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    II Semana do Conhecimento da Universidade Federal de Minas Gerais

    Belo Horizonte, 21 a 23 de fevereiro de 2002

    Anais do 4 Encontro de Extenso

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    II Semana do Conhecimento da UFMG

    Belo Horizonte, 21 a 23 de fevereiro de 2002

    4 Encontro de Extenso

    ANAIS

    PROEX - 2002

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    Reitor da UFMG: Prof. Francisco Csar de S Barreto

    Vice-Reitora: Prof Ana Lcia de Almeida Gazzola

    Pr-Reitor de Extenso: Prof. Edison Jos Corra

    Coordenador da II Semana do Conhecimento: Prof. Marcos Roberto Moreira Ribeiro

    Pr-Reitoria de Extenso da UFMGWebsite: www.ufmg.br/proexE-mail: [email protected]: (31) 3499-4070

    Edio: Otvio RamosCoordenadoria de Comunicao Extensionista

    FICHA CATALOGRFICA

    U58a Universidade Federal de Minas Gerais. Semana do Conhecimento da UFMG (4. : 2002 : Belo Horizonte, MG). Anais: 4 Encontro de Extenso . Belo Horizonte, MG). Belo Horizonte: PROEX, 2002. 148p. Realizados simultaneamente: II Semana do Conhecimento da UFMG e 4 Encontro de Extenso de 21 a 23 de fevereiro.

    1. Ensino superior Congressos I. Semana do Conhecimento(2. : 2002 : Belo Horizonte, MG) II. Encontro de Extenso (4. : 2002 : Belo Horizonte, MG) III. Ttulo

    CDD: 378 CDU: 378

    Elaborada pela Diviso de Planejamento e Divulgao da Biblioteca Universitriada UFMG

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    APRESENTAO

    Esses Anais renem os trabalhos selecionados para apresentao de pster e publicao de resumos,relativos II Semana do Conhecimento, da qual faz parte o 4 Encontro de Extenso da UFMG. Soresultados do desenvolvimento de programas e projetos de extenso por professores, alunos efuncionrios tcnicos-administrativos.

    Os trabalhos esto classificados em reas temticas: Cultura, Direitos Humanos, Educao, MeioAmbiente, Sade, Tecnologia, e Trabalho, de acordo com o Plano Nacional de Extenso, do FrumNacional de Pr-Reitores de Extenso das Universidades Pblicas Brasileiras e MEC/SESu. Dessavez, no houve projetos inscritos na rea temtica de Comunicao.

    Para a produo dos Anais e da Mostra de Psteres, os Centros de Extenso das Unidades tiverampapel primordial, organizando e recebendo as inscries e atuando como consultoria. Os trabalhosforam recebidos at o dia 16.08.2000, para que a Semana do Conhecimento pudesse ser realizadana data originalmente aprovada, de 18 a 23 de setembro. Entretanto, com a greve dos funcionriostcnicos e administrativos e dos docentes, decidiu-se pelo adiamento do evento, realizado agora emfevereiro de 2002.

    A publicao e a mostra dos trabalhos uma oportunidade, no s de divulgao, mas tambm deavaliao pela comunidade acadmica e pela Cmara de Extenso dos resultados obtidos pelos

    programas e projetos.

    Os Anais do 4 Encontro de Extenso da UFMG so tambm oportunidade de resguardar a memriada extenso na nossa universidade, constituindo material valioso de anlises e pesquisas futuras.

    Prof. Edison Jos CorraPr-Reitor de Extenso

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    ndicerea Temtica:Cultura

    Festival de Inverno da UFMG............................................................................................................00833 Festival de Inverno da UFMG................................................................................................009Formao/preservao de acervos: proposta de ao para mudanas em prticas culturais.........010Memria e cultura mdica em MG.............................................................................................. 011Msica e representao no mundo barroco.................................................................................. 012

    Grupo de percusso da Escola de Msica.................................................................................... 013Escola de dana e ritmo Sarandeiros............................................................................................ 014Programa de dana moderna experimental...................................................................................015A letra e a cena: encenao do texto no dramtico.....................................................................016Desvelando a obra de arte: relato de experincia......................................................................... 017Contos de mitologia..................................................................................................................... 018Banco de dados sobre educao indgena.................................................................................... 019

    rea Temtica:Direitos Humanos

    NEP-Ncleo de Estudos Participativos........................................................................................020Projeto cidadania e emancipao: a universidade vai s ruas...................................................... 021Projeto vertente teatral trupeA Torto e a Direito......................................................................... 022Organizao popular em vilas e favelas - Regio Norte.............................................................. 023Organizao popular em vilas e favelas - Aglomerado Santa Lcia............................................ 024Capacitao de gestores e conselheiros de assistncia social.......................................................025Diviso de Assistncia Judiciria: 43 anos.................................................................................. 026

    rea Temtica:Educao

    Carro-biblioteca - Frente de leitura.............................................................................................. 027Carro-biblioteca - Boletim bairro a bairro.................................................................................... 028Museu de Cincias Morfolgicas - 2001......................................................................................029Avaliao do trabalho desenvolvido no MCM junto comunidade escolar................................ 030Ensino de cincias para deficientes visuais.................................................................................... ..031Informtica para alunos do projeto de educao de jovens e adultos - 2 segmento.................... 032Projeto de prestao de servio, assessoria e treinamento especializado em informtica............033Informtica para os menores da Cruz Vermelha...........................................................................034Projeto de ensino fundamental de jovens e adultos 2 segmento (Proef2) - Construo daproposta curricular como espao de pesquisa, ensino e extenso...............................................................035Oficina: falando de sexo na escola...............................................................................................036

    Ingls atravs da leitura: uma abordagem cultural....................................................................... 037A importncia da gua no planeta Terra: relato de experincia interdisciplinar............................ 038A gua no organismo: relato de experincia interdisciplinar......................................................... 039

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    Frum UFMG de Educao Infantil.............................................................................................040Desenvolvimento da linguagem atravs de histrias infantis...........................................................041

    Projeto Creche das Rosinhas: subprojeto preveno de acidentes domsticos.............................042Projeto Creche das Rosinhas: subprojeto contribuindo para a melhoria da relaocreche-famlia-universidade.......................................................................................................................................043Mala de Leitura.............................................................................................................................044Pandalel - laboratrio de brincadeiras.........................................................................................045A educao fsica presente na educao infantil - interveno e formao de professores..........046Cuidar de crianas em creches na perspectiva do profissional educador......................................047Creche so Bernardo e creches......................................................................................................048Promoo de sade bucal em creches...........................................................................................049

    rea Temtica:Meio AmbientePotencial de uso de reas verdes da regio metropolitana de Belo Horizonte como campode prtica para as cincias ambientais...........................................................................................................050Coleta seletiva no campus Pampulha: o uso dos Levs.................................................................051Levantamento qualiquantitativo do lixo na UFMG......................................................................052Educao ambiental para a comunidade universitria em relao ao lixo....................................053Educao ambiental em Capara..................................................................................................054Mapeando a realidade da educao ambiental em MG: aspectos da percepo ambiental ede projetos desenvolvidos nos municpios mineiros..................................................................................055Projeto Ona..................................................................................................................................056O lixo e suas implicaes sociais..................................................................................................057Moderno inferno de Dante............................................................................................................058Os carroceiros e o meio ambiente.................................................................................................059Programa de correo ambiental e reciclagem com carroceiros de BH........................................060Meio ambiente e qualidade de vida...............................................................................................061Degradao do meio ambiente e do ser humano...........................................................................062Estudo da vegetao do Jequitinhonha em processo de ensino, pesquisa e extenso...................063Projeto Manuelzo.........................................................................................................................064Comits Manuelzo pela qualidade de vida..................................................................................065SOS Rio das Velhas.......................................................................................................................066

    rea Temtica:Sade

    Projeto Guanabara: educao e esporte, ao complementar escola..........................................067Ginstica aerbica esportiva.........................................................................................................068Esporte aplicado reabilitao de deficientes fsicos...................................................................069Esporte universitrio.....................................................................................................................070Hidroginstica geral...........................................................................................................................071Educao fsica para a terceira idade............................................................................................072Educao fsica para a 3 idade - Perfil dos idosos que freqentam o projeto..............................073

    Projeto vale a pena viver: efeitos deletrios da interrupo de programa de condicionamentofsico e atividades teraputicas em adultos maduros e idosos................................................................074Assistncia multiprofissional aos idosos da casa ancio da cidade de Ozanan - identificao

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    de perdas funcionais em atividades bsicas.......................................................................................075Idosos que freqentam o Projeto Maioridade e suas demandas de conhecimento........................076

    Ncleo de consultoria e educao a distncia da Faculdade de Medicina....................................077Sala de espera - estimulao e recreao com crianas de alto risco e orientao a pais..............078Projeto Brincar sala de espera - o papel do psiclogo e o brincar no Hospital.............................079Vigilncia e controle das infeces hospitalares no Hospital das Clinicas...................................080Controle de egressos em infeco de stio cirrgico no Hospital das Clinicas............................. 081Cuidar...cuidando-se: em busca da qualidade de vida na rea da sade.......................................082Assistncia sistematizada criana de risco do Hospital Sofia Feldman.....................................083Trabalhando com adolescentes grvidas: proposta de integrao docente assistencial noHospital Sofia Feldman................................................................................................................................084Atendimento ao recm-nascido no ambulatrio do Hospital Sofia Feldman................................085

    Curso terico-prtico de suporte bsico e avanado de vida em pediatria....................................086Curso introdutrio para as equipes do Programa de Sade da Famlia.........................................087Consultoria a distncia: apoio para as atividades do Programa de Sade da Famlia...................088Plo de capacitao, formao e educao permanente de pessoal para sade da famliade MG: uma experincia extensionista.......................................................................................................089Atendimento primrio de pacientes com doenas endcrinas: proposta de aproximao............090Profissionais de sade na prtica educativa dos grupos de pessoa diabtica................................091Fibrose cstica: implicaes para interveno fisioterpica..........................................................092Abordagem interdisciplinar no tratamento da doena de Parkinson.............................................093Atendimento grupal de indivduos reumticos: experincia integrativa entre ensinode graduao de Terapia Ocupacional e extenso.....................................................................................................094Assistncia interdisciplinar ao usurio do servio de sade mental do Centro de ConvivnciaSo Paulo...................................................................................................................................................095Assistncia ambulatorial em terapia ocupacional na sade mental...............................................096Ambulatrio da criana de risco: crescimento e desenvolvimento do recm-nascido..................097Aes preventivas e de promoo da sade da mulher.................................................................098Acompanhamento de crescimento e desenvolvimento da criana de 0 a 5 anos de idadeno Centro de Sade So Paulo, atravs da consulta de enfermagem.............................................................099Assistncia sistematizada adolescente e seu filho no Centro de Sade So Paulo.....................100Assistncia s crianas e adolescentes portadores de disfuno vesical.........................................101Programa interdisciplinar de preveno e assistncia na insuficincia renal crnica

    em crianas e adolescentes.........................................................................................................................................102Assistncia de enfermagem aos pacientes hipertensos do Ambulatrio Bias Fortes....................103Grupo de orientao em Hansenase.............................................................................................104Consulta de enfermagem realizada no anexo dermatologia do Hospital das Clnicasno processo educativo para controle da hansenase em Belo Horizonte..............................................................105Preveno de incapacidades..........................................................................................................106Educao, pesquisa e prtica em HIV/AIDS.................................................................................107Internato rural de enfermagem em Pirapora..................................................................................108Internato rural de enfermagem em Vrzea da Palma....................................................................109Estudo da desnutrio entre as crianas inscritas no programa de combate s carncias

    nutricionais - Pirapora.......................................................................................................................................110Projeto Morada Nova.....................................................................................................................111Drogas: o que voc deve saber!....................................................................................................112

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    Projeto lar dos idosos....................................................................................................................113Atividades educativas com idosos em instituio asilar de longa permanncia.............................114

    Concordncia entre o teste do relgio e o mini exame do estado mental na avaliaode dficit cognitivo em idosos institucionalizados.......................................................................................115Esquizofrenia: entre o asilo e o hospital psiquitrico....................................................................116Perfil do idoso em uma unidade de atendimento de urgncia em Belo Horizonte........................117Prevalncia de dependncia funcional, dficit cognitivo e distrbios psquicosem idosos institucionalizados.....................................................................................................................................118Avaliao comparativa de idosos atendidos na disciplina de Geriatria.........................................119O adulto, o idoso e o meio ambiente.............................................................................................120Plataforma de percurso inclinado para transporte de pessoas portadoras dedeficincia fsica...........................................................................................................................................................121

    Cadeira de rodas com variao de posio...................................................................................122Cadeira de posicionamento reclinvel para crianas e adolescentes.....................................................................123Projeto para portadores de artrite reumatide................................................................................124Andador com assento e rodinhas inteligentes...............................................................................125Promoo de sade bucal em escolas............................................................................................126Promoo de sade bucal para adolescentes.................................................................................127A sade chegou..............................................................................................................................128Sistema de referncia para escolares (SIRES)...............................................................................129Traumatismo dentrios..................................................................................................................130Terapia periondontal de suporte....................................................................................................131Ateno odontolgica integral s crianas/alunos do Centro Pedaggico e Centrode Desenvolvimento da Criana da UFMG............................................................................................................132Cirurgia em odontopediatria - orientao e teraputica.................................................................133Estomatologia clnica hospitalar....................................................................................................134Atendimento clinico a pacientes fissurados...................................................................................135Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial................................................................................136Implantodontia..............................................................................................................................137Avaliao dos tratamentos realizados nas clnicas de endodontia da Fac. de Odontologia..........138Grupos de adolescentes.................................................................................................................139A consulta individual no processo de ensino-aprendizagem da pessoa diabtica.........................140

    rea Temtica:TecnologiaMonitoramento da qualidade de combustveis dos postos revendedores de MG.........................141Programa de internato curricular da Esc. de Engenharia: plano diretor de Padre Paraso............142Programa de internato curricular da Esc.de Engenharia: plano diretor de Ladainha....................143Programa CETEPS/comunidades carentes....................................................................................144

    rea Temtica:TrabalhoCIPMOI.........................................................................................................................................145Fase de complementao do ensino fundamental dos profissionais de enfermagem....................146Ncleo de estudos sobre o trabalho humano.................................................................................147

    Anexo: SadePrograma educativo atravs de jogos para grupo de diabticos....................................................148

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    FESTIVAL DE INVERNO DA UFMG PANORAMA DE EXCELNCIA CULTURAL E AOCRIATIVA: EIXO CURATORIAL E DIRECIONAMENTO CONCEITUAL

    Pr-Reitoria de ExtensoProfessor Fabrcio Jos Fernandino (coordenador)Informaes: Fabrcio Fernandino - Fone: (31) 3499-5293 - [email protected]

    Criado em 1967 por professores da Escola de Belas Artes da UFMG e Fundao de EducaoArtstica de Belo Horizonte, o Festival de Inverno da UFMG consolidou-se como o maior programade extenso universitria da rea artstico-cultural do Pas. Em 33 edies, esteve presente em OuroPreto, Diamantina, So Joo Del-Rei, Poos de Caldas e Belo Horizonte. realizado anualmente,no ms de julho, mantendo a proposta inicial de espao para aprofundamento, experimentao e

    pesquisa de novas linguagens artsticas, inclusive as que trabalham com os ltimos recursos datecnologia em seus vnculos com a arte. Suas atividades so destinadas a profissionais liberais dasreas de Artes e Letras, professores, estudantes e crianas e adolescentes. O programa contempla asreas de Artes Cnicas (dana e msica), Artes Plsticas, Artes Visuais (cinema, fotografia e vdeo),Literatura, Msica e Projetos Especiais. Cada uma das reas composta por oficinas de iniciao ede atualizao. Paralelamente, oferecida ao pblico agenda de eventos. O Festival de Invernotem-se caracterizado como espao formador e multiplicador de aes no campo das artes tendo emvista que o fomento experimentao artstica e formao de recursos humanos desencadeieinovaes substantivas cultura e, especificamente em Minas Gerais, economia da cultura.Conceitos e realidades to caros a nosso tempo, como centro e periferia, erudito e popular, global eregional, aparecem no Festival, em vigorosos debates ou so identificveis no dia-a-dia do evento.Desde sua criao, com a proposta inicial de levar a arte e o artista a uma maior proximidade coma populao, o Festival de Inverno vem evoluindo em suas programaes, atendendo demandas depblico sempre crescente e cada vez mais qualificado, o que possibilitou direcionar seus cursos eoficinas ao maior aprofundamento nas questes da prtica e da reflexo artsticas, alm de maiorinternacionalizao em sua programao. O evento tem apresentado programao que priorizaabordagem ambiciosa, no que diz respeito a conceitos e pesquisas no campo das artes. Tanto narea de Projetos Especiais como na de conhecimentos especficos, estabelecem-se novas relaespara a linguagem e o pensamento artsticos. Essa proposta possibilitou ampliar o espao de trocadas idias e dos conhecimentos prticos, promovendo pesquisa, experimentao e inventividade. OFestival tem cumprido seu papel de fomentador cultural e agente de desenvolvimento social.

    Certamente, alargam-se os horizontes na continuidade de sua ao: para o futuro. Nos ltimosquatro anos, o Festival de Inverno passou por ampla avaliao, norteada pelo trip arte/educao/cidadania. E, ao longo de sua histria, mais de 61 mil pessoas j participaram de suas oficinas ecursos. Ao somarem-se espectadores de eventos, como shows e exposies, o pblico, em suas 33edies, chega a quase um milho de pessoas. A cada ano, definido um eixo temtico, abordadona rea de Projetos Especiais, em simpsios e cursos. A escolha do tema casada com a funosocial do evento, que promove o desenvolvimento regional e a formao de recursos humanos narea cultural. O Festival viabilizado financeiramente graas s parcerias mantidas entre a UFMGe instituies pblicas e privadas. Os alunos do Festival de Inverno originam-se da rea metropolitanade Belo Horizonte (44%), interior de Minas Gerais (23,5%), outros Estados (28,2%) e outros pases

    (2,3%). A maioria tem curso superior e procura no Festival seu aprimoramento profissional.

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    33 FESTIVAL DE INVERNO DA UFMG PROJETO INSTITUCIONAL

    Pr-Reitoria de ExtensoProfessor Fabrcio Fernandino (coordenador)Informaes: Fabrcio Fernandino - Fone: (31) 3499-5293 - [email protected]

    Ao tomar conscincia da demolio da casa onde viveram seus pais, o poeta Carlos ArgentinoDaneri sentiu escapar-lhe entre os dedos o carrilho do tempo. Vacilante, lembrou que junto srunas do velho casaro morreria algo muito importante para o poema de sua vida: o Aleph. Sim, noporo da sala de jantar, havia o Aleph, um dos pontos do espao que abarca todos os outros pontos.Se todos os lugares da terra esto no Aleph, a estaro todas as luminrias, todas as lmpadas,todas as fontes de luz dizia, antevendo o embate que travaria ao tentar recuper-lo. Essa metfora,descrita magistralmente por um dos grandes escritores do sculo 20, Jorge Luis Borges, talvez sejamais eficiente para explicar Diamantina, Patrimnio Histrico e Cultural da Humanidade, comosede das duas ltimas edies do Festival de Inverno do que qualquer dado, nmero ou argumentoestatstico. Cidade de vasta beleza potica e intensidade lrica, Diamantina como o Aleph, o cernecapaz de concentrar, no o mundo, mas a essncia de que a arte necessita para se fazer infinita, umindcio de que as expresses artsticas encontraram na cidade o local ideal para se desenvolver comfora e harmonia. O 33 Festival de Inverno da UFMG, realizado em Diamantina, de 8 a 28 de julhode 2001, marcou-se por srie de dicusses relacionadas arte contempornea, com enfoque para oaprofundamento, experimentalismo e reflexo. O evento contou com 65 atividades, entre cursos,oficinas, simpsios, mostras e palestras, divididas em seis diferentes reas (Artes Cnicas; ArtesVisuais; Artes Plsticas; Msica; Literatura e Cultura; e Projetos Especiais). A cada ano, a incessante

    busca por linguagens inovadoras e originais torna o Festival um dos grandes incentivadores daprtica da produo e da histria da arte em Minas Gerais. As reflexes e atividades proporcionadaspelo setor de Projetos Especiais, nas duas ltimas edies, tm possibilitado a simbiose temticaentre arte e outras reas do conhecimento. A 33 edio do Festival props a integrao entre Arte,Meio Ambiente e Turismo Cultural. Arte, por se tratar de linguagem de trabalho dos artistas; MeioAmbiente, como forma de cuidar da sobrevivncia e da preservao das riquezas naturais e TurismoCultural, vocao econmica de Diamantina. Como pde ser comprovado, o Festival de Invernocontinua fiel a seu projeto original, de revolucionar a arte, de forma continuada e multiplicadora. Aatrao de encerramento do 33 Festival de Inverno consolidou a proposta inicial, que elegeu comoprincipal meta a busca por experimentao, aprofundamento e reflexo de questes relativas arte.

    A montagem de grande espetculo multimdia, encenado no ltimo dia do evento, reuniu dezenasestudantes e professores de diversas oficinas do Festival, integrando reas dspares de expressoartstica, como Msica, Artes Cnicas, Artes Visuais e Artes Plsticas. A atividade mostrou-seimportante por viabilizar produo interativa e transdisplinar. De genuno carter experimental, aatrao de encerramento marcou-se por ter sido inteiramente construda ao longo do Festival. Oresultado possibilitou experincias inovadoras em relao ao trato das expresses artsticas. Oespetculo multimdia representou o verdadeiro salto em busca da criao de novas linguagens e dainterrelao de reas do conhecimento.

    Apoio: Caixa Econmica Federal, Banco do Brasil, Correios, CAPES, CNPq, CEMIG, Fiemg/SESI, Sesu/MEC, Furnas-Centrais Eltricas, Lei Estadual de Incentivo Cultura/MG, Lei Federalde Incentivo Cultura e Ministrio do Esporte e Turismo.

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    FORMAO EM PRESERVAO DE ACERVOS: PROPOSTA DE AO PARA MUDAN-A NAS PRTICAS CULTURAIS

    Departamento de Teoria e Gesto da Informao/Escola de Cincia da InformaoProfessoras Maria da Conceio Carvalho (coordenadora) e Alcenir Soares dos Reis(subcoordenadora); Rosemary T. Motta (bibliotecria); Aurlio de Alvarenga Soares (bolsista).Informaes: Rosemary T. Mota - Fone: (31) 3499-5217 - [email protected]

    A rea de preservao de acervos na Escola de Cincia da Informao constitui aspecto de crescen-te interesse por parte de grupo de professores e funcionrios ligados ao oferecimento de disciplinasespecficas, ao desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto e manuteno do Laboratrio dePreservao de Acervos (LPA). Assim, neste ano encontra-se em desenvolvimento um programa

    de extenso, que tem como objetivos atuar de forma sistemtica no campo da preservao atravsde aes/atividades que possibilitem a formao, treinamento e a conscientizao de diferentespblicos, visando a ampliar a compreenso e a atuao em termos de manuteno/conservao dosbens culturais. O projeto parte de um programa geral e refere-se s atividades de orientaovoltadas para escolares de primeiro e segundo graus de escolas pblicas de Belo Horizonte, atravsde cronograma de visitas monitoradas ao LPA. A ateno a esse tipo de pblico uma resposta preocupao da equipe para com a questo da educao para a preservao na sua totalidade, vistacomo uma questo estratgica no processo histrico de transmisso da cultura. Tem-se como obje-tivos conscientizar a criana e o adolescente sobre a relao desejvel entre preservao e uso dosbens culturais; discutir a noo de memria cultural da humanidade como um recurso sustentvel,que pode se (re)apresentar sob diferentes suportes mas que somente continuar a fazer parte dopatrimnio cultural se aprenderem-se as formas corretas de conserv-los. Os recursos metodolgicosutilizados so: apresentao oral, com recursos audiovisuais, quando se discorre sobre a evoluohistrica das formas de registro do pensamento humano, da tableta cuneiforme e do papiro infor-mao virtual e oficina de pequenos reparos em livros, de preferncia livros da prpria escola dosparticipantes, de forma a estimular a discusso sobre a conservao preventiva e o respeito aopatrimnio pblico. J se realizou uma primeira visita, dos alunos da sexta srie do Centro Pedag-gico da UFMG que integrou essa atividade na ECI a um projeto prprio intitulado Projeto deConservao e Preservao do Acervo da Biblioteca e de Preservao do Patrimnio. As ativida-des se realizaro at o final de 2001 com visitas de cinco escolas, atingindo um pblico de 15alunos/ms, limite decorrente da capacidade fsica do LPA. A resposta a essa primeira visita foi

    altamente positiva por parte dos professores, bibliotecrios e bolsistas do Centro Pedaggico queacompanharam os alunos e avaliaram os objetivos do projeto, o desenvolvimento das atividadesem laboratrio e a qualidade do roteiro audiovisual (Power-point), produzido como suporte para apalestra. A essa avaliao dever se integrar a dos discentes. Tais informaes devero subsidiarreorientaes/reformulaes para aprimorar a atividade.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG

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    MEMRIA E CULTURA MDICA EM MINAS GERAIS

    Centro de Memria da MedicinaProfessores Sebastio Nataniel Silva Gusmo (coordenador), Rita de Cssia Marques e AnnyJackeline Torres Silveira (subcoordenadoras); Mnica Patrcia da Silva (bolsista); Renata PaulaCoutinho e Srgio Mitre (estagirios).Informaes: Rita de Cssia Marques - Fone: (31) 3484-4174 - [email protected]

    O projeto est sendo desenvolvido junto ao Centro de Memria da Medicina da Universidade Fede-ral de Minas Gerais - CEMEMOR - desde maro de 1998. Os objetivos do projeto so a organiza-o, preservao e divulgao da cultura e do patrimnio da histria mdica em Minas Gerais. Aprimeira etapa do trabalho foi centrada na identificao, separao, higienizao e acondiciona-mento do acervo segundo a tipologia de material (bibliogrfico, iconogrfico, audiovisual,arquivstico e tridimensional). Atualmente, o trabalho tem privilegiado a organizao da bibliotecahistrica, composta por obras raras e de referncia, teses, textos literrios produzidos por mdicos,peridicos, biografias, alm de outras obras sobre os diversos assuntos da medicina. Os arquivospessoais de mdicos, compostos por fotografias, correspondncias, cpias de aulas e outros tiposde documentos, correspondem a outro material que est sendo objeto de organizao para serdisponibilizado para a consulta dos usurios. O pblico atingido por este projeto composto, basi-camente, por pesquisadores, estudantes e interessados em histria da medicina, sendo oferecidosemprstimos domiciliares e consultas internas. Um dos prximos passos do projeto a elaboraode uma base de dados que possibilite a busca e recuperao mais eficientes de obras do acervo paraos consulentes. Outro trabalho realizado foi a seleo e montagem do material em exposio nas

    vitrines do CEMEMOR, que privilegia temas e figuras importantes da medicina em Minas Gerais.Aps a organizao da biblioteca histrica, novos projetos devero ser elaborados contemplando aidentificao, tombamento e guarda do acervo fotogrfico e tridimensional, alm da elaborao emontagem de uma nova exposio para a sala de objetos.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG e Fapemig.

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    MSICA E REPRESENTAO NO MUNDO BARROCO

    Departamento de Teoria Geral da Msica/Escola de MsicaProfessoresRosngela Pereira de Tugny (coordenadora), Michelina Barra Rocha, Carlos Gohn eJos Amrico de Miranda Barros; Rodrigo Teodoro e Suely Louzada (bolsistas).Informaes: Laboratrio de Musicologia - Fone: (31) 3499-4719 - [email protected]

    Projeto oriundo de trabalho de ensino, pesquisa e extenso realizado no quadro da matria MsicaBarroca e Representao, oferecida na Escola de Msica como disciplina optativa e eletiva. Ogrupo constitudo de cantores e instrumentistas envolvidos na pesquisa dos recursos tcnicosprprios ao contexto barroco, que subsidiem a criao, representao e performace vocal e instru-mental do musical dos sculos XVII e XVIII. Alm da interdisciplinaridade do trabalho, envolven-do estudos da Literatura, da Histria e do Teatro, a experincia apresenta uma dimenso inovadoraque consiste no enfoque dos aspectos cnicos e retricos do repertrio dramtico-musical. O refle-xo dessa nova concepo operstica se mostra, de forma sensvel, no resultado dinmico oferecidoe compartilhado com o pblico. Dessa forma, o trabalho busca o envolvimento dos alunos dentroda arte da representao, para a qual a msica passa a ser um elemento constitutivo. O gruporealizou estudos sobre a esttica do teatro barroco, a gestualidade cnica, a retrica, a artedeclamatria. O trabalho culminou em diversas montagens, cada uma explorando uma temtica ouuma obra relevante na literatura musical dessa poca, sendo elas: Psych e as Alegorias das Pai-

    xes- espetculo sobre a pera francesa Psychde J. B. Lully;Amores e Pastores- realizao demadrigais italianos representativos, bailados e cenas de peras de Monteverdi (colaborao da pro-fessora Michelina Barra/FALE/);rias de Corte Inglesas e Francesas dos sc. XVII e XVIII(cola-

    borao do professor Carlos Gohn/Fale);Lgrimas, temor e desespero- espetculo que tem comotema central a representao da lgrima, objeto retrico bastante explorado por artistas e pensado-res da poca do chamado barroco(colaborao do professor Jos Amrico Miranda/FALE); Orfeu- pera italiana do compositor Monteverdi. Alm das apresentaes didticas direcionada aos alu-nos de 1oe 2ograus, a realizao desses espetculos procura utilizar o potencial dos espaos teatraisdas cidades histricas de Minas Gerais onde tradicionalmente eram realizados espetculos dessanatureza nos sc. XVIII e XIX.

    Apoio: Programa de Bolsas de Iniciao Cientfica da UFMG

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    GRUPO DE PERCUSSO DA ESCOLA DE MSICA

    Departamento de Instrumentos e Canto/Escola de MsicaProfessor Fernando de Oliveira Rocha (coordenador); Srgio F. B. Aluotto e Werner Silveira(bolsistas); Alice Belm, Emlia Chamone, Guilherme Faria, Mateus Oliveira, Jlio Csar Ponzo,Marilene Trotta, Andr Queirs e Giuliano Ribas (voluntrios).Informaes: Fernando Rocha Fone: (31) 3499-4744 - [email protected]

    O Grupo de Percusso nasceu em 1998, no mesmo ano em que foi criado o curso de bachareladoem percusso na UFMG. Desde ento, tem participado de vrios eventos promovidos pela Univer-sidade. J se apresentou tambm no projeto Concertos do Sculo XX, da Fundao Clvis Salgado,na Fundao de Educao Artstica, na UEMG e promoveu duas edies da mostra A Percusso na

    Msica do Sculo XX, realizada na Escola de Msica da UFMG, reunindo vrios profissionais deMinas Gerais e tambm convidados de outros estados. Em maio de 2000, participou de dois impor-tantes eventos internacionais: I Encontro Internacional de Instrumentistas de Sopro e Percusso,em Belo Horizonte e o II Encontro Pan-americano de Percusso, em Campinas, promovido pelaUNICAMP. O repertrio do grupo rene msica contempornea, escrita originalmente para percus-so e tambm arranjos, especialmente de msica brasileira, para uma gama muito grande de instru-mentos, que incluem marimba, vibrafone, xilofone, tmpanos, bateria, pandeiro, gongos e at obje-tos como latas, panelas de freio e o prprio corpo dos msicos. O grupo tem realizado inmerasprimeiras audies, em Belo Horizonte, de obras importantes da Msica Contempornea, comoCredo in Use Segunda Construo, de John Cage, Music for Pieces of Wood, de Steve Reich e

    Marimba Spiritual, de Minoru Miki. Tambm tem recebido e estreado obras de compositores eestudantes de composio de Belo Horizonte. Outra atividade do grupo a realizao de concertos-didticos, nos quais acontecem explanaes sobre os instrumentos de percusso, suas tcnicas eseu repertrio. Em 2001, o grupo realizou vrios concertos na UFMG, com destaque para apresen-tao no XIII Encontro da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Msica. Para2002, est prevista participao na III Mostra de Percusso da UFMG, II Mostra InternacionalRitmos da Terra/UNICAMP e a realizao da primeira audio em Belo Horizonte da peaIonisation,de Edgar Varse, uma das obras mais importantes da histria da msica no sculo XX.

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    ESCOLA DE DANA E RITMO SARANDEIROS

    Departamento de Educao Fsica/Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia OcupacionalProfessores Gustavo P. Cortes (coordenador) e Maria A. S. Geiken; Alex F. Magalhes, Gilce F.Chaves, Gustavo F. Costa, Leticia B. Soares, Marco A. Souza, Marcos A. A. Campos, Neyder E.M. Souza, Paulo N. Elias, Rodrigo O. M. Lopes e Sarah N. Lage (bolsistas).Informaes: Gustavo Pereira Crtes - Fone: (31) 99760787 - [email protected]

    O projeto atua na Escola de Educao Fsica e no Clegio Tcnico, por meio de aulas prticas etericas sobre danas e manifestaes tpicas da cultura popular brasileira, assim como em diversasmodalidades de danas de salo, oferecidas gratuitamente para a populao em geral. Importantesatividades se realizam desde o incio da atuao do projeto, corroborando no s o seu carterpedaggico mas tambm seu carter artstico, atravs da organizao e participao dos alunosenvolvidos, com elaborao de coreografias e figurinos. Trata-se de um projeto social, gratuito, queatua atravs do estudo, ensino e pesquisa da Cultura Popular Brasileira, por meio de diferentesmodalidades artsticas, como a dana, msica, jogos, brincadeiras e demais atividades referentes aofolclore brasileiro e s danas de salo. O projeto tem como objetivo possibilitar uma experinciaterica e estimular a prtica corporal atravs do ritmo, da msica e da dana brasileira e danas desalo, desenvolvendo, assim, o sentimento de cidadania e valorizao da cultura do Brasil, alm depossibilitar futuras formaes de grupos artsticos representativos do folclore brasileiro. Dessa for-ma, o desenvolvimento de atividades pedaggicas em torno do folclore brasileiro importante paracontribuir na formao da identidade e nacionalidade dos alunos, atravs do reconhecimento desuas razes, grupos sociais, linguagem e representaes de sua cultura. Vale ressaltar que as ativida-

    des propostas pela Escola de Dana e Ritmo Sarandeiros so excelentes maneiras de se trabalharcom a cultura popular brasileira de forma ldica e prazerosa, alm de estimular a prtica docentedos alunos monitores do projeto, enriquecendo sua formao.

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    PROGRAMA DE DANA MODERNA EXPERIMENTAL

    Departamento de Educao Fsica/Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Terapia OcupacionalProfessora Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz (coordenadora); Lorenza Riggio, Renata Rodriguese Renata Luiza (monitoras); Luciana Santos, Daniel Arajo, Daniele Arantes, Geise Pinto, LetciaMarques, Erica Fernanda e Magno Silva (voluntrios).Informaes: Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz - Fone: (31) 3499-2333 - [email protected]

    O programa foi criado em 2000 para produzir conhecimento e propiciar aos alunos da graduaoem Educao Fsica, bem como comunidade interessada, experincia com os contedos da danamoderna, compreendendo-a como prtica social e corporal na educao do ser humano. Os traba-lhos foram iniciados com grupo de estudos utilizando metodologia baseada na discusso de textosescritos e danados, buscando a leitura dos subtextos. Para a escrita corporal, so desenvolvidasvivncias em que todos os participantes so autores e leitores que constrem uma proposta dedana. Assim, como fruto das reflexes geradas, a primeira proposta ampliada para uma aborda-gem mais abrangente e comprometida com a extenso extramuros da UFMG, principalmente aque-la voltada para escolas pblicas interessadas no desenvolvimento do Programa em suas dependn-cias. Nesse momento, o Programa composto por trs projetos: O Grupo de Estudos em Dana -GEDAE; A Dana na Escola, que vem atuando na Escola Municipal So Cristvo e na EscolaEstadual Milton Campos, somando 100 alunos de ensino fundamental e mdio, e O Grupo deDana Experimental,que composto por uma equipe de 10 alunos entre trs unidades da UFMG.Atualmente, tambm existe parceria com o Ncleo de Estudos em Letras e Artes Performticas-NELAP, da FALE, que est gerando outros projetos a serem desenvolvidos e grandes expectativa

    no para o trabalho. Como resultado, a coordenao do Programa publicou e apresentou, em 2000, oartigo O Corpo Ldico e a Dana, no ENAREL em Cambori. J em 2001, A Dana na Escola,no GT Escola do CBCE e Dana: Uma Possibilidade Ldica, no II Seminrio O Lazer em Deba-te, ambos em Belo Horizonte. Participou tambm da I Semana do Conhecimento e 3o. Encontro deExtenso da UFMG com pster; promoveu o XIII Festival de Dana e I Seminrio de Dana daEscola de Educao Fsica, realizados em dezembro de 2000 com oficinas de dana, mesa redondae mostras de dana. Finalmente, em 27 de junho de 2001, promoveu em parceria com a disciplinaDana I da graduao em Artes Cnicas e Educao Fsica o II Dana Sarau na Escola de Educa-o Fsica, com a participao do Grupo de Dana Experimental e do NELAP.

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    A LETRA E A CENA: ENCENAO DO TEXTO NO-DRAMTICO

    Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema/Escola de Belas Artes/Departamento de Letras Cls-sicas/Faculdade de LetrasProfessores Antonio B. Hildebrando (coordenador) e Tereza Virgnia R. Barbosa (subcoordenadora);Jos Maria Lopes Jnior, Ceclia Bizzotto Pinto, Solange de Cssia Paula, Laura Barreto e Amauryde Paula (bolsistas); Geraldo Roberto, Fabrcio Garelli e Letcia Castilho (voluntrios).Informaes: Antonio Barreto Hildebrando - Fone: (31) 3222-5474 - [email protected]

    Depois de sculos de predomnio do texto dramtico no teatro, o que muitas vezes resultou nadesvalorizao da cena frente letra, a encenao, na esteira de artistas-tericos como Baty e AntoninArtaud, entre outros, afirmou-se como arte autnoma. Perdendo muito do seu privilgio, a letra,

    entretanto, no foi expulsa do teatro e , cada vez mais, incorporada a partir de textos no-dramti-cos. Explodindo a separao entre os gneros, o teatro contemporneo traz para a cena textos que,em sua gnese, no pressupunham atualizao cnica. O estudo do drama e de sua atualizaocnica produziu, ao longo dos sculos, vasto e profundo material terico e crtico. Por outro lado, aadaptao cnica de textos que originalmente no se destinavam ao teatro permanece territriopouco explorado, embora cada vez mais freqente no teatro contemporneo. Dessa forma, tornam-se imprescindveis as pesquisas que possam produzir material terico-crtico sobre o assunto. Somuitas questes que envolvem o processo e os resultados da utilizao dos textos no-dramticoscomo estopim ou suporte de espetculos teatrais. Procurar levantar e responder a essas questes oobjetivo desse projeto, que j teve oportunidade de apresentar performance baseada em textos de

    jornais no seminrio sobre performance realizado na Faculdade de Letras. A apresentao, registra-da em vdeo e fotografia, serve de base, juntamente com a pesquisa bibliogrfica, para discussesdo grupo. No momento, o grupo inicia trabalho com textos poticos que dever gerar, alm dematerial terico-crtico, apresentao de espetculo dentro e fora da Universidade. Esto em pro-cesso, ainda, entrevistas com profissionais das artes cnicas que tm produzido espetculos a partirde textos no-dramticos.

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    DESVELANDO A OBRA DE ARTE: RELATO DE EXPERINCIA

    Escola Fundamental do Centro PedaggicoProfessoras Edna Maria Santana Magalhes (coordenadora); Geruza Cristina M. Volpe (monitora)Informaes: Cenex - Fone: (31) 3499-5175 - [email protected]

    O trabalho compreende relato de experincia em que tenta-se traduzir em palavras algumas dasreflexes e momentos singulares vivenciados por turma de trabalhadores-alunos, a partir de visi-ta a mostra de arte contempornea. Pode ser dividido em dois momentos distintos. No primeiro,apresenta-se uma contextualizao histrica do PROFAE, projeto que inspirou a realizao da ex-perincia, identificando um pouco de sua estrutura de organizao, do perfil do alunos que o fre-qentam e dos principais pressupostos terico-metodolgicos que orientam sua proposta poltico-

    pedaggica. Na segunda fase, relata-se todo o processo de criao com base no Parmetro Curricularde Arte para o Ensino Fundamental e na obra de Ana Mae Barbosa (1997) que culminou na visita,e procede-se a anlise de algumas relaes e de alguns momentos significativos decorrentes daexperincia vivida. Por fim, realiza-se breve concluso de todo o processo.

    Apoio: Ministrio da Sade

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    CONTOS DE MITOLOGIA

    Departamento de Letras Clssicas/Faculdade de Letras/Departamento de Filosofia/Faculdade deFilosofia e Cincias Humanas/Centro PedaggicoProfessores Tereza Virgnia R. Barbosa, Marcelo Pimenta e Clenice Girffo; Andreza Jnia Ferreirae Tereza Pereira do Carmo (bolsistas); Elma Rocha Vieira e Frederico N. de Almeida (voluntrios).Informaes: Cenex - Fone: (31) 3499-6002 - [email protected]

    O trabalho fruto do projeto Contos de Mitologia, apoiado pela Pr-Reitoria de Extenso desde1998. Coordenado pelo Departamento de Letras Clssicas da FALE e pelo Departamento de Filo-sofia da FAFICH o projeto conta atualmente com dois monitores bolsistas e dois monitores volun-trios e com a participao de turmas do terceiro e quarto ciclo do Centro Pedaggico, com o apoio

    mensal do carro-biblioteca e, eventualmente, com alunos de nvel secundrio de escolas particula-res como colaboradores. A pesquisa conjugada a um trabalho prtico que vem sendo desenvolvi-do junto a escolas de ensino fundamental e mdio na regio metropolitana de Belo Horizonte. Oobjetivo proporcionar a crianas e adolescentes uma reflexo e uma propedutica acerca da filo-sofia e mitologia gregas atravs da contao de histrias. O vnculo com o Centro Pedaggicosurgiu em 1999, com o objetivo de confeccionar um material didtico e test-lo em sala de aula. Aparceria com o carro-biblioteca tambm data de 1999, tendo como objetivo atingir a comunidadeem geral. Para se ilustrar a prtica do projeto, abordar-se- o texto de um poeta cannico, CarlosDrumond de Andrade. Escolheu-se seu poema O Mitopor ser um terreno frtil para reflexo teri-co-filosfica. Para a anlise do poema utilizar-se-o vrias definies de diferentes autores emgeral. O poema de Drummond tem como eixo central figura de Fulana. Em todo o poema pode-mos perceber uma busca pelo poeta para compreender essa Fulana misteriosa e multifacetada. Seucarter ambguo e enigmtico j designado pela forma como o poeta a nomeia. O que vem a serFulana? Se olharmos no dicionrio veremos que o termo fulana significa: uma idia vaga dealguma pessoa, algum que no se quer nomear ou depreciao de uma pessoa qualquer. Tomadacom letra maiscula, como o poeta nos apresenta, a palavra se transforma em um substantivo pr-prio, individualizado Fulana. Assim, Fulana para o poeta no uma fulana qualquer, mas a Fulana.A nossa associao de Fulana com o ttulo do poema uma leitura de Fulana como metfora demito. No decorrer do trabalho mostra-se esta leitura bem como vrios conceitos de mito.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG

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    BANCO DE DADOS SOBRE EDUCAO INDGENA

    Departamento de Administrao Escolar/Departamento de Cincias Aplicadas Educao/Facul-dade de EducaoProfessores Rogrio Cunha Campos (coordenador) e Ana Maria R. Gomes (subcoordenadora);Adriana Cristina Salgado (bolsista).Informaes: Rogrio Cunha Campos - Fone: (31) 3499-5323 - [email protected]

    O projeto tem como objetivo a disponibilizao de materiais relativos a educao intercultural,formao de professores em situaes caracterizadas pela diversidade, educao escolar indgena,culturas e condies atuais dos diferentes povos indgenas de Minas Gerais. Quando estiver emcondies de acesso, o acervo poder ser consultado por professores das redes de ensino de Belo

    Horizonte e do Estado, por alunos da graduao e da ps-graduao da UFMG, por professores epesquisadores, por formadores no mbito da educao intercultural e pelos prprios professoresindgenas. O acervo inicial originrio do programa de Implantao de Escolas Indgenas de MinasGerais que foi criado em 1995, por iniciativa da Secretaria de Estado da Educao/MG em convniocom a Universidade Federal de Minas Gerais, Fundao Nacional do ndio, Instituto Nacional deFlorestas e a Comunidade dos Povos Indgenas de Minas Gerais, envolvendo os povos Krenak,Maxacali, Patax e Xacriab. Nos cinco anos de atuao do programa grande volume de informaessobre a educao indgena e sobre os povos indgenas de Minas foi produzido. Boa parte desseacervo se encontra na Faculdade de Educao/UFMG e a outra parte na SEE/MG. A organizaodo Banco de Dados implica na classificao do material bibliogrfico e institucional existente naFaE e SEE/MG. Esses materiais (textos e imagens em diversos suportes) esto sendo objeto detratamento especializado na biblioteca da FaE visando sua disponibilizao para a comunidade. Omaterial identificado segundo suas culturas de origem, de acordo com categorias produzidas noprocesso de manuseio do acervo. Tambm esto sendo identificados os materiais segundo suaspotencialidades documentais e como elementos de memria de programas educacionais. A maioriado material bibliogrfico j foi classificado e recebeu nmero de identificao de acordo com osistema de bibliotecas da UFMG e j se encontra disponvel aos interessados para consulta eemprstimo. A comunidade receber tambm como produtos gerados pelo projeto os materiais depesquisa didtica, institucional e audiovisual relacionados educao indgena. As perspectivas doprojeto, alm da concluso e disponibilizao do banco de dados, ser a ampliao do seu alcancevisando sua insero numa rede ampliada de Educao Indgena, envolvendo outras universidades

    e instituies detentoras de acervos semelhantes.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG, Fundao Nacional do ndio, Comunidade dosPovos Indgenas/MG, Instituto Estadual de Florestas/MG e Secretaria Estadual de Educao/MG.

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    NEP NCLEO DE ESTUDOS PARTICIPATIVOS

    Centro de Extenso/Faculdade de DireitoProfessores Lcia Massara (coordenadora), Silma Mendes Berti, Mrcio Tlio Viana, Jackson RochaGuimares e Antonio Augusto Anastasia; Raul Felipe Borelli, Cristiane N. de Carvalho Ribeiro,Rogrio Rocha, Luciano Brustolini Guerra, Mnica Silveira Vieira, Roberto Novaes e LeozlioFrana (monitores).Informaes: Lcia Massara - Fone: (31) 3217-4633 - [email protected]

    O projeto, antigamente denominado Ncleo de Estgio na Periferia, uma atividade de extenso daFaculdade de Direito da UFMG, criado e desenvolvido pelo Centro Acadmico Afonso Pena, ten-do por objetivo a orientao sobre questes jurdicas de uso cotidiano para comunidades que nor-

    malmente no teriam acesso a esse tipo de informao. Enquadra-se, assim, na rea temtica cor-respondente educao. Outro objetivo do projeto a integrao e atuao conjunta com progra-mas da Universidade na publicizao do conhecimento produzido internamente, promovendo aimplementao de um verdadeiro carter pblico ao ensino universitrio. Ademais, o ensino jurdi-co se insere cada vez mais em um crescente processo de abstrao, bem como se verifica umaprevalncia dada tcnica jurdica em detrimento do raciocnio jurdico. Essa prevalncia fazcom que os operadores do Direito se esqueam de que seu objeto de estudo nasce da sociedade e aela se dirige. O NEP. visa, portanto, construo de um Direito inteligvel a todos e a um realaumento do acesso justia, entendido no s como possibilidade de litigar, mas tambm como oalcance informaes bsicas capazes de prevenir uma infinidade de problemas. As propostas doprojeto so realizadas atravs de palestras dadas a comunidades de diversos bairros de Belo Hori-zonte e regio metropolitana, utilizando a estrutura de qualquer tipo de organizao social, que responsvel pela divulgao da data do evento, assim como pela cesso do espao a ser utilizado.Curtas e acessveis, as explanaes versam sobre temas de importncia cotidiana, tais como noesde Direito do Trabalho, Famlia, Consumidor, Penal, Posse e Propriedade e Direito Ambiental,sendo ministradas por estudantes da Faculdade de Direito preparados atravs de grupos de estudo eorientados por professores, especialistas nas respectivas reas. As palestras so reforadas peladistribuio de textos sobre os temas abordados, formulados em linguagem simples e elaboradospelos participantes do projeto, ressaltando sempre a constante superviso docente nos trabalhos.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

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    PROJETO CIDADANIA E EMANCIPAO: A UNIVERSIDADE VAI S RUAS

    Centro de Extenso/Faculdade de DireitoProfessores Menelick de Carvalho Netto, Miracy Barbosa de S. Gustin e Fernando Antonio deMelo (coordenadores); Onsio S. Amaral, Mariana P. Assis, Sielen Caldas, Deborah Marra, RobertaAzambuja, Flaviane R. Arajo, Ftima Nitzsche, Renata V. S. Varella, Marianna V. R. Maciel,Daniel Fonseca, Flvia T. Oliveira e Lucas A. L. Seabra (pesquisadores).Informaes: Menelick de Carvalho Netto - Fone: (31) 3217-4638 - [email protected]

    Entendendo-se que o Direito s se efetiva a partir de lutas poltico-sociais cotidianas, acredita-seque o fomento s organizaes de catadores de materiais reciclveis de Minas Gerais, bem comoo estmulo participao de catadores individuais em grupos organizados, o meio mais efetivo

    para modificar a situao de completa excluso social em que essa parcela da populao se encon-tra, caracterizada por sucessivas perdas de direitos fundamentais e restrio da autonomia. O proje-to, que integra o Programa Plos Reprodutores de Cidadania, utiliza-se da metodologia da pesqui-sa-ao, segundo Michel Thiollent, considerando os catadores sujeitos da pesquisa e no comomero objeto da mesma. Em parceria com a Associao de Catadores de Papel, Papelo e MateriaisReaproveitveis e com a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania/Prefeitura de Belo Ho-rizonte, o projeto passou a atuar junto aos catadores de cidades de diversas regies de Minas Ge-rais, alm dos da Capital, que recolhem seus materiais desde lixes e ruas at galpes especficos eusinas de compostagem/reciclagem. Percebeu-se que os catadores do interior do Estado, em geral,catam junto com membros da famlia, nasceram na cidade em que catam ou nela residem h vriosanos. J os catadores de Belo Horizonte so moradores ou ex-moradores de rua, a maior parte delescatam sozinhos e vieram para Belo Horizonte em busca de emprego ou fugindo de problemas coma famlia. Constatou-se que as condies adversas em que vivem os catadores de materiais reciclveisso reflexo do modelo scio-poltico-econmico vigente, que no s gera como tambm aprofundaa marginalizao, sobretudo o desemprego. Isso pode ser observado na medida em que grande partedos catadores tinha empregos formais de baixa qualificao ou atuava no mercado informal. Pre-tende-se, com a anlise da situao em que se encontram esses trabalhadores, sensibilizar a socie-dade civil e o Estado, que freqentemente ignoram os que se encontram nessa realidade.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte eAssociao de Catadores de Papel, Papelo e Materiais Reaproveitveis/BH.

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    VERTENTE TEATRAL TRUPEA TORTO E A DIREITO

    Centro de Extenso/Faculdade de Direito/Teatro UniversitrioProfessores Fernando Antonio de Melo, Menelick de Carvalho Neto e Miracy Barbosa de SousaGustin (coordenadores); Antnio Eduardo Silva Niccio, Andr Maurcio Campos de S, CarolinaPereira Lyon, Elizngela Ftima de Souza, Mariana Prandini Fraga Assis e Ronaldo Arajo Pedron(bolsistas); Andr Gomes Bandeira, Daniel Fonseca Motta, Flvia Tavares de Oliveira, GuilhermeScotti Rodrigues, Laura Torres Martins, Luciana de Melo Dumont, Ludmilla Marques CarabettiGontijo e Rafael de Oliveira Alves (voluntrios).Informaes: Menelick de Carvalho Netto - Fone: (31) 3217-4638 - [email protected]

    O projeto da vertente teatral Trupe A torto e a Direito insere-se como estratgia central de fomen-

    to da discusso sobre a cidadania que, ao se integrar concepo, objetivos e metodologia doPrograma Plos Reprodutores de Cidadania, possibilita a insero inicial deste nas comunidades eo desenvolvimento das ao propostas. Formada em 1997, a vertente teatral Trupe A torto e aDireito encontra-se hoje na sua terceira fase. Seu primeiro espetculo foi a pea Frango comquiabo e angu de caroo, que abordava temas constatados nos diagnsticos feitos pelos pesquisa-dores-extensionistas do Programa Plos, tais como a violncia em vilas e favelas, a questo dosofrimento mental e a dificuldade de mobilizao da populao. A pea seguinte, Ele ruim, mais bom, abordou principalmente a violncia contra a mulher e algumas questes referentes popu-lao de rua. O atual trabaho, Em terra de urubu, quem cuida do lixo rei, aborda a importnciada organizao social dos catadores de materiais reciclveis e as diferentes origens desse segmentocrescente da sociedade. O projeto A Torto e a Direito tem como principais objetivos possibilitara insero inicial do Programa Plos e contribuir para o desenvolvimento da ao deste junto scomunidades parceiras, atravs da desobstruo da comunicao, alm de estimular a organizaopopular pela reflexo acerca da cidadania e dos direitos fundamentais, de forma ldica e criativa. Aabordagem teatralizada permite maior interao e compreenso entre pesquisadores e comunidade,uma vez que a linguagem cotidiana das comunidades-parceiras orienta a criao dos textos e perso-nagens. Tambm, as situaes de que falam as esquetes representam o cotidiano vivido nessascomunidades que sofrem reiteradamente violaes de seus direitos fundamentais. O processo com-pe-se de quatro etapas: discusses em equipe de propostas de texto teatral a ser elaborado, a partirdas percepes e demandas do trabalho de campo; criao de dramaturgia especfica para teatro derua sobre tais temas; ensaios/montagem das esquetes e formao/treinamento dos atores; apresen-

    taes das esquetes nas comunidades seguidas de debates que fomentem a reflexo. Cabe ressaltarque os textos sofrem reviso permanente baseada nas crticas e sugestes recebidas.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG e Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

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    ORGANIZAO POPULAR EM VILAS E FAVELAS REGIO NORTE.

    Centro de Extenso/Faculdade de DireitoProfessores Menelick de Carvalho Neto, Miracy Barbosa de Sousa Gustin e Fernando Antonio deMelo (coordenadores); Leonardo Augusto de Andrade Barbosa, Jos Eduardo Elias Romo e Ant-nio Eduardo Silva Niccio (orientadores); Felipe Leito V. Roquete, Larissa Guimares Batista,Lvia Vilas Boas e Silva, Ludmilla M. Carabetti Gontijo e Ronaldo Arajo Pedron (pesquisadores).Informaes: Menelick de Carvalho Netto - Fone: (31) 3217-4638 - [email protected]

    O Programa Plos Reprodutores de Cidadaniatrabalha na promoo de aes diversificadas junto comunidades de Belo Horizonte, historicamente marcadas por carncias e violaes de seus direi-tos fundamentais, atuando no fomento organizao comunitria e defesa dos direitos fundamen-tais das comunidades-parceiras, atravs da metodologia proposta por Michel Thiollent. O projeto,em consonncia com tal diretriz, tem como proposta verificar o desenvolvimento de aes comuni-cativas que proporcionem aos seus interlocutores uma compreenso crtica autnoma, emancipatriae cidad de suas aes. Os marcos tericos que orientam o projeto so obras de autores comoBoaventura de Sousa Santos e Jurgen Habermas. A partir da identificao de situaes-problemaapresentadas como demandas no Ncleo de Atendimento Scio-Jurdico implantado na regio nor-te de Belo Horizonte, em parceria com a CDHC-PBH, busca-se constituir um processo pedaggicode acesso justia adequado aos anseios da comunidade. Ressalte-se que acesso justia no seconfunde com acesso ao judicirio.O desenvolvimento do trabalho est calcado em dois momen-tos: o de atendimento jurdico-social quando se estabelece o primeiro contato com a situao pro-blema; e a expanso, em que, conforme as peculiaridades das situaes, enfatiza-se o processo de

    compreenso e resoluo coletivada demanda. Esse segundo momento que o diferencia o proje-to, para a populao, dos servios de atendimento jurdicos (assistncia jurdiciria) hoje existentes.Os resultados obtidos at o momento indicam o envolvimento e a participao da comunidadeorganizada, como sujeitos nos processos de resoluo de situaes-problema. Em trs meses, fo-ram realizados cerca de 70 atendimentos referentes violaes de direitos fundamentais. Em al-guns deles, alm do atendimento ao indivduo, sujeito de direitos, foi possvel implicar outrossujeitos (grupos e/ou rgos pblicos/privados), diretamente relacionados situao-problema,permitindo a coletivizao da demanda apresentada. A partir dos resultados obtidos pode-se perce-ber que a metodologia adotada amplia o carter democrtico das discusses e confere aos sujeitosimplicados participao efetiva nas decises. No mbito da esfera pblica verifica-se a constituio

    de uma rede de associaes e entidades legtimas, aptas a influenciar de forma participativa a admi-nistrao pblica municipal, centro das decises polticas.

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    ORGANIZAO POPULAR EM VILAS E FAVELAS AGLOMERADO SANTA LCIA

    Centro de Extenso/Faculdade de DireitoProfessores Menelick de Carvalho Netto, Miracy Barbosa de S. Gustin, Fernando Antonio de Melo(coordenadores); Cladia Aguiar e Giselle Pinho (orientadoras de campo); Ana Paula Nacif, Caro-lina Lyon, Graziella Lucindo, Guilherme Scotti, Jos Marcelo Silva, Patrcia Napoleo, RafaelAlves e Tiago Braga (pesquisadores).Informaes: Menelick de Carvalho Netto - Fone: (31) 3217-4638 - [email protected]

    O projeto integra o Programa Plos Reprodutores de Cidadania e tem por objetivo realizar pesquisa-ao junto s entidades comunitrias do Aglomerado Santa Lcia, setor de ocupao irregular emBelo Horizonte, com vistas a verificar os nveis de cidadania, subjetividade e emancipao, conforme

    o marco terico de Boaventura de Sousa Santos. A partir da identificao de tais nveis, procura-sefomentar aes que visem a fortalecer a participao popular nas organizaes e incrementar oefetivo exerccio da cidadania. Utiliza-se da pesquisa-ao, mtodo desenvolvido por MichelThiollent, em que comunidades ou grupos de indivduos so investigados em processo em que noh distino entre sujeito e objeto, o que possibilita que a comunidade pesquisada tenha papelfundamental na construo do conhecimento e na determinao dos rumos da pesquisa. A partir desituaes concretas vivenciadas, inferem-se problemas e demandas da comunidade, partindo-separa a busca conjunta de possveis solues. Verifica-se, assim, o estmulo permanente a participaoe mobilizao popular. O projeto tem desenvolvido aes como realizao de programa semanalem rdio comunitria promovendo a discusso, conscientizao e interao com a populao local;reconhecimento da equipe como parceira da comunidade na soluo de seus problemas de mbito

    jurdico-social-organizativo (coordenao de processos eleitorais na Creche Madre Garcia e naAssociao Comunitria da Barragem Santa Lcia) e identificao de novos sujeitos coletivos.Nessa comunidade urbana perifrica de Belo Horizonte consta-se que a participao popular nosmovimentos organizados vincula-se principalmente soluo de problemas imediatos. A violnciadesencadeada pelo trfico de drogas e pela excluso social da populao de vilas e favelas fatorque dificulta a construo de um espao retrico que favoreceria a participao democrtica dosmoradores no processo de tomada de decises quanto s suas principais demandas. Tem-seidentificado, no entanto, a presena de grupos bastante conscientes do processo, que orientam suasaes no sentido de envolver a comunidade e tambm o poder pblico na discusso, compreensoe procura de soluo para problemas comuns. Ressalta-se que o Programa Plos Reprodutores de

    Cidadania tem carter permanente em virtude da natureza da sua metodologia.

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    CAPACITAO DE GESTORES E CONSELHEIROS DE ASSISTNCIA SOCIAL

    Ncleo de Apoio ao Desenvolvimento da Poltica de Assistncia Social/Departamento de CinciaPoltica/Faculdade de Filosofia e Cincias HumanasProfessora Maria de Ftima Junho Anastasia (coordenadora); assistente social Eleonora SchettiniMartins Cunha (subcoordenadora); Edite da Penha Cunha e Maria Elisa Neves Pena (funcionrias).Informaes: Eleonora Schettini Martins Cunha - Fone: (31) 3499-5004 - [email protected]

    As atividades desenvolvidas pelo NUPASS no Vale do Jequitinhonha decorrem de demanda apre-sentada UFMG pela Associao dos Municpios do Mdio Jequitinhonha-AMEJE no sentido decapacitar gestores e conselheiros da rea de assistncia social. Tendo como parmetros os resulta-dos da pesquisa realizada pelo DCP e NUPASS acerca do efetivo funcionamento dos ConselhosMunicipais de Assistncia Social do Estado de Minas Gerais, construiu-se, em conjunto com aAMEJE, a proposta de realizao de cursos de formao e qualificao de profissionais que atuamnos sistemas locais de assistncia social, ou seja, nos conselhos, rgos gestores e entidades soci-ais, com objetivo de apoiar o desenvolvimento da capacidade gestora dos municpios na rea daassistncia social. Essas atividades vm sendo desenvolvidas desde 2000, sendo que em 2001 fo-ram realizados dois cursos, em fevereiro e junho, em Araua, organizados a partir da seguintetemtica: aspectos relacionados ao processo de elaborao de polticas pblicas; a implementaoe a gesto local da poltica de assistncia social: funes do gestor e do conselho, normas para o seufinanciamento; instrumentos de planejamento. Participaram dos cursos 38 pessoas, representandoonze municpios pertencentes Associao. A metodologia utilizada nessas atividades envolveexposies dialogadas, intercaladas por trabalhos em grupos, quando os participantes realizam

    estudos de casos e elaborao de documentos sntese relacionados ao tema apresentado. Essametodologia tem propiciado aos participantes no s a aproximao com conceitos bsicos sobre agesto do sistema municipal de assistncia social, mas tambm a troca de experincias e a anlisede situaes concretas do cotidiano sob a perspectiva das informaes tcnicas e tericas apreendi-das durante o curso. Ao final da atividade, tm como produto documentos que podem auxili-los naexecuo das aes pelas quais so responsveis, sejam pr-projetos, sejam planos de trabalho. Osresultados positivos dessa experincia podem ser medidos no s pelo interesse da AMEJE nacontinuao do projeto, como pela demanda crescente apresentada por outras associaes tanto doprprio Vale do Jequitinhonha como de outras regies do Estado. Os custos do projeto foram arca-dos pela AMEJE e pelo Programa Plo de Integrao da UFMG no Vale do Jequitinhonha.

    Apoio: Programa de Bolsas de Extenso da UFMG, Programa Plo de Integrao da UFMG noVale do Jequitinhonha/Finep, Associao dos Municpios do Mdio Jequitinhonha, Ministrio doTrabalho e Emprego e Fundo de Amparo ao Trabalhador.

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    DIVISO DE ASSISTNCIA JUDICIRIA: 43 ANOS

    Diviso de Assistncia Judiciria/Faculdade de DireitoPaulo Rezende e Raphael Luiz Corra de Melo (estagirios/coordenadores)Informaes: Raphael Luiz Corra de Melo - Fone: (31) 3217-4666 - [email protected]

    A Diviso de Assistncia Judiciria da Faculdade de Direito da UFMG (DAJ) foi fundada emagosto de 1958, por iniciativa do Centro Acadmico Afonso Pena (CAAP) e do professor JosOlmpio de Castro Filho, com duas finalidades principais: proporcionar aos alunos do curso degraduao a oportunidade de exercer na prtica a advocacia, com a superviso de professores, epermitir a efetivao dos direitos da populao carente, atravs da prestao de assistncia jurdicagratuita, consistente na orientao e propositura de aes judiciais para soluo de conflitos. A

    atividade de orientao jurdica realizada em plantes dirios e visa preveno de litgios, mi-nistrando populao que procura o rgo informaes sobre seus direitos e deveres. No caso dapropositura de aes judiciais, em que j existe litgio, necessrio invocar a interveno do PoderJudicirio, o que feito pelo estagirio (aluno matriculado a partir do 7 perodo, aprovado emconcurso e inscrito na Ordem dos Advogados), com a assistncia de um professor orientador. Apsa aceitao do caso pelo rgo e distribuio do mesmo a um dos estagirios, cabe a este entrar emcontato com o cliente, reunir informaes e documentos, estudar as normas jurdicas aplicveis aocaso, propor a ao e acompanh-la at a deciso final, comparecendo em audincias e redigindo aspeas processuais. Atualmente, existem cerca de 1.000 casos em andamento na Diviso, sendorecebidos novos casos medida que outros so solucionados. Aps 43 anos de existncia, o novodesafio da DAJ encontrar seu espao dentro da Universidade e ser reconhecido como programade extenso, o que j comea a ser discutido com a Pr-Reitoria de Extenso e o Centro de Exten-so da Faculdade de Direito.

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    CARRO BIBLIOTECA/FRENTE DE LEITURA

    Departamento de Teoria e Gesto da Informao/Escola de Cincia da InformaoProfessoras Alcenir Soares dos Reis (coordenadora) e Ana Maria Rezende Cabral (subcoordenadora);Ceuzimar Barbosa do Carmo, Joo Amncio dos Reis, Roslia M. R. F. Maia e Rbia RibeiroMenezes (funcionrios tcnicos-administrativos); Juliana Luzia Duarte, Nilcemar Faria Silva eReginaldo Csar Vital dos Santos (bolsitas).Informaes: Alcenir Soares dos Reis - Fone: (31) 3499-5202 - [email protected]

    O programa Carro-Biblioteca, que existe desde 1973 na Escola de Cincia da Informao, atendecomunidades da periferia de Belo Horizonte tendo como objetivo incentivar a leitura, bem comogarantir o acesso e a democratizao da informao. Paralelamente, atua no sentido de formao

    dos estudantes do curso de Bibliotecomia atravs da realizao de estgios e de atividades quepermitam a vivncia da relao teoria-prtica. Constitui tambm espao para a realizao de pes-quisa, haja vista o importante acervo de informaes obtido no que se refere s comunidades e aosusurios das mesmas. Em termos metodolgicos, norteia suas atividades no sentido de garantirtanto a difuso da leitura quanto orientao pesquisa escolar, respondendo s diferentes necessi-dades dos usurios. Realiza palestras relativas aos assuntos de interesse das comunidades atendidas(Barragem Santa Lcia, Conjunto Jardim Felicidade/Guanabara, So Benedito, Lindia e SantaLuziaFrimisa) e presta, de forma mais ampla, assessoria instituies/comunidades interessadasna montagem/implantao de Carro-Biblioteca e/ou bibliotecas. Em termos de resultados, desta-cam-se 335 novos leitores , 7.950 usurios atendidos e 13.119 emprstimos, no perodo de feverei-ro a junho de 2000. relevante, ainda, apontar a visita do Carro-Biblioteca, no segundo ano conse-cutivo, Escola de Sargento das Armas em Trs Coraes, MG, no s difundindo as atividades doCarro-Biblioteca, mas possibilitando tambm a visita dos estudantes do curso de Biblioteconomiada UNINCOR. Efetivou-se assessoria referente criao e montagem de carro-biblioteca para aBiblioteca Municipal de Araraquara, SP e a Biblioteca Municipal Viriato Correia, de Arax, MG.Em termos de perspectiva coloca-se como desafio a busca de alternativas para a incorporao denovas tecnologias no mbito do Carro-Biblioteca, maior dinamizao da relao educao-infor-mao, e a constituio de parcerias, de forma a realizar uma efetiva ao multidisciplinar.

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    CARRO-BIBLIOTECA/FRENTE DE LEITURA: BOLETIM BAIRRO A BAIRRO

    Departamento de Organizao e Tratamento da Informao/Escola de Cincia da InformaoProfessoras Mnica Cardoso Pitella (coordenadora) e Mrcia Milton Vianna (subcoordenadora);Juliana Luzia Duarte (bolsista).Informaes: Mrcia Milton Vianna - Fone: (31) 3499-6132 - [email protected]

    O Boletim Bairro a Bairro uma publicao mensal, editada como parte do programa Carro-Bibli-oteca/Frente de Leitura. Sua publicao foi iniciada a partir de projeto elaborado por aluna do cursode graduao em Biblioteconomia que, ao cursar a disciplina Estgio Supervisionado B e conheceras comunidades atendidas pelo Carro-Biblioteca, decidiu desenvolver uma publicao de carterutilitrio que circulasse entre as comunidades atendidas. O Boletim tem como objetivo propiciar o

    intercmbio de comunicao/informao entre as comunidades atendidas pelo programa Carro-Biblioteca/Frente de Leitura. Est sendo publicado desde 1997, visando a atender as necessidadesinformacionais e promover a interao entre os usurios das comunidades atendidas pelo Carro-Biblioteca. So inseridas no contexto do Boletim informaes teis e de leitura fcil visando comunicao de assuntos do cotidiano das comunidades. Esses assuntos so de carter geral,enfatizando datas comemorativas, campanhas, receitas culinrias, poemas e humor, entre outros. Areceptividade da publicao nas comunidades altamente positiva. A publicao nitidamentedemandada, valorizando e incentivando sua permanncia. Mensalmente, so distribudos cerca dequatrocentos exemplares. Alm da receptividade comprovada, o trabalho possibilita o envolvimentodiscente atravs do contato com a realidade social, da prtica de ensinamentos tericos e a proximi-dade com o trabalho interdisciplinar.

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    MUSEU DE CINCIAS MORFOLGICAS PROGRAMA MCM 2001

    Departamento de Morfologia/Instituto de Cincias BiolgicasProfessoras Maria das Graas Ribeiro (coordenadora), Maria Eloiza de Oliveira Teles, RoseliDeolinda Ribeiro, Vnia Lcia Bicalho Cruz e Luclia Maria de Souza Teixeira; Ana Maria Gantois(museloga); Maria Goretti T. de Castro e Sandra Resende Lima (bilogas); Mnica dos Santos,Reinaldo Moreira da Silva, Clarissa Terenzi Seixas, Graciela Frucchi, Marinelle Lara Mendes, JaneMara Queiroz Alves, Michelle da Penha Ferreira Nunes e Evandro de Souza Ribeiro (bolsistas).Informaes: Maria das Graas Ribeiro - Fone: (31) 3499-2817 - [email protected]

    Ao contrrio da maioria dos museus, cuja origem se relaciona necessidade de preservao de bensculturais e/ou de colees didticas j existentes, a criao do Museu de Cincias Morfolgicas

    resultou de projeto experimental visando objetivamente montagem de colees que tivessem seuprincipal enfoque no homem. Essas colees so apresentadas em exposies didtico-cientficas einterdisciplinares sobre o organismo humano, permitindo ao visitante a percepo de que a nature-za a ser preservada no se encontra apenas l fora, mas parte de cada cidado. Esse trabalho deincentivo ao despertar de uma nova conscincia sobre a vida humana e ambiental vem sendo desen-volvido pelo MCM desde sua inaugurao e abertura ao pblico, em 1997, iniciando a segundaetapa do projeto: a implantao de diferentes propostas de trabalho. Implementadas as metodologiasde atendimento comunidade escolar (seu maior pblico) e comunidade em geral, o desenvolvi-mento de outros programas, contemplando vrios projetos/ano, tem sido a meta perseguida pelaequipe que vem trabalhando no MCM ao longo desses anos, ajudando a construir a sua histria. Oprograma MCM 2001compreende vrios projetos, voltados para a cincia e a educao para asade, destacando-se Leve Cincia para a vida, difuso cientfica de carter educativo, projetoatravs do qual se tem procurado mostrar que divulgao cientfica no apenas falar sobre o queos cientistas fazem, mas sobretudo informar o que pode ser transformado a partir do que fazem.Conhea seu corpo... no o estrague corresponde a um curso oferecido a usurios de drogas, bemcomo a grupos que lutam pela reabilitao dessa significativa parcela de nossa populao. Quali-dade de vida no tem idade corresponde a um curso que atender demanda de cidados dediferentes faixas etrias, que buscam embasar sua luta por melhor qualidade de vida, considerandoaspectos como estrutura biolgica, intelectual, emocional, e tambm alimentao, lazer e inserosocial. Dentre os projetos em continuidade destacam-se o Curso de formao de monitores, asOficinas de Cincias/Biologia para professores e a Produo de material didtico para deficien-

    tes visuais. O Museu de Cincias Morfolgicas, embora apresente acervo e caractersticas poucoconvencionais, vem desenvolvendo seu projeto museogrfico integrado a outros museus e centrosde cincias, visando troca de experincias e a soluo de problemas comuns, principalmenterelacionados ao seu papel social. O MCM uma unidade museal de pequeno porte, mas comentusiasmo, sonhos e objetivos de grande porte.

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    AVALIAO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NO MCM JUNTO COMUNIDADE ES-COLAR DE MINAS GERAIS

    Departamento de Morfologia/Instituto de Cincias BiolgicasProfessora Maria das Graas Ribeiro (coordenadora); Marina M. Silva Murta e Denise de Souza(bolsistas).Informaes: Maria das Graas Ribeiro - Fone: (31) 3499-2817 - [email protected]

    Desde o incio de suas atividades, o Museu de Cincias Morfolgicas (MCM) tem como principalpblico-alvo as escolas de ensino fundamental, mdio e de 3ograu, tanto da rea metropolitana dacapital, quanto do interior do Estado. Aps a implantao e experimentao de diferentesmetodologias no atendimento da comunidade escolar, dentro da proposta de museu como centro

    complementar de estudo, e no como escola formal, iniciou-se coleta de dados para avaliaoquantitativa e qualitativa do trabalho realizado, com vistas a estudos mais profundos sobre a conti-nuidade da atuao do museu e at mesmo sobre o ensino de cincias e biologia ministrado emnossas escolas. Resultados destas pesquisas mostram, em anlise parcial dos dados, a ampliao doatendimento a visitantes no MCM entre 1997 e 2000, mesmo com pequeno investimento na reafsica. Mostra, ainda, dentro da comunidade escolar atendida, a imensa demanda de escolas pbli-cas, apesar das dificuldades enfrentadas por elas na operacionalizao de atividades com custosadicionais, como transporte e taxa de visita. Em resposta a questes sobre os motivos da visita aoMuseu, so predominantes os dados que apontam para a complementao de estudos, ressaltando aimportncia do material didtico do MCM, reforando o ensino de cincias/biologia, essencial-mente terico nas escolas, quando abordam esta rea da cincia. A anlise de dados sobre o estudodo organismo humano mostra aspectos relevantes; por exemplo: como vista, pelos alunos, aabordagem do contedo de cincias por srie. Questionados se j estudaram o organismo humano,h picos de respostas afirmativas na 4ae 7asrie, quando tal contedo estudado; e crescimento derespostas negativas na 5a, 6ae 8asries. No 2ograu, com o contedo de biologia j fragmentado(Citologia/Histologia, Anatomia, Embriologia), as respostas mostram que os estudantes no consi-deram esses contedos como abordagem do organismo humano como um todo. Sobre as atividadesdesenvolvidas no MCM, so abordados pontos considerados positivos no trabalho, como as expo-sies didticas do acervo (com mdia acima de 8.5) e a atuao dos monitores nas visitas (80% deaprovao nas amostras analisadas); aparece tambm, com destaque, a insuficincia de espao paraas atividades desenvolvidas no MCM. O prosseguimento das anlises trar ainda inmeras leituras

    dos dados obtidos, que beneficiaro no s o trabalho do MCM, mas certamente contribuiro paraa melhoria do ensino formal de Cincias, uma de suas metas.

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    ENSINO DE CINCIAS PARA DEFICIENTES VISUAIS

    Departamento de Morfologia/Instituto de Cincias BiolgicasMaria das Graas Ribeiro (coordenadora); Jnea Mara Gonalves Moraes, Daniele Sirineu Pereira,Christiane de Ftima Tavares e Tatiana Pessoa da Silva Pinto (monitoras).Informaes: Maria das Graas Ribeiro - Fone: (31) 3499-2817 - [email protected]

    A deficincia visual uma realidade para muitos cidados brasileiros. Mesmo possuindo suportelegal, que garante aos portadores dessa def