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FARMINVESTE 2
Relatório e Contas Individuais e Consolidadas 2017
Relatório e Contas 2017
2
FARMINVESTE 2
FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda. Sede
Travessa de Santa Catarina, 8 1200-403 Lisboa Contactos
Tel.: 213 476 300 Fax: 213 476 301 Mail: [email protected] Outros dados
Capital Social: € 4.500.000,00 N.I.F.: 507 396 774 Registo Comercial de Lisboa: Registo sob o nº. 507 396 774 Banco de Portugal: Registo sob o nº. 253
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Índice
Índice ............................................................................................................................................. 3 Órgãos Sociais .............................................................................................................................. 4 Estrutura Acionista ....................................................................................................................... 5 Relatório do Conselho de Gestão ................................................................................................ 5
Nota Introdutória ....................................................................................................................... 6 A envolvente económica .......................................................................................................... 6 Atividade da FARMINVESTE 2 ................................................................................................. 7 Atividade da FINANFARMA ...................................................................................................... 8
Áreas de atuação ..................................................................................................................... 8 Produção .................................................................................................................................. 9 Evolução da carteira de crédito .............................................................................................. 10
Análise Económica e Financeira............................................................................................ 12 Produto Bancário (contas consolidadas) ................................................................................ 12 Estrutura de custos (contas consolidadas) ............................................................................. 12 Resultado Operacional (contas consolidadas) ........................................................................ 13 Resultado Líquido .................................................................................................................. 14 Estrutura do Balanço (contas consolidadas) ........................................................................... 14
Gestão de riscos ..................................................................................................................... 15 Perspetivas para 2018 ............................................................................................................ 20 Informação relevante .............................................................................................................. 22 Proposta de aplicação dos resultados da FARMINVESTE 2 ............................................... 22 Agradecimentos ...................................................................................................................... 22
Demonstrações financeiras individuais – Farminveste 2 ........................................................ 23 Demonstrações Financeiras .................................................................................................. 23 Anexos às Demonstrações Financeiras ................................................................................ 26
Demonstrações financeiras consolidadas ............................................................................... 37 Demonstrações Financeiras .................................................................................................. 37 Anexos às Demonstrações Financeiras ................................................................................ 41
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Órgãos Sociais
FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda. Conselho de Gerência em funções durante o exercício de 2017 Ana Cristina Clarkson Gaspar Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes Tiago Galvão Alves Pereira Fiscal Único Efetivo
Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda. representada por Carlos Manuel Charneca Moleirinho Grenha
Suplente
Carlos Alberto Domingues Ferraz
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Estrutura Acionista
Nos termos do disposto no Artº. 447º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que os
respetivos membros dos órgãos sociais não eram detentores de qualquer quota ou ação,
respetivamente, ou de qualquer obrigação das sociedades Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal, Lda.
e Finanfarma – Sociedade Financeira de Crédito, S.A.
Relatório do Conselho de Gestão
(Relatório conjunto - contas individuais e consolidadas)
Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, vem o Conselho de Gerência submeter à
apreciação do Sócio único o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e a Proposta de
Aplicação dos Resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2017.
100 %
100%
FARMINVESTE 2
FINANFARMA
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota Introdutória
O presente documento pretende congregar os Relatórios de Gestão em base individual da
sociedade FARMINVESTE 2 – SGPS, Unipessoal, Lda. (FARMINVESTE) e consolidada com a
sociedade FINANFARMA – Sociedade Financeira de Crédito, S.A. (FINANFARMA).
A FARMINVESTE 2, com sede em Lisboa, na Travessa de Santa Catarina 8, foi constituída em 22
de setembro de 2005, no âmbito do processo de reorganização societária do Universo empresarial
da Associação Nacional das Farmácias (ANF).
Salvo se expresso em contrário, os valores são apresentados em Euros.
A envolvente económica
Segundo o FMI, a economia mundial apresentou um crescimento de 3,6% em 2017, superior à
média dos últimos cinco anos de 3,4%.
A melhoria da dinâmica da taxa de crescimento em 2017 deveu-se à revisão em alta das economias
desenvolvidas e dos países pertencentes ao BRIC.
Nos EUA e na China, o PIB cresceu 2,3% e 6,9% respetivamente e as economias da zona euro e
da União Europeia (UE) aceleraram para crescimentos de 2,3% e 2,4%, face aos 1,8% e 2,0%
respetivamente ocorridos em 2016.
Mesmo com uma aceleração do crescimento, as pressões inflacionistas mantiveram-se contidas nas
principais áreas económicas, apesar de uma subida de 20,6% no preço do petróleo (Brent), para
USD 66,8/barril. Nos EUA e Zona Euro, a inflação homóloga fechou o ano em 2,1% e 1,4%,
respetivamente.
Na Zona Euro, o BCE manteve os juros de referência inalterados (taxa da facilidade de depósitos
em -0,4%), sinalizando a sua manutenção por um período prolongado de tempo, mas reduziu o seu
programa de aquisição de ativos para 30 mil milhões de euros/mês. Neste contexto, a yield do Bund
a 10 anos subiu de 0,208% para 0,427% (com um máximo anual de 0,6% em julho).
No mercado cambial, o euro apreciou perto de 14% face ao dólar em 2017, fechando o ano em
EUR/USD 1,2022.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
O crescimento da atividade económica, os juros baixos, as melhorias dos lucros das empresas
traduziram-se em valorizações significativas no mercado acionista. Os índices Dow Jones e S&P
500 registaram ganhos de 25,1% e 19,4% e o índice Nasdaq valorizou 28,2%. Na Europa, o DAX, o
CAC 40 e o IBEX valorizaram 12,5%, 9,3% e 7,4%, respetivamente. No Japão, o Nikkei avançou
19,1% e nos mercados emergentes, destaca-se os ganhos de 26,9% no Bovespa.
Em Portugal, o PIB expandiu-se 2,7% em 2017 (vs. 1,6% em 2016), com um aumento do contributo
da procura interna.
A aceleração das importações determinou um contributo negativo da procura externa líquida, não
obstante o forte desempenho das exportações, com o turismo a acentuar o dinamismo observado
nos anos anteriores.
A taxa de desemprego recuou de 11,1% para 8,9% da população ativa e a taxa de inflação subiu de
0,6% para 1,4%.
Com a redução do défice público e as subidas de rating da S&P (para BBB-) e da Fitch (para BBB),
a yield da Obrigação de Tesouro a 10 anos recuou de um máximo de 2 anos em março (4,3%), para
1,9% no final do ano e o spread face ao Bund alemão estreitou para 152 pontos base no final do
ano. O PSI-20 valorizou 15,2% em 2017.
Atividade da FARMINVESTE 2
A FARMINVESTE 2 é a sociedade gestora de participações sociais para a área financeira do Grupo
Associação Nacional das Farmácias, constituída com o objetivo de apoiar a autonomização da área
de atividade financeira do Universo ANF numa sociedade com características específicas.
A Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal Lda. é a sociedade gestora de participações sociais para a
área financeira, sendo a única accionista da Finanfarma – Sociedade Financeira de Crédito, S.A.
A FINANFARMA iniciou a sua atividade de factoring e serviços complementares a 2 de Janeiro de
2007, estando sujeita à permanente supervisão do Banco de Portugal onde se encontra registada,
nos termos da legislação que regula as Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Em 8 de Abril de 2016, o Banco de Portugal deferiu o pedido de autorização para transformação da
Finanfarma em sociedade financeira de crédito (SFIC), e em 26 de Outubro de 2016 procedeu ao
seu registo especial.
Nesta sequência, a Finanfarma passou a operar com a denominação de Finanfarma – Sociedade
Financeira de Crédito, S.A alargando o âmbito das atividades e serviços que pode oferecer aos seus
clientes com destaque para a concessão de crédito direto para apoio à tesouraria e ao investimento.
Na qualidade de SGPS e acionista única da FINANFARMA, a atividade da FARMINVESTE 2
passou a ficar sujeita à supervisão do BdP nos termos do nº 1 do Artº. 117º. do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiros (RGICSF).
De salientar que a FARMINVESTE 2 não possui qualquer estrutura ou atividade operacional, toda
a sua atividade é desenvolvida através das funções de grupo partilhadas com a estrutura da
FINANFARMA.
Em deliberação efetuada pela Assembleia Geral de Farminveste 2 foi decidido promover a
constituição de uma instituição de moeda eletrónica, sob a forma de sociedade comercial de
responsabilidade limitada, a qual será inteiramente detida pela Sociedade. À data deste Relatório
ainda não é possível estimar a data da sua constituição em virtude da mesma necessitar de
aprovação prévia do Banco de Portugal.
Atividade da FINANFARMA
Áreas de atuação
Durante o ano de 2017 a Finanfarma deu continuidade à sua linha estratégica de atuação,
focalizando a sua atividade na área das Farmácias, nomeadamente através da aquisição dos
créditos destas (relativos às comparticipações nos preços dos medicamentos) sobre o Serviço
Nacional de Saúde (SNS) e outros organismos, que representa cerca de 95% do total de créditos
tomados.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
O “Serviço de Pagamento a Fornecedores”, dirigido primordialmente aos clientes Farmácia e que na
sua essência consiste numa garantia de bom pagamento a fornecedores por conta do Cliente,
cresceu face a 2016 representando aproximadamente 8% da carteira de crédito no final de 2017.
Por sua vez o produto Easypayment, cuja comercialização pela Finanfarma se iniciou em novembro
de 2014 com o objetivo de oferecer alternativas de apoio à gestão de tesouraria dos seus clientes,
cresceu em 2017 embora ainda tenha um valor residual na carteira global. Através de um processo
de contratação mais expedito, o Easypayment veio reforçar o poder negocial das farmácias na
obtenção de vantagens financeiras e comerciais junto dos seus fornecedores ao garantir-lhes
recebimentos nas datas de vencimento acordadas.
No 1º trimestre de 2017 iniciou-se a comercialização de crédito amortizável.
Produção
O valor global dos créditos tomados pela Finanfarma em 2017 manteve-se sensivelmente ao nível
de 2016, apresentando um aumento de 3,3% para 1.398 milhões de Euros.
(montantes expressos em milhares de Euros)
Fora do âmbito do SNS, o total dos créditos tomados apresentaram um aumento de 2,7%, atingindo
o valor de 108,4 milhões de Euros em 2017.
Este desempenho assentou no volume de
créditos tomados sobre o Serviço Nacional de
Saúde (SNS), no montante de 1.289 milhões de
euros, um aumento de 3,4% face a 2016,
refletindo a tendência de estabilização da
atividade das farmácias que até 2014 foram
impactadas por uma redução no volume de
comparticipações do SNS e outros organismos
devido às alterações legislativas introduzidas na
política do medicamento.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Evolução da carteira de crédito
(montantes expressos em milhares de Euros)
* Inclui os créditos relativos a comparticipações do SNS e de outros organismos no preço dos medicamentos dispensados a crédito pelas Farmácias.
Desde o início, em 2007, a Finanfarma focalizou a sua atividade no sector da Saúde, em particular
na gestão e antecipação dos créditos das Farmácias sobre o Serviço Nacional de Saúde. Todavia,
com o objetivo de promover a diversificação da sua carteira de crédito, a Finanfarma tem vindo a
aumentar a penetração no seu negócio de entidades privadas através da comercialização dos seus
produtos de pagamento a fornecedores (11,3 M€ do total de 24,3 M€).
16,9%
0,3%
8,9%
73,9%
Empresas
Sector Emp. Estado
Admin Local e Regional
Setor Publico Admnistrativo
Estrutura da Carteira de Crédito
8,6%
1,9%
4,4%
85,1%
Outros Créditos
Empréstimos Amortizáveis
Factoring Outros
Factoring SNS *
Distribuição por Produto
A carteira de crédito no final de 2017
apresentou um aumento de cerca de 10%
face a dezembro de 2016, ascendendo a um
valor de 144 milhões de Euros.
Este aumento é justificado pela variação do
volume de créditos tomados no âmbito do
SNS e pelo início da comercialização do
crédito amortizável em 2017.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Em termos contabilísticos o crédito em atraso em 31 de dezembro de 2017 registava um total de 2,8
milhões de euros. Apenas 0,8 milhões de euros estavam vencidos há mais de 90 dias
(representando 1% do total da carteira de crédito), dos quais 0,3 milhões de euros decorrem de
situações de diferendo com Administrações Regionais de Saúde relativamente ao método de cálculo
de juros de mora e 0,5 milhões de euros são de entidades privadas cujos créditos estão em
contencioso.
De referir que todo o valor de crédito vencido há mais de 90 dias estar integralmente coberto por
imparidade, evidenciando a Finanfarma um rácio de cobertura de crédito vencido há mais de 90 dias
por imparidade de 100%.
O valor de crédito de crédito vencido há mais de 90 dias desceu significativamente de 2016 para
2017, de 5,5 milhões de euros para 2,8 milhões de euros em virtude do acordo alcançado com uma
das ARS que apresentava crédito vencido de aproximadamente 2 milhões de euros e ainda de se
ter procedido a abates com a utilização integral de imparidades que ascendiam a 100% do valor da
exposição.
85,1%
14,4%
0,5%
Saúde Farmácias
Saúde Outros
Serviços
Distribuição Setorial A distribuição por setores de atividade da
carteira de crédito em dezembro de 2017
reflete o enfoque da empresa no Sector da
Saúde, representado este quase 100% da
carteira, com especial enfoque nos clientes
Farmácia que, no âmbito da cessão de
créditos sobre o Serviço Nacional de Saúde e
Outros Organismos representam, 85,1% da
carteira total.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
(montantes expressos em milhares de Euros)
Importa realçar que dos 2,8 milhões de euros de crédito vencido, aproximadamente 2,2 milhões de
euros corresponde a atrasos pontuais inferiores a 90 dias. Estes atrasos nas transações comerciais
são considerados normais e inerentes à atividade de factoring, muitas vezes decorrentes de fatores
que não têm relação com a solvabilidade do cliente.
Análise Económica e Financeira
Produto Bancário (contas consolidadas)
O Produto Bancário registou em 2017 um total de 2,781 milhões de euros, refletindo uma redução
de 45% face aos 5,086 milhões de euros registados em 2016.
Para a redução da margem financeira ocorrida em 2017, em cerca de 2.423 mil euros face ao
período homologo, contribuiu de forma decisiva a ausência de atrasos (e correspondente ausência
cobrança de juros de mora) nos pagamentos dos créditos detidos pela Finanfarma sobre SNS.
Estrutura de custos (contas consolidadas)
A sociedade teve como principais custos de estrutura as despesas com pessoal no total de 2,025
milhões de euros e os gastos gerais e administrativos no total de 1,998 milhões euros.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Os custos com pessoal tiveram um acréscimo de cerca de 23% relativamente a 2016 devido a novas
contratações para reforço e melhor adequação da estrutura de colaboradores da Instituição no
âmbito da sua transformação em Sociedade Financeira de Crédito (SFIC).
Os gastos gerais administrativos registaram em 2017 um aumento de 22%, tendo sido os custos
com consultores e informática, as rubricas que mais contribuíram para este aumento. Os consultores
foram contratados para apoiar a sociedade em projetos associados a novos requisitos regulatórios
e no apoio à implementação de novas plataformas tecnológicas se suporte à gestão de novos
produtos.
Em 2017, foram revertidas imparidades no valor de 923,1 mil euros, em resultado do acordo
celebrado entre a Finanfarma e a Administração Regional de Saúde Norte, através do qual esta ARS
efetuou um pagamento de juros em dívida no montante de 1.731 mil euros.
Em termos individuais a FARMINVESTE 2 registou na rúbrica Gastos Gerais Administrativos o
montante de 4.952 euros.
Resultado Operacional (contas consolidadas)
O Resultado Operacional registou em 2017 o valor de 1,243 milhões de euros negativos, refletindo
uma redução de cerca de 3,047 milhões de euros face ao ano anterior.
Para esta redução contribuíram dois efeitos: o aumento dos custos de estrutura, designadamente
os custos com pessoal que registam um acréscimo de 382 mil euros e os gastos gerais
administrativos que subiram 359 mil euros, e a redução do Resultado Financeiro decorrente da
ausência de cobrança de juros de mora sobre atrasos no pagamento dos créditos sobre o Sistema
Nacional de Saúde.
A capacitação da organização com as competências e valências necessárias à prestação de
serviços inovadores aos clientes, assentes em processos robustos que garantam a sua qualidade e
o cumprimento de todas as normas vigentes, determinaram a incorporação em 2017 de novos
colaboradores e a contratação de consultores externos para apoio à sociedade.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Resultado Líquido
Em termos consolidados a FARMINVESTE 2 registou em 2017 um resultado líquido de 396 mil de
euros negativos, 1,594 mil euros inferior ao alcançado em 2016.
Em termos individuais a FARMINVESTE 2 registou um resultado negativo de 6.132,77 euros.
Estrutura do Balanço (contas consolidadas)
O total do ativo líquido atingiu no final de 2017 os 143,4 milhões de euros representando um aumento
de cerca de 8,5% em relação aos 132,2 milhões de euros registados em 2016.
Estes ativos foram financiados quase exclusivamente por linhas de crédito obtidas junto de
Instituições Financeiras e pelos Capitais Próprios que no final do ano ascenderam a 11 milhões de
euros.
O ano de 2017 encerrou com uma carteira de crédito líquida no montante de 141,6 milhões de euros,
12% superior ao valor de dezembro de 2016.
De referir ainda a redução verificada na carteira de crédito dos devedores públicos, nomeadamente
da Administração Local e dos Hospitais EPE, como resultado do plano de redução de dívidas e do
términus de alguns contratos.
A carteira de crédito da Finanfarma em 31 de dezembro de 2017 era composta em cerca de 85%
por créditos sobre o Serviço Nacional de Saúde e sobre o Serviço Regional de Saúde da Madeira e
Açores.
A qualidade da carteira de crédito aferida com base nos indicadores de incumprimento evidencia
que o crédito vencido há mais de 90 dias, no montante de 0,8 milhões de euros, representava 1%
da carteira de crédito total.
O rácio de solvabilidade a 31 de dezembro de 2017 reportado ao Banco de Portugal foi de 33,4%.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
A rúbrica “outros passivos” registava em 31 de Dezembro de 2017 um saldo no montante de 3,1
milhões de euros, cujas rubricas principais eram 1,8 milhões de euros referentes a saldos credores
por contratos de factoring (valores não adiantados a clientes de contratos sem recurso e posições
credoras das contas correntes), 608 mil euros referentes a encargos com pessoal e Gastos Gerais
Administrativos, 420 mil euros referentes a valores a pagar a fornecedores, 102 mil euros a pagar
ao Estado e 26 mil euros referentes a valores a pagar a outros credores.
Gestão de riscos
De salientar que a FARMINVESTE 2 não possui qualquer estrutura ou atividade operacional, toda
a sua atividade é desenvolvida através das funções de grupo partilhadas com a estrutura da
FINANFARMA.
A função de Gestão de Riscos atua de forma autónoma e independente, tendo como objetivos a
definição e implementação dos processos que permitam a identificação, avaliação,
acompanhamento e controlo de todos os riscos a que a instituição se encontra exposta, quer
internamente, quer externamente.
Os riscos da atividade da Finanfarma são analisados e controlados pelo Conselho de Administração
da Instituição tendo em conta a estratégia geral da Instituição e a sua posição no mercado. A
Instituição encontra-se, naturalmente, exposta a diversos tipos de risco inerentes à atividade
económica que prossegue, uns mais relevantes que outros, em função da exposição decorrente da
sua dimensão, estrutura orgânica e sistémica e natureza das operações e negócios efetuados. O
Risco de Crédito e o Risco de Liquidez apresentam-se como os riscos mais relevantes da atividade
da Finanfarma.
Relativamente ao Risco de Crédito, todas as decisões de crédito relacionadas com as operações
realizadas obedecem a procedimentos definidos, sendo tomadas através de um processo de
decisão colegial. Salienta-se, contudo, que este risco é minimizado pela composição da carteira da
Instituição, dado que 83,1% da mesma é constituída por créditos sobre o Estado (SPA, Municípios
e SEE).
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
O Risco de Liquidez é também um risco relevante para a atividade da Finanfarma, pelo que a liquidez
da Instituição é acompanhada regularmente, sendo revistas periodicamente as linhas de
financiamento a contratar. É permanentemente assegurado que a maturidade das linhas utilizadas
se encontra em consonância com os prazos contratuais estabelecidos com os clientes da
Finanfarma.
Em 31 de Dezembro de 2017, a Finanfarma dispunha de linhas de financiamento contratualizadas
junto do setor bancário que lhe proporcionavam ampla segurança face às necessidades de fundos
para suportar a sua atividade e previsão de crescimento. Em complemento, apresentam-se os
principais procedimentos de controlo adotados, assim como a avaliação efetuada face às categorias
de risco com maior relevância, nomeadamente, o Risco de Crédito e o Risco de Liquidez.
I. Risco de Crédito:
A Instituição está exposta ao risco de crédito devido à natureza da sua atividade. Na sua génese, a
atividade da Instituição centrou-se exclusivamente no sector das farmácias, através da tomada sem
recurso de créditos (Factoring) relativos às comparticipações do Serviço Nacional de Saúde e Outros
Organismos Públicos no preço dos medicamentos dispensados a crédito pelas farmácias. Deste
modo, o risco de crédito da Instituição encontrava-se praticamente mitigado por ser composto
apenas por ativos sobre o Sector Público Administrativo.
Decorrente do desenvolvimento da Instituição, a Instituição, alargou a sua base de clientes, tendo
passado a conceder crédito com base em contratos de Factoring com recurso sobre entidades de
natureza privada, e contratos sem recurso sobre entidades públicas e privadas. O risco de crédito
envolvido nas operações de factoring pode ser assumido unicamente pelo devedor, nas operações
denominadas sem recurso ou pelo devedor e aderente (em caso de incumprimento do devedor) nas
operações com recurso.
Face ao exposto, os aspetos mais relevantes da Instituição quanto à determinação do risco de
crédito, são os que se seguem:
A Instituição até ao final de 2016 apenas centralizava a sua concessão/ renovação de crédito
no produto de Factoring (nas suas diversas variantes), tendo no inicio de 2017 iniciado a
comercialização de financiamentos de médio e longo prazo pelo que o número deste tipo de
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
contratos ainda não apresentam grande expressividade no valor do crédito concedido pela
Finanfarma;
A carteira total de clientes da Finanfarma está exposta, quase na sua totalidade,
nomeadamente 83%, ao Estado (73% ao Sector Público Administrativo, 8,9% à
Administração local e Regional e 0,3% ao Sector Empresarial do Estado), contudo este é,
simultaneamente, um fator mitigador do risco de incumprimento. Adicionalmente, face à
natureza do negócio e ao setor onde se insere, a Finanfarma concentra a sua exposição ao
setor das farmácias nacionais;
A carteira continua a ser maioritariamente constituída por créditos de maturidade muito
reduzida, considerando que o período de vencimento das faturas tomadas é um mês.
Com vista a prevenir os riscos de crédito, a Instituição definiu uma política de gestão de risco de
crédito, a qual se encontra sistematizada em normas e manuais internos cobrindo os processos de
concessão e acompanhamento dos créditos. Esta política é da responsabilidade do Conselho de
Administração, sendo revista regularmente sobre proposta do Departamento de Risco de Crédito.
No que concerne à concessão de crédito, todas as exposições são objeto de aprovação por escalões
de decisão definidos em Normativo em função das seguintes variáveis i) produto ii) valor das
respetivas operações por Grupo Económico iii) nível risco do Grupo Económico e iv) prazo, valor
residual e LTV.
A decisão de crédito na Finanfarma pode ser tomada a 3 níveis: Comité de Crédito, Comissão
Executiva e Conselho de Administração.
O Comité de Crédito, criado no inicio de 2017, tem como responsabilidade a análise e decisão de
crédito de modo a definir o limite de envolvimento da Finanfarma em cada Cliente/Grupo, dentro dos
poderes de crédito que lhe são atribuídos em Normativo. Este Comité é composto por 1
Administrador, um representante do Departamento de Comercial e um representante do
Departamento de Risco de Crédito, nomeados para o efeito.
Todas as operações de crédito são alvo de um Relatório de Análise de Risco, cuja responsabilidade
de elaboração é do Departamento de Risco de Crédito.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Este Relatório de Análise de Risco incorpora o rating do cliente, cujo modelo combina variáveis
financeiras, obtidas através das Demonstrações Financeiras com vista a avaliar o enquadramento
económico e financeiro da empresa em causa, variáveis qualitativas, através das quais se procura
captar os aspetos qualitativos mais relevantes e mais suscetíveis de influenciar o perfil de risco da
empresa. O modelo incorpora ainda um conjunto de penalizações tendo por base sinais de alerta
qualitativos e/ou comportamentais denominado bloco de Incidentes.
O Relatório de Análise de Risco, particularmente, o rating permite avaliar de forma sistematizada o
risco das operações e é também utilizado, conforme descrito acima, como um dos elementos
necessários para definição do escalão de decisão da operação de crédito.
Relativamente ao acompanhamento do risco de crédito, este é efetuado essencialmente a dois
níveis:
1. Nas reuniões mensais do Comité de Imparidade (criado em 2017) e no qual participam: um
Administrador, um representante do Departamento Comercial, um representante do
Departamento de Risco de Crédito e um representante do Departamento Financeiro,
nomeados para o efeito.
2. Nas reuniões da Comissão Executiva e do Conselho de Administração, nas quais são
apresentados os principais indicadores de risco de crédito.
Em função da evolução dos indicadores e da informação apresentada e analisada, a Comissão
Executiva e/ou o Conselho de Administração podem definir ações estratégicas no sentido de inverter
a tendência de algum dos indicadores apresentados.
No que concerne ao processo de recuperação, em situações supervenientes de crédito
tendencialmente vencido, são tomadas medidas especiais, tendo em vista acautelar o seu
agravamento, através de um congelamento na concessão de crédito, insistências redobradas na
sua recuperação, assim como acionar as garantias disponíveis.
Relatório e Contas 2017
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FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Risco de Liquidez
Definição:
A probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes da
incapacidade da Instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras,
à medida que as mesmas se vencem.
Aplicação à Instituição:
A liquidez da Instituição é avaliada relativamente a duas componentes: a posição atual e a posição
esperada. A análise, acompanhamento e monitorização da posição de liquidez visa avaliar se a
Instituição dispõe de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras à medida que as
mesmas se vencem. A posição de liquidez da Instituição é seguida diariamente, tendo em
consideração a disponibilidade das linhas de financiamento face à sua utilização atual e prevista,
em função da rotação da carteira (volume de cobranças) e contratação de novos negócios.
O financiamento da Finanfarma encontra-se a ser efetuado através de linhas contratadas para
cessão de créditos sobre o SNS, de contas correntes e através de empréstimos de médio prazo. Os
prazos das linhas de cessão de créditos e de conta corrente são de 6 e 12 meses, e o empréstimo
de medio prazo, com amortizações mensais de capital, tem prazos residuais de 48 e 60 meses.
As maturidades dos financiamentos da Finanfarma estão alinhadas com os prazos contratuais
estabelecidos nas operações ativas com os clientes da Instituição. As linhas negociadas têm em
consideração a rotação da carteira de créditos tomados pela Finanfarma, sendo que cerca de 80%
dos créditos tem uma rotação a um mês (créditos tomados sobre o Serviço Nacional de Saúde,
Serviço regional de Saúde da Madeira e Açores e Outros Organismos).
Com referência a 31 de dezembro de 2017 o rácio de crédito utilizado sobre o crédito contratado da
Finanfarma fixou-se em 39%. A Instituição dispõe, pois, de uma elevada margem para fazer face às
suas normais necessidades de financiamento e acomodar potenciais incrementos destas por via de
um crescimento da sua atividade enquanto sociedade financeira de crédito e/ou num cenário em
que ocorram atrasos por parte das Administrações Regionais de Saúde no pagamento dos créditos
cedidos pelas Farmácias à Finanfarma sobre o Sistema Nacional de Saúde.
Relatório e Contas 2017
20
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Perspetivas para 2018
O FMI reviu em alta o crescimento mundial para 2017 de 3,6% para 3,7% e aumentou em duas
décimas as previsões para 2018 e 2019, com o ritmo anual a acelerar para os 3,9%, eliminando
assim o risco de abrandamento global registado entre 2014 e 2016. No entanto, este crescimento
continua a ser inferior ao ritmo assinalado em 2010 e 2011, respetivamente, superior a 5% e 4%.
Esta revisão em alta deve-se sobretudo à mexida significativa nas projeções para quatro economias
do G20 – Alemanha, Arábia Saudita, Estados Unidos e México.
Segundo o FMI, a economia americana cresceu 2,2% para 2017 (0,1 ponto percentual a mais que
na última previsão) devido à forte confiança do mercado interno. Em 2018, a economia americana
deve se expandir ainda mais, para 2,3%, o que representa um reajuste de 0,2 pontos percentuais.
De acordo com o FMI, a zona euro cresceu 2,1 % (acima dos 1,9% anteriormente estimados) ficando
a dever-se principalmente ao desempenho das quatro maiores economias da zona euro. Para além
de 2017, também foram revistas em alta as estimativas de crescimento para os anos de 2018 e 2019
em que a economia da zona euro irá acelerar, respetivamente, 2,2% e 2%.
De entre as 4 maiores economias da zona Euro (Alemanha, Itália, França e Espanha), apenas
Espanha sofreu uma ligeira redução na sua previsão de crescimento para 2018, de 2,5% para 2,4%,
devido aos efeitos do aumento da incerteza política na confiança e na procura, relacionados
sobretudo com a crise política na Catalunha.
No que se refere a ações de política, o Fundo refere que o Banco Central Europeu (BCE) "deve
esperar por evidências concretas de uma subida sólida da inflação antes de reduzir" a abrangência
da política monetária acomodatícia como também recomenda a países com défices muito baixos e
dívidas relativamente reduzidas a usar essa margem orçamental para apoiar reformas estruturais e
impulsionar o investimento público para aumentar o crescimento potencial. Por fim, também será
preciso "acelerar a limpeza dos balanços dos bancos" e "melhorar de forma duradoura a
rentabilidade do sistema bancário de forma a reforçar a resiliência e recuperação da zona euro.
Relativamente à economia portuguesa, o FMI reviu em alta as suas previsões de crescimento para
2017, esperando agora uma subida de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um valor muito mais
robusto que os 1,7% estimados na última projeção. A revisão em alta também sucede na projeção
Relatório e Contas 2017
21
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
para o ano de 2018 que aponta para um crescimento de 2% — a estimativa anterior do FMI era de
1,5%.
O crescimento de 2,5% esperado para 2017 está alinhado com a previsão mais recente do Banco
de Portugal que, contudo, espera um abrandamento da economia, tal como o FMI, para 2018.
Apesar deste abrandamento, as projeções do FMI colocam Portugal a crescer acima da média da
zona euro este ano (2,5% versus 2,1%).
Perspetivas para o desenvolvimento da Finanfarma em 2018. Em 2018 a Finanfarma pretende acelerar o seu crescimento aumentando seletivamente o seu
envolvimento com as farmácias e clientes do setor da saúde. A empresa irá iniciar a comercialização
de crédito em conta corrente e disponibilizará uma nova versão do seu produto de pagamento a
fornecedores, mais flexível na sua utilização.
A par da disponibilização de um leque mais alargado de produtos e funcionalidades, a empresa
manterá o foco na capacitação da organização, dando continuidade ao plano de contratação de
colaboradores iniciado em 2016 e investindo no reforço das competências dos colaboradores
através de ações de formação especializadas.
Os projetos iniciados em 2017 tendo em vista introduzir melhorias de procedimentos nas áreas de
suporte ao negócio e na implementação de obrigações regulamentares serão alvo de uma forte
dedicação por parte da gestão. Pela sua importância, destacam-se os projetos que visam assegurar
o cumprimento da sociedade com o novo Regime Geral de Proteção de Dados (RGPD) e a nova
Central de Riscos de Crédito (CRC) do Banco de Portugal.
O ano de 2018 assume pois, particular importância no plano estratégico da Finanfarma para atingir
a sua ambição de se tornar o parceiro financeiro de referência das farmácias.
Relatório e Contas 2017
22
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Informação relevante
Não se registaram factos relevantes após o termo do exercício.
Proposta de aplicação dos resultados da FARMINVESTE 2
Considerando as disposições legais em vigor e os estatutos da sociedade, o Conselho de Gerência
propõe ao Sócio único a afetação do resultado líquido negativo apurado no exercício de 2017 no
montante de € - 6.132,77 integralmente para resultados transitados.
Agradecimentos
O Conselho de Gerência da FARMINVESTE 2, deseja exprimir os seus melhores agradecimentos
a todas as pessoas e entidades que colaboraram com as sociedades e que contribuíram para atingir
os objetivos com o reconhecido sucesso.
Lisboa, 18 de abril de 2018
O Conselho de Gerência da FARMINVESTE 2 –SGPS, Unipessoal, Lda.
Ana Cristina Clarkson Gaspar Tiago Galvão Alves Pereira Nuno Vasco Rodrigues Lopes
Relatório e Contas 2017
23
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstrações financeiras individuais – FARMINVESTE 2
(montantes expressos em Euros – o Anexo faz parte integrante destas demonstrações)
Demonstrações Financeiras
Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Relatório e Contas 2017
24
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstração dos resultados e do rendimento integral em 31 de dezembro de 2017
Demonstração das alterações do Capital Próprio
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
No t as / Quad ros A nexo s
2 0 17 2 0 16
Juros e rendimentos similares 0,00 0,00Juros e encargos similares 0,00 0,00Margem financeira 0,00 0,00
Encargos com serviços e comissões 8 283,17 202,93Outros resultados de exploração 9 -897,95 -1 001,00Margem complementar -1 181,12 -1 203,93Produto bancário -1 181,12 -1 203,93
Custos com pessoal 10 0,00 0,00Gastos gerais administrativos 11 4 951,65 6 739,68Resultado antes de impostos -6 132,77 -7 943,61
Impostos 12 0,00 0,00Correntes Diferidos
Resultado após impostos -6 132,77 -7 943,61Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas
Resultado líquido do exercício -6 132,77 -7 943,61Movimentos não reconhecidos nos resultados 0,00 0,00
Rendimento integral do Exercício -6 132,77 -7 943,61
C apit al SocialPrest açõ es
sup lement aresPrémio d e Emissão R eservas
R esult ad os T ransit ad o s A cçõ es Pró p rias
R esult ad o Lí q uid o T o t al
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -69 183,55 0,00 -5 852,35 4 425 002,31
Transferência para resultados transitados -5 852,35 5 852,35 0,00Resultado líquido do exercício -7 943,61 -7 943,61Saldo em 31 de Dezembro de 2016 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -75 035,90 0,00 -7 943,61 4 417 058,70
Transferência para resultados transitados -7 943,61 7 943,61 0,00Resultado líquido do exercício -6 132,77 -6 132,77Saldo em 31 de Dezembro de 2017 4 500 000,00 0,00 0,00 38,21 -82 979,51 0,00 -6 132,77 4 410 925,93
Relatório e Contas 2017
25
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
2 0 17 2 0 16
Fluxos de caixa das actividades operacionaisJuros e comissões recebidosJuros e comissões pagas -283,17 -202,93Recuperação de crédito e juros vencidosPagamento a empregados e a fornecedores -6 055,28 -6 739,68Outros pagamentos e recebimentos operacionais 0,00 -1,00
-6 338,45 -6 943,61
Imposto pago sobre o rendimento -850,00 -1 000,00-7 188,45 -6 571,88
Fluxos de caixa das actividades de investimento
0,00 0,00
Fluxos de caixa das actividades de financiamento0,00 0,00
Aumento (Diminuição) de caixa e seus equivalentes -7 188,45 -6 571,88
Caixa e seus equivalentes no início do período 13 799,43 20 371,31
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 6 610,98 13 799,43Depósitos à Ordem 6 610,98 13 799,43Depósitos a prazo
Relatório e Contas 2017
26
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Anexos às Demonstrações Financeiras
Nota 1 – Base de Apresentação das Demonstrações Financeiras
As contas oficiais da FARMINVESTE 2 até 31 dezembro 2006, foram elaboradas com base no Plano
Oficial de Contabilidade (POC) aplicável às sociedades comerciais nos termos da legislação em
vigor.
Com o registo do início de atividade da FINANFARMA, a 02 de janeiro 2007, as demonstrações
financeiras individuais da FARMINVESTE 2 passaram a ser preparadas de acordo com as Normas
de Contabilidade Ajustadas (NCA), conforme estabelecido pelo Banco de Portugal no Aviso nº
1/2005, de 21 de fevereiro, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo nº 1 do artigo
115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. A publicação do aviso
do Banco de Portugal n.º 5/2015, de 7 de dezembro, veio determinar, para os exercícios económicos
iniciados em 1 de janeiro de 2017 (aos bancos, aplicável a partir de 1 de janeiro de 2016), a
preparação das demonstrações financeiras em base individual de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro ou International Accounting Standards (IAS) / International
Financial Reporting Standards (IFRS) adotadas pela União Europeia, conforme estabelecido pelo
Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho.
Até 31 de dezembro de 2016 Finanfarma elaborava os seus registos contabilísticos de acordo com
as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) definidas pelo Aviso nº. 1/2005 do Banco de Portugal
(BdP) desde o início da sua atividade que ocorreu em janeiro de 2007.
As NCA correspondiam genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS)
tal como adotadas pela União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, transpostas para o ordenamento nacional pelo
Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro, do Banco de
Portugal.
Nos termos do Aviso nº 1/2005, existiam as seguintes exceções com impacto nas demonstrações
financeiras da Instituição:
Relatório e Contas 2017
27
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
i. Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a
receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser classificados em
outras categorias e, como tal, não podem ser registados pelo justo valor;
ii. Provisionamento do crédito e valores a receber – são definidos níveis mínimos de
provisionamento de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Este
normativo abrange também o provisionamento de responsabilidades representadas por aceites,
garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iii. Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste
modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pela Norma IAS 16 – Ativos
fixos tangíveis.
Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso
em que as mais-valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
Dado que as demonstrações financeiras separadas da Farminveste 2 não incluíam qualquer uma
das áreas sujeitas a ajustamento de acordo com as NCA, da adoção das IFRS não resultou qualquer
impacto na elaboração das demonstrações financeiras individuais.
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, salvo
se mencionado o contrário;
A preparação das contas individuais com base nas IFRS requer dos órgãos de gestão um julgamento
no processo de aplicação das políticas contabilísticas, refletindo os ativos e passivos da
FARMINVESTE 2.
Nota 2 – Políticas e Critérios Valorimétricos Adotados As principais políticas e critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações
financeiras foram as seguintes:
Relatório e Contas 2017
28
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
a) Ativos e passivos financeiros
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor na data de
aquisição/constituição das operações.
b) Recursos
Após reconhecimento inicial, os recursos financeiros obtidos de Instituições de Crédito são
valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados
durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo
inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de
transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação.
c) Reconhecimento de custos e proveitos
Os juros incorridos por financiamentos bancários contraídos são calculados dia-a-dia sobre os
saldos devedores e especializados mensalmente, sendo imputados a custos do exercício pelo
período decorrido.
Os custos e proveitos do exercício são registados no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio
contabilístico da especialização dos exercícios.
d) Ativos intangíveis
Esta rubrica compreende a contabilização dos custos com a aquisição de sistemas
informáticos.
Relatório e Contas 2017
29
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes e por duodécimos ao longo
da vida útil esperada, que atualmente se encontra nos três anos.
Todos os custos referentes a serviços notariais, constituição de empresas, formação,
publicidade e atividades de promoção, entre outros, por não se encontrarem previstos na IAS
38 (ativos intangíveis), não são reconhecidos em balanço, constituindo antes um custo do
exercício.
e) Ativos tangíveis
Nesta rubrica são registados, pelo valor histórico, os ativos tangíveis relacionados com o
desenvolvimento da atividade das Sociedades, quando deles resultem benefícios económicos
futuros.
f) Disponibilidades em outras instituições de Crédito.
Esta rubrica engloba os saldos das contas de depósitos à ordem domiciliadas em Instituições
de Crédito no país.
g) Impostos sobre os lucros
A FARMINVESTE 2 é detida a 100% pela Associação Nacional de Farmácias, sendo tributada,
a nível individual em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa
em vigor (21%) acrescida da derrama definida pela Lei das Finanças Locais, que atualmente
estão fixadas de 1,5% sobre o valor de lucros tributável.
Adicionalmente, está prevista uma derrama estadual, correspondente a 3% do lucro tributável
compreendido entre 1,5 e 7,5 milhões de euros, de 5% do lucro tributável compreendido entre
7,5 e 35 milhões e de 7% do lucro tributável superior a esse montante.
Relatório e Contas 2017
30
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Sociedade durante um
período de quatro anos, exceto nos casos em que exista reporte de prejuízos fiscais, podendo
por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações
adicionais.
h) Impostos diferidos
Os impostos diferidos, ativos e passivos, correspondem ao valor do imposto a recuperar e a
pagar em períodos futuros resultantes de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou
passivo no Balanço e a sua base tributável.
Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos
diferidos ativos.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável
existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.
i) Ganhos e perdas em empresas do grupo e filiais
As participações encontram-se registadas pelo custo de aquisição e os seus rendimentos são
reconhecidos em rendimentos de participações de capital quando distribuídos.
Nota 3 – Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das demonstrações financeiras
As IFRS determinam um conjunto de procedimentos contabilísticos, incluindo julgamentos por parte
dos órgãos decisores das sociedades e cálculos de estimativas necessárias.
No âmbito da atividade da Sociedade, a qual consiste, exclusivamente, na gestão das participações
financeiras ligadas a empresas do Grupo, é efetuada uma avaliação prudente aos investimentos
financeiros.
Relatório e Contas 2017
31
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 4 – Caixa e Equivalentes da Caixa
Nota 5 – Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos São consideradas empresas filiais as que a Sociedade detém o controlo ou o poder para gerir as
políticas financeiras e operacionais da empresa. Empresas associadas são aquelas em que a
Sociedade exerce, direta ou indiretamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua
política financeira, mas não detém o controlo da empresa.
Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é
superior a 20%.
A participação no Capital da Finanfarma encontra-se registada ao custo histórico.
De referir que o capital da Finanfarma ascende atualmente a € 10 milhões no seguimento do
aumento do capital social, outorgado por escritura publica no dia 10 de outubro de 2016, no montante
de € 5.600.000 Euros, por incorporação de reservas livres no montante de € 5.221.479,42 e
incorporação de reservas legais no montante de € 378.520,58.
2017 2016
Investimento em Filiais 4 400 000,00 4 400 000,00Participação do Capital da Finanfarma - Sociedade Financeira de Crédito, S.A. 100% 4 400 000,00 4 400 000,00
Investimento em Associadas 0,00 0,00... 0,00 0,00
Empreendimentos conjuntos 0,00 0,00... 0,00 0,00
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 4 400 000,00 4 400 000,00
Relatório e Contas 2017
32
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 6 – Outros Passivos
Nota 7 – Capital
Composto pelo Capital Social no montante de € 4.500.000,00, representado por uma quota de igual
valor nominal pertencente à sócia única Associação Nacional das Farmácias.
Nota 8 – Encargos com serviços e comissões Esta rubrica compreende os encargos bancários com a manutenção das contas bancárias.
Nota 9 – Outros Resultados de Exploração
2017 2016
Outros passivosFornecedores 0,00 695,23Outros encargos a pagar 535,05 1 045,50Outros
Outros Passivos 535,05 1 740,73
2017 2016
Outros ganhos de exploração 103,05 0,00Reembolso de despesas 0,00 0,00Outros ganhos de exploração 103,05 0,00
Outros custos de exploração 1 001,00 1 001,00Impostos indirectos 1,00 1,00
Imposto de selo 1,00 1,00Taxas 0,00 0,00
Outros custos de exploração 1 000,00 1 000,00Anulação pagamento especial por conta 1 000,00 1 000,00Outros custos de exploração 0,00 0,00
Outros Resultados de Exploração -897,95 -1 001,00
Relatório e Contas 2017
33
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
A rubrica “Outros resultados de exploração” inclui a anulação do pagamento especial por conta do
exercício de 2012.
Nota 10 – Efetivos de Trabalhadores Não existem colaboradores ao serviço, sendo as respetivas atividades asseguradas pela estrutura
funcional do Grupo.
Os órgãos sociais da FARMINVESTE 2 não são remunerados e não usufruem de qualquer outro
benefício.
A divulgação da política de remuneração prevista no Aviso n.º10/2011 pode ser consultada em
documento único no site oficial da Finanfarma (www.finanfarma.pt).
Nota 11 – Gastos Gerais Administrativos
Nos termos do disposto no Art.º 66º - A do Código das Sociedades Comerciais, informa-se os
honorários totais faturados à FARMINVESTE 2, durante o exercício de 2016, pela Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas:
2017 2016
Publicidade e publicações 160,00 160,00Despesas jurídicas, contencioso e notariado 142,25 2 151,68Outros serviços especializados 4 649,40 4 428,00
Gastos Gerais Administrativos 4 951,65 6 739,68
Revisão legal das contas anuais 4 428,00Outros serviços de garantia de fiabilidade 0,00Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria 0,00
Honorários totais facturados 4 428,00(Inclui IVA)
Relatório e Contas 2017
34
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Nota 12 – Impostos A Sociedade não tem nas suas contas de ativos ou passivos resultantes de impostos diferidos.
O saldo da rubrica “Ativos por impostos correntes” refere-se unicamente aos pagamentos especiais
por conta efetuados.
Em 31 dezembro 2017 a Instituição não registava passivos por impostos correntes.
Nota 13 – Partes Relacionadas
De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas, aquelas em que a
FARMINVESTE 2 exerce, direta ou indiretamente, ou o controlo, ou uma influência significativa
sobre a gestão e a política financeira (designadamente, Empresas filiais, associadas e de controlo
conjunto) e as entidades que exercem uma influência significativa sobre a gestão desta sociedade
(Sócios e Órgãos de Gestão da FARMINVESTE 2).
Consideram-se, ainda, entidades relacionadas as sociedades em que os detentores de capital são,
direta ou indiretamente, comuns.
Em 31 de Dezembro de 2017, as entidades relacionadas com a FARMINVESTE 2 eram as seguintes:
Relatório e Contas 2017
35
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Em 31 de Dezembro de 2017, o montante global dos ativos, passivos, proveitos, custos e
responsabilidades extrapatrimoniais relativas a operações realizadas com sócios e órgãos de gestão
e sociedades em que estes têm influência significativa tinham a seguinte composição:
Relatório e Contas 2017
36
FARMINVESTE 2 (contas individuais)
Lisboa, aos 18 de abril de 2018 Este documento foi aprovado pelo Conselho de Gerência da Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal,
Lda.:
- Ana Cristina Clarkson Gaspar;
- Tiago Galvão Alves Pereira;
- Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes
Sociedades em que osEmpresas filiais, detentores de capital são,
Sócios da Membros dos Orgãos Associadas e de directa ou indirectamente TotalFARMINVESTE 2 de Gestão Controlo Conjunto comuns
ActivosParticipação Financeira 4 400 000,00 4 400 000,00Prestações Acessórias de Capital 0,00
0,00 0,00 4 400 000,00 0,00 4 400 000,00
Passivos… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Proveitos… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Custos… 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Relatório e Contas
2016
37
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstrações financeiras consolidadas
(Base NIC) (montantes expressos em Euros – o Anexo faz parte integrante destas demonstrações)
Demonstrações Financeiras
Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Relatório e Contas
2017
38
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração dos resultados e do rendimento integral em 31 de dezembro de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Relatório e Contas
2017
39
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração das alterações do Capital Próprio
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
Relatório e Contas
2017
40
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de 2017
O Contabilista Certificado O Conselho de Gerência
2 0 17V alor
2 0 16V alor
Fluxos de caixa das actividades operacionaisJuros e comissões recebidos 5 997 675,37 10 240 930,21Juros e comissões pagas -2 826 698,07 -5 110 330,65Pagamento a empregados e a fornecedores -3 675 966,24 -2 981 821,89Outros pagamentos e recebimentos operacionais -3 997,76 -205 284,50
-508 986,70 1 943 493,17
(Aumentos) Diminuições de activos operacionais Créditos sobre clientes -14 645 207,97 83 768 699,15 Outros activos e outras contas de regularização 88 343,90 13 958,82
Aumentos (Diminuições) de passivos operacionais Recursos de instituições de crédito 11 961 428,75 -86 425 382,40 Outros passivos e outras contas de regularização
-3 104 422,02 -699 231,26
Imposto pago ou reembolso sobre o rendimento -242 609,10 -1 306 772,68Outros Impostos -15,00 -3,75
-3 347 046,12 -2 006 007,69
Fluxos de caixa das actividades de investimentoAquisições de activos tangíveis 0,00 -4 988,39Aquisições de activos intangíveis -42 435,00 0,00
-42 435,00 -4 988,39
Aumento (Diminuição) de caixa e seus equivalentes -3 389 481,12 -2 010 996,08
Caixa e seus equivalentes no início do período 3 855 337,76 5 866 333,84
Caixa e seus equivalentes no fim do período 3 465 856,64 3 855 337,76
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Anexos às Demonstrações Financeiras
Nota 1 – Base de Apresentação das Demonstrações Financeiras
Na qualidade de SGPS e acionista única da FINANFARMA, a atividade da FARMINVESTE 2 está
sujeita à supervisão do Banco de Portugal (BdP) nos termos do nº 1 do Artº. 117º. do Regime Geral
das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
Para efeitos da consolidação das contas da FINANFARMA na FARMINVESTE 2:
a) As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normais
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) nos termos dispostos no Regulamento (CE) nº.
1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu de 19 de julho e na sua
transposição para a legislação nacional (D.L. nº. 35/2005 de 17 de fevereiro, e do Aviso do BdP
com o nº. 1/2005 de 21 de fevereiro);
b) As demonstrações financeiras agora apresentadas foram consolidadas pelo método integral;
c) As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por ambas as empresas do
perímetro de consolidação, relativamente a todos os períodos cobertos por estas
demonstrações financeiras.
A preparação das contas consolidadas com base nas IFRS requer dos órgãos de gestão um
julgamento no processo de aplicação das políticas contabilísticas, refletindo os ativos e passivos da
FARMINVESTE 2 e da FINANFARMA.
Nota 2 – Políticas e Critérios Valorimétricos Adotados
As políticas e critérios que serviram de base à elaboração das demonstrações financeiras foram as
seguintes:
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
i. Crédito a clientes e valores a receber de outros devedores
Entende-se por crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e
contas a receber) os ativos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro,
bens ou serviços a um devedor, abrangendo a atividade típica da concessão de crédito
a clientes, incluindo os créditos tomados, bem como as posições devedoras resultantes
de operações com terceiros realizadas no âmbito da atividade da instituição e exclui as
operações com instituições de crédito.
Na valorimetria dos créditos a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito
e contas a receber), é observado o seguinte:
i. Na data do reconhecimento inicial, os ativos financeiros são registados pelo valor
nominal, não podendo, quer nessa quer em data de reconhecimento subsequente, ser
incluídos em reclassificações para as restantes categorias de ativos financeiros;
ii. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de
relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados;
iii. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais,
segundo a regra pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos
redituais ao longo de um período superior a um mês;
iv. Sempre que aplicável as comissões e custos externos imputáveis à contratação das
operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria são igualmente,
periodificados ao longo de vigência, segundo a regra da alínea anterior;
São classificados contabilisticamente em crédito e juros vencidos os montantes vencidos
a partir do primeiro dia.
ii. Ativos contingentes
A norma Internacional de contabilidades IAS 37 define um ativo contingente como um
possível ativo que surja de acontecimentos passados e cuja existência somente será
confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob o controlo da empresa. Um exemplo é uma reivindicação que uma
empresa esteja a intentar por meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto.
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
iii. Passivos contingentes
A norma (IAS 37) define um passivo contingente como:
i. Uma possível obrigação que surja proveniente de acontecimentos passados e
cuja existência somente será confirmada pela ocorrência de um ou mais
acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou
ii. Uma obrigação presente que surja de acontecimentos passados, mas que não
é reconhecida porque:
1. Não é provável que resulte num exfluxo de recursos da entidade que
incorporem benefícios económicos; ou
2. A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente
fiabilidade
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo
divulgados sempre que a exista a possibilidade de uma saída de recursos que
incorporem benefícios económicos.
iv. A norma (IAS 37) define provisões como passivos de tempestividade ou quantias incertas.
Uma provisão deve ser reconhecida quando e somente quando:
i. Uma empresa tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como
resultado de um acontecimento passado;
ii. Seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios
económicos será exigido para liquidar a obrigação; e
iii. Possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.
v. Imparidade
De acordo com o IAS 39, um ativo financeiro encontra-se em situação de imparidade quando exista
evidência de que tenham ocorrido um ou mais eventos de perda após o reconhecimento inicial do
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
ativo, e esses eventos tenham impacto na estimativa do valor recuperável dos fluxos de caixa
futuros.
Mensalmente a Finanfarma executa testes de imparidade aos créditos, valores a receber, garantias
e compromissos. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados do
exercício. No caso de, em períodos futuros, se verificar uma redução da perda estimada, a
imparidade reconhecida é revertida por contrapartida de resultados.
O modelo de imparidade da Finanfarma considera que um crédito ou uma carteira de crédito sobre
clientes está em imparidade sempre que:
Exista evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que
ocorrerem após o seu reconhecimento inicial, e
Quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos
de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes e cuja mensuração
possa ser estimada com razoabilidade.
A evidência objetiva de perda por imparidade verifica-se quando ocorre um evento de perda que
possa ser estimada com razoável confiança e que afete o fluxo de caixa futuro estimado, isto é, no
momento a partir do qual sucede uma alteração significativa na relação credor-mutuário, a qual
sujeita o credor a uma perda monetária.
Seguindo as orientações das Normas Internacionais de Contabilidade, designadamente a IAS 39, a
instituição avaliou a sua carteira de crédito, com referência a 31/12/2017, seguindo dois métodos de
análise:
Análise Individual, e
Análise Coletiva.
Desta forma, o apuramento da imparidade da carteira de crédito é efetuado, em primeira linha,
através de uma subdivisão da carteira entre os clientes que vão ser alvo de uma análise individual
e os que irão ser alvo de uma análise em base “coletiva”.
Créditos alvo de análise Individual de Imparidade
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Entram nesta análise todos os créditos que apresentem triggers de imparidade (identificados no
ponto seguinte deste relatório) e/ou se enquadrarem nas grandes exposições (>=10% dos fundos
próprios).
De referir que alguns destes créditos depois de se efetuar uma análise aos mesmos podem ser
desconsiderados do âmbito da análise individual por se chegar à conclusão, por exemplo, que o
trigger se deveu a um erro administrativo (ex. Crédito Vencido no Banco de Portugal comunicado
erradamente por alguma instituição) ou a uma situação pontual que vai ser regularizada em breve.
Adicionalmente, os créditos em que da análise individual não resulte qualquer quantificação de
imparidade, por se chegar à conclusão através de uma análise detalhada da situação que a empresa
irá disponibilizar os meios necessários para fazer face aos compromissos existentes perante os
credores, são colocados na análise coletiva de imparidade.
De referir que os triggers considerados para seleção de créditos para análise individual são os
seguintes:
Clientes que se encontram em insolvência/declaração de insolvência;
Clientes que se encontram em planos especiais de revitalização (PER);
Clientes com Indicador de Dificuldades Financeiras;
Clientes com penhoras;
Clientes que apresentam dívidas à Administração Fiscal;
Clientes que apresentam dívidas à Segurança Social;
Clientes que tenham processos em contencioso;
Clientes com Rating interno pior ou igual que “C-“;
Clientes que apresentam incumprimentos registados na Central de
Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal;
Operações reestruturadas por dificuldades financeiras mediante a verificação de
determinados indicadores pré-estabelecidos e em sintonia com os critérios
introduzidos pela Instrução n.º 32/2013 do Banco de Portugal;
Clientes com incumprimentos na Finanfarma>=30 dias;
Limites de Crédito ultrapassados.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
A cada data de reporte é ainda selecionado um conjunto de clientes que, pela materialidade da sua
exposição, são considerados como relevantes e, como tal, são alvo de análise no âmbito da “análise
individual”. Segundo o critério definido internamente, uma exposição é considerada materialmente
relevante se atingir os 10% dos Fundos Próprios (excluindo os créditos relativos a comparticipações
do Serviço Nacional de Saúde e de outros organismos no preço dos medicamentos).
Ao nível dos créditos relacionados com a tomada sem recurso de créditos (relativos a
comparticipações do Serviço Nacional de Saúde e de outros organismos no preço dos
medicamentos dispensados) não entramos em linha de conta com estes triggers para seleção de
crédito para “análise individual”, por considerarmos que o risco associado aos mesmos está
diretamente ligado ao risco estado português, com a exceção dos casos em que ocorram
incumprimentos superiores ou iguais a 30 dias, os quais são objeto de análise.
De referir que, neste momento, a maioria dos triggers já são capturados de forma automática (via
DUN), sendo intenção da Finanfarma informatizar/automatizar este processo de modo a ser possível
a captura automática da totalidade dos triggers de forma a eliminar a curto prazo a captura manual
de alguns dos triggers utilizados atualmente.
Créditos alvo de Análise Coletiva de Imparidade
Para estes créditos o valor de imparidade é determinado por segmentos de risco que englobam
ativos com características de risco similares, em função da Probability of Default (PD) e Loss Given
Default (LGD) apurada de acordo com o histórico de comportamento de pagamento de um
determinado segmento. Os segmentos considerados são: Créditos relacionados com a tomada sem
recurso de créditos relativos a comparticipações do Serviço Nacional de Saúde e de outros
organismos no preço dos medicamentos denominado por “Farmácias”, “Confirming” e “Outros”. De
referir que um crédito para o qual se tenha estimado uma perda individual não é incluído para efeitos
de avaliação coletiva.
A determinação da imparidade por análise coletiva é efetuada com base em parâmetros históricos
determinados para tipologias de operações comparáveis, tendo em consideração estimativas de
entrada em incumprimento e de recuperação, com base no comportamento da carteira de crédito
no passado em cada grupo de risco.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Na análise coletiva da carteira de crédito as perdas por imparidade decorrem da estimativa da PD
e LGD calculadas a partir de todo o histórico de incumprimentos e recuperações efetivas
verificadas em cada segmento da carteira de crédito.
Os parâmetros do risco de crédito utilizados são:
Probability of Default (PD):
Loss Given Default (LGD)
vi. Reconhecimento de custos e proveitos
Os juros incorridos por financiamentos bancários contraídos são calculados dia-a-dia
sobre os saldos devedores e especializados mensalmente, sendo imputados a custos do
exercício pelo período decorrido.
Os custos e proveitos do exercício são contabilizados de acordo com o princípio da
especialização do exercício, sendo registados nos períodos a que respeitam,
independentemente da data em que ocorrem os respetivos pagamentos e recebimentos.
As comissões por serviços de factoring são diferidas mensalmente, de acordo com o
método pró-rata temporis, tendo em conta o prazo que decorre entre a aprovação da
operação a que respeita e o seu termo.
vii. Recursos de Outras Instituições de Crédito
Os recursos financeiros de outras instituições de crédito são valorizados ao custo
amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros
estimados durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de
Balanço. O cálculo inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de
juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos diretamente
relacionados com a transação.
Os custos de empréstimos são reconhecidos de imediato em gastos, não sendo
capitalizados em qualquer elemento do ativo.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
viii. Ativos intangíveis
Esta rubrica compreende a contabilização dos custos com a aquisição de sistemas
informáticos.
Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes e por duodécimos ao
longo da vida útil esperada, que atualmente se encontra nos três anos.
ix. Ativos tangíveis
Os ativos tangíveis são registados ao custo de aquisição, reavaliado ao abrigo das
disposições legais aplicáveis, deduzido das amortizações e perdas por imparidade
acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu
uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais administrativos”.
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do
bem, a qual corresponde ao período em que se espera que o ativo esteja disponível para
uso.
x. Benefícios aos colaboradores e órgãos sociais
Não existe qualquer compromisso da Finanfarma em matéria de pensões de reforma,
prémios de antiguidade e créditos para com os colaboradores ou qualquer membro dos
órgãos sociais.
A Finanfarma não subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o
Sector Bancário Português.
xi. Disponibilidades em outras instituições de Crédito
Esta rubrica engloba os saldos das contas de depósitos à ordem domiciliadas em
Instituições de Crédito no país.
xii. Impostos sobre os lucros
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
A Finanfarma encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas (IRC) à taxa em vigor (21%) acrescida da derrama local, de 1,5%
do lucro tributável.
Adicionalmente, está prevista uma derrama estadual, correspondente a 3% do lucro
tributável compreendido entre 1,5 e 7,5 milhões de euros, de 5% do lucro tributável
compreendido entre 7,5 e 35 milhões e de 7% do lucro tributável superior a esse
montante.
As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da Finanfarma
durante um período de quatro anos, exceto nos casos em que exista reporte de prejuízos
fiscais, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal,
eventuais liquidações adicionais.
xiii. Impostos diferidos
Os impostos diferidos ativos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar
e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor do ativo
ou passivo no Balanço e a sua base tributável.
Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como
impostos diferidos ativos. O quadro baixo relaciona o ano em que os prejuízos são
gerados e o período em que podem ser recuperáveis.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja
expectável existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias
dedutíveis.
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 20282012 X (1) X (2) X (2) X (2) X (2)2013 X (2) X (2) X (2) X (2) X (2)2014 X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2)2015 X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2)2016 X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2) X (2)2017 X (2) X (2) X (2) X (2) X (2)
Período de reporte e respetivos limites
Ano em que são gerados
os prejuízos
fiscais
(1) Dedução dos prejuízos fiscais limitada a 75% do lucro tributável
(2) Dedução dos prejuízos fiscais limitada a 70% do lucro tributável
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
2.1. Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB
Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela União Europeia, com
entrada em vigor a partir de 01 de janeiro de 2017:
Reconhecimento de Ativos por Impostos Diferidos para Perdas não Realizadas –
Alterações à IAS 12 (Regulamento 2017/1989, de 6 de novembro de 2017)
- Esta alteração vem clarificar como contabilizar ativos por impostos diferidos relacionados com
instrumentos de dívida mensurados ao justo valor.
Iniciativa de Divulgação – Alterações à IAS 7
- Esta alteração exige que as entidades divulguem informação acerca das alterações nos seus
passivos de financiamento de forma a que os investidores possam compreender melhor as
alterações ocorridas na dívida da entidade.
Novas normas e interpretações emitidas pelo IASB e já endossadas pela União Europeia, com
entrada em vigor a partir de 01 de janeiro de 2018:
IFRS 15: Rédito de Contratos com Clientes (Regulamento n.º 2016/1905, de 22 de setembro
de 2016)
- Esta nova norma aplica-se a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços,
e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos
ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade
tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5 passos”. Esta norma será aplicável aos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
IFRS 9: Instrumentos Financeiros (Regulamento n.º 2016/2067, de 22 de novembro de 2016)
- A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos
ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber
(através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma acarreta, igualmente e em
conformidade: (i) alterações das normas (IAS/IFRS) e interpretações (IFRIC/SIC): IAS 1, IAS
2, IAS 8, IAS 10, IAS 12, IAS 20, IAS 21, IAS 23, IAS 28, IAS 32, IAS 33, IAS 36, IAS 37, IAS
39, IFRS 1, IFRS 2, IFRS 3, IFRS 4 Contratos de Seguro, IFRS 5, IFRS 7, IFRS 13, IFRIC 2,
IFRIC 5, IFRIC 10, IFRIC 12, IFRIC 16, IFRIC 19, SIC 27; e (ii) revogação da IFRIC 9
Reavaliação de Derivados Embutidos. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem
em ou após 1 de janeiro de 2018.
IFRS 16: Locações (Regulamento 2017/1986, de 31 de outubro de 2017)
- A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à
apresentação e à divulgação de locações. O objetivo da norma é garantir que os locatários e
os locadores fornecem informações pertinentes de uma forma que represente fielmente essas
transações, revogando IAS 17 - Locações, assim como um conjunto de interpretações (SIC e
IFRIC), nomeadamente: IFRIC 4 – Determinar se um Acordo Contém uma Locação; SIC 15 –
Locações Operacionais – Incentivos; e SIC 27 – Avaliação da Substância de Transações que
Envolvam a Forma Legal de uma Locação. Esta norma será aplicável aos exercícios que se
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.
Rédito de Contratos com clientes – Clarificações à IFRS 15 (Regulamento 2017/1987, de 31
de outubro de 2017)
- Estas alterações à IFRS 15 vieram clarificar alguns requisitos e proporcionar uma maior
facilidade na transição para as Entidades que estão a implementar esta Norma. Aplicável aos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
Aplicar a IFRS 9 Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 Contratos de Seguros – Alterações
à IFRS 4 (Regulamento 2017/1988, de 3 de novembro de 2017)
- Estas alterações à IFRS 4 dão resposta às preocupações sobre a implementação da nova
norma sobre instrumentos financeiros (IFRS 9) antes da implementação da norma sobre
contratos de seguros que substituirá a IFRS 4 e que ainda está em desenvolvimento. Aplicável
aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Normas novas ou revistas emitidas pelo IASB e interpretações emitidas pelo IFRIC e ainda não
endossadas pela União Europeia
Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e a sua Associada ou
Empreendimento Conjunto - Alterações à IFRS 10 e à IAS 28
- Esta alteração vem clarificar o tratamento contabilístico para transações quando uma
empresa-mãe perde o controlo numa subsidiária ao vender toda ou parte do seu interesse
nessa subsidiária a uma associada ou empreendimento conjunto contabilizado pelo método
da equivalência patrimonial. Ainda não foi definida a data de aplicação destas alterações e o
processo de endosso pela União Europeia apenas será iniciado após confirmação da data de
aplicação das alterações pelo IASB.
Classificação e Mensuração de transações de pagamentos com base em ações –
Alterações à IFRS 2
- Estas alterações à IFRS 2 estão relacionadas com aspetos de classificação e de mensuração
para um conjunto de aspetos em que as orientações existentes na Norma não eram muito
claras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, estando esta
alteração ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
Melhoramentos anuais: ciclo 2014-2016
Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de contabilidade,
como segue:
- IFRS 12 Divulgações de Interesses noutras entidades
- IFRS 1 Adoção pela Primeira Vez das IFRS
- IAS 28 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos
Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.
Adoção da IFRIC 22: Foreign Currency Transactions and Advance Considerations
- A IFRIC 22 estabelece a taxa de câmbio a ser usada em transações que envolvem uma
consideração paga ou recebida em adiantado em moeda estrangeira. Aplicável aos exercícios
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, estando esta nova interpretação ainda sujeita
ao processo de endosso pela União Europeia.
Transferências de Propriedades de Investimento – Alterações à IAS 40
- As alterações à IAS 40 Propriedades de Investimento vêm clarificar os requisitos relacionados
com as transferências, de e para, Propriedades de Investimento. Aplicável aos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, estando esta nova interpretação ainda sujeita ao
processo de endosso pela União Europeia.
IFRS 14: Contabilização de Diferimentos Regulatórios
- Esta norma permite aos adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer
os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo
anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS e
não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser divulgados
nas demonstrações financeiras separadamente. Aplicável aos exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2016, tendo a Comissão Europeia decidido não iniciar o processo de
endosso desta norma transitória e aguardar pela norma definitiva a emitir pelo IASB.
Adoção da IFRIC 23: Uncertainty over Income Tax Treatments
- Esta interpretação clarifica como devem ser aplicados os requisitos de reconhecimento e de
mensuração da IAS 12 quando existem incertezas na contabilização dos impostos sobre o
rendimento. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019, estando
esta nova interpretação ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
IFRS 17: Contratos de Seguros
- A IFRS 17 resolve o problema de comparação criado pela IFRS 4 exigindo que todos os
contratos de seguros sejam contabilizados de forma consistente, beneficiando assim quer os
investidores quer as empresas de seguros. As obrigações de seguros passam a ser
contabilizadas usando valores correntes em vez do custo histórico. A informação passa a ser
atualizada regularmente, providenciando mais informação útil aos utilizadores das
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
demonstrações financeiras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2021, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
Alterações à IFRS 9: Características de pagamentos antecipados com contribuição
negativa
- Esta alteração à IFRS 9 passa a permitir que determinados os instrumentos se possam
qualificar para mensuração pelo custo amortizado ou pelo valor justo através do outro
rendimento integral (dependendo do modelo de negócio) ainda que não satisfaçam as
condições do teste SPPI. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de
2019, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
Alterações à IAS 28: Interesses de longo prazo em associadas e empreendimentos
conjuntos
- Esta alteração vem clarificar que uma entidade deve aplicar a IFRS 9 aos interesses de longo
prazo em associadas e empreendimentos conjuntos em que o método da equivalência
patrimonial não é aplicado. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2019, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
Melhoramentos anuais: ciclo 2015-2017
Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de contabilidade,
como segue:
- IFRS 3 Concentrações de atividades empresariais e IFRS 11 Acordos conjuntos
- IAS 12 Impostos sobre o rendimento
- IAS 23 Custos de empréstimos obtidos
Estas emendas serão aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019,
estando ainda sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
2.2. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas
Imparidade do crédito
O valor da imparidade associada ao crédito é determinado com base em fluxos de caixa esperados
e estimativas do valor recuperável. Estas estimativas são efetuadas com base em pressupostos
(informação histórica e avaliação da situação dos clientes) sendo que eventuais diferenças entre os
pressupostos utilizados e o comportamento futuro dos créditos, ou alterações nos pressupostos
adotados têm impacto nas estimativas efetuadas.
Impostos sobre lucros
Os impostos correntes e diferidos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em
vigor. Diferentes interpretações da legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos sobre
lucros. O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e
matéria coletável futura.
Nota 3 – Caixa e Equivalentes da Caixa
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2017 2016
Disponibilidades em outras instituições de crédito 465 856,64 1 222 314,48Depósitos à ordem 465 856,64 1 222 285,22Juros a receber 0,00 29,26
Aplicações em instituições de crédito 0,00 2 633 052,54Depósitos a prazo (muito curto prazo) 0,00 2 633 052,54
Caixa e seus Equivalentes 465 856,64 3 855 367,02
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 4 – Crédito a Clientes
O conceito genérico da rubrica de “crédito tomado - operações de factoring“ inclui: (i) adiantamentos
efetuados sobre as operações de factoring com recurso e (ii) as faturas cedidas sem recurso,
registadas na respetiva data de aceitação.
Enquadramento
No âmbito da sua atividade, a Finanfarma adquire créditos detidos pelas farmácias sobre as
Administrações Regionais de Saúde (“ARS”), Centros de Saúde dos Açores e IASAUDE – IP RAM
ao abrigo do regime de comparticipação do Estado e Serviços Regionais de Saúde das regiões
autónomas no preço de venda ao público dos medicamentos dispensados a beneficiários do Serviço
Nacional de Saúde (“SNS”) e Serviços Regionais de Saúde dos Açores e Madeira (“SRS”).
Tais créditos têm data de vencimento no 40º dia do mês seguinte ao da emissão das faturas
respetivas, registando-se, na quase totalidade das circunstâncias, um pagamento atempado dos
mesmos créditos pelas ARS.
Existiram, no entanto, algumas situações em que tal não aconteceu, verificando-se por isso alguns
casos pontuais em que tais créditos (ou parte residual de alguns deles) não foram pagos na data de
vencimento respetiva. Verificou-se ainda que, na maioria dos casos, tal falta de pagamento se ficou
a dever ao facto de as ARS (i) solicitarem às farmácias a retificação das faturas por estas emitidas
em função de aparentes desconformidades de algumas receitas médicas que servem de suporte às
Créditos 2017 2016Vincendos Até 3 meses 3 a 6 meses 6 a 9 meses 9 a 12 meses + de 12 meses Sub-Total Crédito Total Crédito Total
Crédito 141 171 137,19 2 050 361,36 46 245,07 31 549,35 22 252,60 657 816,36 2 808 224,74 143 979 361,93 130 926 450,90Crédito tomado com recurso 525 845,50 267 324,57 15,58 444,31 6,02 204 859,82 472 650,30 998 495,80 2 516 029,51
Nacional 525 845,50 267 324,57 15,58 444,31 6,02 204 859,82 472 650,30 998 495,80 2 516 029,51
Crédito tomado sem recurso 137 942 942,74 1 783 036,79 46 229,49 31 105,04 22 246,58 452 956,54 2 335 574,44 140 278 517,18 128 410 421,39Nacional 15 773 415,93 1 733 607,01 43 349,17 31 093,04 22 246,58 203 570,72 2 033 866,52 17 807 282,45 17 232 389,66Nacional - Sector Publico Administrativo 122 169 526,81 49 429,78 2 880,32 12,00 249 385,82 301 707,92 122 471 234,73 111 178 031,73
Outros empréstimos concedidos 2 702 348,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 702 348,95 0,00Nacional 2 702 348,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2 702 348,95 0,00
Juros Vencidos a regularizar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Receitas a receber 0,00 0,00 0,09Receitas com rendimento diferido -101 687,63 -101 687,63 -182 592,31
Imparidade 1 436 168,03 104 027,48 43 377,25 31 537,47 22 252,60 657 816,36 859 011,16 2 295 179,19 4 361 024,87
Crédito Líquido 139 633 281,53 1 946 333,88 2 867,82 11,88 0,00 0,00 1 949 213,58 141 582 495,11 126 382 833,81
Créditos Vencidos
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
mesmas faturas; e (ii) reterem os pagamentos relativos às retificações solicitadas até que as
desconformidades detetadas se encontrem definitivamente esclarecidas, o que em alguns casos
(isto é, naqueles em que as ARS e as farmácias não chegam a um acordo sobre a exigibilidade ou
não das retificações exigidas por aquelas) passasse inclusive pelo recurso a processos judiciais
para dirimir tal litígio.
Salienta-se, no entanto, que com a entrada em vigor da Portaria n.º 193/2011, de 13 maio, que
regula o procedimento de pagamento da comparticipação do Estado no PVP dos medicamentos
dispensados a beneficiários do SNS, a Finanfarma passou a deduzir, na íntegra, os valores
deduzidos pelas ARS, sendo as reclamações tratadas exclusivamente em sede associativa. Este
novo tratamento das reclamações reduziu a entrada de novas situações de divergência na carteira
de crédito da Finanfarma, com impacto positivo no tratamento administrativo e da entrada de novo
crédito em vencido decorrente das divergências de receituário.
Qualidade do crédito
O Serviço Nacional de Saúde, incluindo SRS-ilhas, continua a dominar significativamente o crédito
concedido da Instituição, com cerca de 83% em linha com o ano anterior. Relativamente às
empresas, de referir um aumento de 5 milhões de euros em relação ao período homólogo.
O crédito em atraso à data de 31 de dezembro de 2017 regista um total de 2,8 milhões de euros. No
entanto, deste valor apenas 0,8 milhões de euros se refere a crédito vencido há mais de 90 dias
(representando 1% do total da carteira de crédito) dos quais 0,3 milhões de euros (33% do crédito
total vencido superior a 90 dias) decorre de situações de diferendo com as Administrações Regionais
de Saúde, relativamente ao método de cálculo de juros de mora e 0,5 milhões de euros a entidades
privadas referentes a créditos em contencioso. De referir que este valor se encontra integralmente
coberto por imparidade, evidenciando a Finanfarma um rácio de cobertura de crédito vencido há
mais de 90 dias por imparidade de 100%.
O valor de crédito de crédito vencido há mais de 90 dias desceu significativamente de 2016 para
2017 essencialmente porque foi possível chegar a acordo com uma das ARS que apresentava
crédito vencido de ~2 milhões de euros e por se terem efetuado Writte-off com utilização integral da
imparidade constituída que era de 100% do valor da exposição.
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
De salientar que, nas transações comerciais, observa-se com alguma frequência o atraso na
liquidação de faturas. Esta situação é, muitas vezes, condicionada por fatores que não têm relação
com a solvabilidade do cliente.
Nota 5 – Imparidades, Ativos e Passivos Contingentes
Em 31 dezembro 2017 as perdas por imparidades eram as seguintes:
Nota 6 – Outros Ativos Tangíveis
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a
qual corresponde ao período em que se espera que o ativo esteja disponível para uso, conforme
descriminado no quadro acima.
Activos Amortizações Nº Anos Amortizações do Abates e Valor LíquidoBrutos Acumuladas Aquisições Amortizações Exercício Transferências em 31/12/2017
Mobiliário e material 7 950,95 3 534,01 0,00 8 623,4 0,00 3 793,54Máquinas e ferramentas 3 052,83 3 052,83 0,00 5 0,00 0,00 0,00Equipamentos informáticos 63 401,27 60 639,83 0,00 3 2 054,64 0,00 706,80
Outros Activos Tangíveis Líquidos74 405,05 67 226,67 0,00 2 678,04 0,00 4 500,34
Saldo em 31/12/2016
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 7 – Ativos Intangíveis
Nota 8 – Outros Ativos
A rubrica «outros devedores» corresponde essencialmente a uma posição pontual pela
intermediação da ANF nos contratos com as farmácias associadas na liquidação dos encargos.
Nota 9 – Recursos de Bancos Centrais e Outras Instituições de Crédito
Activos Amortizações Nº Anos Amortizações do Abates e Valor LíquidoBrutos Acumuladas Aquisições Amortizações Exercício Transferências em 31/12/2017
Sistemas informáticos 783 465,39 762 547,75 0,00 20 917,64 0,00 0,00Gestão de factoring 535 817,77 535 817,77 0,00 3 0,00 0,00 0,00Contabilidade 40 743,12 40 743,12 0,00 3 0,00 0,00 0,00Gestão de tesouraria 62 502,75 62 502,75 0,00 3 0,00 0,00 0,00Gestão de reportes 35 479,80 35 479,80 0,00 3 0,00 0,00 0,00Outros 108 921,95 88 004,31 0,00 3 20 917,64 0,00 0,00
Activos intangíveis em curso 0,00 0,00 42 435,00 0,00 0,00 42 435,00
Outros Activos Intangíveis Líquidos 783 465,39 762 547,75 42 435,00 20 917,64 0,00 42 435,00
Saldo em 31/12/2016
2016Valor Imparidades Valor Liquido Valor Liquido
Outros activos 54 937,03 0,00 54 937,03 440 199,07Outros Devedores 54 937,03 0,00 54 937,03 440 199,07Adiantamentos a outros fornecedores 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas com custos diferidos 66 868,99 0,00 66 868,99 28 963,82Seguros 12 449,77 0,00 12 449,77 9 540,23Manutenção 44 252,62 0,00 44 252,62 6 583,72Outras 10 166,60 0,00 10 166,60 12 839,87
Outras contas de regularização 0,00 0,00 0,00 0,00Outras operações activas a regularizar 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
Outros Activos 121 806,02 0,00 121 806,02 469 162,89
2017
2017 2016
Recursos de Bancos Centrais 0,00 0,00Recursos de Outras Instituições de Crédito 129 205 944,19 117 184 049,00Juros a pagar 119 860,68 165 524,44Despesas com encargo diferido de operações passivas (associadas ao custo amortizado) -26 302,68 -11 500,00
Recursos de Bancos Centrais e Outras Instituições de Crédito 129 299 502,19 117 338 073,44
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 10 – Impostos
O total dos impostos sobre os lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os
impostos diferidos.
Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável
apurado de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto do imposto a recuperar ou a pagar em períodos
futuros resultantes de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos
ativos e passivos e a sua base fiscal.
2017 2016
Activos por impostos correntes 451 620,97 729 500,18Pagamentos por conta 451 610,00 729 500,18Retenção na Fonte 10,97 0,00
Passivos por impostos correntes 29 564,25 522 100,84Do exercício 29 564,25 522 100,84
IRC 21,00% 0,00 449 299,03Derrama 1,50% 0,00 32 092,79Tributação autonoma 29 564,25 21 523,44Derrama Estadual 0,00 19 185,58
Correcção de Impostos correntes -2 612,53 119,42Do exercício anterior -2 612,53 119,42
Impostos diferidos -57 785,84 -117 721,99Registo de diferenças temporárias -57 785,84 -117 721,99Reversão de diferenças temporárias 0,00 0,00
(1) Total do imposto registado em resultados -30 834,12 404 498,27
(2) Resultados antes de impostos -343 485,87 1 518 932,82
Carga fiscal (1) / (2) 8,98% 26,63%
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível da Instituição correspondem a
provisões e imparidades temporariamente não aceites fiscalmente.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em
vigor à data da reversão das diferenças temporárias. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os
impostos diferidos foram calculados com base na taxa agregada de 22,5% e 21% quando se tratam
de impostos diferidos sobre resultados fiscais negativos.
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2017 e
2016, pode ser analisada como se segue:
O movimento nos ativos e passivos por impostos diferidos no exercício de 2017 foi o seguinte:
Saldo Trans- Alteração Saldo31/12/2016 ferências Reforços Reversão Anulação da Taxa 31/12/2017
Activos por impostos diferidos
Imparidades temporáriamente não aceites como custo fiscal683 699,29 0,00 0,00 297 222,82 0,00 0,00 386 476,47Prejuízos Fiscais 0,00 0,00 355 008,66 0,00 0,00 0,00 355 008,66
683 699,29 0,00 355 008,66 297 222,82 0,00 0,00 741 485,13
Passivos por impostos diferidos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Saldo líquido 683 699,29 0,00 355 008,66 297 222,82 0,00 0,00 741 485,13
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 11 – Outros Passivos
A rubrica “Credores por Contratos de Factoring” inclui a parcela não adiantada dos créditos tomados
sem recurso registados na rubrica de “Crédito a Clientes”, as notas de crédito cedidas pelos
aderentes e não deduzidas pelos devedores e os saldos credores das contas correntes de Factoring.
A variação desta rubrica é explicada no essencial pelos créditos tomados sem recurso não
adiantados.
A rubrica “Outras contas em regularização” refere-se, essencialmente, aos valores recebidos dos
devedores e que se encontravam em 31 de dezembro 2017 e 31 de dezembro 2016 a aguardar
esclarecimentos para afetação de carteira.
Nota 12 – Capital
O capital social é detido integralmente pela Associação Nacional das Farmácias. Em 31 de
dezembro 2016, o capital social ascende, em termos consolidados, a €10.100.000,00 em resultado
do aumento do capital social da Finanfarma no montante de € 5.600.000 Euros, ocorrido em outubro
de 2016, por incorporação de reservas livres no montante de € 5.221.479,42 e incorporação de
reservas legais no montante de € 378.520,58.
2017 2016
Outros passivos 2 252 578,02 2 353 818,75Fornecedores 419 793,05 138 290,17Credores por contratos de factoring 1 807 083,72 2 175 714,49Credores diversos 25 701,25 39 814,09
Outras exigibilidades 102 150,12 88 862,87Sector Público Administrativo 102 150,12 88 862,87Outras exigibilidades 0,00 0,00
Outros encargos a pagar 608 338,21 503 550,68Gastos administrativos 118 072,88 155 409,58Gastos com pessoal 488 985,06 347 564,78Outros encargos 1 280,27 576,32
Outras contas em regularização 97 216,18 4 443,88
Outros Passivos 3 060 282,53 2 950 676,18
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Este aumento de capital está diretamente relacionado com o deferimento pelo Banco de Portugal
do pedido de autorização de transformação em Sociedade Financeira de Crédito, dotando, desta
forma, a Sociedade do Capital necessário ao desempenho da nova atividade.
Nota 13 – Juros – Rendimentos e Encargos Similares
A redução da margem financeira ocorrida em 2017, face ao período homologo, reflete uma quebra
no valor de juros de crédito vencido, nomeadamente de juros de mora.
2017 2016
Juros e Rendimentos Similares 3 478 353,50 7 723 700,09
Juros de aplicações em Outras Instituições de Crédito no país 14,62 29,26Depósitos a prazo 14,62 29,26
Juros de crédito interno 3 470 237,68 3 722 087,58Com recurso 107 382,96 86 346,90Sem recurso 3 362 854,72 3 635 740,68
Juros de crédito ao exterior 0,00 0,00Com recurso 0,00 0,00Sem recurso 0,00 0,00
Juros de crédito vencido 8 101,20 4 001 583,25Com recurso 0,00 0,00Sem recurso 8 101,20 4 001 583,25
Juros e Encargos Similares 1 358 709,82 3 181 013,69
Mercado monetário interbancário 0,00 0,00Empréstimos 0,00 33 557,33Outros juros e custos equiparados 1 358 709,82 3 147 456,36
Margem Financeira 2 119 643,68 4 542 686,40
Relatório e Contas
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 14 – Comissões
Apesar da redução dos encargos financeiros decorrentes da contratualização de melhores
condições de financiamento, a rubrica dos encargos com serviços e comissões reflete ainda um
custo significativo com a manutenção das linhas de crédito contratadas junto das instituições
bancárias para fazer face a eventuais atrasos das ARS.
2017 2016Rendimentos de Serviços e Comissões 2 134 030,57 2 028 219,24
Comissões de factoringOperações de crédito com recurso 54 012,50 47 212,06Mercado nacional 54 012,50 47 212,06
Operações de crédito sem recurso 2 039 122,50 1 915 818,09Mercado nacional 2 039 122,50 1 915 818,09
Outras comissões 40 895,57 65 189,09Mercado nacional 40 895,57 65 189,09
Encargos com Serviços e Comissões 1 467 988,25 1 724 419,57
Comissões por serviços bancários prestados 1 467 988,25 1 724 419,57
Margem Complementar 666 042,32 303 799,67
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 15 – Outros Resultados de Exploração
Nota 16 – Custos com Pessoal
A FARMINVESTE 2 não tem quadro de pessoal, e os seus órgãos sociais não são remunerados e
não usufruem de qualquer outro benefício.
Esta rubrica tem a seguinte composição:
No cumprimento do aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal, divulga-se o montante anual da
remuneração auferida pelos membros do órgão de administração, incluindo remuneração fixa e
variável:
2017 2016
Outros ganhos de exploração 51 772,29 302 908,17Outros ganhos de exploração 51 772,29 302 908,17
Outros custos de exploração 56 683,00 63 013,99Impostos indirectos 15,00 3,75
Imposto de selo 15,00 3,75Taxas
Impostos directos 0,00 0,00Outros 0,00 0,00
Outros custos de exploração 56 668,00 63 010,24Rendas de locação operacional 47 473,90 37 592,22Quotizações e donativos 8 200,00 5 500,00Imposto sobre o rendimento 897,95 1 000,00Outros custos de exploração 96,15 18 918,02
Outros Resultados de Exploração -4 910,71 239 894,18
2017 2016
Remuneração de órgãos sociais 362 441,03 413 242,41Conselho de Gerência da Farminveste 2 0,00 0,00Membros do Conselho de Administração da Finanfarma 362 441,03 413 242,41
Remuneração de colaboradores 1 226 114,40 916 303,02Encargos sociais obrigatórios 376 820,44 313 998,17Outros custos com o pessoal 60 000,00 0,00
Custos com o Pessoal 2 025 375,87 1 643 543,60
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
A divulgação da política de remuneração prevista no Aviso n.º 10/2011 pode ser consultada em
documento único no site oficial da Finanfarma (www.finanfarma.pt).
Durante o ano de 2017 a Finanfarma pagou a título de prémios de desempenho aos colaboradores
o montante de 63 mil euros.
A rúbrica de outros custos com pessoal corresponde a uma provisão para indemnizações cujo
pagamento apenas irá acontecer em 2018.
Em 31 de dezembro de 2017 existe um montante de 489 mil euros em balanço referente a
remunerações e encargos diferidos cujo pagamento apenas irá ocorrer em 2018. Este montante
referente aos órgãos sociais e empregados incorpora o subsídio e mês de férias, a provisão referida
no parágrafo anterior e ainda um montante que ascende a 125 mil euros (incluí encargos) referente
a prémios e que está dependente da avaliação do cumprimento dos objetivos individuais de cada
colaborador.
Nota 17 – Efetivos de Trabalhadores
Número de Efectivos em 31 dez 2016 21
Número de Contratações 10Número de Rescisões -1
dos quais, antecipadas 0
Número de Efectivos em 31 dez 2017 30
Relatório e Contas
2017
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FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 18 – Gastos Gerais Administrativos
Os gastos gerais administrativos registaram em 2017 um aumento significativo, tendo sido os gastos
com consultoria e informática, as rúbricas que mais contribuíram para este aumento. Este acréscimo
prende-se com a contratação de serviços externos para criação e desenvolvimento de plataformas
de suporte aos produtos a desenvolver no âmbito da transformação da Finanfarma em SFIC.
Nos termos do disposto no Artº. 66º - A do Código das Sociedades Comerciais, informa-se os
honorários totais faturados à Finanfarma, durante o exercício de 2017, pela Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas (Órgão de Fiscalização):
2017 2016
Água, energia e combustíveis 19 576,95 16 758,32Material de consumo corrente 387,92 6 346,86Publicidade e publicações 348,00 526,00Outros fornecimentos de terceiros 4 065,73 983,58Rendas e alugueres 120 648,00 113 669,46Despesas de comunicação e de expedição 11 672,97 30 008,40Deslocações e estadas 44 539,63 18 267,51Conservação e reparação 2 957,20 4 580,59Transportes 5 830,09 18 927,24Formação de pessoal 4 584,90 5 989,95Seguros 19 371,97 14 402,45Despesas jurídicas, contencioso e notariado 122 708,45 160 869,95Serviços especializados - informática 602 520,08 300 571,34Bancos de Dados 22 888,63 24 213,24Mão de Obra eventual 0,00 0,00Outros serviços especializados 938 400,22 905 272,31
Dos quais (Consultoria) (925 878,82) (862 357,61)
Outros 77 872,97 17 736,07
Gastos Gerais Administrativos 1 998 373,71 1 639 123,27
Revisão legal das contas anuais 21 033,00Outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria (inclui serviços de garantia de fiabilidade) 11 992,50
Honorários totais facturados 33 025,50(Inclui IVA)
Relatório e Contas
2017
68
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 19 – Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados
A rubrica “Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados” refere-se, na globalidade,
ao valor da contribuição para o Fundo de compensação do Trabalho.
Nota 20 – Consolidação de Contas
As contas da Sociedade encontram-se consolidadas nas contas da FARMINVESTE 2 – SGPS,
Unipessoal, Lda.
Nota 21 – Partes relacionadas
De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas, aquelas em que a
FARMINVESTE 2 exerce, direta ou indiretamente, ou o controlo, ou uma influência significativa
sobre a gestão e a política financeira (designadamente, Empresas filiais, associadas e de controlo
conjunto) e as entidades que exercem uma influência significativa sobre a gestão desta sociedade
(Sócios e Órgãos de Gestão da FARMINVESTE 2).
Consideram-se, ainda, entidades relacionadas as sociedades em que os detentores de capital são,
direta ou indiretamente, comuns.
Em 31 de Dezembro de 2017, as entidades relacionadas com a FARMINVESTE 2 eram as seguintes:
Relatório e Contas
2017
69
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Em 31 de Dezembro de 2017, o montante global dos ativos, passivos, custos, proveitos e
responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com acionistas, membros de
Conselho de Administração, Sociedades em que estes têm influência significativa e Sociedades em
que os detentores de capital são, direta ou indiretamente, comuns, tinham a seguinte composição:
Relatório e Contas
2017
70
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
O montante juros e comissões referenciadas na rubrica de proveitos obtidos de acionistas referem-
se ao pagamento de juros e comissões pela ANF por conta das farmácias aderentes da Finanfarma.
Os saldos referenciados na rubrica de ativos respeitam a uma posição pontual pela intermediação
da ANF nos contratos com as farmácias associadas na liquidação dos encargos. Os saldos foram
integralmente regularizados no início do mês seguinte.
O montante de juros e comissões referenciado na rubrica de proveitos obtidos de “Sociedades em
que os detentores de capital são, direta ou indiretamente, comuns”, referem-se aos encargos
cobrados no âmbito de contratos de factoring sem recurso celebrados com entidades relacionadas.
Sociedades onde os Sociedades em que osMembros do Conselho de detentores de capital são,
Accionistas da Membros do Conselho Administração da Finanfarma directa ou indirectamente TotalFinanfarma Administração têm influência significativa comuns
ActivosCréditos a clientes 0,00 0,00 0,00 369 180,66 369 180,66Outros Activos 52 476,37 0,00 0,00 4 251,42 56 727,79
52 476,37 0,00 0,00 373 432,08 425 908,45
PassivosOutros passivos 0,00 0,00 0,00 163 305,96 163 305,96
0,00 0,00 0,00 163 305,96 163 305,96
ProveitosJuros e Comissões 4 801 857,41 0,00 0,00 353 972,15 5 155 829,56
4 801 857,41 0,00 0,00 353 972,15 5 155 829,56
CustosGastos gerais administrativos 0,00 0,00 0,00 564 721,30 564 721,30
0,00 0,00 0,00 564 721,30 564 721,30
Relatório e Contas
2017
71
FARMINVESTE 2 (Contas Consolidadas)
Nota 22 – Rubricas Extrapatrimoniais
Lisboa, aos 18 de abril de 2018
Este documento foi aprovado pelo Conselho de Gerência da Farminveste 2 – SGPS, Unipessoal,
Lda.:
- Ana Cristina Clarkson Gaspar;
- Tiago Galvão Alves Pereira;
- Nuno Vasco Rodrigues Viegas Vieira Lopes
2017 2016
Garantias Recebidas 0,00 3 000 000,00Garantias bancárias 0,00 3 000 000,00
Créditos abatidos ao activo 641 965,00 6 679,46Crédito 641 965,00 6 679,46
Compromissos perante terceiros (revogáveis) 8 822 737,66 9 173 707,65Por contratos de factoring 8 822 737,66 9 173 707,65
Facturas não adiantadas 1 570 233,35 1 492 378,76Por contratos de factoring Com Recurso 1 570 233,35 1 492 378,76
Outros 0,00 149 640,58Activos contingentes 0,00 149 640,58