrolab 4a, como mostram os itens 4.4.1 e 4.4.2 , poderá se ter de
modo mais aprimorado a quantificação da chamada carga de lavagem, que é a parcela
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correspondente a frações granulométricas muito finas, comparadas ao material
constituinte do leito, provenientes quase que totalmente das contribuições da erosão
superficial da bacia.
As próximas etapas de trabalho consistem sobretudo em se buscar a identificação de
melhores resultados e com isso as conseqüentes análises através do programa
mencionado no item 4.5.1, ou seja, um programa relativo aos aspectos do transporte
de sedimentos propriamente dito, fornecendo assim uma idéia mais clara sobre a
dinâmica deste transporte.
Na medida da aferição destes programas computacionais com os resultados obtidos
em campo e da definição das condições de contorno deste sistema, poder-se-á
depreender sobre a estimativa deste aporte e das medidas possíveis para melhor se
adequar o uso e ocupação do solo, buscando-se através desta tecnologia um
importante instrumento de análise e de decisões.
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5 DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Este item apresenta as principais atividades realizadas no estudo da dinâmica de uso e
ocupação do solo, durante o segundo semestre de 2002.
Neste período foram realizadas as atividades de consolidação da base de dados e de
definição de parâmetros para a avaliação da dinâmica de uso e ocupação do solo na
Bacia do Cabuçu. As atividades realizadas foram:
• A periodização do processo de expansão urbana do município de São Paulo e
contextualização para a análise da evolução do uso do solo;
• A modelagem do processo de ocupação para a área;
• A definição do sistema de classificação do uso do solo a ser adotado;
• A avaliação da expansão urbana no período, ainda em desenvolvimento.
A seguir é apresentada uma síntese destas atividades e dos resultados obtidos até o
momento.
5.1 O processo de expansão urbana recente no município de São Paulo
Esta atividade foi realizada a partir de dados secundários (Secretaria Municipal do
Planejamento, 2000/2001abc), com a finalidade de entender a dinâmica do uso e
ocupação no município, para direcionar a análise dos dados para a região de estudo.
A partir de levantamentos da Prefeitura do Município de São Paulo foi possível
dimensionar as alterações na cidade com uma extensão na área legal de 587 para 595
milhões de metros quadrados, no período de 1991 para 1999. Em área, houve
expansão das atividades de comércio e serviços (15% da área do município,
aproximadamente), em relação às atividades industriais (8% da área do município,
aproximadamente). As áreas residenciais também se expandiram, mas sofreram
especialmente um processo de adensamento neste período, totalizando atualmente,
considerando os padrões baixo, médio e alto para áreas de uso residencial,
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25
aproximadamente 47 % da área legal do município, inclindo 4,2% da área verticalizada
(Secretaria Municipal do Planejamento, 2000/2001abc).
A área legal do município, aproximadamente 18% dos lotes estão vagos. Na área de
comércio e serviços, a expansão se deu, principalmente em depósitos e armazéns
(Secretaria Municipal do Planejamento, 2000/2001 ab).
A região norte e extremo norte (que possuem áreas na Bacia do Cabuçu de Baixo)
tiveram um crescimento significativo no período, pela expansão urbana e pela
ocupação de lotes vagos (Secretaria Municipal do Planejamento, 2000/2001 c).
5.2 A modelagem do processo de ocupação para a área
A partir do entendimento da dinâmica do município de São Paulo e da observação da
imagem Ikonos, foi possível realizar a modelagem do processo de ocupação na Bacia,
para viabilizar o entendimento das mudanças físicas que ocorrem na superfície com as
mudanças do uso do solo na Bacia Hidrográfica do Cabuçu, foi realizada, para a área
de estudo, uma descrição dos principais formas de expansão e adensamento, seguindo
a metodologia realizada por Jensen e Toll (1981).
Os processos de alteração do uso, que apresentam modificação significativa na
permeabilidade, verificados na bacia foram:
• o aumento da área construída por lote
• a ocupação de lotes vagos
• a expansão urbana
A ocupação de lotes vagos e a intensidade da expansão urbana podem ser verificadas
na Figura 5.1 aonde pode ser verificada (em vermelho) a expansão urbana na Bacia do
Cabuçu, no período 1985 – 1997.
Projeto 2 – CIAMB – 01/97-03/01-2 “Gerenciamento Integrado de Bacias Hidrográficas em Áreas Urbanas”
26
O aumento da área construída por lote deverá ser quantificado, posteriormente,
estabelecendo a relação entre o tipo de ocupação e os elementos na superfície que a
compõem.
Outras atividades que resultaram em mudanças importantes que puderam ser
verificadas na área de estudo, foram o crescimento de jardins e atividades em áreas de
grande extensão como a formação do reservatório de detenção e a forma de ocupação
do cemitério.
Figura 5.1 Expansão urbana na Bacia do Cabuçu, no período 1985 – 1997
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5.3 A definição do sistema de classificação do uso do solo a ser adotado
Para a avaliação do uso do solo, considerando uma abordagem multitemporal com
dados de imagens do satélite LANDSAT TM, foram definidas a partir de testes e de
observação das imagens LANDSAT TM e Ikonos, as seguintes classes de uso do solo.
• Área urbana
o Densidade baixa
o Densidade média
o Densidade alta
• Área de vegetação
o Vegetação Arbórea
o Vegetação Herbáceo- Arbustiva
• Solo exposto
Considera-se que estas classes permitirão estimar a alteração da permeabilidade,
decorrente da dinâmica do uso do solo.
5.4 A avaliação da expansão urbana no período, ainda em desenvolvimento
De forma a direcionar as análises a partir da localização das áreas mais dinâmicas foi
realizado o processamento digital das imagens LANDSAT TM, para facilitar a definição
das classes de uso do solo a serem consideradas.
Para tal, foram geradas imagens multitemporais para os anos 1985-1990; 1990-1997 e
1985-1997 que está representada na Figura 1, e que representa as áreas de expansão
em vermelho.
A observação destas imagens permitiu verificar a expansão que se dá na direção do
Parque Estadual da Cantareira, embora ainda não estejam invadindo a área do
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28
mesmo. No entanto, a expansão dos municípios a norte que pode ser observada em
pequenas áreas no Norte da área de estudo.
5.5 Próximas atividades a serem desenvolvidas
As próximas atividades a serem realizadas incluem:
• A conclusão da avaliação da expansão urbana na área, considerando a
evolução urbana nos períodos estudados;
• O estabelecimento de modelos que permitam compatibilizar a relação entre as
classes de uso do solo e a permeabilidade;
• A análise das transformações urbanas que pode ser compreendida a partir da
obtenção dos dados sobre a dinâmica de ocupação na bacia.
Deverão ser considerados, principalmente, dados complementares, como os limites
das Unidades de Conservação Estaduais e Municipais, possibilitando verificar o
significado.
A expansão urbana, verificada no norte da Bacia, se aproxima da área do Parque da
Cantareira, incentivando uma análise mais precisa dos limites das Unidades de
Conservação na área, visando indicar possíveis ações necessárias nestas áreas.
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6 SISTEMA DE SUPORTE A DECISÃO
6.1 Aspectos Gerais
Os Sistemas de Suporte a Decisão (SSD) são sistemas computacionais que tem por
objetivo ajudar os usuários a tomar decisões na solução de problemas não
estruturados (ou parcialmente estruturados). Problemas não estruturados são aqueles
para os quais não existem soluções através de algoritmos bem definidos. Esse tipo de
problema, via de regra, não é facilmente tratável por soluções computacionais. Em
conseqüência, a solução destes problemas exige uma interação entre homem e
máquina, fato que constitui uma das principais características dos SSD.
O conceito de suporte (ou ajuda, ou apoio) é fundamental para a compreensão da
utilidade e do funcionamento de um SSD. Um Sistema de Suporte a Decisão deve ser
colocado à disposição de um usuário para auxiliá-lo a dispor de informações, a
identificar e formular problemas, a conceber e analisar alternativas e finalmente ajudá-
lo na escolha do melhor curso de ação. Em outros termos, a finalidade de um SSD não
é tomar decisões, mas auxiliar a missão de decidir.
6.2. Metodologia
Este Sistema de Suporte a Decisão para a bacia do rio Cabuçu de Baixo está sendo
estruturado em 3 módulos (ver Figura 6.1):
� Modulo Visualizador: É um módulo que permite ao usuário visualizar diversos
documentos sobre a região estudada, como mapas temáticos, imagens de
satélite, gráficos, resultados, relatórios e base de dados, topologias.
� Módulo de Definição de Parâmetros e Operação de Modelos: Este módulo
(ver Figura 6.2) está sendo desenvolvido com a finalidade de permitir ao usuário
operar uma série de modelos matemáticos e, dessa forma, avaliar o
comportamento da bacia. Os estudos hidrológicos, hidráulicos, de qualidade da
água e sedimentológicos, apresentados nos capítulos anteriores, têm sido
Projeto 2 – CIAMB – 01/97-03/01-2 “Gerenciamento Integrado de Bacias Hidrográficas em Áreas Urbanas”
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desenvolvidos no sentido de se avaliar e calibrar os parâmetros desses
modelos. Esses modelos formam a base do submódulo de operação de modelos
(ver Figura 6.3) do SSD em desenvolvimento. Até abril de 2003, esse submódulo
estará sendo desenvolvido em uma versão preliminar, incluindo os modelos
hidrológico (CABC), hidrodinâmico (CLIV) e de qualidade (WinHSPF). Os
demais modelos serão inseridos aos poucos para uma versão mais completa.
Dessa forma, com o CABC o usuário poderá simular o comportamento
hidrológico da bacia para eventos críticos observados ou selecionar chuvas
críticas, calculadas por uma equação de chuvas intensas da região, para
determinados valores de período de retorno. Será permitido ao usuário utilizar os
valores do parâmetro CN (Curve Number) definidos pelos estudos do projeto ou
alterá-lo, de forma a avaliar a sua influência sobre as vazões resultantes. Uma
vez definidas as vazões para pontos notáveis do sistema de macrodrenagem, o
modelo CLIV irá permitir a avaliação do comportamento hidráulico desse
sistema. Para tanto, serão traçadas as linhas d’água resultantes e as superfícies
de inundação, no caso de haver transbordamento da calha do rio. A partir de
condições alternativas do uso e ocupação do solo e de pluviosidade, o usuário
poderá operar o modelo WinHSPF para avaliar a situação da qualidade da água
em função da carga difusa produzida pela bacia.
� Módulo de Gerenciamento da Base de Dados: Este módulo permite ao
usuário gerenciar as bases de dados disponíveis da região estudada, onde será
concebido um ambiente computacional que reúna todos os elementos que
compõem este módulo, num único software. Desta forma, o usuário não
precisará aprender a manipular os diversos programas que são desenvolvidos
para cada tipo de base de dados.
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Figura 6.1 - Estrutura do SSD da Bacia do Rio Cabuçu de Baixo
INÍCIO
MÓDULO VISUALIZADOR
Mapas temáticos Gráficos Resultados Relatórios Base de dados Topologias
MÓDULO DE DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS E OPERAÇÃO DE MODELOS
(detalhado em adiante)
MÓDULO DE GERENCIAMENTO
DA BASE DE DADOS
Dados Físicos Imagens de Satélite Fluviométricos Pluviométricos Qualidade Sedimentos Uso do Solo Rede de drenagem Parâmetros de modelos
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Figura 6.2 - Módulo de Definição de Parâmetros e Operação de Modelos (versão
preliminar)
MODELAGEM DA IMAGEM DE SATÉLITE + TRABALHOS DE CAMPO
CÁLCULO DO CN POR SUB-BACIA TABELA CN - SCS
ARMAZENAMENTO DOS CN’s E DEMAIS
PARÃMETROS BÁSICOS NOS ARQUIVOS DE
DADOS DE ENTRADA DO CABC, CLIV E WinHSPF
ATIVIDADES E TESTES PARA
DETERMINAÇÃO E/OU CALIBRAÇÃO DOS PARÂMETROS
DE ENTRADA DO CABC, CLIV E
WinHSPF
SUB-MÓDULO DE OPERAÇÃO DOS
MODELOS (detalhado adiante)
ANÁLISE DE RESULTADOS ACEITA?
FIM
SIM
NÃO
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Figura 6.3 - Submódulo de Operação de Modelos (versão preliminar)
TIPOS DE MODELOS
CABC
GERA ARQUIVOS DE SAÍDA
NÃO
CLIV? SIM
DEFINIR SUB-BACIAS
ACEITA OU ALTERA
PARÂMETROS BÁSICOS
PROCESSAMENTO
WinHSPF
DEFINIR TRECHOS
PROCESSAMENTO
ACEITA OU ALTERA
PARÂMETROS BÁSICOS
CLIV
DEFINIR TRECHOS
PROCESSAMENTO
ACEITA OU ALTERA
PARÂMETROS BÁSICOS
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6.3 Atividades de desenvolvimento
Os modelos CABC e CLIV deste submódulo de operação de modelos serão fornecidos
como arquivos “dll” pela equipe técnica da área de hidráulica computacional da
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica. Serão desenvolvidas interfaces especiais
para o SSD que facilitem a utilização dos modelos para a bacia do rio Cabuçu de
Baixo, incorporando nos arquivos de entrada todos os dados e parâmetros que não
devem ser alterados e apresentando menus e caixas de diálogo para seleção dos
elementos a serem definidos pelo usuário.
Para desenvolvimento desse ambiente computacional, está sendo utilizado o MS Visual
Studio.NET, que é uma ferramenta de desenvolvimento para múltiplas linguagens mais
abrangente do mercado.
O modelo de qualidade da água WinHSPF possui quatro arquivos de entrada. Os
arquivos devem conter dados de ocupação do solo, características do sistema de
drenagem e as cargas pontuais de poluentes. Para o Sistema de Suporte a Decisão,
pretende-se bloquear os três arquivos e liberar apenas o de uso e ocupação do solo
que poderá ser alterado pelo usuário. Esse modelo também será incluído no ambiente
computacional do SSD da bacia do Cabuçu.
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EQUIPE TÉCNICA
Coordenação
Prof. Dr. Mario Thadeu Leme de Barros
Pesquisadores
Profa. Dra. Monica Ferreira do Amaral Porto
Prof. Dr. Luis César de Souza Pinto
Prof. Dr. José Alberto Quintanilha
Prof. Dr. Witold Zmitrowicz
Profª Dra. Diana Hamburger
Dr. Marco Antonio Palermo
Doutorando
Eng. João Luiz Boccia Brandão
Mestrando
Engª Letícia Santos Masini
Engº José Cláudio de C. Rossini
Flávia Munhoso Gonçalves
Hidrometria
Tec. José Roberto Siqueira
Suporte em informática
Sidnei Ono
Simone Medeiros
Estagiária
Cristiane Pires Andreoli
Felipe Lapyda
Thiago Cardoso Pellegrini
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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classificação de uso da terra e do revestimento do solo para utilização com dados de
sensoriamento remoto. Trad. H. Strang. Rio de Janeiro, IBGE, 1976.
FCTH, FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA; Projeto:
Macrodrenagem da Bacia do Córrego Cabuçu de Baixo. Relatório Parcial 1.
FORESTI, C.; HAMBURGER, D. S. Sensoriamento Remoto aplicado ao estudo do uso
do solo urbano. Organizado por TAUK, Sâmia Maria, GOBBI, Nivar, FOWLER, H. G.
Análise Ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo, 1991, p.115-120.
JENSEN, J.R.; TOLL, D.L. Detecting residential land use development at the urban
fringe. Photogrammetric Engineering and Remote Sensing, 48(4):629-643, Apr.1981.
SECRETARIA MUNICIPAL DO PLANEJAMENTO. Prefeitura do município de São
Paulo. Evolução do uso do solo nos anos 90. Cadernos de Planejamento- SEMPLA.
2000/2001a.
SECRETARIA MUNICIPAL DO PLANEJAMENTO. Prefeitura do município de São
Paulo. Globalização e desenvolvimento urbano. Cadernos de Planejamento- SEMPLA.
2000/2001b.
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Paulo. São Paulo em números. Cadernos de Planejamento- SEMPLA. 2000/2001c.
TUCCI, C.E.M. Hidrologia. Ciência e Aplicação. Capítulo 11. Segunda Edição. Editora
da Universidade/UFRGS. 945p. 2000.
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USER’S MANUAL BASINS 2.0 – EPA. 1996
USER’S MANUAL BASINS 3.0 – EPA. Junho de 2001
WINHSPF version 2.0 – An Interative Windows Interface to HSPF -User’s Manual.
Aqua Terra Consultants. Geórgia,US. Março de 2001. www.epa.gov/ost/basins