Hoje, a humanidade está consumindo 50% a mais do que nosso planeta

é capaz de repor.

Este dado alarmante foi a fonte de inspiração para a série de obras que viria a se tornar a mostra denominada “7 Bilhões”.

Sim! Somos 7 bilhões de pessoas vivendo em um mundo de excessos. Excesso de afazeres, de informação, de consumo e de resíduos. E presenciamos a banalização de tudo isso, afinal, tudo em excesso torna-se menos valioso.

O código de barras talvez seja a principal simbologia visual de todo este contexto e, igualmente banali-zado, a ponto de passar desapercebido aos olhares da maioria das pessoas. Um símbolo que consegue sintetizar quase que, de forma minimalista, os conceitos, valores e anseios da sociedade moderna. O símbolo do poder, do ter, do bem material e do preço. Preço literal, o que classifica um produto para um determinado consumidor igualmente classificado.

No entanto, existe outro preço a ser pago, um preço compartilhado por toda a humanidade, independente de quem comete os excessos.

“7 Bilhões” se apropria deste símbolo tão presente em nosso cotidiano, e propõe uma releitura, mostrando de maneira lúdica porém contundente, o que ninguém quer enxergar.

Escolhemos a “forma” como o fio condutor da série de obras compostas por vídeos, painéis, adesivos entre outras linguagens. No entanto, acima de tudo, “7 Bilhões” elege o conteúdo, o conceito como propósito. “7 Bilhões” utiliza a arte como meio aglutinador e transformador.

Atrair pessoas, quebrando a apatia cotidiana, e por um momento promover uma reflexão sobre o ambiente em que vivemos.

A mostra pretende transcender o papel da arte e promover uma discussão social e comportamental.