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Informação aos Associados nº 54 Elaborado para uso exclusivo dos associados. Data 30 de Abril de 2009 Assunto: Registo de hóspedes por Empreendimentos Turísticos Tema: Legislação Sectorial 1. Registo de Hóspedes Nacionais. Não obrigatoriedade de entrega do Livro de Registo de Hóspedes Nacionais Os Decretos-lei n.º 167/97, de 4 de Julho e n.º 54/2002, de 11 de Março, revogaram a obrigatoriedade de proceder à entrega do Livro de Registo de Hóspedes de Empreendimentos Turísticos à PSP ou à GNR. À luz da actual legislação - regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos e sua regulamentação Decreto-lei n.º 39/2008 de 7 de Março e Portaria n.º 327/2008, de 28 de Abril a necessidade de registo de hóspedes nacionais pelos serviços de recepção/portaria não é consagrado. Por tais factos considera a APHORT que tal procedimento deixou de merecer relevância por parte do legislador deixando de ser obrigatório e passando a ser apenas um procedimento que caso o explorador queira, poderá adoptar por questões de segurança sem que seja necessário o seu arquivo. No entanto, considera-se que o explorador procedendo ao registo dos seus hospedes e mantendo-o em arquivo possui uma base de dados que deverá ser sujeita a autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados. 2. Registo de Hospedes Estrangeiros. Boletim de Alojamento. A apresentação ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do Boletim de Alojamento, por forma a permitir o controlo dos estrangeiros em território nacional mantém-se, sendo aplicável a esta matéria o regime previsto na Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho que aprova o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional. a) Comunicação: Os empreendimentos turísticos procedem à comunicação, directa e obrigatoriamente ao SEF, por via electrónica, através da Internet, o que obriga a um registo numa aplicação informática (do SEF) o “Sistema de Informação de Boletins de Alojamento” (SIBA) sendo possível aceder a este registo através do seguinte Link http://siba.sef.pt/#1 devendo ser feito num prazo de 3 dias úteis. b) O Preenchimento do Boletim: Deve ser comunicado o alojamento e saída de cada cidadão estrangeiro - todo aquele que não tem nacionalidade portuguesa - ou seja de todos os elementos do casal e do grupo, independentemente da idade dos mesmos, sendo certo que no caso de grupos, o Boletim de Alojamento não tem de ser preenchido e assinado pessoalmente por cada um dos viajantes, cabendo tal responsabilidade ao responsável pelo grupo de viagem ou um dos cônjuges. Para que se possa proceder a tal comunicação deverá ser exibido ao empreendimento turístico, documento de identidade válido:

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  • Informao aos Associados n 54

    Elaborado para uso exclusivo dos associados.

    Data 30 de Abril de 2009

    Assunto: Registo de hspedes por Empreendimentos Tursticos

    Tema: Legislao Sectorial

    1. Registo de Hspedes Nacionais. No obrigatoriedade de entrega do Livro de Registo de Hspedes

    Nacionais

    Os Decretos-lei n. 167/97, de 4 de Julho e n. 54/2002, de 11 de Maro, revogaram a obrigatoriedade de proceder

    entrega do Livro de Registo de Hspedes de Empreendimentos Tursticos PSP ou GNR.

    luz da actual legislao - regime jurdico da instalao, explorao e funcionamento dos empreendimentos

    tursticos e sua regulamentao Decreto-lei n. 39/2008 de 7 de Maro e Portaria n. 327/2008, de 28 de Abril a

    necessidade de registo de hspedes nacionais pelos servios de recepo/portaria no consagrado.

    Por tais factos considera a APHORT que tal procedimento deixou de merecer relevncia por parte do legislador

    deixando de ser obrigatrio e passando a ser apenas um procedimento que caso o explorador queira, poder

    adoptar por questes de segurana sem que seja necessrio o seu arquivo.

    No entanto, considera-se que o explorador procedendo ao registo dos seus hospedes e mantendo-o em arquivo

    possui uma base de dados que dever ser sujeita a autorizao da Comisso Nacional de Proteco de Dados.

    2. Registo de Hospedes Estrangeiros. Boletim de Alojamento.

    A apresentao ao Servio de Estrangeiros e Fronteiras do Boletim de Alojamento, por forma a permitir o controlo

    dos estrangeiros em territrio nacional mantm-se, sendo aplicvel a esta matria o regime previsto na Lei n.

    23/2007, de 4 de Julho que aprova o regime jurdico de entrada, permanncia, sada e afastamento de estrangeiros

    do territrio nacional.

    a) Comunicao:

    Os empreendimentos tursticos procedem comunicao, directa e obrigatoriamente ao SEF, por via electrnica,

    atravs da Internet, o que obriga a um registo numa aplicao informtica (do SEF) o Sistema de Informao de

    Boletins de Alojamento (SIBA) sendo possvel aceder a este registo atravs do seguinte Link http://siba.sef.pt/#1

    devendo ser feito num prazo de 3 dias teis.

    b) O Preenchimento do Boletim:

    Deve ser comunicado o alojamento e sada de cada cidado estrangeiro - todo aquele que no tem nacionalidade

    portuguesa - ou seja de todos os elementos do casal e do grupo, independentemente da idade dos mesmos, sendo

    certo que no caso de grupos, o Boletim de Alojamento no tem de ser preenchido e assinado pessoalmente por

    cada um dos viajantes, cabendo tal responsabilidade ao responsvel pelo grupo de viagem ou um dos cnjuges.

    Para que se possa proceder a tal comunicao dever ser exibido ao empreendimento turstico, documento de

    identidade vlido:

  • Informao aos Associados n 54

    Elaborado para uso exclusivo dos associados.

    i. Passaporte ou documento que o substitua.

    ii. Bilhete de Identidade ou documento que o substitua

    iii. Documentos emitidos ao abrigo das convenes relevantes entre os Estados Partes do Tratado do Atlntico

    Norte;

    iv. Laissez-passer emitido pelas autoridades do Estado de que so nacionais ou do Estado que os represente;

    v. Licena de voo ou do certificado de tripulante;

    vi. Documento de identificao de martimo, quando em servio;

    vii. Cdula de inscrio martima, quando em servio;

    viii. Ttulo de residncia, prorrogao de permanncia ou com o carto de identidade atribudo aos diplomatas

    e respectivo pessoal administrativo e domstico ou equiparado, aos funcionrios das organizaes

    internacionais com sede em Portugal e membros das suas famlias;

    ix. Boletim de nascimento ou averbamentos no passaporte dos progenitores ou por quem exerce o poder

    paternal relativamente a menores.

    x. Outros documentos emitidos por autoridades nacionais ou estrangeiras quando, por razes atendveis,

    (furto, roubo, etc.) a pessoa no pode apresentar o passaporte ou qualquer outro documento.

    xi. Em todos os demais casos (ausncia total de documentos) devero ser contactadas as foras policiais

    locais e/ou as respectivas autoridades consulares.

    c) Recusa de identificao por parte do hspede:

    Caso o hospede se recuse a identificar aconselha-se que no seja aceite uma vez que para alm das questes de

    segurana, o registo dos clientes ainda necessrio para, designadamente, controlo fiscal e estatstico (INE e

    Turismo de Portugal I.P.) e em caso de incumprimento o responsvel pelo estabelecimento est sujeito aplicao

    cumulativa de pesadas sanes (priso e coimas).

    d) Conservao ou reteno do documento de identificao:

    O documento de identificao do hspede s pode ficar conservado ou retido com o consentimento do mesmo uma

    vez que os documentos de viagem/identificao so pessoais e intransmissveis, sendo certo que somente as

    autoridades policiais e judiciais tm competncia para reter ou mandar reter estes documentos e, mesmo assim,

    pelo tempo estritamente necessrio para a prtica de um acto relativo s respectivas atribuies.

    e) Penalizaes.

    i. Quem favorecer ou facilitar, por qualquer forma a permanncia de cidado estrangeiro em territrio nacional,

    com inteno lucrativa, punido com pena de priso de 1 a 4 anos a tentativa punvel, sendo certo que a no

    comunicao do alojamento pode constituir uma forma de favorecer a permanncia ilegal de um cidado

    estrangeiro.

    ii. A falta de comunicao de alojamento e/ou a sada de um cidado estrangeiro atravs de Boletim de Alojamento

    dentro do prazo de 3 dias teis constitui a prtica de uma contra-ordenao punida com coima de 100,00 a

    2,000,00, por cada Boletim de Alojamento em falta.