a ascese e o esp+¡rito do capitalismo.docx

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A ascese e o Espírito do Capitalismo Para compreender a ligação entre as idéias religiosas fundamentais do protestantismo ascético e suas máximas sobre a conduta econômica cotidiana, é necessário analisar a conduta religiosa. A disciplina e crença ligada à religião eram essenciais para o homem daquela época, tornando difícil entender com a cabeça de homens modernos.O puritanismo inglês derivado do calvinismo dá as bases religiosa para a concepção de vocação P.141 Utiliza autores como Richard Baxter e Spener para destacar a ética do protestantismo e sua ideologia. P142 Se Calvino não via a riqueza como problema, mas com um aumento de prestígio passível de aplicação, para Baxter, o gozo da riqueza trazia consigo os prazeres carnais e o distanciamento de uma vida santa. Esse relaxamento é a única e reprovação. A ação, o trabalho é o certo. A perda de tempo (conversa mole, muito tempo de sono e etc) são altamente condenáveis. Apesar de não se falar que tempo é dinheiro, o tempo é visto como importante, pois o tempo perdido é falta de realização do serviço para Deus. A contemplação inativa (rezar sem trabalhar) é também mal visto (pois já existe domingo pra isso). Deve-se servir à Deus profissionalmente. P.143 e 144 A forte pregação sobre o trabalho de Baxter defende: o trabalho duro como uma forma ascética que preserva contra uma vida impura. Até mesmo o sexo deve ser aplicado apenas para a reprodução. Trabalho desvia essas vontades, dúvidas sobre crenças e etc. Mas antes de tudo, o trabalho é símbolo da graça de Deus, e a falta de vontade de trabalhar implica em uma graça ausente. p.144 Tomás de Aquino diverge deste pensamento, defendendo que o trabalho serve como razão natural da existência do indivíduo e coletividade. Mas Baxter defende que mesmo o homem de posses que não precisa trabalhar para se sustentar, precisa trabalhar, pois os mandamentos de Deus não colocam essa exceção. Deus dá à todos uma vocação da qual cada um deve reconhecer e trabalhar com elas. Se o luteranismo afirma que essa vocação é um destino que deve- se encaixar e resignar, nessa concepção a vocação é uma ordem dada por Deus para o indvíduo operar pelo trabalho. P.145

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A ascese e o Esprito do Capitalismo Para compreender a ligao entre as idias religiosas fundamentais do protestantismo asctico e suas mximas sobre a conduta econmica cotidiana, necessrio analisar a conduta religiosa. A disciplina e crena ligadareligio eram essenciais para o !omem da"uela poca, tornando difcil entender com a cabea de !omens modernos.# puritanismo ingl$s deri%ado do cal%inismo d as bases religiosa para a concepo de %ocao P.&'& (tili)a autores como *ic!ard +axter e ,pener para destacar a tica doprotestantismo e sua ideologia. P&'- ,e Cal%ino no %ia a ri"ue)a como problema, mas com um aumento de prestgio pass%el de aplicao, para +axter, o go)o da ri"ue)atra)ia consigo os pra)eres carnais e o distanciamento de uma %ida santa. Esse relaxamento a .nica e repro%ao. A ao, o trabal!o o certo. A perda de tempo /con%ersa mole, muito tempo de sono e etc0 so altamente conden%eis. Apesar de no se falar "ue tempo din!eiro, o tempo %isto como importante, pois o tempo perdido falta de reali)ao do ser%io para 1eus. A contemplao inati%a /re)ar sem trabal!ar0 tambm mal %isto /pois 2 existe domingo pra isso0. 1e%e3se ser%ir1eus pro4ssionalmente. P.&'5 e &'' A forte pregao sobre o trabal!o de +axter defende6 o trabal!o duro como uma forma asctica "ue preser%a contra uma %ida impura. At mesmo o sexo de%e ser aplicado apenas para a reproduo.7rabal!odes%ia essas %ontades, d.%idas sobre crenas e etc. 8as antes de tudo, o trabal!o smbolo da graa de 1eus, e a falta de %ontade de trabal!ar implica em uma graa ausente. p.&'' 7oms de A"uino di%erge deste pensamento, defendendo "ue o trabal!o ser%e como ra)o natural da exist$ncia do indi%duo e coleti%idade. 8as +axter defende "ue mesmo o !omem de posses "ue no precisa trabal!ar para se sustentar, precisa trabal!ar, pois osmandamentos de 1eus no colocam essa exceo. 1eus dtodos uma %ocao da "ual cada um de%e recon!ecere trabal!ar com elas. ,e o luteranismo a4rma "ue essa %ocao um destino "ue de%e3se encaixar e resignar, nessa concepo a %ocao uma ordem dada por 1eus para o ind%duo operar pelo trabal!o. P.&'9 Para toms de A"uino a pro4sso e di%iso do trabal!o eram emanao do plano de 1eus, para :utero indi%duo de%eria aceitar sua posio social, pois esse era o plano de 1eus com suas limita;es/assumir o mundo como ele 0.