4141 p11 2013-08-08
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Semanrio diocesano www.jornalpresente.pt Diretor: Carlos Magalhes de CarvalhoAno LXXXI n 4141 P11 8 de agosto de 2013 0,50
Parquias em destaque Pg. 7 a 9Mira de Aire, Alvados,
Serra de Santo Antnio, S. Bento
Quatro comunidadesao cuidado dos Monfortinos
Todas diferentes...todas iguais
XX ACAREGAcampamento Regional do CNE - Leiria
Peregrinao de 12 e 13 de agosto
Migrantes e refugiadosrumam Cova da Iria Pg. 3
2000 escuteiros por S. NunoEm nome do Reino (de Portugal e de Deus)
Pg. 4 e 5
Nossa Senhora da Encarnao
Festa da Padroeira deLeiria a 15 de agosto lt.
Foto
: LM
Ferr
az
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Jorge Gonalves
Uma tradio a no perderFaz todo o sentido as festas religiosas terem um programa de animao. importante que toda a gente se sinta bem nos arraiais da sua terra. E depois, h a componente financeira que tambm muito importante. A participao na programa-o de variedades por norma uma excelente forma das pessoas contriburem para a obra da Igreja que, em ltima instncia, reverte a favor de todos os paroquianos. Esta uma forma das pes-soas ajudarem ganhando em momentos de con-vvio. A verdade que antigamente as pessoas esperavam pelas festas da terra para reverem fa-miliares e amigos. Esta uma tradio que, no meu entender no se deve perder.
Fernanda Faria
Enriquecimento mtuoNo vejo qualquer incompatibilidade. Muito pelo contrrio, a componente festiva vem enriquecer as vivncias religiosas e vice-versa. Todos samos a ganhar. A verdade que, com o tempo, as pes-soas que inicialmente passavam pelas festas sem participar nas celebraes religiosas acabam por ganhar o hbito de participar nas celebraes e procisses. Conheo muitos que hoje so gran-des entusiastas da vida da parquia. Por outro lado, a combinao destes programas possibilita um maior convvio entre as diferentes geraes e famlias da parquia. E isto, a meu ver, muito positivo porque tambm promove uma cultura de respeito pelo outro.
Maria Adelaide Mendes
A festa religiosa motiva as outras Na minha parquia de origem, tal como em Lei-ria, para onde vim morar, a festa a 15 de Agos-to e tem um grande significado pois festeja-se a Assuno de Nossa Senhora. A par da festividade religiosa h o reencontro das famlias que se jun-tam na aldeia nessa data, e a parte ldica com as capeias raianas. Para mim estas trs vertentes so importantes, e a primeira que motiva as outras, ou seja a festa religiosa que o motor.
Agnelo Ferreira
H festas e festasNa minha opinio no se pode colocar tudo den-tro do mesmo saco, dado que h festas e festas. O mais importante o respeito mtuo, que muita vez no existe em comportamentos, barulhos ex-cessivos e/ou temas que possam ferir terceiros. Se quem organiza e quem assiste estiver de mos da-das e contribuir para um bem estar e divertimento, sem abusos e dignamente aceitvel, no vejo ra-zo para que essa integrao no acontea.
Maria de Lurdes Santos
Tudo um servio para a IgrejaA festa da minha terra, Martingana, celebra S. Joo Batista. Foi sempre como hoje: a par do pro-grama religioso h sempre outro mais mundano, mas que permite angariar verbas para as obras e servio da Igreja. essencial que assim continue porque sempre preciso dinheiro e no fundo tudo um servio para a Igreja.
Srgio Silva
O problema do dinheiroFestas religiosas so manifestaes culturais pre-sentes em vrias religies no mundo. Em relao ao programa de animao nas festividades religio-sas, penso tambm por uma questo comercial, sendo o objetivo principal a angariao de dinhei-ro para proveito da parquia. Pena que nem sem-pre seja para investir em melhores equipamentos para a prpria festa. Mas convivo bem com as duas partes e penso que deve continuar nesse caminho.
Jos Antnio Castro
Toda a dimenso do ser humanoPosso falar, no das festas da minha parquia, mas das da terra onde passo frias, S. Pedro de Moel. A par do programa religioso, h animao, comes e bebes a preos acessveis. Para alm de ser uma forma de financiar a Igreja local, tambm uma forma de juntar a espiritualidade, a cultura e a di-verso. No fundo, toda a dimenso do ser humano.
Como entende a integraodo programa de animao nas
festas religiosas da sua parquia?Qual o sentido de uma vida num convento s para rezar?
A melhor resposta para esta pergunta uma outra pergunta: qual o sentido de uma vida sem orao? Nenhum! Vida sem orao vida sem Deus, sem Grandeza, sem Mistrio, sem Alma... , numa palavra, o absurdo de uma vida sem Vida!Mais do que uma existncia natural, o homem realidade sobre-natural, um ser criado imagem de Deus, que leva em si a marca do seu Criador. Em Deus tudo comea e s nEle tudo ganha sen-tido. Tomar conscincia desta realidade mergulhar na Verdade da Vida e na essncia primeira e ltima de todas as coisas. Surge ento uma vida nova: a da F, Vida de Orao, vida de profunda intimidade com Deus - vida que Vida da alma.A orao um dom, uma graa, uma vocao sublime a que chamado todo o ser humano. As Irms Clarissas, como tantas Re-ligiosas de clausura, assumem-na e abraam-a como um tesouro inestimvel. a radicalidade do Evangelho em toda a sua pureza e tambm a radicalidade da f e do amor que se oferece com alegria, entusiasmo e gratido.Toda a Vida de Orao um dilogo de f e de amor entre o Cria-dor e a criatura, entre o Pai e o filho; vida com Deus, na plena simplicidade e na total doao, na mais absoluta confiana. A orao uma misso necessria e urgente. No corao do Claustro, sentimos a responsabilidade sria de rezar por todos, de nos sacrificarmos por todos, de permanecer junto do Santssimo Sacramento em nome de todos, velando por todos, trazendo o mundo inteiro no corao. Esta a nossa vocao contemplati-va que, unida a toda a Igreja, vai movimentar a ao de tantos homens e mulheres, almas generosas que acorrem, um pouco por todo o mundo, a ajudar os mais necessitados.Mas a nossa vida de orao no se esgota aqui. Se h fome de po e sede de gua, maior a fome e sede de Deus que existe no mundo; se existe o analfabetismo, maior a ignorncia acerca de Deus e do prprio Homem, entendido na sua verdadeira dimen-so humana e divina; se h pessoas que no tm acesso sade, educao, muito maior a quantidade de pessoas que carece de alegria, a pura alegria do esprito que a sade da alma e a edu-cao moral da pessoa humana; se h pessoas - crianas jovens e adultos - que se metem na droga, no lcool, na prostituio, na delinquncia... preciso rezar, noite e dia, diante do Santssimo Sacramento para que as mentalidades mudem, para que o ser hu-mano amadurea no respeito prprio e no respeito pelos outros. O Homem tem uma dignidade sublime que ele prprio desconhe-ce. A falta de Deus, a fuga e rejeio de Deus a fonte primeira e nica de todos os males. Dizia a Madre Teresa de Calcut: Se eu tiver tudo mas no tiver Deus, nada tenho. Se eu nada possuir mas Deus est comigo, ento nada me falta.Vivemos num Mosteiro, mas no estamos fechadas em ns mes-mas. H muitas pessoas que acorrem ao Mosteiro a pedir ajuda es-piritual e orao, e h casos verdadeiramente dramticos a que s pode ajudar a orao daqueles que se dedicam inteiramente a ela.No interior do Mosteiro, Deus Tudo, o nico Absoluto que enche a nossa existncia, elevando-a muito acima das coisas terrenas e passageiras do mundo. Este o universo da f que move monta-nhas, f que, com a vida de orao, invisvel alavanca a elevar o mundo para Deus!
Irms Clarissas de Monte Real
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Pergunta da semana
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ficha tcnica
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NA DIOCESE
Peregrinao internacional de 12 e 13 de agosto
Migrantes e refugiados rumam Cova da IriaSandrina Faustino
A peregrinao internacional
de agosto ao Santurio de Ftima,
nos prximos dias 12 e 13, ser
presidida por D. Jean-Claude Hol-
lerich, Arcebispo do Luxemburgo.
Com o tema Mostrai-nos o Vosso
rosto, a peregrinao conta com a
participao de vrios grupos or-
ganizados, em particular do gran-
de grupo da Peregrinao do Mi-
grante.
Em entrevista Sala de Im-
prensa do Santurio de Ftima,
D. Jean-Claude Hollerich fala da
sua alegria da vinda a Ftima e
da exortao que trar aos pere-
grinos vindos de todo o mundo:
Anunciem Cristo!
Sobre a temtica da migrao,
o arcebispo diz que no Luxem-
burgo, em que 45% da populao
estrangeira, no h rejeio aos
emigrantes e que o maior perigo
semelhante ao dos outros pases,
o risco da globalizao da indife-
rena.
As principais intenes de ora-
o do arcebispo do Luxemburgo
na Cova da Iria sero: uma Igre-
ja viva para o Luxemburgo, que a
Jornada Mundial da Juventude d
frutos e que a Igreja conhea uma
primavera vocacional.
Na mesma entrevista, D. Jean-
Claude Hollerich diz que foi com
alegria que aceitou o convite,
pois sinal de uma verdadeira
fraternidade entre Igrejas locais,
e mais ainda pelo lugar que Por-
tugal ocupa no Luxemburgo, com
tantos dos seus cidados a resi-
dentes. Aos peregrinos de Ftima
recomenda a todos que peam a
Nossa Senhora para serem verda-
deiramente discpulos de Cristo,
anunciando a Cristo e trabalhan-
do para a transmisso da f.
A comunidade portuguesa
uma componente essencial da
vida da Igreja [no Luxemburgo].
A misso portuguesa est bem es-
truturada e ativa nos lugares de
forte presena da comunidade,
disse na mesma entrevista onde
refere ainda ter tido uma grande
alegria pessoal neste ano, a de or-
denar como presbtero o primeiro
padre de origem portuguesa, Ri-
cardo Monteiro.
O arcebispo do Luxemburgo
recorda ainda que uma das pe-
regrinaes mais importantes do
Luxemburgo a peregrinao a
Nossa Senhora de Ftima, na pe-
quena cidade de Wiltz e que a
imagem de Nossa Senhora de F-
tima encontra-se num bom n-
mero de igrejas deste pas.
F e esperanaPeregrinao do Migrante a
Ftima uma iniciativa promo-
vida pela Comisso Episcopal da
Pastoral Social e Mobilidade Hu-
mana, inserida no programa da
41 Semana Nacional das Migra-
es, de 11 a 18 de agosto, que tem
este ano como tema Migraes
peregrinaes de f e de esperan-
a.
Na sua pgina online, a Co-
misso Episcopal da Pastoral So-
cial e Mobilidade Humana, atra-
vs da Obra Catlica Portuguesa
das Migraes, anuncia outros
pormenores sobre a edio deste
ano da Semana Nacional das Mi-
graes que termina dia 18, com
uma Jornada de Solidariedade
para com a Pastoral da Mobilida-
de Humana.
Recorde-se a este propsito
que as parquias e todas as comu-
nidades crists so convidadas a
celebrar a Eucaristia do prximo
domingo, dia 18, em ao de gra-
as pelo trabalho pastoral que a
Igreja Portuguesa desenvolve em
todo o mundo a favor dos migran-
tes. Sugere-se ainda que se sen-
sibilize imigrantes e emigrantes
para uma participapo ativa na
Eucaristia. Os ofertrios desse dia
revertero a favor da Pastoral da
Mobilidade Humana: Migrantes,
Povo Cigano, Martimos e Refu-
giados.
Vidigal - 9 a 12 de agosto
Festa em honra de Nossa Senhora da ConceioOs festejos em honra de Nossa Senhora da Conceio, no Vidigal, de-
correm de 9 a 12 de agosto. A abertura das festas marcada pela Mis-
sa e procisso de velas na sexta-feira, dia 9, pelas 21h00. No domin-
go, a Missa solene, seguida de procisso, est agendada para as 15h00.
Na sexta-feira, a animao noturna est a cargo da banda NKZ. No
sbado, a partir das 10h00 decorre um torneio de futsal. noite, a
animao musical garantida pela a atuao da Banda JatDigo e
pela sesso de vinil anos 80 com Quim Z e Gustavo.
Para a tarde de domingo, a partir das 18h00, est prevista a atuao
do grupo FitDance, da Tuna Acadmica, da Banda Apartitudo e do
organista Srgio. A tarde de segunda-feira ser preenchida com jogos
tradicionais. noite atuar o Trio Oriundos da Noite.
Pataias - 15 a 18 de agosto
Crio leva Nossa Senhora da Vitria "de volta a casa"O programa das festas em honra de Nossa Senhora da Vitria decor-
re nos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de agosto, na parquia de Pataias. Na sex-
ta-feira, dia 9, haver Missa seguida de procisso de velas, a partir das
21h00, na igreja das Paredes da Vitria. No dia 14, o recinto ter es-
planada, quermesse, bar e tendas de exposio de diversas reas co-
merciais, com animao da banda SKB. No dia 15, o Crio sair pelas
10h00, rumo s Paredes da Vitria, onde ser celebrada uma Missa
(15h00) seguida de procisso pelas ruas da localidade, acompanhada
pela Banda Filarmnica Pataiense. O crio iniciar a viagem de re-
gresso a Pataias cerca das 17h30, onde haver a atuao do duo mu-
sical Daniel e Ana. Na sexta-feira, dia 16, a animao musical ser as-
segurada pela banda 4 Ever, havendo no sbado insuflveis e quebra
de panelas (18h00). No domingo, o programa inclui um espetculo de
ginstica contempornea (17h00), a atuao do Rancho do Acipreste
(18h00) e do organista Bruno Ricardo. Haver ainda, em dia e hora a
designar, ballet e a participao de cantores amadores. No dia 14 e 18
haver uma tenda com DJ, a partir da 01h00. A organizao dos fes-
tejos da responsabilidade das pessoas nascidas no ano de 1977.
Rio de Couros - 14 e 15 de agosto
Festa em honra de Nossa Senhora da AssunoAs festas em honra de Nossa Senhora da Assuno, em Rio de Cou-
ros, decorrem nos dias 14 e 15 de agosto. A Missa solene est agenda-
da para as 11h00 de quinta-feira, dias 15, qual se seguir a procisso
acompanhada da Unio Filarmnica de A-da-Gorda. Durante a tarde
realizam-se jogos populares, atividades para crianas, o concerto da
filarmnica e a atuao do Rancho Folclrico Verde Pinho. A anima-
o noturna est a cargo do Grupo de Dana Rosales Ballet e grupo
musical Imprio. Na vspera a animao est a cargo da banda NKZ.
Bajouca - 14 a 19 de agosto
O Ano da F e Santo AleixoDe 14 a 19 de agosto, a partir do tema do Ano da F, a parquia
da Bajouca prepara-se para uma grande jornada de celebrao e con-
fraternizao, que costuma juntar bajouquenses residentes e ausen-
tes num objectivo comum: celebrar, partilhar e conviver. As festas,
em honra de Santo Aleixo, incluem a celebrao da Assuno de Nos-
sa Senhora no dia 15. A par do programa religioso, as festas incluem
um vasto leque de propostas que justificam uma visita Bajouca.
FESTAS
DR
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Voz dos pais...
Tema de Capa
XX ACAREG Acampamento Regional do CNE Leiria
2000 escuteiros por S. NunoEm nome do Reino (de Portugal e de Deus)Sandrina FranciscoLus Miguel Ferraz
So 07h00. A Quinta do Escutei-
ro, na Batalha, comea a encher e a ga-
nhar vida. Os escuteiros vo chegando
medida que os minutos passam. So cer-
ca de dois mil. Vm de toda a Regio de
Leiria, carregados de mochilas, colches
e todo o tipo de material necessrio para
aquele que se adivinha ser o mais ani-
mado e promissor acampamento dos l-
timos tempos: o XX ACAREG.
Com o lema So Nuno - Em nome
do reino, rene 34 agrupamentos da
diocese de Leiria-Ftima e um grupo
convidado vindo do Luxemburgo. Ali
iro viver os prximos cinco dias, que se
preveem repletos de experincias ni-
cas e emoes fortes, daquelas que fi-
cam na memria para o resto da vida.
Mais discretos, mas no menos an-
siosos, os pais do as ltimas recomen-
daes e despedem-se. Partem com um
n na garganta, uns, ou com um sorri-
so de confiana, outros. Mas todos com
a certeza de que esta uma oportunida-
de de aprendizagem de valores cristos,
sob o imaginrio do Condestvel, o he-
ri da Batalha Real de 1385.
O programa vasto, repleto e va-
riado. Um dos grandes momentos ser,
precisamente, a recriao desse momen-
to histrico que marcou o fim das pre-
tenses do reino de Castela sobre o de
Portugal, no Campo Militar de S. Jorge.
O PRESENtE LEiRiA-FtiMA ir
acompanhar toda a semana e far, na
prxima edio, a reportagem alargada.
At l, fica um apontamento das expec-
tativas dos pais e da organizao.
O XX ACAREG do CNE decorre
no ano em que a associao celebra 90
anos de existncia e 100 anos de escutis-
mo em Portugal.
Sandra Gomes Cruz da Areia(Me de uma escuteira de 10 anos) Espero que ela se divirta e que se-jam dias com muita doideira saudvel". No estou ansiosa; ela j anda nos es-cuteiros h trs ou quatro anos e j es-tou habituada. Acredito que vai cor-rer tudo bem, ela tem uns chefes e uma equipa sua volta fantsticos.
Adrito Pinheiro Batalha(Pai de uma escuteira de 12 anos) Espero que ela se divirta muito. Estas atividades so sempre proveitosas. Nes-tas ocasies, eles aprendem a "desen-rascar-se" e espero, acima de tudo, que seja uma oportunidade para ela cres-cer. Fico feliz por ela e confiante na or-ganizao.
Clia Pereira Marinha Grande(Me de uma escuteira de 9 anos)Acho que vai ser uma boa experincia para ela e, j se sabe, aprende-se sem-pre. Quanto a mim ainda bem que tenho uma vida profissional que me preenche o dia e no me deixa muito tempo para pensar e sentir a sua falta. Acredito que vai correr tudo bem.
Carlos Grazina Pousos(Pai de duas escuteiras de 8 e 12 anos)Espero bem que elas se divirtam, que tenham uma boa semana e aproveitem esta ocasio para interagirem e convi-verem. Esto ansiosas, j esto a prepa-rar este momento h perto de um ano e agora que chegou o to esperado dia no sabem bem o que as espera.
Clara Mas Parceiros(Me de um caminheiro e de um lobito)Espero que v correr tudo bem . Te-nho a certeza de que eles se vo diver-tir muito e que cresam com esta ex-perincia. Esta uma ocasio onde se aprende sempre algo de positivo. Quanto a mim, fico com o coraozinho muito apertadinho...
Antnio Oliveira Ftima(Pai de duas escuteiras de 14 e 16 anos)Elas gostam de andar nestas atividades e eu acho que criam um esprito muito bom. Fazem sempre grandes amizades e conhecimentos. sempre bom. Quan-to a mim, j estou a habituado e at ao momento no tenho tido motivos para grandes preocupaes.
Jorge Filipe Santo Agostinho, Leiria(Pai de dois escuteiros de 11 e 13 anos)Espero que nesta semana eles se divir-tam muito. Espero que o tempo ajude e que eles gostem da experincia. Estou convencido que vai correr tudo bem, a minha experincia deixa-me tranquilo. Mas, a verdade que vou embora com o corao um pouco acelerado.
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s: LM
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Tema de Capa
Duas perguntas aPara conhecermos melhor o
que est, de facto, a acontecer nes-
te ACAREG 2013, fizemos duas per-
guntas a trs dos responsveis que
esto mais diretamente envolvidos
na organizao da atividade.
A chefia de campo asse-
gurada por Pedro Ascenso, Chefe
Regional do CNE Leiria, e conta-
r ainda com a presena do Chefe
Nacional, Carlos Alberto Pereira,
durante dois dias. Pedro Ascenso
deu-nos uma perspetiva das expec-
tativas da organizao e da especifi-
cidade desta iniciativa.
O padre Jos Henrique Pedro-
sa o Assistente Regional. Falou-
nos sobre a mensagem crist que
estar subjacente a todo o acampa-
mento e, em concreto, sobre o pro-
grama celebrativo.
O chefe de acampamento, res-
ponsvel pela implementao lo-
gstica, Humberto Dias, que nos
adiantou alguns nmeros relativos
a este ACAREG e outros pormeno-
res da preparao da Quinta do Es-
cuteiro para corresponder vivn-
cia do tema proposto.
P. Jos Henrique Pedrosa, Assistente Regional
Qual vai ser a mensagem cris-t subjacente ao tema escolhido para o ACAREG deste ano?
O ACAREG tem como base a vida de So Nuno de Santa Ma-ria. Ao longo de todo o ano, fo-mos recordando alguns dos mo-mentos fundamentais da crise de 1383-1385. Agora, no acampamen-to, recordaremos (e reviveremos) a Batalha de Aljubarrota e toda a vida posterior de Nuno lvares Pe-
reira, a sua entrada para o conven-to, todo o legado que a sua vida dei-xou de luta pelo Reino de Portugal e pelo Reino de Deus. O acampa-mento culminar com a celebrao da Eucaristia, na qual faremos tam-bm a memria da canonizao de S. Nuno, em 2009.
Como So Nuno Patrono do CNE, esta uma oportunidade dos escuteiros da nossa Regio pode-rem entrar em contacto com a sua figura e o seu legado, tendo sido es-colhido o tema Em nome do Reino, precisamente por esta sua vertente de luta pela defesa do Reino de Por-tugal, dimenso que ser aprofun-dada sobretudo na perspetiva da cidadania e participao na vida
social de uma forma ativa e res-ponsvel, e depois pela sua segun-da vida, com a capacidade de fazer, a partir da f, escolhas radicais que o levaram a tornar-se um humil-de servo no convento. Ou seja, ten-do em conta a finalidade do Escutis-mo Catlico, que procura educar as crianas e jovens de uma forma in-tegral, para se tornarem melhores cristos e melhores cidados, So Nuno oferece-nos um leque de re-ferncias e de valores que podemos trazer para a realidade de hoje.
Como mensagem crist fun-damental, salientamos esta dimen-so de trazer a f, a relao com Deus, para as lutas de cada dia, procurando viver os valores evan-
glicos. Da a necessidade de, como So Nuno, aprofundar esta ami-zade com Deus pela orao e cele-brao da f, e saber tirar as conse-quncias da f para a vida.
Que tipo de vivncias de f es-to previstas para cimentar essa mensagem nos participantes?
Ao longo do acampamento, tero vrios momentos de orao e celebrao da f, para que pos-sam interiorizar a mensagem des-tes dias. As oraes da manh e da noite, feitas em cada sub-campo (fa-mlia) daro o enquadramento de cada dia. De manh, sempre lan-ado um desafio e, noite, cada um ser convidado a escrever no seu
caderno de campo uma sntese do que conseguiu efetivamente viver.
Mas haver momentos espe-cialmente fortes de celebrao: a vi-glia em ao de graas pela vitria de Aljubarrota; a viglia da entrada de So Nuno no convento; e sobre-tudo a celebrao da Eucaristia, no encerramento, presidida pelo Bispo diocesano, na qual faremos a me-mria da canonizao de S. Nuno.
Haver em campo uma cape-la, onde cada um poder fazer ora-o pessoal, acolhendo as propostas que a estaro presentes.
Naturalmente, todas as ativi-dades tero uma referncia de f, porque faro sempre olhar para S. Nuno e para o seu exemplo cristo.
Pedro Ascenso (Panda Astuto), Chefe Regional
Quais as expectativas da organi-zao para este ACAREG?
As expectativas so muito animadoras e promissoras. Basta verificar que a Regio Escutista de Leiria do CNE (Corpo Nacional de Escutas) tem cerca de 2500 escutei-ros e cerca de 80% deste efetivo ir
participar no nosso acampamento.Durante todo o Ano Escutis-
ta que agora est a terminar, toda a regio esteve envolvida em tor-no do imaginrio desta atividade. So Nuno lvares Pereira conse-gue mover e ampliar o empenho de todos os escuteiros.
Este acampamento no ex-ceo e graas ao carinho, refe-rncia e modelo que So Nuno re-presenta para ns que os nossos agrupamentos e chefes lideraram uma verdadeira campanha de ati-vidades, jogos e animao em torno
desta figura to querida. Este facto foi determinante para to grande adeso ao acampamento.
Este j o 20. Acampamento Regional de Leiria. O escutismo em Leiria deu os seus primeiros pas-sos em 1925 e, desde ento, even-tos como este tm contribudo, quer para o reconhecimento do escutis-mo como movimento nico de edu-cao para crianas e jovens, quer para a efetiva presena e ao na nossa diocese, atravs das mltiplas atividades desenvolvidas pelos 34 agrupamentos ativos nesta Regio.
O que diferencia uma experin-cia escutista deste gnero de um qualquer outro campo de frias?
Um acampamento de escutei-ros no , de facto, apenas um cam-po de frias. Para alm dos momen-tos de diverso, partilha e convvio que so prprios e desejveis numa atividade para crianas e jovens, o acampamento de escuteiros sem-pre especial, por estarmos na na-tureza, que a casa privilegiada do escuteiro. Assim, tambm um es-pao de desenvolvimento de com-petncias e atitudes, de desafios e
de conquista de sonhos. especial-mente no acampamento escutista que as nossas crianas e jovens se desenvolvem em todas as vertentes da pessoa: como cristos dedicados, ativos e envolvidos, como cidados presentes, dinmicos e consequen-tes e como geradores de famlias responsveis, felizes e coesas.
Resumindo, o acampamen-to escutista uma escola para a vida, uma escola divertida, anima-da e desinibida, uma escola otimis-ta que, sendo no presente, se centra no futuro.
Humberto Dias, Chefe de Acampamento
Quais os nmeros mais significa-tivos deste acampamento e como foi a preparao da Quinta do Es-cuteiro para o receber?
So cerca de 2000 participan-tes. Destes, 130 elementos so ser-vios, dos quais 56 pais de escutei-ros que se ofereceram para ajudar e cinco antigos escuteiros da FNA. Os restantes so outros dirigentes e candidatos a dirigentes. Escuteiros em atividade sero 1798, incluin-do os 187 dirigentes. Os efetivos fi-
cam assim distribudos: 407 Lobitos com 64 dirigentes, 620 Explorado-res com 63 dirigentes, 461 Pioneiros com 49 dirigentes e 123 Caminhei-ros com 11 dirigentes. Estaro dis-tribudos por 11 famlias, em 11 sub-campos, que ocuparo uma rea de cerca de 6 hectares.
O acampamento est implan-tado principalmente na proprieda-de da Quinta do Escuteiro o Cen-tro Escutista da Regio de Leiria , mas estende-se a duas parcelas de terreno vizinhas, gentilmente cedi-das pelos proprietrios.
O ACAREG uma gran-de aposta da atual Junta Regional, com o objetivo muito concreto de melhorar as condies da Quin-ta do Escuteiro, espao que acolhe
anualmente mais de 6000 escutas de todo o Pas e do estrangeiro. Pen-so que esse resultado j eviden-te, pelas infraestruturas criadas, como redes de abastecimento de gua, saneamento, eletricidade, ilu-minao, espaos de apoio, arranjos paisagsticos e outras que ficaro permanentes naquele espao.
Durante este ano, escuteiros, amigos e pais realizaram em pou-cos meses o que no faramos em 10 anos, ao ritmo normal. Quero real-ar o apoio de entidades pblicas lo-cais, que contriburam para este es-foro, com destaque para a Cmara Municipal da Batalha.
De que modo o campo e a logsti-ca se relaciona com a temtica do
acampamento?Tudo est relacionado e pro-
curmos fazer daquele ambiente o palco ideal para que os escutei-ros vivam o lema So Nuno Em nome do Reino de forma intensa. Este tema est indelevelmente liga-do Histria de Portugal e vila da Batalha. O acampamento est loca-lizado geograficamente na rea de um dos acontecimentos mais im-portantes da Histria da Nao, a batalha de Aljubarrota.
Assim, ao longo destes dias, os participantes vivero um pouco do que tero vivido os nossos antepas-sados daquela poca, nos dias que antecederam a batalha, preparan-do-se para a peleja. Acamparo por famlias, as mesmas que se junta-
ram ao Condestvel do Reino, ento D. Nuno, e lutaram a seu lado pelo Reino de Portugal as mesmas que festejaram no final a vitria alcan-ada e enalteceram a grandiosida-de do feito.
Volvidos seis sculos da nossa Histria, em nome de S. Nuno que os participantes deste XX ACAREG acamparo no mesmo local, pre-parando e realizando o momen-to da recriao da batalha de Alju-barrota no campo de S. Jorge, junto ao CIBA. Nessa mesma noite, daro graas a Nossa Senhora numa vig-lia de orao junto ao Mosteiro de Santa Maria da Vitria e seguiro, nos dias seguintes, o exemplo de vida do Condestvel que se torna-ria Santo da Igreja.
8 de agosto de 2013 5
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Testemunhos...
JMJ 2013
Leiria-Ftima nas Jornadas Mundiais da Juventude O regresso
Bota Cristo na vida
Elisabete FranciscoO encontro com o Santo Pa-
dre na JMJ e a mensagem que por ele nos foi transmitida assim como os testemunhos das suas aes, foram o ponto alto desta minha peregrinao.
Levo sem dvida o corao preenchido, convicta que agora tenho a coragem que necessito para testemunhar a minha f.
Que os nossos gestos, as nos-sas palavras sejam meio de evan-gelizao que preencham o va-zio dos muitos que anseiam pelo amor de Cristo.
No decorrer desta caminhada despertou em mim sentimentos e emoes incrveis. Aprendi que o outro tambm deve fazer parte do centro das nossas preocupa-es dando menos primazia ao nosso eu, que um grande desa-fio para os dias de hoje.
Ao regressar quero contagiar o corao de todos os que en-contrar, com a alegria e o amor de Deus, testemunhando as in-meras aventuras que por aqui passei. Mas sem duvida que a mais forte e a mais intensa foi o encontro com Jesus Cristo.
Como foi...
Joo Jordo No passado do 16, onze jovens da nos-
sa diocese, acompanhados pelo Pe. Manuel Henrique, partiram de Leiria em direo ao Rio de Janeiro (Brasil) com o objetivo de par-ticipar nas Jornadas Mundiais da Juventude.
As Jornadas tiveram incio no dia 23, mas estes jovens partiram mais cedo com o in-tuito de participar na semana missionaria, que aconteceu na semana anterior s Jorna-das. Durante essa semana os jovens foram acolhidos no Arouca Barra Clube, clube ge-rido por portugueses do Rio de Janeiro.
Os jovens desenvolveram trabalho pas-toral nas parquias de Santa Teresinha e do Bom Sucesso, onde tambm partilharam com a comunidade a celebrao da Euca-ristia.
Tiveram ainda nesta semana a oportu-nidade de visitar alguns dos locais mais em-blemticos da cidade maravilhosa como a praia de Copacabana (onde vieram a acon-tecer as Jornadas), o Cristo Redentor (no monte do Corcovado), o Santurio de Nos-sa Senhora da Penha e o telefrico da favela do Alemo. No Santurio do Cristo Reden-tor os jovens de Leiria juntamente com os outros jovens portugueses, tiveram a opor-tunidade de celebrar a eucaristia, tendo sido no final oferecida uma imagem de Nossa Senhora de Ftima, oferta do nosso queri-do Santurio de Ftima, que ficar na Cape-la deste Santurio.
No santurio de Nossa Senhora da Pe-nha rezaram o tero com o Reitor um pa-
dre portugus no Brasil j h bastantes anos.Puderam ainda visitar atravs do tele-
frico a realidade das favelas existentes na cidade do Rio, como o caso da favela do Alemo.
Por fim, os jovens visitaram Petrpolis, uma cidade a cerca de duas horas do Rio onde visitaram, a Catedral e a Casa de San-tos Dumon o inventor brasileiro da maqui-na voadora.
As Jornadas comearam a 23, com a Missa de abertura presidida pelo Bispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Nos trs dias seguintes os jovens participaram em catequeses com bispos, sobre o tema das Jornadas Ide e fazei discpulos entre to-das as naes. Estas catequeses realizaram-se em cerca de trinta lnguas diferentes.
Na sexta-feira decorreu a Via-Sacra pre-sidida pelo Santo Padre (que fora acolhido no dia anterior tambm na praia de Copa-cabana) onde foram contemplados os pas-sos dolorosos da Paixo de Cristo. No sba-do foi realizada uma viglia presidida Papa Francisco, onde foram apresentados vrios testemunhos de jovens com f em Cristo, mas com o momento mais forte e marcan-te na adorao de Cristo: a Eucaristia. De-pois de uma noite de viglia, orao e algum descanso passada na praia de Copacabana onde pernoitaram juntamente com cerca de trs milhes de jovens seguiu-se a missa de envio e encerramento das JMJ.
O Santo Padre deixou uma mensagem de incentivo aos jovens de ir pelo mundo fazer discpulo no s junto dos seus mas pelos cantos do mundo, pois como disse a melhor forma de evangelizar um jovem e atravs de outro jovem.
As prximas JMJ realizar-se-o em Cra-cvia (Polnia) no ano de 2016.
Os jovens viveram intensamente os di-versos momentos das JMJ, mas mais em particular a viglia e missa de encerramento.
Ana FelcioO beato Joo Paulo II, fundador das JMJ, dizia-nos:
jovens, se forem o que Deus quer, colocaro fogo no mundo. Para mim esta semana da JMJ do Rio de Ja-neiro foi uma boa oportunidade de podermos ganhar o fogo que a fora do Esprito nos d, para depois po-dermos ir transformados e leva-Lo a toda a gente.
Aproximando-se a concluso do Ano da F, pro-curamos viver estes dias enraizados na orao e nos sacramentos, com a participao das catequeses, eu-caristia e confisses. Sentimos subir espiritualmente o que culminou no fim de semana, quando 3 milhes (ou mais) de jovens de todo o mundo acompanharam na praia de Copacabana para celebrarem juntos uma viglia de orao com o nosso Papa Francisco. Unidos ao Santo Padre, rezamos a Jesus presente no santssi-mo sacramento e no domingo celebramos a missa de envio.
Procurmos conhecer a cultura carioca e encontra-mos muita gente do mundo inteiro. Tivemos algumas dificuldades e imprevistos, na peregrinao, mas no Evangelho Jesus pede-nos que em tudo demos gra-as a Deus. Como o Senhor foi o nosso pastor, o gru-po esteve sempre unido e nunca nos faltou a alegria e o entusiasmo.
Tambm nossa Senhora, a Virgem de Ftima este-ve sempre connosco e foi muito bonito e especial ver a devoo de tanta gente quando dizamos que ramos de da diocese de Leiria-Ftima.
Fomos acolhidos pelos braos abertos do Cristo Redentor. Agora partimos com a vontade de sermos ns o corao e os braos de Jesus na certeza de que dando a f que ela se fortalece!
Chegaram no dia 3 de agosto os jovens
da diocese de Leiria-Ftima que participaram
nas XXVIII Jornadas Mundiais da Juventude,
no Rio de Janeiro. Vinham cheios de alegria de
terem tido a oportunidade de, com mais de 3
milhes de jovens, poderem avivar e testemu-
nhar a f em Cristo.
Trouxeram na bagagem a vontade de
botar na vida o que for preciso para se-
rem felizes, como desafiou o nosso querido
Papa Francisco: Se queremos que a vida te-
nha realmente sentido e plenitude, como vo-
cs mesmos desejam e merecem, digo a cada
um e a cada uma de vocs: bote f e a vida
ter um sabor novo, ter uma bssola que in-
dica a direo; bote esperana e todos os seus
dias sero iluminados e o seu horizonte j no
ser escuro, mas luminoso; bote amor e a
sua existncia ser como uma casa constru-
da sobre a rocha, o seu caminho ser alegre,
porque encontrar muitos amigos que cami-
nham com voc. Bote f, bote esperana,
bote amor!.
Fica a certeza de que, depois destas trs
semanas intensas e cheias de emoo, orao,
cultura e lazer, estes jovens esto prontos para
botar Cristo em cada segundo das suas vidas.
No passado dia 31 de Julho, celebraram
a Eucaristia no Santurio da Aparecida, onde
agradeceram a Nossa Senhora toda a expe-
rincia vivida em terras de Vera Cruz. Tra-
zem a certeza de que em Igreja e com a Igreja
so convidados a irem e serem testemunhas.
A solido no faz parte do cristo, por isso, h
que viver em comunidade, pois a est a felici-
dade, como dizia o Papa Francisco na homlia
da Missa de Envio. Como estes jovens, muitos
outros (milhes) querem ser o futuro da nossa
Igreja, que encontra nos seus Papas homens,
simples e frgeis, mas que nos mostram o ros-
to misericordioso e terno de Deus Pai.
P. Manuel Henrique
DR
8 de agosto de 20136
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EM DESTAQUE: Mira de Aire, Alvados, Serra de Santo Antnio, S. Bento
Missionrios Monfortinos em PortugalOs Missionrios Monfortinos so hoje, na
Igreja e no mundo, os continuadores da obra e da chama apostlica que animou S. Lus de Mont-fort (1673-1716) e que lhes deu o nome por que so conhecidos. imagem do seu fundador, procu-ram ser essencialmente Missionrios. Procuram estar atentos ao carisma mariano que animou a chama apostlica do Santo e dando preferncia aos mais pobres.
S. Lus Maria de Montfort nasceu a 31 de Janeiro de 1673 numa aldeia chamada Montfort, a uns 25 quilmetros de Rennes, na Bretanha francesa. Foi batizado no dia seguinte. Desde pe-queno que as suas inclinaes se dirigiram para Deus: costumava retirar-se em qualquer canto da casa para se entregar orao e rezar o seu tero diante de uma pequena imagem da Sants-sima Virgem (Grandet, 1 bigrafo).
Com 11 anos deu entrada no colgio dos Je-sutas em Rennes, tendo recebido a uma forma-o humana e espiritual excelente, que marcou toda a sua vida.
Decidiu tornar-se padre para poder pre-gar, para partir para as misses e socorrer os po-bres, ensinar o catecismo e assim conduzir as al-mas para Deus. Ordenou-se padre a 5 de Junho de 1700. Foi recebido em audincia pelo Papa Clemente VI, tendo-lhe o Pontfice pedido que se tornasse missionrio no seu prprio pas e atri-buiu-lhe o distintivo de missionrio apostlico. Em obedincia ao Papa, Montfort tornou-se num missionrio exmio e destacou-se pela sua gran-de devoo a Nossa Senhora e ao Rosrio.
Para dar continuidade ao seu ardor missio-nrio fundou a Congregao dos Padres Monfor-tinos, composta por padres e irmos coadjutores
e ainda uma congregao do ramo feminino ou Filhas da Sabedoria. Para complemento da sua atividade escreveu vrios livros, destacando-se o Tratado da Verdadeira Devoo a Nossa Senho-ra, traduzido em mais de 30 lnguas diferentes.
Morreu quando pregava a sua ltima Mis-so, em Saint-Lautrec-sur-Svre (Frana), a 26 de Abril de 1716. Foi beatificado em 1888 e canoni-zado, em Roma, por Pio XII em 1947.
Desde 1895 que Portugal recebeu a sua in-fluncia espiritual com a publicao, no Porto, do Tratado da Verdadeira Devoo. Por isso ele tor-nou-se tambm entre ns um profeta e um per-cursor de Ftima, cujo terreno mariano ajudou tambm a edificar. A sua esttua no santurio de Ftima um reconhecimento por essa influn-cia mariana que nos veio atravs de Montfort.
Mira de AireLugares: 1 - Mira de Aire
Lugares de culto: 3 - Igreja Paro-
quial, Capela de Covo da Car-
valha, Capela de Nossa Senhora
da Boa Morte
Festividades anuais: 3 - Festa de
So Silvestre (1. domingo de ja-
neiro; Covo da Carvalha), Festa
de N. Sr. da Boa Morte (ltimo
domingo de julho; Mira de Aire),
Festa de N. Senhora do Amparo
(semana do Natal; Mira de Aire)
Dados de 2012
Batismos: 14
Matrimnios: 7
bitos: 32
AlvadosLugares: 2 - Alvados e Barrenta
Lugares de culto: 1 - Igreja Paro-
quial
Festividades anuais: 2 - Nossa
Sr. da Consolao (2 de feverei-
ro), S. Sebastio e S. Antnio (1.
domingo de agosto)
Dados de 2012
Batismos:3
Matrimnios:2
bitos:8
Serra de Santo AntnioLugares: 1 - Serra de Santo An-
tnio
Lugares de culto: 1 - Igreja Paro-
quial
Festividades anuais: 2 - S. An-
tnio (domingo prximo do 10
de junho); S. Sebastio (domingo
antes do Carnaval).
Dados de 2012
Baptismos:12
Matrimnios:2
bitos:7
So BentoLugares: 4 - S. Bento, Cabeo das
Pombas, Chaina, Pia Carneira
Lugares de culto: 4 - Igreja pa-
roquial; Capela de Cabeo das
Pombas, Capela da Chaina, Ca-
pela de Pia Carneira
Festividades anuais: Festa de
So Bento (Pascoela, primeiro
domingo depois da Pscoa), Fes-
ta de Nossa Senhora da Concei-
o (agosto)
Dados de 2012
Baptismos: 5
Matrimnios: 2
bitos: 13
NmerosQuatro parquias ao cuidado dos Monfortinos
Todas diferentes... todas iguaisArmanda Balinha
Quem visita Mira de Aire e as parquias envolventes sente, de imediato, a forma calorosa como os habitantes recebem os forasteiros. Bom dia e boa tarde so as expresses mais ouvidas quando os paroquianos se cruzam com algum. Mesmo que no conheam. certamente com esta necessidade de bem receber que os paro-quianos de Mira de Aire, Alvados, Serra de Santo Antnio e So Bento tm construdo e edificado a dinmica das respetivas parquias, todas entre-gues ao cuidado pastoral da Congregao dos Pa-dres Monfortinos
Mas, se por um lado, as parquias se as-semelham na graciosidade com que brindam quem as visita, tambm verdade que se distin-guem quando comparadas e analisadas sob ou-tros parmetros. As quatro parquias assumidas pelos padres Lus Ferreira e Alejandro Guelc apresentam algumas caratersticas muito di-ferentes. Ao passo que Alvados, Serra de Santo Antnio e So Bento tm caractersticas predo-minantemente semi-rurais, Mira de Aire pode ser considerada uma parquia mais urbana. Em-bora sendo diferentes, os padres Monfortinos responsveis tm tido um cuidado especial na tentativa de harmonizar e congregar aes co-muns. Tarefa no muito fcil, assume o padre Lus Ferreira, apontando as diferenas substan-ciais entre as quatro parquias e, mormente, as distncias que as separam. Contudo, temos feito algo nesse campo, assegura o proco.
O esforo pastoral realizado sente-se mais ao nvel da organizao da catequese. Todas as parquias tm a sua catequese bastante bem or-ganizada, assegura o padre Lus Ferreira, consi-derando que, de certo modo, a partir da cate-quese que todas as outras aes de evangelizao e celebraes se desenrolam. O dinamismo co-munitrio est muito concentrado nesta rea da pastoral da evangelizao das crianas e dos ado-lescentes, consideram os padres responsveis.
No entanto, as trs parquias ditas semi--rurais no tm outras associaes ou grupos
paroquiais organizados. A atividade paroquial concentra-se nas celebraes de vida crist, en-tre as quais a Eucaristia e restantes sacramen-tos. As comunidades vivem muito marcadas pe-las festas dos padroeiros. Prova disso o facto de cada uma das trs parquias semi-rurais rea-lizarem duas festas religiosas por ano. Existem casos de grupos espontneos que se dedicam a alguma rea de animao da f. Alvados, por exemplo, tem um grupo coral dinmico, consti-tudo na maioria por jovens e jovens casais.
Em Mira de Aire, j se regista a existncia de mais movimentos e grupos cristos, nomea-damente, o grupo socio-caritativo, a Pastoral da Sade, o movimento dos Focolares e o grupo dos nascidos h 40 anos que dinamizam a maior parte das aes em prol da comunidade e orga-niza atividades que culminam com a festa em honra da Padroeira, Nossa Senhora do Ampa-ro. O movimento do Apostolado da Orao tem cerca de 30 zela-doras que pagam quota anual, renem uma vez por ms, pre-
param a Eucaristia da primeira sexta feira de cada ms, cantando, lendo e anunciando as in-tenes do Santo Padre e a inteno mission-ria desse ms. Este Movimento tem uma coor-denadora e participa na peregrinao anual do Movimento, em Ftima, bem como em diversos encontros, entre os quais alguns com pessoas de outras parquias. Os zeladores visitam idosos e outras pessoas, ouvindo, conversando e levando ajuda da comunidade.
Na parquia de Mira de Aire existe, h d-cadas, um enorme nmero de famlias que re-cebe todos os meses, com percurso e data em programa definido, um Oratrio da Sagrada Fa-mlia. Nele contribuem monetariamente mui-tas pessoas. Fica em casa de cada famlia, 24 ho-ras, com a responsabilidade de cada uma fazer a oraoindicada eentregar famlia seguinte. H uma pessoa responsvel, uma zeladora que
orienta e as-segura a ma-nuteno e a coordenao deste grupo.
DR
8 de agosto de 2013 7
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EM DESTAQUE: Mira de Aire, Alvados, Serra de Santo Antnio e S. Bento
Em Mira de Aire
Pastoral da Sade atua num universo de 70 doentesEm atividade desde
abril de 1997, o ncleo paro-
quial da Pastoral da Sade
atualmente constitudo por
um coordenador, um secre-
trio e 15 elementos e re-
ne-se uma vez por ms, nor-
malmente na presena do
proco ou do vigrio paro-
quial. elaborada uma ata
de cada reunio, desde a for-
mao do grupo; assim como
o mesmo mantm um fundo
de maneio, mediante diver-
sas ajudas, para fazer face s
necessidades de cariz diver-
so. Alguns elementos procu-
ram formao na rea, por
exemplo, participando ativa-
mente no Encontro Nacional
da Pastoral da Sade, em F-
tima e noutros encontros a
nvel diocesano.
Uma das principais
aes visitar doentes, pres-
tando-lhes um certo acom-
panhamento, ao longo de
todo o ano. Os elementos do
grupo, tendo conhecimento
pelas famlias ou vizinhos,
fazem um levantamento
das dificuldades dessas pes-
soas e, de acordo com o doen-
te e a famlia, procuram sem-
pre dar resposta. Alm disto,
o grupo tem como objetivo
fundamental o apoio espi-
ritual aos doentes e respeti-
vas famlias, levando, com o
consentimento dos mesmos
e sempre que for solicitado,
a Sagrada Comunho. Tam-
bm so visitados doentes no
hospital, em articulao com
a respetiva capelania.
No dia 2 de agosto de
1997, por iniciativa do p-
roco de ento, Pe. Clemente
Dotti, celebrou-se o Dia Pa-
roquial do Doente, pela pri-
meira vez. A Eucaristia ce-
lebrou-se s 16h30, seguida
de lanche-convvio na crip-
ta da igreja. Tendo sido mui-
to enriquecedor, do agra-
do dos doentes, das famlias
e de toda a comunidade, tal
celebrao realiza-se, to-
dos os anos no ms de se-
tembro. E a frase mais ouvi-
da foi muito bom. Faam
isto mais vezes!. Participam
muitos doentes que, regular-
mente, no podem deslocar-
se igreja. Para tal o Grupo
da Pastoral da Sade, conta
entre outos com a colabora-
o dos Bombeiros Volunt-
rios da vila. Vivem-se mo-
mentos de grande alegria e
confraternizao, sobretudo
no convvio, com animao
musical. Algum tempo antes
os elementos da Pastoral da
Sade, juntamente com o p-
roco, fazem o levantamento
dos doentes e idosos que pre-
tendem receber o sacramen-
to da Uno dos Doentes,
nesse dia. Excecionalmen-
te em 2008, foi celebrado o
Dia Paroquial do Doente, a
1 de novembro, integrado na
Visita Pastoral do nosso Bis-
po Dom Antnio Marto, que
presidiu a essa celebrao.
Colaborao de
Filipa Querido
Grupos catequticos dinmicos
Trs centenas de crianas envolvidas nos grupos catequti-
cos que as parquias de Mira
de Aire, Alvados, Serra de
Santo Antnio e So Bento
se manifestam mais dinmi-
cas. Ao todo, os quatro gru-
pos acolheram, no ano cate-
qutico anterior, mais de 300
crianas e jovens.
Em Mira de Aire, a cate-
quese envolveu mais de 200
crianas em 2012, contando
com o apoio e orientao de
25 catequistas. Lilia Cadete,
uma das responsveis pelo
grupo, aponta a falta de vo-
luntrios para formarem os
mais jovens como o principal
problema naquela parquia.
Os 10 anos de catequese em
funcionamento requerem
uma entrega e dedicao
muito afincada por parte dos
catequistas. No entanto, ain-
da h tempo para promover
diversas atividades com os
catequizados (passeios, cele-
braes com interveno das
crianas e visitas a lares de
idosos). Na opinio desta ca-
tequista muito importan-
te despertarmos as crianas
para o voluntariado, refere
Lilia Cadete.
Em Alvados, a cate-
quese concentrou, em 2012,
cerca de 25 crianas e jo-
vens, orientados por mais
de uma dezena de catequis-
tas. Apenas oito anos funcio-
naram em 2012, por no ha-
ver crianas para os 10 anos
de catequese. Tambm na
parquia de Alvados, os ca-
tequizados participam em
algumas atividades sem pla-
neamento atempado, como
explica Patrcia Alves, uma
das responsveis pela cate-
quese alvadense.
Na parquia da Serra
de Santo Antnio, o ano cate-
qutico que terminou agora,
envolveu mais de cinco de-
zenas de crianas, sob orien-
tao de 10 catequistas. Mas
este nmero de voluntrios
manifestamente insuficien-
te, confessa Marlene Carva-
lho, responsvel por aquele
grupo catequtico.
Voz de Mira de Aire
Mensrio com quase 60 anosDeus quer, o homem sonha, a obra nasce. Um dia nas-
ceu o Voz de Mira de Aire. O boletim paroquial era assim
descrito pelo seu fundador, saudoso padre Jos Carreira,
no primeiro nmero, Janeiro de 1956: "Foi o melhor ttulo
que pudemos encontrar para o presente boletim paroquial
de um povo que tem espalhado os seus filhos pelos quatro
pontos da terra. () Levar-lhes- a sua lngua, dir-lhes- o
seu passado laborioso e humilde. Lembrar as suas tradi-
es religiosas, os seus costumes e vida na terra natal. ()
Ser Voz da verdade a iluminar Voz da Caridade a prote-
ger Voz da nossa alma toda a sentir e a viver num ideal de
comunho familiar as mesmas alegrias e tristezas de cada
dia". Assim foi, volvidas quase seis dcadas de publicao
ininterrupta. Todos os procos, que por Mira de Aire pas-
saram, souberam acarinh-lo, preservando-o contra ven-
tos e mars, at hoje.
Festas da Senhora do Amparo
20 anos de "Quarentes"Nossa Senhora do Amparo, Padroeira da vila desde o
sculo XV, quem mais une e rene os mirenses. A festa
anual coincide com a celebrao do Natal.
Desde h muito, era o proco e o juiz da festa que a
organizavam, com a ajuda da populao e o apoio de gran-
des benfeitores, industriais e pessoas abastadas da vila.
Desde 1982, nasceu a tradio de serem os que com-
pletam 40 anos a tratarem da festa. J l vo 20 anos e nun-
ca se quebrou o hbito: comea logo com o Cantar as Janei-
ras, numa das primeiras noites de sbado do ano. Muitos
ou poucos, residentes ou emigrantes, aparecem sempre no
dia 1 de janeiro para a passagem de testemunho no solene
momento da entrega da bandeira com a imagem de Nossa
Senhora, no final da procisso.
A festa tem hoje um programa mais recheado do que
nas dcadas anteriores, indo alm das celebraes litrgi-
cas do Tempo do Natal. Sempre em colaborao com o p-
roco, cada Comisso de Festas pretende deixar a sua oferta
parquia e mesmo acrescentar uma nova atividade para
poder sustentar a festa, possvel graas generosidade dos
mirenses, de muitos emigrantes e de todos os que colabo-
ram, ao longo do ano, com os Quarentes, para a realiza-
o da mesma, ansiando pelo Natal.
Breves
DR
DR
8 de agosto de 20138
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EM DESTAQUE: Mira de Aire, Alvados, Serra de Santo Antnio e S. Bento
Entrevista ao proco, padre Lus Ferreira
Faltam-nos jovens carismticosque queiram assumir um projeto vlidoLus Ferreira chegou s parquias de Mira de Aire, Alvados, Serra de Santo Antnio e So Bento no dia 1 de outubro de 2011. Perten-cente Congregao dos padres Monfortinos, o proco partilha a atividade pastoral com o padre Alejandro Guelc, tambm ele Monfortino. Depois de uma pas-sagem de 23 anos pela parquia de Pvoa de Santo Adrio, Lus Ferreira tem um projeto especial para as suas novas quatro par-quias: criar uma comunidade in-ter-paroquial
Armanda Balinha
Tem sido fcil organizar e dina-mizar as suas quatro parquias em conjunto com um padre pe-ruano, que certamente diferen-te ao nvel de cultura religiosa?
Uma das caractersticas dos
missionrios Monfortinos que
no nos instalamos num lugar para
sempre. Quando h necessidades
temos que nos adaptar a novas rea-
lidade e, por isso, podemos ser con-
siderados itinerantes. No caso do
padre Alejandro Guelc tem sido
bastante fcil, pois ele um missio-
nrio e, como tal, adapta-se a todas
as realidades que so impostas pela
tal itinerncia necessria. A nossa
misso a de evangelizar e, sendo
assim, h que nos adaptar s condi-
es que nos so impostas.
E a comunidade, sendo to aco-lhedora pelo que nos foi dado a perceber, recebeu bem a vossa Congregao?
Sim! Isso um facto. Devo sa-
lientar que houve uma situao
muito bela que me marcou. No
dia em que cheguei a estas par-
quias foi bonito ver o acolhimento
que me esperava. Estavam as qua-
tro parquias reunidas para dar as
boas vindas, situao essa que me
deixou muito vontade e muito fe-
liz. A partir da, as comunidades
tm sido sempre recetivas s ativi-
dades que lhes temos proposto.
O facto das quatro parquias que vos foram confiadas serem di-ferentes e, at mesmo, distantes umas das outras tem constitudo algum entrave na vossa ao?
Em situaes pontuais, conse-
guimos juntar as quatro parquias.
Mas isso no tarefa fcil tendo em
conta as distncias que as separam.
Note-se que entre Mira de Aire e
So Bento so 22 quilmetros, sem-
pre a subir a serra. No entanto, te-
mos efetuados algumas aes con-
juntas s quais as comunidades tm
respondido de forma positiva. Em
breve planeamos fazer uma ao
de formao de catequistas prova-
velmente em Mira de Aire e temos
a certeza que os catequistas das ou-
tras parquias vo estar presentes,
semelhana daquilo que j se ve-
rificou o ano passado, aquando da
realizao de uma ao de forma-
o similar. Mas claro que, por
exemplo, ao nvel da realizao das
festas religiosas de cada uma das
parquias no se sente tanto esse
entrosamento entre elas. Mas isso
normal, apesar de ns, os procos,
anunciarmos sempre todas as fes-
tas nas Missas que celebramos nos
vrios lugares de cada parquia.
Mas vossa inteno criarem uma comunidade inter-paroqial? Sentem essa necessidade, en-quanto procos?
Sim, sentimos. Alis temos
trabalhado nesse sentido. Temos,
por exemplo, uma pgina no Face-
book onde agrupamos as ativida-
des das quatro parquias. Contudo
no tarefa fcil. H uma certa re-
sistncia em caminhar para a uma
comunidade mais global, at mes-
mo inter-paroquial. Mas o nosso ob-
jetivo passa sempre por sensibilizar
as comunidades para o facto de no
sermos guetos mas, sim, uma co-
munidade crist. Mas as circuns-
tncias, nomeadamente, as distn-
cias que separam as parquias e o
gosto pela sua terra, faz com que
esta tarefa de aproximao ainda
no esteja cumprida na totalidade.
Existem casos sociais gritantes nas suas parquias?
Mira de Aire , na minha
perspetiva e perante os factos, a pa-
rquia onde se sentem mais difi-
culdades financeiras e se vivem as
situaes sociais mais graves. H
muita gente neste momento a pas-
sar dificuldades em Mira de Aire,
pelo facto desta localidade ter sido,
noutros tempos, um zona de gran-
de empregabilidade. Repare-se que
a regio de Mira de Aire e Minde
tiveram as maiores unidades fa-
bris de lanifcios que empregavam,
cada uma, cerca de 800 trabalhado-
res. Hoje est tudo encerrado e mui-
ta gente encontra-se em situao de
desemprego e, por vezes, famlias
inteiras. Temos um Grupo Socio
Caritativo que presta apoio, dentro
do que possvel, a essas famlias.
Contudo, as respostas so cada vez
mais difceis de dar.
E qual o sentimento de um pro-co diante de uma situao social to trgica?
de impotncia, infelizmen-
te! Estamos a procurar encontrar
alguns modos de minimizar a si-
tuao. Mas no fcil, at porque
a parquia no tem muita disponi-
bilidade econmica. O que temos
feito apelar solidariedade das
comunidades e com os meios que
nos so confiados vamos apoiando
as famlias com maiores necessida-
des. H, em Mira de Aire, quem j
no tenha o bsico para sobreviver.
Falamos do po e do leite. H ain-
da casos de jovens que no esto
integrados ou que pertencem a fa-
mlias destruturadas e que, em re-
sultado disso, se tornam casos pro-
blemticos.
O facto de no haver grupo de jo-vens nem de escuteiros em Mira de Aire tem alguma influncia nessas situaes?
Infelizmente, os jovens capa-
citados que poderiam assegurar
esse tipo de atividades no se en-
contram disponveis para assumir,
dado que foram estudar para fora.
O que falta em Mira de Aire so l-
deres que possam arrastar os outros
jovens para as atividades pastorais.
Faltam-nos os modelos, jovens, que
agreguem os restantes. Faltam-nos
os jovens carismticos que queiram
assumir um projeto vlido.
Grupo Sciocaritativo de Mira de Aire: voluntrios precisam-seMais de 60 famlias so apoiadas pelo
Grupo Sciocaritativo da parquia de Mira de
Aire. Ao todo so 180 as pessoas que benefi-
ciam do apoio social do grupo, que integra v-
rios voluntrios. A ao do grupo divide-se em
duas reas distintas, nomeadamente ao nvel
alimentar (e esporadicamente com apoio fi-
nanceiro no pagamento de rendas atrasadas,
de contas de gua, eletricidade e gs ou at
mesmo na aquisio de medicamentos) e ao
nvel de distribuio de roupa. As equipas de
voluntrios so distintas e operam de forma
diferente. Ao passo que o grupo que garante
o apoio alimentar articula-se com duas asso-
ciaes de Mira de Aire (Casa Abrigo So Jos
e Associao Amparo), a equipa que distribui
o vesturio trabalha de forma mais isolada no
Espao partilha.
A necessidade de trabalharmos em rede
com as duas associaes de Mira de Aire surge
na sequncia do aumento de famlia a solicita-
rem apoio e no decrscimo nos bens alimen-
tares que o Banco Alimentar tem enviado
nos ltimos anos, esclarece Manuela Queri-
do, uma das responsveis pelo Grupo Scioca-
ritativo, garantindo que h famlias comuns
a estas trs associaes. Dada a escassez dos
bens garantidos pelo Banco Alimentar, Ma-
nuela Querido v como certa a necessidade
de ser feita uma triagem das famlias apoia-
das pelo Grupo Sciocaritativo, no futuro. Ou-
tra das certezas desta responsvel passa pela
reestruturao do grupo ao nvel de volunt-
rios. Ao passo que a equipa do Espao parti-
lha volumosa e articula-se bem, a equipa
que assegura a distribuio dos bens alimen-
tares conta com um nmero reduzido de vo-
luntrios, o que tambm tem dificultado o
cumprimento dos objetivos.
AB
8 de agosto de 2013 9
-
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Souto da Carpalhosa e LeiriaTel: 244 613 114 244 881 524 Tlm: 962 900 546 967 033 542
Horrio da Missas DominicaisParquia de Leiria
Sbados19h00 S19h30 Franciscanos
Domingos08h30 Esprito Santo09h00 Franciscanos09h45 Paulo VI10h00 S. Francisco
10h00 S. Romo10h30 Franciscanos11h00 Santo Agostinho11h30 S e Seminrio18h30 S19h30 Franciscanos21h30 N Sr. Encarnao11h00 Hospital de Leiria
Parquia da Cruz da AreiaDomingos
11h30 Igreja paroquialQuintas
21h00 Igreja paroquial
LIVRO da semana
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Contatos: 244 821 100 | [email protected]
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MILAGRES - Alcaidaria: 919 321 145
Um Claustro no outro extremo do Mundo
Fazer Florir o DesertoNo fervor das primeira cruzadas missionrias infor-
ma Igncio Omaechevarria Clara de Assis a primeira santa
que deseja ir para terras de misso para a dar a vida por amor
de Cristo". Por outras palavras, Clara deseja o martrio, o mar-
trio cruento como os primeiros Irmos de Francisco. Clara de-
seja ir para as misses, Clara deseja seguir a Cristo at aos con-
fins da terra. Clara conseguiu mais do que isso pois, atravs
de suas Filhas ela foi, no uma s vez mas, vezes incontveis,
atravs dos sculos, e continua a partir e a implantar o amor
Eucaristia nos mais remotos confins do Planeta.
Com o esprito eucarstico de Clara, partimos ns hoje ao
chamamento: Vem e segue-Me. Jesus desafiou-nos a lanar
as redes. A Comunidade, interpelada pelo insistente pedido da
Igreja de Maliana, Timor Leste, enviou quatro Irms que ali
permanecem, formando uma pequena Comunidade em es-
treita unio com a Comunidade de Monte Real que, continua-
mente lhe d apoio.
louco este projecto? Sim, de loucos! Loucos por amor
de Cristo. Mas, de Clara de Assis, canta o poeta: Seu amor que
era loucura/ perfumou-lhe a vida toda/ e fez que brotassem
flores/ muitas flores sua roda.
Em Timor, no abundam as flores, apesar de ser a Ilha
Verde. Ento vamos cultivar l o jardim, fazer florir o deserto.
Para apoio das nossas Irms e construo de um mostei-
ro na Diocese de Maliana foi lanada uma rifa venda por um
grande Benfeitor da Comunidade. No prximo dia 11 de Agos-
to, solenidade de Santa Clara, ser sorteada a viagem a Timor.
Programa da celebrao: s 18h00 Missa com Vspe-
ras includas, presidida pelo Bispo da Guarda; seguidamente,
apresentao de um vdeo com imagens do projecto Timor e o
sorteio da rifa.
Convidamos todas as pessoas que quiserem participar
na festa de Santa Clara!
Irms Clarissas de Monte Real
Silncio EstrondosoA obra liter-
ria Silncio Estron-
doso revela o estado
atribulado dos que
transformam a sua
vida numa mara-
tona sem meta e o
estado distanciado
de quem os acom-
panha e reclama
pela mudana.
A vida sur-
ge como um trajeto curto e denso, mas inesti-
mvel, no qual as sombras, o vazio de ser-se ser, num tempo
sem tempo, so atenuadas pela leitura e capacidade de imagi-
nar que so um suave viver s, digno dos que conseguem vi-
ver simplesmente.
Convidando reflexo de temticas diferenciadas, o li-
vro contm em CD-ROM com verses em formato alternati-
vo, a saber: audiolivro, videolivro, verso pictogrfica, verso
em formato wif para impresso em Braille e ilustrao adap-
tada para impresso em relevo.
Percetvel em multiformato, a obra surge com uma di-
menso inclusiva, implicando a todos a sua leitura.
Ana Vale
Colgio Conciliar de Maria Imaculada
Curso Profissional de Agricultura
O Colgio Conciliar de Maria Imaculada, na Cruz
da Areia, tem autorizao para a abertura de uma tur-
ma do 10 ano do Curso Profissional de Tcnico de Pro-
duo Agrria (variante vegetal).
Desta forma, o Colgio potencia uma quinta com
50 000 m2 de rea, apetrechada com bons equipamen-
tos, e pe disposio da comunidade envolvente um
curso inexistente no concelho, considerado prioritrio
pelo Governo. Ademais, o curso insere-se plenamente
no Projeto Educativo do CCMI, inspirado na pedagogia
franciscana, aberto natureza e ao contacto com a ter-
ra.
Este curso de nvel IV, equivalente ao ensino se-
cundrio, destinando-se a todos os alunos que j pos-
suem o 9 ano de escolaridade e gostem da agricultura.
A taxa de empregabilidade dos diplomados elevada,
uma vez que o mercado carece de tcnicos habilitados
para gerir exploraes agrcolas ou mesmo para criar
novas empresas.
O ensino gratuito, pois financiado pelo POPH,
e h direito a diversos subsdios, designadamente de
alimentao, transporte, bolsa de material escolar e de
profissionalizao
As inscries e matrculas esto abertas e devem
ser feitas na secretaria do Colgio.
Divulgao
AGENDA
7quarta
Agosto "ACAREG - So Nuno - Em Nome do Reino" - Acampamento Regional de Leiria do Corpo Nacional de Escutas - Quinta do Escuteiro, na Batalha (7-11)
12segunda
Agosto Reunio do Comitium da Legio de Maria Trduo preparatrio para a festa de Nossa
Senhora da Encarnao (12-14): Missa s 21h30
13tera
Agosto Peregrinao dos Migrantes a Ftima
15quinta
Agosto Festa anual no Santurio de Nossa Senhora da Encarnao - Leiria
Solenidade da Assuno de Nossa Senhora 11h00 - Bispo diocesano preside Missa no
Santurio de Ftima 21h00 - Bispo diocesano preside Missa e
procisso no Santurio de Nossa Senhora da Encarnao, em Leiria
18domingo
Agosto Curso Geral de Catequistas - 1. ano (intensivo) - Servio Diocesano de Catequese (18-25)
CAMPANHA
8 de agosto de 201310
-
PAS
No decorrer do Captulo Geral da CONFHIC
Irm Maria da Conceio reeleita superiora geral
A Irm Maria da Conceio
Galvo Ribeiro foi reeleita superio-
ra geral da Congregao das Irms
Franciscanas Hospitaleiras da Ima-
culada Conceio (CONFHIC) du-
rante o Captulo Geral que decor-
reu em Linda-a-Pastora, na sede
do instituto. A 26 reunio magna
teve como tema Mstica e Profe-
cia Franciscana Hospitaleira e con-
tou com a presena de 45 irms dos
quatro continentes onde a Congre-
gao est presente.
A Irm Maria da Conceio
Galvo Ribeiro, que j coordenou o
trabalho da CONFHIC nos ltimos
seis anos,afirmou agncia Eccle-
sia que a reunio magna foi vivi-
da com alegria, a partir de estu-
dos muito srios sobre a realidade
onde as irms esto inseridas e a
vocao vida consagrada.
Nos ltimos anos a Congrega-
o fez um caminho de aprofunda-
mento espiritual, na vida fraterna,
na comunho e na misso. Em v-
rias regies as irms deslocaram-
se para locais onde no havia uma
presena religiosa e crist, indo
tambm para lugares mais distan-
tes, para o interior do prprio pas
ou saindo para outros pases, expli-
cou a Irm Maria da Conceio Gal-
vo Ribeiro. As irms esto a traba-
lhar um documento, elaborado por
uma comisso internacional, com o
contributo de todas as Fraternida-
des que servir como impulso e re-
vigoramento.
Durante este Captulo Ge-
ral, as irms receberam o contribu-
to de pessoas externas congrega-
o, como a economista Manuela
Silva e do Bispo de Lamego, D. An-
tnio Couto, que as ajudaram a vi-
ver o presente e a preparar o futuro
da sua misso. Eles trouxeram ele-
mentos para a nossa reflexo que
depois ofereceremos a toda a con-
gregao, explica a superiora geral.
A CONFHIC dedica Igreja e
sociedade um carisma multiface-
tado e atua em diversas reas como
a educao, a ao social, a pastoral,
a sade e ainda as misses. Para o
Bispo de Lamego, importante
que as Irms Franciscanas Hospi-
taleiras sejam sempre hspedes de
Deus, promovendo a relao com
os seus irmos para os receber bem,
como Deus as recebeu a elas pri-
meiro.
O XXVI Captulo Geral das
Franciscanas Hospitaleiras da Ima-
culada Conceio comeou no dia
13 de julho, dia da morte do padre
Raimundo dos Anjos Bairo, fun-
dador da Congregao com a irm
Maria Clara do Menino Jesus.
Quatro delegaes reunidas
JOC atenta a crise econmica e desemprego
A vontade do movimento em assumir-
se como sinal da esperana junto de todos
quantos foram atingidos pela crise econmi-
ca e pelo desemprego foi sublinhada, na lti-
ma reunio do Secretariado Nacional da Ju-
ventude Operria Catlica (JOC).
A partir de uma realidade juvenil com-
plexa, em que cada dia mais difcil encon-
trar trabalho estvel e decente, o principal
objetivo da JOC continua a ser aproximar
toda a juventude, especialmente os mais des-
favorecidos, mensagem de amor e de justi-
a que anuncia o Evangelho, sublinhou o or-
ganismo catlico, num comunicado enviado
Agncia Ecclesia.
Os responsveis da JOC em Portugal
estiveram recentemente em Barcelona para
debater o futuro da ao jocista com repre-
sentantes do movimento em Espanha, Cata-
lunha e Itlia, e escreveram uma nota con-
junta com diversas linhas de reflexo.
Alm de se terem comprometido a
apoiar aqueles que esto procura de entrar
no mercado de trabalho, as quatro delega-
es manifestaram a necessidade de estar ao
servio da massa dos jovens trabalhadores,
muitos deles em situao de precariedade.
Mostraram-se tambm apostadas em conti-
nuar a trabalhar na educao e evangeliza-
o dos mais novos, dentro e fora do movi-
mento, atravs da ao concreta e direta nos
seus ambientes.
A JOC quer ajudar os jovens, atravs da
f e da reviso de vida, a serem protagonis-
tas do seu prprio destino, atravs de uma
mensagem cada vez mais atual e adequada
ao contexto social e vida concreta da ju-
ventude. No entanto, ressalvam as referi-
das delegaes, estes processos so lentos
e carecem de muita ateno, perseverana
e confiana no Esprito. Muitas vezes sere-
mos mais semeadores do que colhedores, ad-
mitem os responsveis jocistas, que conside-
ram por isso ser fundamental contar neste
trabalho com o envolvimento de todos os
militantes da JOC, de outros coletivos, mo-
vimentos sociais e tambm da comunidade
eclesial em que estejam inseridos.
Jornadas Nacionais de Comunicao Social
Comunicar no ambiente digital Comunicar no ambiente digital o tema analisado, entre os
dias 3 e 4 de outubro, nas Jornadas Nacionais de Comunicao So-
cial, contando com a presena do padre Antonio Spadaro. O sacer-
dote jesuta, diretor da revista italiana La Civilt Cattolicae mem-
bro do Conselho Pontifcio para as Comunicaes Sociais, vai proferir
uma conferncia sobre a temtica Ciberteologia: pensar o cristianis-
mo no tempo da rede, na manh do dia 4 de outubro. Na tarde do
primeiro dia, dois painis abordam temas relacionados com a mensa-
gem do Papa Emrito para o Dia Mundial das Comunicaes Sociais
deste ano, onde se analisa o tema das redes sociais.
A comunicao em rede ser analisada enquanto novo ambien-
te para o exerccio do jornalismo e novo ambiente para a pastoral da
Igreja Catlica. O programa prev ainda a interveno do presiden-
te da Comisso Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicaes
Sociais, D. Pio Alves. Inscries em www.eclesia.pt/jornadas2013.
Bispo promulga regulamento
Diocese de Bragana-Miranda inventaria patrimnio cultural
Um regulamento, por trs anos, que estabelece as intervenes
no patrimnio cultural, da autoria da Comisso Diocesana de Arte
Sacra e dos Bens Culturais, foi promulgado pelo Bispo de Bragana-
Miranda, D. Jos Cordeiro. O documento, com 25 artigos, aclara que
por patrimnio cultural se entendem os lugares de culto e outros edi-
fcios ou monumentos, os mveis, as relquias, os livros e documen-
tos e demais objetos com valor histrico, artstico, litrgico ou devo-
cional, pertencentes Diocese ou s Parquias, Santurios, Casas ou
instituies tuteladas pela Autoridade Diocesana. Na dvida, os res-
ponsveis devem consultar, por escrito, o Bispo diocesano.
Cruz Vermelha Portuguesa
Cerca de 900 livros angariados Academias Snior e Jnior da Delegao da Cruz Vermelha de
Lisboa e alguns centros de dia, creches e ATL recebem livros e vdeos
angariados durante a Feira do Livro de Lisboa13 e nas instalaes da
Nestl. A iniciativa - realizada no mbito da 83 Edio da Feira do
Livro de Lisboa e durante a qual foram angariados 773 livros - teve
por objetivo angariar livros para fazer chegar histrias s mos de
quem mais precisa e tem sede de leitura. Finda a Feira do Livro foi
dada continuidade a esta iniciativa, a qual teve como ponto de anga-
riao de livros a Nestl Portugal, onde todos os colaboradores da em-
presa tiveram a possibilidade de contribuir para esta causa.
BREVES
DR
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8 de agosto de 2013 11
-
MUNDO
Momento adiado por causa do mau tempo
Joo Paulo II pode ser canonizado em abril de 2014
A canonizao de Joo Paulo II pode vir assim ter lugar ape-
nas no dia 27 de abril de 2014, informou o Papa Francisco, a bordo do
avio papal no regresso do Brasil. A notcia foi divulgada pela Agn-
cia Ecclesia que recorda que as datas at agora apontadas, ainda que
informalmente, seriam em novembro ou dezembro de 2013.
Para a data de canonizao, pensava-se no dia 8 de dezembro
deste ano. Mas h um grave problema para os que vm da Polnia: os
que tm meios, podem vir de avio, mas os pobres vm de autocarro
e em dezembro as estradas tm gelo, por isso tivemos de repensar a
data, explicou Papa Francisco.
Abre-se assim a possibilidade da canonizao de Joo Paulo II
ser apenas em 2014, nomeadamente no dia 27 de abril. Ainda que
sem confirmao oficial, a informao j corre o mundo.
A Agncia Ecclesia refere ainda que Joo Paulo II ser canoniza-
do em simultneo com o Papa Joo XXIII. | SF
Repblica Centro-Africana:
Igreja lana grito desesperadoSo cada vez mais os apelos de sacerdotes e bispos da Repbli-
ca Centro-Africana, face gravidade da situao que se vive no pas
controlado pela milcia islmica Slka desde 24 de Maro.
O Arcebispo de Bangui, Dieudonn Nzapalainga, denunciou,
numa das suas ltimas homilias a necessidade de o mundo agir em
defesa das populaes inocentes: No me posso calar quando os fi-
lhos deste pas so vtimas da mais horrvel barbrie. No me posso
calar quando se torturam e matam os centro-africanos. No me pos-
so calar quando as nossas irms e as nossas mes so violadas. No
me posso calar quando se consagra a impunidade e se impe a dita-
dura das armas.
A Fundao AIS j disponibilizou Igreja deste pas, uma pri-
meira ajuda de emergncia para a Igreja da Repblica Centro-Africa-
na, no valor de 160 mil euros. Esta ajuda destina-se prioritariamente
alimentao, alojamento e compra de medicamentos para as dioce-
ses mais atingidas pelo terror dos radicais islmicos. Para materiali-
zar este apoio, a Fundao AIS apela generosidade de todos.
Portugal e Espanha
Recuperada arte sacra roubada na Andaluzia e em Portugal
A Policia Nacional de Espanha anunciou ter recuperado mais
de 50 peas de arte sacra furtadas desde 2006 em templos da Anda-
luzia, sul de Espanha, e em Portugal. A notcia foi dada pela Rdio
Renascena que d conta que as peas recuperadas foram descritas
como de valor incalculvel. Em comunicado, aquela fora explica
que a investigao levou deteno, em Sevilha, de dois irmos, de
39 e 44 anos, presumveis autores destes furtos. Entre as peas recu-
peradas contam-se pinturas, esculturas, roupas, mantos, clices, cru-
cifixos e imagens religiosas, encontradas pela polcia escondidas na
oficina de restaurao de um dos detidos, em Sevilha.
A polcia espanhola acrescenta que est a tentar localizar os le-
gtimos proprietrios destas obras de arte, j que de muitas destas se
desconhece a verdadeira procedncia. A investigao permitiu con-
cluir que o proprietrio da oficina de restaurao aproveitava o seu
trabalho e a relao de confiana com os responsveis eclesisticos
para ter acesso s obras de arte e subtra-las sem levantar suspeitas.
BREVES Movimento Mundial de Trabalhadores Cristos
Pastoral operria sugere nova mentalidade
O Movimento Mundial de
Trabalhadores Cristos (MMTC)
lanou um apelo em defesa dos di-
reitos sociais no campo laboral,
num momento de retrocesso por
causa da crise econmica.
A temtica esteve em anlise
num seminrio internacional, que
decorreu de 17 a 24 de julho, em
Haltern am See, Alemanha, pr-
ximo da fronteira com a Holanda,
com o lema "Construamos uma so-
ciedade fraterna, justa e sustent-
vel". Contou com a participao de
163 delegados, incluindo uma re-
presentao de Portugal.
Esta crise econmica e finan-
ceira provocou a perda de direitos
sociais que tinham sido conquista-
dos e um aumento do desemprego e
da precariedade do emprego, aler-
ta a organizao, num comunicado
divulgado pela Agncia Ecclesia. O
mesmo documento refere que mi-
lhes de trabalhadores carecem de
segurana social e/ou de uma pro-
teo social adequada. O MMTC
sublinha ainda que defender os di-
reitos sociais dos trabalhadores e de
todas as pessoas, um dever de jus-
tia.
Nas exposies realizadas pe-
los delegados de diferentes pases,
verificou-se o sofrimento de mui-
tas famlias trabalhadoras porque
os direitos fundamentais no so
respeitados. O comunicado alerta
ainda para situaes de escrava-
tura de trabalhadores imigrantes,
os salrios mseros e turnos de tra-
balho interminveis de emprega-
das domsticas em todo o mundo e
tambm mostra preocupao com
os jovens que no podem construir
um futuro.
O documento refere, tam-
bm, que numa sociedade mais in-
dividualista e consumista os cris-
tos tm fragilidades, mesmo em
Igreja, em responder com coern-
cia s necessidades dos irmos e ir-
ms mais pobres das nossas comu-
nidades.
O MMTC prope ainda o re-
conhecimento prtico dos direitos
sociais e assume o objetivo de di-
fundir uma nova mentalidade na
sociedade contra os obstculos in-
dividuais, ambientais e estruturais
que impedem a fraternidade.
Apresentada em sete alneas
na declarao final do seminrio
internacional do MMTC, a nova
mentalidade defende, por exem-
plo, uma comunidade poltica in-
ternacional que desenvolva pol-
ticas de uma distribuio justa da
riqueza econmica, social e cultu-
ral ou reivindica um rendimen-
to mnimo universal, que permita a
subsistncia a milhes de pessoas.
Nos prximos seis meses
Papa Francisco pensa visitar Jerusalm, Sri Lanka e Filipinas
Viagem Terra Santa uma
das hipteses em agenda para os
prximos meses. A notcia adian-
tada pela Agncia Ecclesia que re-
fere que o Papa Francisco adiantou
que o seu prximo destino apostli-
co no estrangeiro, depois do Rio de
Janeiro, poder ser a cidade de Je-
rusalm.
De acordo com informa-
es publicadas pelo jornal vatica-
no LOsservatore Romano atravs
da rede social Twitter, e divulga-
das pela Agncia Ecclesia, a hip-
tese do Papa se deslocar dentro de
pouco tempo Terra Santa foi co-
locada durante um dilogo com os
jornalistas, no decurso da viagem
de avio entre o Brasil e Itlia, de-
pois do encerramento das Jornadas
Mundiais da Juventude.
Alm da possibilidade de
uma peregrinao internacional
a Jerusalm, o Papa admitiu ainda
que poder visitar a curto prazo as
comunidades catlicas da sia, no-
meadamente do Sri Lanka e das Fi-
lipinas.
Nos planos do Papa esto tam-
bm viagens at regio italiana
da Sardenha, mais concretamen-
te a Cagliari, a 22 de setembro, para
visitar o santurio de Nossa Senho-
ra de Bonria e tambm a Assis, no
dia 04 de outubro.
A viagem de Francisco a Je-
rusalm ganha fora numa altura
em que se aproximam os 50 anos
do encontro entre o Papa Paulo VI e
o Patriarca Ecumnico de Constan-
tinopla, Atengoras, que teve lugar
na cidade de Jerusalm em janeiro
de 1964.
A Agncia Acclesia recorda
ainda que o encontro marcou o pri-
meiro passo na reaproximao das
Igrejas de Roma e Constantinopla
e na restaurao da comunho en-
tre as duas partes, depois do Gran-
de Cisma do Oriente de 1054.
DR
8 de agosto de 201312
-
A diferena Num simpsio promovido em final de
junho pelo Santurio de Ftima No te-nhais medo. Confiana Esperana Esti-lo Crente a conferncia da teloga italia-na Stella Morra atraiu-me, pela simplicidade, expressividade e alegria com que foi apre-sentada a marca diferenciadora do cristo: a confiana em Deus. Como se aquela busca que todos fazemos sobre ns prprios, so-bre a nossa vida e sobre a vida do mundo, recebesse de Deus o acolhimento de que necessitamos para, em contrapartida, nEle e a Ele nos confiarmos.
Num tempo em que tudo o que no se-gue a corrente das modas rotulado como retrgrado, mas que, ao mesmo tempo e paradoxalmente, se valoriza a diferena, esta diferena crist uma mais-valia. o valor acrescentado da resilincia e da esperana.
Em declaraes aos jornalistas durante o simpsio teolgico-pastoral onde apresen-tou a conferncia Estilo crente de habitar o mundo. Onde est a diferena crist?, Stel-la Morra sublinhava que o Cristianismo no uma ideologia, no tem tudo preparado; s atravs da Palavra de Deus, porque Deus continua a falar na histria, os cristos so chamados a fazer com que o Reino de Deus venha.
Manter a confiana e a es-perana em Deus em momentos conturbados da histria da humanidade e da histria individual de cada ser humano no tarefa fcil, mas, para esta teloga, a que reside o corao da diferena crist: a confiana de que Deus no deixa de nos fa-lar, no deixa de conduzir o seu povo.
Na recente viagem do Papa Francisco ao Brasil, ele mesmo se mostra, tal como des-de o primeiro dia do seu pontificado e, ao que dizem, tal como sempre foi, como um exemplo concreto dessa diferena que se via e transmitia no s por palavras mas so-bretudo por gestos, partilhas e confidncias, que revelam um corao grande, confiante e confidente.
Nas suas palavras no Santurio de Apa-recida, o Papa pediu luzeiros de esperan-a, exortou os jovens, que disse necessi-tarem mais de valores do que de coisas, a uma viso positiva sobre a realidade e des-tacou que o cristo no pode ser pessimis-ta. Se estivermos verdadeiramente enamo-rados de Cristo e sentirmos o quanto Ele nos ama, recordou-nos o Papa, o nosso corao incendiar-se- de tal alegria que contagiar quem estiver ao nosso lado.
esta a diferena crist.
Frias, famliae orao
Desde 2006 que o ritual se repete. No princpio de agosto, toda a famlia ruma at Espinosa de Henares, uma pequena e paca-ta vila na diocese de Sigenza-Guadalajara, prxima de Madrid. L partimos ns com alguma ansiedade para fazer os setecentos quilmetros de viagem pelas plancies espa-nholas, por entre as birras dos filhos, uma cano de embalar ou uma cano de Jor-ge Palma, at chegarmos a um antigo con-vento para uma semana de retiro de orao.
Inicialmente, a ideia de fazer um retiro de orao com toda a famlia, procurando o silncio durante uma semana, soou um pouco estranha. Olhando para todos estes momentos, tenho descoberto a importncia deste tempo de orao.
Em primeiro lugar, um tempo de des-canso em tempo de frias mas tambm um tempo especial, de procura de uma inti-midade maior com Deus. Embora seja sem-pre pessoal, uma experiencia de partilha e vivncia de f, partilhada no espao e no tempo em famlia e em comunidade. ali-mento para todo o ano.
Este ambiente de silncio e vida partilha-
da um momento favorvel para um balan-o do ano que passou. Um balano especial porque de ao de graas, onde se tenta colo-car todas as situaes vividas de acordo com o Seu olhar. Por outro lado, so momentos de esperana para o que vem, de pr nas Suas mos muitas das incertezas e dificuldades.
Os filhos tambm tm o seu acampa-mento, entre momentos de catequese, ora-o e brincadeira. tambm para eles uma semana especial, onde tm a oportunidade de partilhar experincias com outras crianas.
Olhando distncia, um privilgio po-der ter este tempo de orao durante o ve-ro. Um tempo de poder entender, que faz sentido acreditar neste Deus que nos acom-panha sempre e em qualquer circunstncia. So estes momentos que nos vo dando o cho para podermos continuar, por entre as curvas do quotidiano. Quando no poss-vel estar presente, as experincias passadas tomam outro peso e reforam a sua impor-tncia. Acreditando que Deus vai dando a cada um aquilo que necessita em cada mo-mento da nossa vida, estes retiros de vero tm sido momentos de verdadeira graa.
Pedro CorreiaComunidade Missionria Servidores do Evangelho da Misericrdia de Deus
LeopolDina SimesAssessora de Imprensa do Santurio de Ftima
OPINIO
Uma nova evangelizao?
Acabei de ler um livro que me interpela e aconselho a quem quiser vir comigo nesta reflexo: O tempo pede uma nova evangeli-zao, de D. Manuel Clemente, ed. Paulinas.
Neste livro, D. Manuel Clemente descreve sabiamente diferentes perodos histricos da Igreja, a par de outras muito acertadas con-sideraes. Central no livro o seu olhar so-bre as diferentes fases de evangelizao na prpria Europa.
D. Manuel Clemente explica os porqus destas diferentes fases de evangelizao. A saber, a primeira evangelizao, a dos mr-tires, foi o tempo no qual o cristianismo se expandiu, um tempo absolutamente pas-cal, nas palavras do autor. A segunda evan-gelizao chega-nos pelas mos e pelo cora-o dos monges missionrios da Alta Idade
Mdia, que viveram e pregaram a carida-de. A terceira evangelizao chega mais tar-de, por volta do sculo XII, com os monges agora mendicantes, e isto mais do que por viverem de esmolas, mas por estarem dese-