3pewnwx-m portue%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio....

22

Upload: others

Post on 17-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties
Page 2: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

3PewnwX-m +-

NA TYPOCRAPBIA PORTUE%%. rua don Foguete~rw, -

1865

Page 3: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

Grave e impdrtante C a questlo, que agw& sa agita na lmprensa e qve talvez se ver~tile brevementc no parlarnento.

G a discussio do project0 de casameato civil ha pouco apresentado A considera~io do parlamento porlugaez.

Us nossos maiores cnnobreceram o dcu paiz combatendo pela Cruz contra os inlisis, e , d~rigidos pela bussola e animados pela f i , foraln levar o divino ver1)o As pos3ess6cs. que temos na Africa, na Azia, e na Occeania, retdlhos cl'essas antigas glorias portu- guezas eternamenre apregoadas pela tuba homerica do que foi eser6 o jlrime~ro eplco da peninsula.

E hoje, que maiorcs triornpl~os conta s christia- nismo porque diar~amente eliama proselptos 6 sua graca, sern forcar as eonsclcnclas, sern obrigar pel0 terror, masespontaneanlenle, con1 o i l ~ f l r ~ r o divino. con1 os attrativos tln verdade, que nuoca tle~sorr de triumphar, posto quc n~uitas vezes e por muito tempo oppirnida, na vclha rnonarchia du heroe d'Qurique,

Page 4: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

onde as q u i n s s m p e tcernularam a par d a bandeira civil, ha, sab pretcxtoa sociaes,quem procure mate- rialisar o que ha de mais sublime e de mais importau xe no ghrislianismo.

E' ern pieno seculo dezenove, quaado a cirilisa- $50 se osteala corn totlas as suas galas, quando se cuida seriaa~cl~te de estreitaros laws sociaes, quanda se trala de estabelecer o ~ m p e r ~ o da verdade e de coliocar sobre bases seguras as instiloic;6es de qw? depende a perfee~ibilidatle dos povos, que em Portugal se apresenta crrl project(:, que cnfrailuece os iac;os da familia e conscqucntcnlcnte os laros sociaes. porque 9 estado mais ttarmonlco 6 aquelle ell) que a socie- dade-I'amilia re une t: aperta por vinc~ilos religiosos, pergeiaosde iodi$sotuueis. Materidisai a solemidade do, casamanto, tirae-lire, refirrnndores aoeieos, o I ~ J S ~ C O , o rnjsterroso,o sagrado,a ccrsmonia augusla, qae eaterrnee c .edikr o espirito, as i q r e s s k s re- cebidas no al lar , o religiosidatie do templo, qae o re- sultado serh a tl~sso!t~~act (la fjmilia, a corr.up$30 dr spciedade, a s~ciacao do omor, a anarcltia e o di- vorcio.

0 f6ro io tetb[w :?caia pocterosamente sobre a vida extwua, e, se acjudle 8 illurninado pela Religliio, se esta o domrna, e ~crrwr.religioso cv~ta a intidelidade do contrato corn sneramttnto e xonselha a resignaqgo cval~gelica coin a qua1 se csnsguc s uniio da Samilia.

As leis, que regslam os e t i t o s t l o contrato, dei- ixam 3 ~ ~ o r t a aberbta .para a separsgio, o que e om grave prejuizo social, etnqwnto que os pcceltos ~.eiigiosos, em ,que os.corttrahenbes d o instruidosantcs c uo acto dr, sacramento, a Sicham, porque aconselhatn a p z e a resigoa~io en) beoeficio da Samilia.

M cibsammo iScjvil, a safiedade a p a s ~*gbtra

Page 5: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties do I'srto elieboe quando se trafa'drr matricuh 41 mulher prosti,~uida.

A Eg~t'eja tS.tnais. exigenle, por\q.lle 8Aaao act0 a impor laoaa, q&hedcu o i'wdador.do Cbristianismo, clue C o Chefe d'ekia.

A 1l;grcja cxige que os noi'vos predisponham .o es- pirito para esla augtssla carimonia.

Qu'er quc os contrahemes subam as csradas do '~lizr coin a conxiencia expurgada, puraeomo a virtu- dee ,tranquilla coma .ella.

N i a 4:ermi the .o el~lece sem os instiuir na excel- lerlcia c rel~giosidatle tlo aclo; sern lhes recommendat.

l l ~ r i o l i d e ~ndrwr osdevc~es b s oonlrahenles: sern Ihes pGen tsar a s flares da v.id.ta matrimoaial, quando lzosa sud duo, sed una mrro, e~oa eqinhos quaado ,em desordern

A sociedade x q i s t ~ a . e rnais nada.,e a Eg-reja ins- ir:le e ,acunsell~a antes de Ihes iasuffiars graga.

A rcligiio $em iMavel pderio sobre a cons- ,cico&~, c! a sociedade 66 a pode 4er oo y e ' 4 exte- J.lorl e , sem a acr;Go2religiom, 4150 pod@ ser resgeilada !lasssuns b ~ s e praxes; el deveado.lodosquerer a uniio cia familrn, cmvm que~Gcl lhe r d c m ea Y ~ O K U ~ O S , clue a estre~itaul rnais.

rsl~@e-kua tawu~rlm ~ l e r i a , que urn dislincto y ,?Ll;c?<a tilsw qyee a apolitical y ue n'ella se encobre, 4 a ul1io)a qoe morre.

li' 131 ,a S U ~ influellcia que s c r ~ formaJitlades rc- ligiosas nerlllun~a soc~rdatle se coosliluiu.

tle J B ( ~ ~ L ! que, mesluo s6 yelo lado soaid, o sa-

Page 6: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

cramento 6 a unica instltui~50, que estabelece a oer- dadeira felicidade (la familia.

E poriaao que entendemos que 4 necessario m- treitar os vinculos d'ella, n6s nio podemos deixar de reunir o nosso aos muitos brados, que se lev* tam n'esta n a ~ I o calholica contra a nova fo,rmade ca samente instituida no project0 do Codigo Civil.

0 casamerito 6 o fundamento da fark'iilia m o a s familias s5o o fundamento das s o c i e d a k . ,

Em todos os tempos, Jlesmo entre os povm alheios 4s lazes da revelaqiio, Fazia-sc d'esta cerimonia aegusta um acto de culto, relativo is suas falsas di- vindades.

Encon~ramos a sua origem na cl.eaqiio (lo rnun- do. Foi Deus que o institr~itl qriantlo clisse: Crescei e mudlipliccst-.vos. Foi no paraizo quc Deus uniu o Im- mem 6 aiulber, o q ~ ~ a l n'es';~ O C C B S I ~ O exclamou d im- te d'olla e pop irlspira~iio d l v i ~ ~ a : aEls o o s o (10s mens ossos, e a carne da minha carne, por cujo amor o ho- mem de1xar5 o seu pae e a sua mat-! para a ella viver unido corno dousem urn s6 corpon: Hoc ntcnc. os exes- sibus njcis, et caro de cavze mea: qunmob~ en2 relit$- quet homo patrern sztum el rntrtrern, el adherebit trxort' suce, et erunt duo ill cc;,-~zc: zcnn.

Na sua origem foi urn simples eo~ttrato eorno necessidade da propaga~io do genera humano na sua infancia; mas a ideia religiosa n lo d tb~xa~a de prwidir A uniiio matrimonial.

Page 7: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

Na lei antiga o Ceu influia sobre o casamento e o preparavq. Moisds, e o ~ ~ r r o s legisladores ti- n h a e o cuidado de tornar respeitaveis estes vin- cuios, e nao era permittido d~ssolvel-os a rb i tpa rk mente.

Povoar o mundo era o fim do casamento n m tempos prirnitivos, e n'esses tempos a hoara, a nor breza. e o poder dos homens consistia no rlurnero dos infantes.

A hisloria nos transmitie como enrio era muito digno da considergio publica o norrle da mulher de Israel,que tinha trinta lilhos no servrco das armas, e a historia da Grecia n io esquece rnalores fecnndida- des ainda.

A esterilidade era a16 uma especie de infa- mia nos dous sexos e urn signal da rnaldi~Po de Derrs. e eram consideralas como urn teslirnunho auttten- tico da divina graca ag gratltles feeunclidades.

0 celibatoera oma deshonra. 0 s celibatarios eranl jolgados os rnociores inimi-

~ O S d n genero llumano e por todos desprezados. .4 principio a propaga~io , a necessidadede po-

voar o mundo, obrigavam ao casamento: depois a ri- queza e a f o r ~ a dos estnctos, qrre consistia no grandc numcro tle hornens: e mais tartle o matrimonio nPo veio a ter por firrl somente a propagae50 do g e n m ho- mano, nias a repuessio da eoneuspiceneia, a mutria paz dos conjuges, conservantla-se .unidos em serviqo de Dells e corn vioculos intllssoluveis, e representar a uniio de Jesus Cllr is10 corn a Egreja.

AS ordonanc;as de Mo~sCs nio permiltiam a Iiber- dnde do celibato: 08 Iromens, aos vinle ar:ltos. owm obrigados ao cassn~enlo em virtude do preceilodivtnsr: Crescei e mulliplwawos: e eram coosideradus bo--

Page 8: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

rlas os quo niio cuidavam dr propagaqlo dams lesf~c- cie; e us legisladores da Lacedemnia warn nih menus rigeroros para corn~os aetibat3.rios.Mslurv(~~a*0f~& da iafamia e .n2e pdiam-exeroer c a w &is e hUttt- ITS. El:alxi excluitlos dos jogos pctblicos e o b i g a d ~ s , a oewosrer ,a prep camtando . m a ,ignomjrriosa anpH0 'Seita contreielks; e, q u a d o velks, slramprivah das h o n n s e cespeito , qae aquelkipowdava 4 vclhice.

Enr.re os romanos, o celibato niio era menos conbernoade, pcrqve a-cictade, qse aspimva w ggaode poderio, que cllegou a cer em todoo meodo,precisavn de fazer aegtneutar a forqa pubtica.

Un~a das ,i nsu ucqoesdos Ceasores rorrranos pm- Tiibia expressacnente o celil~ito, e aqutllcs quc se con- sxuassern no estado celiba~ar~o (3H0 podiaw Ifistar nem <jur.urar. Ex ttozimi lzic sentelzlia, icc,ep.slrir~z ktilrss? 9t w w n htrbes? - era a pritnewa pergunta, que os 'Ceasores .Caziaa~ ao citladjo, que se lhes apresmtasse para jnrar, e isto qwria dalzo. que totlo o cltlatko FO- qaano -devia$at. filt~os i patria ,c rer semtpre prompto urn carsllo para parlir para a gwcrrs.

9wa -0s emyregos p~ BIICOS ec3m preferibs os cat~Bidatos,.que tiwessem n ~ a k numefode lilhos, por clue o c i d d b mais prestante era 0 que podia aalmar a~ak wldados paw os combates, que orgulharam a . g r ade repuhlica romana; e o seu nraiseloqueclte ora- .dm, Giwro, queria qrte os celiOat8riosd'eswn cunst- cderatios como homeas Isreljgnos das l~onras da rqm- Id ica.

A historia do p r o - ~ e t nss diz quc Gesar. vend@ 3iorna despoxoactcl pelas gucfic6s c~vls , aheghra a ome- rtlecer recamlxnsas Aqeclls qdle se ernfwegassem cin dar fidkos 5 reltubiica; e quc Auguslo allaosd, i,ceer.el;ir.a r-.gas, ~nas&nlbern cs~abrtfb~rn~p-nas

Page 9: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

;s ceIibatanos e 'bt~n :ass& que declsriira aullo s casaments oontrahido corn noivas, que tivessem me- 30s de dez annos, porqne o interesse l)rincipal d'o ca- .sawento estava na reprodueqio. Oh cavalleiros ro- maoos ,requererarn a aholiqiiio d'essas penas. rnas Augosto, remindo-os eobwvando que era maim o attmcn, dessolteiros, augmcntsu-as, e dscrelou uma iet, que temou o aome dos m~soies pelos ,quaes foi publicatla., na qua1 se estabdeceram distinq6es ea- trc os .cidadios, miatiwanw~~~e ao casamento, ads fi- &os.c cw nr~mero dm filhes

Scguado a-rekrida lei ,%am excluidos (10s cargos e tmnras pabikas e ficavam ~ r ~ l ~ i b ~ d a s de slecebsr rlc~alquer legado a nao sef que o testador fosse seu pat-cnle cin sexEo grau, os quc se conrjervwssem sol* mros at6 os vinte c cinco aatlos, e desde esbe pram pagava,m por rsso urn tribute 4 republics,

E o charnado diwit:, 1106 tres Phos, de q%e fa!- LIII auilos a u t l r o r ~ ~ u e escrcveramdepoistde Atigus- to, estabclccia distincqires alesme entw as casatlas, e 0 numero-dos filhos regulava o grnl da distinc60.

Victor Arnatlec, re1 da Ssrdenha, d e w m u que todos os 'seus vassallos, que tiressern doze fillim

fegllimos .e aaluraes, scrtam isetnl~tos, iluranle a srra vitfa, de t d o s os irnposlos e cncar-gos ytiblicos, para os solrs &ns. Benl come dm dire~tos de estactco c outros, pard as mercahrias e .genetog nwessarios para o soste!l[o c q tte fie oontaria no rtumcro d'esles filhos os do pJtlrlleiro grau, os lillm, que murressem antes d'outro, e sqreiks que porecewm ao 4ervi~o do principe, em occasdo de guerra.

O I?ap restaklecerr os pr~vilegios de qve gosa- vam elilrc 0 9 somanos aquelles p e Iinham dw Kll1os.

Page 10: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

Em Franr,a, Luiz o Grande, crendo dever levan- tar a dignidede dos casamentos deprimida pela l i e n - ciosidade dos tempos, concedeu prerogativas B fecun- didade. lnstruido do parlicular costume da provincia de Borgonha. segundo o qua1 urn homern ou urnasnu- ther, que tivessem doze filhos, gosava da isemppfo d e tados os impostos,decretou que os tidalgos le suas mu- Iheres, que tivessem doze filhos, nascidos tle legilimo casamento, niio sendo padres, religiosos, nem religio- sas, e que eslivessem viros e prornptm a p g a r em at- mas ern seu favor, reriam uma pens20 de duas mil li- bras, e os que apenas tivessem dez, mil libras; e 8s nlesmas recompensas foram concedidas a totlos os vas- sallos do reino. Oa habitan tes das cidades livres,alde6es n io sujeitos 1. derrama, nem uobres. e suas mwlberes, que tivessem dez ou doze filhos, cleviam receber, n'um e n'outro caso. metade das pensoes concedidas aos fidalgos com as condiq6es expostas, e tleviam tambern Licar isemptos da ronda, da guarda, e d o s oulros encargos da cidadc

E e m q ~ ~ a n r o 4s pessoas, que eslivessem sujeitas A derrama, todo o pae tle familia, que rivesse dez fillios I Ivos,nas rnesmas contlicq6es ficaria isempto (la colle- cra, de todo o tribolo. dos subsidios, e otlrros impose tos e encargos publicos.

listas penas e esres privilegios foram e podiam ser ~~nrlortos pela societlade. 3inguem Ilie nega o poder iledecretnr, lolpor e regular o que concorre pa- ra a n~an~ltenqjio da sua autorron~ia.

0 marrimonio n5o 6 sdmenle urn eontrato de tlireiro divino.

E' urn contrato civil e natural, santificado pel? Egreja, prolegtdo p e b Ceu.

Page 11: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

Eolre o homem e a mulher ha ulna indinacio, ou f o r ~ a natural, que os apr-oxima. e a sociedndade estreita essa un/Ho, regula os seus effeitos em relaqio a si ,pois que as fam~lias 550 o fundamento dos estados coino a uriiio matrimooial e o fundarnento das fa- milias.

No contrato civil, a sociedatle regula os actos corn rclaqio is necessidades sociaes. No contrato aben~oado e protegido pelo Ceu, no conlrato-sacra- mento, a Egreja regula os effeitos religiosos c confere aos conj y e s a virlude da graqa.

A sociedade cunlenta-se cotno cumpri~nenlo das obriga$&s cootralird~rr e n1auuteeq5o dos direitos.que 4 famrlia d5 o contrato. ,

Trala s6 de si c de rnanrer a sua harmonia. A Jigrela nao se l~rnr l ;~ aos actos para con]

a sooiedade, leg~sla para o fbro intimo. imp6e obri- ya@es, que estreitarn os sagrados vinculos] da la- milia, qne,a ligam a ella, que a prendem ao ci~ristia- nismo c que Ihe abrem o caminbo,que aprosima o ho- meat,& Deus; e, se As obrigacocs, que Ihe impoe, se pode c l~amar jugo, suave e aben~oado 6 o jugo, que nio nos cleixa caminhar para o mal, que nos une na terra c nos conrluz ao seio de Deus.

.A5 lei5 ciris cuidam da sociedade, e as leis cano- nicas do qrle diz respeito a Egreja.

A seciehde da sua forqa, da sua unifto, da sua harmonia, A Q r e j a da sua miss20 divina.

As leis civis unem A sociedade as famiiias, . qw sHo o seu fupAarne~10, A Egreja, sem Ih'as tlrar, chama-as a si em proveito d'ellas e gloria de Deus.

Iioi Jesus Christo quem elevou o malrimonio B dignidade de sacramento quando disse-:

0 gue Deus zcniu nCo ppdde o homem separal-00

Page 12: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

E e" conslante t r a f i l o da EgFeja qne %us Clirism annexou esla grata sanctificante ao conwato malrb monial qi~ando assidtiu &s bodas Be Canl (Yide b Joio 2. 14).

S. Paulo, fallando do matrimonio clog chrbt%&. &z: Sncl-cl)nenllcm lloc tnagtzurn esl, ego uutem dice in fhristi ct in Ecclesin (Ad 1Sphs. 5. 39) isto 4. S. 13aulo ehatna. ao rnatfimonio urn graode sacratlwmte ow mysterio.

Na sua instittliqiio esl$ a ezcelYmeia do emin* to matrimonial.

A theologia dogmatics firoece-nos aBudantes ~oasirlera~6es, mas para urn povo catholico n5o h e - cessario fazer muitas c i la~i ies lheologicas:

.4 aothoridadedm sanlos padres,e da EgrejareaL- nitla no concilio de Trento e represenltda pelo sen: chefe visivei,e pelos bispos,qnea representam em toga a chrislandade, que o declaroe deeretado pelo divinw espirito perante o primciro pae do genero hurnano e . por Jesus Chris10 nas bodas de Canl, prescindem dts muilas considerag6es.que poderiamos co1h.r das obras maiis ,rol~mo~as do seiencia dos dogmas*,e dos rnys-. terios a respeito tb matrirno~o.

E dos rnerecinmtos de Jesus Christo e dit stl*jr

nni5ecom a Egreja. que este sacramento rgrcsenta, lira o matrimonio a sua virtudc.

Jesus Christo de. ixou sea divino Pa para tmh-se 5 Egreja: o homem deve d&mr sewpte e stla d e - para unir-se Q malher.

-%IEgteja forrnou-se de k n s Christo a a.mnlffer do homem.

Jesus Cliristo t! o ehefe dn Egreja, o hmm. at

tabeqa da mu!her, o chefe da.familia:

Page 13: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

b E-geja e.Jesus Chis to coustituem um.86 c o w po : o hornem c a mulher ulna s6 carne.

Utn inesme espjrito anima J e ~ u s Chnisto c a. sua Egreja. 0 inesme espicitodewe animsr o l l m e m e s mulher.

A uoido de Jesus Utristo c0m.a Egreja C indisc- F O I U V P I : i: assim t x n k r n a uniio rnalrilnonial.

Jesus Christo d3 Iorialcza I rcla Egreja, qus tern resistitlo uantajosacnerte a totlas as. yerscgui~6es d e s seus ini~nigos, e a Egreja faz L U ~ O . o que conlribua? para a gloria do seaCl~efe. 0 llonlern deve hzer oo- tro tanto B muher, e a n~ulber ao homena.

A u n i h ~ ) o ~ m e i o dcasacran;en~o ten1 esla uirttt- tie : a uniio cilil contents-se con1 menos e mais nib, p6de i!npdl., p y u e - i mnsciencia n5o chega o seu. poder .

0 casamcato asvim wlehado 6.0 unieo confar- me corn as leis canonicas, corn a doutrina dr Eereja, e C o que mais estreila a uniio da bmilia, o unie0.e~- piritual, o unico, que inocula na alrr~a a rdigiosidade, que no iofortunio coiilel-ta 3 !]omem e a mulller p que- os detem na p~sper idade .

f)oernZ de oMraforma contrallir o.,malrimonio, deira de perttncw 4 Egrejs.chrislH, pois que afknde urn dos seus dogmas. e nHo pGde gosar da g r a ~ i san- o~if i~amte, que os fihos da Egreja.teern reeebido c h5o

s a eonaumrnan de receber, desde as bodas de Can6 at ' ' Go dos seculw.

Page 14: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

d e qae niio seja na preseng do p roeho e vsegundo as leis canonicas, contrahem nm mlerimonh itlegitimo, c nos do% artigos da referida sessiio,que temos diante d e nda, fulmina o anathema da Egreja contra os que dlsserem que os catholicos o podem contrahir de outro modo; e o alvarh de 42 de setembro Qe 1574 do Cardeal llel e o tlccreto de 19 de marc0 de 4668 d'El-Re1 D. Sebastiio, mandarn vigorar n'estes re,inos as disposi~6es do referido concilio ; e a Carta Consti- tucional da monarcliia se opp6e a tudo o quc seja op- posto 5s leis da Egreja, porque diz que a religiio do eslado s e r i a Carholica , Apostolica,jRomana, que de- cretou, mantem c ee regula pelas disposig6es tri- dentinas.

Sendo portanto os eanones do concilio de Trento leis do reino,e, sendo a rcligiio do estado a instituida por Jesus C.hrist0.e aqua1 se regula par elles, nHo p6de o parlamento portugnez, estando aquellas leis em vigor e vigorando o Coil~go fundamental das leis do estado, approvar o projecto de Codigo Civil no que diz rcs- pelto PO casamento, e n5o o p6de approvar por outras raz6es ainda; a appro la~3o de similhante projecto se- ria um insult0 A re l ig~io christii, a profanaqio daCar- ta, que dcve princlpalmente ser respeilada por todaa os homens liberac6.

Ha p r B m quem sustente o concrario com a velha arte sillogistica, que hoje n5o enreda a intelligencia de ninguem; e ha quem pease que o casameoto civil 6 uma necessidade social e a maior eonquisla,,que nos tempos de hoje p6de fazer a liberdade.

Ou~amol-os para os combaterrnos, para os con- fundirmos, para esrnagarmos o sophisma aistucioso e a falsa sinceridade corn que sustentarn a sea doutrina destruidora.

Page 15: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

bier os segclrriles artigos da Carla aiundomcnio da sua a r~nmentaq lo :

Arligo 7 .O Sao cidadiios porlugue& : $ 1 .' 0 s que tiverecn nascilo em PortugrE ou

seus dominies, qlre lioje n io forem citladios brazilei- ros aloda qoe o llae seja estraogciro, uma vez que este 1130 resirla 1:or service (la sria na~iio.

5 2.' 0 s filhos tle yaes par~uguezes, os illegiti- mos de rnle portugueza nascidos em paiz estrangeiro, que vieren] estabelzcrr domicilio no reino.

§ 3." 0 s lill~os de pae portuguez que estivesse em paiz esrl-aogeiro em s e r v i ~ o do reino embora elles n i o ventlam es{abelecer dornicrlio no reino.

3 4 . O 0s estra~lgeiros oatur~lisadasqualq~terpe seja a stia ~ d i g i a o . Lima l e ~ determinarl as qualida- des precisas para se obter carla de naturalisa~io.

Art. 8 . O Yerdeos dire~los de cidadlo : ji $1 .O O que se na~uralisar em paiz estrangeiro. $2.' 0 gue sern l i c e ~ ~ ~ a do Rei aceeitar empre-

go, pens20 ou co~idecora~iio de qualquer governo es- trangelro.

Art. 445' $ 4." Ninguctn pdde ser pwsagclido por m t i r o s de rcligiao uma vez que r e sp i t e a do es- tatlo e n5o offenda a moral puhlica.

E d do con ju~~c lo tl'estas divposi~aes que perten- aern sustentar os ~aioiigos dcclarados e os eucobertos do cagamepto, religioso, qae, n io stit~doos direilos de cidadjio par-z conced~dos scimente a c a ~ l l ~ l ~ c o s e nio podendo nieguem ser perseguido por n3otivos re- ligiosos uma vez que nao l~aja offerisa i r,eligiJiio do es- tado, o codigo Sundaa;et~[al das leis do reino 1360 obriga a o casaalenIo religioso e que C de necessitJadc o conlralo cisil sem inlposiqao de sacramentu a Lim de que os ~ U C sio portuguezes mas nio catholica6p~1~-

?

Page 16: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

sam m a r - s e para que terminern mamebias necit.as 6 sociedade por desmoralisadoras.

E' esta a argume~~tagio: n io sabem outra por que melhor nIo poderam inveotal-a.

Deram h Carla inrcerpetrac;iio forq,ada, fieeram md a comparafio dos seus artigos, e 6 d'ahi qwvern a falsidade da doutrina.

E 6eoma mesmaCartaquen6s vanbbsargdmentar. Dia o art. 6.' do Codigo fundamdotal : ( A religi5o Catholica, Aposroiica, Rornana cot]-

ctinuarl a ser a religilo do estado. T d b s as outras cr;dig16es serlo permitridas aos esl rangebos c m seu aculto domestic0 ou particular crn cases para isso adestinadas sem f6rn1a algur:~a exterior de templo,.

E' este o arligo clue arranca a mascara aosdeflen. soresdo casamento civil: E elle que resolve a questlo.

Se a Carta s6 pern~ilte aos estrangeiros as oulras religi6es. esth cldro que a Carta obriga o cidadio por- tuguez h religiiio Catholica, Aposlolica Romana. Se ella quizesse garanlir a liberdade religiosa, se qui- zesse declarar que subsitliava a Catl~olica, Apostolier, Ilomana, que n5o mantlava ensinar outra, mas qlle toleraria torlo e qualquer outro culto, de cerko que nPo fsllaria n'ellas com relag50 aos esrrangeiros e ga- rantiria a0 cidadio portuguez a faculdade de levalltar casas de oraqPo como a garanle Bquelles, lror isso que a liberdade religiosa precisa da liberdade de ct~lros sen1 a quel ninguem pode exlernalnerlte practicar a sua religiso. Pois a carla tolera aos estrangeiros ca- sas de o r a ~ l o para os seus ritos, e, concedendo a li- berdade religiosa a todo o cidadio portugnet,niio con- cede a este igual permissio?!

Como se comprehe~~de islo? E' beln certo qub tnais tlepressa sc pilha unl mcntiroso do qne um cb~ai!

Page 17: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

0 arligo, que permilte 9 nakoralisaq50 aos es- uangeirou sem se importar ~ o r n l a religiio d'elles, cra oma necessidade civil, que s6 ten] effeitos civis e que o5o offende a Egreja,porqoe o reconhecimento d'ella, e em primeiro logar, {lie salva os seus direitos, a16m de que B mlrito conforrne corn as praxes da Egreja p r q u e esla em casos graves ten1 cousenlido o casa- rnerlto tlc carholrcos corn proteslanleu, sob certos ~ o o t o s tle vista e determ~nadas coodic~6as, e era in- justo que o poder civil, no seu zelo pe3a religiiio do estado, 1130 rjuizesse conceder os direitus de c idadk portuguez ao estrangeiro unido a mulher portugueza que os requeresse.

0 arligo que 1150 deixa persegluir o cidadio por- tuguez por prolbssar outra religiio, aldm de scr uma co!~srqueocia do primeiro. tern por fim abolir na OF-

&ru rvligiosa o que se aboliu na ordeal civil. Assilrl como 1150 se IJersegue por m o l i ~ o s p~lrticos, assi~n tanrbern I I ~ U se de\e 1,ersegoir por motivos relrgiosor. E ~)rol~ihi r a peraegui~fo em norna rl'um culto n io 6 abulir esse culto: jlor ruotivos politicos nHo deixarn a s leis persegulr o cidatlio. e , todovia, esla prohlbi~fio a50 dispensa ninguern de obec!ecer ao poder legilima- meule C O I I S ~ I ~ U I ~ O .

, E eslas dou~r inas teem sitlo recoohecidas por todo~os minrstros da corda e por t d a s as,canraras le- gislativas depois de publicada a Carla ConsGtuc~onal. Todos us que legrslararn sobre nla~erias religiosas prohibirarn e determinararn paaivel o que k upposto li relrgiio, Catliolica, Aposiolica, I\ornana.

O Codigo Penal, promulgado em 40 cle demm- bro de 18%. r ~ ~ u r i o tlel~ois da prornulga~io da Catta, e c u p pdccreio tern as assignaluras &os srs. tluque de Saldanha, Anlonio Maria de Fonres Perei~a tle MMIo,

Page 18: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

actual ministro da'W6a; e 'Rodrig8 da Fonszea Ma- ~311fies do,qual o sr. E'unles foi Biscipulo e de cub es- cola 6 hoje o chefe principl, diz o seguinte:

Artigo 130.' Aquelle, qtte Faltw ao respeito j. ReligiHo do ~e ino , Catholim; Aposlolica, Wornatla, serS condemnado na pena de prido correecional cles- de ilm at6 trez annos, e na multa, conforme a sua renda, de trez mews at6 trez annos, em eada urn rlos casos seguinres:

1 .O Inj~triando a mesma Religiilo publieamente em qualquer dogma: aolo, oil object0 de sen culto, por factos ou pela>tHs. ou pdr tscriplo pdlicada, crtl por qualquer n~eio rle publica~Ho;

2 .O Tentando pblm mestnos meio!3 prbpaer doll- trinas contrarias aos'hgmas Catholic08 delinidos pela Igreja;

3 . O Tentabdo por qocrtq'qtler m i o bzd ptos8- lytm, ou eonvers6eu pam'Religi90 diffetehtC;oi~ seita reprovada pela Egreja;

4 . O Celebrando actos publicos de um cutto. que nHo seja o (la mesma ReHgmo Cetholia.

§ I .O Se o criminoso for estrangeiro, serilo neb tes tmos suhs~ituidas as penas da prido e de niulla pela tle expulsao (lo reino temporaria. ,

5 9 . O Se npicamente se tiver comnietlido simples falra cle respeito, ou as palavtcrs injuribsas. ou blas- phemias forenr proferidas de nva voz publicamehte, rnas sem intenc'io de escarneeer, ou ultrajar 1 ReFi- giHo do reino, nem de propagar a tlonlrina cbntraria aos seus dogmas. sera sdmeue applicada a, pena de reprehensio, podendo ajuntar.se a priklo de trez a quinze dias.

Art. 13J.O Todo o porluguez. que, p d s s a o d o a Religiiiodo reino, faltar ao respito 4 mesma Reli-

Page 19: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

giio, ~apostntantlo, eu renunciando a ella pubtiearnen- te, s r r i c~nde~nna t lo na i~ena da pcrda dos giteilbs polrl icos.

5 I ." Se o cri~ninoso for Clerigo de Ordkns Sa- crns, ser i expulso (lo reino parasempre.

0 Codigo Penal falla corn esta clarem. A Carla Const~la cional orclen:ira que a Catbolica, A postolica. Homona, tosse a religiiio d o esrado. 0 Codigo pone os q u d h e faltarn ao respeito, a injuriatn publirarnenle, tentarn: kzcr lrroselytos on ronvers&s para o i~ l ra re- ligiio c cclebv~:r~r nctos p u b l i c ~ ~ dezim crtllo qlce nlio s q j ~ i d i"la mesnm lleligtcio Catholicn; e pune o portu- gaez $re, sentlo catl~olico (pois qne os ha que pol' per~rlisbiio do cstado rcem outra religiio, os eslran- geirog aaluralisatlos) aposlalar O N renutzrinr n elllz (hotem'%em) cessando as penas no caso dos crimino- sos volrel'km ao grernfo (la Egreja.

E' portanb, clarn, clariss~rno, que. se qualqndf citladho portuguez tiresse a liberdarle religiosa,que os definsnres (lo project0 (lo casamenlo civil Ihe qderern (tar, o (lodigo Penal n5o imporin penas 30.. qact apos- tatassem o u rcr~ur~cinssern 3 reljgiiio Ca~l~olica, Apes- lolica, Ilbm$.na.

As leis eqeeiaes da liberdade de irnprensa pu- nem os aulhores ou os responsaveis dc escriptos, qne attzqaetn a v t l~or idade do papa e os dogmas da sna Egrqja.

E para rnostrarrnos que o project0 do casamento civil 6 opl,oslo 5s leis do reino, temos uma autl~ori- (lade a todos insuJpei~a, urn jurisconsulto de elcvadisd sima rcputa(:.50, o snr. visconrle de Seabra, o encar- r c ~ a d o da retlacc;5o (lo Codigo Civil em que se reco- nllece o casaRento civilnien~e contrahido.

O'pro,jec.to do t'otiign Cirfil Porlz/que:, eiaZJbY!&

Page 20: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

do pelo snr. i\ nlonio , b i z Qe Seabra. tiojt? visconde dgseabra, e impress0 etn 2859 na impreqsa (la Uni- versidadc, antes tlc airerado pela commissio revisora , diz assim:

ct Arrigo 1 1.1 3.' Qcasameoto (! urn contract0 dc direito natural e civil, que a lei da Egreja abenqoo e uanctifica.

a r t . I 1 1 4 . ~ ' A J d d a ' Egreja define e regda 3s contlic~des e cfft:itos g$piriluaes do sacranrento. A lei civil &line c regula as ,qondicqdes e etfeitos lem'poraes do coritracto.

Art. 11 15.' 0 casamenta, s6 p6de prmluzir os seus effeilos, sendo celebrado seguntlo as leis canoni- cas recebidns n'estes relnos. ..a

0 snr. viscondc de Srabra 6 urn dos mais distin- clos ju r i sconsu l~~~s (lo parr., set150 o primeiro, r tam d~stincto qut1 o govern() o i i ~ u m b i u da espinhosa niissio da codificaciio das lrossas leis.

E Beste jur isc~nsnlto que. reconhece q ue os cano- nes do Cor~cilioTcitler~~ii~o sao;lciu recebidas nIeste rei- no, e que o colrlralo cibrl trio pdde drspersar 6 sacra- menlo.

S. e~c .~conce t l e I sociedath o Oireilo de regular os effeitos temporzes do cnarrimonio. nlas rrega:ll~e o de prescintlir cla ( b r ~ ~ r a religrusa atlrni~li~la e N r e 116s.

Esta muito coiihrme colnta nossa do~trrrna. 0 Colligo C ~ r l l I'~,ancez, cl~arnado o Codigo Na-

pdeao. foi elaboradu por riao peqtlelro numero dos mais t l~st~octos jur~i~cansnl~os tia IJl.an~:a, porque o govern0 fiaucez rccorrlwceu qne tam espinlioso tra- halho yrecisava tlr rn~ell~get~cias robuslas; e o Codigo Ciutl Port~hgtie: foi ,ccullia~lo rd a UII) jrr~~racmrsnl.lo. Tal era a sua ri:pt&laqip, ,&us rovas 1i1rLa dado (la sua cornpetencia ; e om authori c! ade lam elevrda susten-

Page 21: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

too n5o s6 no que escreverl no sell projec t~ i~npresso en1 Coimhra, mas nos debales qoe [eve cnm a eom- misslo revisora r na seosao de ~)oucos m embros d'ella qne o alreri.aram, que a i~~ovnc;iio (to cafamento C op- posta 5s leis do rtilno.

Aintla niio Ila rnuilo rerrlpo na carnara dos mts. deputatlos alwesratoe o stir. JosCI,e\vy Maria Jordiio uma proposta de lei para a liberclade tle cultos.

A camara resolveu que essa proposta f ~ s e envia- da P eornpetehtr: cdrnmiss~o para dar sobre ella o seu parecer, e a cornrnlssao t.espcctiva volou contra o pro- jecto do snr. Levy; allegando que a Carla, a n io ser aos esrrangeirus, ncio clerxa p r ~ ~ f ~ s s a r cull-a religkio UP n& seja u Crrlholiccl, Aj~oslolrrtr . Ilomuna; e a propasla (lo snr. Levy passou para o lilnbo das cou- sas inureis.

Ainda have1.5 quem orlsr t l i7~r clue o o s t h po- de reconhecer outro casalnento (lor 1150 aeja o,iasti- tiiido pela Egre-ja. on que o cxclna? Se o be, mi tu- do quanto qr~izere~n menos urn born catt~olico.

Eis o qile tllze~n a legisla~io (lac citamos e as authoridados que ~~ingrrem tlarli ()or suspeiks . A ~ u e l - la e estas nao tlls~)eusatn o sacramcnro, e o projecto de Cndigo Cizril t)orluguez recorrlrece [anto o rnalri- monio ce lebrad~ seguntlo as leis cancrnicas como o instiluido no meslno Codigo, e uln ,jornal.que oidef- fende j4 dlz que ruais tattle 1140 se recoohecera senlo o ultimo.

. A tigreja ,e bcin assim o poder c ~ v i l , como c l a m mente o exlrrcssa S. Thorna~, podiam imp& iapodi- mentos ao matrirnonio, ioilwtlienles e dirimentes, 0s primeiros prol~i biodo-o e ou segnc~dos prohibindo-o 6 annullando-o; Inah, no projecto ern questao e.noscasv- mentos celebrados segundo a form2 n'elle inst i tuida,~

Page 22: 3PewnwX-m PORTUE%%. · o zoontrato conno se regislra uma escriplm .sobre cousas de con~mercio. E'urn acte simples e meterial, corns o que ee pratiqt aclualmenle .aas adrninistm~ties

Egrqa Bca itrhil~ida de exerce? o tllrelto q11c I l~c ~ ~ e c o - 1111ecera111 on poderes civis,e t le~xsm de vigorar nluitos impediolentos porella eslabeleeidos e de grande i~npor- tancia ~oci;iI: C' impcdi~nentos liavia que a Egreja tliu- 1)eosava cm casos graves exposlos is authoritlades ecelesiaslicss obrigatlas ao segretlo que os casos tlc eonsciencia refluerem. 0 que havia de gratidade se expunha a quem nada ycirlla revelar; e agora rcln rle ser [lo dorninio dux ernpwgatlos da sec r c l a~ ia da jus- t i ~ a e dos negocios zccslesiaslicos rlue n io sirl obriga- (10s ao sigillo. A Egreju potlia nuvir as raz6cs dos noi- vos, e n io a~tendel-as en1 virtude,tle casos de cnais gravitlade, mas o que de ~los l~onra potlesse L~aver en- tre os noivos n io vinlia para o dominio das pracas. e agora que as t11sl)ensas se pedem ao goveiuo,o snaei.ua- rio tlns f~tnilias, qoe livereni a loucura de escalher o casameoto civil, ser5 proF~lra;io por,lue se facilila a cntratla no lar dooies~ico.

At& aqui a poli~ica dividia a Camilla porttlgrteza, c tleade a pro,nulgaqio do Coc(;gu C i i ~ i l a dlvidir5 a religigo tamhem.

h uniiio f i z a f o r ~ a . e rralam de d e s u ~ ~ i r n io #en- sando que q u e n ~ desune enfraquece.

0s perfumes da rel ig~lo, as llarmonias do tern- plo, o divino verbo, o mystico, o religioso, o sagrado do a l tare o venerando (10 ungido do Senhor insyira- yam o respeito, urn uio sei qne de sublime e mala- phyrico que enieroecia e arrebatava a alma e tornava solemae e dil icante o taco qt~e prende a16 6 scpultura.

Ayora,e begundo 3 t'osme iostitulda no Codi!lo, tudo dsimplco, e maCeria1,lam simples c lam material cpue parece.que lriio krn OUtro 'Lim quc nao scja envol- vet no ritlioulo o acto tlo mdtrimonio.