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4º Curso Estadual para Instrutor, Mestre e Examinador CEIME 2011 2º Tópico – Acidentes nas Academias/Associações e Eventos Desportivos

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4º Curso Estadual para Instrutor, Mestre e Examinador CEIME 2011. 2º Tópico – Acidentes nas Academias/Associações e Eventos Desportivos. 1) Abordaremos a questão dos Acidentes: a) Com a citação dos dispositivos legais; b) Sem a rigorosidade Jurídica, com teses, polêmicas, etc; - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: 4º Curso Estadual para Instrutor, Mestre e Examinador  CEIME 2011

4º Curso Estadual para Instrutor, Mestre e Examinador

CEIME 2011

2º Tópico – Acidentes nas Academias/Associações e Eventos Desportivos

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1) Abordaremos a questão dos Acidentes:

a) Com a citação dos dispositivos legais;

b) Sem a rigorosidade Jurídica, com teses, polêmicas, etc;

c) Respaldar os exemplos em casos judiciais análogos;

d) Trataremos das formas de prevenir;

e) Conclusão – consciência do que deve ser feito.

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2) Dispositivos Legais:

2.1) Código Civil de 2002 – CC/02

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

2.2) Código de Defesa do Consumidor - CDC

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

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3) Quem seriam os prestadores de serviços no Taekwondo?

a) Academias;

b) Professores particulares;

c) *Associações

* Perante os seus alunos (que pagam mensalidades, usam os produtos, etc.) e não aos corpo associativo

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4) Casos Judiciais:

1º CASO:

RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE COM BOTE EM CORREDEIRAS DE RIO - RAFTING. QUEDA E AFOGAMENTO. MORTE DE PARTICIPANTE. JOVEM PRATICANTE DO ESPORTE. CONHECIMENTO DOS RISCOS POTENCIAIS DA ATIVIDADE DESPORTIVA. AUSÊNCIA DE DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. APELO PROVIDO. TRRS. AP. CÍVEL N. 70028370468. 28/05/2009.

Entendendo o Caso:

a) Empresa Desportiva condenada em 100 salários mínimos em 1º grau pela morte da praticante do esporte.

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b) Conseguiu ser absolvida pelo TRIBUNAL por demonstrar:

b.1) Utilização dos equipamentos de proteção:

“não há qualquer assertiva por parte da autora no sentido de que tais equipamentos de proteção – e indispensáveis, afirme-se – não teriam sido fornecidos aos participantes, inclusive à vítima”.

b.2) Informou os riscos do Esporte:

“não consta, a ausência de informações sobre a fruição e riscos, ou mesmo a sua insuficiência ou inadequação, como o refere o art. 14 do CDC. (...) a vítima já era participante do esporte, (...) podendo ser presumido que tinha conhecimento básico das características próprias do esporte e seus riscos”.

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b.3) Atendeu às normas de Segurança:

“(...) não vejo tenha a autora comprovado que não tenham as empresas atendido às normas de segurança exigíveis para a prática do esporte em comento – rafting. (...) a vítima assumiu o risco próprio da atividade, não se encontrando no caso concreto elementos a atestarem a presença de defeito no serviço prestado, muito embora o lamentável desfecho”.

“(...) Quem desenvolve atividade perigosa só terá obrigação de indenizar objetivamente quando violar o dever de segurança, e isso ocorre quando o serviço é prestado com defeito”.

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2º CASO:“RESPONSABILIDADE CIVIL. ESPORTE AMADOR. CDC. FALTA DE SEGURANÇA. LESÕES EM TORCEDOR ENVOLVIDO EM BRIGA. DANO MATERIAL E MORAL. TJRS. AP. CÍVEL. N. 70027500255. 29/11/2009”.

Entendendo o caso:

a) Condenação em 1º grau de 40 salários mínimos;

b) O autor foi agredido no estádio de futebol do clube demandado. O ingresso ao local do jogo deu-se mediante pagamento de preço do bilhete de entrada. (...) o réu enquadra-se na condição de fornecedor, sobretudo porque exige do torcedor o pagamento de entrada. Dessa forma, responde, modo objeto, pela incolumidade do torcedor/consumidor.

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c) “Em razão disso, deve garantir que a pessoa que vá ao estádio para assistir evento de lá saia nas mesmas condições que entrou. Destarte, não havendo dúvidas de que o autor sofreu as lesões descritas na inicial quando estava assistindo ao jogo, deve a ré responder”

d) Por ser Entidade Sem Fins Lucrativos:

“No caso, é de se considerar que a ré é entidade amadora, sem fins lucrativos, cujo objetivo é o fomento do esporte. Assim, uma indenização elevada poderia até impor a cessação das atividades, o que deve ser evitado. Dessa forma, tenho que a indenização justa deva ser de R$ 3.000,00”.

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3º CASO:

RESPONSABILIDADE CIVIL. ATLETA AMADORA. LESÃO SOFRIDA EM TREINAMENTO. FALTA DE AMPARO DA ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA. DANO MORAL. RECONHECIDO. LUCROS CESSANTES NÃO DEMONSTRADOS. TJRS. AP. CÍVEL N. 70029618667. 25/06/2009.

Entendendo o caso:

a) Atleta amadora lesionada durante o treino. Não teve amparo do Associação que representava;

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b) “(...) a ré Associação que desenvolve, pratica, dá apoio, incentiva e cultiva a prática de esporte, e nessa situação não só permite e insere nas suas equipes os sócios, mas também utiliza-se de pessoas atletas não sócios permitindo a participação destes nas competições esportivas, dando-lhes treinos e estrutura necessária, e faz dessa atividade uma prática constante com fins de obter resultados nas competições locais ou regionais (...) Omitiu-se a ré. Deixou de oportunizar à autora a realização da cirurgia no momento adequado, e este é que é o fato (...).”

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c) “(...) No caso telado, há uma peculiaridade que faz com a ré responda pelo dano sofrido pela autora, não porque promoveu o esporte, mas porque promovia o próprio nome da instituição, valendo-se dos atributos técnicos da demandante, que foi incluída na equipe de voleibol (...) mesmo sem pertencer ao quadro social da agremiação (...).”

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d) “(...) se autora era de grande valia para a equipe ré, esta, por sua vez, não poderia simplesmente deixar a sua atleta sem amparo material, já que a lesão da demandante foi adquirida em treinamento para um campeonato do qual participaria a (...). Dessa forma, responde sim a parte demandada, forma objetiva, pelo risco que criou ao ter uma equipe competitiva, que exigia dos seus atletas o máxima da qualificação técnica, cujo aprimoramento exigido resultou lesão ao direito da autora (...)”

e) Estabelecida a responsabilidade, cabe apurar os danos.“(...) estou que o valor fixado na sentença, (R$ 10.000,00 – dez mil reais), esteja adequado a compensar o injusto imposto à demandante pela parte demandada(...)”.

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5) Inovação Legislativa – Lei 12.346 de 10/12/10:

Altera a Lei no 9.615, de 24 de março de 1998, de forma a obrigar a realização de exames periódicos para avaliar a saúde dos atletas e prever a disponibilização de equipes de atendimento de emergência em competições profissionais. 

“Art. 82-A. As entidades de prática desportiva de participação ou de rendimento, profissional ou não profissional, promoverão obrigatoriamente exames periódicos para avaliar a saúde dos atletas, nos termos da regulamentação.”

“Art. 89-A. As entidades responsáveis pela organização de competições

desportivas profissionais deverão disponibilizar equipes para atendimento de emergências entre árbitros e atletas, nos termos da regulamentação.”

Art. 2o Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação.

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6) Conclusões:

a) Possibilitar aos Alunos, Atletas e Associados o maior número de informações acerca do Esporte, principalmente:

Sobre os riscos do Esporte;

Sobre a utilização de Equipamentos de Proteção;

Menores de Idade – realizar todo o tipo de informação aos pais e/ou responsáveis;

Solicitar Atestado Médico de Aptidão Física e Mental;

Abrir campo no formulário do Aluno para que o mesmo descreva se fez e/ou faz uso de medicação;

Colocar informativos pela Academia como: piso escorregadio, cuidado degrau, etc.

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UM ÓTIMO TRABALHO A TODOS.

OBRIGADO,SUCESSO

FIM