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Curso de Formao de Pregoeiros

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APRESENTAO

O objetivo principal deste trabalho a formao de militares do Exrcito Brasileiro para exercerem a funo de pregoeiro em suas respectivas Unidades Gestoras. Durante o curso de Formao de Pregoeiros, sero apresentados diversos assuntos, dentre os quais: prego eletrnico, utilizao do Sistema de Registro de Preos, participao de microempresa e empresa de pequeno porte, certificao digital e atribuies dos agentes envolvidos. O curso compe-se de 02 (duas) partes: terica, que ser realizada por intermdio de ensino a distncia, com a finalidade de dotar o pregoeiro de conhecimentos tcnicos para o desempenho de sua funo; e prtica, visando familiariz-lo, por intermdio de simulaes, com situaes que ocorrero quando da operacionalizao do Prego. Espera-se que este trabalho constitua uma fonte auxiliar de consulta do pregoeiro, que ter a nobre misso de realizar as aquisies de materiais e servios para a Fora Terrestre, visando sempre obter o melhor resultado no emprego, obedecendo legislao em vigor, dos parcos recursos oramentrios disponibilizados.

Belm PA, 12 de fevereiro de 2010.

_______________________________________________ FRANCISCO FBIO ROSAS DA SILVA CAP QCO Tutor e Instrutor do Curso de Formao de Pregoeiro

Curso de Formao de Pregoeiros

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SUMRIO1. Modalidades de Licitao 2. Princpios que Regem a Licitao na Modalidade Prego 3. Agentes Envolvidos 4. Prego Eletrnico 5. Sistema de Registro de Preos 6. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 7. Certificao Digital Anexo I -Glossrio Anexo II Deliberaes Anexo III Mensagens SIAFI e SIASG de Interesse Anexo IV Questes Comentadas Anexo V Roteiro Prtico Anexo VI Perguntas e respostas Referncia Bibliogrfica 04 05 06 10 30 39 49 53 54 68 78 94 98 108

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1 - MODALIDADES DE LICITAOModalidade de licitao a forma especfica de conduzir o procedimento licitatrio, a partir de critrios definidos em lei. O valor estimado para contratao o principal fator para escolha da modalidade de licitao, exceto quando se trata de prego, que no est limitado a valores. As modalidades de licitao admitidas so exclusivamente as seguintes: - CONCORRNCIA - Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase de habilitao preliminar comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo do objeto da licitao. - TOMADA DE PREOS - Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao. - CONVITE Modalidade realizada entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pela unidade administrativa, a qual fixar, em local apropriado, cpia do instrumento convocatrio e o estender aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedncia de at 24 horas da apresentao das propostas. - CONCURSO Modalidade realizada entre quaisquer interessados para escolha de trabalho tcnico, cientfico ou artstico, mediante a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores, conforme critrios constantes do edital publicado na imprensa oficial com antecedncia mnima de 45 dias. - LEILO Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados para a venda de bens mveis inservveis para a Administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienao de bens imveis, a quem oferecer o maior lance, igual ao superior ao valor da avaliao. - PREGO - Prego modalidade de licitao em que a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns feita em sesso pblica. Os licitantes apresentam suas propostas de preo por escrito e por lances verbais, ou via Internet, independentemente do valor estimado da contratao.

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2 PRINCPIOS QUE REGEM A LICITAO NA MODALIDADE PREGOPRINCPIOS BSICOSPRINCPIO DA LEGALIDADE - Nos procedimentos de licitao, esse princpio vincula os licitantes e a Administrao Pblica s regras estabelecidas nas normas e princpios em vigor. PRINCPIO DA IGUALDADE Previsto no art. 37, XXI da Constituio onde proibe a discriminao entre os participantes do processo. O gestor no pode incluir clusulas que restrinjam ou frustrem o carter competitivo favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar, mesmo que involuntrio, determinados participantes. Significa dar tratamento igual a todos os interessados. PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE - Esse princpio obriga a Administrao a observar, nas suas decises, critrios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na conduo dos procedimentos da licitao. PRINCPIO DA MORALIDADE A licitao dever ser realizada em estrito cumprimento dos princpios morais, de acordo com a Lei, no cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado custeado pelo cidado que paga seus impostos para receber em troca os servios pblicos. PRINCPIO DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - O gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que lhe so atribudos por fora da legislao. PRINCPIO DA PUBLICIDADE - Qualquer interessado deve ter acesso s licitaes pblicas e seu controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em todas as fases da licitao. PRINCPIO DA VINCULAO AO INSTRUMENTO CONVOCATRIO - Obriga a Administrao e o licitante a observarem as normas e condies estabelecidas no ato convocatrio. Nada poder ser criado ou feito sem que haja previso no ato convocatrio. PRINCPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO - Esse princpio significa que o administrador deve observar critrios objetivos definidos no ato convocatrio para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critrios no previstos no ato convocatrio, mesmo que em benefcio da prpria Administrao. PRINCPIOS CORRELATOS 1. Celeridade 2. Finalidade 3. Razoabilidade 4. Proporcionalidade 5. Competitividade 6. Justo Preo 7. Seletividade 8. Comparao objetiva das propostas

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3. AGENTES ENVOLVIDOSPREGOEIROAtribuies So atribuies do Pregoeiro: a) coordenar o processo licitatrio; b) receber, examinar e decidir as impugnaes e consultas ao edital, apoiado pelo setor responsvel pela sua elaborao; c) conduzir a sesso pblica na internet; d) verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatrio; e) dirigir a etapa de lances; f) verificar e julgar as condies de habilitao; g) receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando autoridade competente quando mantiver sua deciso; h) indicar o vencedor do certame; i) adjudicar o objeto, quando no houver recurso; j) conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e k) encaminhar o processo devidamente instrudo autoridade superior e propor a homologao. Designao As designaes do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do rgo ou entidade promotora da licitao, ou de rgo ou entidade integrante do SISG. A designao do pregoeiro, a critrio da autoridade competente, poder ocorrer para perodo de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica. Somente poder exercer a funo de pregoeiro o servidor ou o militar que rena qualificao profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente. Caractersticas do pregoeiro Exige-se do Pregoeiro alguns princpios essenciais como: HONESTIDADE, INTEGRIDADE, RESPONSABILIDADE, para que o mesmo possa desenvolver as suas atividades maximizando resultados em termos de custos, prazo e qualidade. No pode haver nenhuma dvida quanto a esses princpios. O Pregoeiro deve no apenas aceitlos, mas tambm pratic-los em todas as suas aes. O gestor, ao designar o Pregoeiro, dever faz-lo observando, no seu Quadro de Pessoal, aquele que tenha conhecimento tcnico, somado a outras caractersticas comportamentais, uma vez que o mesmo

Curso de Formao de Pregoeiros 7 dever saber trabalhar sua Assertividade, pois ele est ali, representando a Administrao, e uma falha cometida poder compromet-lo e a prpria Administrao. Por isso, o mesmo deve ter, dentre outras caractersticas, as seguintes: bom relacionamento, capacidade de liderana, boas maneiras, flexibilidade, expresso facial/ corporal, fluncia na fala, tom de voz, defender direitos, saber lidar com crticas, sigilo, tica, motivao, pontualidade e organizao. Negociao NEGOCIAO o processo de alcanar objetivos por meio de um acordo nas situaes em que existam conflitos, isto , divergncias e antagonismos, de interesses, idias e posies. Saber negociar com o licitante, buscando assegurar os interesses da administrao, minimizando custos sem perder a qualidade pretendida uma das principais qualidades que o Pregoeiro deve possuir. O Pregoeiro precisa ser um bom negociador, para conseguir obter os resultados que procura sem criar um clima de guerra com os licitantes, uma vez que natural que o licitante queira defender seu ponto de vista e maximizar seu lucro. A confiana no pregoeiro O Pregoeiro deve passar para os participantes do certame confiabilidade dos seus atos, para isso, deve-se observar: SINCERIDADE - O licitante acredita que o que o Pregoeiro fala consistente com o que ele pensa. COMPETNCIA - O licitante acredita que o Pregoeiro capaz de fazer o que promete. RESPONSABILIDADE - O licitante acredita que o Pregoeiro tem sido consistente no cumprimento das suas promessas. O Pregoeiro trabalha dentro de uma grande organizao que a Administrao Pblica Federal. Nesta grande organizao, todos prestam contas de suas aes, desde o funcionrio a quem cabe executar uma simples tarefa at o Presidente da Repblica que deve se explicar sociedade e opinio pblica. Temos que prestar contas de nossas aes, do que fizemos ou deixamos de fazer e porqu. O Pregoeiro est investido de poderes representando a Instituio, por isso, a negociao dever ser realizada obedecendo rigorosamente aos Princpios Constitucionais (art. 37, da Constituio Federal), aos Princpios Bsicos e aos Princpios Correlatos (Decreto n 3.555/00, art. 4). Conhecimentos tcnicos Para atuar como Pregoeiro, o mesmo deve deter conhecimentos tcnicos sobre: a) O que o prego: Presencial, Eletrnico e SRP; b) Quando pode ser utilizado; c) A legislao bsica e complementar; d) Os bens e servios comuns; e) Os princpios constitucionais correlatos; f) As fases do prego; preparatria/externa; g) A designao do Pregoeiro e Equipe de Apoio;

Curso de Formao de Pregoeiros h) Como se desenvolve o processo licitatrio; i) Como se elabora o Edital; j) Como se d a publicidade da licitao; k) A elaborao do Termo de Referncia; l) Quais so os anexos do Edital; m) Quais so as clusulas bsicas de um contrato; n) Quais so as atribuies do Pregoeiro; o) Como se realiza a execuo do processo na sesso pblica do prego; p) Recursos/Procedimentos; q) Como so aplicadas as penalidades; r) Autoridade competente e suas atribuies; s) Como organizar o processo com vistas aferio de sua Regularidade pelos Agentes de Controle; t) Quais so as vantagens de prego; u) O acompanhamento correto da execuo do contrato; v) COMPRASNET.

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Para realizao do Prego, no COMPRASNET, o agente designado como pregoeiro dever possuir o perfil PREGOEIRO. Este perfil dever ser solicitado ICFEx de vinculao EQUIPE DE APOIO A Equipe de Apoio dever ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administrao, preferencialmente, pertencente ao quadro permanente do rgo ou da Entidade promotora do Prego, para prestar assistncia ao Pregoeiro. aconselhvel a participao, na Equipe de Apoio, de servidores da rea administrativa, do responsvel pela especificao dos produtos ou servios a serem licitados, sendo o conhecimento especializado do objeto da licitao necessrio para o exame de aceitabilidade das propostas, tendo em vista s especificaes do edital. AUTORIDADE COMPETENTE autoridade competente, de acordo com as atribuies previstas no regimento ou estatuto do rgo ou da entidade, cabe: a) designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o credenciamento do pregoeiro e dos componentes da equipe de apoio; b) indicar o provedor do sistema; c) determinar a abertura do processo licitatrio; d) decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua deciso; e) adjudicar o objeto da licitao, quando houver recurso; f) homologar o resultado da licitao; e g) celebrar o contrato. Para adjudicao (quando houver recurso) e homologao do Prego, no COMPRASNET, a autoridade competente dever possuir o perfil HOMPREGO. Este perfil dever ser solicitado ICFEx de vinculao.

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SITUAO PARTICULAR NO COMANDO DO EXRCITO (PORTARIA N 064-SEF, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2005, ALTERADA PELA PORTARIA N 015-SEF, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009) No Comando do Exrcito, a funo de pregoeiro dever ser desempenhada por militar. condio indispensvel que a funo de pregoeiro seja desempenhada por militar, com capacitao especfica para o exerccio das atividades correspondentes, preferencialmente militar do servio ativo, pertencente ao quadro permanente do Exrcito. A Unidade Gestora (UG), excepcionalmente, poder designar, como pregoeiro, militar cedido por outra Organizao Militar (OM) que preencha as condies estabelecidas nesta Portaria, publicando o ato em seu boletim interno (BI) A designao do pregoeiro, a critrio da autoridade competente, poder ocorrer para perodo de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica. A capacitao especfica do Oficial para o exerccio das atividades de pregoeiro ser registrada pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM a que a mesma pertena, mediante o recebimento de um dos documentos a seguir: a) certificado apresentado pelo Oficial, de concluso do curso de capacitao especfica para exercer as atividades de pregoeiro, realizado em instituies pblicas ou privadas; e b) comunicao, por escrito, da Inspetoria de Contabilidade e Finanas do Exrcito (ICFEx), atestando que o oficial est capacitado para exercer as atividades de pregoeiro. Os documentos ora mencionados devero ser transcritos no BI da OM. A equipe de apoio do pregoeiro poder ser integrada por oficiais, praas e servidores civis, devendo ser designada, em BI, pela UG promotora do prego. Dever compor a equipe de apoio, preferencialmente e sempre que possvel, pessoal que conhea as especificaes tcnicas do bem ou servio a ser licitado, com a finalidade de prestar o assessoramento necessrio na elaborao do edital do prego, pea de fundamental importncia para o processo, bem como de participar da anlise para classificao das propostas recebidas, que antecede a etapa de lances e, quando for o caso, validar as amostras apresentadas pelos licitantes. A UG poder designar, para compor a equipe de apoio, pessoal cedido por outra OM, desde que o mesmo preencha as condies estabelecidas na Portaria n 064-SEF, de 03 de novembro de 2005.

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4. PREGO ELETRNICOCONCEITO O prego, na forma eletrnica, como modalidade de licitao do tipo menor preo, realizar-se- quando a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia em sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet. um procedimento que permite aos licitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrnico. Durante o transcurso da sesso pblica, os licitantes sero informados, em tempo real, do valor do menor lance oferecido, podendo oferecer outro de menor valor, recuperando ou mantendo a vantagem sobre os demais licitantes, podendo baixar seu ltimo lance ofertado. A forma eletrnica regulamentada pelo Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005. CARACTERSTICAS 1) Inverso das fases da licitao primeiramente so enviadas as propostas e os lances, posteriormente realiza-se a fase de habilitao. Deste modo, ser examinada somente a documentao do licitante que tenha apresentado o melhor preo final. 2) Possibilidade de leilo reverso, ou seja, observado o menor preo proposto, os licitantes podero enviar outros lances. 3) Prazo para abertura da licitao de, no mnimo, 8 (oito) dias teis. 4) Utilizao de meios eletrnicos para o procedimento. 5) Pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratao, de forma que constitui alternativa a todas as modalidades de licitao. 6) Destina a garantir por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econmica, segura e eficiente. 7) Admite como critrio de julgamento da proposta somente o menor preo, observados os prazos mximos para fornecimento, as especificaes tcnicas e os parmetros de desempenho e de qualidade e as demais condies definidas no edital. BENEFCIOS DO PREGO Para a Administrao Pblica maior competitividade, reduo burocrtica, transparncia e celeridade processual (=menor custo). Para as Empresas Licitantes maior oportunidade de negcio, transparncia e celeridade no processo (=menor custo).

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Para a Populao do Pas reduz o custo e prazo da disponibilizao dos servios pblicos (=mais servios disponibilizados para a sociedade e transparncia dos processos). NO APLICAO No se aplica ao Prego na forma eletrnica: a) para obras de engenharia e servios de engenharia no comuns; b) nas locaes imobilirias; e c) alienaes em geral. OBRIGATORIEDADE Nas licitaes para aquisio de bens e servios comuns ser obrigatria a modalidade prego, sendo preferencial a utilizao da sua forma eletrnica. O prego deve ser utilizado na forma eletrnica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente. BENS E SERVIOS COMUNS Consideram-se bens e servios comuns aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificaes usuais praticadas no mercado. Bens e servios comuns so ofertados, em princpio, por muitos fornecedores e comparveis entre si com facilidade. O estabelecimento de padres de desempenho permite ao agente pblico analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir-se pelo menor preo. Servios de engenharia podem ser licitados por prego, desde que sejam considerados como servios comuns. Bens e servios comuns so produtos cuja escolha pode ser feita to somente com base nos preos ofertados, haja vista serem comparveis entre si e no necessitarem de avaliao minuciosa. So encontrveis facilmente no mercado. O bem ou o servio ser comum quando for possvel estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, mediante especificaes utilizadas no mercado, padres de qualidade e desempenho peculiares ao objeto. So inmeros os objetos a serem licitados que no so vistos com clareza pelo gestor com o intuito de definir se o objeto comum ou no. O legislador procurou, por meio de lista anexada ao Decreto n 3.555, de 2000, definir os bens ou servios de natureza comum. No entanto, essa lista foi considerada meramente exemplificativa, em razo da impossibilidade de se listar tudo que comum.

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Cabe ao gestor, na busca da proposta mais vantajosa para a Administrao, decidir-se pela modalidade prego sempre que o objeto for considerado comum. Quando a opo no recair sobre a modalidade prego, o gestor deve justificar, de forma motivada e circunstanciada, sua deciso. Exemplos de bens e servios comuns BENS COMUNS a) Bens de Consumo: 1. gua mineral. 2. Combustvel e lubrificante. 3. Gs. 4. Gnero alimentcio. 5. Material de expediente. 6. Material hospitalar, mdico e de laboratrio. 7. Medicamentos, drogas e insumos farmacuticos. 8. Material de limpeza e conservao. 9. Oxignio. 10. Uniforme. b) Bens Permanentes 1. Mobilirio. 2. Equipamentos em geral. 3. Utenslios de uso geral. 4. Veculos automotivos em geral. 5. Microcomputador de mesa ou porttil ("notebook"), monitor de vdeo e impressora. SERVIOS COMUNS 1. Servios de Apoio Administrativo. 2. Servios de Apoio Atividade de Informtica: digitao e manuteno. 3. Servios de Assinaturas: jornal, peridico, revista, televiso via satlite e televiso a cabo. 4. Servios de Assistncia: hospitalar, mdica e odontolgica. 5. Servios de Atividades Auxiliares: ascensorista, auxiliar de escritrio, copeiro, garom, jardineiro, mensageiro, motorista, secretria e telefonista. 6. Servios de Confeco de Uniformes. 7. Servios de Copeiragem. 8. Servios de Eventos. 9. Servios de Filmagem. 10. Servios de Fotografia. 11. Servios de Gs Natural. 12. Servios de Gs Liqefeito de Petrleo. 13. Servios Grficos. 14. Servios de Hotelaria. 15. Servios de Jardinagem.

Curso de Formao de Pregoeiros 16. Servios de Lavanderia. 17. Servios de Limpeza e Conservao. 18. Servios de Locao de Bens Mveis. 19. Servios de Manuteno de Bens Imveis. 20. Servios de Manuteno de Bens Mveis. 21. Servios de Remoo de Bens Mveis. 22. Servios de Microfilmagem. 23. Servios de Reprografia. 24. Servios de Seguro Sade. 25. Servios de gravao. 26. Servios de Traduo. 27. Servios de Telecomunicaes de Dados. 28. Servios de Telecomunicaes de Imagem. 29. Servios de Telecomunicaes de Voz. 30. Servios de Telefonia Fixa. 31. Servios de Telefonia Mvel. 32. Servios de Transporte. 33. Servios de Vale Refeio. 34. Servios de Vigilncia e Segurana Ostensiva. 35. Servios de Fornecimento de Energia Eltrica. 36. Servios de Apoio Martimo. 37. Servio de Aperfeioamento, Capacitao e Treinamento. SISTEMA ELETRNICO E CREDENCIAMENTO

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O prego, na forma eletrnica, ser realizado distncia em sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet. O sistema ser dotado de recursos de criptografia e de autenticao que garantam condies de segurana em todas as etapas do certame. O prego, na forma eletrnica, ser conduzido pelo rgo ou entidade promotora da licitao, com apoio tcnico e operacional da Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, que atuar como provedor do sistema eletrnico para os rgos integrantes do Sistema de Servios Gerais - SISG. Devero ser previamente credenciados perante o provedor do sistema eletrnico a autoridade competente do rgo promotor da licitao, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participam do prego na forma eletrnica. O credenciamento dar-se- pela atribuio de chave de identificao e de senha, pessoal e intransfervel, para acesso ao sistema eletrnico. No caso de prego promovido por rgo integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem assim a sua manuteno, depender de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.

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A chave de identificao e a senha podero ser utilizadas em qualquer prego na forma eletrnica, salvo quando cancelada por solicitao do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o SICAF. A perda da senha ou a quebra de sigilo dever ser comunicada imediatamente ao provedor do sistema, para imediato bloqueio de acesso. O uso da senha de acesso pelo licitante de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer transao efetuada diretamente ou por seu representante, no cabendo ao provedor do sistema ou ao rgo promotor da licitao, responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros. O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a responsabilidade legal do licitante e a presuno de sua capacidade tcnica para realizao das transaes inerentes ao prego na forma eletrnica. A participao no prego eletrnico dar-se- pela utilizao da senha privativa do licitante. FASE 2 : Procedimentos

OBRIGAES DO LICITANTE QUE PARTICIPAR DO PREGO Caber ao licitante interessado em participar do prego, na forma eletrnica: a) credenciar-se no SICAF para certames promovidos por rgos da administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional, e de rgo ou entidade dos demais Poderes, no mbito da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, que tenham celebrado termo de adeso;

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b) remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrnico, via internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos; c) responsabilizar-se formalmente pelas transaes efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu representante, no cabendo ao provedor do sistema ou ao rgo promotor da licitao responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros; d) acompanhar as operaes no sistema eletrnico durante o processo licitatrio, responsabilizando-se pelo nus decorrente da perda de negcios diante da inobservncia de quaisquer mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexo; e) comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso; f) utilizar-se da chave de identificao e da senha de acesso para participar do prego na forma eletrnica; e g) solicitar o cancelamento da chave de identificao ou da senha de acesso por interesse prprio. Os participantes de licitao na modalidade de prego, na forma eletrnica, tm direito pblico subjetivo fiel observncia do procedimento estabelecido no Decreto n 5.450, de 31 de maio de 2005, podendo qualquer interessado acompanhar o seu desenvolvimento em tempo real, por meio da internet. FASES DO PREGO ELETRNICO O processo licitatrio do Prego Eletrnico inicia-se com seu planejamento e prossegue at a assinatura do respectivo contrato ou emisso de documento correspondente, dividindo-se em duas fases distintas: 1) Fase interna ou preparatria: trata os procedimentos para a abertura do processo de licitao, delimitando e determinando as condies do edital antes de traz-las ao conhecimento pblico. 2) Fase externa ou executria: inicia-se com a publicao do edital e termina com a contratao do fornecimento do bem ou da prestao do servio. FASE INTERNA Nesta fase, os trabalhos so desenvolvidos no mbito interno da instituio, com acompanhamento da Autoridade Competente. As atividades realizadas so: a) verificao da disponibilidade oramentria (Reserva no Oramento do rgo dos valores estimados para o contrato, com indicao da respectiva rubrica oramentria);

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b) elaborao de termo de referncia pelo rgo requisitante, com indicao do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou sua realizao; c) aprovao do termo de referncia pela autoridade competente; d) apresentao de justificativa da necessidade da contratao; e) elaborao do edital, estabelecendo critrios de aceitao das propostas; f) definio das exigncias de habilitao, das sanes aplicveis, inclusive no que se refere aos prazos e s condies que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebrao e execuo do contrato e o atendimento das necessidades da administrao; e g) designao do pregoeiro e de sua equipe de apoio. A autoridade competente motivar os atos especificados nas letras c e d acima, indicando os elementos tcnicos fundamentais que o apiam, bem como quanto aos elementos contidos no oramento estimativo e no cronograma fsico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela administrao. Para o julgamento das propostas, sero fixados critrios objetivos que permitam aferir o menor preo, devendo ser considerados os prazos para a execuo do contrato e do fornecimento, as especificaes tcnicas, os parmetros mnimos de desempenho e de qualidade e as demais condies definidas no edital. Edital Edital o documento de publicidade da licitao. Contm todas as informaes bsicas, condies e procedimentos necessrios realizao do processo licitatrio. elaborado previamente pela Unidade Administrativa ou rea que est demandando a licitao e que, portanto, conhece detalhadamente os bens ou servios a serem adquiridos. O edital deve obrigatoriamente contemplar os seguintes itens: a) Prembulo indicando o dia e horrio para abertura da sesso pblica b) Objeto da contratao c) Condies para participao na licitao d) Procedimentos para o credenciamento do fornecedor ou de seu representante legal na sesso pblica do Prego Eletrnico e) Procedimentos para envio de propostas f) Procedimentos de classificao das propostas g) Procedimentos para o envio de lances h) Critrios e procedimentos de julgamento das propostas i) Requisitos de habilitao do licitante j) Esclarecimentos e impugnao ao Edital k) Dos recursos administrativos l) Da adjudicao e homologao m) Sanes administrativas

Curso de Formao de Pregoeiros n) Do instrumento contratual o) Do pagamento dos recursos oramentrios q) Disposies gerais

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Devem acompanhar o edital, na forma de anexos, os documentos que justificam a licitao e que especificam detalhadamente o bem ou servio a ser adquirido. Estes anexos so parte integrante do edital e em geral compreendem os seguintes documentos: a) Termo de referncia; b) Planilha de custo; c) Minuta da Ata de Registro de Preos, se for o caso; d) Minuta de contrato, se for o caso; Na forma da legislao, exigido que o processo de instaurao da licitao seja acompanhado de parecer emitido pela rea Jurdica da instituio, por meio do qual verificada a legalidade do edital da licitao. Termo de Referncia Previamente realizao de prego em qualquer uma das formas, presencial ou eletrnica, a exemplo de projeto bsico, o setor requisitante deve elaborar Termo de Referncia, com indicao precisa, suficiente e clara do objeto, sendo vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou sua realizao. O Termo de Referncia, devidamente autorizado pela autoridade competente, o documento que deve conter todos os elementos capazes de propiciar, de forma clara, concisa e objetiva, em especial: 1) objeto; 2) critrio de aceitao do objeto; 3) avaliao do custo pela administrao diante de oramento detalhado; 4) definio dos mtodos; 5) estratgia de suprimento; 6) valor estimado em planilhas de acordo com o preo de mercado; 7) cronograma fsico-financeiro, se for o caso; 8) deveres do contratado e do contratante; 9) procedimentos de fiscalizao e gerenciamento do contrato; 10) prazo de execuo e de garantia, se for o caso; 11) sanes por inadimplemento.

FASE EXTERNA Esta fase do Prego Eletrnico est submetida a atividades seqenciais, em que a realizao de determinada atividade depende da concluso da atividade antecedente. So elas: 1. Publicidade do Edital; 2. Impugnao e Esclarecimentos do Edital; Recebimento das Propostas 3. Anlise das Propostas; 4. Fase de Lances; 5. Aceitao das Propostas; 6. Verificao da Habilitao ou Inabilitao dos Licitantes;

Curso de Formao de Pregoeiros 7. Manifestao da Inteno de Recurso; 8. Fase Recursal; 9. Adjudicao do Objeto ao Licitante Vencedor; 10. Homologao do Processo.

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O esquema a seguir, representa a ordem seqencial destas atividades na fase externa do Prego Eletrnico.

Publicidade do edital A fase externa do prego eletrnico ser iniciada com a convocao dos interessados por meio de publicao de aviso, observados os valores estimados para contratao e os meios de divulgao a seguir indicados: a) at R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais): I - Dirio Oficial da Unio; e II - meio eletrnico, na internet; b) acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqenta mil reais) at R$ 1.300.000,00 (um milho e trezentos mil reais): I - Dirio Oficial da Unio; e II - meio eletrnico, na Internet; e III - jornal de grande circulao local;

Curso de Formao de Pregoeiros c) superiores a R$ 1.300.000,00 (um milho e trezentos mil reais): I - Dirio Oficial da Unio; e II - meio eletrnico, na Internet; e III - jornal de grande circulao regional ou nacional.

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Prego realizado para o sistema de registro de preos, independentemente do valor estimado, ser adotado o disposto na letra c acima. Os rgos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem ao sistema do Governo Federal disponibilizaro a ntegra do edital, em meio eletrnico, no Portal de Compras do Governo Federal COMPRASNET, stio www.comprasnet.gov.br. O aviso do edital conter a definio precisa, suficiente e clara do objeto, a indicao dos locais, dias e horrios em que poder ser lida ou obtida a ntegra do edital, bem como o endereo eletrnico onde ocorrer a sesso pblica, a data e hora de sua realizao e a indicao de que o prego, na forma eletrnica, ser realizado por meio da internet. O prazo fixado para a apresentao das propostas, contado a partir da publicao do aviso, no ser inferior a oito dias teis. Todos os horrios estabelecidos no edital, no aviso e durante a sesso pblica observaro, para todos os efeitos, o horrio de Braslia, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrnico e na documentao relativa ao certame. Impugnao e esclarecimentos do edital Tambm durante esse perodo que os fornecedores devero registrar, eletronicamente, eventuais necessidades de esclarecimentos do edital ou encaminhar pedido de impugnao do ato convocatrio do Prego Eletrnico. At dois dias teis antes da data fixada para abertura da sesso pblica, qualquer pessoa poder impugnar o ato convocatrio do prego, na forma eletrnica. Caber ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsvel pela elaborao do edital, decidir sobre a impugnao no prazo de at vinte e quatro horas. Acolhida a impugnao contra o ato convocatrio, ser definida e publicada nova data para realizao do certame. A impugnao poder ser encaminhada administrativamente, via ofcio, e-mail ou fax, dirigido Unidade/rgo licitante. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatrio devero ser enviados ao pregoeiro, at trs dias teis anteriores data fixada para abertura da sesso pblica, exclusivamente por meio eletrnico via internet, no endereo indicado no edital. Qualquer modificao no edital exige divulgao pelo mesmo instrumento de publicao em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alterao no afetar a formulao das propostas.

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Aps receber o pedido de impugnao ou de esclarecimento, pelo fornecedor, o pregoeiro dever registrar, no Portal Comprasnet, em campo especfico do sistema, o texto do pedido e a respectiva resposta. Recebimento das Propostas Inicia-se aps a divulgao do edital no endereo eletrnico (www.comprasnet.gov.br) e encerrase automaticamente na data e hora marcadas para a abertura da sesso pblica. O edital fixar prazo no inferior a 8 (oito) dias teis, contados da publicao do aviso, para os interessados prepararem suas propostas. As propostas enviadas podero ser alteradas ou excludas at a data e o horrio definidos para abertura da sesso pblica. Aps a divulgao do edital no endereo eletrnico, os licitantes devero encaminhar proposta com a descrio do objeto ofertado e o preo e, se for o caso, o respectivo anexo, at a data e hora marcadas para abertura da sesso, exclusivamente por meio do sistema eletrnico, quando, ento, encerrar-se-, automaticamente, a fase de recebimento de propostas. Para participao no prego eletrnico, o licitante dever manifestar, em campo prprio do sistema eletrnico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitao e que sua proposta est em conformidade com as exigncias do instrumento convocatrio. A declarao falsa relativa ao cumprimento dos requisitos de habilitao e proposta sujeitar o licitante s sanes previstas no Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005. At a abertura da sesso, os licitantes podero retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada. O prazo de validade das propostas ser de sessenta dias, salvo disposio especfica do edital. Anlise das propostas A partir do horrio previsto no edital, a sesso pblica na internet ser aberta por comando do pregoeiro com a utilizao de sua chave de acesso e senha. Os licitantes podero participar da sesso pblica na internet, devendo utilizar sua chave de acesso e senha. O pregoeiro verificar as propostas apresentadas, desclassificando aquelas que no estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital. A desclassificao de proposta ser sempre fundamentada e registrada no sistema, com acompanhamento em tempo real por todos os participantes. As propostas contendo a descrio do objeto, valor e eventuais anexos estaro disponveis na internet.

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O sistema disponibilizar campo prprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes. O sistema ordenar, automaticamente, as propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo que somente estas participaro da fase de lance. No prego, na forma eletrnica, realizado para o sistema de registro de preos, quando a proposta do licitante vencedor no atender ao quantitativo total estimado para a contratao, respeitada a ordem de classificao, podero ser convocados tantos licitantes quantos forem necessrios para alcanar o total estimado, observado o preo da proposta vencedora. No julgamento da habilitao e das propostas, o pregoeiro poder sanar erros ou falhas que no alterem a substncia das propostas, dos documentos e sua validade jurdica, mediante despacho fundamentado, registrado em ata e acessvel a todos, atribuindo-lhes validade e eficcia para fins de habilitao e classificao. Fase de lances Analisadas as propostas, o pregoeiro dar incio fase competitiva, quando ento os licitantes podero encaminhar lances sucessivos de acordo com o horrio fixado para abertura da sesso e as regras estabelecidas no edital. Classificadas as propostas, o pregoeiro dar incio fase competitiva, quando ento os licitantes podero encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrnico. No que se refere aos lances, o licitante ser imediatamente informado do seu recebimento e do valor consignado no registro. Os licitantes podero oferecer lances sucessivos, observados o horrio fixado para abertura da sesso e as regras estabelecidas no edital. O licitante somente poder oferecer lance inferior ao ltimo por ele ofertado e registrado pelo sistema. No sero aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e registrado primeiro. Durante a sesso pblica, os licitantes sero informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, vedada a identificao do licitante. A etapa de lances da sesso pblica ser encerrada por deciso do pregoeiro. O sistema eletrnico encaminhar aviso de fechamento iminente dos lances, aps o que transcorrer perodo de tempo de at trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual ser automaticamente encerrada a recepo de lances. Aps o encerramento da etapa de lances da sesso pblica, o pregoeiro poder encaminhar, pelo sistema eletrnico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida melhor proposta, observado o critrio de julgamento, no se admitindo negociar condies diferentes daquelas previstas no edital.

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A negociao ser realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais licitantes. No caso de desconexo do pregoeiro, no decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrnico permanecer acessvel aos licitantes, os lances continuaro sendo recebidos, sem prejuzo dos atos realizados. Quando a desconexo do pregoeiro persistir por tempo superior a dez minutos, a sesso do prego na forma eletrnica ser suspensa e reiniciada somente aps comunicao aos participantes, no endereo eletrnico utilizado para divulgao.

Aceitao das Propostas Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinar a proposta classificada em primeiro lugar quanto compatibilidade do preo em relao ao estimado para contratao e verificar a habilitao do licitante conforme disposies do edital. No caso de contratao de servios comuns em que a legislao ou o edital exija apresentao de planilha de composio de preos, esta dever ser encaminhada de imediato por meio eletrnico, com os respectivos valores readequados ao lance vencedor. Se a proposta classificada em primeiro lugar no for aceitvel, o pregoeiro dever recus-la, justificando em campo especfico do sistema e em seguida, examinar a proposta subseqente e, assim sucessivamente, na ordem de classificao at a apurao de uma proposta que atenda ao edital. Verificao da habilitao ou inabilitao do licitante Para habilitao dos licitantes, ser exigida, exclusivamente, a documentao relativa:

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a) habilitao jurdica; b) qualificao tcnica; c) qualificao econmico-financeira; d) regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS; e) regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e f) ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do Art 7 da Constituio e no inciso XVIII do art. 78 da Lei n o 8.666, de 1993 (Declarao informando que a empresa no emprega menor de idade). A documentao exigida nas letras a, c, d e e poder ser substituda pelo registro cadastral no SICAF ou, em se tratando de rgo ou entidade no abrangida pelo referido Sistema, por certificado de registro cadastral que atenda aos requisitos previstos na legislao geral. A habilitao dos licitantes ser verificada por meio do SICAF, nos documentos por ele abrangidos, quando dos procedimentos licitatrios realizados por rgos integrantes do SISG ou por rgos ou entidades que aderirem ao SICAF. Os documentos exigidos para habilitao que no estejam contemplados no SICAF, inclusive quando houver necessidade de envio de anexos, devero ser apresentados inclusive via fax, no prazo definido no edital, aps solicitao do pregoeiro no sistema eletrnico. Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, devero ser apresentados em original ou por cpia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital. Para fins de habilitao, a verificao pelo rgo promotor do certame nos stios oficiais de rgos e entidades emissores de certides constitui meio legal de prova. Se a proposta no for aceitvel ou se o licitante no atender s exigncias habilitatrias, o pregoeiro examinar a proposta subseqente e, assim sucessivamente, na ordem de classificao, at a apurao de uma proposta que atenda ao edital. Constatado o atendimento s exigncias fixadas no edital, o licitante ser declarado vencedor. Manifestao da Inteno de Recurso Declarado o vencedor, qualquer licitante poder, durante a sesso pblica, de forma imediata e motivada, em campo prprio do sistema, manifestar sua inteno de recorrer, quando lhe ser concedido o prazo de trs dias para apresentar as razes de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razes em igual prazo, que comear a contar do trmino do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensveis defesa dos seus interesses. A falta de manifestao imediata e motivada do licitante quanto inteno de recorrer, nos termos do caput, importar na decadncia desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor. O acolhimento de recurso importar na invalidao apenas dos atos insuscetveis de aproveitamento.

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O pregoeiro dever informar, aos fornecedores, via chat, o tempo que o sistema ficar aberto para registro da inteno de recurso (no mnimo de 30 minutos, de acordo com o Acrdo TCU n 1990/2008 Plenrio observar pgina 71 - e Msg SIAFI n 2008/10555693, de 17 de setembro de 2008 SEF). Esse tempo ser definido de acordo com a quantidade de itens do Prego, devendo a inteno de recurso ser registrada por item. Ao fechar o prazo para registro da inteno de recurso, o sistema informar o tempo decorrido, desde a abertura do prazo. Essas informaes estaro registradas na ata do Prego. Decorrido o prazo para a manifestao de inteno de recurso: a) Se no houver inteno de recurso ou se a inteno for julgada como no-procedente pelo pregoeiro: - a sesso pblica do Prego ser encerrada pelo pregoeiro; - ser gerada, automaticamente pelo sistema, a Ata do Prego e disponibilizada no Portal Comprasnet, na opo Acesso Livre > Preges > Consulta Ata, para acesso da sociedade e dos licitantes. - o processo de licitao passar para a fase de adjudicao. b) Se houver registro de inteno de recurso: - o pregoeiro ir julgar a manifestao de inteno de recurso registrada pelos licitantes, como procedente ou no, utilizando a opo Juzo de Admissibilidade. - em seguida, o pregoeiro encerrar a sesso pblica do Prego. - durante o encerramento da sesso pblica, se o pregoeiro tiver julgado a inteno de recurso como procedente, o sistema solicitar os prazos limites para registro da razo de recurso, contra-razo e deciso. - ser gerada, automaticamente pelo sistema, a Ata do Prego e disponibilizada no Portal Comprasnet, na opo Acesso Livre > Preges > Consulta Ata, para acesso da sociedade e dos licitantes. - o processo licitatrio entrar na fase recursal. Fase Recursal Quando a inteno de recurso, registrada pelos licitantes, for julgada como procedente pelo pregoeiro, ser concedido para: a) licitante recorrente: o prazo de 3 (trs) dias para apresentao das razes de recurso. b) demais licitantes: o prazo igual para apresentarem contra-razes, que comear a ser contado a partir do trmino do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensveis defesa dos seus interesses. c) Administrao Pblica: o prazo de 10 (dez) dias teis para julgamento dos recursos e contrarazes (Lei n. 8.666/93, art. 109).

Curso de Formao de Pregoeiros Para facilitar a compreenso, observe o esquema:

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Adjudicao do objeto ao vencedor do certame Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente adjudicar o objeto e homologar o procedimento licitatrio. Ser adjudicado o objeto do certame ao licitante vencedor que ofertou o menor preo e atendeu as exigncias constantes do edital. Se no houver recurso, para o item, a adjudicao ser realizada pelo pregoeiro. Ocorrendo a interposio de recurso, a adjudicao ser realizada pela autoridade competente, depois de transcorridos os prazos e decididos os recursos. Homologao do processo A homologao da licitao de responsabilidade da Autoridade Competente e ser realizada diretamente no sistema, aps: a) adjudicao, pelo pregoeiro, dos itens sem recurso; b) deciso dos recursos; c) adjudicao, pela Autoridade Competente, dos itens com recurso; d) confirmada a regularidade dos procedimentos adotados pelo pregoeiro.

Curso de Formao de Pregoeiros 26 No momento da efetivao da homologao do Prego, o resultado da licitao ser enviado automaticamente para o SIASG/SISPP (Sistema de Preos Praticados), sendo gerado, o termo de homologao que ser includo no rodap da ata do Prego. Concluda a homologao de todos os itens, ser dada a publicidade do resultado do Prego. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente adjudicar o objeto e homologar o procedimento licitatrio. Aps a homologao, o adjudicatrio ser convocado para assinar o contrato ou a ata de registro de preos, no prazo definido no edital. Se houver item aguardando deciso de recurso (pendente), a Unidade poder gerar empenho, dos itens j homologados, dando continuidade ao processo de contratao.

Assinatura do Contrato/Ata de Registro de Preos Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preos, ser exigida a comprovao das condies de habilitao consignadas no edital, as quais devero ser mantidas pelo licitante durante a vigncia do contrato ou da ata de registro de preos.

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O vencedor da licitao que no fizer a comprovao das condies de habilitao consignadas no edital ou quando, injustificadamente, recusar-se a assinar o contrato ou a ata de registro de preos, poder ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordem de classificao para, aps comprovados os requisitos habilitatrios e feita a negociao, assinar o contrato ou a ata de registro de preos, sem prejuzo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominaes legais. VOLTAR FASE/ATA COMPLEMENTAR A opo Voltar Fase/Ata Complementar permite ao pregoeiro, depois de encerrada a sesso pblica: a) alterar resultados ou b) corrigir erros eventuais, por deciso de recurso ou por motivo prprio, devidamente justificado no sistema. Ser possvel agendar nova sesso pblica para um ou mais itens, fixando dia e horrio para a reabertura. Ser enviado e-mail a todos os fornecedores participantes do Prego, informando data/hora para a reabertura da nova sesso pblica e a fase que ser reaberta. Para cada novo reagendamento da sesso pblica, ser gerada uma Ata Complementar contendo o registro dos eventos ocorridos em decorrncia do retorno de fase. O retorno para alteraes ou correes ser possvel a partir das fases: a) Aceitao: ser reiniciada a fase de aceitao para o item. b) Habilitao: ser reiniciada a fase de habilitao para o item. c) Inteno de recurso: retornando para a fase de Registro de Inteno de Recurso, o sistema permitir ao pregoeiro abrir e fechar um novo prazo, caso o item no tenha tido recurso. d) Juzo de admissibilidade: retornando para a fase de Admissibilidade, ser permitido alterar a inteno de recurso de "aceito" para "recusado" e vice-versa. As informaes de Inteno de Recurso, Recurso, Contra-Razo e Deciso no sero apagadas, independentemente para qual fase se retorne e quantas vezes volte. No retorno de fase, caso o item tenha tido recurso, o sistema no permitir abrir prazo para inteno de recurso. Assim, se o item teve recurso registrado nas atas anteriores, o fornecedor que no entrou com recurso, no poder faz-lo na volta de fase, mesmo que o recurso tenha sido registrado por outro fornecedor. No retorno de fase, caso o item no tenha tido recurso, o sistema permitir abrir novo prazo de inteno de recurso e todos os fornecedores podero entrar com inteno de recurso para o item, exceto os que j haviam enviado inteno antes (nas atas anteriores) para o item, independente se a inteno tiver sido aceita ou recusada. O fornecedor que teve sua inteno de recurso "aceita" para o item, poder entrar com recurso para este item.

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J o fornecedor que teve sua inteno de recurso "recusada" s poder entrar com recurso, caso o pregoeiro, na fase de admissibilidade, aceite a inteno de recurso do fornecedor, para o item. O sistema s permitir agendar a reabertura da sesso pblica para 25 horas ou mais aps a hora/data do retorno de fase. No ser possvel o retorno s fases de: a) anlise de propostas (classificao/desclassificao) e b) lances. Nesses casos, o pregoeiro dever divulgar novo edital do Prego Eletrnico aproveitando, se possvel, o mesmo processo. SANES E PENALIDADES As penalidades so previstas no edital e esto em conformidade com a legislao vigente. Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, no assinar o contrato ou ata de registro de preos, deixar de entregar documentao exigida no edital, apresentar documentao falsa, ensejar o retardamento da execuo de seu objeto, no mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execuo do contrato, comportar-se de modo inidneo, fizer declarao falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito ampla defesa, ficar impedido de licitar e de contratar com a Unio, e ser descredenciado no SICAF, pelo prazo de at cinco anos, sem prejuzo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominaes legais. As penalidades sero obrigatoriamente registradas no SICAF. REVOGAO E ANULAO DO PREGO A autoridade competente para aprovao do procedimento licitatrio somente poder revog-lo em face de razes de interesse pblico, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anul-lo por ilegalidade, de ofcio ou por provocao de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado. A anulao do procedimento licitatrio induz do contrato ou da ata de registro de preos. Os licitantes no tero direito indenizao em decorrncia da anulao do procedimento licitatrio, ressalvado o direito do contratado de boa-f de ser ressarcido pelos encargos que tiver suportado no cumprimento do contrato. DOCUMENTOS QUE COMPEM O PREGO O procedimento licitatrio ser iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorizao respectiva, a indicao sucinta de seu objeto e do recurso prprio para a despesa.

Curso de Formao de Pregoeiros O processo licitatrio ser instrudo com os seguintes documentos: a) justificativa da contratao; b) termo de referncia; c) planilhas de custo, quando for o caso; d) previso de recursos oramentrios, com a indicao das respectivas rubricas; e) autorizao de abertura da licitao; f) designao do pregoeiro e equipe de apoio; g) edital e respectivos anexos, quando for o caso; h) minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de preos, conforme o caso; i) parecer jurdico; j) documentao exigida para a habilitao; k) ata contendo os seguintes registros: 1) licitantes participantes; 2) propostas apresentadas; 3) lances ofertados na ordem de classificao; 4) aceitabilidade da proposta de preo; 5) habilitao; e 6) recursos interpostos, respectivas anlises e decises; l) termo de adjudicao; m) termo de homologao; n) comprovantes das publicaes: 1) do aviso do edital; 2) do resultado da licitao; 3) do extrato do contrato; e 4) dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o caso.

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O processo licitatrio poder ser realizado por meio de sistema eletrnico, sendo que os atos e documentos constantes dos arquivos e registros digitais sero vlidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovao e prestao de contas. Os arquivos e registros digitais, relativos ao processo licitatrio, devero permanecer disposio das auditorias internas e externas. A ata ser disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente aps o encerramento da sesso pblica. OBS: AS PARTICULARIDADES REFERENTES PARTICIPAO DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SERO MENCIONADAS EM CAPTULO ESPECFICO DESTA APOSTILA, A PARTIR DA PGINA 38.

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5. SISTEMA DE REGISTRO DE PREOS - SRPCONCEITO O Sistema de Registro de Preos SRP representa o conjunto de procedimentos para registro formal de preos relativos prestao de servios e aquisio de bens, para contrataes futuras. precedido de licitao, realizada nas modalidades de concorrncia ou prego. O preo registrado na Ata e a indicao dos respectivos fornecedores sero divulgados em rgo oficial da Administrao Federal e ficaro disponveis para os rgos e entidades participantes do registro de preos ou a qualquer outro rgo ou entidade da administrao, mesmo que no tenha participado do certame licitatrio. Os Decretos n.s 3.391/2001 e 4.342/2002 regulamentam o Sistema de Registro de Preos previsto no artigo 15 da Lei n. 8.666, 21 de junho de 1993. VANTAGENS a) Reduo dos custos operacionais; b) Otimizao dos processos de contratao de bens e servios pela administrao; c) Realizao de licitao centralizada em uma UG, denominada rgo Gerenciador em benefcios de outras, denominadas rgos Participantes; d) Liberao dos agentes da administrao para outras atividades por ocasio da reduo do nmero de processos licitatrios, economia de escala e respaldo para as aquisies parceladas; e) Reduo dos preos por ocasio de grandes aquisies. UTILIZAO O SRP ser utilizado, preferencialmente, nas seguintes hipteses: a) quando, pelas caractersticas do bem ou servio, houver necessidade de contrataes freqentes; b) quando for mais conveniente a aquisio de bens com previso de entregas parceladas ou contratao de servios necessrios Administrao para o desempenho de suas atribuies; c) quando for conveniente a aquisio de bens ou a contratao de servios para atendimento a mais de um rgo ou entidade, ou a programas de governo; e d) quando pela natureza do objeto no for possvel definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administrao. Poder ser realizado registro de preos para contratao de bens e servios de informtica, obedecida a legislao vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econmica.

Curso de Formao de Pregoeiros CARACTERSTICAS

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A licitao para registro de preos ser realizada na modalidade de concorrncia ou de prego, do tipo menor preo, e ser precedida de ampla pesquisa de mercado. Excepcionalmente poder ser adotado, na modalidade de concorrncia, o tipo tcnica e preo, a critrio do rgo gerenciador e mediante despacho devidamente fundamentado da autoridade mxima do rgo ou entidade. A Administrao, quando da aquisio de bens ou contratao de servios, poder subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que comprovado tcnica e economicamente vivel, de forma a possibilitar maior competitividade, observado, neste caso, dentre outros, a quantidade mnima, o prazo e o local de entrega ou de prestao dos servios. No caso de servios, a subdiviso se dar em funo da unidade de medida adotada para aferio dos produtos e resultados esperados, e ser observada a demanda especfica de cada rgo ou entidade participante do certame. Nestes casos, dever ser evitada a contratao, num mesmo rgo e entidade, de mais de uma empresa para a execuo de um mesmo servio em uma mesma localidade, com vistas a assegurar a responsabilidade contratual e o princpio da padronizao. A existncia de preos registrados no obriga a Administrao a firmar as contrataes que deles podero advir, facultando-se a realizao de licitao especfica para a aquisio pretendida, sendo assegurado ao beneficirio do registro a preferncia de fornecimento em igualdade de condies.

CONTRATAES ADMITIDAS A licitao para Registro de Preos, ser sempre precedida de ampla pesquisa de preos no mercado e de consulta no Sistema Integrado de Administrao de Servios Gerais SIASG, no mdulo Sistema de Preos Praticados SISPP, cujo objetivo subsidiar o gestor, a cada processo, na estimativa da contratao e antes da respectiva homologao, para confirmar se o preo a ser contratado compatvel com o praticado pela Administrao Pblica, devendo ser impresso e anexado ao processo (IN n 01/2002-SLTI Art. 1 - V e pargrafo 2). Aquisio de bens: Poder subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que comprovado tcnica e economicamente vivel, de forma a possibilitar maior competitividade, observado, neste caso, dentre outros, a quantidade mnima, o prazo e o local de entrega. Bens e Servios de Informtica - Poder ser realizado registro de preos para contratao de bens e servios de informtica, obedecida a legislao vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econmica. Servios - No caso de servios, a subdiviso se dar em funo da unidade de medida adotada para aferio dos produtos e resultados esperados, e ser observada a demanda especfica de cada rgo ou entidade participante do certame. Nestes casos, dever ser evitada a contratao, num mesmo rgo e entidade, de mais de uma empresa para a execuo de um mesmo servio em uma mesma localidade, com vistas a assegurar a responsabilidade contratual e o princpio da padronizao.

Curso de Formao de Pregoeiros ATRIBUIES DO RGO GERENCIADOR

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rgo Gerenciador o rgo ou entidade da Administrao Pblica responsvel pela conduo do conjunto de procedimentos do certame para registro de preos e gerenciamento da Ata de Registro de Preos dele decorrente. Caber ao rgo gerenciador a prtica de todos os atos de controle e administrao do SRP, e ainda o seguinte: a) convidar, mediante correspondncia eletrnica ou outro meio eficaz, os rgos e entidades para participarem do registro de preos; b) consolidar todas as informaes relativas estimativa individual e total de consumo, promovendo a adequao dos respectivos projetos bsicos encaminhados para atender aos requisitos de padronizao e racionalizao; c) promover todos os atos necessrios instruo processual para a realizao do procedimento licitatrio pertinente, inclusive a documentao das justificativas nos casos em que a restrio competio for admissvel pela lei; d) realizar a necessria pesquisa de mercado com vistas identificao dos valores a serem licitados; e) confirmar junto aos rgos participantes a sua concordncia com o objeto a ser licitado, inclusive quanto aos quantitativos e projeto bsico; f) realizar todo o procedimento licitatrio, bem como os atos dele decorrentes, tais como a assinatura da Ata e o encaminhamento de sua cpia aos demais rgos participantes; g) gerenciar a Ata de Registro de Preos, providenciando a indicao, sempre que solicitado, dos fornecedores, para atendimento s necessidades da Administrao, obedecendo a ordem de classificao e os quantitativos de contratao definidos pelos participantes da Ata; h) conduzir os procedimentos relativos a eventuais renegociaes dos preos registrados e a aplicao de penalidades por descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preos; e i) realizar, quando necessrio, prvia reunio com licitantes, visando inform-los das peculiaridades do SRP e coordenar, com os rgos participantes, a qualificao mnima dos respectivos gestores indicados. ATRIBUIES DO RGO PARTICIPANTE rgo Participante o rgo ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preos. O rgo participante do registro de preos ser responsvel pela manifestao de interesse em participar do registro de preos, providenciando o encaminhamento, ao rgo gerenciador, de sua estimativa de consumo, cronograma de contratao e respectivas especificaes ou projeto bsico, adequado ao registro de preo do qual pretende fazer parte, devendo ainda:

Curso de Formao de Pregoeiros 33 a) garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua incluso no registro de preos a ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados pela autoridade competente; b) manifestar, junto ao rgo gerenciador, sua concordncia com o objeto a ser licitado, antes da realizao do procedimento licitatrio; e c) tomar conhecimento da Ata de Registros de Preos, inclusive as respectivas alteraes porventura ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto cumprimento de suas disposies, logo aps concludo o procedimento licitatrio. PARTICIPANTES EXTRAORDINRIOS A Ata de Registro de Preos, durante sua vigncia, poder ser utilizada por qualquer rgo ou entidade da Administrao que no tenha participado do certame licitatrio, mediante prvia consulta ao rgo gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem. Os rgos e entidades que no participaram do registro de preos, quando desejarem fazer uso da Ata de Registro de Preos, devero manifestar seu interesse junto ao rgo gerenciador da Ata, para que este indique os possveis fornecedores e respectivos preos a serem praticados, obedecida a ordem de classificao. Caber ao fornecedor beneficirio da Ata de Registro de Preos, observadas as condies nela estabelecidas, optar pela aceitao ou no do fornecimento, independentemente dos quantitativos registrados em Ata, desde que este fornecimento no prejudique as obrigaes anteriormente assumidas. As aquisies ou contrataes adicionais mencionadas no podero exceder, por rgos ou entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preos.

EDITAL DE LICITAO PARA REGISTRO DE PREOS O edital de licitao para registro de preos contemplar, no mnimo: a) a especificao/descrio do objeto, explicitando o conjunto de elementos necessrios e suficientes, com nvel de preciso adequado, para a caracterizao do bem ou servio, inclusive definindo as respectivas unidades de medida usualmente adotadas; b) a estimativa de quantidades a serem adquiridas no prazo de validade do registro; c) o preo unitrio mximo que a Administrao se dispe a pagar, por contratao, consideradas as regies e as estimativas de quantidades a serem adquiridas; d) a quantidade mnima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens; e) as condies quanto aos locais, prazos de entrega, forma de pagamento e, complementarmente, nos casos de servios, quando cabveis, a freqncia, periodicidade, caractersticas do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem adotados;

Curso de Formao de Pregoeiros f) o prazo de validade do registro de preo; g) os rgos e entidades participantes do respectivo registro de preo;

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h) os modelos de planilhas de custo, quando cabveis, e as respectivas minutas de contratos, no caso de prestao de servios; e i) as penalidades a serem aplicadas por descumprimento das condies estabelecidas. j) a minuta da Ata de Registro de Preos. As minutas de editais de licitao, bem como as dos contratos, acordos, convnios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurdica da Administrao. O edital poder admitir, como critrio de adjudicao, a oferta de desconto sobre tabela de preos praticados no mercado, nos casos de peas de veculos, medicamentos, passagens areas, manutenes e outros similares. Quando o edital prever o fornecimento de bens ou prestao de servios em locais diferentes, facultada a exigncia de apresentao de proposta diferenciada por regio, de modo que aos preos sejam acrescidos os respectivos custos, variveis por regio. PUBLICAO DO EDITAL Independente do valor estimado, o edital de Prego por Sistema de Registro de Preos dever ser divulgado em: a) Dirio Oficial da Unio; b) Meio Eletrnico, na Internet; c)Jornal de grande circulao regional ou nacional. ATA DE REGISTRO DE PREOS 1. Conceito Ata de Registro de Preos o documento vinculativo, obrigacional, com caracterstica de compromisso para futura contratao, onde se registram os preos, fornecedores, rgos participantes e condies a serem praticadas, conforme as disposies contidas no instrumento convocatrio e propostas apresentadas. 2. Formalizao Homologado o resultado da licitao, o rgo gerenciador, respeitada a ordem de classificao e a quantidade de fornecedores a serem registrados, convocar os interessados para assinatura da Ata de Registro de Preos que, aps cumpridos os requisitos de publicidade, ter efeito de compromisso de fornecimento nas condies estabelecidas.

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Deve constar da Ata : I o nmero da Ata, do processo e da licitao a que se refere. II A identificao do Objeto e a quantidade total estimada. III A relao dos fornecedores, pela ordem de classificao final no processo licitatrio, e as respectivas quantidades a serem fornecidas. IV O preo unitrio do primeiro classificado, com meno de que ser praticado por todos os demais fornecedores. V O valor total estimado para aquisio. VI Os rgos, e entidades usurios do registro. 3. Validade O prazo de validade da Ata de Registro de Preos no poder ser superior a um ano, computadas neste as eventuais prorrogaes. Os contratos decorrentes do SRP tero sua vigncia conforme as disposies contidas nos instrumentos convocatrios obedecendo o disposto no Art. 57 da Lei n 8.666/93, in verbis:Art. 57 A durao dos contratos regidos por esta Lei ficar adstrita vigncia dos respectivos crditos oramentrios, exceto quanto aos relativos: I aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais podero ser prorrogados se houver interesse da Administrao e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatrio; II prestao de servios a serem executados de forma contnua, que podero ter a sua durao prorrogada por iguais e sucessivos perodos com vistas obteno de preos e condies mais vantajosas para a Administrao, limitada a sessenta meses; (redao dada pela Lei n 9.648, de 27.05.98); III (vetado); IV ao aluguel de equipamentos e utilizao de programas de informtica, podendo a durao estender-se pelo prazo de at 48 (quarenta e oito) meses aps o incio da vigncia do contrato.

admitida a prorrogao da vigncia da Ata, nos termos do art. 57, 4, da Lei n 8.666/1993, descrito abaixo quando a proposta continuar se mostrando mais vantajosa. Em carter excepcional, devidamente justificado e mediante autorizao da autoridade superior, o prazo de 60 meses poder ser prorrogado por at doze meses. (art. 57, pargrafo 4). 4. Divulgao do Preo Registrado Ao preo do primeiro colocado podero ser registrados tantos fornecedores quantos necessrios para que, em funo das propostas apresentadas, seja atingida a quantidade total estimada para o item ou lote, observando-se o seguinte: a) o preo registrado e a indicao dos respectivos fornecedores sero divulgados em rgo oficial da Administrao e ficaro disponibilizados durante a vigncia da Ata de Registro de Preos; b) quando das contrataes decorrentes do registro de preos dever ser respeitada a ordem de classificao das empresas constantes da Ata; e

Curso de Formao de Pregoeiros 36 c) os rgos participantes do registro de preos devero, quando da necessidade de contratao, recorrerem ao rgo gerenciador da Ata de Registro de Preos, para que este proceda a indicao do fornecedor e respectivos preos a serem praticados. Excepcionalmente, a critrio do rgo gerenciador, quando a quantidade do primeiro colocado no for suficiente para as demandas estimadas, desde que se trate de objetos de qualidade ou desempenho superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e as ofertas sejam em valor inferior ao mximo admitido, podero ser registrados outros preos. 5. Alterao da Ata A Ata de Registro de Preos poder sofrer alteraes, obedecidas as disposies contidas no art. 65 da Lei n 8.666, de 1993. O preo registrado poder ser revisto em decorrncia de eventual reduo daqueles praticados no mercado, ou de fato que eleve o custo dos servios ou bens registrados, cabendo ao rgo gerenciador da Ata promover as necessrias negociaes junto aos fornecedores. 6. Reviso de Preo Registrado Quando o preo inicialmente registrado, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preo praticado no mercado o rgo gerenciador dever: a) convocar o fornecedor visando a negociao para reduo de preos e sua adequao ao praticado pelo mercado; b) frustrada a negociao, o fornecedor ser liberado do compromisso assumido; e c) convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociao. 7. Revogao da Ata Quando o preo de mercado tornar-se superior aos preos registrados e o fornecedor, mediante requerimento devidamente comprovado, no puder cumprir o compromisso, o rgo gerenciador poder: a) liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicao da penalidade, confirmando a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, e se a comunicao ocorrer antes do pedido de fornecimento; e b) convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociao. No havendo xito nas negociaes, o rgo gerenciador dever proceder revogao da Ata de Registro de Preos, adotando as medidas cabveis para obteno da contratao mais vantajosa.

Curso de Formao de Pregoeiros 8. Cancelamento do Registro de Preos do Fornecedor O fornecedor ter seu registro cancelado quando: a) descumprir as condies da Ata de Registro de Preos;

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b) no retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido pela Administrao, sem justificativa aceitvel; c) no aceitar reduzir o seu preo registrado, na hiptese de este se tornar superior queles praticados no mercado; e d) tiver presentes razes de interesse pblico. O cancelamento de registro, nas hipteses previstas, assegurados o contraditrio e a ampla defesa, ser formalizado por despacho da autoridade competente do rgo Gerenciador. O fornecedor poder solicitar o cancelamento do seu registro de preo na ocorrncia de fato superveniente que venha comprometer a perfeita execuo contratual, decorrentes de caso fortuito ou de fora maior devidamente comprovados. INDICAO DO GESTOR DO CONTRATO/ATRIBUIES Cabe ao rgo participante indicar o gestor do contrato, ao qual, alm das atribuies previstas no art. 67 da Lei n 8.666, de 1993 , compete: a) promover consulta prvia junto ao rgo gerenciador, quando da necessidade de contratao, a fim de obter a indicao do fornecedor, os respectivos quantitativos e os valores a serem praticados, encaminhando, posteriormente, as informaes sobre a contratao efetivamente realizada; b) assegurar-se, quando do uso da Ata de Registro de Preos, que a contratao a ser procedida atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aos valores praticados, informando ao rgo gerenciador eventual desvantagem, quanto sua utilizao; c) zelar, aps receber a indicao do fornecedor, pelos demais atos relativos ao cumprimento, pelo mesmo, das obrigaes contratualmente assumidas, e tambm, em coordenao com o rgo gerenciador, pela aplicao de eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de clusulas contratuais; e d) informar ao rgo gerenciador, quando de sua ocorrncia, a recusa do fornecedor em atender s condies estabelecidas em edital, firmadas na Ata de Registro de Preos, as divergncias relativas entrega, as caractersticas e origem dos bens licitados e a recusa do mesmo em assinar contrato para fornecimento ou prestao de servios. e) lanar no Sistema Integrado de Servios Gerais SIASG, no mdulo Sistema de Gesto de Contratos SICON, que tem como objetivo efetuar o cadastramento dos extratos de contratos firmados pela Administrao Pblica Federal e o envio eletrnico, para publicao, pela Imprensa Nacional, bem como o acompanhamento da execuo contratual, por intermdio do cronograma fsico-financeiro, disponibilizando-os no COMPRASNET.

Curso de Formao de Pregoeiros CONTRATAO

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A contratao com os fornecedores registrados, aps a indicao pelo rgo gerenciador do registro de preos, ser formalizada pelo rgo interessado, por intermdio de instrumento contratual, emisso de nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei n 8.666, de 1993, abaixo transcrito:Art. 62 O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e de tomada de preos, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitao, e facultativo nos demais em que a Administrao puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis, tais como cartacontrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio.

SITUAO PARTICULAR DO COMANDO DO EXRCITO (PORTARIA N 006-SEF, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003) Os Comandos das Regies Militares (RM) exercero a coordenao das licitaes com a utilizao do SRP, devendo: a) definir, ouvido o escalo superior, a Unidade Gestora (UG) que funcionar como rgo Gerenciador; b) estimular as UG a utilizarem o SRP, sempre que possvel, nas condies de rgo Gerenciador e rgo Participante; c) indicar o rgo Gerenciador localizado fora da sede da RM, quando existir mais de uma UG na guarnio, e for recomendvel a realizao de licitao com a utilizao de SRP. Havendo manifesto interesse da UG, a RM poder autorizar a participao desta em SRP realizado por outra RM ou por outro rgo Pblico. A capacitao de pessoal das UG para exercer as atividades no SRP dever ser realizada pela respectiva Inspetoria de Contabilidade e Finanas do Exrcito (ICFEx), mediante treinamentos especficos, e quando for possvel, tambm, por intermdio de outros rgos ou entidades da Administrao Pblica. As licitaes no abrangidas pelo SRP continuaro a ser realizadas pelas prprias UG. A UG que participar de Ata de Registro de Preos, nas situaes que julgar conveniente, no fica impedida de realizar a sua prpria licitao.

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6. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTEO tratamento diferenciado para ME/EPP est previsto na Constituio Federal, conforme dispositivos legais abaixo transcritos:Art. 170 A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios : ............. IX tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitudos sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administrao no Pas. .............. Art. 179 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios dispensaro s microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando a incentiv-las pela simplificao de suas obrigaes administrativas, tributrias, previdencirias e creditcias, ou pela eliminao ou reduo destas por meio de lei.

LEI COMPLEMENTAR N 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 - INSTITUI O ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE (principais tpicos seguidos de legislao). Preferncia nas aquisiesArt. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado s microempresas e empresas de pequeno porte no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, especialmente no que se refere: (.....) III ao acesso a crdito e ao mercado, inclusive quanto preferncia nas aquisies de bens e servios pelos Poderes Pblicos, tecnologia, ao associativismo e s regras de incluso.

Definio de Microempresa e Empresa de Pequeno PorteArt. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresria, a sociedade simples e o empresrio a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, conforme o caso, desde que: I no caso das microempresas, o empresrio, a pessoa jurdica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendrio, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); II no caso das empresas de pequeno porte, o empresrio, a pessoa jurdica, ou a ela equiparada, aufira, em cada anocalendrio, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhes e quatrocentos mil reais). 1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, no includas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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2o No caso de incio de atividade no prprio ano-calendrio, o limite a que se refere o caput deste artigo ser proporcional ao nmero de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as fraes de meses. 3o O enquadramento do empresrio ou da sociedade simples ou empresria como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento no implicaro alterao, denncia ou qualquer restrio em relao a contratos por elas anteriormente firmados. 4o No se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurdica: I de cujo capital participe outra pessoa jurdica; II que seja filial, sucursal, agncia ou representao, no Pas, de pessoa jurdica com sede no exterior; III de cujo capital participe pessoa fsica que seja inscrita como empresrio ou seja scia de outra empresa que receba tratamento jurdico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV cujo titular ou scio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa no beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V cujo scio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurdica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI constituda sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII que participe do capital de outra pessoa jurdica; VIII que exera atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econmica, de sociedade de crdito, financiamento e investimento ou de crdito imobilirio, de corretora ou de distribuidora de ttulos, valores mobilirios e cmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalizao ou de previdncia complementar; IX resultante ou remanescente de ciso ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurdica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendrio anteriores; X constituda sob a forma de sociedade por aes. (.....) 6o Na hiptese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situaes previstas nos incisos do 4o deste artigo, ser excluda do regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do ms seguinte ao que incorrida a situao impeditiva. 7o Observado o disposto no 2o deste artigo, no caso de incio de atividades, a microempresa que, no anocalendrio, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendrio seguinte, condio de empresa de pequeno porte.

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8o Observado o disposto no 2o deste artigo, no caso de incio de atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendrio, no ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no anocalendrio seguinte, condio de microempresa. 9o A empresa de pequeno porte que, no ano-calendrio, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput deste artigo fica excluda, no ano-calendrio seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta Lei Complementar para todos os efeitos legais. 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendrio de incio de atividade ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo nmero de meses de funcionamento nesse perodo estaro excludas do regime desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao incio de suas atividades.

Apresentao da documentao de Regularidade FiscalArt. 42. Nas licitaes pblicas, a comprovao de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente ser exigida para efeito de assinatura do contrato. Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasio da participao em certames licitatrios, devero apresentar toda a documentao exigida para efeito de comprovao de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrio. 1o Havendo alguma restrio na comprovao da regularidade fiscal, ser assegurado o prazo de 2 (dois) dias teis, cujo termo inicial corresponder ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogveis por igual perodo, a critrio da Administrao Pblica, para a regularizao da documentao, pagamento ou parcelamento do dbito, e emisso de eventuais certides negativas ou positivas com efeito de certido negativa. 2o A no-regularizao da documentao, no prazo previsto no 1 o deste artigo, implicar decadncia do direito contratao, sem prejuzo das sanes previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado Administrao convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificao, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitao.

Empate Ficto/Critrios de desempateArt. 44. Nas licitaes ser assegurada, como critrio de desempate, preferncia de contratao para as microempresas e empresas de pequeno porte. 1o Entende-se por empate aquelas situaes em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou at 10% (dez por cento) superiores proposta mais bem classificada. 2o Na modalidade de prego, o intervalo percentual estabelecido no 1o deste artigo ser de at 5% (cinco por cento) superior ao melhor preo. Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se- da seguinte forma: I a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poder apresentar proposta de preo inferior quela considerada vencedora do certame, situao em que ser adjudicado em seu favor o objeto licitado; II no ocorrendo a contratao da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste artigo, sero convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hiptese dos 1 o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatria, para o exerccio do mesmo direito;

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III no caso de equivalncia dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, ser realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poder apresentar melhor oferta. 1o Na hiptese da no-contratao nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado ser adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame. 2o O disposto neste artigo somente se aplicar quando a melhor oferta inicial no tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte. 3o No caso de prego, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada ser convocada para apresentar nova proposta no prazo mximo de 5 (cinco) minutos aps o encerramento dos lances, sob pena de precluso.

Do tratamento diferenciadoArt. 47. Nas contrataes pblicas da Unio, dos Estados e dos Municpios, poder ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoo do desenvolvimento econmico e social no mbito municipal e regional, a ampliao da eficincia das polticas pblicas e o incentivo inovao tecnolgica, desde que previsto e regulamentado na legislao do respectivo ente. Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administrao pblica poder realizar processo licitatrio: I destinado exclusivamente participao de microempresas e empresas de pequeno porte nas contrataes cujo valor seja de at R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); II em que seja exigida dos licitantes a subcontratao de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual mximo do objeto a ser subcontratado no exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado; III em que se estabelea cota de at 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratao de microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a aquisio de bens e servios de natureza divisvel. 1o O valor licitado por meio do disposto neste artigo no poder exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada ano civil. 2o Na hiptese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e pagamentos do rgo ou entidade da administrao pblica podero ser destinados diretamente s microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.

No aplicabilidadeArt. 49. No se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando: I os critrios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte no forem expressamente previstos no instrumento convocatrio; II no houver um mnimo de 3 (trs) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigncias estabelecidas no instrumento convocatrio; III o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte no for vantajoso para a administrao pblica ou representar prejuzo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;

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IV a licitao for dispensvel ou inexigvel, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993.

DECRETO N 6.204, DE 05 DE SETEMBRO DE 2007 - REGULAMENTA O TRATAMENTO FAVORECIDO, DIFERENCIADO E SIMPLIFICADO PARA AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE NAS CONTRATAES PBLICAS DE BENS, SERVIOS E OBRAS, NO MBITO DA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL (Principais tpicos, seguidos da Legislao). Objetivos e subordinao:Art. 1 Nas contrataes pblicas de bens, servios e obras, dever ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, objetivando: I - a promoo do desenvolvimento econmico e social no mbito municipal e regional; II - ampliao da eficincia das polticas pblicas; e III - o incentivo inovao tecnolgica. Pargrafo nico. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, alm dos rgos da administrao pblica federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio.

Obrigaes visando ampliao da participao das ME/EPPSArt. 2 Para a ampliao da participao das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitaes, os rgos ou entidades contratantes devero, sempre que possvel: I - instituir cadastro prprio, de acesso livre, ou adequar os eventuais cadastros existentes, para identificar as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento, de modo a possibilitar a notificao das licitaes e facilitar a formao de parcerias e subcontrataes; II - estabelecer e divulgar um planejamento anual das contrataes pblicas a serem realizadas, com a estimativa de quantitativo e de data das contrataes; III - padronizar e divulgar as especificaes dos bens e servios contratados, de modo a orientar as microempresas e empresas de pequeno porte para que adequem os seus processos produtivos; e IV - na definio do objeto da contratao, no utilizar especificaes que restrinjam, injustificadamente, a participao das microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente. Pargrafo nico. O disposto nos incisos I e III poder ser realizado de forma centralizada para os rgos e entidades integrantes do SISG Sistema de Servios Gerais e conveniados, conforme