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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ALINE MULINARI BRUNO WAPINIKI DOS REIS CAMILA TAZONIERO DO AMARAL EDUARDO NEGRO MARQUES CONTÊINERES CURITIBA 2010

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ALINE MULINARI

BRUNO WAPINIKI DOS REIS

CAMILA TAZONIERO DO AMARAL

EDUARDO NEGRO MARQUES

CONTÊINERES

CURITIBA

2010

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ALINE MULINARI

BRUNO WAPINIKI DOS REIS

CAMILA TAZONIERO DO AMARAL

EDUARDO NEGRO MARQUES

CONTÊINERES

Trabalho apresentado para o Programa de Aprendizagem Transportes e Logística I do Curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Prof. Lucas Bach Adada.

CURITIBA

2010

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Container Standard 20 pés....................................................................16

Figura 2 – Container Standard 40 pés....................................................................16

Figura 3 – Container Reefer de 20 pés....................................................................17

Figura 4 – Container High Cube..............................................................................18

Figura 5 – Container Plataforma 20 pés.................................................................18

Figura 6 – Container Tanque de 20 pés..................................................................19

Figura 7 – Container Flat Rack 20 pés....................................................................20

Figura 8 – Container Flat Rack 40 pés....................................................................21

Figura 9 – Container Open Top 20 pés...................................................................22

Figura 10 – Container Open Top 40 pés.................................................................22

Figura 11 – Bill Of Lading.........................................................................................25

Figura 12 – Exemplos de Estufagem de Containers.............................................27

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TABELAS

Tabela 1 – Parâmetros Gerais dos Contêineres......................................................9

Tabela 2 – Principais Dimensões Não Padronizadas pela ISO............................10

Tabela 3 – Conversões para os Comprimentos dos Módulos.............................11

Tabela 4 – Container de 20 pés de Aço Construído na Inglaterra.......................11

Tabela 5 – Container de 20 pés de Alumínio Fabricado pela Fruehauf...............12

Tabela 6 – Container de 20 pés Fabricado pela Fuji Heavy Industries...............12

Tabela 7 – Características Container Standart de 20 pés ....................................16

Tabela 8 – Características Container Standart de 40 pés ....................................17

Tabela 9 – Características Container Reefer de 20 pés .......................................17

Tabela 10 – Características Container High Cube.................................................18

Tabela 11 – Características do Container Plataforma de 20 pés........................19

Tabela 12 – Características do Container Tanque de 20 pés...............................19

Tabela 13 – Características do Container Flat Rack 20 pés.................................20

Tabela 14 – Características do Container Flat Rack 40 pés.................................21

Tabela 15 – Características do Container Open Top 20 pés................................22

Tabela 16 – Características do Container Open Top 40 pés................................23

Page 5: 57168996 Containers

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

2.0 BREVE HISTÓRICO ............................................................................................... 7

3.0 DIMENSÕES, PESO E PADRONIZAÇÃO DOS CONTÊINERES ........................ 9

4.0 NUMERAÇÃO DO CONTÊINER .......................................................................... 13

5.0 TIPOS DE CONTÊINERES .................................................................................. 15

6.0 PROCEDIMENTOS PARA A VISTORIA DE CONTÊINERES ............................ 23

7.0 RECIBO DO EQUIPAMENTO OU INTERCÂMBIO (EIR – EQUIPAMENT

INTERCHANGE RECEIPT) ............................................................................. 25

8.0 OVAÇÃO E DESOVA DO CONTÊINER .............................................................. 26

9.0 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 29

Page 6: 57168996 Containers

6.

1.0 INTRODUÇÃO

O termo inglês container, conhecido em português como contêiner

ou contentor, é um equipamento utilizado para transportar carga. Trata-se de um

recipiente de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões, destinado ao

acondicionamento e transporte de carga em navios, trens etc.

O presente trabalho tem por objetivo expor os tipos, equipamentos,

características e métodos de vistoria carga e descarga de containers.

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7.

2.0 BREVE HISTÓRICO

O termo inglês container, conhecido em português como contêiner

ou contentor, é um equipamento utilizado para transportar carga.

Trata-se de um recipiente de metal ou madeira, geralmente de

grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga em

navios, trens etc. É também conhecido como cofre de carga, pois é dotado de

dispositivos de segurança previstos por legislações nacionais e por convenções

internacionais. Tem como característica principal constituir hoje em dia uma unidade

de carga independente, com dimensões padrão em medidas inglesas (pés). A

unidade base geralmente considerada é o TEU (em inglês: twenty feet equivalent

unit).

Durante séculos de comércio internacional, os seus precursores,

chineses, árabes e europeus, não haviam conseguido criar uma forma não só de

evitar as enormes perdas no transporte com as quebras, deteriorações e desvios de

mercadorias, como também de agilizar e reduzir o custo das operações de carga e

descarga. Somente em 1937, o americano Malcom Mc Lean, então com pouco mais

de 20 anos, motorista e dono de uma pequena empresa de caminhões, ao observar

o lento embarque de fardos de algodão no porto de Nova Iorque, teve a idéia de

armazená-los e transportá-los em grandes caixas de aço que pudessem, elas

próprias, serem embarcadas nos navios.

Com o tempo, Mc Lean aprimorou métodos de trabalho e expansão

de sua companhia, a Sea-Land (depois Maersk-Sealand), tornando-a uma das

pioneiras do sistema intermodal, abrangendo transporte marítimo, fluvial, ferroviário,

além de terminais portuários.

Após inúmeras experiências nos Estados Unidos, prejudicadas pelo

período da Segunda Guerra Mundial (1939/ 1945), somente em 1966 Mc Lean

aventurou-se na área internacional, enviando um navio com contêineres à Europa.

Assim, em 5 de maio daquele ano (1966) chegava a Roterdã - já o maior porto do

Page 8: 57168996 Containers

8.

mundo - o cargueiro adaptado SS Fairland da Sea Land, que ali descarregou 50

unidades. Como não havia equipamento apropriado, o desembarque foi feito com o

próprio guindaste do navio, outra criação de Mc Lean.

Naquela época, um verdadeiro exército de nove mil estivadores

trabalhava no grande porto holandês, vinculando a 25 empresas de serviço.

Antevendo a revolução que iria ocorrer no transporte marítimo, o diretor do porto,

Frans Posthuma, conseguiu a exclusividade para receber os contêineres destinados

à Europa, comprometendo-se a preparar um terminal especializado para

desembarcá-los. Logo depois, em 1967, cinco das empresas estivadoras que

operavam em Roterdam criaram a ECT, com apenas 208 empregados para atender

ao crescente movimento de contêineres.

1950 - O exército americano desenvolveu o seu recipiente chamado

Conex, ou Container Express Service, nas medidas 6x6x8 pés.

1958 - O mundo começou a sentir a necessidade de padronização

das medidas desses containers. Somente então que na América a ASA e na Europa

a ISO formaram seus respectivos comitês para estudar, normalizar e padronizar a

fabricação desses receptáculos. Porém, como as dimensões propostas por uma

divergiam da outra, o mundo esperou mais 10 anos por essa famosa unificação.

1968 - Finalmente, apesar de muitas ressalvas e controvérsias,

parece que atualmente o mundo todo está adotando, como padrão, as

especificações e dimensões propostas pela ISO, embora em alguns países as

dimensões ASA ainda sejam aceitas.

O Brasil, por ter adotado as especificações da ISO, fundamentou

todas suas instruções técnicas, tanto para o uso como para a fabricação de

containers em nosso território, baseadas naquelas normas.

Page 9: 57168996 Containers

9.

3.0 DIMENSÕES, PESO E PADRONIZAÇÃO DOS CONTÊINERES

O Brasil, por ter ratificado a proposta da International Standards

Organization (ISO), para normalização técnica dos containers, fundamentou toda a

sua regulamentação, tanto para o uso como para a construção desses cofres no

nosso País, baseando-se naquela diretriz.

Essa regulamentação é controlada pelos órgãos Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Instituto de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial (Inmetro), que é um órgão técnico da Secretaria de Tecnologia

Industrial do Ministério da Indústria e Comércio.

O sistema proposto pela ISO é modular, ou seja, os containers

formam unidades que se encaixam perfeitamente, ocupando os espaços de forma

racional, tanto nos veículos como nos pátios ou armazéns.

As dimensões altura (8 pés) e largura (8 pés) são sempre invariáveis

(N.E.: na época da redação original deste texto começavam a ser padronizados os

conteineres extra-altos, com altura de 8 ½ pés), sendo que o comprimento varia,

dependendo do módulo. A unidade modular é o container de 20 pés de

comprimento, sendo daí tirados os outros módulos.

Tabela 1 – Parâmetros Gerais dos Contêineres

COMPRIMENTO (pés)

LARGURA (pés)

ALTURA(pés)

VOLUME ÚTIL (m³)

CAPACIDADE (toneladas)

10 8 8’; 8’06”; 9’; 9’06” 15,00 15,00

20 8 8’; 8’06”; 9’; 9’06” 30,00 30,48

30 8 8’; 8’06” 45,00 30,48

40 8 8’; 8’06”; ‘9’; 9’06” 60,00 38,00

A plena utilização do volume útil do contêiner depende sobremaneira

da experiência do pessoal empregado na operação de ovação ou estufagem.

Page 10: 57168996 Containers

10.

Em alguns países, os limites de peso para o transporte rodoviário

são inferiores à capacidade de peso (payload) máxima do contêiner.

Tabela 2 – Principais Dimensões Não Padronizadas pela ISO

USUÁRIO COMPRIMENTO LARGURA ALTURA

Matson 24’ 8’ 8’; 8’06”; 9’; 9’06”

Bell Lines 35’ 8’ 8’06”

Bell Lines 40’ 2.500 mm 9’06”

Europa 40’ 2.500 mm 8’06”; 9’06”

Diversos 43’ 8’ 8’

Diversos 45’ 8’ 9’ 06”; 9’ 06”,5

Diversos 49’ 2.600 mm 9’ 06”

Diversos 53’ 8’ 06” 9’ 06”,5

A padronização dos containers proposta pela ISO exige e indica

suas capacidades gravimétricas em toneladas métricas, suas dimensões em pés

lineares e, conseqüentemente, seus volumes em pés cúbicos. O Brasil, por adotar o

sistema métrico, obviamente foi obrigado a converter essas dimensões para o nosso

sistema; assim, em 1971, a ABNT emitiu as seguintes normas para a padronização

dos containers em nosso território:

• P-TB/75/71 - Terminologia relativa aos containers.

• P-NB/193/71 - Classificação e Designação - Dimensões - Tolerância e Pesos

Brutos.

• P-NB/309/71 - Especificações de dispositivos de cantos dos containers.

• P-MB/505/71 - Ensaios de containers.

Considerando o pé linear como 0,3048 m, temos as seguintes

conversões para os comprimentos dos módulos:

Page 11: 57168996 Containers

11.

Tabela 3 – Conversões para os Comprimentos dos Módulos

MÓDULOSCOMPRIMENTOS

Pés Metros

½ 10 3,048

1 20 6,096

1 ½ 30 9,144

2 40 12,192

Como a largura e a altura são sempre iguais a 8 pés (N.E.: não

considerados os conteineres extra-altos, de 8 ½ pés, na época do texto em fase de

padronização mundial), temos em nosso sistema 2,438 metros.

Essas medidas, por indicarem as dimensões externas, interessam

aos transportadores. Quanto aos usuários, importadores e exportadores, o que

realmente vai ter significado prático são as dimensões internas.

Relembramos que os containers, embora tenham suas dimensões

externas padronizadas, não têm o mesmo volume interno útil, uma vez que este

varia de acordo com o tipo de material empregado na sua fabricação.

Para se ter uma idéia dessa diversificação, relacionamos abaixo as

dimensões dos containers mais usados no Brasil:

Tabela 4 – Container de 20 pés de Aço Construído na Inglaterra

CARACTERÍSTICA MEDIDA

Comprimento 5878 mm

Largura 2315 mm

Altura 2161 mm

Volume interno 29,40 m³

Peso Payload 18,012 kg

Tara 2,299 kg

Page 12: 57168996 Containers

12.

Tabela 5 – Container de 20 pés de Alumínio Fabricado pela Fruehauf

CARACTERÍSTICA MEDIDA

Comprimento 5829 mm

Largura 2349 mm

Altura 22351 mm

Volume interno 31 m³

Peso Payload 18,401 kg

Tara 1,919 kg

Além desses, temos ainda, em uso no Brasil, os containers high top,

ou seja, com altura externa de 8´ 6" (8 pés e 6 polegadas). Como exemplo, citamos

os containers de 20 pés construídos pela firma Fuji Heavy Industries do Japão:

Tabela 6 – Container de 20 pés Fabricado pela Fuji Heavy Industries

CARACTERÍSTICA MEDIDA

Comprimento 5905 mm

Largura 2346 mm

Altura 2384 mm

Volume interno 33 m³

Peso Payload 18,020 kg

Tara 2,300 kg

Como se pode notar, as variações das dimensões internas chegam

em certos casos a ser fundamentais, na escolha do container apropriado para o

transporte de determinadas mercadorias.

O único fator que pode encarecer o transporte de uma mercadoria

em container é o aluguel do mesmo e, em função disso, o usuário deve procurar

colocar a maior quantidade possível de mercadorias no container, para que o

aluguel seja rateado em menor proporção no custo unitário da mercadoria, ou de

seu frete.

Page 13: 57168996 Containers

13.

Normalmente, as mercadorias conteinerizáveis são transacionadas

em quantidades passíveis de uma utilização completa do container, quer no que

concerne ao volume ou peso; por isso, o aproveitamento racional das capacidades

dos containers é de extrema importância.

Considerando as variações das dimensões internas, a prática

recomenda que sejam adotadas as seguintes medidas para o cálculo do volume

interno do container de 20 pés: 5,85 x 2,20 x 2,15 - 27,67 metros cúbicos, e a

capacidade gravimétrica útil de 18 toneladas.

4.0 NUMERAÇÃO DO CONTÊINER

No panorama internacional, foi criada a ISO – International

Organization for Standardization (Organização Internacional de Padronização), que

iniciou a publicação de normas para contêineres. Essas normas foram aceitas

universalmente, à exceção de alguns armadores norte-americanos.

Cabe mencionar que, em nível mundial, já se sente a necessidade

de alterar as normas contidas no TC-104 da ISO, sendo atualmente adotado o

padrão de 40’ x 8’ x 9’ 6”

A numeração de todo contêiner tem identificações para ser

reconhecido pelo sistema ISO registradas no Bureau International of Containers -

BIC, e elas estão na sua porta, na folha direita de quem está olhando a unidade por

trás, cuja codificação compreende os seguintes grupos:

• a sigla (código) de quatro letras do proprietário e um número com sete dígitos;

• a sigla de quatro letras define o proprietário, sendo as três primeiras relativas

à empresa e a quarta sempre o ‘U’ de unit ou unidade. O número de sete

dígitos, sendo o sétimo dígito, o verificador ou de controle para a segurança

no transporte, é o de série do equipamento desse proprietário. Assim, o

Page 14: 57168996 Containers

14.

código do proprietário e o seu respectivo número são únicos, o que permite a

perfeita identificação de uma unidade conteinerizada.

• o código de duas letras do país de registro do proprietário, não o de sua

nacionalidade;

• o país de registro da unidade para efeitos legais é dado pelas duas letras pela

qual o país é conhecido internacionalmente, como ‘US’ para Estados Unidos

da América.

• identificação de dimensões e tipo composto de quatro dígitos ou caracteres

podendo ser números ou números e letras; o tamanho e tipo do contêiner são

identificados pelos seus dígitos ou caracteres. Os dois primeiros são números

e identificam comprimento e altura, enquanto os dois últimos podem ser

números ou letras e identificam o seu tipo e finalidade.

- o primeiro dígito representa o comprimento (2 para 20’ ou 4 para 40’).

- o segundo dígito indica a altura do contêiner (0 para 8’, 1 para 4’, 2 para

8’ 6”, 5 para 9’ 6”, 9 para 1’ ¼” ou 2’)

- o terceiro dígito é o da categoria do contêiner, conforme listados abaixo:

o 0 = Contêiner fechado

o 1 = Contêiner fechado, ventilado

o 2 = Contêiner isolante e térmico

o 3 = Contêiner refrigerado

o 4 = Contêiner refrigerado com equipamento removível

o 5 = Contêiner com teto livre

o 6 = Plataforma

o 7 = Contêiner tanque

o 8 = Contêiner de granel e de gado

o 9 = Contêiner ventilado

- ou com o quarto dígito junto:

o GP, GO, G1...........................................General Purpose

o VH, V2, V3.............................................General Purpose Ventilated

o BU, B0....................................................Bulk

o UT, U1....................................................Open Top, Hardtop

o UP, U6...................................................Hardtop

Page 15: 57168996 Containers

15.

o PL, P0....................................................Plataform

o PF, P1, PC, P8......................................Flat Rack

o RT, R1, RC, R9, RS, R3........................Refrigerated

o HR, H0...................................................Insulated

o TN, T0....................................................Tank

- o quarto dígito especifica o tipo do contêiner na categoria (para carga

geral, alimentos, fluidos, gases, líquidos perigosos, diesel, laterais

flexíveis, etc.).

Os pesos máximos e espaço (capacidade) para a carga também são

indicados na porta do contêiner. Os pesos, em quilos e libras, são dados para o

contêiner (tara), para a carga que pode comportar (peso líquido - net ou payload) e

para o conjunto dos dois, que é o peso bruto (gross) máximo que a unidade pode

pesar. O espaço (capacidade) para a carga está definido em metros cúbicos ou pés

cúbicos.

Além de todos os dados já citados, as portas do contêiner podem

mencionar o fabricante, ano de fabricação, peso máximo de empilhamento, vistoria,

altura: high cube (HC) – tarja amarela e preto, etc.

5.0 TIPOS DE CONTÊINERES

Com a grande expansão do mercado internacional de mercadorias,

cada vez mais abrangente, foi inevitável para os fabricantes de containeres a

normalização das suas dimensões, características de resistência, dispositivos de

fixação, equipamentos de movimentação e empilhamento, marcação e classificação.

Essa normalização foi providencial para permitir que o container pudesse ser

utilizado igualmente em diversos navios, bem como em outros modais, e assim

cumprir o princípio para o qual foi criado.

Atualmente, muitos tipos de containeres são utilizados, o que

possibilita o transporte de diversos tipos de carga, como granéis líquidos, granéis

sólidos, refrigerados, petróleo, minérios e animais vivos.

Page 16: 57168996 Containers

16.

A seguir, os tipos de container mais utilizados.

Figura 1 – Container Standard 20 pés

É o mais utilizado em virtude da sua versatilidade, atendendo as

necessidades de cargas secas, granéis e também cargas úmidas e/ou líquidas.

Tabela 7 – Características Container Standart de 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 6058 mm 5906 mm ---- ----

Largura 2438 mm 2340 mm 2346 mm ----

Altura 2591 mm 2388 mm 2282 mm ----

Cubagem ---- ---- ---- 33, 2 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 24000 kg

Tara ---- ---- ---- 2080 kg

Carga ---- ---- ---- 21920 kg

Figura 2 – Container Standard 40 pés

Page 17: 57168996 Containers

17.

Possui as mesmas funções do anterior, com o dobro do

comprimento.

Tabela 8 – Características Container Standart de 40 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 12192 mm 12044 mm ---- ----

Largura 2438 mm 2342 mm 2337 mm ----

Altura 2591 mm 2380 mm 2280 mm ----

Cubagem ---- ---- ---- 67,6 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 30480 kg

Tara ---- ---- ---- 3.550 kg

Carga ---- ---- ---- 26930 kg

Figura 3 – Container Reefer de 20 pés

Container isolado termicamente. Com piso em alumínio e paredes

internas de aço inoxidável. Indicado para transportar carnes, sucos e frutas.

Tabela 9 – Características Container Reefer de 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 6058 mm 5498 mm ---- ----

Largura 2438 mm 2270 mm 2270 mm ----

Altura 2591 mm 2267 mm 2210 mm ----

Cubagem ---- ---- ---- 28,3 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 25400 kg

Tara ---- ---- ---- 3040 kg

Page 18: 57168996 Containers

18.

Carga ---- ---- ---- 22360 kg

Figura 4 – Container High Cube

Indicado para cargas de pequena densidade, onde o volume supera

o peso. Normalmente utilizado para rouparia, fumo, cigarros, brinquedos, mobiliário,

entre outros.

Tabela 10 – Características Container High Cube

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 12192 mm 12032 mm ---- ----

Largura 2438 mm 2350 mm 2338 mm ----

Altura 2895 mm 2695 mm 2585 mm ----

Cubagem ---- ---- ---- 72,6 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 30480 kg

Tara ---- ---- ---- 4150 kg

Carga ---- ---- ---- 26330 kg

Figura 5 – Container Plataforma 20 pés

Page 19: 57168996 Containers

19.

Essa plataforma é a solução para produtos “fora dos padrões”, de

tamanhos além do comum, como por exemplo, máquinas, barcos, materiais de

construção, tanques, chapas, entre outros.

Tabela 11 – Características do Container Plataforma de 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 6058 mm 6020/12150 mm ---- ----

Largura 2438 mm 2413/2290 mm 2338 mm ----

Altura 226/228 mm ---- 2585 mm ----

Cubagem ---- ---- ---- 29/67 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- ----

Tara ---- ---- ---- ----

Carga ---- ---- ---- ----

Figura 6 – Container Tanque de 20 pés

A melhor maneira de carregar líquidos tóxicos, inflamáveis, voláteis,

etc.

Tabela 12 – Características do Container Tanque de 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 6058 mm ----- ---- ----

Largura 2438 mm ----- ---- ----

Altura 2591 mm ---- ---- ----

Cubagem ---- ---- ---- ----

Peso Máximo ---- ---- ---- ----

Page 20: 57168996 Containers

20.

Tara ---- ---- ---- ----

Carga ---- ---- ---- ----

Figura 7 – Container Flat Rack 20 pés

São ideais para cargas que excedem em altura e largura,

disponíveis no mercado em quatro modelos: com cabeceiras fixas, móveis manuais,

móveis por molas e sem cabeceiras.

Tabela 13 – Características do Container Flat Rack 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 6058 mm ----- ---- ----

Largura 2438 mm ----- ---- ----

Altura 2591 mm ---- ---- ----

Altura dobrada 555 mm ---- ---- ----

Altura da Plataforma 271 mm ---- ---- ----

Acesso de carga pelo topo ---- 5908 mm ---- ----

Acesso de carga pelo lado ---- 5508 mm ---- ----

Largura ---- 2387 mm ---- ----

Largura entre batentes ---- 2182 mm ---- ----

Largura entre colunas ---- 2190 mm ---- ----

Altura ---- 2320 mm ---- ----

Cubagem ---- ---- ---- 28,9 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 25400 kg

Tara ---- ---- ---- 2845 kg

Carga ---- ---- ---- 22555 kg

Page 21: 57168996 Containers

21.

Figura 8 – Container Flat Rack 40 pés

Possui as mesmas funções do anterior com o dobro do

comprimento.

Tabela 14 – Características do Container Flat Rack 40 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 12192 mm ----- ---- ----

Largura 2438 mm ----- ---- ----

Altura 2591 mm ---- ---- ----

Altura dobrada 700 mm ---- ---- ----

Altura da Plataforma 605 mm ---- ---- ----

Acesso de carga pelo topo ---- 12020 mm ---- ----

Acesso de carga pelo lado ---- 11730 mm ---- ----

Largura ---- 2230 mm ---- ----

Largura entre batentes ---- 2230 mm ---- ----

Largura entre colunas ---- 2100 mm ---- ----

Altura ---- 1986 mm ---- ----

Cubagem ---- ---- ---- 67 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 45000 kg

Tara ---- ---- ---- 5180 kg

Carga ---- ---- ---- 39820 kg

Page 22: 57168996 Containers

22.

Figura 9 – Container Open Top 20 pés

A solução para cargas de tamanhos irregulares e/ou que só possam

ser carregadas por cima. A proteção da carga é feita por uma lona fixada no topo do

container.

Tabela 15 – Características do Container Open Top 20 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 5068 mm 5792 mm 2336 mm ----

Largura 2438 mm ----- ---- ----

Altura 2591 mm 2225 mm 2233 mm ----

Altura centro dos arcos ---- ---- ---- 2370 mm

Altura sob as laterais de arco ---- ---- ---- 2320 mm

Acesso de carga pelo topo ---- ---- ---- ----

Cubagem ---- ---- ---- 32,2 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 24000 kg

Tara ---- ---- ---- 2050 kg

Carga ---- ---- ---- 21950 kg

Comprimento no painel lateral ---- ---- ---- 2346 mm

Figura 10 – Container Open Top 40 pés

Page 23: 57168996 Containers

23.

Possui as mesmas funções do anterior, mas tem o dobro do

comprimento.

Tabela 16 – Características do Container Open Top 40 pés

Dimensões Externas

Dimensões Internas

Abertura da Porta

Pesos

Comprimento 12192 mm 11883 mm 2337 mm ----

Largura 2438 mm ----- ---- ----

Altura 2591 mm 2152 mm 2280 mm ----

Altura centro dos arcos ---- ---- ---- 2380 mm

Altura sob as laterais de arco ---- ---- ---- 2330 mm

Acesso de carga pelo topo ---- ---- ---- ----

Cubagem ---- ---- ---- 65,6 m3

Peso Máximo ---- ---- ---- 30820 kg

Tara ---- ---- ---- 3800 kg

Carga ---- ---- ---- 27020 kg

Comprimento no painel lateral ---- ---- ---- 2342 mm

6.0 PROCEDIMENTOS PARA A VISTORIA DE CONTÊINERES

O container é uma ferramenta essencial para o transporte de

mercadorias, pois garante agilidade e, precisa também garantir segurança para

quem transporta, seja o dono da mercadoria ou o transportador. Por isso, é

necessária uma vistoria completa antes de qualquer tipo de movimentação.

A importância da vistoria de segurança da carga, do manuseio do

container e mão de obra envolvida no processo gera algumas regulamentações para

dar segurança aos usuários, como por exemplo:

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24.

- A International Convention for Safe Container (CSC) estabelece

que o proprietário, ou por acordo, o locatário é responsável pelo exame do container,

efetuando vistorias periódicas das condições estruturais dos containeres em nível de

engenharia de construção. O objetivo é garantir a circulação segura dos containeres

após sua vistoria de fabrica, efetuada por órgãos certificadores internacionais.

O armador costuma proceder a uma inspeção prévia, anterior a

entrega, denominada PTI (Pre Trip Inspection), cuja validade é de 30 dias e que tem

a finalidade de entregar ao embarcador o container em perfeitas condições de

utilização.

A vistoria se inicia no gate-in, para identificar avarias evidentes ou

causadas por terceiros. Essa vistoria é feita ainda em cima do caminhão e ainda fora

do terminal. Essa pré-vistoria é uma exigência dos armadores, onde o terminal é

instruído a não receber containeres sujos de importação. Ao receber os containeres

(gate-in), os depósitos de vazios realizam vistorias relatando eventuais avarias para

aprovação e execução dos reparos. Essa operação tira de circulação o container,

que apesar de já se encontrar na condição de vazio, não faz parte do inventário de

disponíveis para novo carregamento, até que se encontre novamente em condição

de uso. Essa reforma deve restituir o container a sua forma original ou o mais

próximo dela, e deve ser executada com materiais de igual ou superior qualidade

dos originais.

É importante relatar, com relação aos containeres reefer, uma

particularidade em sua operação, pois quando liberado para reutilização deverá ficar

por no mínimo 4 horas a menos 18° para estar apto ao uso.

Na saída do container três pontos são considerados para que o

mesmo esteja apto para uso, a saber: a segurança para o ser humano, a segurança

para a carga e a segurança para o container.

O tempo máximo estimado de permanência para um container num

depósito de vazios é de 30 dias.

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25.

Basicamente os procedimentos para vistoria são instituídos para que

o container esteja sempre nas suas condições originais.

7.0 RECIBO DO EQUIPAMENTO OU INTERCÂMBIO (EIR – EQUIPAMENT INTERCHANGE RECEIPT)

Equipment Interchange Receipt . Documento que confirma a entrega

do container vazio no terminal designado pelo armador. Neste documento deve-se

anotar as condições em que o equipamento foi devolvido (avarias, sujeiras, etc).

Figura 11 – Bill Of Lading

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26.

8.0 OVAÇÃO E DESOVA DO CONTÊINER

A colocação e retirada da carga do equipamento tem as seguintes

denominações:

Estufamento/Ovação: é o ato de carregar o container,

independente de onde ou como isso é realizado. É importante a observação de

alguns detalhes na hora do estufamento de um container, como por exemplo: não

estufar um container com mercadorias completamente diferentes entre si, em

relação a odor, peso específico, umidade e controle de temperatura. Também é

necessário que não haja espaço vazio no container, a fim de evitar que a carga se

movimente no seu interior, ou se preciso, amarrar ou escorar a carga. A carga deve

ser alocada de forma adequada, uma vez que o container está sujeito a vários tipos

de movimentos, principalmente para evitar o excesso de peso em um dos lados,

além de sempre colocar as mercadorias mais pesadas sob as mais leves.

Desovar: é o ato de retirar mercadorias do container. É conveniente

que antes de se iniciar a estufagem de um container, se faça um "plano de estiva"

para adequação da carga ao mesmo, para evitar surpresas desagradáveis no

momento de estufá-lo na prática.

Modalidades de Ovação e Desova de Containers

• H/H (House to House) - FCL/FCL (Full Container Load) – CY/CY

(Container Yard)

Nesta modalidade tanto o vendedor quanto o comprador têm o

direito de ovar e desovar o container em local por eles designado, devendo depois

devolvê-lo ao armador.

• P/H (Pier to House) ou LCL/FCL (Less Than Container Load / Full

Container Load)

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27.

O vendedor deve realizar a ovação do container em área portuária

designada pelo armador e o comprador tem o direito de desová-lo em local por ele

designado e depois devolvê-lo ao armador.

• P/P (Pier to Pier) ou LCL /LCL (Less than Container Load) ou CFS/CFS

(Container full shipper)

Nesta modalidade tanto o vendedor quanto o comprador devem

realizar a ovação e desova do container em área portuária, designada pelo armador.

• H/P (House to Pier) ou FCL/LCL

O vendedor tem o direito de ovar o container em local por ele

designado, depois devolvê-lo ao armador e o comprador deve desová-lo em área

portuária.

Figura 12 – Exemplos de Estufagem de Containers

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28.

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29.

9.0 CONCLUSÃO

O container é uma ferramenta de organização e acondicionamento

de mercadorias essencial para o transporte de mercadorias, pois garante agilidade

e, segurança para quem transporta.

Através do seu sistema de distribuição e organização de

mercadorias, consegue solucionar eventuais problemas logísticos na área Portuária,

tornando possível facilitar e agilizar todo o processo logístico, amenizando as

preocupações e evitando atrasos referentes a chegada e partida de mercadorias.