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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2016.
A Contabilidade como Instrumento de Evidenciação de
Informações Ambientais
Valéria Botelho Cordeiro1
Prof. Msc. Ricardo Pereira Rios2
RESUMO A questão ambiental tem sido bastante discutida nos dias atuais, visto que muitos se preocupam com o patrimônio natural da humanidade. Como consequência, vem se transformando em um importante diferencial competitivo para as organizações. Do ponto de vista da contabilidade, o que se pode medir e fazer constar nas demonstrações contábeis são os eventos e transações econômico-financeiros, que refletem a interação da empresa com o meio ambiente. Nesse sentido, observou-se a necessidade de verificar de que forma as informações ambientais são evidenciadas nos demonstrativos financeiros das organizações, bem como demonstrar a relação existente entre o meio ambiente e o meio empresarial. Com o objetivo de analisar a evidenciação das informações de natureza ambiental, nos relatórios contábeis das Sociedades Anônimas, utilizou-se uma pesquisa exploratória e documental, buscando demonstrar se tais informações são evidenciadas de forma completa e transparente. Constatou-se dessa análise que as empresas pesquisadas evidenciam de maneira satisfatória o critério da inteiração com o meio ambiente. Contudo notou-se que a divulgação dessas informações tem maior preocupação em mostrar uma boa imagem da empresa, do que propriamente refletir ações sustentáveis aos usuários e à sociedade como um todo.
Palavras-chave: Meio Ambiente, Evidenciação, Contabilidade Ambiental, Impacto
Ambiental.
1 Bacharelanda em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2016.
2 Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Pós Graduado em Gestão Empresarial pela Universidade Nove de Julho, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Atua na área Contábil Tributária há 20 anos. Professor Universitário, atuando também como docente em cursos e palestras com temas voltados área contábil tributária há mais de 05 anos. Coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Co-autor do livro: "Normas e Práticas Contábeis: Uma introdução", obra premiada na categoria Livro de Contabilidade no "Troféu Cultura Econômica 2012" – Rio Grande do Sul.
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INTRODUÇÃO
O combate a todas as formas de degradação do meio ambiente é uma
obrigação de toda sociedade. É sabido que várias áreas do conhecimento já estão
se empenhando em contribuir para essa causa. De acordo com seu campo de
atuação, impõe-se também nesse contexto a participação da ciência contábil, ainda
porque os eventos e transações de natureza ambiental representam grandezas
relevantes, e com isso causam significativo impacto na situação econômico-
financeira das empresas.
A contabilidade ambiental não é uma nova ciência, mas sim, uma segmentação da tradicional, já amplamente conhecida. Adaptando o objetivo desta última, podemos definir como objetivo da contabilidade ambiental: identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações econômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em um determinado período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade. (Ribeiro, 2010, p.45)
O tema ‘A Contabilidade como instrumento de evidenciação de informações
ambientais’ está de acordo com a área de interesse de estudo do curso de
bacharelado em Ciências Contábeis, uma vez que demonstra ser um assunto de
suma importância para os dias atuais.
A escolha deste tema se deu pela necessidade de melhorar a forma como
são evidenciadas as informações ambientais, para que de fato os investidores e a
sociedade sejam informados de maneira mais transparente e completa,
contemplando assim a relação entre o patrimônio da entidade e o patrimônio da
humanidade, evidenciando a forma como os objetivos econômicos destas entidades
foram alcançados e os impactos causados pela atividade desempenhada com a
exploração dos recursos naturais que as circundam. Dessa forma a contabilidade,
como ciência social que é, buscaria satisfazer a uma sociedade cada vez mais
interessada no relacionamento das empresas com o meio ambiente, com isso a
contabilidade estaria cumprindo sua função social ao refletir as ações sustentáveis
das entidades, sejam elas impostas em cumprimentos a obrigações legais, seja por
pressão da sociedade como um todo.
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Nesse sentido a pesquisa buscará responder ao seguinte questionamento: Na
divulgação dos relatórios financeiros das empresas analisadas, as informações
ambientais são evidenciadas de forma transparente à sociedade?
Este trabalho tem como objetivo geral analisar a evidenciação nos relatórios
contábeis das Sociedades Anônimas sobre fatos que impactam o meio ambiente e a
evidenciação decorrente dessas informações nos relatórios contábeis das empresas.
Como objetivos específicos, será realizada uma pesquisa bibliográfica, que visa
buscar informações em fontes como livros, artigos, bem com nos relatórios internos
das empresas, disponibilizados nos sites oficiais das empresas.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
A seguir apresenta-se o referencial teórico sobre o tema.
1.1 EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE)
A evidenciação ou disclosure é um compromisso inalienável da Contabilidade
com seus usuários e com os próprios objetivos, e suas formas de evidenciação
podem variar, mas a essência é sempre a mesma: apresentar a informação
quantitativa e qualitativa nos demonstrativos formais, a fim de propiciar uma base
adequada de informação para o usuário.
Verifica-se que os objetivos da Contabilidade somente poderão ser plenamente
alcançados se os relatórios forem convenientemente apresentados, de tal forma que
o maior número possível de pessoas possa compreendê-los e utilizá-los para tomar
suas decisões.
Iudícibus (2010, p.110) traz um trecho importante retirado do Accounting
Research Study nº1, editado pelo AICPA, em 1961, que diz que “Os demonstrativos
contábeis deveriam evidenciar o que for necessário, a fim de não torná-los
enganosos”. De acordo ainda com o autor os conteúdos das informações que serão
evidenciadas devem respeitar o conceito da relevância:
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Com relação à quantidade de evidenciação, muitas expressões e conceitos têm sido utilizados; alguns falam em evidenciação adequada (adequate disclosure), outros ainda em evidenciação justa (fair disclosure) e outros ainda em evidenciação plena (full disclosure). Na verdade, não existe diferença efetiva entre tais conceitos, embora tenham sido utilizados com significados distintos; toda informação para o usuário precisa ser, ao mesmo tempo, adequada, justa e plena, pelo menos no que se refere ao detalhe que está sendo evidenciado. Afinal o sentido da evidenciação é que a informação que não for relevante deve ser omitida a fim de tornar os demonstrativos contábeis significativos e possíveis de serem entendidos plenamente. (IUDICIBUS, 2010, p. 111)
As informações que serão evidenciadas devem levar em consideração
conceitos como a materialidade e relevância, pois estes possuem ligação direta e
podem referir-se a informações quantitativas e qualitativas. “[...] é preciso
avaliarmos, embora seja difícil, se esta informação aumentará a relevância a ponto
de justificar o aumento da complexidade de sua análise”. (IUDÍCIBUS, 2010, p.112)
As formas de evidenciação disponíveis são realizadas através dos
demonstrativos contábeis, notas explicativas, quadros e demonstrativos
suplementares, comentários do auditor e em relatórios da administração. Porém, no
Brasil, a forma principal de evidenciação utilizada pela Lei das Sociedades por ações
são as notas explicativas.
1.2 CONTABILIDADE AMBIENTAL
Segundo Costa (2012, p. 28) “A contabilidade, uma das ciências mais antigas
do mundo, originou-se com o intuito de quantificar a riqueza humana, ou seja, o
patrimônio [...]”. Porém, segundo o mesmo autor o comportamento funcional da
riqueza precisa atender ao indivíduo, mas, igualmente, ao ambiente onde este se
insere.
A questão ecológica tem-se tornado um assunto bastante discutido
atualmente. Isso porque muitos se preocupam com o patrimônio natural da
humanidade, e essa crescente conscientização tem se estendido às entidades, em
relação às transações econômico-financeiras, que refletem a interação empresa e
meio ambiente. Até porque os eventos e transações de natureza ambiental
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representam grandezas relevantes, e causam significativo impacto na situação
econômico-financeiro dessas empresas.
Tinoco e Kraemer (2004, p. 59 apud COSTA, 2012, pg. 34) enfatizam que “A
diferença entre a contabilidade ambiental e a contabilidade tradicional alicerça-se no
cunho ambicioso da primeira, haja vista buscar conhecer as externalidades
negativas e registrar, mensurar, avaliar e divulgar todos os eventos ambientais”.
Ribeiro (2010, p.45), define como os objetivos da contabilidade ambiental:
identificar, mensurar, e esclarecer os eventos e transações econômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em um determinado período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade.
Neste contexto para Costa (2012, p.29) “[...] Contabilidade Ambiental é a
contabilização dos benefícios e prejuízos que o desenvolvimento de um produto, ou
serviço, pode trazer ao meio ambiente [...]”.
O autor define Contabilidade Ambiental como o estudo do patrimônio
ambiental, bens, direitos e obrigações ambientais das entidades. Seu objetivo é
fornecer aos seus usuários, internos e externos, informações sobre os eventos
ambientais que causam modificações na situação patrimonial, bem como realizar
sua identificação, mensuração e evidenciação.
1.2.1 INFORMAÇÕES AMBIENTAIS
A evidenciação nas demonstrações contábeis dos eventos econômico-
financeiros de natureza ambiental é uma das contribuições ao processo de
preservação e proteção nessa área. Atualmente tais informações possuem, quando
muito, menções no relatório da diretoria, mas já existe uma pressão do mercado
empresarial, para que sejam atendidas tais menções nos relatórios anuais.
Para Costa e Marion (2007), as empresas se preocupam em evidenciar as
informações ambientais e de responsabilidade social, com o intuito de agregar à sua
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imagem confiabilidade, pois, uma vez que tornam claras as informações, podem
auxiliar em tomadas de decisões dos investidores.
“A evidenciação das informações de natureza ambiental deve ser realizada de
forma segregada, visando informar o usuário sobre a forma de interação da empresa
com o meio ambiente”. (RIBEIRO, 2010, p.48)
A autora destaca que na última década houve importantes mudanças no
comportamento empresarial, fazendo com que os relatórios anuais se tornassem
ricos em informações, ainda que limitadas às de natureza qualitativa. Tais mudanças
são decorrentes da globalização de mercados, e outro fato que motivou esse
aumento foi o uso dos gastos relacionados com as ações ambientais para promover
a imagem da empresa.
Ribeiro (2010, p. 126) destaca ainda que circula atualmente uma grande
quantidade de informações de natureza ambiental, em especial por meio da Internet:
Tais informações são descritivas, limitando-se na maioria dos casos a mencionar que “a empresa investiu na preservação do meio ambiente”. Mesmo quando citam os montantes, não informam se eles foram registrados como despesas ou como investimentos, além de não estabelecer qualquer relação entre eles e outros elementos das demonstrações contábeis [...]
Na visão de Tinoco e Kraemer (2011, p. 62) a informação na forma como é
feita no Brasil:
não atende ao preceito básico de evidenciação da situação das organizações, registrando basicamente seus eventos operacionais, não captando a inserção das entidades na vida social, a forma com que elas se relacionam com seus colaboradores, seus fornecedores, os usuários de seus serviços, o Governo, enfim, os parceiros de suas atividades , seus stakeholders.
Para os autores a crítica a ser feita a esse tipo de postura passa pela geração
de relatórios contábeis e sociais que superem as limitações ortodoxas às quais a
contabilidade se mantém presa e permitam relacionar o desempenho econômico e
financeiro ao desempenho operacional, ambiental e social “[...] a sociedade merece
ser informada desses esforços e sua divulgação é positiva para as organizações,
quer do ponto de vista de sua imagem, quer do ponto de vista de melhoria e
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qualificação da informação contábil, econômica, social e ambiental”. (TINOCO e
KRAEMER, 2011, p.63).
1.2.1.1 NBC T 15- INFORMAÇÕES DE NATUREZA SOCIAL E AMBIENTAL
Esta norma elaborada pelo Conselho Federal de Contabilidade, NBC T 15-
Informações de Natureza Social e Ambiental, em vigor desde 1º de janeiro de 2006,
estabelece procedimentos para a evidenciação de informações ambientais, com o
objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da
entidade.
A Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental, quando
elaborada deve evidenciar os dados e as informações de natureza social e
ambiental da entidade, extraídos ou não da contabilidade, de acordo com os
procedimentos determinados pela norma.
Para fins desta norma, o CFC estabelece o que entende por informações de
natureza social e ambiental:
a) a geração e a distribuição de riqueza;
b) os recursos humanos;
c) a interação da entidade com o ambiente externo; e
d) a interação com o meio ambiente.
Nas informações relativas à interação da entidade com o meio ambiente,
devem ser evidenciados:
a) investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais para a
melhoria do meio ambiente;
b) investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes
degradados;
c) investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados,
terceirizados, autônomos e administradores da entidade;
d) investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade;
e) investimentos e gastos com outros projetos ambientais;
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f) quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a
entidade;
g) valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas
administrativa e/ou judicialmente;
h) passivos e contingências ambientais
A demonstração quando divulgada, deve ser efetuada como informação
complementar às demonstrações contábeis, não se confundindo com as notas
explicativas.
1.3 FORMAS DE EVIDENCIAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL
De acordo com Tinoco e Kraemer (2011, p. 232) as principais formas de
evidenciação pelas entidades são:
a) Forma e disposição dos demonstrativos contábeis e formais; b) Informação entre parênteses; c) notas explicativas; d) quadros e demonstrativos suplementares; e) comentários do auditor; f) relatório do conselho de administração.
Ribeiro (2010, p. 141) ressalta que existe uma quantidade razoável de
orientações quanto à forma e conteúdo de natureza ambiental:
Apesar da falta de normalização legal quanto à forma e o conteúdo da divulgação das informações de natureza ambiental [...] há duas linhas de pensamento: uma que propõe a implementação de um novo relatório apenso às demonstrações contábeis, o qual trataria somente das questões ambientais; e outra que sugere a inclusão desses dados nas atuais demonstrações, mantendo o modelo já utilizado, mas apresentando contas e notas explicativas específicas [...].
Sobre esse aspecto a autora afirma que nas duas últimas décadas, o
surgimento de várias discussões sobre a contabilidade ambiental, e algumas formas
de divulgação da interação da empresa com o meio ambiente têm sido sugeridas
como a Global Reporting Initiative (GRI), Eco-Management and Audit Scheme-
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(EMAS), Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), entre outras
de natureza geral.
Porém no Brasil, a forma principal de evidenciação utilizada pelas empresas
conforme a Lei das Sociedades por ações são as notas explicativas.
Costa (2012, p. 48) também aborda essas linhas de pensamento quando
afirma que “há duas possibilidades de divulgação ambiental: uma nas
demonstrações financeiras já existentes e outra em relatórios contábeis agregativos
(separados) [...]”.
Segundo o autor na evidenciação ambiental através das demonstrações
financeiras, as empresas não devem sintetizar as contas de forma geral. Haveria a
necessidade de se criar, por exemplo, um grupo de contas e subcontas específicas
para as contas ambientais. Já na evidenciação através dos relatórios agregativos, as
empresas teriam dois caminhos a trilhar; um seria a elaboração de um Balanço
Patrimonial e uma Demonstração de Resultado do Exercício exclusivamente
pertinente às questões ambientais e a outra seria a adoção do Balanço Social,
utilizando o modelo sugerido pelo IBASE.
1.3.1 BALANÇO SOCIAL
“Nos últimos anos especialmente na Europa, surgiu novo relatório, elaborado
com base em informações da contabilidade, que foi denominado de Balanço Social”
(TINOCO e KRAEMER, 2011, p.63)
Segundo Costa (2012, p.175) “[...] começaram a elaborar um modelo de
demonstração social para a prestação de contas junto ao público, como forma de
reagir às pressões vindas da sociedade por uma nova postura ética [...]”.
De acordo com Iudícibus (2000, p. 31 apud COSTA, 2012, p. 176):
o Balanço Social busca demonstrar o grau de responsabilidade social assumido pela empresa e assim prestar contas à sociedade pelo uso do patrimônio público, constituído dos recursos naturais, humanos e o direito de conviver e usufruir dos benefícios da sociedade em que atua.
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Tinoco e Kraemer (2011, p. 63), esclarecem os objetivos do balanço social:
“Balanço Social é um instrumento de gestão e de informação que visa evidenciar de
forma mais transparente possível, informações contábeis, econômicas, ambientais e
sociais, do desempenho das entidades, aos mais diferenciados usuários”.
No entendimento desses autores a informação social, ambiental, a geração
de valor adicionado e a informação econômica devem caminhar e ser divulgadas
juntas, como já é feito por empresas dos países europeus e dos Estados Unidos.
Para Ribeiro (2010, p.15) “em síntese, o Balanço Social, no sentido mais
amplo, deve refletir toda a responsabilidade da empresa com a sociedade [...]”.
Costa (2012, p.183) afirma que “para fins de aplicação das informações
obrigatórias no balanço social, utilizaram-se as constantes na NBC-15- Informações
de Natureza Social e Ambiental”.
Apesar de não haver, até o presente momento, uma regulamentação
específica, no Brasil, sobre a obrigatoriedade de publicação do Balanço Social,
alguns órgãos regulamentadores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
o CFC, emitiram algumas instruções, que devem nortear a publicação dos
respectivos balanços.
1.3.2 BALANÇO AMBIENTAL
O Balanço Ambiental é uma demonstração das contas que evidenciam as
relações do patrimônio com o meio ambiente. Segundo Iudícibus (2000, p.31 apud
COSTA, 2012, p.184):
o Balanço Ambiental reflete a postura da empresa em relação aos recursos naturais, compreendendo os gastos com preservação, proteção e recuperação destes; os investimentos em equipamentos e tecnologias voltados à área ambiental e os passivos ambientais.
Para a publicação desse tipo de demonstrativo não existe exigência legal,
porém é notória a existência de pressão da sociedade e daqueles que se utilizam
das informações, como bancos, fornecedores, funcionários, investidores, etc.
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O modelo de Balanço Social proposto pela IBASE apresenta indicadores
ambientais, mas esses não satisfazem às necessidades de informações.
Normalmente as empresas que apresentam o Balanço Social procuram apresentar
também outro documento intitulado Relatório Ambiental, cujo conteúdo tem natureza
dissertativa e não é estruturado em forma de quadros demonstrativos.
1.3.2 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Segundo Tinoco e Kraimer (2011) mais recentemente, a Lei nº 11.638, de
28.12.2007 alterou dispositivos da Lei nº 6.404/76, instituiu a obrigação das
empresas de capital aberto em elaborar a Demonstração do Valor Adicionado
(DVA), bem como a Demonstração dos Fluxos de Caixa para empresas de grande
porte.
Essa demonstração evidencia de forma transparente o valor agregado gerado
em relação à receita gerada pela empresa e sua repartição aos segmentos
beneficiários, que são: o pessoal que trabalha na empresa, os acionistas que
investem recursos, o Estado que se apropria dos tributos e os financiadores
externos, que são remunerados através de juros.
Para Costa (2012, p. 189) “A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o
informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à
formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva
distribuição”.
Ribeiro (2010, p. 16) relata que “A DVA, é, pois uma forma de evidenciar a
função social da empresa e sua contribuição para formar a riqueza global do país, o
PIB [...]”.
Em geral, as demonstrações contábeis tradicionais não refletem o importante papel social e econômico que as empresas exercem nas diferentes regiões onde atuam. Por isso o grande diferencial da DVA é sua capacidade de evidenciar os destinatários da riqueza gerada, além dos acionistas. Da mesma forma, evidenciam o lucro da empresa e como ele foi calculado, visando aos investidores. (RIBEIRO, 2010, p. 16)
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2. METODOLOGIA
Para a presente pesquisa utilizou-se o método dedutivo que, segundo Marconi
e Lakatos (2003) é a pesquisa que parte de pressupostos já estabelecidos
anteriormente.
Esta pesquisa apresentou-se sobre o conceito de pesquisa do tipo exploratório,
que segundo Gil (2010, p.27) "[...] têm como propósito proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir
hipóteses”.
Caracterizou-se ainda por ser do tipo descritivo, que segundo o mesmo autor
compreende em descrever as características de um determinado grupo, ou seja,
apresentando as características das empresas.
A presente pesquisa utilizou-se de procedimentos de pesquisa documental,
que segundo Gil (2002, p.45) “vale-se de materiais que não recebem ainda
tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os
objetivos da pesquisa".
Quanto à abordagem, a pesquisa apresentou-se sob caráter qualitativo, pois os
dados foram analisados individualmente em relação a parâmetros estabelecidos,
não apresentando seus resultados de forma numérica. E sob a forma de pesquisa
quantitativa, uma vez que esse tipo de pesquisa se traduz por tudo aquilo que pode
ser quantificável, ou seja, para obter a análise dos dados houve a necessidade de
traduzir em números.
Foram selecionadas 03 empresas de capital aberto, listadas na Bolsa de
Valores de São Paulo, levando-se em consideração o impacto que essas
organizações causam no mercado. Em se tratando de empresas de capital aberto os
investidores cada vez mais se atentam a dados ambientais com o intuito de saber se
a empresa é correta ecologicamente.
A coleta dos dados foi realizada por meio de acesso aos sites oficiais
analisando-se individualmente as 03 empresas selecionadas, através das
demonstrações financeiras, dos Balanços Sociais e Sustentáveis, e com o auxilio
das notas explicativas para a evidenciação das informações ambientais.
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Nessa análise foi verificado apenas o critério relacionado à interação com o
meio ambiente, que corresponde a um, do total de quatro critérios de evidenciação
das informações de natureza social e ambiental, exigidos pela NBC T-15.
2.1 EMPRESAS ANALISADAS
Para melhor demonstração sobre os dados coletados na pesquisa efetuada,
será feita a análise de empresas conforme descrito a seguir, visando agregar maior
entendimento.
2.1.1 BRF S.A
A BRF S.A. é uma companhia de capital aberto no Brasil e está, portanto,
sujeita às exigências da Lei das Sociedades por Ações e às regras e regulamentos
da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM). Tem sede a Rua Hungria,
1400, 5º andar, Jardim Europa, São Paulo.
Possui capital aberto desde 1980 e integra a BM&FBOVESPA no segmento de
Novo Mercado, desde 2006 (código de negociação: BRFS3). Também tem papéis
negociados na NYSE (ADR nível III). Desde 2005, a BRF integra o Índice de
Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA (ISE), refletindo seu compromisso
com o desenvolvimento sustentável.
A BRF S.A. é uma empresa de alimentos sediados no Brasil, ocupando a
terceira posição mundial no abate de aves, segundo a Watt Global Media. Seus
produtos estão presentes em 95% dos lares brasileiros. Entre suas marcas
consagradas no Brasil e no exterior estão: Sadia, Perdigão, Qualy, Chester, Dánica,
Perdix, Paty e Vieníssima.
A BRF — Antiga Brasil Foods S.A. — é um conglomerado brasileiro do ramo
alimentício, que surgiu através da fusão das ações da Sadia S.A. ao capital social da
Perdigão S.A.. Há mais de 80 anos no mercado, desde a fundação da primeira
fábrica na cidade de Videira em 1934, atua nos segmentos de carnes, alimentos
processados.
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2.1.2 NATURA COSMÉTICOS S.A
A Natura Cosméticos S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade anônima de capital
aberto listada no segmento especial denominado Novo Mercado da
BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, sob o código
“NATU3”, com sede no Brasil, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na
Avenida Alexandre Colares, n°. 1188, Vila Jaguara, CEP 05106-000.
A Natura é uma empresa brasileira que atua no setor de produtos de
tratamento para o rosto e o corpo, banho, óleos corporais, perfumaria, cabelos,
proteção solar, e infantil. Fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra, hoje está
presente no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e França,
com planos de expansão para os Estados Unidos da América. O número de
funcionários, chamados na empresa de "colaboradores", atingiu 7.000 em 2013 e o
de consultoras estimado em 1,5 milhão.
2.1.3 JBS S.A
A JBS S.A. ("JBS" ou "Controladora"), é uma sociedade anônima de capital
aberto listada no nível Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros, sob o código "JBSS3", e no mercado de balcão NYSE -
Bolsa de Valores de Nova York (ADR nível I) sob o código "JBSAY".
A JBS junto com suas controladas ("Companhia" ou "Consolidado") é líder
global no processamento de proteína animal. É uma Companhia de alimentos com
mais de 60 anos de tradição, operando em mais de 20 países, a companhia atende
uma base de mais de 300 mil clientes em mais de 150 países por meio de um
variado portfólio de produtos e marcas.
3. RESULTADOS
De acordo com os dados coletados, elaborou-se um quadro para melhor
demonstração sobre a evidenciação das informações ambientais, baseadas na NBC
T 15 – Informações de Natureza Social e Ambiental.
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Quadro 1: Evidenciação da Interação com o Meio Ambiente
Evidenciação BRF S.A. Natura S.A JBS S.A. Investimentos e gastos com processos operacionais para melhoria do meio ambiente
Evidencia Evidencia Evidencia
Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação do meio ambiente
Evidencia Evidencia Evidencia
Investimentos e gastos com a educação ambiental (empregados, terceirizados...)
Evidencia Não ocorreu Evidencia
Investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade
Evidencia Evidencia Não ocorreu
Investimentos e gastos com outros projetos ambientais
Evidencia Evidencia Evidencia
Quantidade de processos ambientais movidos contra a entidade
Não ocorreu
Evidencia
Não ocorreu
Valor das multas relativas à matéria ambiental Não ocorreu Evidencia
Não ocorreu
Fonte: elaborado pela autora com base nos dados coletados
Ressalta-se que para a análise das empresas citadas no quadro acima,
utilizou-se demonstrativos como Balanço Social e Notas Explicativas, DVA e os
Relatórios Anuais e de Sustentabilidade. E com isso, foi possível obter as
informações necessárias para um melhor resultado da análise.
Em seu Relatório Anual e de Sustentabilidade a BRF, evidencia as questões
ambientais e mantém diversas iniciativas para utilizar de forma eficiente os recursos
naturais e mitigar os impactos de suas operações sobre o meio ambiente. Cabe
ressaltar que a empresa também segue uma Política de Meio Ambiente, a qual
determina patamares mínimos de desempenho ambiental, possuindo uma equipe
técnica especializada, que participa de todas as fases dos projetos, desde a
concepção até a implementação. Busca promover uma avaliação consistente dos
impactos ambientais e priorizar a ecoeficiência dos processos e equipamentos
utilizados.
Nesse sentido foi criado O ReciclAção, um projeto de educação ambiental,
mobilização comunitária e gestão de resíduos sólidos, que tem como objetivo
erradicar os riscos socioambientais, entre outros impactos econômicos indiretos
identificados pela BRF, como: poluição de recursos hídricos em eventuais
rompimentos de taludes/barragens e problemas em captações de água a jusante
dos rios utilizados para descartar efluentes industriais.
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A Natura reconhece os impactos significativos que sua presença pode gerar
na dinâmica socioeconômica e ambiental dos municípios onde atua. Em 2015,
desenvolveram, em parceria com o Instituto Ipsos, a adaptação inédita do
instrumento Índice de Progresso Social (IPS) para mensurar qualidade de vida e o
impacto socioambiental.
Preocupada com essa questão, a empresa divulgou em suas Notas
Explicativas, investimentos para a implantação de projetos capazes de eliminar o
excesso de carbono na atmosfera, denominados: Créditos de Carbono-Programa
Carbono Neutro, em que a empresa assumiu com seus colaboradores, clientes,
fornecedores e acionistas o compromisso de ser uma empresa Carbono Neutro, que
consiste em neutralizar suas emissões de Gases do Efeito Estufa - GEEs, em sua
cadeia completa de produção, desde a extração das matérias-primas até o pós-
consumo. Esse compromisso, apesar de não ser uma obrigação legal, já que o
Brasil apesar de ser um país signatário do Protocolo de Quioto não apresenta meta
de redução, é considerada uma obrigação construtiva, conforme o IAS 37 -
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, que determina o
reconhecimento de uma provisão nas demonstrações financeiras se esta for
passível de desembolso e mensurável.
Em linha com suas crenças e princípios, a empresa optou por realizar
algumas aquisições de créditos de carbono através do investimento em projetos com
benefícios socioambientais oriundos do mercado voluntário. Dessa forma, os gastos
incorridos gerarão créditos de carbono após a finalização ou maturação desses
projetos.
Com os dados levantados, verificou-se que a empresa JBS S.A. não
menciona em suas notas explicativas informações ambientais. Contudo no relatório
anual e de sustentabilidade há um tópico específico denominado “desempenho
ambiental” que trata sobre a gestão dos recursos naturais.
A JBS demonstra um forte compromisso com o meio ambiente e no uso
eficiente dos recursos naturais. Na prática, esse compromisso se manifesta por meio
de três vertentes:
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- A primeira é o estabelecimento de metas e o monitoramento diário dos indicadores
ambientais, realizado por uma equipe técnica qualificada, treinada e dedicada à
gestão ambiental de cada unidade da companhia;
- A segunda reflete o plano anual de investimentos para melhorias ambientais, no
qual são definidos os investimentos e projetos prioritários, e finalmente, o
engajamento dos colaboradores e dos fornecedores nos temas correspondentes e
sensíveis a essa questão.
- A terceira vertente diz respeito à cadeia de fornecedores de matéria-prima, que
deve estar em total conformidade com as políticas e os critérios socioambientais da
companhia. Para assegurar uma compra de matéria-prima 100% responsável, a JBS
utiliza mecanismos contratuais e realiza o monitoramento socioambiental das
fazendas fornecedoras de gado, por meio de modernas tecnologias geoespaciais,
baseadas em imagens de satélites e mapas das propriedades.
A unidade JBS Carnes Brasil possui um plano anual de investimentos para
melhorias ambientais com foco no tratamento de efluentes, no gerenciamento de
resíduos sólidos, nas emissões atmosféricas e de gases de efeito estufa (GEE) e na
gestão no uso de água. Esse plano foi traçado com base em um amplo diagnóstico
ambiental realizado pela companhia em 2010, para identificar oportunidades de
melhorias dos indicadores ambientais das unidades processadoras de carne bovina
no Brasil.
Em 2014, a JBS deu um importante passo para o monitoramento de seu
desempenho ambiental, por meio da aquisição de um software especializado na
gestão de indicadores de meio ambiente e de sustentabilidade. Essa ferramenta de
gestão está sendo utilizada por todas as unidades da JBS no Brasil – JBS Carnes,
JBS Couros, JBS Foods e Novos Negócios – com o objetivo de padronizar a gestão
ambiental das plantas e também de melhorar a gestão corporativa dos indicadores
de sustentabilidade. Esse software permite identificar, mensurar os impactos
positivos e negativos e acompanhar o desempenho das metas. Além da melhora na
gestão dos indicadores ambientais, espera-se também que o novo sistema leve a
melhora do relato (integralidade, consistência, transparência e exatidão das
informações) da companhia, entre outros benefícios.
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Abaixo, apresenta-se o quadro nº 2 identificando os percentuais de
evidenciação verificados nas empresas analisadas.
Quadro 2: Evidenciação nas empresas
Empresa % de Evidenciação BRF S.A. 71,43% Natura S.A. 85,71% JBS S.A. 57,14%
Fonte: elaborado pela autora com base nos dados coletados
Os percentuais exibidos no quadro acima foram obtidos pela divisão do número
de itens evidenciados pelas empresas pelo total de itens analisados, conforme o
critério da interação com o meio ambiente, estabelecido pela NBC T-15. Desta
divisão obteve-se um valor decimal que fora multiplicado por 100, resultando nos
percentuais apresentados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo analisou a contabilidade como instrumento de evidenciação
das informações ambientais em um grupo de empresas de capital aberto, que se
destacam por possuírem alto nível de divulgação em seus demonstrativos
financeiros.
Por meio das análises, pode-se perceber que as principais ferramentas para a
divulgação utilizada pelas empresas foram os Relatórios Anuais e de
sustentabilidade. Notou-se ainda a ausência da divulgação nas notas explicativas
com relação a ativos e passivos ambientais, a criação de provisões e reservas para
atender a casos de acidentes ecológicos, dentre outras informações relevantes.
Tornou-se evidente nas análises realizadas que, tanto a BRF S/A, quanto a
NATURA COSMÉTICOS S/A e JBS S/A têm evidenciado de forma suficiente as
informações relacionadas ao critério da Interação com o meio ambiente,
evidenciando os investimentos e ações que foram tomados ao longo dos anos,
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como: projetos ambientais e sociais que visaram a conscientização de
colaboradores e comunidades, informando inclusive gastos relacionados à educação
ambiental, além de terem ressaltado uma preocupação com o gerenciamento dos
seus processo produtivos, a fim de implantarem políticas e normas ligadas à
sustentabilidade. No entanto não foram mencionados nos relatórios possíveis
infrações e multas sofridas por estas empresas relacionadas aos impactos causados
no ambiente explorado por suas atividades.
Dentre as empresas analisadas, observou se que a NATURA é a que mais se
destacou na evidenciação dessas informações, ainda que não tenha feito de forma
completa. De modo que dentre as 03 empresas é a que possui maior nível de
evidenciação, com 85,71%, demonstrando com isso maior evidenciação do critério
de sua interação com o meio ambiente.
Constatou-se, portanto, que o nível de evidenciação realizado nas empresas
atende de modo satisfatório ao critério de evidenciação estabelecido pela NBC T-15.
Por outro lado notou-se que na evidenciação houve uma preocupação excessiva
com a melhoria da imagem da empresa, maior do que demonstrar as ações
sustentáveis aplicadas para eliminar os riscos ambientais das atividades.
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