62º congresso anual da abm gestÃo energÉtica e desenvolvimento sustentÁvel vitória, 24 de julho...
TRANSCRIPT
![Page 1: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/1.jpg)
62º CONGRESSO ANUAL DA ABM
GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Vitória, 24 de julho de 2007
Impacto do Tratado de Quioto no Brasil
Luiz Gylvan Meira FilhoPesquisador Visitante
Instituto de Estudos AvançadosUniversidade de São Paulo
![Page 2: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/2.jpg)
Clima são as estatísticas (média, desvio padrão, etc.) das variáveis que definem o estado da atmosfera: Temperatura; Pressão; Vento (direção e intensidade); Precipitação; Umidade.
![Page 3: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/3.jpg)
O clima é determinado pelas condições geográficas e pelo aporte de energia solar.
A radiação do sol esquenta a superfície, de forma diferente.
O ar quente se expande e tende a mover-se para onde está mais frio.
Combinado com a rotação da terra, esse movimento gera o tempo, cuja média é o clima.
![Page 4: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/4.jpg)
A terra recebe energia do sol na forma de radiação visível e perde energia na forma de radiação infravermelho, pois a “cor” da radiação de um corpo depende de sua temperatura: Sol, 6.000K, radiação visível; Terra, 300K, radiação infravermelho.
![Page 5: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/5.jpg)
Uma estufa permite a entrada da radiação solar e bloqueia a saída da radiação infra-vermelho, aquecendo o interior.
O planeta Terra é uma estufa natural, porque certos gases na atmosfera são opacos à radiação infra-vermelho.
![Page 6: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/6.jpg)
A grande maioria dos gases da atmosfera não produzem o efeito estufa: Nitrogênio, oxigênio, gases nobres;
Alguns gases produzem o efeito estufa: Vapor d’água, dióxido de carbono, metano,
óxido nitroso e outros gases industriais.
![Page 7: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/7.jpg)
A concentração atmosférica do vapor d’água não depende da ação do Homem.
A concentração atmosférica dos outros gases que provocam o efeito estufa aumentou nos últimos 250 anos, e continua aumentando devido à ação do Homem.
![Page 8: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/8.jpg)
![Page 9: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/9.jpg)
Com o aumento da concentração do dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa na atmosfera, a estufa torna-se mais eficiente – aquecimento global.
É como se tivéssemos um aquecedor de radiação com potência de 2W para cada metro quadrado da superfície, ligado dia e noite há muitas décadas.
![Page 10: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/10.jpg)
A temperatura média da superfície já aumentou 0,7 graus Celsius, e deve aumentar mais 3 graus Celsius até o final do século.
Esta previsão já havia sido feita em 1971, em relatório da Academia de Ciências da Suécia (Study of Man’s Impact on Climate, MIT Press).
![Page 11: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/11.jpg)
![Page 12: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/12.jpg)
![Page 13: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/13.jpg)
![Page 14: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/14.jpg)
![Page 15: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/15.jpg)
![Page 16: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/16.jpg)
![Page 17: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/17.jpg)
![Page 18: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/18.jpg)
Será necessário reduzir as emissões globais de cerca de 60% em relação aos níveis de 1990.
![Page 19: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/19.jpg)
Os gases de efeito estufa são eliminados da atmosfera em tempos diferentes: O dióxido de carbono é eliminado rapidamente no
início: 15% permanece por mais de mil anos; O metano permanece por 11 anos; O óxido nitroso por 114 anos. Os HFCs (hifrofluorcarbonos), gases que substituem
os CFCs (clorofluorcarbonos) que destroem a camada de oxônio, têm vida útil de poucos anos.
Os CFCs são gases de efeito estufa, porém a sua eliminação é objeto do Protocolo de Montreal e portanto não são considerados na Convenção do Clima.
![Page 20: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/20.jpg)
O aquecimento aumenta a temperatura da superfície. Este processo é lento porque há que esquentar a água dos oceanos: As camadas superficiais dos oceanos
são misturadas em 20 a 30 anos; As camadas profundas dos oceanos são
misturadas em cerca de 500 anos.
![Page 21: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/21.jpg)
O aumento da temperatura média da superfície, e portanto a mudança do clima, resultante da emissão de um gás de efeito estufa, tem um máximo algumas décadas após a emissão. 20 anos para o metano; 40 a 50 anos para o dióxido de carbono
e o óxido nitroso.
![Page 22: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/22.jpg)
Máximo efeito sobre o clima ocorre décadas após a emissão
15% do gás carbônico permanece na atmosfera por mais de mil anos
0
20
40
60
80
100
0 50 100 150 200
Anos após emissão
Tem
per
atu
ra(%
do
au
men
to)
dióxido de carbono
metano
óxido nitroso
![Page 23: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/23.jpg)
A mudança do clima não é nem será uniforme em todo o mundo:
O aumento de temperatura é maior nas altas latitudes do hemisfério Norte;
A freqüência e a intensidade de eventos extremos será alterada;
Haverá mudanças no regime de precipitação.
![Page 24: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/24.jpg)
O Protocolo de Quioto, e portanto o seu Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, considera os seguintes gases de efeito estufa: CO2 dióxido de carbono
CH4 metano
N2O óxido nitroso
SF6 hexafluoreto de enxofre HFCs hidrofluorocarbonos PFCs perfluorocarbonos
![Page 25: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/25.jpg)
Face à mudança do clima, há somente três atitudes possíveis:
Inação – não fazer nada e aceitar os danos futuros;
Adaptação – quando possível, adaptar-se a um novo clima;
Mitigação das emissões – reduzir as emissões líquidas antrópicas de gases de efeito estufa.
![Page 26: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/26.jpg)
Para decidir o que fazer, há que pesar o esforço de mitigar as emissões levando em conta os danos a serem evitados no futuro. A dificuldade é devida a dois fatores: Aversão ao risco; Valor hoje dos danos evitados no
futuro.
![Page 27: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/27.jpg)
O risco praticamente desapareceu com o relatório de Paris – agora é certeza e não risco.
O princípio da precaução tornou-se desnecessário.
Mudança do clima deixou de ser um problema ambiental para tornar-se uma questão de planejamento racional.
![Page 28: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/28.jpg)
O planejamento racional visa maximizar uma função utilidade A função utilidade, numa primeira
abordagem, são os ganhos menos as perdas
As perdas incluem: Custo da mitigação das emissões Perdas associadas ao impacto da
mudança do clima no futuro Custo da adaptação.
![Page 29: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/29.jpg)
A função utilidade mais apropriada para este caso inclui também: Fator de aversão ao risco, devido às
incertezas ainda existentes sobretudo quanto à magnitude dos impactos da mudança do clima
Taxa de desconto, necessária para calcular o valor presente líquido de ganhos e perdas no futuro.
![Page 30: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/30.jpg)
Estudo Stern: Aspectos econômicos das mudanças climáticas. As estimativas dos custos de
implementação sugerem que o limite superior do custo anual previsto para as reduções de emissões compatíveis com uma trajetória que leve à estabilização da concentração de CO2e em 550 ppm será provavelmente da ordem de 1% do PIB até 2050;
![Page 31: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/31.jpg)
Estudo Stern: Aspectos econômicos das mudanças climáticas. O estabelecimento de um preço para o
carbono através de impostos, comércio ou regulamentação é um fundamento essencial da política sobre as mudanças climáticas;
São necessárias políticas para apoiar o desenvolvimento urgente de uma gama de tecnologias de baixo carbono e alta eficiência;
![Page 32: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/32.jpg)
Necessidade de tratados internacionais para pactuar a repartição dos esforços para evitar, ainda que parcialmente, a mudança do clima: Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima; Protocolo de Quioto; Regime(s) pós 2012.
![Page 33: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/33.jpg)
Convenção do Clima é um tratado essencialmente universal.
Meta da Convenção: estabilizar a concentração atmosférica de gases de efeito estufa. Para tal é necessário limitar e estabilizar as emissões líquidas globais de gases de efeito estufa.
![Page 34: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/34.jpg)
Princípios da Convenção:
Responsabilidade comum, porém diferenciada, de todos os países;
Responsabilidade histórica, pois a mudança de clima ocorre décadas após a emissão.
![Page 35: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/35.jpg)
Responsabilidade relativa do Brasil:
Brasil tem cerca de 3% da população mundial;
As emissões do Brasil representam cerca de 3,5% das emissões mundiais;
O Brasil é responsável por cerca de 2,6% da mudança do clima hoje.
![Page 36: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/36.jpg)
Protocolo de Quioto:
Países já industrializados: metas de limitação ou redução de emissões relativas a um valor fixo, as emissões em 1990, e expressas em termos da soma das emissões nacionais de todos os gases em todos os setores.
![Page 37: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/37.jpg)
Protocolo de Quioto:
Países ainda em fase de industrialização: programas nacionais de redução de emissões, com suas metas programáticas;
Participação no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, com metas por atividade de projeto, relativas às emissões que ocorreriam no futuro.
![Page 38: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/38.jpg)
Protocolo de Quioto:
Mecanismos, como o MDL, que permitem a compensação de reduções de emissões entre países e entre projetos, de forma a promover a redução de emissões onde isso possa ser obtido mais facilmente.
![Page 39: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/39.jpg)
Regime pós-2012:
Estados Unidos e Austrália decidiram não ratificar o Protocolo de Quioto.
Reconhecem a necessidade de mitigar as emissões de gases de efeito estufa.
Preferem investir em novas tecnologias e promover a cooperação internacional.
![Page 40: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/40.jpg)
Regime pós-2012:
Início de negociações sobre a continuidade do MDL a partir de 2013;
Limites quantitativos para as emissões nacionais dos países industrializados são essenciais para criar a demanda por certificados de redução de emissões.
![Page 41: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/41.jpg)
Regime pós-2012:
Início de debates sobre o futuro do regime de mudanças climáticas sob a Convenção, sem novos compromissos;
Iniciativas importantes, como por exemplo o acordo entre São Paulo e Califórnia.
![Page 42: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/42.jpg)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo:
Reduções de emissões são a diferença entre as emissões que ocorreriam em um cenário hipotético, dito de linha de base, na ausência da atividade de projeto, e as emissões que efetivamente ocorram no cenário da atividade de projeto.
![Page 43: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/43.jpg)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo:
A questão central é conseguir argumentar de forma convincente que o cenário de linha de base efetivamente ocorreria;
![Page 44: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/44.jpg)
MDL e o setor florestal: três aspectos distintos:
Sequestro (temporario) de carbonoDeslocamento da liberacao de carbono não renovavelMudanca de processos
![Page 45: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/45.jpg)
Equation 6.3:a) number of years to harvest greater than number of years to A/R;
b) number of years to harvest equal to number of years to A/R;c) number of years to harvest less than number of years to A/R.
7yr to harvest; total 1000ha; 6tC/ha/yr
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
years from start of project activity
C(t
) co
mu
lati
ve s
tock o
f carb
on
in
to
ns o
f carb
on
a) 5 yr to A/R
b) 7yr to A/R
c) 20yr to A/R
![Page 46: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/46.jpg)
cumulative removal of carbon dioxide equivalent from the atmosphereex ante estimate according to the methodology of AES Tietê
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
0 5 10 15 20 25 30 35 40
years from start of project activities
mil
lio
n m
etr
ic t
on
s o
f c
arb
on
dio
xid
e e
qu
iva
len
t
IREF(proj)
BL
D
L
GHG
ACTUAL
NET
a
g
pj
bl
gpj
gbl
![Page 47: 62º CONGRESSO ANUAL DA ABM GESTÃO ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Vitória, 24 de julho de 2007 Impacto do Tratado de Quioto no Brasil Luiz Gylvan](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062318/552fc13b497959413d8d9832/html5/thumbnails/47.jpg)
emissões específicas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de gusana siderurgia, incluindo carbonização e atividades florestais
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
c.v. renovável c.v. não renovável coque coque de petróleo
termorredutor
ton
CO
2 p
or
ton
de
gu
sa
perdasflorestalCH4 carbonizCO2 carboniztransportedesulfuraciariaescóriacarb. no açoelectricidadeerio ferrominredutor