a análise do discurso e sua interface com o materialismo histórico (socorro aguiar)
TRANSCRIPT
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 1/12
_
/
1
f
r
1
1
i
inara Sabadin
D a g n P ~ e
Sabino allon
Rev.são
de
Texto e Revisão de
Emenoas
Sirlete Regina da S ilva
Projeto
Gráfico
Diagramação
e
r o d u ~ o
d
Ca pa
~ s t e
iivro no todo
ou
em parte
c ont
orme oeterminacac
1eglll,
não
pod< : ~ e i p r o a u
z1do por qualquer meio
sem
auton
zar
;
ao expressa
e por escrito do aui:or ou
o :r
editore
exatidão das informações e dos concenos
e op1móes
em1tioos. as imagens
quadros e figuras sao de exclusi
vo
responsabilidade dos
autore'
•
CIP - Dados lntemac1onmsóe Cm.:ilogaciio
n:i
Public
a< ;5o
H673 lli s
t6na das
ideias:
d i á l o g o ~
cncre lingua;;cm, c;iltura e
h1stóna I Ana Zandwais \Org.). - Passo Fundo. Ed.
Universidade de
Passo FW1do.
20i2 .
312 p. :
il. ;
21 cm.
In clu i bibliografia.
LSBN
978-857515-790-9
l.
Linguagem
e
lingua
s - Filosok .:. i
dentidaa
t .
Cultura. 4. História -
Filosofia.
L
Zanówa1s
, ,.._ na. cnorc.
CDl.>
Bibliotecária responsável Jucele1 Rod rigues Dommt,'l.les - CR B HJ1 5t; ; -
UPF EDITORA
Campus 1, BR 285 - Krn 171 - Bairro São José
Fone/Fax: (54)
3316-8373
CEP 99001-970 - Passo Fundo - RS - Brasii
Home-page:
ww w
.up f .br/ed1tora
E-mail: editora@upf . :r
E
on:ora VPF
afihaan e
t í í i i l l ~ ~ 1 1 m 1 1
1 1 1 1 ~ ~ ~
Asso
cia
ção
Srasde1ra
dilS Cdrtoras U ~ 1 v e
""'\ f
L
::>umano
ApresentaçãG
17 Língua. podeí e ::orpc
Patnck Sénct
:
..
i . .,
emergênc:a
ca
scc1olingu1st1
c2 sov1e
t
?:::a
::;2:-0 c1
r.:::32 Gé
osico ogia
do
oovc
.:;ra1g Branc :s;
32. \/alemin \ioioshinov· signos, 1oeologr:;; e sem1oc
Mika Lahteenmaki
?ovos e iínguas esievas: :.ima ··aber;açãc'" j a "í1nguist1c2
tradíc1onal"? A eslavística
fantástica
de "licolai
akovievitcn Ma rr
Ekarerina V e l m e z o ~ · a
135 O que a herança de Marr pode nos oferecer? .
VladimirAlpatov
157 A procura
da
língua e ; s a e n t n ~ ê · e r ; ; ;;
e
1ist6
1
-1à
A.manda
Eloina Scherer
. ..
,
( ~ u b j e t i v i d a d e ,
sentido
e linguagem: desc .)nSmJir) c0
o
n-
tit
c. 22
homogeneidade :::a língua
na Zandwais
Origens filosóficas da ética em Bakhtir·. e 1 e i t u ~ a s Cê.
11etafisica e da fenomenologia ::>moióg1c'.:-ner:-'lenêut1c2
Maria Cristina .Yennes Sampaio
2' 5
A.
:::hegacc; de °Valcsninov/SaKhtir: ao
Bías
i: :--.::; oecaca
de i9 7C
3a
tn Srait
]Ã i
1vlacunaírna r;c3
:>lhes
do outrc · ·:· ::once:
:
:
::iaKht:n
ia
ro
.Je
··9xcedeme .:ie
visão"
ana
3a
ns
:ê .:arn
oos
253
:J
norne
si
nc:caro
qo 3r
asi
:
~ m = c à c . . : r ~ g t . i i s t o
::::::i: iG C;. 1r ã Sc ;or
s
·-- s1or:cv
\/tana
-1c
Socc
. ...2 g u ; a r
Je :jtive sre : a ; , , · a
; . : a
3 9
3üt·r : s autcres
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 2/12
Decreto
nº
1637,
de 5
cie Janeiro de
190-; .
Disponivei em: V \ ' i ' ~ v v c .
senado. gov.br/legislacao/L1staPublicacoes. action?i d=55323. _ t . . ~ c e s S(
em: 25 jan.
2012.
FELIX. L. O. Política. memoria e esquecimento
ln:
TEDESCO. ;; ·=
O rg. Usos
de
memorias ºasso Fundo: UPF, 2002.
_
13-42.
GOMES _ de '.: Estao.
Nri;•r l(leolo(fia ( ~ r > c k : . R:0 ]ar r.:i1r,
Zahar. 198'.:l.
ORLANDI.
E.
P.
Intr.rprct.açà.r
.
m tnri.a, lei.:tl -G e
ejéi
.
.o ·
G'.0
r.:-r1.hc. i;r
s1mbó
ürn Rio de ,faneirr· Vrnes. 1995a.
____ Exterioridade
e weOLogi,a. · ~ : a d e
o°.€
Es:ud<i2 Ln?- L;,;
·
,;t;
rw;,
Campin
as,
v. 30.
D. T-33
.
,ian/ju.-i .
1996h.
__ A.s
{armas do
siléncw· no mov1mem:c
Ca
mpinas: Ed itora da u nicamp, 1996c.
s e n ~ i a o s .
.
,.
ec...
PÊC
HE1
JX.
IvI.
1975LSe nantica
e discurso. um
c;ít1cu à
a . f i . : r . ~ a -
çã0
do óbYi<1. 2. f:d. Campinas: Ed.
da :.-nicamn.
199:J
_ _ (19831. O discurso: estrutura ou acontecim
en i;o.
1'rad.. de· :')-
iand
i. C
amp
i
nas:
Pontes. 1990.
(198:31. Papel da
memona.
In: ACHARD P. et
a .
?ape.
::·a
memória.
Trad.
de
José
Horta
Nunes.
Ca
m
pm
as
:
Pontes.
1999
.
PI N
HE IRO,
P.
S.: Ht\..LL. M . M. A classe operá.ria no Brasil
l i ~ S
19.'30;:
documenros. São Paulo: Alfa-Ómega. 1979 v_
_ _ _ _ A
classe
operaria
no Brasil 1889-19201: d o c u m ~ a t o : : . : .
Sfü
1
?aulo:
Brasiliense:
Funcam p. i98:é. v. E
RANCIERE.
J.
o d.esenten.àimento - política
ê
fiiosot:a. -::-:-a('°c. c.C
A;i
gela Leite Lopes. São Paulo : Ed. :34. 1996.
SCHONS
C
R
._4.
dorâucu;'-·
revolucionár1:os:
produção
: c : r c u , L ( . L Ç ~ o
de
práticas p o l í t i c o - d 1 s c u r s i . v a ~
no
Bras
i da
?:ime ira
Repubiic.;:;..
Tese <Dou torado
1 - Z:nivP:s1dacie Federal
do Ric
Grande ê.q
Su.i ? ~ n
ºAlegre, 2006 .
Z A 1 ~ D W A I S , A.
~
d.ispositiv:-i
àe
lm;a
pom1c:J.
J.a
c asse
:me:ri
:,
?.
brasiieira na
Primeira
República:
;:irocessos
àe i;:iterpelação <lo ..;,Clj• i
·
to operário a;;ravés da i : n ~ < e n s a
p a : ~ i 1 e l a 1-rl:
SC:::-ICNS. C.
3..:
P.8-
SING. T.
M
K
Que
.::iõe.c:; ü . ~ :
· .scritc.
:?as:::0 F : . i . r ~ . d a : f d L oTa - ~ : r ) :
20C5.
. 288 -
,A,
análise
do discurso
e
sua interface ~
coir:
0
rnaterlalismo histórico
1"
:v -
it
1
1éna :lo
Soc
orro
14guiar Cie O
li
veira Cavaicante
~
~
~ - e ~
. , . . . , ·
i
:
1,rr,0
11;. mssemos
ante:normente.
QiJerentes ,.
V .
posicões teóricas possibilitam diferentes ...
' ~ ~
olhares sobre um mesmo ob
jet
o. Em
se
v
canelo da
análise
do d i s c u ~ s o , embora terJ1a
:;urgido aoenas a parti.r
de
meados do século xx
esse campo
de
saber tem atravessa do f r o n ~ e i r a 2 .
deslocado territórios, estabelecendo diferentes in
terl
ocuções
teóricas. num
movimento cons
<:ante
de
expansão
e de transter:-i
to
rialização. Por '3ssa a-
zão. ou.ando falamos
em
~ 1 á l i s e do discurso. hoie .é
:u.ecessan o <3Xplicitar àe que lugar teórico 8s
ta m
os
falando. me
smo
quàndo nos
referimos
à a:'..áiise de
discurso
fr
ancesa, pois sabemos que. na .t<rança.
:Jas decaàa.i:
de
1960 e 1980, vár ios c o s ~ rea
hza,·am
trabalhos
de
análise
de
discursos, a par-
t . ~ r
de diferen-ces
pressi.:postos teóricos - semiótica.
.1..:.n
?-
u.1stica.
le;ricologia. Embora c o n s i d e r e m o ~ de
gr2.'1cie
' ' ~ 1 e v a n c i a
as
bases
ep
is t
emoiógicas que
: : ; ; _ : ~ ; : ; e n i . ; ~ , : ; : i as
:-eferidas
abordagens ,
nã0
n.os ocupc.
··::rz:
cs
d.essa <:2..refr.
no
tex:tc
que ora iniciam.os.
Aqui trataremos
especificamente da análise
::0 ó s ~ u r s o ancorada na p e r s p : om
ológica
Cf. _ i1za.11s1· elo
wi;curso procedirr.entos
t i c a . 2009.
~ e - . , - i - S t . :
a i · ~ .
Tudorov. 3artes. Gre mus.
Du
bois. r e ~ outrr.s
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 3/12
do m
aterialismo
hi
stór
ico
dialét
ico . No
sso percurso
terá
co
mo
pon
to de pa
r
ti d
a os
es
tu dos de
se nv.:
olvidos
por Mi
chel
P
êch
eux,
na
Fra nça, dos
anos
de 1
96
0,
cujo objet
ivo
er
a
romper com a conjuntura política epístemológica dos
es tudos da l i n
gu
a gem, e n t ã o v ig e n
t e
s -
o es
t
ru tura l ism
o
linguí
s
tic
o e o
gerativismo chomski
ano.
Segundo
Orla
nc
ti
(19
74
, p. 7).
A
Análise ào Discurso t. . ..J é D acor1;:,ecime:--'
to teórico
mais
i
mportante,
dep01s
cio estruturúi
smc,
r ~ : : .
França". Ferreira
12010,
p .
19 tambem afirma
que.
do
pont
o de
vista
político, a
Anáiise
do Discurso r.asc\ó.
a s s i r r ~ .
na pers p
ec t
iva de uma in t ervenção, de uma ação transformt.
dora, qu e visava com ba ter o excessivo form a
li
s
mo lingüístico
então vige
nt
e [
..
].
O
que a
AD fez
de mais
corrosivo fo:
abrir
urr.
campo de
qu
estões no
interior
da própria linguístic:i,
operanril
um sensível deslocam ento de terr eno
na
área. sobretuuo noe
co
nceito
s
de língua
, h i
stor i
cidade e suje
it
o [
..
]. AAD. sempre é
bom fr
is
ar
, soube dar
um caráter revo
lucionário
ao modo
come
abo r dou o papel da
lingu
agem; bem distante dú aspecto me
ramente formal e
catego
rizador a ela atribu1do por uma visão
es
truturali
st a.
N a AD fundada
por
Michel Pêcheux, o esmdo
da
lín-
~ gu
a ,
estrut ura
fec
hada
, concebida como
objeto científico.
a m p u t a d a do
social,
higjenizada
de qualquer relação
com
~ ~ ~ s i
concret as,
objeto de
estudo da linguísüca, cede
J g a r ao es t
ud
o
do
discurso, hiS<odcamente àetermi;,;-,;;;: ~ g
,,, b Assim, a
língua
passaria a ser
não
o objeto de
estudo, mas
~ ~ ; j : >
uma
forma
de ma te ri alização dos discurso::; e um
d.os aspec
- -
'
t
ºd ' - 'd d' .•\ :1
s cons1
er
aoos pa ra a sua
compreensao
\. os i:scuz·sos;
.n.
,3
AD
se de
bru
çaria,
pois,
nã
o
sobre
a
língua em
s1,
mas
sob
re
o
di s
cu rso. Como diz Indurski (2010, p. 39J língua, nesse
d
om í
nio de
sabe
r , vem,
desde
sempre emrelacada a exte
rioridade e é concebida como
uma
materialidade .a.:ravés cir.
qu al o ideológico se manifesta,.
Aanálise do discurso e sua interface com o matenahsmc nistónc
-
290-
Essas questões postas pela teoria do di scu rso não ob- ~
j e t i ~ a v a m ~ p e n a s inaugurar U... '11 novo campo de es t
ud
o,
l
.3
mas também um instrumen to de luta política. A p roposta
de ?êche ux (1988. p. 24 J era contribuir
para
o av an ço dos S
~
ôstudos na perspectiva do materialismo histórico,
do
efeito
das relações de c1asse sobre
o
que 'Jodt:
chamar
as 'pré-
- .
-::1cas ling-...úst1(;as
··.
~ s s a po
s
tura e
coerente com
a
m a n e i r ~
r e
; . · a 7 a . ~ ci < r - e-'°' . . . , , . _ , , . . : ; : n p . n ~ · ' . , ; , à.,, :Ila'(P....;ai ; Sill0 t'1:::t0TÍC0 f. ,
u
i.
.;:.J-.l l c<:;
i
v '-•
"-
-- .a. L 1
- · . . • -
o propno Marx•.
::.985. p. ~ l : J quem
a
5rma
que "os
filósofos
. ~ · ( _
L
apenas
inte
rpreta:ram
:;
rn.unao ae
moaos
cfü.e::.·ent,,es,
e
pre
-
cise
a g o r a ~
transformá
to' .
Se g
u
ndo Silva Sobrinho
(2007,
p. '.::'.:?.; .·'e necessário
to
mar .partiào den-::ro da _,inguística D e ; . . . ; : . - ~ · e, em S e f ~ ~ d ~ ,
wmar artido
d.eni;ro n ela
ontologia
mâ.naana·.
::'..
.
p01&,
a
partir desse iugar
teórico
que desen
v
olveremos nos
sas reflexõe
s, enfocando ca
t
egorias
ce m::-
ais da
1\.D -
di
s
curso,
iàeologia
e su1eitc,•
uma vez
que nessa pe:rspect:iva a
produção
de
s e n ~ i d o
não
se
dá
a
partir
de
arranjos
sintáti
cos, mas
se
constrói .socialmente
nu:::n
processo que envolve
a língua, o sujeitü
ê
a
história.
O estudo das citaà.as cate
gorias - língua, discurso . ideologia e
s u j i ~ i ~
- abriga
varias
teorias,
algu.."Ilas divergentes que µossibiiita::i entendimen
tos diversos. Isso ocorre tanto nas C.iversas áreas dos es
tudos àa linguagem. \filologia. linguística do texto . análise
do discurso;. como nas à.iversas tendê 'l<.:ia::: àent:.·
o-
de cada
uma
dessas áreas. Seg-...;.ndo Siha Sob:·rnho '2007,
p.
32), é
necessári0
~ o m a r particio
d.e
ntro ia Lngufat:ic:: .
oela
AD.
.
s
~ . ~
....
º
.-
.
·,---
n
•. : ~ c
_.,,....,.....,.
--() '
. : l . .
.. ~ n t o 1 o r n °
:.., t::ffi
e::;\...•:..:..::..
,
•.
;.:;_ ':
.....
\ ;< \ . . : .
-·'=
· ·'"'
· ~ r . . .
.
, y : ; , _
u
,
s ~ < -
: n a ~ a n a · .
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 4/12
1
Tomando partido
A partir do entendimento anterio:cmente esboçado
'·tomando
partido" pela
ontologia marxiana.. cons
id
eramof'
imprescindível. além
a.e .?êchec:x óaloga::- - ~ : > m r.ex;:;os Õ.·2
Lukács.
B a k h t i n / \ T o l o c h í n o ; ~ e Leontie:v. qus. embora nãc
I;ratem
especificamen
r.e
ÓP
análise
d
óscurs
o.
;:los
forn1::-
cerr contr ibuições teoricé..s no
:n.:.e
f;Studo j,·_.
categorias constitutivas
cio à.iscurso - .ing-,_·.2, ideohgia e
_jj1
S U J e j ~ o .
k . " , . , .
d
, J _ara Lu. acs. a categon::. runa.ante cto se:· soc1ai e e t r&-
'
ij P f f ~
_É por meio deste
que o
homem
.::;e
destaca da
n ~ - : : ; -
/
.. \ '.. J \li reza e mtervem sobre ela. modificando-s. para atender
suas
' ~ l r v l ~
; b ~ l \ Q J A
c l o j e t \ 1 1 e 1 . . ~
'f .'fl\ó.n
\
nkluin.W:i..
e o ~ a.ó
Ci.l
C.C'\cSW.:1\ -
ci.c1
c
,
~ ~ ~ ~
6 ~ ~ C k
necess10ades e. ao modifica-la. :arr_be:m se moàifica. Issc
se dá num processo ccntí:nuo e
ininterrupto em
que o se:·
social, diante de
limites
e oossú)ilidades presentes na
sua
realidade, busca resnostas Dara atende ' suas necessià.ades.
e
cada
resposta encontrada
desencadeia
0
surgimento
de
:-q
~
:iovas
perguntas
que -::arecem de nevas -espostas. o:)
Isso ocorre. segundo LuK.ácE 11981. o. :i.90l, oorm1e G
Q
~ ~ a b a l . h o
"cria c o m i n u a m ~ m :
'1.ov;a.ad2s
o o j e t i v _ a ~ -
e
s ~ . i b j ; -
~ ~ ~ l t
---,.-,,. oara nue "' -·cn
1
·onucao
D o s e - ~
- . e . ~ . - r ' i 1
v.
'· :::L.:: ç
... 1.
a 1 ,-
.
L.. • .,e - 'e. t C 1 . - ~ · J .l .:..-.:--e ~ J . .
::J . '
~ ~ s ~ á r i o
~ ~ m : : ~ .
x ~ , - ~ m n : ~ ~ ~ i ~ t : i ; } · ~ - ~ ~ ª : . ~ : ~ a_e"
o n s : ~ : . ª ~
~ l .
1c
consc,er.c.a e C ~ L U - - ~
.,OI' ':. .• J...J.Ca
~ l a ~ a . Q L . . . l . v J . C O ~ S do,...<:..
••
:;
--b i
ro humano: a f a ~ a : · . ; ?or r:.1eie
de
; : : r a b e ~ r b o ; : : . } ~ C
Ou::-tca
d(7-
..
. . ..
.
tB=":JOstas p:õ:.:a ater..ae; "''-'-2-f' n-?c-ess:d.aaes :: : ~ : : : : · socrn: -;,1a-
- ~ r J c o r i . s e q u é ~ . : : ~ c..s :r1'2'.
; ~ < = - ~ -coder·ã.
::;
:::. T_:-:_-.
i l l e s ~ r . . ~ · : 1 : ~ . .:
;;;.er1do capaz de p r e - - ; ~ - r
:".:Jat:..s
2 s ( ; . . 2 . ~ : : : ~ ; r . s e q _ : : i ~ . , . . . ~ c 1 Z : . s . ~ n d . s . '3-C·
. . .
.n ; ~ ~ r
i - ? . r:P ui'-:l'.:.:·
7 a.
}n/ ~ s s e r e snc1 u lr
~ : ; : . . . : f . 1 .........
...
.
.
._.:u
: i l t ··.;.r:
T 1 ~ 1 o s 1 : :
_ ·· : t ' ~ r . c
: : - l ~ C l . : : : ; - · ....:nc:-: 1 - ' 2 ~ ~ ..
i - 1 · 1 u a g e ~ 1 · · ~ ~ v e ~ · í . . 1 ~ ····;ds ··
- 292 -
ci.a de
trabafüo,
pois wm este surge a reiação
sujeito
-objeto
e o
distanciamento
suje ito-objeto. Esse distanciamento ,
confüma Luká:::s (p.
65l. "cria
imediatamente uma das ba
ses indispensáveis, f .. ) do ser Social dos bOElenS - a liri
~ u a g e m E::n:endemos aqui o
termo
i i : i g u a g e r ~ 1 ' · ,
d i f e : : - e n t ~
e.a rnrma de comunicação dos animai:;,
que .?
meramente
::.10lóg.tca.
i::J.stin:i·,c,s.
e
se presta
para
atender
as
suas
ne·
cessiclad.e:: :::i:rgáníca ::: alimentar-se, defender-
se
etc.
e .:;e ::.2.
d.12.1Ee
d(J que e manifesto. O ser soóal , ac cont:tádo
aos an1mais, ê
capaz
de referir-se a um objeto que
não
faz 01esem.e: é
capaz
de descrevê -lo. àe conceituá-lo. d.e co -
-
.
"
;:vinicá-h Foi essa
necessidade
de
falar
do objeto q-c.e nãc v
'
está
presente
que fez com que o se :- soci.&l desenvolvesse 0
órgã0 (
aparelh0
fonador para a realização da fala
•
~ s s i n - . 1 . .
afirma Lukács. ·'de pesmo :nodo gue com o trabalhe. :::am-
. . . . 1 l ] ' .
::iem CO'.T;
a
lmguagem se rea.c1zou
um s to .:w se;- n . a t z ; ; a ; . o
.-,.-
·1.·
p
.;er o c i a ~
•
µ." 1 -
z-n.l
o
nosso) .
rossegue o
a-c;,tor:
i--;c.
:heàiaa e : ~
o_ue
<
homem se
e:õforçB.
por
precisar
:ad2
. vez
mais o o ~ j e t o co::::no aigo concreto. os seus meics de ex;Yressão.
s.s suas
ci.esignações .são
tais que permitem muito hem :;. ~ a d a
2-in.a] fige.:ar eo co
ntext0
s completamente diferentbs. De modo
q u ~ l: reprodução
realizada através
do signo ver :Jai se sepa:·a
cio."
c b . 1 e ~ J : o
â.esign.ados por ela e, por c::mseguime. :.ambém
cio
sujeita
que a realiza, tornando-se expressão
conceptual '.ie
um
ip.
- - -Pº inteiro de fenornenos determinados. que p ú e t ~ n : i se".' atili
zaa.05 d.e modc 8.:i.álogo por .s1Jjeitos intei.rar:lente d.ifo:romes. em
C ' f ü t ' 1 ~ w s diferences (
p.
P,f: 1_
("
r , ~ a i ) é : i h c ,
esercve
En.geis
1.197fi.
p.
1
i l : .
'·c...-icll
s
pré-
:.>:-;:: 1 c . m r : : ~ 1
'
..
.
.?:-i
neir 3
e
t.raoa.lho, depoj
s
üeLe,
e
a J ::-_1es
i ~ o :'.=..1n·L:o 0 l 2 ~
2;e. a
li riguagem tais
são cs
d.o;s ê S t í m u l o ~
·:::,sse:ic1 ..:s s . : · ~
.e:
i:.1:luên cia. dos quai.:; o cér'3brc de ;__,:n1
n1acs.-
:c
:42 : r a n s f o s ~ a ]X1UCt' a poi.:co nu.m ( érebr0 h - i ~ 1 2 n o .
Aêrja
do Socorro
Agu
iaí
de
Oiiverrn Cava lcante
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 5/12
•1
Sobre
a
consciência ~ _cj
. - - - g
A consciência é um conhecimento das coisas
e de
s1;_.f g ; : ~
• • · (
fj - T , <: d
um
conhecimento
desse
conhecimento ,re lexao - Leontie,,
+
1 b di - , ~
2004, .P- 94), em seu estua.o
so
re as_ cor:,_- çoes ae
mento da consciência, nos fornece s1gnmcativa c
ont::-mu.1-
ção
quando afirma
que é a par tir do desenvolvim
ento
do
trabalho que
se
dá o processo
de hominizaçâo do
ce reGr::
humano,
dos
órgãos
dos
sentidos
, enfim,
de
wdos os
or
g
áos
da atiyidade humana_
Diz o referido
autor p. 92 :
A consciência só podia aparecer nas condições de
uma aç ã
o efe
tiva sobre a natureza, nas condições de uma atividade de t ra
b:::
lho
por
meio de instrumentos, a qual é ao mesmo t
emp
o a f? rma
prática do co nhecimento humano. Nestes te rmos, a consc1e
nc12.
é a forma do reflexo
que
conhece
ativamente
[ ..]. É o reflexo
da
realidade , refratada através do
prisma das
significayõe i: e doe
conceitos lingüísticos, elaborados socialmente [ .. _ E a forma
histórica concreta de seu psiquismo. Ela adquire particu.la:ridé,
des
diversas segundo
as condições da vida dos
hom
e
r>..s
e tran.:;
forma-se
na
seqüênc
ia
do
desenvolvimento
das
s
ua
s
rel
a
çõ
e
s.
É, pois, a consciência
que
fixa
as aquis
ições e os
tados alcançados a cada momen
to
pela
hu
manid
ade,
que
confronta ess;;-aq-;isições
com a
realidade
e
trans
form
a.:
adquirido
(
apropriado)
em base
para
a prod
uçã
o do
n ~ v o
Adquire forma
e e
xis tê
ncia nos s
ign
os c
ri a
dos
pe
los
mG.lVl -
duos no
processo de
tr a
b
alho em
q
ue
, agi
ndo
so
bre
a
natu
reza
, os
home
ns a transforn1.am e
se
tr a
ns formam
. ao
me&
@
~
mo
tempo
em
que
(inter
agem
com
e
s
obr
e o
ut
ros
homen2
B
nas
suas
relações
sociais.
Os
sig
nos sã
o.
pois,
o
alimento
Ó.3
~ , Q
d 1 - .
,..)
c1> • 5
consciência e só e
merge
m no processo e
re
açao emre .JS
t:..
,M
indivíduos. A
forma
conc
re
t a sob a
qual opera
a
c ~ m s c i ê n c ~
~
:
) "i da r e a l i ~ a d ~ c i r c u n _ d ~ ~ t e
é .ª
~ ~
consequencia
da at1via.ade p ro
du i,1
V
a.
dos :lornen::;. ~ ~
A análise do discurso e sua interface cem e materialismo h:smncc
- 294 -
E
ss
a
ativid
a
de
se d
es
e
ncade
ia em
dua s di r
eções:
na
ação
dos
homens sobre
a n a
tureza; ap
ro
pr i
a
nd
o-se de meios
de sat is
fazer
suas
aecessidades,
e
na necessi
dade de
se
co
municar com outros homens -
cons equênci a
da ati
v
idad
e
prod
u t iva.
Etll
arx <1975. p . 159/ temos
que
··a
linguagem
e
tão velha
como
. ;: c o n s c i ~ n c i a .
a linguagem é a w nsciência
~ e a l prátice.,
qt l
e
ex i
s
te
t am
bé
m pa
ra
outros homens, que
~
existe,
p 0 ~ 8 - : : ~ G .
e:_cáo, pc.tra
rr
im
ta m
b
ém".
Apo
iad
o.
ne
ssa
afirmação de
M:arx_
Le
on t
iev
p. 92) acrescenta
q
ue "a cons
cién
cia
é
m p a ~ á v e l da
li
nguag
em. Com o a consciência
hu -
. d ~
m
an
a, a lingua
ge
m
só
ap
ar
ece no processo de
tr aba
lho, ao
i:nes mo
_
emp
? e ~ e
..
como a
s c ~ ê n c l i ~ ~ H
= o
prndL:.tú d.a
co1et1vi.aaa
e.
o
proauw ªª
a t1v1dade
numa
-
s:::i s
na
·.
Ao fazer ess
a
af i
rm
açã o.
o
a
uto
r reitera a
pre
mi
ss
a
mar
xist a de que
-é a
existê
n
cia qu
e determina a consciência
",
ou
seja. como
urodmo da
atividade human a, àa co
le tiv
ida de, a
co
nsci
ê
nci
a
não se
desenvolve
de
forma
idên ti
ca
em
to
d
os
os
seres. Seu
ma10:r
ou menor
nível
de
desen
volvim
en
to
de
pen
de da re
alid
ade material. à.a
at
ivid
ade
produ t iva. da
s
rel a
çõ
es
socia
is
em que os sujeitos
se ins
e
re
m e
das
con
di
ções
sócio-
históricas fue engenàra
m
ess
as relaç
ões_
De
outra
maneu-a.
a percepção e a efetivação
das
rela
cões soci
ais
só
são
po
ss
íveis
atravé
s da lingu
ag e
m.
sem lin
g-..iagem
:::ião
ná consciência. En
tretanto. ;;orno já foi
dito an
ceriormeme
as
formas de
ma n
i.fostacâo
2a consci
ênci
a não
são idênticas; variam àe
acordo com
aR rela
cões s
oc ü
is a ue
o
:nàivid.Lo
es:;aneiecE- e
seu grau ae ciareza
é
proporcion
al
ao
grau
de orientacão social
em
que o
sujeite>
se
in
sere.
t . , ~ r r - r . ~ , , - . ' - a ' ~ 7 : : ; - . , . , ; 1 - - . ~ · · 1 9 3 1 "'i'".::;1 a · ~ t o m ~ f c , . -
'-'
.:
:_L.
""'"""-"'-
_ _ __. __ i à.
..
v t
•
J · ·- '-" , • 1 .L
•
. _
i..; - . _
; ; ~ .
::nais
: - i e ~
orga l:zaci.& s di.fer'::mciada
rnr
a ..:oletividaàe
::J.C
inte·:-ior
a.a qual
C
i:1dividuo se
01.-ienta.
mais
disti.."ltO
e
C(lmple2-;o ;,erá seu
:nundo
in terior
·'.
Ivlaria
r,v Socorro
Aguiar de
iv ra
Caval:z.nte
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 6/12
.
-·
"[
l
1
i
1
Diante d.o
exposto,
podemos concluir que a consciên
cia tem origem social; tem a linguagem como :material de
expressão
semiótica;
manifesta-se em ri.iveis.
Tomando
as
. . d ,, .,, " · i;. t ''i º '
categorias marxianas
,e·
em Si e para sr. u rnzaaas por
Duarce
(1993).
teremos. de
acordo com o nível de
manifes
tação a conscíência em
si
e a consciência para si.
c;on
sciência em
si
1
?
a
~ o n s c i ê n c i ~
v i - v i d . a ~
ma.s
:lã.o
f l e : K : i · v a . ~
i1a qual o u j e 1 ~ 0 te
1
_ t1ma v·aga e confusa pereepcàc
de
si ·cüesmo e do que se passa
à sua
volta. Apropria-se
da:.:
objetivaçõ
es
genéricas . sem manter uma relação conscien
i:e com elas
,
ou seja,
o
indi-v-1duo
se apropr:a ela
linguagem
e at;ravés
àela se objet
iva:
relaciona
-se com instrtimen.ws:.
aprende
a
utilizá
-los,
prociuz
novos objetos, sem te ·
cor:. 3-
siência plena de que a linguagem, os i n s t r u m e n ~ o s , os ob
_ietos
são produtos humanos
e
de que suas objetivações
~ n d i v i d u o ) também estarão a serviço da hu man idade e se
rão por ela
apropriadas
.
Consciência para s1 é a consciência ativa e reflexiva
ca
qual
o sujeito
tem
consciência de pertencer ao gênero ,
de c0m ele relacionar-se .
É
capaz de reconhecer a diferença
ent.;:-2
si e o gênero ,
de
direcionaT sua ação em função dos
valores genéricos que assume.
Ent
endimento ià.émico vamos en co
ntr
ar em Baklltir.t1
0 ~ ' - ; ~ 0 '
1
98
1
nr-:1
,; ;, . ,. . d •
.J.l ,;:,1.u.u " ;_
.
l, p .
üu
: ~ - o .
co
ns c1e
nc1a a
quire
:::orrt.a e
:: xi.stôncia nos signos c' '·iados oor um 7í UPO o • · o - o : i r ' , _ ~ ' ; : i r l n n•
\
_ o -
. _
:::::_ _
. ..1
. . . . . . . . . . .
...
4
cur;;:o de suas relações sociai.s. Os signos são o alimento da
consciência individual,
8.
m 2 ~ é r i a
de
seu
àesenvolvimento.'·
.AiT::da
e·m
consonância
con
a. a d . i s s o c i a b l i d a d e
li1:g-u.agerr
.
consciência defendida por
IJeontie\i.
va:nos e11contra.r na
1 ' ,. . . ,. .
.
- ,.. , ' . .
mesma JD:ra Gos
-ceor1\::
os
30\
1
Jet1cos 1,p.
l l ·5
q u e 1 - a s1ti1aça
G
~ o c i . 9
rr1ai
s
in1ediata e o m·?-iG socia}. i:.1ais E l i ~ ~ r t ' }
ria·..,,, C J J p P " - ~ m . : : . · ~ . , _ e P . ,.:i· '
_
...
d \,1
.1.
l_.;Va._ vl l t ... .
po
r
8 SSlffi
\..4.J.Ze'f,
é1
pê.T:l ?°
0 0
f ,êU
l l ~ : ;
a e s t r 1 1 ~ 1 1 r a da eru .1nciacão · .
anãii e do d iscurso e su3
interface
com o marena iis+.--:o h 1stÓrico
-
296-
Os ~ s t u d o s da linguagem desenvolvidos por Bakhtin/
Voioshinov, na então União Soviética, pós -revoh.lcão d.e
1917, objetivàvam, segu.ndo
Zandwais
(2009,
p.
100 ), "con
:rfo11ir pa ::a a constnlção de uma sociedade
mais
emancipa-
d i . : ~ ' ' e º ;j d "" .: , ,
ri
. . · 1 1
-'·ª·
...i .., , « · c 1 . ~
e
::i
;.gua1a
au e
s
soc
1a1s
e ancerçaaa em ,Jases
' ~ v · , - : : ~ . . r 1 5 ' · : : l ~ d . ~
A
1
.a.
nc· l \ T
' · " ·
.
. , , ~ ~ - - -•· ª '
e
'-' lc. . J. essa perspecn
va,
os
rerenctos
au
-
tores crió cam
Eà
o
somente as
orientações
do
pensamento
5 iosófi.sc-Eag-J..isticc do suojetivisrno
individuali
sta, do ob-
5
eüvism
o abstrato, mas t ambém as concepções mecanícis
t as do materialismo h is tórico. bem como a nova teoric:. -:ia
lin
guagem desenvolvicia por Nicolai Mar:r. Quanto a
essa
"nova doutrina" de Marr, escreve
Zandwais
(p. 101) que
''7e:m beneficiar o regime de governo stalinista, a fim de
soliciificar o prc:jeto
político de unificação e homogeneização
à.
o
povo russo-soviético". Assim,
os
também teóricos russos,
:s , ' "
1
h
aK h trn e Vo os ..
üD.O I
> propõem uma abordagem marxísté'.
' r.:·1 ,. '
1•
c.a
Ll:osona
da
nnguagem,
defendendo
a
possibilidade
de
estudar
a linguagem levando
-se em
conta a historicidade
os
sujeit
os e o sociaL É a partir
desses pressupostos
a u ~
em
marxismo
e füosófia da lin.guagem, B a k h t
ó l o s h ~ o v
'.1931, p.
32)
desenvolvem uma
teoria
do sign
o:
A
'
,.i 1 .(. ' ,.
,o 1a u.o aos ienomerros
na
tur ais do m a ~ e n t l · ·
. . , " ecno ogico e dos
~ r t i g o s
ae
c o n ~ u m o , existe
um
universo p
articul
ar,
o universo
aos signos.
[
..
1 todo produto natural t ~ c n o l o ' o-ic '
· . · , e · , , ~
o ou ae con.su-
mo pode tornar-se ml{no e q u i r i ~ assun· um t·d· ul
. .- • , , , ·
"'
n l o que , -
0
ra pass
e
suas
p1·opr:as
particularidades
.
Um
signo não existe
;penas
como parte de uma realidade; ele também reflete e re
u·ata uma
º.u;ra:
Ele
pode distorcer
essa realidade
,
se r
-
lhe
fiel,
ou
apreende- a
o.e
um ponto de -
ista
específi
co
t
ri:
.d · .
"'
, , , ., . .. , . , e e
.1:0
o srgno
L ' ;
S J . J ~ h o
aos cn t
enos
de avaliação ideológica (isto é: se é
v e r a ~ d ~ fals_o , correto, justificado, bom, etc ).
o
domínio do·
ldeologJ.co
:::ornc1de com
o domínio
dos
signos: são mutuamente
.
,
,p ·osno '
'·
1
1· • ·
, . ~
• , naeil\.es. f . 1 ond.e o s1g110 S"' < > n c o n t r en '
'
nr
-,,,
,,, -
0
m
... . '-'--'
_
_
,:..;
. . , . ~ , : , e , : : : :
e::._
-
D- :1: ; / ldeo1ogi
cc;.
Maiia o SV(orro
Agüiar
de Ol:veiia Cava1cante
-
} Q 7
-
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 7/12
Temos, pois,
que
o
signo não apena..§...i:
reflexQ
do rw
o
que
significa
dizer que não
a p e n a ~ reproduz a
realida
de dada de
antemão, mas gue
ILQartir de um processo ll<
identificacão ou
desidentifica_ç_uo com a realidad1· Lmnl>um
possível refratá-la, d i s t o r c ~ - l n . o
rPs1dt.n
na conHtru ·ao
·
de uma
nova realidade. O
qm
pmun 1
1ta
eSA« < H ~ O d
refração
é a
luta
de ciassos.
1 . . , , o n ~ c q u
ntcm •ntl ufn num
Bakhtin/Voloshinov
11
) 8 1 . p
461
qu " ·rn
todo
s1gno 1d o·
lógico confrontam-AC
tndicc d v.dor
conlrad1t.onwi._O
s i ~
no
se torna a arC'na ondP
81,.1
dl'H•·nvolvt n luta de classes"
Assim
sendo, a coni=1t.ruç.1u
d o ~ t10111.1clo8 n:
o
se
do
ele
forma
neutra
e isoladn do t • o 1 1 t 1 ~ x t o
soc1ul, mus
conl'ormc Leontiev
(2004,
p. 105), "o B<'ntido
1
••
J
tr d u ~ proc1AamPnte a n : i l ~ ç ~
do sujeito
com
Ob fpno1111 1111 oh 1<
L1
vos con::;cicmtizudos". As
sim,
um sentido nt
nhutdo um signo n1w Ht:> RUHtentn
na
difer
enças
que 0At.1tli11l1•cu corn ~ r o 1 3
H1gnob, p o í ~ Heu valor
é,
antes
do tudo,
uma
c11n1
1
nu;. o 1d<'olug11,; l
1 .k
muda de
valor
de ucordo com n
pu11
1
c,;1'10 dllll"'
l
H
qu o l
1
mpreg-nm.•
Essa ancoragem
t
1
ú1·icn
pCJH Hhilit.n, cünw 1 diSHt mm:
em Cavalcanle (2007,
p
1l,11Ra11m1r
tima
ccinc >'' o
dl hn
gua
como atividade
espc<.:i fü:rnnon LO h urnnrw, <01\ 1· ti
•
1
tórica [ ..
).Uma
concepçao
que
a •ntead1> 11 o
tidade
abstrata e
imut
avel,
mas como oµui..'a
>m 1
mcompl
que
acolhe
todas
as
manifestações
da vid:.i
hunwnu •
q 1
no
interior
das relaçõ
es
sociais, atua para Lrunt->í'orm.1-h
Sendo
a linguagerr:. uma
das
oojetivucoes gc11eni;a
que
constitui
a base do
desenvolvimento humano. ter.t
1
remos,
de
agora em diante,
tece:·
c o n s i d e r a ~ . O ( • s
a
· < ~ r t . ; a
Ll
relações
que
os indivíduos
estaoeiecem
com
e:-.;sa
oh./'JtH' -
-
d D . 1º9Q ,... - 38 " . . '
....
çao.
;::)egu.n O uarte
t ..,
w,_j;>. __ _,/-;.. , . :l
l t1VlUUUt: vl1,.l
humana,
sendo o
riginariamente coletiva.
~ x i ~ e .
purta 1t0..
'
Essa
co
ncepção de valor contrapõe-se
a
oe
Sv.us;;urn, purn •1uem
11
nu..
JL
signo sustenta-se nas diferenças que os sii:mm; csi:.ibclecem <'l l tre ll
A analise
do
discurso e sua interface com o rni
1ler1
,111s.mu mstcntco
- 298 -
a
atividade cornumcat1va.
A at1vidaae
de
comunicacão foi
> •
ao longo
da história pnmitiva se objet1·:ando em processos
que geraram a linguagem[ .. (. Sem aprdpnar-se da lingua
gem. doi, objews ê do::: usos e c o s t u m e ~ tlmguém pode exis
tu· enquanto ser .::rJ.manc
/'_ lmguag
err
. ~ o m a consciência . ?.. pois. um fato so
-::iaL umc. vez -iUE
r-esd-.;2
âc p:rocess0 ::.::: 2.p;:-o:;r.iacão-obje
i.JVacãc· àos p:·oau.toE
h u ~ n o s hiswricamentE:
acumulados.
Co
morm-:=
drnsemos
an7.e:-1ormente, ser.J.
:..:o lsciência
não
ha
p e r ~ e p ç ã o da g e n ~ n a . . a a . : ; e sem linguagem ~ ã . 0
há conscien
c ~ a . É através
da
lingua
gem
que os i n à i v ~ d u o s
se apropriam
-:la realidadE: e d& própria linguagem. G.é conceiws que lhe
permitem entender 8 fenômenos e
ag1:-
.::10
: - ~ : . : : m d o .
Essa
+orma de
ob,iet
1vaç::l
o
,..,e
matenaliza vi:·
d.isclll""'"
J1scurso
ideologia esujeito
Opta
ndo
por : : - i . ~ n a ; : ·
'.l
ma perspectiva de análise do
dis
c
urso que
se
f o . n d a m e n - ~ a
na
nerspectrva do materiallsmo
hist0nco-dialético.
nessa perspect1v2 que -:::·abalharemo1:-
as categorias funà
a:ites
da AD A par,;1r ae.ssa
ancoragem
teórica. todo àiscm:·sc, e '.lm f a z e ~ h1stonco r.a :ned.iàa er::i
gm·
é o
resultaa.o
cia elaboração
de
um suieito ~ - : . i s t o r i c u ::.< -
bre l rt•nlídade, nàc
e
pensado -::8mc
.. r:-1
b l o c ~ arriforme.
mllA
como
um esoaco marcado peia
heterogenern.ade
de
"'di
'l'l'8aS vozei:;"', ~ n d a : : ; cie t r o ~
discurso;
-
:
:iiscu:·so de
' ,
j ,
.
• . 1.()
1H O\li.ru
mterlocut:r
1 D o s t ~
em cena Dei-_
f:l:.1-:.nciaaor.
ou
g
J
diSCUl'Rll do
cnunc1&.dor C010CanciO
··
:O·e ':;E1 ~ e : 1 8 . -:orno um e
t
N
' . .. . . . :.(5
1u t'o
CAH•'
:ownc:wo.
·
,.;•,q
e1to
\::·az
er:1
s:
s o c . : . . t ~ .
u:-:
\'Oze1;
que
nl
1
. "
1
e
•e
erum. um muna.e ou::: -a .::c1 ~ = - r : ~ c u . i a d c . ~ o m p r e e n -ç; -?}
lido 11 . lllr"O te. 1 c.iscurso
S
?O ,. e::::: :d:11DG
ae
m•->-
@
d1 1nd 1 1<
1
art1cuJam novos senw:0s .i( ia
conhecid<1
&i,..,
IH , 1 novo 'l 1u µoüc ser enunciado
ke nàc
seja a partir
ou rcss11.(uifi cacão d.o
.ia s
xisiente que impli-
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 8/12
t t
1111v11
n l111;rn•:-; do
S
U.J t::l tv diant e
de
àiscursos omros. E,
f\1 •11
1:1·10i;üo do novo. necessário se
faz que
as mudanças
cheguem
até a consciência para conservá-
las
e
promover
a
reprodução através da generalização social. É
nesse
procet:
so que a linguagem
cumpre
uma de suas fo.ncões: fixar na
consciência as aquisições. conservando-as e
superando-a
:;,
a partir do desenvolvimento de no<7as pergun:as e
respostas.
Segundo Pêcheux
12002.
o. 45 i. ·'o à.iscurso e aconteci
ment.o que
articula
uma atualidade a ums. rede
de
memória
[ ..]. Todo
discurso
é mdice
de agitação
;1as
filiações
sócio
-históricas
de identificação.
na
•nedida em
que ele
constitu:
ao mesmo
tempo
um efeito dessas filiações e
um trabalh
o
• ma
u.
:
ou
menos
consci
en
te . deliberado. construido
ou
nã
o.
mas.
de todo modo. atrr-<vessad o
pelas determinaçõe
s in
conscientesr·.
Magalhães 75
1
tamh1•n1 'Xplic
ir-
a s1.:a posição,
concebendo
o
iôCUfBO
como
praxis
lmmana
que
SÓ
pode
ser compreendida a pnrtir do enLt1ntl rnento das contradi
ções sociais que
possibilitam
sua
objt•t.ivução, pois todo dis
curso tem
a
ver com
o
tipo
d t ~
r e h ~ · 1 1 0 do sujeito no processo
de produção da vida d<' umn socieduclc
Sendo
produzido Aociu
lm entP, num dete
rm
ina do mo
mento histórico, para rcspondc.•r 'A nuc(
1
Hsidades postas nas
re lações entre os sujeitos pul'I_
:l
produyt l.o e reprodução de
sua
existência, o discurso c a r r ~ a o
históri
co e o ideológico
dessas
relacões
e, como diz Bakhtin t
1992,
p. 28), é
con
s
ti t
uíd
o,
na sua
tessitura,
por
milhares
de
fios ideológicos .
Logo,
par
a entendê-lo faz-se necessário conhecer
as
deter
minações ontológicas que permitiram o seu surgimento, ou
seja, as condicões de uroducão do discurse que compreen
dem ,
fundamentalmente. os
sn.JeitGs falantes em constm 1
te
re
l
acao
c
om
a cuitu.:-a . corr. a socieà1 de 2
Mn:.
a tJ 1:
mn d•
te
r:minado ; . n o m e i c c . . Ne
ssa
i n t e r
a c ~ . c .
A
êH1li liSP
oo dic;r.urso f sua
r
?r
íace
com• ( ~ n n 1 •
r n c h1:;tcncv
- 300 -
os suJeiws assum em posições, tomam
partido
e essas to
madas
de
posição sempre
se
àão em relação à lur,a de clas
ses. Em Lrlkacs
r
1981, apud Vaísman, 1981, p. 411; Lukacs,
1989. p. 4:i.-4í2 1 temos que, todos os momentos da vida
socio-humana. quando não tem um
caráter
biológico tot ai
rnen'
te
nec
essári
o, (respr:ar l. são resultados c
au
sais de po
siçôef
teleológicas e
:1ãG
simples
elos das
cadeias c
a:.1sa.is
.. .
-::od.
o
<:c
to
s o c ~ a l
s1.:rge,
portanto
,
de
uma
decisã
0
a}terna;;ivas
acerca de posições teieológícas fu turas'·
Ainda parafr aseand
o Lukács
t
1978
),
a produção e a
. . ., º ·eriarie 6
1' r,
: : p r : x u ç : ã Qá ex1stenc1a. aos :iomens em
s
vl ....
processo que se dá a
partrr
de posições teleológicas.
que
são uma especificjd.ade do ser social, ou seja, só o ser soci
a.1
é capaz d.e preestabelecer uma finalidade para seus atoE
e
prever- alg'- mas consequências deles resultantes. Essas
posições t eleológicas recebem.
segundo
Lukács í1978). a
d.
enominacã
o de
r i m á r
- aquelas em aue e homerr:.
) -
... A
tr
ansforma
a
natureza
para responder às
necessidade de
sobrevivência (come r, prote ge r-
se
etc. ), e secund ár ias - as
que atuam sobre outras consciências. visando orientar
as
ações dos homens entre si, induzindo-os a
as
su mirem posi
ções (de mando, de subordinação, de cooperação, de
adesão,
de
resistência),
frente a uma situação posta por uma forma
ção social. Consequentemente,. é
nas
posições
tele
ológicas
...secundárias que surge a ideologia, como expressão de ·
uma
tom
ada
de posicão.
A ideologia
é definida
por Vaisman (1989, p. 18),
en
quanto
veículo
de conscientização
e
pr é
via
-
ideação
da
prá
tica social dos home
ns
. É, acima de tudo, afirma Lukács
(1978, p. 446), aquela
forma
de elaboração ideal da
re a
lidade que serve
para
tornar a
práxis
social d
os
homens
•
J.
• ' r 1
rn
'
e -
~ a . -
' r ' · ~ P . , -
C D
l ) D e . : t p v , ; ;
'
l e""' ::,, a o-enese Q l · t :
i..:..:.:.
J.
u.
C.
_
... ...
...... .... ...
.... ... --.. . -A
•
••
• -
. . l l
. . . \ w o
::H
:.1a ativi
dad
e socia l d.os
h om ens e
nasce
exat
amente
af'.
.
..
- . , . . .
Ci : T - , •
e:
:
_. ;:-oi
s.
u:na r .;.nçao capaz de a.inm1:- COD...1.:..- ,,o:.. so._
,,aL
.
v1a
ria do S
oc
or
r() .•gui<.
r de
Cliveira v ~ l c a n t e
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 9/12
regular a práxis coletiva, de oferecer ao indivíduo 11.ma com
pr eens ão do mundo em que vive, tornando-o a'cei
tá
vel e na
tu ral. Surge do aqui e agora da realidade social que coloca
probl
emas
que precisam ser resolvidos. Como já
foi
diw em
Cavalcante (2007, p. 51
),
a nrática social imo
lica
o desen
volvimento
de
um
conjunt
o
de
ideias, v a l o r e s ~
c r e n ~ a s , etc.
acerca
do
mundo
e
da
vida.
Esse conjunto
de
à . e i a ~
e
va.
1
,:,.
res
possibilita
a configuração de uma lógica q Je
direG1one
os atos
hum
anos, que
solucione
ou mini
mi z
e os (:Onf
ii
i:.os
gerados
nas
relaç
oes dos homens com outros
homens-
.
Entendido co
mo
prá..xis humana, o
discurs
o é um rn.odc
de se ôr
formas
específicas de ideologia, como,
por
exem
plo, a política, a religião , o direito, a educação. Não nasce
da vontade repentina de
um
sujeito, mas de u.m trabaihc
sobre outros discursos com os quais
o
sujeiw se idenàifica
- repet
in
do,
reafirmando
- ou desidentificanà.o - negando.
ress
ignificando.
Esse entendimento nos
remete
a 3akhtirl
(1981,
p.
28),
que
faz do dialogismo
o
fundamemo
à.e to do
processo discursivo
.
Afirma que
todo à
isc
urso
é
de
~ e r t a
maneira parte integra
nte de u
ma discussão ideológica
e : r ~
grande
escala:
ele responde
a alguma coisa.
refu-;;E.,
c:.;n
firma , procura apoio", ou
seja
, todo discurso dfa.1o
e:2
~ 8 E .
.discursos que o precederam, incorpora elementos produ:::1-
dos em outros discursos, em outras épocas, aue constituem
uma memória discursiva. Ne sse sentido, o discill'so nãc _
uma
construção
independente
das
relações sociais ,
mas. 2.(..
con
tr
ário , o fazer
discursivo é ::ma prax.is humana a .le
sé
pode
ser
compre
endi
da a partir
do
enter.dimento
i a ~ :.:o:::
tradições sociais
que possfoüitaram
st:.a objet1
-.rac2.o
A
nosso
ver, o dialogismo vem estabelece:· :.:ma. ::'."2Dt<.::-:±
tanto COm a visão de SUJ.eiw for>e Ínfe ' CJ P ·
••g;c.' -õ n "
i.J
.. .1.
...
..1
..... ..:.
- - ':"'..._.:..\,,_;
.:i1
cial, como com a
visão
de
SUJ.eito
assuie1.ta""o
:o:u'bm·
~ c . . . , , . , ... ,
• ... . \ L .
. - '--
,_.
~ l . L
. . - .
:....
ambiente sócio-his tórico. É a pa:rtfr dessa perc.uectin
s:i-::
defendemos
um
e i t o
C o n s t 1 t m 1 a u ~ nac ~ r c . ~ - ~ . , . a' ·
... ... u : ~ · . . L t , . . . . . . _ ' - ~ :w
\,.;.\.
... ::
... \....1.. ,;.-
A anáiise
Go
discursoe sua interrace com o matena
li
smo nistoni:.o
- 302 -
eretas
por elas concnc10nado, mas também capaz
àe
fazer
escolhas, n ão
qualquer
ama,
mas dentr
o
das
possibilidades
permitidas
pela
oǕjet:h,id.ade;
capaz de intervir
aa realidade
e essa rnte 'vencâc,
sera tão mais aàequada
e eficaz quanw
maior for o conhecimemo que
<.;ssa s•ibjetivid.aàe
tive:- da
objetividade posta.
Essas
ê . l : - x : 1 . s . , ~ õ e ~ enco11trarn
:·
-:8.:::aldc ~ a : n o e r r 1 e : : - ~
-
·1
,
·a e
- e 0 0 · ~
;.,, · ~ ~ -
. ~ i u . ~ a c s , p a ~ a qaerr.: o nomen1 e urr1 :; .... ::
·-:
;,.... . • G.b -
a.t-
...... r:..J.a--=-
. - -· - - - · -
··
;.,..; . • . . . , ~
- T ~ · · ~
· ......
Q E ' ~
"
c..spoc-,,,=
.a:::::
pO;::,t,a._,::, pE;.t.c...
;.
ecd. u.&QS
OuJ6t1.1 . a Ll. .. :. = .......
.
_ ._e.. --
.
..... ... .........
2. necessidades determinadas.
P..
firma ...:.inda
'.:".u2 '·e
homerr.:.
wrna-se um
~ e r que
dá
respostas.
precisameme na medi
da em que -
a i e l a m e m e
ao
desem
1olvin1en.to sociai e e:::
proporção
crescente
-
ele generaliza,
t'ransfo::"Illa:ldü
em
per
~ , n · ~ ~ -e,,-
- 1 . · · o p - ~ o - ,.. , _ . ª ~ ~ n e ~ r n c º
..,
. "'" '"OS"i·o i · 1 1 a · ~ 1 d e c fie
:;i.. ..J.
vai::-;:,...._,::,.:-: l;.
t.,..c;...o.v\...-..1.
.
.:..vvi-; \ ... u ';:.
........
- .1 . .
. . . . . .
._
.......
s a t . i s f a z ê l o s f u ~
a,dquando
.
em sua
r e s ~ o s t
<. O
~ _ : ; e c d . i m c e
n t o
t q ' ~ ~
j.
a provoca, _1n a e en.nquece a prop:nc.. ativ10.a e m c:.1.,,.
nediaç:ões. freqüe ntemen.te
bem
articuiaàas·· l97E-,
p._5
' · . ~
~
~ e a g i n d n
o
c.i:e:.·nativas cobcadas pe-:.:.. · :...aha.ad.e
:::r·-
jetiva,
o
sujeito
e
faz
aceitando
-
as.
detas
disccrdando.
mo
-
difi.canclo-as, rer,en.dc certos
elementcs
n e ~ & . : o e : ~ i s - c e n . t e s . ~
r a n s f o r m a n à . o - s . s em
:iovas
pergu.ntas pa:-:::.
ss
quais
· : : : ~ ~ ~
procurar :respostas. essa atindaàE qu2 :3.i or iem,a.r :.::. ~ ~
açao
ao suJ
e1t0, sem .n.o 'ntan ..,c . a.::::ic.;..::hu . :-·· .•b senu '"'.:..." \
1 . . - - ·- - •. -
. ·
""0 ·
· · ;y ~ ~
se::- aue
re
snoncie ao set:
ambten::e .:
1az a.al1Ci.o a.3 resposts.f
- · ~
- - . . .. . , .
nossíveis
::iaau.ei.e mor:1ento. em ra'.'.'.ãu
·.1v
::. l1m1tes e poss1D1-
Q.I
: . . .. . • b' .
..
.
:1daa.es
aue
J. "?ea1idaae o ~ e t 1 v a ~ ~ e ; er8cs_
~ s s a s
res?OS-
tas
podem, ::ic
1 e i l W
subseou.entt :": t:-a.nsformar er::
nevas pergu.ntas. ass1m sucessi·,,..arr1i:mt2 . de t.al mod.o
que
.
-
,.
:.2n:o
r;
~ o n j t
" . I l l . D -:e
g u : ~ t a s
C : " ' . . 1 a r 1 t . ~ . ' -
' ? ' · ~ s p o s 0 a S
VaG
: - O ~ " -
- - a ~ a ~
( - r - o . - . ~
.....
. a ~ ' ~ - - . : - c .
\C °
, . - , ~ ; - ; f J · - ni,,- ._ --i.:.::. ~ . C , d . ~ a c ü e . : : . ~ , . : .
-
.1.
1._ V
5.J.
,:::.--.:::.. ._ . i . \ : ; ;.:.. . . -" ' - '
\jO
\• . - . _ . ., _. , .. , -.. .. . '-
. _ ... _,
" 'i ...- -
: ; ~ r : : : : . 1
. .>rarn
·= : : o : ; . : p : _ e : ~ : Í i c a r r 1
? a1:i,11aacE=-
JG
i:1omerr;..
:'.or:10 , ~ n r i q u e c e : - : 1
·::
~ r a n s r O r r n a m
-5\1
.,t ~ ~ { 1 s 0 ê n c 1 ~
,._ . . .
... cocp:re-2r .. Co
que e s : a ~ 1 ' " " . ~ -
J . 1 s c u t 1 ~ c . 0
- -.: r __ -
-..... .........- .......... . .. ....... .,..:
•
.
" 't 'I. ··= l lc::rno Y . . i . : - - ~ . , . . . . . ; ; ~ ~ · -
:'c:::.:.v-::_
::,.,,;;:ne
•• . e ... .::.. : - · e ~ , , , µ e c ~ l v a a ~ ,
_?J.si.
- - - - ·--"'vV--··
. 30.:.
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 10/12
1
i
1
i
-dialético, nunca
pela
concepção
est:mturalísta
ou
idealista.
Nesse
sentido, Magalhães considera que
(2009, p 7) o es
copo teórico
marxian
o dá um
passo
decisivo
p r estabele
cer
o
pa p
el da
subjetividade
na
construção
do
ir-sendo
de
ser
social, ou
seja.
é a subjefridade
que
instaura a possi
bilidade de
um
mu n
do ht.:ma:noisociaL mas
:r;.ão
uma s:ú:>.w-
tivià.ade autónoma que se iillpõe
iàeaimeme
à realiàace·
Assim. não se tem o
ente:idimento
de um sujeito capa:
de cnar o
que
quiser, mas u
11
sujeito que no
seu
move:
-se no mundo, em razão àos hmir,es e possibilidadet== que
objetividade
lhe
impõe
. faz
escolhas
e
imprime
a
marca
de
sua su bj
etividade.
Na verdade.
te m
-
se
uma _ubietívidaàe
_objetivada,
i s ~ o
é,
um s ~ ; e i t o
que possu:
his-cória. por isso.
limites
na construção
1d.ea1
e efetiva de suas
re
a lizações.
E a partir
desse
entendimemo que analisamos J.ma
matéria
publicada
no Jorn.aZ
de maio de 2011, na cidade
de Maceió · AL.
HA
escoia
é
pública,
m
as
o
ensino
éde
qualid
ade:
Zsse enu nciado abre a
matéria
do jornal que
fala de
urna escola
pública
do interíor do estado de
Alagoas
, consi
derada modelo peio ensino ofertado à população: A. escola
pública de Junqueiro se d.estaca no ensino . 30
alunos
anro-
rndos no vestibular da U l i . A . . i . . , ~ l5 aprovados
na
t..TNCIS-AL
:: 5 8. Ç'rovados
na
SET....T .'·ff. aprovaç5c
em massa
m o s t r ~
·T.le '' ensino público pode ser sim. de qualidade. A instJ
miçàc·
é
vencedora
do
é m i o
G-ESTAO
DE
QUALIDADE.
a n a f i s ~ o .J sc: rso e sua mterrace com o
m ? t ~ r t a i i s : n o
h stcrico
de
qualidade
não é uma característica da escola pú.bli.ca.
Por essa
razão,
a re
ferida escola constitui-se
uma exceção -·
embora pública, esar de pública, o
ensino
é de quali
da d
e.
O
ra
. mas por que e sujeito/enunciante escolheu
esse
arran
~ . 0 sintático e não ~ r o
que
poderia se:: - a escola é pública
e
:- e : ; s ~ n c e de qu alidade? Por que hoje causa admiração
L::;r..a
escola
pública
oferecer
ensino
de
qualidade? A
partir
C: ?
que iugar histórico-ideológico esse sujeito em.i...ricia?
?ara responder
a
essas questões
é necessário, primei
rJ
identificar
as conà.içõ
es
sócio-históricas
que
possibili-·
ªm o surgimento
desse
d
iscurso
- as
políticas
neolib
erai
s
d.e privatização que implicam
a demonizaçào d.o público,
:.udo que e público é ineficiente e rep
re s
enta um peso para.
o Estado que deve
cada
vez mais eximir-se à.a
responsabili
dade àe oferecer educação de quaiidaàe para
o d e s
Depois.
é importante indagar também o que o enunciante enten-
de por
nsino
l
QuahdadQ.
u n d o
stlva
l
p.
i ~ ~ ,
qualidade
é um
desses
termos que
por
sua carga semânti
ca,
por
sua capacidade de mobilizar inversões afetivas, por
saa
irrecusável
desejabilidade, ocupa lugar centrai no léxi
neoliberai, especia lme
nte
no capítulo dedicado à ed uca
r;ão . Para Bakhtin/Volishinov (1
98
1, p. 46 ),
em
todo signo
ideologico confrontam-se índices de
va
lor contraditórios . O
si.gnose
torna
a
arena
o
nde se dese
nvol
ve
a luta
de classe
.
Ora,
existem
forma.s
antagônicas
de
se
entender
um en
sino de qualidade
ou uma educação de
qualidade
- na
perspectiva ào
governo,
íleia
-
se
do
mercado)
e
na
perspec
tiva da grande maioria de brasiieiros, excluídos do acesso à
educação formal.
Uma educação de qualiàade, na perspectiva de Saviani
.199lb. p. 6li, deve
estar
comprometiàa em ;;:roduzir 110
·::idiY{(hi.Os smgulares a :.-n,_manidade que é pr3duzicla hís
:;ôrica e coietivamente peio conj
unto
dos homens ,
ut.1
seja,
dev.<.: possibilitar a todos o acesso aos bens cientfficos e e : t . ~ l
\ ~ a n a
do
Socorro
Aguiar
de
Jliveirê
Cava cante
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 11/12
,,
/
1
ttt· : " ~ . ? : . . r.
·
turais,
historicamente
produzidos pela
humanid
ad e .
p o s ~
sibilitando o desenvolvimento inte
gr a
l
do
indivíduo, pa:;,·c.
além
dos l
imites
impostos pela divisão
socia
l
d.o
trababc.
,
Na perspectiva ào discurso neoliberal. a educação de
l
9;ialidade é vista a par tir de uma ótica econômica, pragma- j ~
tica, ge r encia l e
administrar. iva
e
e5tá
vinculada a c o n c e i t . ~ ~ l
como produ
tividade, otimização
de
recursos
e redução à - : : - ~ ~ ~
custos.
Esse
discurso
está
materializado
no
Plano
N
c i o n a ~
de Educação em
vigência
a pa rtir de 1998, quan
do estabe-
lece que
"há
que se pensar em racionalização de gastos e
diversificação do sistema [ .. ]. O setor público poderá, sem
gastos adicionais,
atender
a
um nú
mero bem maior
de
es
tudantes". É esse
o
critério, a
partir
do qual é
avaliada a
escola
pública
em
questã o.
"A
escola pública
à.e
Junqueir0
se destaca no en sino.
3 alunos
aprovados no
ve
stibula:- da
UFAL; 15
aprovados
na lJNCISAL; 25 aprovados
na
S E " í _ ~ -
NE. A
aprovação
em massa mostra que o ensino
públicc
pode
ser sim, de qualidade". Está claro,
no
enunciado que
o que caracteriza um "ensino de qualidade é o índice
à.E:
aprovação no ves
tibu
lar.
Essa
posição se afilia
à
defesa d2
adequação
da
educação às exigências do e r ~ a < i o " '
Segundo Pêcheu..x,
(19
88,
p .
160), "as
palav:-a.s.
expr•.=s
sões proposições,
etc.
mu
dam
de sentido
seg-undo a.:, ; : ; o s ~
cões su stenta
das
por
aa
ueles que e m p r e g a r r ~ . o q_c:.e .:r:.:s:.-
-
dizer que elas
adquirem
seu sentido em reforênc1:l :1
·2ss.'.ls
'posiçoes", que são posições de classe.
· A
partir daí, podemos afirmar que 1:i.
maceria.lidacis G.-::
cursiva
do
iornal
incorpora
os
proce
ss
os discc:.r
sivos
c;u.
e
o : r 1
figuram
os
discur
sos
àa
reestruturaçào proca:;.;;:·,:;_:i.
.
. : : r . ,,2::-.
inú:io l1as últimas décadas
do seculo XX.
ou
se.ia.
J
se:::ii .
de qualidade como
valor ativo
da
educação é
ress:gr..::.5.::a.:
pelo
neoliberalism
o, sendo:-lhe atribuíaa uma :iov'.3..
c0nrigL
ração na perspectiva da ideologia co mercacb. Assi.o.. :;u.(L.
que
u ma escola de qualidade pode oferece:- z.cs que :ie-:s.. . ·
A anãllsedo discurso e s1.1a :nterface
r.om
e matena11smc rnstcnce:
- 306.
g:-essam é
"t
:-ei:ia -lcis" para passar
no
v-::stibular e os meios
de comunicação 1e
massa.
a se:-viço do ~ a p i t a L ~ u m p r e m a
função à s inc J.ti:: essa visão de educaç8.ü de qualidade co
:no
C:nica. <.:orreta. ~ n c l i s c u t í v e l e almejada Dor todos .
'... . r · - ao. ...
Veja.mos
e que
m: _v
esz2.ros
• ..1. ........
p.
_,_ J 2. esse ::e::
-
pe
ir.o:
'·D
evs
-se er_faüza::-
que
o pocler ~ : . : . :
ciass2 :ion:üna:ite
e
ind.u.bir.a-
J err:ie:1r,.s
e11orme. r1ão
só
peio esmagador poder
~ . - . - ç , . . . . . . ; r " ' , . . . .
-
e-
-m
.-..
-
..........
r ...l """'ol='1-if'111
..
- r - ~ ; . .
.....
:' 'QSl
,..a-o
dn.::
, ; : _ _ . : , . ~ : _ , . _
_ _:...:: .:.::
l.
:.....-. .. .::;,:.._
,:><:::;_ ..
a..;.
_ .i
. . . l . V - _ . \ . . : . . . ~ , _ . _ . _ : . a .
ú
. . : . ~ : '
•
)
·
G..._
:::asses de:mi:nc.:r\.es
rr:
9.::- s i r r ~ . porq bSE: poder ideológico
só
Dode
prevalecer s:racas à
nosicào d . ~ sunreE1a
mistifica -
... - ·- . .
.
.
çâo .
at.ra-Jés
da : : . ~ L ' . a . ~ c.s p " ' e ~ e p w r e s p o t « : : : i c i a i ~
podem
ser
in
duzidos a enàossa::-.
consens
ua
lmer:te
·. \
alores
e
d.ir-e:;
:-izes
práticas que são. r;a :·ealidade . toralm1:=:-rn,ç .adve:·sos a s e u ~
interesses ·'Íts.1s.
Sobre
0 p1·ocessc às :11ist.ificacão C.,; d ~ s c t - ; . :
ent.en
uE-··
mos ser necessa:rio :recorrer a Voese t
J..998. :;. 127
;,
que
o
defi
ne
z:omo " ' · . : ~ n 2 . acão
aüe leva
o
d i ~ ~
a . s s t . 1 i ~ e
~ s t a i ~ . ~ ; , . ~ ·
à.e
algc posw
e
i:c.ci.is c
u:;Ivel.
Essa
man
o:·ra
coasisi:e.
ora
err:
aDrese lta
:r
a
ve
rsão
de
um fenôrrienc. :ie w::: a - ; ; . ~ , a;:.ag-anC.o
- '
e ~ a m i . l i l - 1 0 percorTido. dificultando 2 e o m u r ~ e r i s ã o de
S'.J.8.
1 0 o 2 . i C ~ ,
.....
ra
const1"-i:'lQC ..ietermi :lados ~ a n e e 1 t 0 ; : ; . m a s c a : - a
d.0 seu
proce:5su
8 a b o r a o ~ ~ : r . o e d ~ - ~ c i o e s s ~ m . umê..
à.es-
co r.1.i5 'C:rt1çào
c r í t i c a ~ ~
._):-G., (iUe::i sãv ··p:·eceptm·es pcr.ênc .a1s e auem
se
r ' . c .
. . : . ~ '
r . ' ~ ';:.se · 1 · . , , r > u . r ~ '
•
~ ~ m a -::-r'ancie
" . ú ~ l ' ~ e l a
d.a socieàade
_
_ _uw
.
--..
. . .;i..._. • ... . . - - -
brat:iiiei:r-s. ( :icm:n11.·-
6.=
e.:: não ape:'l::.:::
.-
::;las.s.;:· ::·abalhado -
· · · - · · ·:' ·· -
,,..,
- '
. .
~ e m n ·'
t.0
co no
pro. er,0
.::.2- < GJ.. para
~ e u s
J
:- S:.:...:..r:::... :
o: I,
v i ... 1 v
:
: ~ ~ : : : Ji:'l1_i S : : ~ :i:,·si
3C
l ~ ~
f.·
·· . : : : : is que nàe
.
::
:e:·ece:..
.. .. ~ 1 : - - _ , = : - ~ ~ t v Ci.· iC..:.
: : . . : ~ . ; ; a r . : . " . { .
~ = · " - 2 : 2 \ i : , .:iàl.
::oc.e .
~ l : . : ' C {
.)r:gr=:- .
.. n O
se: pe:::-:
_
:·:_
1 . . : . - ~
::l:a:e;:ialida:Je
• • "? . • _
a l c ~ l i s a C : . . c . . ~ D :: e i t o :0ms. s i ç ã : . r r 1 1 n c . o -J.ma iae11L1r:.-
-
'
:-·.pecl., ·-a : ;
: . - _ µ r t . ~ . :
7/24/2019 A Análise do Discurso e Sua Interface Com o Materialismo Histórico (Socorro Aguiar)
http://slidepdf.com/reader/full/a-analise-do-discurso-e-sua-interface-com-o-materialismo-historico-socorro 12/12
,- . . . .
~ e r e r 3 t 1 c 1 2 2
Bf....K.HTI 'J, Viarxisnio e / i i o s o 1 ~ : a
da.
ângua.gern. I .r.2_
1
.j . d:::-
j \ f j c : ; - : ~
~ a h u d
e Yara f...,r
2.-ceschi
,7.1e'".:r·s..
3ã,··
P a : l o :-I,.ici:.e:::. :9f'
.
G _ ~ \ T f \ L C f - . J ' l T ~ . . V 1 ~ du 5 .-... --je : . .
n : n r i
=-..e
1
.r
uav:
.áarJc .. · . ; ; c , ~ i ; ; a n ~ . c
nas
refor'nas d.a
educaçC.o .1 ..ri81"i·'
1
.t·.1:
,..
si.mu
a c ; .
tj_i?. ·.:::1
i 1 $ c u · - - ~ l
rlerr:1ze.àor.
~ ' Í a ( ; e i ó : E c . : . . i ~ · a \ r : ª -
- : )rg . (··/e::: rnoX/;c: ,;·_' r u , - . ~
<:U.t:)
(j
,
; •
;
-.2 · n ~ : . : : : . . : r : . ; · · . A ~ : . L â . f . ~ ~ 1 ; ;
fo.L '.;001'.
l . . J L . ~ K . ~
G
.;.
1
·r:v .
..odJ.
:.
r·:io
a1eop
·afacio.
~ : } ~
CE:, G
. ' ) s n ~ : i µ
:)n
,otó6n.crp
rz1.n.o.an
:.
e
r:
,tcis de lifa ;-;.:
df' N e l ~ o n o u t ~ ~ J . t 1 r , ~ : ~ ü ~ a u i r : - : ~ j : . ê : ; < ~ i a ~ : 2 : - : : - . . : . . : l r : r . ~ . s _.
. ' L ~ C · .. . ~ I i : Ã F»
::
S ~ A . tO:rg.
Sciu:.
fü
. 2000.
P. }
. r : . : : _
.
. r; . . ~ e . : . ,
; ~ ~ : , i:ns:r:f1
: . ~ ...r: :g--.:::.::...
__ ._:
}·/:= , _.
:...::n
.
gu.c e
- ç : ~ ' : ' . ~ 7 : 1 < . : ~ n : : ô ~ . : : :
h 3 t 2 v - c 2
: : - - l e a ~ :\
L..
; : : ; ~ i
.,
.e.
l.'\ ;_, St jei1.'·
Clú
vLAI'C{. K. Elerr
1
.entos . ~ n d a . n i e n : c a l e s
unra
~ . : : : c r r , ~ ; . c a . O.P r :.. ~ ~ : - ; ; · · " ' ' .
-.-.[
,·,,.,
("-
-R1JTi\TDT"Si:J r· o - ·; _; ~ , ; : ?..Í/..- ·. . e · ~ ' ' · -r 'T ~ - ~ ~ : . : .
p v
l , L a .
Li ' i . . . _ . , ~ . : : > ~ .w b; , .. vc>u
.
1'J...,X,lCC. Oli= H: -:...t'-L, _
),
.,, ,
I'v r.RX:. K. A ideoi.ogia
alem
.e. ::rad
.
de Waitensir ;::;,_;-:;::-& -:: B"1;:.r:::2-;.::-.
Fernanàes. Rio de Jai'leü·o: Z.a i.:ar. ::.965.
MÊSZ
À.RO
S, I.
Filoscfia. iéi alcgia.
'
:.:iêncw . - or:7.--:.i: s 1 c s ~ · : . s ·_,,;:· -
:·'.<::-
ç.ãt:· aib-:naç
ão
.
São
EnJai.;. 1993.
P E C H E l ~ \ . , 1'.vt; F U C H E ~ C A
.
_ ) r - c - u ó s i ~ v ê.118J:ise ; ; . : ~ 1 t t · r 2 r 1 : : : ; : :
.•
d i s ~ a . : · atual
ização e perspectivas. In :
GADET. F.; t - : ; : , . i : , , . . , ~ , T. •' :-:: .
?or
unto. análi o:;:? autoniafi.
·
ca do
d , ~ . s c u r s . . ; .
T_Tn1.n i : ' l t : r o r l u ç
'JC
: .'-S. :-
..
J v i i c h · ~ i Pécheux.
( ; a m p 1 n a ~ : ~ \ l i t
o r ~ eia U i l l c é t : . : : .
~ p . 1 9 9 ~ ~
PF.·C1IET_T:;{: ? ~ 1 I . .SenuJ , c ~ J :· :l i:;ca.r·.'3c.. :t.n:.(1 r . p t : : ~ c : . ~ ú ;, ': ·
1:--- ' :1,cr;5
1
1
e.-:
6bvic
Céunpi.nas: E t l i i : o : ~ : 01
D:-nc2.mp.
19:32
PECREl;]C M. O
i s c u . ~
# - ~ s t : ' 4 ~ , : ~ : · . : T 1 .
vu
r l a n d i . Sáo P a l ~ ' - i 1:.:js-n.
V A I S J \ l
í . A . . t
l \ f , E. A ideoloae. ::":.i'l
São ?aulo
,
n. :í.'i
-18.
. v-C'rESE. I.
O
a i \ J u ~ r n e n c o c:.o:; .;::-;r -r.[-;;·
;-rl ·-:
.;: · p r e ~ :>r1.:
a ~ 1 á l i s : :
do d.i.scurso. Ij·v.í: 2 : : · 2 · : ~ : 6..:
· r _ J ~ . ü _ i
~ 3 ? . E .
-......
•'
:.>1.
:.: -
-
.
-
.
·
·
.
,.,;
.
ce
...... . ··• -
...
..
.
.
....
. .
·
.
·orr
0
o·' ' ,...,i
·
t; '\ll '
"S
,J,,J ;;:,c::uu,e
.,
.
.·
,,,
< : : ~ ~ ~ : - ~ . ~ ~ ,
2 ; • ~ . ~ ~ c : ~ : , ~ ~ : . " · : : , . .
' . ) ; ~ = º ~ ~ - " ' ~ ' '
Scií-:n(:t:;'_
à:: I ~ 8 . ~ ~ r , ? ' :)e'.c. T _ i n
--
... 11-... ~ . . _ - - . . ~ . . . . . . ~ , , ..r:l
..
e . 1
1
.J:: -u
0u-.l\Jr2_1io
un1ver s1te ae ~ e : n n e s
11
·
f ;
·
a?1C:?..
.
~ : o i e s S ( ) ' ' D
~ s s o c i a d a III
de.
Jn
iv
ersiG.ads
F ~ d e - r c : . l ~ ' '
fa:ntE.
f'y,;,.-.. ......
r
_ . . . i r . ·
".\'••
,..
,...
,.
• ..i -· - .
#'( •• ,.,
"
l -
,.
. ,,ª- -'-· ~ . G . · .:..•,;ic ~ u ; n , , u o c e n , , ~ ..:os ~ - : r s o . , . cte graauaçao e :ios-s:-a-
..; .. a - , . . ~
- - - .
r i - - - d -
, ,
,_
• . . ,. , -
: : ~
...............
.
....
rr. - ' t : ' ~
c.:::i. ·-
~ ) o r
- ~ - = = i . c : ' . .. t::: .
5erê..J..
ac
L,aborai...:Jrt'J ,
_..(>rp1.:
s. Ten1
" ' " ' t 2 . i Z ê . ~ l : . i
::::.:::.:.s - ; x ~ s ~ t : : s a s
e1n
tor-r,o dn
t ~ n 1 á t i c a
d.e
histór
ia Câs ldeiflS
l . n ~ : . . : .
s ~ 1 ( ; 2 . S ' .
ce:.1t::;:a
..1
::
aàaB
em qu
e;;
tões da
hisi:.ocia
disciolinar
n o d e ~ "
' ~ " > ' O l ' T " l . ) " 1 . C " " ~
r " ~ t : L ·e- Cí '
·t
1
. : '
t '
i..... ·- ~ l . 1 - - l . . . . . . . l .VL , ..... _
. : . . . . . :
a.J r.. v l ~ i . ~ ª º · o ~ es uc.os _1ngu1s 1cos no
" ' · o
" " l - p · ·
: . . . . ~ ... s i l ~ . ;
...
...
- -. .. ,
d · · · , l ' · ·
· _ . 1 . . 1 . . ~ ....... h.·
t . . -
•..
-':..•
..... ~ 1 T . ' " a r ~ s as
qL1a1s
ll Vê s-c1ga m o e . e ee
nl s r
..011.2açâ0
e :;-.
n::•rE- Z
.l.iD9.
"'. ;: , )ern
: " . : ~ > m t ) . i l l P G C a e ~ " =
~ a r a a
p \ 1 h \ ~ ~ r , - : : : 1 i ~ c f ü s t ~ C 3 :
,.
, . -· "'r."' ....
:;
,- ,.., -1 ' --. • : n . . : . . # .. ...... :
• :. '
: . , t n ~ ~ , ; , p { ) . ; _ ~ ~ . 1 e c . l ..
o . :>ras1;.
_Jen.t.r3
os
~ n u r r 1 e r o s t e x . L ~ s
~ ; u b ~ 1 c a a e s ,
colc-
'a m
·
C .,..,.,
. - l , , _ , · a ~ " e · ' ' n g ' ' - · · " ,' d · ·1,.
: ~ • : • '"' "" ..,
"'
. . :-1 t . . t ~ ; , l C < - Sl..c1
:
um
estu
o
aas
lt
cl<'>S orga-
r a : : a r ; : J ~
a.a
r..: emó:..-:a. ln : G ' C . J i l v I P ~ ~ ~ 2
E.: BR: 1J:
T\E P ~ : i . : i í A. )'Í
.-. r- ..L - • , - • - ....._ - .. . ; J • ... • - •
. . 1 ~ ~ •• ·- .::l1.:.1:r:,·r:
' r l • P . 7 ~ > r u : ~
~ a m p : ; . : a a s
r.Jd.
Peintes; 2005; _'\ s c : : - i t
~ - .
J:. s;· ::1stc
1
r.2 ' ~ G .sui·:;iLo pei2. ::.lteridade. In:
CO&-"..CINL
M
.
:
..
~ - = t : - V I - :
· ~ ~ · = : Y .
i V ~
· · )rg
.
E s c r ~ i t ( i ( - : a
de
si
q
alterzdadP. ,.,.,.ü eE.paço
· . " J C i . } J e l t 2 . r ~ E . : 1 e t "
Z . r ~ ç ã c . 1 ,
f0rn .ação de professores. lLt1g-i1a :; ::iate ·:is. e
: : s ~ · 3 . r _ : ~ e i r ~ ~ - ~ a r r : : i .as: ~ \ . t [ e r c ã . à o i . : ~ a . s e t : l ' 3 . $ 2Ul0.
A.na.
: . ~ : : i . . u ; : · : . ~ -
: ; ~ J c e n t · 2
dos ~ s e s de bachareiado
a
~ i c e n c i a t u r a
e : i T ~ " - 1 e t r d . F
: - ~ r .
? : - r . ' ~ 8 . m a
de P6s-Graduaçãv ar:i L - ~ t
~ : - r . t . S
C:a
l í n ~ v e r H i
d e r : . : - ; · ~ : :
: e ·
Ri-2- C T r ~ ~
do
S:.::.J
- á "ea
ciP. e ~ t u d o s
ã.a ling
,
.iagem.
:-:_ :;oc-r
1
.ienar:i-1:·2
do pY' :·_i€:t0 d.e peEq'..liSa u 1 1 i k . . . ~ a i l 3 . ~ kl:7.i l: coru:ribu1-
.:6es
pa' .
·s os :-;stt1.dos sernant icos e ã.iscursi
vo
s" e d . e s ~ n v c . l ve p e s q t
.1
r .:a .:::?
a:-:.i:
i.
se C.·::
disc·.
..rs
c.
D : 1tre HS
s u a ~ 9ublica<;ões
colo·;aiJ.1os
::-::;. :1estaqu.E : f ~ : ? . . K . . . ~ t r . d \ ' o l v s h i n o " ' , - :
co11d:i
ções de -pr:)dtv-;§_rj de
m a r z _ ~ . s
1 r G e
5.1()SOfí:1
cu1 ~ 1 a g u i ~ t z e m In: I:'.-R.?-1T, B . Bak itin.:} f/ ()lrcul.:·. São
~ - - t ~ ~ i v : .. : 2 ~ ~ ~ ; 9
-;.·
.
9'7
- ~ l ê : ::..es stéréoty::ies i:.ak..ht]niens du
;:.':"":?OE .
bcv
.
íi'on
st
d : . ~
SGL
i.
.
; ~ 1 r e 2 . e n t e s
à
pa r
tir
d { ~
L:
realité
bré
-
3i.:ienn-? u D : i • ; a ~ o
. i ~ n : ~ . : : r
r . e n
" Um. F l o r e n t : < ~
C ~ t r ~ ~ ) n . 1 Irt:
F R . I P O ~ · ~
B.
So7:·
_ . u
...
1
.:i:8
r e ; e c ; - c · ' . l r ~ ~ de
TvI.
BakI1t ine L a : 1 s a
Uu C G n ~ r e de
- : - -
r i u
....
~ . - · . ~ ·
~ · - ~ 6 - , . . , . ~
~ : : > ?nno
. ..
>.d.:; .. ~ ( . Íi ' · · ~ . . . _ , . r r , . . , ru
7
·> r:i-c'-
1
P.
..1p· :ür ·hn
u-11
. ..
... ,. __ .s..··
. ·
. i.v.;. .-.J"' ' '•·· :-·· .
_t..:
- '- '- ' ·
__.
v . :"'.:"G-J. . a
.1
. 1. - - .J• . . i . . ~ · ' " · · ·
.,."3.·;." :c
t1 t.h :
~ r l r - . r . : r i
· • . ; . : ; c , e : ' par2. a filcsofis.
d.e
. ingur-'..g t::IT'- e
:=;stt.:d.r.c;
d . ~ ~ s
~ " , J : f 2 7 " .
, . . p , , ~
~ ~ s ~ - r ~ · 8 c . . g : :
- L t ; . z : : . a t ~ c 200i5:
[ , e i - : ·
io .
' l • - ' i i t . : : ~
· r.·
:; ~ 0 - ; . ; ·
- : : ~ :: - T - . . , T " G S ~ · 2 0 3
l . : . : l ~ . a h ' . : n t e co _._ . ~ . : t . : :
- : ~ 3 . : ~ " " : 1 : ã