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Ç-7 íLb R 4Jl NOVEMBRO DE 1949 Dr. ALBERT RAY OLPIN, Presidente da Universidade de Utah (Veja a II Capa)

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Ç-7

íLb

R4Jl

NOVEMBRO DE 1949

Dr. ALBERT RAY OLPIN, Presidente da Universidade de Utah (Veja a II Capa)

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O treinado?- e o time de bola ao cesto da Universidade de Utah

Q.ando vocês lerem este número da "A Gaivota", o time debola ao cesto da Universidade de Utah — um dos melho-

res espetáculos na América — estará aqui no Brasil numa"tournée" planejada para jogarem com os melhores times doRio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Ponta Grossa, e outrascidades.

Como membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias, sentimo-nos muito felizes em dar as boas vindasa este time que jogará entre nós pela primeira vez, e do qualmuito nos orgulhamos. Porque? Pelos motivos que vamosexpor.

Vindo de Salt Lake City, que é a sede da nossa Igreja, otime de bola ao cesto da Universidade de Utah é composto cadatemporada de doze ou mais jovens, entre os melhores Santos dosÚltimos Dias, e é treinado por um membro da Igreja.

Dr. Albert Ray Olpin (cujo retrato se vê na I Capa) , séti-

mo presidente da Universidade de Utah, virá juntamente com otime. Sua posição é muito importante, pois é presidente damais antiga universidade que existe nos Estados Unidos, a oeste

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do Rio "Missouri" e que atualmente comporta 10.000 estudantes.Êle também é membro ativo da Igreja de Jesus Cristo dos San-tos dos Últimos Dias. Ao dr. Albert Ray Olpin, os membros daIgreja no Brasil também apresentam, com seus cumprimentos,as boas vindas, augurando-lhe feliz permanência nas plagasbrasileiras.

Dois campeonatos universitários nacionais realizados noscinco últimos anos foram ganhos por Utah; além disso, o timede Utah foi o único nos Estados Unidos a ganhar os três cam-peonatos mais importantes: "National Collegiate Athletic Asso-ciation", "National Invitation", e "National Amateur AthleticAssociation". As possibilidades para qualquer time, de realizaresse feito seriam de uma entre mil!

Basketball não é apenas uma diversão que causa nalpita-

ções ao público, de novembro a março (temporada de bola aocesto nos Estados Unidos). O sentimento é mais fervoroso; bolaao cesto é de fato uma parte integral da doutrina do bem estar

físico da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Éo esporte oficial dos seus 750.000 membros nos estados ociden-tais dos Estados Unidos. Deixando à sombra qualquer outraatividade atlética, esse esporte é praticado durante todo ano sobos auspícios da Igreja, formando a maior confederação de bolaao cesto no mundo.

No dia 1 de junho de 1875, Brigham Young estabeleceu

a Associação de Melhoramento Mútuo, a qual foi e ainda é oeixo em torno do qual giram as vidas dos jovens Santos dos Últi-

mos Dias. Bola ao cesto ocupa o terceiro lugar depois de reli-

gião e cultura na A. M. M.Em quase todas as fazendas pode-se encontrar pregado a

uma parede um cesto para a prática desse esporte. Em plenoverão os meninos estão fora praticando esse jogo como passatem-po. Crianças de 5 a 6 anos demonstram uma surpreendente ha-bilidade para dibrar, passar, e encestar, com naturalidade, noestilo ocidental de uma só mão, desenvolvido em Utah quinzeanos antes dos times orientais o conhecerem e tentarem pô-lo

em prática.

Tal precocidade provém dos ensinamentos dados porBrigham Young um século antes: "Meus filhos tomarão parteem qualquer exercício ativo que possa desenvolvê-los fisicamen-te e ativar o seu espírito."

Ninguém pode duvidar do valor do gigantesco programade bola ao cesto da Igreja. A imensa confederação possue maisde 1.000 times com 20.000 jovens que são também "os jogadoresmais limpos no esporte", os quais vivem segundo a Palavra deSabedoria (veja "A Gaivota" de outubro do corrente ano, pági-na 204) : Nem álcool, tabaco, café, ou chá são usados por eles.

Devido à influência religiosa no treinamento, os times daUniversidade de Utah são os melhores. Diz Vadal Peterson, trei-

nador do time: "Os ensinamentos da A. M. M. instilam nos jo-

vens o espírito combativo e a máxima cooperação, tornando oseu jogo um dos mais combinados de que tenho conhecimento."

(Conclui na pág. 236. veja U. de U.)

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A GAIVOTATrazendo Notícias do Eterno Evangelho

órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias

Ano II ÍNDICE PARA NOVEMBRO DE 1949 N.° 11

EDITORIAL Presidente Rulon S. Howells 219

ARTIGOS ESPECIAIS:O Time de Bola ao Cesto da Universidade de utah 2. a CapaPaz, Acalmai-vos! 220Sobre Esta Rocha Nephi Jensen 222Como Vejo "Sion" Ljly wiest 226Ao Pagar o Dízimo do Senhor

_ _ . William R. Callister 228"O Direito de Amar" 230Eu Era Católico 232VÁRIOS:Opiniões Sobre a Igreja ' 225

Uma Rosa Naomi S. MacCabe 229

O Rumo dos Ramos 234

Novos Missionários na Missão Brasileira 3. a CapaMissionários Desobrigados da Missão Brasileira " "

Horário dos Programas de Rádio " "Por Que Fuma Você? .. .- A. H. Roffo 4. :l CapaPor Que Bebe Você? " "

Exemplar Individual Cr$ 3,00

Assinatura Anual no Exterior . . Cr$ 40,00

Assinatura Anual no Brasil . . . . Cr$ 30,00

Redator : João Serra

Diretor: Cláudio Martins dos Santos

seu novo ende-Se o assinante mudar de residência é favor notificar "A Gaivotarêço, mencionando também o endereço antigo.

Toda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a

:

Caixa Postal 862"A GAIVOTA'

São Paulo Brasil

ENDEREÇOS DOS RAMOS NO BRASIL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOSSANTOS DOS TÍLTIMOS DIAS

São Paulo: Rua Seminário, 165

Piracicaba: Rua Governador Pedro de To-ledo, 665

Campinas: Rua Barreto Leme, 1075Ribeirão Preto: Rua Mariana Junqueira, 406Rio de Janeiro: Rua Camaragibe, 16Sorocaba: Rua Moreira César, 273

Curitiba: Rua Carlos de Carvalhos, 367

Joinvile: Rua Frederico HíibnerIpoméia: Estrada para Videira

Porto Alegre: Rua Dr. Timóteo, 688

Santos: Rua Paraíba, 94

Novo Hamburgo: Rua David Canabarro, 77

O tempo está passando! Lembra-se de que a data final do primeiro Con-

curso Anual de Histórias e Poemas de Natal é o dia 8 de novembro de 1949. Não

demore! Mande a sua história ou poema à "A Gaivota" agora.

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EDITORIALPOR QUE SOMOS CHAMADOS UM POVO PECULIAR

|Vm Que somos nós tão diferentesJ À das outras igrejas do mundo?

Antes de tudo nós acredita-mos num Deus pessoal, num Ser acuja imagem o homem foi criado;uma individualidade suprema que,literalmente, é nosso Pai no Céu, oPai de nossos espiritos. Êle temum filho, Jesus Cristo, que é Suaimagem perfeita, e que, nascido deMaria, veio ao mundo e trabalhoupela eterna reparação. São doisseres pessoais, e o terceiro membroda Santíssima Trindade é o Espíri-to Santo.

Agora comparemos • nossacrença com os credos das Igrejasdo mundo. Em efeito elas definemDeus como um incompreensível,increado e incognoscível espíritoque é três em um e que enche aimensidade do espaço.

Acreditamos nestes dias presentes na revelação de Deus. Cer-tificamos que Deus tem aparecido nestas dispensações, que os céusagora estão abertos, e que os homens sobre a terra' têm visões e sãoministrados pelos anjos assim como o eram nos tempos primitivos.

Várias seitas dos nossos dias acreditam ao contráno. A seuver, não há anjos, não há visões, não há inspiração do Espírito Santo,Deus não aparece a seus profetas e não fala com eles face a facecomo falou com Moisés.

Em nosso meio há profetas para quem Deus revelou a sua von-tade; no mundo há homens que têm sido treinados em estudos uni-versais. Entre nós, há muitas manifestações dos dons espirituais: osmortos levantam-se, os doentes saram, os cegos vêem, e os surdosouvem.

Qual a Igreja que pode mandar 5.000 jovens para o mundo,passar dois anos e meio levando a sua mensagem sem receberem orde-nado da Igreja? Em que Igreja há homens professando o apostoladodo Senhor, favorecidos com a sua autoridade e as suas chaves? Ondeestão o Sacerdócio Aarônico e o de Melquizadeque, de acordo com oque diz o Novo Testamento? Qual outra Igreja que possue todas asorganisações primitivas da Igreja de Cristo organizada há dois milanos atrás?

Quais as Igrejas do mundo que ensinam as doutrinas como apreexistência, o batismo pelos mortos, a unção dos doentes a coliga-ção de Israel, os três graus de glória na ressurreição, e muitas outrasque são encontradas na Bíblia?

Quando comparamos todas as coisas que temos, com as que temo mundo, não é de se admirar que pareçamos peculiares a seus olhos.

Sinceramente,

Presidente da Missão

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f} ntem à noite uma tempesta-de elétrica estourou em

nosso vale. Na escuridão da meianoite, seus brilhantes raios bran-cos iluminavam as colinas de ve-

ludo, expondo-as em seu sono.Relâmpagos interminentes, maisbrilhantes que o gás néon, corus-cavam através de um céu semestrelas, pontuados pelo ensurde-cedor estampido dos trovões.

E eu, enquanto o vento asso-biava através das árvores, fora deminha pequena casa, trazendo-me às narinas o cheiro das gotasde chuva no solo quente e seco,

pensei quão grande e terrível é opoder de Deus. Nas palavras dopsalmista:

"E o Senhor trovejou nos céus, oAltíssimo levantou a sua voz; e ha-via saraiva e brasas de fogo. Despe-diu as suas setas, e os espalhou; mul-tiplicou raios, e os perturbou. 5ntãoforam vistas as profundezas daságuas, e foram descobertos os funda-mentos do mundo; pela tua repreen-são, Senhor, ao soprar das tuas na-rinas .

"

E eu pensei: que seria do poderdos homens

imesmo com suas

bombas atómicas, se Deus, nossoPai Celestial, resolvesse abatê-loscom seu grande poder?Não podia dormir. Podia so-

mente olhar através de minha ja-

nela aberta, fascinada e, entre-

tanto, bastante inquieta também.Não estavaacostumadacom trovões e

relâmpagos.Aterravam-

me. Era tudotão grande,tão barulhen-to! Enchiameu mundode relâmpagosluminosos e oestalar dostrovões, e in-

P a z, Avoluntariamente uma oração

:

"Senhor, protejei nosso lar, nossosqueridos, nossos animais, nossosrebanhos". Ao suplicar-lhe pen-sei claramente n'Êle que tem o

poder de acalmar a tempestade,que tem o poder de preservar e

proteger. Pareceu-me como se

os relâmpagos lá de fora, ilumi-

nassem em minha mente aquelavelha história, quando Jesus e

seus discípulos se encontravamem um barco no mar e umagrande tempestade de vento se

formou, "e as ondas precipita-

vaW*f

220 A GAIVOTA Novembro de 1949

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m a i-v o s

ram-se sobre o barco, que logo se

encheu". Mas Jesus não foi in-

comodado por tudo isso, porque"Êle estava na parte de traz dobarco, adormecido."

Sim, Êle tinha estado cheio decompaixão pelos aleijados, peloscoxos, pelos cegos Êle tinha en-sinado salvadoras parábolas davida eterna para a multidão du-rante longas horas, e agora esta-

va exausto e seu corpo físico

adormecido. Êle, que deveria co-nhecer toda a profundidade dadôr e da tristeza, não sentiu me-do algum nesse momento. "En-tretanto, seus discípulos sim, emsua ansiedade, em seu terror,

acordaram-no, dizendo-Lhe: —"Mestre, não te incomodas quepereçamos?" "E Êle levantou-se,

e repreendeu o vento, e disse aomar: — Paz, acalmai-vos. E ovento cessou e houve uma gran-de calma."Tão simples! Êle sabia que seu

poder era maior que o do vento,das ondas ou da tempestade.Êle nodia dormir sossegado atra-

vés de tu^o. sabendo que "a terraé do Senhor, e tudo o que nelaexiste"; e que enquanto Êle esti-

vesse a "serviço de seu Pai" Êle

teria sua inteira proteção. Forçaalguma da natureza poderia sub-jugar o Filho do Homem."E Êle lhes disse: — Porque

tendes tanto medo? Como é auenão tendes fé?" "E eles se enche-ram de medo, e disseram um aoout^o: — Que espécie de homemé este, a quem até o vento e o marobedecem?"

Sim, realmente. Que espécie

de homem é este? Oh, vós naçõesda terra, Êle é o vosso Senhor, o

Novembro de 1949 A GAIVOTA

vosso Redentor, o Príncipe da Paz.

Este é aquele que disse: "Vindea mim, todos vós que labutais e

estais sobrecarregados, que euvos darei descanso". Este é aque-le que é a luz brilhando na escu-

ridão e que o mundo há tantotempo não compreende. Este é

aquele que ensinou: "E não te-

mais aqueles que matam o corpo,

mas que não conseguem matar aalma; temei antes aquele quepode destruir tanto a alma comoo corpo, no inferno."

TT estranhamente, todo o medo' deixou meu ser enquanto

olhava o céu noturno cortadopelos raios de luz, porque melembrei de que tinha esquecido —que Deus. Creador do céu e daterra, e dos homens à sua ima-gem e semelhança, controla o

poder dos elementos e governa os

destinos de todos aqueles queestão prontos a serví-Lo. Estes

raios de luz e estampidos de tro-

vões, esta ventania fora de minhacasa, eram coisas espetaculares,

mas não eram coisas de se temer.Em vez disso, havia coisas maisimportantes para se temer, coisas

quietas, que rastejariam comosombras nos lugares escuros deminha vida, ou mais sutilmente,mais perigosamente, nas vidas

tenras de meus filhinhos, ten-

táculos dos pecados do mundoque se estendem a princípio man-samente nara esmagar no fimcom os grilhões de uma servidãosem esperança. Sim, devemosantes "temer aquele que é capazde destruir corpo e alma", e evi-

tá-lo e construir uma barricadade retidão moral ao redor denossos corações para mantê-lofora

.

Esta noite todas as minhascrianças estavam a salvo em suascaminhas confortáveis — esta

(Conclui na pág. 236)

221

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Sobre EstaffÇJôbre esta rocha eu construi-

*--^ rei a minha igreja e as

portas do inferno não prevalece-

rão contra ela."

A julgar-se pelas alegações ba-

seadas nestas palavras, elas sãoas mais importantes e de maiorsignificação que quaisquer outrasjamais pronunciadas ou escritas.

Centenas de milhões de pessoasolham-nas como sua presente ga-

rantia religiosa e, como seguran-ça de salvação futura. Milharesde livros têm sido escritos paraafirmar a pretensão de que este

texto "garante" uma certa igreiacontra a completa destruiçãopelas forças do mal.

É esta Distensão de tão grandealcance, sustentável? Isto depen-de do significado da sentença "asportas do inferno não orevalece-

rão contra ela." Significa aquelasentença aue as forcas destruti-

vas da verdade religiosa não pre-

valecerão contra qualquer dosmembros da igreja, em aualauertemoo? Ninguém acredita nisso.

A igreia que oõe tanta dependên-cia sobre este texto, ela mesmo,nela sua Inquisição Romana, ma-tou centenas de dissidentes ou"heréticos". Este fato, conclusi-

vamente, prova aue ela não sus-

tenta que o corpo inteiro da igre-

ja, em oualquer temoo, esteja"garantido" contra o erro.

Qual é então a específica pre-

tensão daqueles aue confiam tan-

to nas palavras "as portas do in-

ferno não prevalecerão"? Elasnão alegam aue Pedro era real-

mente a "rocha" sobre a aual aigreia foi edificada. Elas termi-

nantemente alegam que Pedro,

depois de Cristo, é a pedra angu-lar como Pastor principal daigreja; ou, em outras palavras, aêle foi dada a "primasia" comoprincipal cabeça da Cristandade.A mui importante alegação,

desta facção da cristandade, con-siste em sua pretensão de quepela virtude da promessa de que"as portas do inferno não preva-lecerão contra a igreja", Pedro e

os seus sucessores, como cabeçasda igreja, foram investidos de "in-

falibilidade", de maneira que emsua oficial declaração, com respei-

to a "fé e moral", eles seriam ga-rantidos contra o erro; e aue aioreja seria, em conseauênciadesta "infalibilidade", preservadade erro destrutivo e teria divinasucessão, perpétua e contínua.

Esta interpretação do texto emconsideração levanta a mui im-portante questão, qual era o fun-damento da infalibilidade de Pe-dro em ensinar? Seria o fato deêle ser o apóstolo mais velho queo tornava livre de erros em seusensinos? Nenhuma interoretaçãodo texto suporta a conclusão deaue Pedro estava revestido de"infalibilidade" por motivo de suaantiguidade apostólica. Pedro foi

imputado "abençoado" porque seu"Pai nos céus lhe revelou" que Je-

sus é o Cristo. Ou, em outras pa-lavras, o fundamento da validadeda confissão de Pedro fora umarevelação de Deus. Ou, ainda,Pedro foi "edificado sobre a ro-

nha" — a verdade de que Jesusé o Cristo — por uma real e di-

reta revelação divina desta gran-de verdade eterna.

De acordo com os claros ensi-

namentos da escritura, somente

222 A GAIVOTA Novembro de 1949

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Rocha 9» O •

aqueles a quem tenha sido reve-lado, realmente, por Deus mesmo,que Jesus é o Cristo, estão "edifi-cados sobre rocha". Sobre esteponto vital, as palavras de Pau-lo são impressivamente convin-centes — "nenhum homem podedizer que Jesus é o Senhor a nãoser velo Espírito Santo" (I Cor12:3).

Não há garantia na escriturapara a ideia forçada de que a ca-baça terrena da igreja devia serum homem "infalível", meramen-te "garantido contra o erro", ouimpedido de errar nas raríssimasocasiões, quando oficialmente "de-fine" pontos de doutrina sobre "fée moral" para a igreja. A únicaanalogia possível de uma ideiatécnica de governo da igreja é for-necida pela história de Balaão.

Ç\s príncipes de Moab procura-^r ram, com suborno, induzirBalaão a abandonar o seu povo.Uma manhã, bem cedo, Balaãoselou o seu asno e partiu para se-guir os príncipes Moabitas. Nes-ta ação Balaão desobedeceu omandamento expresso do Senhor.Quando êle seguia sua jornada, oanjo do Senhor apareceu no ca-minho com uma espada desem-bainhada. O animal de Balaãoviu o perigo e virou para o lado,mas foi obrigado, com pancadas,a seguir o caminho. Uma segun-da vez o anjo se postou no cami-nho com sua espada erguida, e oanimal apertou o pé de Balaãocontra o muro. Balaão bateu noanimal mais cruelmente e partiupara o seu destino outra vez. Oanjo apareceu pela terceira vez,

Novembro de 1949

por Nephi Jensen

com sua arma ameaçadora, numapassagem estreita, e 'interceptouo animal. O asno deitou-se nochão. Balaão tornou-se excessi-vamente zangado e bateu no ani-mal impiedosamente. Então, fi-

nalmente, o animal falou e con-tou a seu amo o perigo que ia nafrente.

Neste momento o Senhor abriuos olhos de Balaão e êle viu o anjoe arreoendeu-se de sua loucura.Primeiramente Balaão foi im-

pedido por uma forca estranha deseguir o curso errado. Nada lhefoi dito do seu erro, nem lhe foiindicado o caminho a seguir; êlefoi meramente impedido, por umaforça externa, de continuar o ca-minho errado. Esta é a únicacircunstância em que as escritu-ras fornecem qualquer sorte deanalogia com a ideia de quealguns homens, oor virtude desuas posições eclesiásticas, sãoguardados, em certos momentos,por restrição divina, de cairem noerro.

O Senhor não deu a igreja umacabeça "infalível". Êle deu aigreja um infalível princípio degoverno — o princípio da inspi-ração e revelação.Os advogados da ideia de que

a igreja foi assegurada contra asincursões do erro, pelo princípioda "infalibilidade" concordam quePedro necessitava de inspiraçãoao escrever as santas escrituras,mas negam que êle precisasse deinspiração para ser o chefe daigreja. Com respeito a esteassunto, um bisoo católico escre-veu-me o seguinte:

"Vosso argumento é construídona presunção de que a inspiração

A GAIVOTA 223

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dada a Pedro para escrever assuas epístolas era essencial a suafunção como chefe da igreja. Vóstendes admitido isso, mas não otendes provado e não podereisprová-lo."

A peculiar pretensão de quePedro necessitava inspiração paraescrever as escrituras, mas nãonecessitava inspiração para ser ochefe da igreja, torna-se tantomais difícil quando se reflete quea eminente autoridade católica,Dr. Bertrand L. Conway, diz:

"Não há uma nalavra ordenana-do a doutrina de Cristo ser escri-

ta." Assim, com efeito, nos é pe-dido acreditai' que Pedro necessi-tava inspiração para fazer a coisaque não lhe fora ordenado, e queêle não necessitava inspiraçãopara fazer a verdadeira coisa quelhe era ordenada.

Oincidente de Balaão, que foi

coibido de seguir o cur-so errado, é anómalo como umailustração da divina direção. Êleé baseado num princípio negati-vo. O positivo é quase invariá-vel princípio de direção divina éainda declarado por Pedro, omais claramente possível, nas se-

guintes -palavras: "Os homenssantos falam como são movidospelo Espírito Santo" (II Pedro1:2).

Este princípio de certeza, emensino religioso, é ampliado nasecção 68 de "Doutrinas e Convé-nios": "E tudo que falarem, quan-do sob a inspiração do EspíritoSanto, será Escritura, será a von-tade do Senhor, será a mente doSenhor, será a palavra do Senhor,será a voz do Senhor e o poder deDeus para a salvação."

De acordo com o testemunhode Pedro, ampliado por revelaçãomoderna, a positiva inspiração doEspírito Santo é o princípio peloouai os homens se tornam livresde erros em seus ensinos religio-sos. Pedro foi realmente "edifi-cado sobre a rocha" por uma di-reta revelação de que Jesus é oCristo. E somente aqueles quetenham recebido uma revelaçãosimilar direta de Deus são "edi-ficados sobre a rocha".

Mas aqueles aue colocam amaior dependência sobre a pro-messa de que "as portas do infer-no não prevalecerão" positiva-mente negam a inspiração e re-velação dos presentes dias — overdadeiro princípio pelo qual aspessoas são "edificadas sobre arocha". Consequentemente a ale-gação de que eles constituem ocorpo religioso contra qual as por-tas do inferno não prevalecerão écompletamente desprovida de fun-damento.

Contra quem, então, é que as"portas do inferno não prevalece-rão"? A exata resposta a estapergunta é encontrada na sextasecção de "Doutrinas e Convé-nios". Naquela secção nos é ditoque: "Se vós sois edificados sobreminha rocha" a terra e o infernonão "podem prevalecer" contravós. As "portas do inferno" nun-ca prevaleceram e nunca prevale-

cerão contra os que realmente são"edificados" pela revelação "sobrea rocha" — a verdade eterna queJesus é o Cristo — e permane-cem edificados sobre a rocha atra-

vés de sua fidelidade e retidão.

Trad. por Cícero P. Lana--*>--

Devemos ser familiares com a virtude e estranhos com o vicio. — Cleobião

O homem, como o relógio — é avaliado pela maneira como anda. — W. Penn

224 A GAIVOTA Novembro de 1949

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OPINIÕES SOBRE A IGREJA

FRANKLIN D. ROOSEVELT(Ex-presidente dos EE. UU.) —Pelo fato dos pioneiros de Utahterem que dar cumprimento às

profecias bíblicas, eles nunca se

desencorajaram nas suas dificul-

dades. Nunca perderam sua von-

tade. E sobre a poderosa funda-

ção que lançaram, ergue-se hoje

o estado de Utah, que nestes últi-

mos anos fez remarcável progresso

e faz prever que fará ainda mais

nos anos vindouros.

J. M. STUDABAKER — La-

drões e mendigos não são encon-

trados entre os Mórmons e nemem suas cidades. Eles tomamconta dos pobres. As mulheres

tomam conta dos necessitados nos

seus distritos. Não se pode negar

que eles estão construindo umaigreja promissora e que é um povo

progressista. É seu objetivo, tra-

zer seus membros com o auxílio

de Deus ao mais alto grau de mo-ralidade, cristianismo e bemestar.

WARREN G. HARDING (Ex-

presidente dos EE. UU.) — Foi

maravilhoso ver e conhecer os

Mórmons. Eles fazem sua tarefa

da melhor maneira possível; de-

sejo-lhes o que há de melhor e re-

conheço o bom trabalho que estão

fazendo. Eu, como presidente

dos Estados Unidos, dificilmente

lhes posso dizer como me sinto

orgulhoso pela maravilhosa obra

que estão executando.

N. J. McCONNEL (Ex-governa-

dor do Estado de Idaho) — OsMórmons, em relação à moralida-

de, são possivelmente o povo mais

limpo do mundo ... Os castigos

para a imoralidade e outras in-

frações são excepcionalmente se-

veros . . . Sua tolerância religio-

sa é altamente recomendável . .

.

Certamente os Mórmons são os

menos fanáticos dentre os cren-

tes de todas as nossas igrejas.

IMPRENSA BRITÂNICA — IN-

GLATERRA — Eu acreditava que

os Mórmons fossem um povo ina-

cessível; porém, minha surpresa

foi imensa ao vê-los tão amáveis

e comunicativos. Eu me julgo

altamente favorecido por conhe-

cer este povo ... Vá a Salt Lake

City e convença-se a si próprio;

você terá todas as oportunidades

de conhecer seus preceitos e viver

a mesma vida, assim como eu ti-

ve. Se você deseja provar-se co-

mo um homem perfeito, então

compare-se com um Mórmon,seja honesto e verdadeiro comosão os Mórmons.

Trad. por Rubens Pellegrini

O GUARDA — Sua licença é do ano passado.

O CAÇADOR — Eu sei muito bem, mas só caço animais do ano passado.

Novembro de 1949 A GAIVOTA 225

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Pela irmã Lily Wiest, natu-

ral de Joinvile, que residiu

muito tempo em São Paulo

Da terra longínqua, saúdo os

"Santos" do Brasil!

Grande foi o meu prazer por

ter tido o privilégio de estar en-

tre os Santos em Sion, do qual

nós tanto ouvimos falar, nós, quenão raras vezes, duvidámos queexistisse mesmo uma "Terra dePromissão", onde o povo é aben-çoado e onde reina paz, alegria e

amor. Deus ouviu as minhasoraçÕ2S, pois é deste abençoadorincão que tenho o prazer de en-

viar-lhes esta humilde mensagem."Sion", não é uma palavra sem

significado; basta refletir-se umpouco, para se chegar à conclu-

são do que ela significa para nós,

os Santos. Foi em Utah, na ci-

dade de "Salt Lake", mais conhe-cida por "Sion", que, há poucomais de um século, chegaram os

pioneiros "Mórmons". Foi nestelocal, antigamente um deserto,

que Brigham Young foi inspira-

do por Deus, afimde construir umtemplo e um ta-

bernáculo, onde os

Santos pudesesmse regozijar e se

aproximar maisdo Pai Celestial.

O enorme quar-

teirão do temploparece um verda-

deiro paraiso. Ogrande templo, otabernáculo, a ca-

sa de assembleia,o grande monu-mento da Gaivota,e outros em me-mória dos gran-des heróis Mórmons, são enfeita

dos pelo colorido das flores mui

GOMO VE.ticores e do verde gramado ave-ludado. Centenas de pessoas per-

correm-no diariamente, conduzi-das por diversos cicerones, que asmantêm ao corrente de todos osfatos concernentes ao templo e àreligião. Os guias são moças e

moços (ex-missionários) que se-

manalmente oferecem uma partedo seu tempo livre para dirigiremessas pessoas, dando-lhes inte-

ressantíssimas e instrutivas ex-

plicações.

O grande e famoso tabernáculocom seu órgão já mundialmenteconhecido (órgão formado com11.000 ou mais tubos) e o auditó-rio com o formato de "U" paracapacidade de 8.000 pessoas, tam-bém foram construídos por inspi-

ração de Deus. O famoso Corodo Tabernáculo é composto de375 vozes: coro esse, considera-do nos Estados Unidos e tam-

O templo de "Salt Lake", à noite

- bém na Europa, uma das maisbelas realizações orfeônicas. Ao

226 A GAIVOTA Novembro de 1949

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JO "SION **

ouvir este maravilhoso coral, pa-

rece-me estar escutando anjos

entoando hosanas ao Senhor.Os Santos aqui em Sion lutam

pelo progresso da Igreja.

A capa da "A Gaivota" do mêsde setembro de 1948, mostra-nosama das grandes e belas constru-

ções do "Plano de Bem Estar".Vários desses elevadores de ce-

reais existem aqui, e neles hávasto estoque de cereais. Exis-

tem ainda os armazéns com esto-

ques de vestuários e artigos do-mésticos. Os membros oferecemgratuitamente, muitas horas detrabalho ao projeto do "Plano deBem Estar", costurando, bordan-do, mantendo alimentos em con-serva, enfim, fazendo toda espécie

de trabalho. Grupos de jovens

de ambos os sexos (de 12 a 20

anos) vão às fazendas para aju-

dar na plantação e na colhei-

ta das frutas. Fazem qualquerespécie de serviço pesado; contu-

do, não se encontra entre essa

centena de jovens, um que pare-

ça estar cansado; ao contrário, só

se vê alegria e harmonia entre

eles. Ao terminar o dia, todos

deixam o trabalho e seguem parasuas casas, satisfeitos por teremfeito algo de útil a um necessita-

do. Esquecia-me de dizer que o

trabalho desses jovens é acompa-nhado de música e canções.

O número de membros aumen-ta diariamente, não somente aqui

nos Estados "Unidos, mas tambémem toda parte do mundo, e maioré o número de igrejas construí-

das. É importante notar que os

próprios membros, além de paga-

rem honestamente o dízimo, aindacontribuem voluntariamente, com

o que po-dem paraa constru-

ç ão deuma novacapela,pois sa-bem queisso é parao seu pró- , ., „,. .

. *\_ Lily Wiestp r í o be-

J

nefício. Posso dizer que, no mí-nimo, 50 ^ desses membros são

simples trabalhadores que lutampelo pão de cada dia. Criançasque trabalham durante as férias

escolares, também pagam hones-tamente o dízimo e o jejum. Éum exemplo maravilhoso queessas crianças nos dão. As bên-çãos recebidas são inúmeras.Os Santos no Brasil são imen-

samente abençoados por teremoportunidade de conhecer as

obras maravilhosas de Deus, e

espero e tenho fé aue todos eles

trabalharão com afinco, em paze harmonia, para que haja maiorprogresso. Os Santos não devemse esquecer de que os que são

grandes começaram peauenos.Eu sei que cada um de nós apre-

cia o progresso; portanto, queri-

dos irmãos, procuremos trabalhar

hoje mais do que ontem, e ama-nhã mais do que hoje. Traba-

lhemos em conjunto mostrandoboa vontade e colaboração, afimde que o trabalho assim feito,

contribua para maior progresso

da Igreja de Jesus Cristo. Mui-tas e muitas coisas referentes a

Sion poderia lhes contar, mastermino este artigo fazendo votos

de felicidade a todos os leitores

da "A Gaivota".

Novembro de 1949 A GAIVOTA 227

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TT az agora mais de cem anos quea velha lei do dízimo foi res-

taurada sobre a terra. A 8 de ju-

lho de 1838, o profeta José Smithrecebeu uma revelação em respos-

ta à questão: "ó Senhor, mostraaos teus servos quanto é que tu

requeres das propriedades do povopara dízimos." E assim, esta re-

velação, que está contida nasecção 119 de "Doutrinas e Con-vénios", trouxe a lei dos dízimosna Igreja de Jesus Cristo dos San-tos dos Últimos Dias.

Desde 1838, milhares e milha-res de Santos que têm observadoa lei dos dízimos e continuamfieis a esse mandamento de Deus,têm recebido muitas bênçãos espi-

rituais conferidas a todos aquelesque querem fazer sacrifícios tem-porais afim de servir ao seu Mes-tre. Um diligente e concienciosopagamento dos dízimos, pelos

membros da Igreja nos seus diasprimitivos, livrou-a de um desas-tre financeiro e facilitou os meiospara uma condição económicaque sôa tanto quanto a do gover-no sobre o qual a jurisdição estálocalizada.

O princípio dos dízimos, acimamencionado, é de origem antiga.A primeira atual referência dosdízimos na Bíblia aparece em Gé-nesis 14:18-20, onde fala de Abrãopagando os dízimos a Melqui-zedeque.

"E Melquizedeque, rei de Salem,trouxe pão e vinho; e era este sacer-dote do Deus Altíssimo. E aben-çoou-o, e disse: Bendito seja Abrãodo Deus Altíssimo, o Possuidor doscéus e da terra! E bendito seja oDeus Altíssimo, que entregou os teusinimigos nas tuas mãos! E deu-lhe odízimo de tudo."

O Novo Testamento faz referên-

cia ao mesmo incidente, e reve-la-nos que a quantia de dízimospaga foi de um décimo. Outroexemplo na Bíblia mostra-nos

AO PA GA R 1

^— DIZIMA

que Jacó tinha uma clara com-preensão do princípio. Como está

registrado na Bíblia, Génesis28:20-22:

"E Jacó votou um voto, dizendo:Se Deus for comigo, e me guardarnesta viagem que faço, e me der paopara comer, e vestidos para vestir, e

eu em paz tornar à casa de meu pai,

o Senhor será o meu Deus; e esta pe-dra que tenho posto por coluna serácasa de Deus; e de tudo quanto mederes, certamente te darei o dízimo."

Um versículo de Malaquiasmuitas vezes citado, mostra a im-portância que o Senhor deu quan-to ao princípio de dízimos:

"Desde os dias de vossos pais vosdesviastes dos meus estatutos, e nãoos guardastes. Tornai vós para mim,e eu tornarei para vós, diz o Senhordos Exércitos. Mas vós dizeis: Emque havemos de tornar? Roubará ohomem a Deus? todavia vós me rou-bais, e dizeis: Em que te roubámos?Nos dízimos e nas ofertas alçadas."

E assim, nesta última dispen-sação, nós novamente temos a lei

dos dízimos. Como os antigos,

também temos muitas bênçãosarmazenadas para nós, se puder-mos seguir e aderir a este man-damento. Sabemos que nos últi-

mos dias haverá terríveis agita-

ções e que a morte e a destruiçãoestarão espalhados por toda aterra. Mas segundo a secção 64de "Doutrinas e Convénios", opagador de dízimo não necessitapreocupar-se, porque êle tem umdireito definido sobre a proteção.O Senhor conta-nos, que, "Verda-deiramente é um dia de sacrifício,

e um dia para os dízimos de meupovo: porque aquele que paga o

228 A GAIVOTA Novembro de 1949

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o

DO SENHORpor William R. Callister

dízimo não será queimado . .

.

Porque depois de hoje vem aqueimada."

T ns poucos membros espalha-

dos da Igreja crêm, erro-

neamente, que o pagamento dodízimo é um peso económico, e

que a sua identificação nos che-

ques de pagamento semanaiscausam sacrifícios incalculáveis.

Atualmente isso não é assim. Osconsistentes pagadores de dízimonão somente são mais ativos,

mas geralmente falando, são tam-bém mais prósperos do que os

que não são pagadores de dízimo.Dízimo é definitivamente um fa-

tor que não opera contra a pros-peridade económica.

Através dos tempos, o Senhortem abençoado o povo segundo asSuas promessas e continuará aassim fazer. Existem ainda mui-tos aqui no Brasil que estão ne-cessitados e que estão muito de-sejosos destas bênçãos, mas queainda não estão preparados paraobedecer ao mandamento. Essasbênçãos serão negadas, ou, pelomenos, indeferidas até que hajau'a mudança nos corações. Comesse pensamento fazemos um ape-

lo para os não pagadores e paga-dores em parte do dízimo da Igre-

ja, a começarem agora a se con-formar com esta lei. Se fizeremisso, tanto eles como a Igreja se-

rão abençoados.

Trad. por Eloy Ordakowski

UMA ROSApor Naomi S. MacCabe

T1 enho uma vizinha que todas

as manhãs me traz umalinda rosa e um pouco de filoso-

fia. "Felicidades e boa sorte por

todo este dia", diz-me sorrindo.

Que maravilhoso é ter-se u'a

amiga que nos acha merecedorade uma rosa por dia! Depois

que ela se vai, fico pensando noque devo ter feito, que sementesdevo ter plantado, para merecertal colheita de amizade e soli-

citude.

Apesar dela não pertencer àminha própria religião, apesar de

sua filosofia da vida não ser, tal-

vez, a mesma que a minha, não

tem importância. Esta pequenaoferenda me emociona; meu co-

ração canta de alegria, esta men-sagem de amor, beleza e benevo-lência que a jovial doadora deste

presente deixa comigo.

Que maravilhoso modo de di-

fundir o Evangelho Restaurado,se cada manhã todo homem, mu-lher e criança tirasse um momen-to para dar a um visinho uma pa-lavra, um pouco de filosofia, umpequeno presente de bondade.Não é preciso que seja sempreacompanhado de uma rosa per-

fumada e bela; basta ser umamensagem de amizade e amor.

A felicidade que levamos aos outros volta-nos ao coração em forma de

alegria. — Rosalec.

Novembro de 1949 A GAIVOTA 229

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"O Direito cie Amar V>

O CASAMENTO É UMA COISASAGRADA — Fci instituído porDeus e perpetuado pelos seres

humanos. Igualmente o é o noi-

vado. É natural que homens e

mulheres amem-se, casem-se e

criem filhos tementes a Deus.Faz parte do plano do Senhor e é

um dos passos no processo desalvação.

O amor é um sublime e divinosentimento quando comedido, re-

caHdo r rigorosamente compreen-dido. Quando não, surgem as di-

vergências, e logo começam asdesavenças entre os cônjuges; asmá sua* vão se avolumando até opcnto de uma das partes perdera alegria de viver.

O homem casado tem o direito

de amar outra mulher além dasua nrópria esposa? Tem êle odireito de galantear e cortei aroutra mulher, criando desfarte oeterno e malfazejo triângulo, edecidir mais tarde que já não amasua real esposa, descartar-se delae casar-se com a outra? Qual oconceito que poderemos fazer deum homem que toma semelhanteatitude?

Tem a mulher casada, o direi-

to de ser infiel ao marido aceitan-do atenções de outro homem? Odireito do amor vai tão longeassim?

Vivemos num país livre, é ver-

dade, e cada pessoa tem a suaação livre. Mas, com essa liber-

dade de agir, muitas vezes feri-

mos os direitos e a dignidade deoutras pessoas. "A desumanida-de do homem produz incontáveislutos."

Não há dúvida de que os paisamam a seus filhos. Porém, por-

que acontece a um dos cônjugesaborrecer-se do outro, dá isso odireito a qualquer uma das par-

tes, de desmanchar o lar, sepa-

rando as crianças de seu pai oude sua mãe?Em aue direito o pai se estriba

para ferir tão profundamente asvidas de seus filhos, aue estão co-

meçando a desabrochar, e paraabandonar a esposa e mãe deseus filhos, indo viver com outramulher que julga mais atraente?

O que faz desaparecer o amorde um casal? Os motivos são di-

versos, tais como: língua mal-dizente, irrazoável indisposição,

máu génio, ausência narcial outotal dos dotes culinários, salário

incompatível com o custo da vida,

e muitos outros fatores aue dei-

xamos de enumerar, devido à exi-

guidade de espaço.

Porém, quando um homem oumulher diz aue já não existe amorpela esposa ou esposo, é poraue, e

isso é auasi geral, houve aliena-

ção desse amor para uma tercei-

ra pessoa.

Aconteceria tal coisa se a mu-lher ou o marido evitasse que suaimaginação perambulasse cisma-doramente pelos campos maisverdes?

Entretanto, todos esses proble-mas já existem desde o princípio,

mesmo entre o povo de Deus, poiso Senhor teve aleuma coisa quedizer a esse resneito.

Êle sabia que alguns homenspermitiriam levianamente quesuas afeições passassem de umapara outra mulher, e porissodisse

:

"Amavís tva mulher com todoo teu coração, e apegar-te-ás a

230 A GAIVOTA Novembro de 1949

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ela e a ninguém mais." Estemandamento é aplicável tanto aohomem como à mulher. Quandoas duas partes casadas curvam-serespeitosamente à fé, e se tornamuma só carne, mutuamente pro-metem lealdade e devoção. Mas,quando permitem que suas ima-ginações vagueiem inconstantes,eles não somente quebram suapromessa, como também desobe-decem ao mandamento do Todo-Poderoso.

Qabendo que alguns homens e

mulheres iriam considerarfatuamente seu casamento e queos filhos desse matrimónio iriamsofrer as consequências, o Senhorestatuiu uma definida lei comrespeito ao abandono dos filhos, e

nem o homem e nem a mulherpodem escapar dela, quando esco-

lhem uma nova esposa ou esposoe, em consequência, deixam os fi-

lhos desamparados. Fugir dosfilhos, para contrair matrimónio

f/f ff;>? -r.-rTsAATi-r

com outra mulher ou outro ho-mem depois de ter repudiado suaesposa ou seu esposo, não o livra-

rá da responsabilidade. Comopode êle ensinar seus filhos aacreditar no Evangelho, procedercorretamente, orar, evitar pecado,se êle lá não está para servir-lhes

de guia? Deus o absolverá, ten-do o homem errante imaginaçãoe um instável coração?CASAMENTO NÃO É COISA

COM QUE SE BRINQUE — Éum solene convénio como tantosoutros que faremos perante Deuse Êle espera que o cumpramos.O mandamento para amar

nossa esposa ou nosso esposo é

um dentre os muitos que Deus jános tem dado. Não podemos in-

consideradamente abandonar esse

compromisso, maguando corações

que nos amam, casando-nos nova-mente, e seguir novo caminhocom alegria. Haverá uma contaa saldar.

— Senhor António, tenho a honra de pedir a mão de sua filha.

— Ah! Só a mão não dou; ou leva tudo, ou nada.

Novembro de 1949 A GAIVOTA 231

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EU ERA CATÓLICO(Continuação da parte já publicada)

Ainda sentindo a desdita domeu afastamento da Igreja

Católica, li cuidadosamente o Li-

vro de Mórmon. Jamais esquece-rei a elevação mental experimen-tada ao ler o relato da visita doSalvador ao povo Nefita, dandoassim, significação às palavras deJesus escritas em João 10:16:

"Ainda tenho outras ovelhas quenão são d'êste aprisco; também meconvém agregar estas, e elas ouvirãoa minha voz, e haverá um rebanho eum Pastor."

Fiquei emocionado com as po-

derosas palavras dos profetasNefitas. Havia a exortação doprofeta Mórmon contra o batis-

mo infantil, tão razoável, tãosensata, que me senti envergo-nhado da Igreja Católica porpraticá-lo.

Assim, eventualmente chegueiao último capítulo do Livro deMoroni do Livro de Mórmon ondeli estas inspiradoras palavras:

"E, quando receberdes estas cousas,peço-vos aue pergunteis a Deus, o PaiEterno, em nome de Cristo, se estascousas são reais; e, se perguntardescom um coração sincero e com boaintenção, tendo fé em Cristo, Êle vosmanifestará a verdade delas pelo po-der do Espírito Santo."

Lí muitas vezes e pensei seria-

mente no meu futuro.

Imaginei o sério passo que iria

dar se me ligasse à Igreja de Je-

sus Cristo dos Santos dos Últi-

mos Dias; porém, desejei duran-te todo o tempo executar somen-te o que estivesse direito à vista

de Deus e, portanto, fazer o quefosse para a minha salvação.

Examinei a organização daIgreja em todas as suas facetas.

Considerei-a em suas atividades.Encontrei alguma coisa inusitada

e mesmo sem igual. Achei umaorganização tão perto da perfei-

ção, e aparentemente tão pareci-

da com a Igreja Cristã dos pri-

meiros dias, aue fui obrigado aanotar este fato. Admirei-me decomo uma tão maravilhosa orga-

nização noderia ter-se edificadosem a mão protetora do Todo-Po-deroso. A organização da Igreja

Católica é considerada eficiente,

mas de nenhum modo, se parece

com a fundada por Jesus Cristo,

tanto em sua organização comonos ensinamentos.

O primeiro culto que atendi naIgreia de Jesus Cristo dos Santos

dos Últimos Dias foi no Ramo Sulde Londres. Assistir ao culto foi

para mim estranha experiência.

Não foi o "modus operandi" doritual que me impressionou, pois

não havia nenhum; nem, sinto-

me feliz ao poder relatar, haviasinal de emoção. Porém, fiquei

profundamente impressionado pe-

lo que vi e ouvi.

Enquanto oermanecí sentadodurante o culto sacramental, mi-nha imaginação ficou continua-

mente sob a impressão que euhavia formado das reuniões dosprimitivos cristãos, quando eles

costumavam encontrar-se nas ca-

sas de uns e outros em Jerusalémpara partir o pão e renovar o con-vénio com Deus. Aqui, no cora-

ção de Londres, eu estava presen-ciando a continuação daquele

232 A GAIVOTA Novembro de 1949

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mesmo costume, e senti queaquele mesmo espírito ali estavapresente.

Assisti a diversos cultos sacra-

mentais em Londres antes de via-

jar para os Estados Unidos e sem-pre estive cônscio das bênçãosdo Senhor descendo sobre aque-la reunião. Senti também queaqueles que tomavam parte noscultos eram assistidos pelo Espí-rito Santo para falarem em nomede Deus.

Durante as semanas seguintesinvestiguei tudo que pude

sobre os ensinamentos da Igreja.

Ponderei sobre os argumentos queme foram apresentados e conven-cí-me da lógica e verdade do queaprendi. E assim, depois de umperíodo de somente três meses e

meio após o encontro com osmissionários em França, encon-trei-me na posição para onde mesenti compelido e, no interesse

de minha salvação, pedi para ser

batisado na Igreja de Jesus Cris-

to dos Santos dos Últimos Dias.

Dizemos que a nossa Igreja des-fruta o Evangelho em toda a ple-

nitude. Isto é verdade. Novosconhecimentos de Deus e novacompreensão da vida são dados

àqueles que despresarem os pre-

conceitos e que, com humildadee fé procurarem o Senhor pelo

batismo. Esses são os meus pen-samentos ditados pela minhaprópria experiência . . . Oro paraque outros também possam unir-

se com Deus através a práticaprescrita do Evangelho; pois nis-

to e somente nisto estão a salva-

ção, um maior desenvolvimentoespiritual e uma vida plena defelicidade.

Os seis meses que eclipsaram-

se desde a minha chegada emUtah, tem sido meses de grandeventura, particularmente no cam-po espiritual. Testemunhei mui-tos e quase inacreditáveis aconte-cimentos; tenho visto o Espírito

de Deus trabalhando em muitoslugares.

Agradeço ao meu Pai do Céupelas inúmeras bênçãos que mefoi dado receber e esforço-meorando a Deus para fazer jús atodas essas graças alcançadas.Oro também para que o Espírito

Santo possa descer sobre todosaqueles que investigam a verda-de do Evangelho Restaurado.

Trad. por José F. Bueno

A saúde e o bom humor são para o homem o que o sol e a chuva são para a

vegetação. — Massilon.

Uma vida perfeita é aquela que realiza na maturidade sonho da juventu-

de. — Alfredo de Vigny.

Ria sempre que puder; é um remédio barato. —• Doyle

Não há mau tempo: o sol nos reconforta, a chuva nos refresca, o vento nos

estimula, a neve nos alegra. — John Ruskin.

Novembro de 1949 A GAIVOTA 233

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SANTOS

O Ramo de Santos e a Missão Bra-sileira perderam um dos seus bonsmissionários quando, na noite de 7 deoutubro, Elder Dean A. Clark tomouo navio de volta para sua casa. Mui-tos membros e amigos compareceramao seu bota-fora para lhe dar as últi-

mas despedidas. Isto não foi sem ra-

zão, pois, de fato, Elder Clark con-quistou a amizade de todas as pessoascom as quais êle conviveu. Elder JohnHilton, de Piracicaba tomou o seu

lugar

.

RIBEIRÃO PRETO

Domingo, 25 de setembro, pela ma-nhã, reunimo-nos à beira de umadas piscinas da cidade para realizar

o batismo de mais uma pessoa cujos

frutos do arrependimento foram sin-

ceros e humildes para atingir essa fi-

nalidade. Ao Bernardito de SouzaMendonça "Dito", fazemos de todo

o nosso coração, os mais ardentes vo-

tos de felicidade.

CAMPINAS

É com imensa alegria que registra-

mos1

nesta coluna o batismo de MariaCarmona, António Carmona, AnitaCampos Nogueira, Maria AntóniaCampos Nogueira, Benedita Cecília

Campos Nogueira e José Caetano. Aestes irmãos que receberam o batis-

mo, nossos parabéns e que Deus os

abençoe.— O dia 7 de setembro foi um dia

festivo para nós, pois tivemos um ma-ravilhoso pique-nique cheio de alegria

e diversões.

— Outra notícia alviçareira é arespeito da construção da capela.

Estamos trabalhando bastante afim de

conseguirmos uma parte do dinheiro

que será empregado na referida cons-

trução, e em breve Campinas terá sua

própria capela, cuja realização será

mais uma mostra da fibra dos Santos

deste ramo.

— Temos obtido ótimos resultados

com todas as organisações auxiliares

de nosso ramo, e suas reuniões são

sempre bem concorridas. Por exem-plo, a A. M. M. tem promovido bons

programas, destacando-se de vez emquando um bem preparado programaespecial. Esses programas especiais

são feitos com números variados, sa-

lientando-se vários shows, brincadei-

ras e cantos.

Joaquim Campos Nogueira

Mário J. Gonçalves

SOROCABA

Depois de cinco meses entre o povo

sorocabano, os missionários alegram-

se ao ver os primeiros frutos dos seus

trabalhos. Há pouco tempo às mar-gens de um córrego existente no local

denominado Lageado, realizou-se umacerimónia simples e logo após foi ba-tizado Oswaldo França. Depois, nareunião da Escola Dominical, foi con-

firmado membro da Igreja pelos

missionários. Oswaldo assim tornou-

se o primeiro membro do Ramo de So-

rocaba. Parabéns irmão.

— O Ramo de Sorocaba tem a sa-

tisfação de anunciar que, de 11 a 18

de setembro, foi realizada uma cam-panha especial para assinaturas da

234 A GAIVOTA Novembro de 1949

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"A Gaivota". Pela cooperação dos

amigos e conhecidos dos missionários,

mais de 60 pessoas tornaram-se assi-

nantes desta maravilhosa revista,

completando assim o número de

100 assinaturas.

Nós, os missionários de Sorocaba,

queremos aproveitar esta coluna para

agradecer de uma maneira especial

aos amigos da Igreja em Sorocaba,

pela bondosa e delicada maneira comque nos ajudaram nesta campanha.Sabemos que serão recompensados por

terem nos auxiliado. Pelas páginas

desta revista receberão palavras inspi-

radoras que desenvolverão o lado

espiritual das suas vidas. Esperamosque, ao lerem estas páginas, recebamum melhor conhecimento da Igreja de

Jesus Cristo dos Santos dos últimos

Dias e da sua filosofia da vida. Assim,

chegarão a conhecer mais de perto a

causa que representamos aqui no seu

grande país, o Brasil.

Elder B. Orson Tew

PORTO ALEGRENo dia 6 de setembro de 1949, reali-

zou-se o nosso grande baile "Auri-

Verde", no Salão da Associação dos

Viajantes, especialmente ornamentadopara esse fim. Essa data já tão signi-

ficativa para nós brasileiros, marcou,também, mais um êxito para os diri-

gentes da A. M. M. pelo brilhantis-

mo com que transcorreu a festa.

Às 11 horas da noite, um grupo de

moças e moços fizeram alas para a

passagem da Rainha, a srta. NormaMilkzarek que foi levada até o trono

pelo Presidente da A. M. M., WalmirSilva, que fez um breve discurso apre-

sentando aos presentes sua Magesta-de, sendo convidada para coroá-la anossa distinta Presidente srta. OlgaBing. Terminadas as solenidades, aRainha deu início às dansas que fo-

ram cadenciadas pela Orquestra

"Tangará", apresentando um variado

repertório.

À meia noite foi apresentado o bai-

lado da valsa Bonbons Vienenses; to-

maram parte nele vários pares, ten-

do sido magnífica a sua apresenta-

ção, quer pela harmonia dos que bai-

laram, quer também pelo variadíssi-

mo colorido dos vestidos.

Havia mais ou menos 300 pessoas

presentes, sendo unânimes em dizer

que o baile esteve ótimo.

René Dias

SÃO PAULO— Foi realizado no salão da "A. A.

Ramenzoni", dia 30 de setembro, o

nosso iá bastante conhecido e espera-

do Baile "Auri-Verde". O sucesso queobteve aquela reunião da mocidade foi

sem precedentes. Todos os jovens

bailaram, alegres, ao som de boaorquestra. A noite de uma tempera-tura amena como há muito não tí-

nhamos em São Paulo, ajudou a daru'a nota elegante ao baile, pois viam-se lindas jovens trajando seus vesti-

dos a rigor ou passeio, qual uma sin-

fonia colorida.

Enoy Hubert, a rainha escolhida

pelo merecimento e assiduidade à

Igreja, foi coroada com toda a pom-pa pela irmã Howells. Além dos fa-

tores acima mencionados, Enoy possue

os dons da graça e da simpatia. Duaslindas jovens formavam a sua corte,

Wilma Penna e Helen Bent. Após a

coroação, rainha e princesas dansa-ram com seus pares a valsa especial.

Depois, animados pelos sons da músi-ca que enchia o salão, todos diverti-

ram-se, dansando até quase a ma-drugada.— Mais um missionário deixou o

Ramo de São Paulo com destino ao

seu lar nos Estados Unidos. Esse é o

Elder Joseph Lewis. Todos nós con-

gregados para um mesmo fim, ofere-

cemos-lhe uma festa de despedida

que esteve bastante concorrida, pois

Elder Lewis soube conquistar a ami-zade daqueles com os quais conviveu.

A êle, não dizemos "Adeus", mas. sim"Até Breve". Wanda Gianetti

Novembro de 1949 A GAIVOTA 235

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U. de U.(Continuação da pág. 217)

Pilho de pais suíços, convertidos

à Igreja de Jesus Cristo dos

Santos dos Últimos Dias, VadalPeterson, o atlético e afável trei-

nador desse time, praticou esse

jogo desde que teve forças paracarregar uma bola. Essa típica

família Mórmon teve nove rapa-zes, todos eles entusiastas do ces-

tobol. Pouco praticaram o rugby(futebol americano), porque aescola local não tinha rapazes su-

ficientes para dois times nem osfundos para o equipamento. Bolaao cesto, além de ser mais bara-to, necessita apenas de cinco ra-

pazes para cada time, adaptando-se perfeitamente às condições cli-

matéricas.

Os meninos Peterson pregaramum arco de barril na parede doestábulo, assim que tiveram for-

ças para isso. "Nossas vacas eramordenhadas pela maneira mais

rápida do mundo," diz o treina-

dor. "O primeiro que acabasse

de ordenhar pulava para pegar a

bola."Recentemente a Associação Na-

cional de Treinadores Universitá-

rios de Bola ao Cesto elegeu Va-dal Peterson secretário e presi-

dente da Comissão Seleciona-

dora dos Melhores Jogadores daAmérica.

Sim, nós nos sentimos verdadei-

ramente orgulhosos do time debola ao cesto da Universidade deUtah, não apenas devido aos

inúmeros campeonatos que ga-

nharam ou ao seu renome, mastambém pelo bom exemplo queeles. como seguidores da Palavrade Sabedoria, são para o mundo,porque, como Deus prometeuàqueles que a seguem : . . . "corre-

rão e não se cansarão; caminha-rão e não desfalecerão."

A RedaçãoW. L. A.

PAZ, ACALMAI-VOS !

(Continuação da pág. 221)

noite não havia perigo. Este vi-

ria nos momentos menos espera-dos, amanhã, na próxima sema-na, no próximo ano. Senhor,protegei minhas crianças. Aju-da i-me a fazê-las fortes.

Voltei para meu leito e quan-do de novo abri os olhos, o mun-do estava calmo, o céu estava

azul, o sol brilhava. E agora,

onde ontem à noite o vento agi-

tava as folhas das árvores, ban-dos de passarinhos chilreavamem alegre saudação ao novo dia.

Amado Pai Celestial, dai-me a

força dos passarinhos, a habilida-

de de cantar após qualquer tem-pestade' que possa perturbar mi-nha vida!

Trad. por Sílvia Courrege

Quando receber este número da "A Gaivota", restarão ainda pou-cos dias para você entrar no grande concurso de HISTÓRIAS E POE-MAS DE NATAL. O concurso encerrar-se-á no dia 8 de novembro docorrente ano. A sua história ou poema não deverá ter mais de 1 . 400palavras no primeiro caso, e 24 linhas no segundo. Coopere conoscoem trazer alegria aos corações dos nossos leitores. Envie os seus pen-samentos sobre o Natal em história ou poema. Os esforços do vence-

dor serão completamente publicados na "A Gaivota" de dezembro de1949. O autor receberá uma assinatura de dois anos da "A Gaivota"e mais o livro "O Manto de Cristo". Não há limite para o número de

histórias ou poemas que cada pessoa possa enviar.

236 A GAIVOTA Novembro de 1949

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NOVOS MISSIONÁRIOS NA MISSÃO BRASILEIRA

Jack A. BrownSt. Johns, Arizona

Clarence I. MoonOrem, Utah

Vernon L. Snoiv

Cartíston, Alberta, Ca-nada

MISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DA MISSÃO BRASILEIRA

Joseph W. Leiais

Salt Lake City, UtahDean A. Clark

Salt Lake City, Utah

HORÁRIO DOS PROGRAMAS DE RÁDIO APRESENTADONO BRASIL PELA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SAN-

TOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Porto Alegre — Domingos às 18,00 horas — PRF-9. Rádio Difusora.Curitiba — Domingos às 19,15 horas — ZYM-5. Rád o Guairacá.Ribeirão Preto — Domingos às 19.30 horas — PRA-7, Rádio Difusora.Santos — Domingos às 19,00 horas — PRB-4. Rádio Clube de Santos.

Quartas-feiras às 19,15 horas — Rádio Cultura Guaru.já.

Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD-7. Rádio Clube de SorocabaJoinvile — Domingos às 18.30 horas — ZYA-5, Rádio Difusora.

2. il Segunda-feira de cada mês às 21,00 horas — ZYA-5, Rádio Difusora.

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POR QUE FUMA FOCE ?

por A. H. Roffo

Se fumar é sujo.

Se fumar aborrece

quem está ao seu lado.

Se fumar dá mauodor.

Se fumar dá uma fi-

sionomia grotesca.

Se fumar é ingerir

alcartão cancerígeno.

Se fumar foi costumedos selvagens.

Se fumar é absorvertriplo veneno.

Se fumar é transformar uma fortuna de milhares decruzeiros em cinzas e enfermidades.

E sobretudo, porque fuma você, que é um ser humanoe que se crê um ser superior, embora sabendo a infinidade demales que isso lhe pode ocasionar?

POR QUE BEBE VOCÊ ?

Um bêbedo é um homem que está inconsciente.

Uma reação química lhe foi administrada.Seu sangue está sendo envenenado e isso pode fazer dele

um doente mental.É um incómodo entre u'a multidão com seu modo de

falar forte, porque seu sentido de audição está adormecido pelabebida e êle não sabe que está vociferando.

É um perigo para seus companheiros de trabalho, por-

que seus nervos estão descontrolados e assim sendo não podecuidar das máquinas, acidentando outros homens entre ásengrenagens que êle não pode controlar.

Outras pessoas precisam seguí-lo sempre para repararseus erros.

Sua eficiência começa a decrescer desde que êle tomao primeiro copo, e mais tarde será um pesado encargo para afamília, para seus amigos e até para si próprio.

Não há lugar para um homem assim na sociedade.É uma vítima da droga.É digno de lástima.É uma pessoa doente.Até o negociante de licores precisa de um empregado

sóbrio

!

Traduzido por Maria Augusta B. de Matos