91 - marca de fantasia
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LIQUIDAĂĂO DE REVISTAS â 4
Oferta de revistas e ĂĄlbuns a preços muito baixos. O custo de envio estĂĄ incluĂdo no preço. O estado de conservação de cada
edição estĂĄ indicado, seguindo a convenção: (MB) â Muito Bom; (B) â Bom; (R) â Regular; (P) â PĂ©ssimo. Cada edição ficarĂĄ reservada ao
primeiro que escrever encomendando-a. Após a confirmação, o interessado deve enviar o pagamento em vale postal ou cheque nominal a
EDGARD GUIMARĂES.
Aventurama (HĂ©rcules) (B) 6 â R$ 5,00 * HQ Express (Via Lettera) (B) 2 â R$ 4,00 * CapitĂŁo Carmen (GEA) (P) 2 â R$
4,00 * Perry (Etcetera) (P) 1, 2 â R$ 4,00 c/ * Almanaque Homem no Espaço (Cruzeiro/1970) (P) 3, 5, 6 â R$ 8,00 c/ * X-Men Edição
HistĂłrica (Mythos) (B) 2 â R$ 10,00 * Tenth (Mythos) (B) 2 â R$ 3,00 * Batman vs. Grendel (Mythos) (B) 2 â R$ 3,00 * Marvel Mix
(Mythos) (B) 1 â R$ 3,00 * Darkness â Ressurreição (Mythos) (MB) 3 â R$ 4,00 * Sociedade da Justiça â DossiĂȘ Liberdade (Mythos)
(B) 2 â R$ 3,00 * Batman â Gotham Assombrada (Mythos) (B) 1, 2 â R$ 3,00 c/ * Tex Coleção (Mythos) (MB) 164, 165, 166, 195 â R$
4,00 c/ * Zagor Especial (Mythos) (MB) 2 â R$ 5,00 * Zagor (Mythos) (MB) 31 â R$ 4,00 * Mister No (Mythos) (MB) 19 â R$ 4,00 *
MĂĄgico Vento (Mythos) (MB) 27, 36 â R$ 4,00 c/ * Martin MystĂ©re (Mythos) (MB) 17, 23 â R$ 4,00 c/ * Ken Parker (Mythos) (MB) 17,
18 â R$ 4,00 * Dampyr (Mythos) (MB) 7 â R$ 4,00 * A Turma da MĂŽnica e o OrelhĂŁo (R) â R$ 3,00 * Combo Rangers (JBC) (MB) 10
â R$ 3,00 * O Pequeno Ninja MangĂĄ (Ninja) (B) 1, 2, 5, 6 â R$ 3,00 c/ * SmilingĂŒido (Luz e Vida) (MB) 3 â R$ 3,00 * Astral da Turma
(R) 1, 4 â R$ 3,00 c/ * CrĂŽnicas do DrĂĄcula (Opera Graphica) (B) 1 â R$ 3,00 * Megaman (Magnum) (MB) â 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11,
13, 14, 15, 16 â R$ 3,00 c/ * Agster (B) 2, 3 â R$ 3,00 c/ * A Hora do Terror (Ninja) 2 (R) â R$ 3,00 * Grandes Figuras (Ebal) (R) 12 â
R$ 5,00 * Gabriela (Ebal) (R) â R$ 5,00 * Do/Kung Fu (Ebal) (R) 5 â R$ 5,00 c/ * Cheyenne (Ebal) (R) 29, 30, 31, 33, 38, 39 â R$ 5,00 c/
* AĂ, Mocinho (Ebal/7ÂȘ s.) (R) 2, 10, 11, 14, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30, 32 â R$ 5,00 c/ * Francis (Ebal) (P) 3 â R$ 4,00 * Zuzu
(Ebal) (P) 6 â R$ 4,00 * Quadrinhos (Ebal/7ÂȘ s.) (MB) 8 â R$ 5,00 * CiĂȘncia em Quadrinhos (Ebal) (P) 10, 11 â R$ 4,00 * Cinemin
Nostalgia (Ebal) (R) 3 â R$ 5,00 * Coleção HQ (Ebal/ĂVNIS) (R) 2 â R$ 5,00 * SĂ©rie Sagrada (Ebal) (R) 65, 80, 85 â R$ 4,00 c/ * Solar
(Ebal) (R) 20 â R$ 5,00 * Judoka (Ebal) (R) 1, 2 â R$ 5,00 c/ * Quem Foi (Ebal/3ÂȘ s.) (B) 85, 100 â R$ 6,00 c/ * Quem Foi (Ebal/4ÂȘ s.) (B)
2, 4 â R$ 6,00 c/ * Tarzan (Ebal/3ÂȘ s.) (R) 10, 35, 54, 64, 89, 90, 91, 94 â R$ 5,00 c/ * Tarzan-Bi em Cores (Ebal) (R) 3, 12 â R$ 5,00 c/ *
Tarzan T Super (Ebal) (R) 1, 4, 6, 7, 11 â R$ 5,00 c/ * Tarzan (Ebal/12ÂȘ s.) (R) 11 â R$ 5,00 * Aventuras de Diana em Cores (Ebal) (B)
3 â R$ 6,00 * Miriam Lane & Jimmy Olsen (Ebal) (R) 16 â R$ 5,00.
QUADRINHOS INDEPENDENTES NÂș 91 MARĂO/ABRIL DE 2008
Editor: Edgard GuimarĂŁes.
Rua CapitĂŁo Gomes, 168 â BrasĂłpolis â MG â 37530-000.
Fone: (035) 3641-1372 (sĂĄbado e domingo).
Tiragem de 500 exemplares, impressĂŁo em off-set.
PREĂO DE CADA EXEMPLAR: R$ 1,00
Para saber sua situação junto ao âQIâ, verifique na
etiqueta com seu nome, no envelope, a mensagem:
âQUITADO ATĂ:â.
Obs.: nĂșmeros atrasados disponĂveis pelo mesmo preço.
ANĂNCIO NO âQIâ
O anĂșncio para o âQIâ deve vir pronto, e os preços sĂŁo:
1 pĂĄgina (140x184mm): R$ 48,00
1/2 pĂĄgina (140x90mm): R$ 24,00
1/2 pĂĄgina (68x184mm): R$ 24,00
1/4 pĂĄgina (68x90mm): R$ 12,00
1/8 pĂĄgina (68x43mm): R$ 6,00
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EDITORIAL
Esta edição começa com uma triste notĂcia: o
falecimento de Oscar Kern, editor de um dos melhores
fanzines de quadrinhos jĂĄ produzidos, o âHistorietaâ.
Ainda que muito aquém do que o Oscar merecia,
procurei lhe fazer uma homenagem.
As seçÔes âFĂłrumâ e âEdiçÔes Independentesâ
voltaram a ficar mais encorpadas. No âFĂłrumâ, o debate
sobre o Projeto de Lei do Quadrinho Brasileiro foi o
assunto principal.
Sobre o Projeto de Lei, escrevi um artigo
analisando-o de forma bem detalhada, como havia
prometido.
AliĂĄs, o destaque desta edição Ă© o nĂșmero de
textos analĂticos. Publico um artigo de Olliveira Jr. sobre
os quadrinhistas brasileiros, reproduzo uma matéria
sobre os Quadrinhos e a divulgação cientĂfica, publicada
pela AgĂȘncia Fapesp, e ainda um relato de como foi a
festa do Dia do Quadrinho Nacional, com a entrega do
PrĂȘmio Angelo Agostini aos eleitos Melhores de 2007.
Boa leitura!
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Depoimento do Editor
OSCAR KERN
Oscar Christiano Kern, nascido em Taquara (RS) em 1Âș de setembro de 1935, falecido em Porto Alegre (RS), em 12 de janeiro de 2008.
Caricatura de Oscar Kern feita por Edgar Vasques em 1988
Foi em uma das revistas da Ebal, nas âNotĂcias em
Quadrinhosâ, que li pela primeira vez, a palavra âfanzineâ.
A revista informava o lançamento de âBoletim Ficçãoâ, do
IntercĂąmbio CiĂȘncia Ficção Alex Raymond, editado por Edson
Rontani.
O boletim era composto, basicamente, de ofertas e procura de
antigas revistas de histĂłrias em quadrinhos.
A Ebal informava, naquela revista, que a publicação editada
por Rontani era comum nos Estados Unidos, conhecida como
âfanzineâ, e que publicava tambĂ©m artigos e atĂ© mesmo HQs.
EntĂŁo, eu me resolvi. Eu tinha algo a dizer sobre HQs, e nĂŁo
tinha onde dizer.
Capas de âHistorietaâ (1ÂȘ sĂ©rie) nÂșs 1 e 2
Em janeiro de 1970, surgiu âHistorietaâ nÂș 1, mimeografada.
Em fevereiro de 1970, o nÂș 2, ambas em formato ofĂcio.
(Estes dois nĂșmeros trouxeram as matĂ©rias âInflação de
Super-HerĂłisâ, âTurma TitĂŁâ, âTintinâ, âUm Ano sem Brucutu e sem
Ferdinandoâ, âPublicaçÔes que Contam a HistĂłria das HistĂłrias em
Quadrinhosâ, âQuadrinho Brasileiro: Existe?â, alĂ©m de anĂșncios de
venda de revistas, pequenas notas, etc.)
Houve uma parada, e entĂŁo âHistorietaâ ressurgiu, ainda em
formato ofĂcio, mas entĂŁo impressa em off-set.
(Este novo nÂș 1 saiu pela Editora Dibral, de Passo Fundo
(RS), em fins de 1971, com as matĂ©rias da 1ÂȘ sĂ©rie reescritas.)
Capas de âHistĂłrietaâ nÂș 1 (2ÂȘ sĂ©rie) e nÂș 1 (3ÂȘ sĂ©rie)
Nova parada e novo nĂșmero 1, agora meio ofĂcio, e
apresentando histĂłrias de Altair Gelatti.
(Esta terceira série, ainda pela Editora Dibral, teve a mudança
de formato sugerida por Adolfo Aizen. Foi lançada em princĂpio de
1972. Apesar de ter toda sua tiragem vendida, a Dibral desistiu de
continuar editando a revista.)
Capas de âHistorietaâ nÂș 1 (4ÂȘ sĂ©rie) e nÂș 1 (5ÂȘ sĂ©rie)
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Outra parada e outro nĂșmero 1. Formato ofĂcio, mas posição
horizontal, novamente mimeografado.
(Esta quarta série saiu em 1977.)
Depois, outra parada.
EntĂŁo, em outubro de 1978, o primeiro nĂșmero de
âHistorietaâ nos moldes atuais (5ÂȘ sĂ©rie). Tiragem: 3000 exemplares.
RazĂŁo para a tiragem elevada: na Ă©poca, nĂŁo existia nenhuma
revista de histĂłria em quadrinhos nacionais.
Mas...
Eu nĂŁo imaginava que uma editora paranaense, chamada
Grafipar, efetuou um lançamento que sacudiu a nação: uma revista
de HQs erĂłticas, nacionais.
Pobre âHistorietaâ: sobrou nas bancas...
Do nÂș 1 ao nÂș 8, âHistorietaâ foi impressa em off-set. Mas, a
partir do nÂș 9, caĂ na realidade: tiragens baixas e cĂłpias tipo xerox.
Enquanto editava âHistorietaâ, editei tambĂ©m o fanzine
âProjeto Spiritâ, destinado a incentivar a troca de cĂłpias de histĂłrias
do Spirit. Parou no terceiro nĂșmero.
Capas de âProjeto Spiritâ nÂș 1 e âConfraria dos Dinossaurosâ nÂș 1
Atualmente, alĂ©m de âHistorietaâ, edito o fanzinĂŁo (mesmo
formato da âBiriba Semanalâ) âConfraria dos Dinossaurosâ, 35
exemplares, voltado à publicação de material antigo e à obtenção
dos finais das HQs deixadas sem conclusĂŁo quando a âBiriba
Semanalâ encerrou em seu nĂșmero 79.
Distribuição: quando ficou evidente que a distribuição nas
bancas não levava a nada de positivo, comecei a procurar endereços
de leitores, principalmente nas revistas da Ebal. EntĂŁo, apareceu o
Raul Veiga, lĂĄ dos Estados Unidos, com seu fanzine em portuguĂȘs,
âO Lobinhoâ. Ele me forneceu uma lista com nomes de 2000
leitores de todo o Brasil, e assim teve inĂcio minha rede de... 35
leitores...
Oscar Kern â março de 2002.
Capas do livro âNovo O Globo Juvenilâ e âHistorietaâ nÂș 19
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INFORMAĂĂES ADICIONAIS
As atividades de Oscar Kern na ĂĄrea dos quadrinhos foram
bem mais amplas do que ele descreveu em seu depoimento.
Na década de 1970, trabalhou como roteirista para a Editora
Abril, escrevendo principalmente histĂłrias de ZĂ© Carioca.
Como roteirista, teve suas próprias criaçÔes, sendo que as
mais notĂĄveis foram as sĂ©ries âO Homem Justoâ e âA Brigada das
Selvasâ, ambas com desenhos de Ailton Elias. TambĂ©m com Elias,
criou âA HistĂłria dos Quadrinhosâ, publicada em capĂtulos em
âHistorietaâ.
Arriscou-se como autor Ășnico em pelo menos duas sĂ©ries de
tiras, âDrogadilhosâ, usando colagem em vez de desenhos, e âOs
MicrĂłbiosâ, onde era bem fĂĄcil desenhar um micrĂłbio.
Como editor independente, além das publicaçÔes
mencionadas, lançou um volume com HQs de Spirit, a coleção fac-
similada dos 79 nĂșmeros de âBiriba Semanalâ, e, juntamente com
Jorge Barwinkel, o belĂssimo livro âNovo O Globo Juvenilâ.
Continuou editando âHistorietaâ (a 5ÂȘ sĂ©rie), cujo nĂșmero 19
saiu em 2003. O nÂș 20 estava em produção.
Na década de 1980, conseguiu colocar duas revistas em
bancas através de editoras profissionais. A Editora Press lançou em
1986 uma edição Ășnica de âHistorietaâ, e a editora Evictor lançou o
nÂș 1 de âBrigada das Selvasâ. Infelizmente as duas revistas nĂŁo
tiveram continuidade.
Capas de âHistorieta â (Press) e âBrigada das Selvasâ (Evictor)
Ultimamente, Kern mantinha-se ativo participando de grupos
de discussĂŁo sobre quadrinhos na internet e nos encontros de
quadrinhistas e editores realizados regularmente na capital gaĂșcha.
Caricatura de Oscar Kern feita por Umberto Losso em 2000.
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HQ produzida por Edgard GuimarĂŁes em 1981 para divulgar a revista âHistorietaâ.
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Criação: PAULO DOS ANJOS
Contatos: a/c Paulo Joubert â C.P. 108 â Ag. AarĂŁo Reis â Belo Horizonte â MG â 30161-970
Tira feita por Lexy Soares com FĂ©cum de SĂ©rgio JĂșnior e os personagens de âEntendendo a Linguagem das HQsâ.
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ANĂLISE DO PROJETO DE LEI DO DEPUTADO SIMPLĂCIO MĂRIO
Edgard GuimarĂŁes
O texto completo do Projeto de Lei foi publicado no âQIâ 89
Primeiramente algumas observaçÔes. Como este Projeto é de 2006, a esta altura é bem provåvel que jå tenha sido esquecido
pelos parlamentares. Mesmo assim, acho que vale a pena analisar seu texto. Acho também que uma lei relacionada às histórias em
quadrinhos Ă© importante, e poderia enfocar o tema sob vĂĄrios aspectos, cada um com seus pontos positivos e negativos. Considero, no
entanto, este Projeto de Lei do Deputado SimplĂcio MĂĄrio confuso, mal redigido, com muitas falhas e omissĂ”es, texto muito geral e vago, e
com algumas determinaçÔes impossĂveis de se colocar em prĂĄtica.
A frase inicial do texto, que Ă© repetida quase sem mudanças no Artigo 1Âș, diz uma coisa, mas o assunto principal do Projeto de
Lei Ă© outro. No inĂcio, âestabelece mecanismos de incentivo para produção, publicação e distribuição de revistas de quadrinhos nacionaisâ.
No entanto, o cerne do Projeto de Lei é a obrigatoriedade de uma cota de 20% de publicação de quadrinhos nacionais. Ora, obrigar não é
incentivar, na verdade um Ă© o oposto do outro. Ă melhor esquecer esta frase inicial e o Artigo 1Âș e considerar a Lei como uma lei de cotas
obrigatĂłrias. Aproveito para dizer que nĂŁo vejo nada errado em uma lei que obrigue as editoras a publicar uma certa porcentagem de
quadrinhos nacionais. Todos nĂłs somos obrigados a um monte de coisas. Somos obrigados a pagar impostos, a obedecer regras de trĂąnsito,
enfim, uma infinidade de obrigaçÔes. Ser obrigado a alguma coisa faz parte do contrato que define uma sociedade organizada. A luta que se
deve travar não é para deixar de ser obrigado, mas para que as obrigaçÔes sejam justas. O ponto criticado no Projeto de Lei é que se
apresentou como um mecanismo de incentivo, quando de fato não é. Mecanismo de incentivo seria, por exemplo, diminuição de impostos
para publicação de quadrinhos nacionais. Mas este Projeto de Lei não menciona nada disso.
Voltando Ă anĂĄlise do Projeto de Lei considerando que seja uma lei de cotas. O Artigo 2Âș estĂĄ bem redigido, de forma bastante
clara. âAs editoras deverĂŁo publicar um porcentual mĂnimo de 20% de histĂłrias em quadrinhos de origem nacional.â O parĂĄgrafo 2Âș estipula
de forma clara como esta porcentagem irĂĄ crescendo gradualmente. O parĂĄgrafo 1Âș começa bem redigido, mas Ă© atropelado no final. A
redação correta seria: Considera-se história em quadrinhos de origem nacional aquela criada por artista brasileiro ou estrangeiro radicado no
Brasil e que tenha sido produzida para empresa sediada no Brasil. Ă uma boa definição, engloba toda produção feita dentro do paĂs para
publicação original no prĂłprio paĂs. Inclui HQs de personagens estrangeiros, como Disney, feitas por estĂșdios brasileiros, e exclui HQs feitas
por brasileiros para editoras estrangeiras, como Marvel e a DC, por exemplo. Com isso, procura-se valorizar o trabalho de produção feito por
brasileiros e de publicação feito por empresa sediada no Brasil. Determinar se uma produção é brasileira ou se uma editora es tå sediada no
Brasil Ă© coisa fĂĄcil, nĂŁo dĂĄ margem a dĂșvidas, portanto a posterior fiscalização do cumprimento da lei seria de fĂĄcil implementação. O artigo
nĂŁo impĂ”e uma obrigatoriedade de âtemĂĄtica brasileiraâ nas HQs, algo bastante subjetivo, de difĂcil determinação.
Este Artigo 2Âș tem duas falhas gravĂssimas. A primeira Ă© 20% de quĂȘ? Do nĂșmero de tĂtulos? Do nĂșmero de pĂĄginas produzidas?
Da tiragem? NĂŁo tem sentido estipular 20% da tiragem, pois uma lei pode obrigar uma editora a publicar mas nĂŁo um leitor a comprar.
Portanto, a tiragem de cada revista tem que continuar definida pela lei de mercado. Se uma revista do Homem-Aranha vender mais do que
uma revista nacional, paciĂȘncia. O mais razoĂĄvel Ă© que os 20% sejam de pĂĄginas publicadas. A distribuição dessas pĂĄginas em quais e
quantas revistas fica de acordo com a conveniĂȘncia da editora. A outra falha desse Artigo 2Âș Ă© que nĂŁo se estabelece pena para o nĂŁo
cumprimento da cota. A editora Ă© obrigada a publicar 20% de quadrinho nacional? Ă, e se nĂŁo publicar, acontece o quĂȘ? Uma lei para ser
cumprida precisa deixar clara a penalidade para seu nĂŁo cumprimento.
O Artigo 3Âș teve boa intenção, mas da forma que foi redigido Ă© totalmente irreal. A lei quer que o distribuidor tambĂ©m obedeça Ă
cota de 20%. Mas o distribuidor nĂŁo tem poder para dizer o que a editora deve produzir. Se a editora chega com um lote de revistas para
distribuir e nĂŁo tem nenhuma com material nacional, a distribuidora deve fazer o quĂȘ? Recusar o lote? O objetivo do artigo foi querer
impedir que uma editora, para burlar a lei, imprimisse uma pequena quantidade de revistas com material nacional e nĂŁo as enviasse para o
distribuidor. O pensamento estĂĄ correto, mas deve ser dirigido Ă editora. Ou seja, a editora Ă© obrigada a publicar e entregar ao distribuidor a
cota de 20%.
No Artigo 4Âș, o projeto quis incluir na obrigatoriedade de publicação tambĂ©m as tiras para jornais. Mas por que nĂŁo manteve a
cota de 20%, que pareceu boa para as revistas de banca, e, sem explicação, aumentou a cota para 50%? Hå atualmente jornais que publicam
mais de 50% de tiras brasileiras, a lei não impediria isso, mas para viabilizar a publicação de tiras em todos os jornais, seria coerente manter
a cota mĂnima de 20%.
Os Artigos 5Âș e 6Âș sĂŁo muito bonitos, mas totalmente inĂșteis, pois sĂŁo suficientemente vagos para significar alguma coisa. Claro
que o que estĂĄ escrito nesses artigos tĂȘm importĂąncia, mas nĂŁo creio que seja matĂ©ria para esta lei especĂfica. Por exemplo, a criação desta ou
daquela disciplina dentro de um determinado curso é atribuição das universidades sob a fiscalização do Conselho Federal de Educação.
TambĂ©m nĂŁo creio que seja da alçada desta lei o tipo de programa a ser estabelecido pelas agĂȘncias de fomento. Creio que hĂĄ um grande
equĂvoco nestes artigos. Uma lei deve ser objetiva, com determinaçÔes fĂĄceis de colocar em prĂĄtica.
Quanto Ă âJustificaçãoâ... fico imaginando de onde saiu esta palavra! Qual Ă© o problema com Justificativa? O trecho inicial desta
justificativa Ă© uma sucessĂŁo de informaçÔes jogadas sem muita coerĂȘncia, cuja quantidade de erros conceituais e dados falsos impressiona. A
revista âO Tico-Ticoâ foi a primeira do mundo a trazer histĂłrias completas? O que Ă© esta âAs CançÔes de Cegoâ, considerada a primeira HQ
do mundo? A maioria dos autores brasileiros segue o estilo comics? E por aĂ vai. Mas, apesar deste âsamba do cartunista doidoâ, a certa
altura o texto traz informação importante. âO projeto de lei (...) leva em conta nĂŁo apenas o potencial econĂŽmico do mercado consumidor
brasileiro, que hoje beneficia apenas a indĂșstria de entretenimento norte-americana e outras nacionalidades, mas tambĂ©m a importĂąncia de
fomentar um elemento de identidade cultural e manifestação artĂstica.â Este parĂĄgrafo estĂĄ muito bem colocado. Enfatiza a importĂąncia de
um quadrinho nacional dos pontos de vista cultural e econÎmico. Mais à frente, o texto vislumbra a produção de quadrinhos brasileiros como
um produto de exportação e arrecadador de divisas. à preciso ter em mente essa possibilidade. Quando uma multinacional como a Panini se
instala no paĂs, de um lado, ela pode trazer de fora material para publicar aqui, mas, de outro, deve levar o material produzido aqui para fora.
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Alguns comentĂĄrios adicionais sĂŁo necessĂĄrios, mas agora sem ficar restrito ao texto do Projeto de Lei.
Muitas pessoas ficam incomodadas quando o assunto Ă© uma lei de reserva de mercado para os quadrinhos nacionais. Algumas
perdem todo o equilĂbrio emocional e partem para agressĂ”es, no mĂnimo, verbais. A impressĂŁo que se tem Ă© que uma pessoa assim nĂŁo
conseguiria viver sem esses quadrinhos estrangeiros. E no caso especĂfico do Projeto de Lei do Deputado SimplĂcio MĂĄrio, na pior hipĂłtese,
seria a redução de 20% da publicação de revistas com HQs estrangeiras. Isso se considerarmos que o mercado jå estå saturado e que para
publicar 20% de quadrinho nacional precisaria diminuir 20% na publicação de quadrinho estrangeiro. Ou seja, uma redução de 20% nos
quadrinhos estrangeiros jå tem provocado reaçÔes extremadas em vårias pessoas. Ora, qual é este quadrinho estrangeiro publicado no Brasil?
Por acaso é a fina flor da produção internacional, aquele material que realmente faria falta à formação cultural de uma pessoa? Do volume
total de quadrinhos estrangeiros publicado no Brasil, a grande maioria Ă© totalmente dispensĂĄvel. As fases atuais dos super-herĂłis da Marvel e
DC constituem-se em verdadeiras afrontas ao leitor mais antigo. Essa Crise de sei lĂĄ o quĂȘ, esta guerra civil, tudo isso Ă© uma verdadeira
arapuca criativa. Os roteiristas entraram num beco sem saĂda. Logo, a solução serĂĄ fazer de conta que isso nĂŁo aconteceu para conseguirem
criar novas histĂłrias. Dos mangĂĄs, nem se fala. Ă um mais nojentinho que o outro. A grande maioria das obras de qualidade feita em outros
paĂses continua inĂ©dita por aqui. SĂł recentemente o leitor brasileiro pĂŽde terminar de ler a sĂ©rie original de Ken Parker, que Ă© da dĂ©cada de
1970. O mesmo em relação a Lobo SolitĂĄrio. E no caso de Ken Parker ainda faltam vĂĄrias histĂłrias, sem perspectiva de saĂrem por aqui.
TambĂ©m sĂł recentemente as histĂłrias de Carl Barks tiveram publicação decente no Brasil. E as obras-primas do quadrinho argentino? âEl
Eternautaâ, âMort Cinderâ e âSherlock Timeâ sĂŁo inĂ©ditas por aqui. âAlvar Mayorâ teve publicação truncada jĂĄ hĂĄ algumas dĂ©cadas. Nem
merece comentĂĄrio a salada que tem sido a publicação da linha Vertigo no Brasil. E as centenas de sĂ©ries europĂ©ias de qualidade, cadĂȘ?
âBlake e Mortimerâ, âVagabundo dos Limbosâ, âValerianâ, etc. Todo leitor brasileiro que busca trabalhos de maior qualidade tem
sobrevivido muito bem nesses anos todos sem todo esse material. Qualquer pessoa pode muito bem sobreviver à diminuição de 20% desse
atual lixo norte-americano e japonĂȘs. Pois, se nĂŁo puder, o caso Ă© grave e exige tratamento especializado. A boa notĂcia Ă© que atualmente hĂĄ
tratamento para qualquer coisa. A mĂĄ notĂcia Ă© que o mesmo nĂŁo se dĂĄ com a cura.
Outra questĂŁo muito alardeada Ă© que uma obrigatoriedade de qualquer coisa Ă© coisa de ditadura. Ou melhor, que num regime
democrĂĄtico cada um deve ter liberdade para comprar o que quiser. Ah, sim, âeu trabalhei, ganhei o meu dinheiro e compro o que eu quiser
com eleâ. Certo? Errado! Espero nĂŁo estar desfazendo uma de suas mais caras ilusĂ”es, mas Deus nĂŁo criou o Universo para girar em torno de
vocĂȘ. Existe um interesse coletivo que Ă© maior do que o interesse particular de cada um. A Constituição e suas leis deixam claro que o
interesse da sociedade tem precedĂȘncia sobre os interesses individuais. E cabe ao Estado o gerenciamento do paĂs de modo que seu
funcionamento seja estĂĄvel. O que isso significa? Que o paĂs como um todo deve ser capaz de gerar riquezas que sirvam primeiramente ao
seu próprio povo. Se o que é produzido serve à população e hå excedentes, estes podem ser exportados. Se o capital produzido é suficiente
para os investimentos internos para manter e aprimorar a estrutura do paĂs, e hĂĄ sobra, esta pode ser gasta com importaçÔes. Se esta equação
bĂĄsica nĂŁo Ă© satisfeita, o paĂs definha, empobrece, degenera, como jĂĄ se viu muitas vezes na HistĂłria mundial. Na prĂłpria His tĂłria do Brasil,
o desperdĂcio de divisas por governos irresponsĂĄveis tem sido mais a regra do que a exceção. Nos governos democrĂĄticos, procura-se usar
uma série de mecanismos que não sejam visivelmente autoritårios. Por exemplo, para evitar que a importação de determinados produtos
destrua a indĂșstria local, criam-se taxas de importação. Em certos casos pode-se mesmo proibir a importação de determinado produto. De
uma maneira simplificada, a idéia é que toda årea de atividade econÎmica, independentemente, fizesse cumprir o balanço necessårio para a
estabilidade do paĂs. Ou seja, na ĂĄrea editorial, a maior parte da produção deveria ser de material impresso no paĂs a partir de trabalhos feitos
no paĂs. O excedente poderia ser gasto com importaçÔes de publicaçÔes estrangeiras ou de material estrangeiro para publicação no paĂs,
desde que esta porcentagem nĂŁo comprometesse a estabilidade do setor. E qual seria esta porcentagem? Certamente nĂŁo Ă© o 80% que o
Projeto de Lei estipula. Quem imagina que um setor econĂŽmico possa sobreviver produzindo 20% do consumo e importando 80%? E, no
entanto, é esta proporção definida no Projeto de Lei em anålise que tem provocado a ira das pessoas que não suportariam viver sem os
quadrinhos estrangeiros. Um paĂs sĂ©rio, como hĂĄ tantos no mundo, seja com mecanismos mais autoritĂĄrios ou com recursos mais
democråticos, como tarifação ou leis de incentivo, não permitiria que algum de seus setores da atividade econÎmica ocupasse apenas uma
faixa de 20% do mercado, sofrendo uma sangria de 80% dessas divisas para paĂses estrangeiros. Um paĂs sĂ©rio estabeleceria mecanismos,
quaisquer que fossem, que garantissem ao menos 80% da produção de um determinado setor a cargo da população do prĂłprio paĂs. Ă claro
que uma sociedade moderna Ă© bastante complexa e permite que em alguns setores a porcentagem de produção feita no paĂs seja menor,
compensada por uma produção maior em outros setores, de modo que no total a estabilidade se mantenha. O que isso significa é que o
domĂnio quase total de quadrinhos estrangeiros nas bancas e livrarias brasileiras, com os pagamentos de direitos enviados para o exterior na
quase totalidade, tem que ser compensado por outros setores de atividade econĂŽmica para que haja equilĂbrio na economia geral do paĂs.
EntĂŁo quando uma pessoa gasta seu dinheiro, que ganhou com o seu trabalho e sobre o qual tem todo o direito, comprando apenas
quadrinhos de origem estrangeira, estĂĄ lesando outros setores da atividade econĂŽmica que tiveram que produzir mais para compensar este
desperdĂcio. Como jĂĄ foi dito, este tipo de coisa Ă© permitido numa sociedade capitalista complexa sob regime democrĂĄtico, e por isso cada
um pode continuar gastando seu próprio dinheiro do jeito que quiser sem dar satisfação a ninguém, como se este dinheiro tivesse sido gerado
por uma fonte metafĂsica absoluta, e nĂŁo fosse o resultado de um emaranhado de relaçÔes de produção envolvendo uma quantidade
inimaginåvel de pessoas efetivamente produzindo riquezas. Com exceção de um ou dois ermitÔes esquecidos nos cafundós do Judas, toda
atividade econĂŽmica exercida por uma pessoa sofre influĂȘncia do resto da sociedade, e, por sua vez, o influencia. Portanto, seu dinheiro nĂŁo Ă©
tĂŁo seu assim. Para ele chegar atĂ© vocĂȘ, de um jeito ou de outro, seja vendendo biscoito, recebendo salĂĄrio do governo ou pedindo mesada
para a mamĂŁe, ele nĂŁo poderĂĄ ser desviado pelo caminho, porque um outro sujeito achou que tinha todo o direito de mandĂĄ-lo para fora do
paĂs em troca de um gibi importado.
Assim, vivemos nesta sociedade onde uma parcela da população gasta uma riqueza que não produziu em sua totalidade,
enquanto outra parcela deverĂĄ compensar este gasto produzindo mais do que deveria. As revistas de quadrinhos sĂŁo uma parcela, imagino
que atĂ© bem pequena, em meio Ă quantidade de produtos estrangeiros que entram no paĂs, limpando o excedente de riqueza gerado por
setores realmente produtivos. Filmes, seriados, automĂłveis, equipamentos eletrĂŽnicos, roupas de grife, uma infinidade de coisas que
poderiam ser produzidas por brasileiros, gerando empregos dentro do paĂs, aumentando a renda mĂ©dia da população, e melhorando a
sociedade como um todo. Por fim, esta defesa intransigente da liberdade de mercado, cada um faça o que quiser com o dinheiro que por
ventura recebeu, nĂŁo tem todo esse apoio incondicional da parte dos paĂses ricos, quando o prejuĂzo Ă© para eles. Os Estados Unidos, o berço
desse capitalismo inconteste, não tem qualquer pudor em impedir importaçÔes que não lhes sejam convenientes, e toda a pressão que tem
feito para que se feche o acordo da Alca nĂŁo Ă© por qualquer tipo de altruĂsmo ou idealismo.
8 QI
![Page 9: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/9.jpg)
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
JĂLIO SHIMAMOTO
Estrada MapuĂĄ, 358 â JacarepaguĂĄ â RJ â 22713-321 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Confesso que aguardei com grande ansiedade a chegada do
âQIâ, uma das mais premiadas e longevas publicaçÔes do espaço
alternativo. E recebi com grande entusiasmo, pois um trabalho meu
que curti fazer veio junto, encartado! Uma homenagem e tanto, e
com sua carinhosa apresentação. Valeu, amigo Edgard, e como
agradecimento não sei dizer mais que um Muito Obrigado! A edição
do âQIâ ficou bonita, com capricho de praxe. A capa, como sempre,
cheia de significado e humor. Gostei da continuação da HQ que
vocĂȘ fez, da seção âFĂłrumâ e dos classificados com fac-sĂmiles dos
zines para identificação fĂĄcil. E parabĂ©ns pelo seu livrinho âJu &
JigĂĄâ, lançado pelo selo Marca de Fantasia de outro incansĂĄvel
guerreiro, Henrique MagalhĂŁes. Gostei muito mesmo do texto de
humor fino e do desenho despojado, leve. Nota dez!
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
GASPAR ELI SEVERINO
R. JoĂŁo Voss Jr., 66 â Guarani â Brusque â SC â 88350-685 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Fiquei surpreso com o suplemento dedicado a JĂșlio
Shimamoto, com uma HQ produzida por ele sobre Musashi. HQ
essa, inĂ©dita, para o 3Âș ĂĄlbum sobre Musashi. Aproveito a
oportunidade para perguntar se esse 3Âș ĂĄlbum ainda nĂŁo publicado,
segundo o editorial, pode ser vendido aos leitores interessados.
Tenho um modesto acervo sobre Musashi, livros, revistas, filmes,
artigos de jornais, anĂșncios Made in Japan, e agora este suplemento
que me enviaste. Fico agradecido e contente por anexar mais essa
HQ na coletĂąnea do Musashi.
Pelo que sei, o 3Âș ĂĄlbum de Musashi seria composto de
vårias histórias, assim como foram os dois primeiros lançados
pela Opera Graphica. Shimamoto produziu a primeira HQ
para o 3Âș ĂĄlbum, mas como o projeto do ĂĄlbum nĂŁo foi para
frente, nĂŁo produziu as demais histĂłrias. Portanto, o que existe
do 3Âș ĂĄlbum Ă© somente esta HQ que saiu no suplemento. No
entanto, saĂram recentemente em banca dois livros ilustrados
por Shimamoto (nĂŁo Ă© HQ), um deles sobre Musashi.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
SĂRGIO JĂNIOR â âFĂ©cumâ
Trav. Brito de Lima, 78 â Rio de Janeiro â RJ â 20785-480 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ No nĂșmero 89 do âQIâ, um presente legal, o â10 Centavosâ.
E junto ao âQIâ 90, um belĂssimo trabalho: âMusashiâ. Mas
confesso que estou aguardando nova HQ no prĂłprio âQIâ, no lugar
dessa da fazenda, que jå até esqueci o nome. Devo ser minoria, mas
vocĂȘ jĂĄ sabe em que nĂșmero do âQIâ a mesma terminarĂĄ.
Receio que vocĂȘ nĂŁo esteja em minoria. O que posso dizer Ă©
que logo deixarĂĄ de ser da fazenda.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
PAULO JOUBERT â âAgakĂȘâ
C.P. 108 â Belo Horizonte â MG â 30161-970 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Apesar de jĂĄ ter recebido o âQIâ 90, volto ao assunto do
Projeto de Lei do SimplĂcio MĂĄrio (nÂș 89). Ă muito interessante para
nossa classe, mas e para nossos parlamentares, tĂŁo ocupados em
livrarem uns aos outros de denĂșncias de irregularidades e aprovarem
projetos de interesse prĂłprio, qual interesse teria este projeto?
TerĂamos que ter uma âbancada quadrinĂsticaâ ou algo parecido.
Sem chance.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
EDYR SOUZA CARVALHO
Av. Pernambuco, 2755 â Porto Alegre â RS â 90240-005 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Certamente a correspondĂȘncia que vocĂȘ recebeu sobre a
lamentĂĄvel perda de Oscar Kern vai requerer comentĂĄrios que hĂŁo
de ocupar quase todo o prĂłximo âQIâ, afinal ele era um dos grandes
mestres do quadrinho nacional. NĂŁo pude comparecer ao
sepultamento porque estava na praia e quando o Barwinkel
conseguiu me enviar recado jå era tarde. Mas as informaçÔes do
Barwinkel e do AnĂbal Barros Cassal sĂŁo de que o Oscar jĂĄ vinha hĂĄ
tempos com sĂ©rios problemas de saĂșde. Para nĂłs de Porto Alegre
que o vĂamos com freqĂŒĂȘncia, a foto no obituĂĄrio, certamente bem
recente, mostra que o amigo jĂĄ estava com o aspecto comprometido.
Publico a seguir o obituĂĄrio enviado por Edyr, saĂdo no
jornal âZero Horaâ de 14 de janeiro de 2008.
âImportante roteirista de histĂłrias em quadrinhos (HQs), o
gaĂșcho Oscar Christiano Kern morreu no inĂcio da tarde de sĂĄbado
(12 de janeiro), aos 72 anos, de uma parada cardĂaca, na casa onde
morava com a mulher, Sonia, 63 anos, e duas filhas, em Porto
Alegre. Apesar de aposentado hĂĄ alguns anos, ainda se dedicava a
escrever histĂłrias. Natural de Taquara, Kern morou em Santa Cruz
do Sul antes de se mudar para a Capital. Seu interesse pelas HQs se
iniciou na infĂąncia, com o tio, que costumava levar revistinhas para
ele. Por meio dessas publicaçÔes, aprendeu a ler. Uma de suas
principais criaçÔes foi o fanzine âHistorietaâ, no final de dĂ©cada de
1970, que lançou desenhistas de HQ do Estado e do paĂs. Ainda
hoje, a publicação independente era eventualmente editada por
Kern. Além disso, atuou como roteirista da Editora Abril, incluindo
revistas da Disney, a partir da década de 1960. Criou histórias para
ZĂ© Carioca, entre outros personagens, que foram ilustradas pelo
quadrinista e cartunista Canini. Mesmo trabalhando para a editora
paulista, Kern preferiu continuar morando no Rio Grande do Sul. O
roteirista deixa quatro filhos â AndrĂ©, Newton, Denise e Carina â e
dois netos, Matheus, cinco anos, e Laura, trĂȘs anos. O enterro
ocorreu na manhĂŁ de ontem, no cemitĂ©rio JoĂŁo XXIII, na Capital.â
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
ALINE EBERT
C.P. 71 â SĂŁo Leopoldo â RS â 93001-970 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Estou voltando Ă ativa e nada mais justo que logo te escrever.
Apresentei meu TCC em 11 de dezembro e recebi nota mĂĄxima com
ele. Fato que tambĂ©m agradeço a vocĂȘ. Seu âQIâ Ă© um dos
analisados, vocĂȘ me concedeu aquela bela entrevista e diversos
exemplares de seu boletim decoraram a sala no dia da apresentação.
Foi muito bom! Também gostaria de informar que meu endereço
mudou. Troquei a moradia e acabei criando uma caixa postal que
estĂĄ no envelope. Por favor, divulgue no âQIâ.
QI 9
![Page 10: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/10.jpg)
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ FRANCISCO FILARDI
C.P. 31204 â Rio de Janeiro â RJ â 20720-971 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Em relação ao Projeto de Lei do deputado SimplĂcio MĂĄrio,
faço um breve comentårio: não creio que destinar cota, ainda que de
20%, venha a equacionar o problema dos quadrinhos nacionais.
Veja o que o cinema brasileiro vem enfrentando em relação aos
curtas: hå pouco mais de uma década, antes de cada longa, eram
exibidos um ou dois curtas nacionais. Hoje, sĂł o Canal Brasil, de
propriedade da TV Globo, exibe curtas produzidos por aqui. A
questão, no caso, é saber até que ponto empresas como Abril,
Conrad, Globo e outras estarão dispostas a sentar e negociar espaço
para desenhistas e roteiristas de quadrinhos do segmento alternativo.
No que se refere ao texto do Projeto, o § 1Âș do Art. 6Âș, por
exemplo, Ă© restritivo ao citar relação com a âcultura brasileiraâ. O
que seria isso? Um quadrinho como o FĂ©cum, do nosso mano SĂ©rgio
Jr., que fala de um sujeito apaixonado por rock e apreciador de um
fuminho estaria fora desse enquadramento? NĂŁo seria ela (a
personagem) também uma expressão fiel de nossa cultura popular?
JĂĄ o Art. 4Âș talvez leve alguns jornais de grande circulação a
repensar o espaço destinado às tiras, a exemplo do que ocorreu nos
EUA (onde alguns jornais chegaram a cancelĂĄ-las). Ou a nĂŁo
levarem a coisa a sĂ©rio, como o regulamento que prevĂȘ a execução
de uma mĂșsica nacional para cada trĂȘs estrangeiras nos rĂĄdios.
Quem cumpre?
O Art. 5Âș Ă© utĂłpico! As autoridades da seara educacional nĂŁo
conseguem sequer adequar os conteĂșdos programĂĄticos Ă s
exigĂȘncias do mundo moderno, quanto mais estimular a leitura de
quadrinhos... Se conseguirem tal feito, o que as crianças irão ler?
MÎnica, Cebolinha, Cascão, etc... E em relação aos recursos
pĂșblicos destinados ao Projeto, parece-me uma realidade igualmente
distante, jĂĄ que aqueles reservados para a cultura sĂŁo limitados e
segmentos como teatro e cinema abocanham grande parte dessa
verba.
Pareceu-me que a âjustificaçãoâ do deputado foi mais feliz
que o texto do Projeto propriamente dito. Mas estĂĄ longe, repito, de
equacionar a questĂŁo.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
BETO MARTINS â âMeninas Viciadasâ
C.P. 216 â Araguari â MG â 38440-970 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Excelente o suplemento do Shima. Espero que venham
outros! Sobre o caso da HQ ser considerada por uns o âcorruptorâ
de ontem e o âsalvadorâ de hoje (tema abordado em âEntendendo a
Linguagem das HQsâ), Ă© interessante esse assunto. O que era
considerado o lixo da cultura Ă© uma coisa super-intelectual
comparado às diversÔes de hoje. Quando eu vou nas lan-houses,
noto que elas estĂŁo lotadas de moleques jogando um RPG on-line
que parece ser uma chatice. Além do MSN que ensina a escrever
nenhuma palavra certa... PÎ, até filmes com censura 14 anos são
lançados dublados! Nem as legendas o pessoal quer ler... Nesse
cenĂĄrio, qualquer coisa em portuguĂȘs correto que os moleques se
animem a ler Ă© lucro. SerĂĄ que quem defende a HQ como material
didĂĄtico reconhece seu valor, ou Ă©, tipo, dos males, o menor?
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
LARĂ FRANCESCHETTO
R. JoĂŁo L. Carvalho, 98 â VeranĂłpolis â RS â 95330-000 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Bem-vindo sempre, em nome da causa que nos fez (e nos faz)
irmĂŁos de estrada e amigos, agradecendo-o pelo contato cultural e
pelo envio do âMusashiâ e do âQIâ, apreciação, leitura e divulgação
prazerosas, nestas bandas gaĂșchas serranas. Acabo de regressar da
Praia do Arroio do Sal, litoral-norte gaĂșcho, onde fui âespairecer
por alguns diasâ. Agora Ă© o regresso Ă cotidianidade e ir Ă luta em
busca da concretização de meus sonhos. E não são poucos... é que
sou bastante idealista.
10 QI
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ JOSĂ VALCIR â âPrismarteâ
Av. 4 de Outubro, 746 â Olinda â PE â 53370-001 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Vir Ă tona com a Lei de Incentivo aos Quadrinhos, do
Deputado SimplĂcio MĂĄrio, Ă© uma boa. Mas nada adianta se a
discussão cair no vazio com opiniÔes divididas sobre concorda ou
discorda. Alguns dirĂŁo (como eu) que aprova porque deu certo em
outros paĂses, logo, darĂĄ certo conosco. Enquanto outros dirĂŁo que
isso não pode acontecer, porque é uma imposição ditatorial e coisa e
tal. Eu penso que, independente de como vĂĄ funcionar, caso
aprovada, o mercado editorial sĂł terĂĄ a ganhar. A lei nĂŁo irĂĄ findar
com publicaçÔes de super-heróis, nem de mangås e nem tampouco
de quadrinhos italianos. Vai correr em paralelo, em forma de cota,
para fomentar a produção nacional. Não entendo porque discordam
tĂŁo veementemente de algo que busca ajudar. NĂŁo interessa se o
deputado deve algo a alguém, o que interessa aqui é que o projeto é
legal, abrangente e pode findar com esse ranço de subliteratura ao
adentrar o mundo acadĂȘmico.
Ora, um dos empecilhos para dar certo, além do fator
econĂŽmico, sĂŁo as HistĂłrias em Quadrinhos serem vistas como
subprodutos. Chegando a sala de aula das universidades como
disciplina; estudando sua simbologia, entendendo o mercado
editorial e o modo de produção, servindo de debate e
compreendendo que aqueles que desfrutam desse tipo de leitura
desenvolvem mais a inteligĂȘncia do que os que apenas lĂȘem livros.
Na Europa, precisamente na ItĂĄlia, as aventuras de Asterix e Obelix
sĂŁo usadas como material didĂĄtico nas escolas. A USP, ao
encomendar uma pesquisa para descobrir o nĂvel intelectual das
pessoas, descobriu que quem lĂȘ quadrinhos se desenvolve melhor.
Will Eisner fazia cartilhas para ensinar os soldados como
utilizar equipamento de guerra. MĂŁo Tse Tung usou como
ferramenta para divulgar suas idéias. Lor fez uma história em
quadrinhos em que denunciava a ditadura e o abuso e a exploração
dos latifundiĂĄrios e multinacionais. Quem nĂŁo conhece a Turma do
Xaxado, de Cedraz? Nas pĂĄginas das histĂłrias desses personagens Ă©
possĂvel rir ou chorar, conhecer mais sobre a cultura do povo, ver o
Saci, o sertanejo sofrendo por causa da seca, ou o filho do rico
agricultor pouco se importando com as pessoas.
Cada qual no seu espaço. Vamos pensar. Se quiserem
continuar produzindo histĂłrias em quadrinhos de superseres, fiquem
à vontade. Preferem cangaço? Idem. O importante não é produzir o
quĂȘ, mas fazer algo de qualidade interessante o bastante para o leitor
sempre querer mais. Em entrevista, Lailson de Holanda, chargista
daqui de Pernambuco, lembrou que entre os anos 70 e 80 nomes
como Watson e Wilde Portela, Francisco Tavares, faziam o Chet.
Outros artistas que faziam caubĂłis como ClĂĄudio Seto (Katy
Apache), Mozart Couto (Jackal). Afirmava que mesmo sendo
histórias de faroeste, era melhor eles estarem ocupando espaço nas
prateleiras do que outros produtos estrangeiros. HĂĄ fundamento
nisso. Portanto, nĂŁo importa que seja A ou B, mas que estejamos
ocupando espaço nas prateleiras das bancas de revistas ou lojas
especializadas. Que possamos viver daquilo que tanto nos apraz. Eu,
sinceramente, enjoei dos superqualquercoisa, mas estamos aĂ,
buscando uma oportunidade. Logo, não podemos desperdiçar com o
surgimento e aprovação dessa lei de cota.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
EDSON GONĂALO â âGatĂŁoâ
R. 11, J. Arpoador, nÂș 153 â Francisco Morato â SP â 07900-000 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Pretendo continuar a produção de tiras e, quem sabe,
completar o 2Âș ano. Fiz alguns contatos com jornais para a
publicação do 1Âș ano. Vou aguardar respostas. Quanto ao projeto de
lei, muito bom, mas pelo que vi, ainda nĂŁo foi aprovado. Seria Ăłtimo
para nós quadrinhistas, tanto para a publicação de gibis como de
tiras. A HQ do JĂșlio Shimamoto retrata a lembrança da infĂąncia,
com o personagem recordando o bolinho que comia na infĂąncia, as
lutas. Achei uma HQ com uma trama envolvente, com ação, e ao
mesmo tempo com lembranças boas.
![Page 11: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/11.jpg)
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ GABRIELA KATO
R. Augusta, 1378/41 â Consolação â SĂŁo Paulo â SP â 01304-001 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
DANIEL DOS SANTOS â â10 Centavosâ
R. Serafim Valandro, 201/302 â Santa Maria â RS â 97010-480 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Lembro-me que em nossos Ășltimos contatos, brincava que
estava gastando tanta tinta que começava a pensar em desenhar com
branco em folhas pretas â vocĂȘ sugeriu que eu pesquisasse
Shimamoto. Por fim, coloquei a idéia em pråtica dez anos depois e
logo apĂłs â10 Centavosâ, recebo esta justa homenagem â Musashi â
ao mestre Shima. Ao fim da excelente edição (para chover no
molhado), a lista de leituras indispensĂĄveis chegou a me deprimir.
De fato este Ă© um dos motivos que me estressam em nĂŁo estar num
grande centro â o difĂcil acesso a fanzines, revistas e livros da ĂĄrea.
Como era fĂĄcil, quando eu morava em Sampa, chegar em uma banca
e levar meu carrinho de obras autorais â hoje me resta correio,
transferĂȘncia bancĂĄria e uma logĂstica que me Ă© muito difĂcil
praticar... De fato o leitor estĂĄ abandonado nas bancas â a nĂŁo ser
que goste de comics ou mangĂĄs pasteurizados. Ao menos de vez em
quando aparece algum livro da Conrad ou Pixel por aqui em alguma
livraria e, apesar dos abusivos preços, então me atiro em cima.
Fiquei surpreso com as gentis palavras dos leitores no âFĂłrumâ
sobre â10 Centavosâ â agradeça-os por mim! E agora posso morrer
tranqĂŒilo e me exibir em todos os bares dizendo que Shimamoto leu
um trabalho meu e escreveu que apreciou a obra â harharhar.
Sobre este projeto de lei que andam comentando... sou
absolutamente contra. Estou cansado do governo enfiar goela abaixo
porcentagens de venda/exibição de determinado produto nacional.
Ou mesmo da prĂĄtica de levantar dinheiro â privado, com dedução
de impostos â ou mesmo pĂșblico para âalavancarâ a produção
regional (nĂŁo sĂł em quadrinhos â cinema, teatro, festas regionais,
etc). Acredito que a livre iniciativa privada deve resolver seus
problemas. Ou seja: os autores de quaisquer mĂdias que devem
encontrar soluçÔes para ir de encontro ao seu pĂșblico â e fazĂȘ-lo se
interessar pelo trabalho apresentado. Não goela abaixo, não através
de dedução fiscal â com a possibilidade de corrupção e sonegação
de taxas ou mesmo através de incentivos do governo com imposto
alheio. Estou cansado do governo âajudarâ com o meu dinheiro â o
seu tambĂ©m â este ou aquele filme, teatro ou âatividade culturalâ
com milhÔes de reais que jamais serão recuperados em bilheteria ou
entrosamento com o pĂșblico â açÔes que nĂŁo interessam a ninguĂ©m,
a nĂŁo ser seus autores. NĂŁo hĂĄ problema em produzir determinado
material com dinheiro privado, mas não com dedução; que seja um
dinheiro investido, aplicado, que a empresa que o faz acredite no
produto e se beneficie de uma forma ou outra com isto â nĂŁo com
pretextos de fugir do fisco. A solução estå na livre iniciativa de
interesses privados, em nĂłs repousa nossas escolhas, nĂŁo em um
governo que tudo decide e tudo veta usando dinheiro que nĂŁo Ă© dele.
Chega de pedir esmola e vamos inventar, vamos trabalhar.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ JOSĂ JOĂO DE ARRUDA FILHO â âClube Planet HQâ
R. Caranguejo, 249 â Diadema â SP â 09971-100 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Acima de tudo, parabĂ©ns pela sua iniciativa de publicar o
âMusashiâ. Dar parabĂ©ns por isso Ă© atĂ© covardia, seu gesto e atitude
nĂŁo tĂȘm palavras. Isso, Ă© claro, alĂ©m do trabalho que Ă© o âQIâ.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
FĂBIO ARAĂJO TURBAY â âPequeno Almanaque GĂłticoâ
R. Prof. Telmo de Souza Torres, 601 â Vila Velha â ES - 29101-295 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ O âPequeno Almanaque GĂłticoâ Ă© uma publicação que veio
para suprir um pouco a demanda que existe para HQs nacionais de
terror. A equipe Ă© composta por vĂĄrios veteranos e muitos
estreantes. Um desses novatos Ă© o Thiago Tofano, que deu uma
nova roupagem Ă HQ âEscritor Fantasmaâ. A versĂŁo dessa HQ que
saiu no âImbrĂłglio Capixabaâ pecou pela extrema fidelidade ao
roteiro original em inglĂȘs, o que atrapalhou em muito a fluĂȘncia da
narrativa. O correto seria dizer que a versĂŁo do âImbrĂłglioâ foi
âtraduzidaâ por mim, e a do âPAGâ foi âadaptadaâ pelo Thiago.
NĂŁo sei que famoso disse que âtraduçÔes sĂŁo como mulheres: as
fiĂ©is nĂŁo sĂŁo boas, e as boas nĂŁo sĂŁo fiĂ©is...â
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
OLLIVEIRA JR. â âBernneâ
R. AlaĂde Pereira, 457 â Pirituba â SĂŁo Paulo â SP â 02951-080 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Segue aĂ âA Choradeira do Quadrinho Nacionalâ, texto que jĂĄ
deu fortes contendas em meu zine âBernneâ. Este texto, escrevi num
momento de forte ira, ao ver e ouvir as eternas lamĂșrias, toda vez
que participava de algum evento sobre quadrinhos. Se te agradar,
pode publicar. Agora uma observação pessoal: sei da tentação de
migrar para a Internet, pela comodidade, modernidade e rapidez.
Mas... toda vez que sinto o desejo de curtir um zine, HQ ou livro,
nada como um bom e velho material impresso e um sofĂĄ. Jamais
isso serĂĄ substituĂdo por uma tela de cristal lĂquido...
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
JEFERSON ADRIANO â âAlvinoâ
R. Pindorama, 505 â Ipatinga â MG â 35162-109 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ O Paulo Joubert esteve comentando sobre o FIQ realizado no
final de outubro do ano passado. Um grande evento que com toda
certeza foi muito valioso, grandes presenças, grandes oportunidades
e para quem vai sempre fica aquele estĂmulo no ar, aquela esperança
de poder almejar um mundo dos quadrinhos com maiores
oportunidades para todos. No final de seus comentĂĄrios, ele citou o
ponto negativo que foram aquelas pessoas que detonam o trabalho
alheio. Quando comecei a publicar fanzines, também jå fui alvo de
crĂticas destrutivas. Utilizo um estilo que Ă© a publicação de tiras,
mas com teor poético nos argumentos. Quando imaginam tiras jå
pensam em algo humorĂstico, mas nem todas que crio sĂŁo assim. JĂĄ
recebi cartas criticando esta minha mistura humor e poesia,
alegando ser uma mistura perigosa, outros falaram que nĂŁo se pode
misturar tais argumentos... Estas cartas poderiam ser desastrosas
para mim, poderia ter parado de publicar fanzines. Poderia, mas nĂŁo
o fiz, continuei com este estilo, que na verdade nĂŁo Ă© sĂł feito por
mim, mas muitos artistas o usam. A liberdade que os quadrinhos nos
dĂŁo Ă© infinita, esta Ă© a fantasia e todos que queiram praticĂĄ-la nĂŁo
desanimem, pois o horizonte Ă© imenso.
Outro assunto que queria abordar Ă© sobre o que o Celso do
âEscleroseâ falou. O amigo em comum JosĂ© Salles merece uma
matĂ©ria no âQIâ. Ele Ă© mais um grande apoiador do quadrinho
nacional com a sua editora JĂșpiter 2 (antiga SM Editora). O apoio
que ele tem dado a grandes artistas é de grande contribuição para a
arte seqĂŒencial nacional. E apoio nĂŁo Ă© sĂł pegar aquele seu trabalho
e publicĂĄ-lo, mas atĂ© palavras, conselhos, estĂmulos sĂŁo apoios
essenciais e fundamentais. Salles, além de ser um grande apoiador é
um grande conhecedor de nossos quadrinhos.
QI 11
![Page 12: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/12.jpg)
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ MĂRCIO SALERNO â âPilgrimsâ
R. do Imperador, 111/201 â PetrĂłpolis â RJ â 25620-002 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ AlĂ©m de vocĂȘ, tenho que agradecer ao Henrique MagalhĂŁes,
que jå lançou um livro meu e deve lançar outro em breve. E o Bruno
Santos, do âPortas para Poesia e Prosaâ. VocĂȘ conhece meu trabalho
hĂĄ anos. Sabe que sou quadrinhista, que tenho um trabalho diferente
dos quadrinhos brasileiros em geral. Tenho HQs que poderiam ser
lançadas por alguma editora, pois os amantes de HQs, tenho certeza,
gostariam delas. No entanto, a gente entra em contato e nada de
resposta. E os livros? VocĂȘ tambĂ©m conhece meu trabalho nesta
ĂĄrea. E alguma editora dĂĄ um retorno, pelo menos para dizer que o
trabalho é uma merda e que a gente deveria ser lixeiro? à exceção
de um grupo muito restrito, sigo sendo um ilustre desconhecido. Se
o destino determinou que nada aconteceria nesta vida, o jeito Ă©
aguardar a prĂłxima. Se bem que, realmente, eu gostaria muito de
sair fora definitivamente desta roda de encarnaçÔes. Sigo na
obscuridade, mas nem tudo foram pedras. Antes de desaparecer no
vazio, espero que mais alguns campos floridos façam parte de minha
existĂȘncia.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
ANTĂNIO ARMANDO AMARO
R. Haia, 185 â Penha â SĂŁo Paulo â SP â 03734-130 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Fiquei feliz em te rever (na festa do Angelo Agostini), assim
como muita gente que eu gosto, Worney, Baraldi, Ălvaro de Moya,
Primaggio, MĂĄrio Latino e a Dona Edna, esposa do saudoso Jayme
Cortez, que eu nĂŁo conhecia e tive o prazer de conversar com ela.
Recebi o âQIâ 90 com sua bela capa retratando a garotada do mundo
atual (nada de Paz e Amor!). TambĂ©m gostei de âMusashiâ do
mestre Shimamoto, um tema no qual ele Ă© absoluto.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
JADER CORRĂA â âAlexandriaâ
R. Francisco JosĂ© Moura, 110 â Cachoeira do Sul â RS â 96501-470 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ A capa estĂĄ bem legal, mas como a nossa geração, as crianças
vão sempre preferir a figura que representa a ação, a aventura. O
que nĂŁo Ă© necessariamente mau, penso eu. Sempre preferi GI-Joe a
Playmobil, por exemplo. Sua histĂłria estĂĄ muito instigante e estou
curioso para ver qual rumo ela tomarĂĄ daqui pra frente. Se me
permite uma crĂtica construtiva, acho que o desenho de sua histĂłria
(que Ă© anatĂŽmica e proporcionalmente muito boa) ganharia se vocĂȘ
mudasse os Ăąngulos de enquadramento e pontos de vista, de vez em
quando. Resumindo, nunca pare de publicar o âQIâ. E que belo
presente este encartado do Shima. Em breve te enviarei o nĂșmero 2
de âAlexandriaâ.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
ANITA COSTA PRADO â âKatitaâ
C.P. 20020 â SĂŁo Paulo â SP â 02720-970 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ Continuo com o firme propĂłsito de levar gente nova para o
universo dos quadrinhos. Dessa vez, além das convidadas de
sempre, mais quatro pessoas que nĂŁo costumam ter contato com
quadrinhos, foram (Ă entrega do PrĂȘmio Angelo Agostini) e
gostaram. Cativar novos leitores Ă© essencial para um mercado forte e
contĂnuo.
ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ
ANTĂNIO LUIZ LOPES
R. Francisco Antunes, 436 â Guarulhos â SP â 07040-010 ââââââââââââââââââââââââââââââââââââââ O PelĂ© disse em 1961 que gostava da Luluzinha. O cantor
SĂ©rgio Ricardo, mais tarde o famoso autor da trilha de âDeus e o
Diabo na Terra do Solâ, disse gostar do Bolinha. Lembro de ter lido
que Roberto Carlos gostava também dos quadrinhos da Marge. Eu
até hoje gosto de ler as aventuras de Bolinha e sua turma. A mågica
dos quadrinhos Ă© isso: parece gente que existe de verdade.
12 QI
QUADRINHOS INSTITUCIONAIS
Edson Gonçalo enviou a cartilha âOs 10 Mandamentos do
TrĂąnsito Seguroâ, o folheto âVerĂŁo com SaĂșdeâ nÂș 4 feito pela EMS
GenĂ©ricos, pĂĄgina da âFolha de S. Pauloâ usando a linguagem das
HQs, pĂĄgina da revista âHardcoreâ em forma de fotonovela, e a
revista em quadrinhos âToinzinho e Chico Xavierâ, produção de
Celso Zonatto para a Livraria Allan Kardec Editora. Paulo Joubert
enviou folheto do âPrograma de Mediação de Conflitosâ do
Governo de Minas, anĂșncio de jornal do Disque DenĂșncia usando
balĂ”es, folheto âVerĂŁo com SaĂșdeâ nÂș 2 feito pela EMS GenĂ©ricos,
folheto contra a exploração do menor da Prefeitura de Belo
Horizonte. JosĂ© Salles enviou a revista em quadrinhos âNino e os
Animaisâ da Prefeitura de JundiaĂ, e a revista em quadrinhos âO
DragĂŁo Fogofinoâ nÂș 14 feita pela empresa AmĂ©rica. Alex Sampaio
enviou a revista educativa âSesinhoâ nÂș 44, produzida pelo Sesi, e
uma revistinha de atividades produzida pela Nestlé. Bruno Privatti
enviou um suplemento do jornal âO Diaâ sobre a Viagem da FamĂlia
Real ao Brasil, contendo uma HQ sobre o assunto. Recebi também a
revista âNa Minha Casa NinguĂ©m Entra!â sobre a dengue feita pelo
Sistema de Ensino GĂȘnese.
![Page 13: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/13.jpg)
EDIĂĂES INDEPENDENTES
LEGENDA PARA OS FORMATOS: tablĂłide (280x330mm) A3 (297x410mm) oficio (216x315mm) ofĂcio 2 (216x330mm) A4 (210x297mm) carta (216x279mm) magaz. (215x275mm) amer. (170x260mm) A5 (149x210mm) 1/2 of. 2 (165x216mm) 1/2 of. (157x216mm) A6 (105x149mm) 1/4 of. 2 (108x165mm)
QUADRINHOS CLĂSSICOS ARQUIVOS INCRĂVEIS * seleção de caricaturas de vĂĄrias personalidades feitas por Henfil * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. ARQUIVOS INCRĂVEIS * coleção de selos espanhĂłis com cenas de âDom Quixoteâ de Cervantes * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. ARQUIVOS INCRĂVEIS * seleção de flyers de bandas de punk rock como âMuzzarelasâ, âCorazones Muertosâ, etc. * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. ARQUIVOS INCRĂVEIS * seleção de caricaturas e desenhos diversos feitos por Ărico VerĂssimo * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. ARQUIVOS INCRĂVEIS * seleção de ilustraçÔes de Shimamoto para o livro âO CĂŁo dos Baskervilleâ de Conan Doyle * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. AVENTURAS DO ANJO * fac-sĂmile do nĂșmero 31 da revista âAventuras do Anjoâ, da RGE, de 1961 * nÂș 31 * dez/2007 * 36 pĂĄg. * 175x265mm * capa color. * Jorge Barwinkel - R. General Vitorino, 300, ap. 6-C - Porto Alegre - RS - 90020-170. AVENTURAS DO ANJO EXTRA * fac-sĂmile da edição extra de 1963 da revista âAventuras do Anjoâ, da RGE * dez/2007 * 52 pĂĄg. * 175x265mm * capa color. * Jorge Barwinkel - R. General Vitorino, 300, ap. 6-C - Porto Alegre - RS - 90020-170. GAZETA DOS QUADRINHOS * tiras e pranchas de Rip Kirby, Buck Ryan, Steve Roper, X-9, Big Ben Bolt, etc. * nÂș 186 * dez/2007 * 24 pĂĄg. * A4 * R$ 38,00 (ass. 10 nÂșs) * Luiz AntĂŽnio Sampaio - C.P. 3061 - Campinas - SP - 13033-970. GAZETA DOS QUADRINHOS MENSAL * HQs de X-9, de Bob Lewis, e Jim Bowie, de JosĂ© Ortiz * nÂș 80 * ago/2007 * 36 pĂĄg. * A4 * R$ 6,00 (s/ porte) * Luiz AntĂŽnio Sampaio - C.P. 3061 - Campinas - SP - 13033-970. GRAFOLALIA * histĂłria em quadrinhos institucional feita por ZĂ©lio para o Banco Central, ilustraçÔes, charges, etc. * nÂș 319 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * JoĂŁo AntĂŽnio B. de Almeida â R. 24 de Maio, 828 â Campinas â SP â 13035-370. MOCINHOS & BANDIDOS * textos sobre mocinhos e vilĂ”es do cinema e HQs * nÂș 85 * mar/2008 * 48 pĂĄg. * A4 * capa color. * R$ 30,00 (ass. 4 nÂșs) * Diamantino da Silva - R. Prof. JosĂ© Horacio M. Teixeira, 538, B.4, ap.54 - SĂŁo Paulo - SP - 05640-903.
QUADRINHOS ATUAIS AĂĂO E REAĂĂO * HQs de Alcivan e AntoniĂȘto Pereira, e de Paulo Ricardo e Orlando Maro * nÂș 3 * fev/2008 * 16 pĂĄg. * A6 * R$ 1,00 * Alcivan Gameleira - R. Francisco Sales de Aquino, 116 â Pau dos Ferros - RN - 59900-000. AGAKĂ * HQs de CrĂąnio, por Francinildo, Edivaldo Pessoa e Leo Reis, entrevista com Francinildo, textos, divulgação de fanzines, etc. * nÂș 9 * jan/2008 * 16 pĂĄg. * A5 * 2 selos 2Âș p. * Paulo Joubert â C.P. 108 â Belo Horizonte â MG â 30161-970.
BOCA DO INFERNO * HQs de horror de Walter JĂșnior, Marcos T.R. Almeida, E. Thomaz, JosĂ© Salles, Laudo, Omar, texto de Renato Rosatti, etc. * nÂș 1 * jan/2008 * 32 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * JosĂ© Salles â C.P. 95 â JaĂș â SP â 17201-970. O BOM & VELHO FAROESTE * HQ de faroeste âO Passado Jamais se Esqueceâ, produção de JosĂ© Salles e Adauto Silva * nÂș 1 * jan/2008 * 36 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * JosĂ© Salles â C.P. 95 â JaĂș â SP â 17201-970. BOOMERANG * humor, ilustraçÔes, cartuns de Lupin, frases, fotos, etc. * nÂș 6 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * Lupin - Av. Visconde do Rio Branco, 4149/203 - S. JoĂŁo do Tauape - Fortaleza - CE - 60055-172.
QI 13
![Page 14: 91 - Marca de Fantasia](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012510/61889825de440e57b342d694/html5/thumbnails/14.jpg)
14 QI
CINE HQ * textos sobre filme de HQ (Hulk, Motoqueiro Fantasma, Batman), HQs de Lexy, LaĂ©rçon, Jeferson, notĂcias, cartas, textos, etc. * nÂș 52 * jan/2008 * 40 pĂĄg. * A5 * R$ 3,00 * Paulo Joubert â C.P. 108 â Belo Horizonte â MG â 30161-970. CLUBE PLANET HQ * HQs de RogĂ©rio Marcus, Anjos, textos, divulgação de fanzines, etc. * nÂș 47 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A5 * JosĂ© JoĂŁo de Arruda Filho â R. Caranguejo, 249 â Eldorado â Diadema â SP â 09970-100. CLUBE PLANET HQ * concurso mensal de ilustraçÔes, com trabalho de Lilian * dez/2007 * 2 pĂĄg. * A4 * JosĂ© JoĂŁo de Arruda Filho â R. Caranguejo, 249 â Eldorado â Diadema â SP â 09970-100. CONRAD * tiras dos personagens Conrad e JBC, produção de VinĂcius Mendel * nÂș 2 * fev/2008 * 4 pĂĄg. * A5 * 5 selos de R$ 0,01 * VinĂcius Mendel â R. Pref. Adele GuimarĂŁes, 85 â V. Carmem â Cachoeira Paulista â SP â 12630-000. CORCEL NEGRO * HQ de Corcel Negro, de Alcivan Gameleira e AntoniĂȘto Pereira, ilustraçÔes, etc. * nÂș 32 * jan/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * R$ 0,60 * Alcivan Gameleira - R. Francisco Sales de Aquino, 116 â S. Benedito â Pau dos Ferros - RN - 59900-000. CORCEL NEGRO * HQ de Corcel Negro, de Alcivan Gameleira e Gleyson Santos, ilustraçÔes, etc. * nÂș 20 (reedição) * jan/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * Alcivan Gameleira - R. Francisco Sales de Aquino, 116 â S. Benedito â Pau dos Ferros - RN - 59900-000. CRĂNIO * HQs de CrĂąnio, por Francinildo Sena, Mark Novoselic, ilustraçÔes de vĂĄrios autores * nÂș 15 * fev/2008 * 32 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * Francinildo Sena - R. Des. HemetĂ©rio Fernandes, 231 - Pau dos Ferros - RN - 59900-000. CRĂNIO * relançamento do nÂș 5 com capa colorida, HQs de Francinildo, Sbragi, Orlando Maro, etc. * nÂș 5 * jan/2008 * 32 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * Francinildo Sena - R. Des. HemetĂ©rio Fernandes, 231 - Pau dos Ferros - RN - 59900-000. DEPOIS DA MEIA-NOITE * HQ policial, produção de Laudo e Omar Viñole * nÂș 1 * 2008 * 28 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 4,50 * Laudo Ferreira Jr. â R. BarĂŁo do Bananal, 1515 â PompĂ©ia â SĂŁo Paulo â SP â 05024-000. DIREITINHO * informativo de divulgação e opiniĂŁo sobre lançamentos de quadrinhos independentes, feito por JosĂ© Salles * nÂș 16 * jan/2008 * 2 pĂĄg. * A4 * JosĂ© Salles â C.P. 95 â JaĂș â SP â 17201-970. ENTIDADE ZERO 1/2 DO FIM * parte final da HQ de ficção cientĂfica e fantasia de Watson Portela * jan/2008 * 68 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * Watson Portela e Beto Martins â C.P. 216 - Araguari - MG - 38440-970. EXCLEGIUSE MANGĂ * HQ com as aventuras de Ajora, Banbanes e Gustav * nÂș 2 * mar/2008 * 12 pĂĄg. * A5 * grĂĄtis para os 1Âșs pedidos * Cristiano Ferreira da Silva - Av. Afonso de Taunay, 705 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - 22621-310. FERCOM! * HQs de humor e sĂĄtira, produzidas por Fernando dos Santos e EliĂ©zio, charges, divulgação de ediçÔes independentes, etc. * nÂș 2 * fev/2008 * 20 pĂĄg. * A5 * R$ 2,00 * Fernando dos Santos â [email protected]. FORĂA ZINE * fanzine de divulgação de ediçÔes independentes, com tiras, HQs, ilustraçÔes, etc. * nÂș 4 * fev/2008 * 12 pĂĄg. * A5 * color. * gratuito * Abdon Soussy â R. JosĂ© Spina, 16 â V. Maria â MarĂlia â SP â 17527-563. GATĂO * HQs de Edson Gonçalo, ilustração de Shimamoto, poemas, divulgação de zines, etc. * nÂș 37 * mar/2008 * 8 pĂĄg. * A5 * R$ 1,00 * Edson Gonçalo - R. 11, Jardim Arpoador, nÂș 153 â Francisco Morato â SP â 07900-000.
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GATOS PINGADOS * HQ de Iramir e SalomĂŁo Jr. sobre a gravidez em adolescentes * nov/2007 * 32 pĂĄg. * 155x230mm * color. * Iramir AraĂșjo â Pr. Teixeira Mendes, 134 â Gal. França, sala 104 â S. Francisco â SĂŁo LuĂs â MA â 65076-090. GRAFICSEX * HQ erĂłtica com influĂȘncia do mangĂĄ, produção de Charles Souza * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * gratuito * Charles Souza â R. Manoel Batista, Trav. G, Lote 10, Quadra 15 â PiabetĂĄ â MagĂ© â RJ â 25915-000. HERĂIS BRAZUCAS * HQs de Mark Novoselic, Rud PatrocĂnio, texto sobre Oscar Kern, etc. * nÂș 53 * fev/2008 * 28 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 5,00 * Francinildo Sena - R. Des. HemetĂ©rio Fernandes, 231 - Pau dos Ferros - RN - 59900-000. HORIZONTE ZERO * sĂ©rie de horror mĂstico com a personagem JanaĂna, por Marcelo Marat e Emanuel Thomaz * nÂș 1 * 2008 * 24 pĂĄg. * A5 * Emanuel Thomaz â Passagem Dalva, 120 â Praça Tancredo Neves â Marambaia â BelĂ©m â PA â 66615-080. HUMOR NO DIVĂ * edição sobre o humor na psicanĂĄlise, com uma seleção comentada de tiras enfocando o tema sexo * nÂș 5 * fev/2008 * 12 pĂĄg. * A5 * Eduardo GuimarĂŁes â [email protected]. IDĂIA * HQs de Alisson Affonso, Wagner Passos e Ivonei DâPeraça, textos de humor, etc. * nÂș 3 * nov/2007 * 24 pĂĄg. * A4 * capa color. * R$ 5,00 * Wagner Passos â R. Dr. SĂ©rgio Daniel Freire, 234 â Cassino â Rio Grande â RS â 96205-290. INFORMATIVO QUARTO MUNDO * texto sobre o coletivo Quarto Mundo, tiras, divulgação, etc. * nÂș 0 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * 160x280mm * Daniel Esteves â Praça BarĂŁo de MacaĂșbas, 96 â V. Formosa â SĂŁo Paulo â SP â 03357-040. JORNAL GRAPHIQ * tiras de MĂĄrio Latino, Verde, TietĂȘ, Fraga, Anita e Ronaldo, Rose AraĂșjo, MaurĂcio Rett, Lucas, Ruy, Jobim, textos, etc. * nÂș 15 * fev/2008 * 12 pĂĄg. * 280x320mm * R$ 2,00 * MĂĄrio Latino â C.P. 213 â Suzano â SP â 08675-970. KHNEIRA TIRINHAS * tiras de Marcelo Dolabella, William, divulgação, etc. * nÂș 4 * fev/2007 * 6 pĂĄg. * 100x210mm * R$ 0,25 * Marcelo Dolabella de Amorim â R. Anapurus, 32, casa 01 â SĂŁo Gabriel â Belo Horizonte â MG â 31980-210. LEXY * HQs e tiras de Lexy Soares, Anjos, VinĂcius Mendel, ilustraçÔes, divulgação de zines, etc. * nÂș 8 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A5 * R$ 1,00 * Alexandre Lexy Soares â R. Pascoalino JoĂŁo VĂŽ, 276 â V. IndependĂȘncia â MauĂĄ â SP â 09350-030. LORDE KRAMUS * HQ de Gil Mendes e HĂ©lcio RogĂ©rio, textos, ilustraçÔes, etc. * nÂș 1 * fev/2008 * 20 pĂĄg. * 175x270mm * capa color. * R$ 4,90 * Gil Mendes â R. Mata Machado, 603 â CalifĂłrnia â SĂŁo Paulo â SP â 03215-000. MACAMBIRA E SUA GENTE * ĂĄlbum com tiras de Macambira, de Henrique MagalhĂŁes * 3ÂȘ edição * 2008 * 64 pĂĄg. * 140x200mm * capa color. * R$ 10,00 * Henrique MagalhĂŁes â Av. Maria Elizabeth, 87/407 â JoĂŁo Pessoa â PB â 58045-180. MATRACA * HQs de William Rafael, Anita e Ronaldo, LaĂ©rçon, Celsinho, Dola, Gisele, textos, artigo de JosĂ© Salles, etc. * nÂș 5 * jan/2008 * 20 pĂĄg. * A5 * William Rafael Paraizo â R. AntĂŽnio Gianini, 90 â JaĂș â SP â 17210-410. MENINO CARANGUEJO * HQ ecolĂłgica com o Menino Caranguejo, produção de Chicolam, Cristiane, EugĂȘnio, Paulo e Viviane * nÂș 1 * 2007 * 36 pĂĄg. * 170x250mm * color. * R$ 6,00 * Cristiane Drews â C.P. 6241 â Joinville â SC â 89204-971. MENINO CARANGUEJO ESPECIAL * HQ com o Menino Caranguejo, divulgando o patrimĂŽnio cultural de Joinville * 2007 * 24 pĂĄg. * 170x250mm * color. * Cristiane Drews â C.P. 6241 â Joinville â SC â 89204-971. O MURO * informativo sobre os lançamentos de Denilson, textos sobre assuntos diversos, ilustraçÔes de Henry Jaepelt e Alex Doeppre * nÂș 16 * dez/2007 * 8 pĂĄg. * A6 * Denilson Reis - R. Gaspar Martins, 93 - Alvorada - RS - 94820-380. NANQUIM DESCARTĂVEL * aventuras de Ju, Sandra e Tuba, produção de Daniel, Wanderson, Alex, etc. * nÂș 1 * out/2007 * 32 pĂĄg. * 170x260mm * Daniel Esteves â Praça BarĂŁo de MacaĂșbas, 96 â V. Formosa â SĂŁo Paulo â SP â 03357-040. NFL ZINE * entrevistas com as bandas Andralls, Subtera, o quadrinhista Cedraz, notĂcias, divulgação, etc. * nÂș 12 * fev/2007 * 16 pĂĄg. * 160x270mm * envelope com selo de 2Âș p.* Hamilton Tadeu - C.P. 15030 - SĂŁo Paulo - SP - 01519-970.
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AS NOVAS AVENTURAS DE ICFIRE * HQ inĂ©dita por Chagas Lima, seção de cartas, etc. * nÂș 14 * jan/2008 * 28 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$ 3,00 ou troca * Chagas Lima - R. Miriam Coeli, 1737 - Lagoa Nova - Natal - RN - 59054-440. O NOVELO MORTAL * HQs fantĂĄsticas e reflexivas, produção de Felipe Eremita * nÂș 2 * fev/2008 * 24 pĂĄg. * A5 * R$ 3,00 * LuĂs Felipe â R. Elias de Oliveira SabĂłia, 69 â Campinas â SP â 13096-660. PARAFUSO! * HQs com adaptaçÔes de letras de mĂșsicas de bandas paraenses, por Marcelo Marat e Emanuel Thomaz * 2008 * 16 pĂĄg. * A5 * Emanuel Thomaz â Passagem Dalva, 120 â Praça Tancredo Neves â Marambaia â BelĂ©m â PA â 66615-080. PENITENTE * aventuras do herĂłi Penitente, produçÔes de Lorde Lobo e Nel Angeiras * jan/2008 * 20 pĂĄg. * 170x260mm * color. * R$ 4,00 * Lorde Lobo - R. Sport Club Rio Grande, 56 - V. SĂŁo Paulo - Rio Grande - RS - 96202-320. PEQUENO ALMANAQUE GĂTICO * HQs de Srbek, Turbay e Cazelli, Tofano e Jamhour, Santana e Okada, etc. * nÂș 1 * 2007 * 32 pĂĄg. * 170x260mm * R$ 4,90 * FĂĄbio Turbay - R. Prof. Telmo de Souza Torres, 601 â Vila Velha â ES â 29101-295. PILGRIMS * HQ, contos, textos, debate de idĂ©ias, ilustraçÔes, produçÔes de MĂĄrcio Salerno * nÂș 7 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A5 * MĂĄrcio Salerno - R. do Imperador, 111/201 - Centro - PetrĂłpolis - RJ - 25620-002. PRISMARTE * HQs de JosĂ© Henrique, E. Thomaz, FĂĄbio Turbay e Grodz, Arnaldo Luiz e Milson Marins, textos, etc. * nÂș 46 * jan/2008 * 40 pĂĄg. * A5 * capa color. * R$5,00 * JosĂ© Valcir â Av. 4 de Outubro, 746 â Ouro Preto â Olinda â PE â 53370-001. SE DEUS FOSSE UMA MULHER * HQ erĂłtica produzida por Michael Kiss * nÂș 1 * jan/2008 * 12 pĂĄg. * A6 * capa color. * R$ 5,00 ou troca * Michael Kiss â R. Itapetinga, 1072 â B. Cachoeirinha â Belo Horizonte â MG â 31130-100. SEHQUENCIAL * HQs de Marceloss, textos sobre ZĂ© do BonĂ©, animação, exposiçÔes, etc. * nÂș 2 * set/2007 * 16 pĂĄg. * 1/4 of. 2 * Marceloss - R. Affonso Conrado da Cruz, 81 â Bangu â Rio de Janeiro - RJ - 21864-510. SUBTERRĂNEO * HQs de Will, Marcos Venceslau, MĂĄrio C. Silva, Luigi Colafigli, Samuel Bono, MĂĄrcio Garcia * nÂș 22 * jan/2008 * 8 pĂĄg. * A6 * Will â R. Domingos Guedes Cabral, 332/07 â SĂŁo Paulo â SP â 02422-190. SUPERALMANAQUE ULTRAX * livro com as aventuras de Ultrax, produção de E.C. Nickel e LobĂŁo * 2007 * 180 pĂĄg. * A4 * capa color. * R$ 25,00 * Alexandre Santos LobĂŁo â SHCGN 703, Bloco I, casa 22 â BrasĂlia â DF â 70730-709. TIRAS DE LETRA Na Casa da Vizinha * antologia de tiras de 27 autores, produção da Editora Virgo * 2007 * 68 pĂĄg. * 140x210mm * capa color. * R$ 15,00 * Mastrotti â R. Campos Sales, 9 â Barcelona â S. Caetano do Sul â SP - 09551-310. TIRINHA * livro da coleção Quiosque analisando as tiras de jornal, estudo de Marcos Nicolau * nÂș 19 * 2007 * 72 pĂĄg. * 120x180mm * capa color. * R$ 10,00 * Henrique MagalhĂŁes â Av. Maria Elizabeth, 87/407 â JoĂŁo Pessoa â PB â 58045-180. TOP! TOP! * entrevista com MĂĄrcio Baraldi, mostra de suas HQs, artigos, resenhas, cartas, etc. * nÂș 24 * jan/2008 * 44 pĂĄg. * 140x200mm * R$ 6,00 * Henrique MagalhĂŁes â Av. Maria Elizabeth, 87/407 â JoĂŁo Pessoa â PB â 58045-180. TRISTĂO * aventura de TristĂŁo, produzida por EstevĂŁo Ribeiro, Will Walber e Lula Borges * 2007 * 28 pĂĄg. * 170x260mm * color. * R$ 6,00 * EstevĂŁo Ribeiro â R. Landry de Carvalho, 25 â VitĂłria â ES â 29043-630. ULTRA LINS * HQ com o grupo de herĂłis Ultra Lins, produção de Romahs, Israel GusmĂŁo e Helinaldo * nÂș 1 * 2007 * 28 pĂĄg. * 195x270mm * color. * R$ 5,00 * Romahs â R. Prof. Nilton Lins, 3259 â P. das Laranjeiras â Manaus â AM â 69058-030. UM DIA UMA MORTE * ĂĄlbum da âColeção 100% Quadrinhosâ da revista âGraffitiâ, produção de Fabiano Barroso e Piero Bagnariol * nÂș 1 * abril/2007 * 92 pĂĄg. * 170x240mm * color. * R$ 12,00 * Piero Bagnariol â www.graffiti76.com. VELTA 35 ANOS * ĂĄlbum com 3 HQs de Velta, produção de Emir Ribeiro e Rubens Francisco Luccetti * jan/2008 * 96 pĂĄg. * 160x230mm * capa color. * R$ 14,00 * Emir Ribeiro - C.P. 10001 - Ag. Jaguaribe - JoĂŁo Pessoa - PB - 58015-350.
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OUTROS ASSUNTOS ANUĂRIO BRASILEIRO 2006 * anuĂĄrio de Literatura FantĂĄstica, com artigos, resenhas, anĂĄlises, entrevistas, ensaios, etc. * 2007 * 86 pĂĄg. * A4 * R$ 30,00 * Marcello SimĂŁo Branco - Av. Clara Mantelli, 110 - SĂŁo Paulo - SP - 04771-180. O DocumentĂĄrio no Cinema Brasileiro * estudo feito por LĂșcio Vilar e CecĂlia Porto * 2007 * 56 pĂĄg. * 130x190mm * capa color. * Henrique MagalhĂŁes â Av. Maria Elizabeth, 87/407 â JoĂŁo Pessoa â PB â 58045-180. MEGAROCK * entrevistas com as bandas Cueio LimĂŁo, Ivory Gates, HQ de Cleuber Cristiano, resenhas de demos, divulgaçÔes, etc. * nÂș 48 * fev/2007 * 16 pĂĄg. * A4 * Fernando Cardoso â C.P. 3535-1 â Diadema â SP â 09951-970. O MENINO DO MAR * livro infantil escrito e ilustrado por Wagner Passos. * 2007 * 20 pĂĄg. * A5 * color. * Wagner Passos â R. Dr. SĂ©rgio Daniel Freire, 234 â Cassino â Rio Grande â RS â 96205-290. MENSAGEIRO * jornal cultural, traz HQs de Arthur Filho, ilustraçÔes, poemas, textos, divulgação, etc * nÂș 179 * jan/2008 * 4 pĂĄg. * A5 * Arthur Filho - R. EspĂrito Santo, 232/02 - Porto Alegre - RS - 90010-370. OUTRAS HISTĂRIAS * livro infantil com a histĂłria âA Lamparina MĂĄgicaâ, com a Turma do Xaxado * 2007 * 20 pĂĄg. * A5 * color. * Cedraz - Av. D. JoĂŁo VI, 102, sala 203 - Brotas - Salvador - BA - 40285-001. PORTAS PARA POESIA & PROSA * HQs de Bruno, poemas, textos, ilustraçÔes, etc. * nÂș 22 * dez/2008 * 4 pĂĄg. * A5 * Bruno Santos â R. Paulo VI, 362 â Carmo do Rio Claro â MG â 37150-000. ZINE MOSH * textos sobre as bandas Caninos, Id, HQ de Cleuber Cristiano, divulgação, dicas, etc. * nÂș 9 * fev/2008 * 8 pĂĄg. * A5 * 2 selos de 1Âș p. * Carlos Bueno â R. Joaquim Ulisses Sarmento, 469 â Campinas â SP â 13033-080.
LITERATURA E POESIA BOLETIM DA ASSOCIAĂĂO FILATĂLICA E NUMISMĂTICA DE BRASĂLIA * nÂș 56 - C.P. 500 - Ag. W3 - 508 Sul - BrasĂlia - DF - 70359-970. CANĂĂO DESESPERADA * nÂș 3 * Junior Baladeira â R. dos RemĂ©dios, 415 â Ouricuri â PE â 56200-000. CANGACEIROS * nÂș 1 * Kleide Keite - R. 1Âș de Maio, 112 - PernambuĂ©s - Salvador - BA - 41120-120. COTIPORĂ CULTURAL * nÂș 14 * AdĂŁo Wons â R. Natal Turcatel, 79 â CotiporĂŁ â RS â 95335-000. CULTURA TRASH ZINE * Elizabeth Bathory â R. VitĂłrio Crispin, 613 â Nova Odessa â SP â 13400-060.
ESCRITOS * nÂș 23 * Walmor Colmenero â P. Nossa Senhora das Graças, 76/11 â SĂŁo Vicente â SP â 11390-090. FALANDO A SĂS * nÂș 17 * Mauro Sousa â C.P. 2030 â Santos â SP â 11060-970. FLOYYD * nÂș 9 * Marcelle M. â R. Prof. Eunice B. de Oliveira, 849/14B â SĂŁo Paulo â SP â 05884-150. FOLHAS DE ATTITTUDES * nÂș 14 * Walter Limonada â R. Afonso Furtado de Mendonça, 891 â B. Jardim Silvina â SĂŁo Bernardo do Campo â SP â 09791-000. O GARIMPO * nÂș 32 * Cosme CustĂłdio da Silva â R. dos Bandeirantes, 841/301 â Matatu â Salvador â BA â 40260-001. GOTAS DE SANGUE * nÂș 1 * JosĂ© Nogueira â C.P. 2921 â SĂŁo Paulo â SP â 01032-970. GRITOS DE PAVOR * nÂș 2 * Michael Kiss â R. Itapetinga, 1072 â B. Cachoeirinha â Belo Horizonte â MG â 31130-100. JORNAL MARINGAENSE * nÂș 115 * Ricardo Silveira FĂngolo - Av. Vital Brasil, 388 - MaringĂĄ - PR - 87035-220. O JORNALZINHO * nÂș 170 * Araci Barreto da Costa â R. AnĂzio Pereira Rodrigues (antiga Rua 7), 761 â Quadra 27 â Apolo III â ItaboraĂ â RJ â 24800-000. LAMPIĂO * Junior Baladeira â R. dos RemĂ©dios, 415 â Ouricuri â PE â 56200-000. LEIAMIGOS * nÂș 445 * Denise Teixeira Viana - C.P. 11052 - Rio de Janeiro - RJ - 20236-970 - www.leiamigos.cjb.net. LETRAS SANTIAGUENSES * nÂș 73 â C.P. 71 â Santiago â RS â 97700-000. O LITERĂRIO * nÂș 571 * Osael de Carvalho - C.P. 8109 - Rio de Janeiro - RJ - 21032-970. MAUĂ U.P.M. * nÂș 37 * Bertz â R. Alcides Gardiano, 60 â MauĂĄ â SP â 09340-576. MENSAGEIRO * nÂș 30 * JosĂ© Alberto â R. Dartagnan Tubino, 901 â QuaraĂ â RS â 97650-000. O MUNDO MĂGICO DA POESIA * nÂș 8 * Viviane Balau â R. Gedeon Leite, 99 â HĂpica â Porto Alegre â RS â 91787-770. NAĂĂO ZULU * nÂș 6 * Junior Baladeira â R. dos RemĂ©dios, 415 â Ouricuri â PE â 56200-000. PARLEZ! * nÂș 7 * Jackson Farias Teixeira â R. Jacamar, 55 â Belo Horizonte â MG â 30830-590. PAVĂ POESIA * nÂș 15 * Thiago GuimarĂŁes â R. Manoel Silveira, 10 â Umuarama â ItanhaĂ©m â SP â 11740-000. POESIA PARA TODOS * nÂș 3 * RĂŽmulo Ferreira â R. Joaquim MĂ©ier, 747/201A â Rio de Janeiro â RJ â 20715-050. SĂ MEU GATO ME ENTENDE * nÂș 10 * Filipe Teixeira â R. Ana Batista, 445 â Fortaleza â CE â 60341-360. VIDA E PAZ * nÂș 102 * Mauro Sousa â C.P. 2030 â Santos â SP â 11060-970. A VOZ * nÂș 100 * Av. Dr. JosĂ© Rufino, 3625 - TejipiĂł - Recife - PE - 50930-000.
RECADOS LarĂ Franceschetto envia aos seus correspondentes folheto poĂ©tico com suas produçÔes. â R. JoĂŁo L. Carvalho, 98 â VeranĂłpolis â RS â 95330-000. Marcelo Dolabella Amorim divulga seu novo endereço: R. Anapurus, 32, casa 1 â SĂŁo Gabriel â Belo Horizonte â MG â 31980-210. Marcelo Miquelin divulga seu endereço: C.P 35 â SĂŁo Caetano do Sul â SP â 09501-970 â [email protected]. Edson Gonçalo avisa que o jornal âBom Diaâ de JundiaĂ tem uma coluna de divulgação de quadrinhos escrita por Daniel Vardi â [email protected]. Ricardo Sena comunica seu novo endereço e procura o nÂș 24 do jornal âA MĂșsica do SĂ©culoâ (sem o CD). â R. Olinto Vaz, 48 â Vila dos Anjos â BagĂ© â RS â 96415-510 â [email protected]. Lio Guerra Bocorny procura livros da coleção Terramarear, Coleção DrĂĄcula, vĂĄrios nĂșmeros das revistas âEpopĂ©iaâ, âĂlbum Giganteâ, âPequeninaâ, âRomance Ilustradoâ, etc., ĂĄlbuns de figurinhas da Vecchi, e vĂĄrias outras revistas diversas. Quem quiser a lista completa, peça ao Lio. â R. Presidente JoĂŁo Goulart, 182 â Carazinho â RS â 99500-000. Alexandre LobĂŁo divulga seu sĂtio www.alexandrelobao.com e anuncia para este ano a publicação de seu primeiro romance, âO Nome da Ăguiaâ. Cristiano Ferreira da Silva divulga seu e-mail e fotolog: - [email protected] â http://fotolog.terra.com.br/chaotixbrasil. Roberto Del' Secchi organiza o volume XVIII da Antologia DelâSecchi. â R. Prof. Nina Berger Gonçalves, 180 - Vassouras - RJ - 27700-000. RogĂ©rio Salgado organiza o volume 2 de Poetas En/Cena â C.P. 836 â Belo Horizonte â MG â 30161-970.
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A CHORADEIRA DO QUADRINHO NACIONAL
Olliveira Jr.
Quando se fala em Quadrinho Nacional, logo vem a frase: ninguĂ©m lĂȘ. Mas por que ninguĂ©m lĂȘ? A resposta Ă© simples e dĂłi: porque nĂŁo tem â nĂŁo consegue reproduzir â o Brasil real numa linguagem universal. O mundo quer ler nossa arte seqĂŒencial, mas nossos autores nĂŁo estĂŁo alfabetizados... A HQ brasileira Ă© de fĂĄcil reconhecimento: (a) herĂłi grandĂŁo; (b) mulher bunduda; (c) temas moralistas pingando mel. Alguma coisa começou a mudar de uns tempos para cĂĄ, mas nĂŁo Ă© regra. Ou entĂŁo com filosofia existencialista de depressĂŁo. Por que nossas HQs tĂȘm que ser metidas a intelectual ou com histĂłrias com moral no final? Um saco sem fim... Lado intelectual â Falta aos autores coragem de assumir o real e o cru desse Brasil tĂŁo conhecido por nĂłs. Mas isso nĂŁo ocorre talvez por medo ou por falta de testĂculos mesmo. Mas Ă© hora de assumir nossa babaquice coletiva ou nossa sede de reconhecimento ou nossa tendĂȘncia natural para a violĂȘncia, afinal o mundo jĂĄ sabe quem Ă© o povo brasileiro: idiotas que criam monstros que ganham US$ 123 milhĂ”es e marcam 2 gols por campeonato. Ou financiamos a criminalidade com nossos âcigarrinhosâ de final de semana e depois fazemos uma passeata contra a violĂȘncia. Ou entĂŁo, moramos no morro e colocamos o nome nos filhos de Sullyvan de Oliveira ou Stephanny da Silva. Vamos assumir nos quadrinhos esse nosso lado intelectual? A Choradeira â HQ nacional tem que parar de chorar e lamentar seu trĂĄgico destino: ai meu coração, ninguĂ©m me lĂȘ! Ai meu cu, ninguĂ©m distribui meus gibis! Ai minha Nossa Senhora, estamos sendo invadidos pelas HQs americanas! Sabe o que pensam os grandes empresĂĄrios do mundo dos negĂłcios? NĂŁo se preocupe em atacar o concorrente, mas em divulgar a qualidade de seu prĂłprio produto. A grande sacada nĂŁo Ă© destruir, mas mostrar sua força tambĂ©m. Isso, trabalhar duro, colocar qualidade/criatividade em primeiro plano e deixar o mundo se fuder. O que Ă© realmente bom, triunfa com certeza. Outra merda: HQ tem que dar lucro. Mentira! A arte nĂŁo Ă© para ganhar dinheiro, mas para mostrar sua cabeça ao mundo, abrir fronteiras. Se vocĂȘ estĂĄ nessa para ganhar dinheiro, entĂŁo se dedique ao tricĂŽ, bordado ou abra uma cantina. O dinheiro Ă© uma conseqĂŒĂȘncia, nĂŁo um objetivo. Se vocĂȘ estĂĄ fazendo do money seu alvo na vida, estĂĄ no caminho errado, meu irmĂŁo. Faça acontecer e no tempo certo tudo virĂĄ! Mais uma porrada (essa tambĂ©m dĂłi em mim): ninguĂ©m estĂĄ pedindo para vocĂȘ desenhar, entĂŁo nĂŁo lamente o seu destino. Underground â A questĂŁo de quadrinhos independentes, Ă margem das grandes editoras, Ă© outra novela que leva os chorĂ”es das HQs brazucas ao delĂrio e tambĂ©m, Ă© claro, Ă s lĂĄgrimas, mais uma fonte para esta choradeira. Todo mundo se classifica como independente e reclama do apoio como se isso ocorresse somente aqui, se esquecendo que nem o underground Ă© nosso. LĂĄ fora a luta Ă© feroz e nĂŁo Ă© sĂł brasileiro que guerreia com a Marvel. SĂł que a galera gringa nĂŁo chora, mas vive de mangas arregaçadas. Eles se reĂșnem em grupos de amigos, criam cooperativas para distribuição, organizam eventos, mostras, concursos, etc. Veja sĂł que loucura: cada membro de um grupo de artistas jĂĄ Ă© automaticamente um distribuidor de verdade em sua prĂłpria cidade, dedicando dois dias da semana para entregar as HQs nas bancas conhecidas. Isso Ă© porrada, isso Ă© underground (subterrĂąneo) de verdade. Mas nem tudo estĂĄ perdido. Um exemplo vindo da mĂșsica aqui de SĂŁo Paulo me mostrou que hĂĄ, sim, gente que começa a acordar do marasmo. TrĂȘs bandas iniciantes de rock fizeram algo surpreendente, prensaram CDs em conjunto, organizaram um festival para eles mesmos. Resultado: sucesso total em divulgação, vendas de CDs, DVDs e camisetas. Eu sei que muitos aqui lutam de verdade para que exemplos como esse ocorram no universo HQ nacional. Mas entra ano e sai ano e nada de peso acontece. Chega de Festival de Rock nos ensinando a trabalhar. Vamos montar nossos Festivais HQs para que todos sintam o poderoso cheiro de nossa arte seqĂŒencial. Ă hora de secar as lĂĄgrimas na manga da camisa, arregaçå-la e ir Ă luta. 18 QI
Tiras cientĂficas
Washington Castilhos, do Rio de Janeiro (04/03/2008)
AgĂȘncia FAPESP â Antes vistas como subliteratura, as histĂłrias em quadrinhos podem ser um importante instrumento na divulgação cientĂfica e no ensino de ciĂȘncias em salas de aula. A conclusĂŁo Ă© da biĂłloga ClĂĄudia Kamel, do Departamento de InovaçÔes Educacionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), que analisou o potencial educacional de cerca de 400 histĂłrias em quadrinhos da Turma da MĂŽnica, de autoria de MaurĂcio de Sousa. A proposta, feita para dissertação de mestrado, era verificar se gibis poderiam ser usados como subsĂdios didĂĄticos para introduzir, elaborar e complementar conhecimentos cientĂficos. âĂ preferĂvel usar, como apoio, materiais que as crianças jĂĄ lĂȘem. Os quadrinhos sĂŁo publicaçÔes acessĂveis a grande parte da população, podendo, portanto, ser trabalhadas em contextos diferenciados, tanto em escolas pĂșblicas como nas particularesâ, disse. Segundo o estudo, intitulado CiĂȘncias e quadrinhos: explorando as potencialidades das histĂłrias como materiais instrucionais, as publicaçÔes escolhidas contemplam os trĂȘs grupos temĂĄticos que sĂŁo trabalhados nas aulas de ciĂȘncias naturais do ensino fundamental brasileiro, com base nos ParĂąmetros Curriculares Nacionais (PCN): ambiente; corpo humano e saĂșde; e ciĂȘncia e tecnologia. Das 392 revistas da Turma da MĂŽnica analisadas (que incluem tĂtulos dos personagens MĂŽnica, Cebolinha, CascĂŁo, Magali e Chico Bento), 274 apresentavam referĂȘncias aos tĂłpicos em questĂŁo, sendo o tema âambienteâ o mais citado (em um total de 162 gibis). âMuitos tĂȘm a percepção de que a tecnologia estĂĄ estritamente ligada aos artefatos de Ășltima geração da atualidade, e nĂŁo a todos os artefatos desenvolvidos para a melhoria da condição de vida humanaâ, disse ClĂĄudia. Segundo ela, as histĂłrias do Piteco, o homem das cavernas criado por MaurĂcio de Souza, mostram o uso da tecnologia â e sua origem â de forma clara. âO tacape do Piteco representa um instrumento que possibilitou ao homem caçar e garantir sua subsistĂȘncia. O abridor de latas Ă© um desses instrumentos. EntĂŁo, a partir do tacape, podemos estimular as crianças a pensar e a enumerar esses artefatos atĂ© os dias atuaisâ, sugeriu. HĂĄbitos de higiene e de alimentação tambĂ©m podem ser trabalhados. âEm uma histĂłria do Rolo, por exemplo, a questĂŁo da automedicação Ă© abordada. Os quadrinhos nĂŁo tĂȘm a pretensĂŁo ou o compromisso de formar conceitos: as crianças constroem padrĂ”es de certo e erradoâ, observou. Para a biĂłloga, a aversĂŁo do CascĂŁo por tomar banho e o mau hĂĄbito da Magali em comer demais despertam o senso crĂtico da criança. âAs histĂłrias do CascĂŁo podem trazer para a sala de aula um contraponto. O fato de a Magali comer demais permite discutir o que pode ser uma dieta saudĂĄvelâ, disse. ClaĂșdia ressalta que pelo menos 20 competĂȘncias cognitivas sĂŁo acionadas durante a leitura de uma histĂłria em quadrinhos, entre as quais a perspectiva e a profundidade. âEm um quadrinho, dois personagens podem estar desenhados em um sĂł plano, mas as crianças sabem quem estĂĄ mais prĂłximo ou mais distante. A leitura dos quadrinhos, assim como em qualquer outro tipo de leitura, nĂŁo Ă© meramente uma leitura linear sujeita somente a um Ășnico tipo de interpretação. Nesse sentido, eles podem levar seus leitores a ampliar seus conceitos de compreensĂŁo de ambientes diversosâ, afirmou. Ao analisar a forma com que os autores de livros didĂĄticos de ciĂȘncias utilizam tiras e histĂłrias em quadrinhos para introduzir ou complementar tĂłpicos curriculares dessa disciplina no ensino fundamental, a pesquisa tambĂ©m destaca que a utilização de quadrinhos nessas coleçÔes de livros ainda Ă© fraca ou simplesmente nĂŁo ocorre. âA pesquisa evidenciou que nos livros didĂĄticos de ciĂȘncias naturais analisados essa linguagem ainda Ă© muito pouco explorada, o que nos conduz a pensar em estudos posteriores acerca de sua aplicabilidade como elemento articulador em aulasâ, disse ClĂĄudia. A pesquisadora do IOC lembra que, em dĂ©cadas passadas, os quadrinhos eram vistos como formas de promover a preguiça mental de seus leitores. âAtualmente, constata-se, cada vez mais, que a linguagem deles pode e deve ser utilizada nĂŁo somente para entreter os leitores, como tambĂ©m â ainda que de forma indireta â para promover e desenvolver competĂȘncias cognitivas por meio do processo de conclusĂŁo e abstraçãoâ, afirmou.
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24Âș PRĂMIO ANGELO AGOSTINI
O DIA DO QUADRINHO NACIONAL
Edgard GuimarĂŁes
A entrega do 24Âș PrĂȘmio Angelo Agostini, em comemoração
ao Dia do Quadrinho Nacional, este ano, foi realizada no dia 16 de
fevereiro no auditĂłrio do Senac Lapa Faustolo, na Rua Faustolo nÂș
1347.
Embora não tenha havido espaço para exposição dos
trabalhos dos homenageados e nem espaço para os editores
independentes venderem suas revistas, o evento teve boa
participação do pĂșblico, praticamente lotando o auditĂłrio.
Ăs 13h15 começou a programação com a exibição do desenho
animado âPiconzĂ©â, realizado por Ippe Nakashima em 1972-73.
Uma ótima oportunidade de ver esta animação, realizada com raça e
coragem por Ippe, imigrante japonĂȘs que se encantou com o folclore
brasileiro. Após a exibição, às 14h40, houve uma palestra com Istuo
Nakashima, filho do autor, que contou detalhes da produção do
filme. Worney distribuiu para a platĂ©ia uma cĂłpia do anĂșncio
original do filme, feito na forma de histĂłria em quadrinhos.
Ăs 15h30 começou um debate sobre adaptaçÔes de obras
literårias para os quadrinhos, com a participação de Bira Dantas,
Marcatti, André Diniz e Laudo Ferreira Jr. Bira jå produziu para a
Escala Educacional a adaptação de âMemĂłrias de um Sargento de
MilĂciasâ e prepara para a mesma editora uma adaptação de âDom
Quixoteâ. Marcatti produziu para a editora Conrad o ĂĄlbum âA
RelĂquiaâ baseado no livro de Eça de Queiroz. AndrĂ© Diniz prepara
12 ediçÔes para a Escala, 4 de História do Brasil, 4 de História Geral
e 4 de Filosofia. Entre elas, âCĂąndidoâ de Voltaire e âA Utopiaâ de
Thomas More, ilustrados por Antonio Eder, âElogio da Loucuraâ de
Erasmo, ilustrado por Laudo, e âO PrĂncipeâ de Maquiavel,
ilustrado por Daniel BrandĂŁo. Laudo tambĂ©m estĂĄ adaptando âOs 10
Dias que Abalaram o Mundoâ de John Reed e o livro âOs Sonhos
NĂŁo Envelhecemâ de MĂĄrcio Borges para o sĂtio de MemĂłria do
Clube da Esquina. Houve vĂĄrias perguntas aos participantes,
destacando a de MĂĄrio Latino sobre se hĂĄ benefĂcio quando a editora
då total liberdade na adaptação.
Ăs 16h30, os editores independentes presentes fizeram a
divulgação de seus trabalhos. Subiram ao palco os produtores da
revista âMenino Caranguejoâ; Leonardo Melo, editor de
âQuadrinhĂłpoleâ; MĂĄrio Latino, do âJornal Graphicâ; Edgard
GuimarĂŁes, autor de âJu & JigĂĄâ, divulgando tambĂ©m outras
produçÔes da editora Marca de Fantasia, Will, para falar do selo
Quarto Mundo, etc.
Ăs 17h, Worney fez sorteio de algumas ediçÔes para o
pĂșblico presente, fez os agradecimentos, registrou os falecimentos
de Armando Sgarbi, Ivan Wasth Rodrigues e Oscar Kern, e deu
inĂcio Ă entrega dos prĂȘmios.
O trofĂ©u de âMelhor Roteiristaâ foi entregue por MĂĄrio Latino
a Anita Costa Prado. Omar Viñole entregou o de âMelhor
Desenhistaâ para Laudo Ferreira Jr. Vasqs e Floreal foram chamados
para entregar a MĂĄrcio Baraldi o trofĂ©u de âMelhor Cartunistaâ. Na
categoria âMelhor Lançamentoâ, Clay Fabiano entregou o trofĂ©u Ă
equipe de produção da revista âMenino Caranguejoâ. Edgard
GuimarĂŁes entregou o trofĂ©u de âMelhor Fanzineâ ao representante
enviado por SĂ©rgio Chaves, ganhador com o âJustiça Eternaâ. Will
entregou para Mateus, filho de Eloy Pacheco, o trofĂ©u âJayme
Cortezâ, pelo trabalho de divulgação do quadrinho nacional feito no
sĂtio âBigornaâ.
A homenagem aos Mestres do Quadrinho Nacional começou
com a entrega de uma Medalha Especial a Primaggio, representando
JosĂ© Evaldo de Oliveira, falecido recentemente. Na seqĂŒĂȘncia, os
demais mestres homenageados foram Salatiel de Holanda, que
recebeu a medalha de Tony Fernandes; AnĂbal Barros Cassal,
representado por Edgard GuimarĂŁes; Fernando Dias da Silva,
representado por Ălvaro de Moya; AntĂŽnio Luiz Cagnin, cuja
medalha foi entregue por Bira Dantas; Ofeliano de Almeida,
representado por André Diniz; e Diamantino da Silva, que recebeu a
homenagem de Primaggio.
Após a premiação, com a sessão encerrada, os presentes ainda
permaneceram no local, conversando, reavivando os contatos, sendo
apresentados uns aos outros. Além dos mencionados, compareceram
ao evento vĂĄrias pessoas como Luigi Rocco, JoĂĄs Lima, AntĂŽnio
Armando Amaro, Edson Gonçalo, Mårcio Nicolosi, Noboyushi
Chinen, Dona Edna, viĂșva de Jayme Cortez, e dois netos, Salvador,
Cadu SimÔes, Jozz, Olliveira Jr., JerÎnimo Souza, e tantos outros.
MĂĄrio Latino, Anita Costa Prado e Edgard GuimarĂŁes.
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