a canção de intervenção
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Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºano (12ºD - Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra), a propósito da importância da Canção de Intervenção durante a ditadura Salazarista.TRANSCRIPT
“O código da nova era”
Música de intervenção durante o regime salazarista e a sua importância na revolução de Abril.
Trabalho realizado por:Ana Santos nº1 Diana Silva nº8
Victor Costa nº21
Professora: Dina Baptista - Disciplina: Português
“O Código da nova era”
Ditadura Salazarista
- Regime autoritário Salazarista permaneceu 41 anos (1933 até 1968).
- Um dos organismos mais importantes de Defesa do Estado Novo foi a PIDE, que funcionou como uma repressão a qualquer forma de oposição ao estado novo (criada em 22 de Outubro de 1946)
- A Censura era um serviço prévio às publicações periódicas, emissões de rádio e de televisão, protegendo permanentemente a doutrina e ideologia do Estado Novo.
- Marcellismo (continuação do regime) , Caetano substitui Salazar e define um lema de política “renovação da continuidade”, que apesar de algumas melhorias acabou por agravar a instabilidade do Estado Novo.
- Com a reeleição de Américo Tomás as esperanças de liberalização desapareceu generalizando-se a insatisfação popular que a repressão e a censura já não “calavam”.
“O Código da nova era”
• Música antes do 25 de Abril
“Todos os artigos passavam pelo exame prévio e só depois seriam publicados, se os censores o autorizassem (...)”. ” (...) Rolha na boca. Óculos na ponta do nariz. O jornalista não pode “falar”. Tem uma faca à cabeça. E uma tesoura aberta entalada no pescoço. Na lâmina da faca lê-se “Lei de Imprensa”; na tesoura, “Censura” (...) “. “
-Para que se realizasse um espectáculo era necessário uma solicitação de autorização à Comissão de Censura.
-As letras dos fados também não escapavam ao exame da Inspecção dos Espectáculos, sendo muitas vezes a letra riscada pelo “lápis azul”.
- O “lápis azul” riscou fados, peças de teatro, livros, notícias, caricaturas e pinturas de parede.
Músicos de Músicos de
IntervençãoIntervenção
“terra da fraternidade”
“E depois do adeus”
“Eles comem tudo e não
deixam nada”“o povo é quem mais ordena”
“que só te serve para obedecer”
“Eu vi esse povo a lutar”
“Que força é essa, que força é
essa…”
Zeca AfonsoZeca Afonso
“O Código da nova era”
- Grândola Vila Morena
- Os Vampiros
Sérgio GodinhoSérgio Godinho
- Que força é essa
José Mário BrancoJosé Mário Branco
- Eu vi este povo a lutar (Sérgio Godinho e José Mário Branco)
- A cantiga é uma arma (José Mário Branco)
Paulo de CarvalhoPaulo de Carvalho
- E depois do Adeus.
O dia da REVOLUÇÃOO dia da REVOLUÇÃO
- Emissão da Rádio – sinal para a revolução.
- Comunicado da MFA
Sitografia• http://www.slideshare.net/darkbot/ditadura-salazarista (13.05.10/15h25)
• http://q1111.no.sapo.pt/biografia.htm (17.05.10 / 23h00)
• http://www.ruadebaixo.com/a-historia-do-rock-em-portugal.html (17.05.10 / 23h07)
• http://tavira.olx.pt/ep-s-e-singles-portugueses-anos-60-70-80-alguns-raros-iid-36108849 (17.05.10 / 23h19)
• http://www.slideshare.net/darkbot/ditadura-salazarista (18-05-10 /19h30)
• http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115161010600/contacto/0708/outrsocontactos/0607/0607/espacodomundo/censura.htm (23.05.10 / 18h00)
• MAIA, Matos (1999) Aqui Emissora da Liberdade, Lisboa, Caminho.
• NUNES BARATA, Gilda (2004) Onde é que você estava no 25 de Abril?, Oficina do Livro.
Bibliografia
Grândola, vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena
Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade
Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto igualdadeO povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade
Grândola a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheiraQue já não sabia a idade
Grândola, Vila Morena (José Afonso)
No céu cinzento sob o astro mudo Batendo as asas Pela noite calada Vêm em bandos Com pés veludo Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia As portas à chegada Eles comem tudo Eles comem tudo Eles comem tudo E não deixam nada [Bis] A toda a parte Chegam os vampirosPoisam nos prédios Poisam nas calçadasTrazem no ventre Despojos antigosMas nada os prende Às vidas acabadas São os mordomos Do universo todoSenhores à força Mandadores sem leiEnchem as tulhas Bebem vinho novoDançam a ronda No pinhal do rei
Vampiros (José Afonso)
Eles comem tudo Eles comem tudoEles comem tudo E não deixam nada No chão do medo Tombam os vencidosOuvem-se os gritos Na noite abafadaJazem nos fossos Vítimas dum credoE não se esgota O sangue da manada Se alguém se engana Com seu ar sisudoE lhe franqueia As portas à chegadaEles comem tudo Eles comem tudoEles comem tudo E não deixam nada Eles comem tudo Eles comem tudoEles comem tudo E não deixam nada