a crítica de alasdair macintyre à concepção de linguagem

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  • 7/24/2019 A Crtica de Alasdair Macintyre Concepo de Linguagem

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    A CRTICA DE ALASDAIR MACINTYRE CONCEPO DE LINGUAGEM DASTRADIES FILOSFICAS ANALTICA E CONTINENTAL

    Rutiele Pereira da Silva Saraiva (orientanda ICV/UFPI), Helder Buenos Aires de Carvalho(Orientador. e!arta"ento de Filoso#ia $ UFPI).

    INTRODUO:

    Em sua perspectiva filosfica, Alasdair MacI t!re, filsofo co tempor" eo escoc#s radicadoos Estados U idos, prop$e o rompime to das fro teiras discipli ares acad#micas co ve cio ais, de

    modo a res%atar uma u idade das pr&ticas com o au'(lio da tradi)*o, retra)a do o lu%ar das virtudesa vida +uma a Uma das etapas dessa tarefa co siste a a &lise da crise da li %ua%em da

    moralidade, -ue tem seu lu%ar de desta-ue o fracasso do pro.eto ilumi ista de .ustificarracio alme te a moralidadeNesse se tido, podemos perce/er a vis*o de MacI t!re se%u do a -ual o -ue restam +o.e s*ofra%me tos desarticulados de moralidades desco te'tuali0ados, -ue assumem uma posi)*o a ti1tradicio alista, erra do .ustame te por i% orar o papel da +istoricidade a co stru)*o de suas teoriase *o alca )am assim uma u idade, %era do de/ates i come sur&veis e i termi &veis Um dessesfra%me tos 2 a co cep)*o de li %ua%em das tradi)$es filosficas a al(tica e co ti e tal comodefi idora do +uma o, dista cia do o +omem de sua a imalidade3 al%o -ue, para MacI t!re, 2 umcompo e te fu dame tal de sua ide tidade O prese te estudo visa elucidar a cr(tica de MacI t!re aessa co cep)*o de li %ua%em de modo a e'plicitar sua vis*o teleol%ica da teoria e da a)*o +uma a

    METODO4O5IA:

    6ara o dese volvime to da pes-uisa, foi feito o estudo das o/ras de Alasdair MacI t!re:e!ois da virtude 7899 ;, dos tr#s

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    /em 6ara ta to, a i vesti%a)*o das rela)$es li %B(sticas se fa0 ecess&ria O autor ressalta -ue ai vesti%a)*o filosfica *o pressup$e a pes-uisa sem" tica e opta por um estudo da li %ua%emsituada e *o uma sem" tica a1+istrica Nesse po to 2 poss(vel perce/er clarame te odista ciame to de MacI t!re da co cep)*o a al(tica, -ue coloca a sem" tica como filosofia primeirae co ce/e a resolu)*o das discord" cias filosficas primeirame te o (vel da pes-uisa sem" tica6ara MacI t!re, tal co cep)*o 2 sem ra0*o

    C A cr(tica de Alasdair MacI t!re co cep)*o de li %ua%em das ilosofias a al(tica eco ti e tal, ou a co cep)*o de Ide tidade uma a MacI t!rea a -ue vai de e co tro s filosofiasli %ua%eiras: MacI t!re defe de otoriame te a tese da ide tidade +uma a como uma ide tidadea imal e, ai da, -ue +& co ti uidades e semel+a )as e tre aspectos de atividades i teli%e tes dea imais *o1+uma os em rela)*o racio alidade pr&tica dos seres +uma os e -ua to seresdotados de li %ua%em 6ossuir li %ua%em e fa0er dela uso refle'ivo *o suprime do a imal +uma o o

    -ue compartil+a com as outras esp2cies, ta to -ua to o -ue co cer e a imalidade -ua to comoformas de vida A li %ua%em, ou mel+or, o uso da li %ua%em *o deve ser e carado como o defi idordo +uma o, .& -ue este possui de modo i dissoci&vel, uma primeira ature0a e ide tidade a imal Apartir disso, MacI t!re parte para a ar%ume ta)*o e co tra1ar%ume ta)*o em rela)*o capacidadede cre )as e ra0$es para a%ir prese tes os a imais *o1+uma os O filsofo afirma -ue esse temafoi a/ordado de forma i satisfatria, e em %ra de parte, a alisado de uma posi)*o u ilateral ee'clusivista MacI t!re usa os %olfi +os como e'emplo o seu ar%ume to de -ue al%u s a imais *o1+uma os podem ter sim cre )as, pe same tos, se time tos e posse de co ceito3 o modo comoperse%uem /e s de modo espec(fico fa0 com -ue a li +a e tre esses a imais e os +uma os se tor emais t# ue, o se tido de -ue admitir para eles /e s, leve a admitir ra0$es para a%irF esse aspecto -ue se co stitui a cr(tica de MacI t!re s perspectivas filosficas -ue suprimem essecar&ter dos a imais *o1+uma os da procura de /e s, possui do ra0$es para a%ir em tal orie ta)*o3e tre elas a filosofia a al(tica, -ue se%u do MacI t!re 2 a corre te filosfica mais radical esseaspecto, te do tra)ado uma li +a divisria -ue seria r(%ida e pouco esclarecedora e tre o ser +uma oe os a imais *o1+uma os

    @ON@4U?O:

    O -ue se co clui da pes-uisa reali0ada 2, i icialme te, -ue MacI t!re 2 um defe sor radicaldas tradi)$es, co ce/e do1as como ecess&rias i vesti%a)*o racio al acerca da moralidadeDe tro do co ceito de tradi)*o apo tado pelo autor e de sua # fase o car&ter +istrico damoralidade, perce/emos a rela)*o e tre filosofia G mais especificame te filosofia moral G com+istria, virtude, e li %ua%em A partir desses -uatro eleme tos podemos visuali0ares-uematicame te sua teoria moral e sua prete s*o ao retomar como sua fu dame ta)*o a 2ticaaristot2lica das virtudes E 2 a partir do reco +ecime to da depe d# cia e vul era/ilidades +uma ascomo percurso para alca )ar o status de racioci ador pr&tico, al2m do reco +ecime to da ature0a

    a imal i ere te ao +omem, -ue MacI t!re fa0 sua cr(tica co cep)*o de li %ua%em -ue a caracteri0acomo < ico car&ter defi idor do +uma o: filosofia a al(tica e filosofia co ti e tal

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    I icialme te pudemos a alisar o papel da li %ua%em de tro do tra/al+o de MacI t!re aopercorrer toda a +istria do de/ate moral a filosofia 7ou mesmo a tes, a o/serva)*o do a%ir+uma o relatado a poesia +om2rica; Tra/al+o cu.a prete s*o 2 retra)ar um modelo terico1pr&ticoda moralidade -ue *o possua as mesmas fal+as do pro.eto ilumi ista, -ue se.a ade-u&vel co tempora eidade e tra%a um pree c+ime to para o va0io dei'ado pelo fracasso de tal pro.eto Ofracasso -ue deu va0*o ao emotivismo e aos de/ates morais i come sur&veis e i fi d&veis3li/erta do o su.eito de pri c(pios e o/.etividade para o seu a%ir e -ue levou muitos a recorrerem ao

    iilismo, e'iste cialismo e pessimismo a falta de umtelos , ou pri c(pio teol%ico -ue os orie tassemem suas pr&ticas

    A ide tidade +uma a 2, se%u do o autor, uma ide tidade a imal, e perma ece ide tidadea imal mesmo aps ad-uirir o -ue seria sua Hse%u da ature0a ou ide tidade : a cultura e, com ela, ali %ua%em 6erma ece compartil+a do com os a imais *o1+uma os i teli%e tes muitas

    caracter(sticas, como o percorrer dos /e s, e a vul era/ilidade 7pri cipalme te a primeira i f" cia ea vel+ice;, em -ue se i te sificam as rela)$es de depe d# cia, e -ua do s*o aplicados padr$es de

    reciprocidade, s*o eles -ue fa0em com -ue a ossa rela)*o com as pessoas se.a difere te da -ueesta/elecemos com a imais de outras esp2cies, -ue tor am o ser +uma o e -ua to tal F a( -uerecai a cr(tica de MacI t!re s filosofias li %ua%eiras, -ue fa0em uma cis*o e tre +uma o e *o1+uma o com o ar%ume to de -ue a li %ua%em 2 o defi idor +uma o6ara MacI t!re, o re-uerer para o alca ce do racioc( io pr&tico vai al2m3 ele coloca a Jirtude, oue'cel# cia, como cami +o para o racioc( io pr&tico i depe de te F o e'erc(cio das virtudes -uecapacita o +omem a emitir .u(0o pr&tico i depe de te, e as -ualidades de car&ter s*o ecess&riaspara as rela)$es de reciprocidade F e t*o -ue a retomada da 2tica aristot2lica das virtudesdevidademe te revista sur%e a teoria macI t!rea a como proposta a solucio ar o caos i staurado

    a co duta moral do +omem co tempor" eo 6ossui do virtudes como car&ter, cora%em e .usti)a,talve0 o +omem e 'er%ue sua respo sa/ilidade e -ua to cidad*o -ue fa0 parte de uma cultura, deuma sociedade, e possui um papel -ue deve ser e'ecutado com e'cel# cia, -ue reco +ece suasvul era/ilidades e compree de a sua Hd(vida , participa do das rela)$es de dar e rece/er Oracioci ador pr&tico reco +ece as vul era/ilidades, e esse reco +ecime to ati %e a i depe d# ciaF ecess&rio tam/2m a/a do ar a id2ia de cis*o radical e tre +uma o e *o1+uma o -ue d& direitos

    ar/itr&rios ao primeiro em rela)*o os se%u do, de modo -ue o +omem pare com sua a)*oe'ploradora e si%a o cami +o das virtudes, e *o dos v(cios MacI t!re defe de o comu itarismocomo modelo a ser se%uido, por acreditar -ue a reciprocidade 2 a /ase para uma 2tica das virtudes e

    o -ual as rela)$es pol(ticas, sociais e eco Kmicas possam estar e-uili/radasDe tal modo, ao fi al da pes-uisa perce/emos a relev" cia da cr(tica de Alasdair MacI t!re

    s tradi)$es a al(tica e co ti e tal, -ue v*o de e co tro sua teoria 2tica das virtudes3 pois, como .&foi dito, *o 2 a posse de li %ua%em -ue defi e o +uma o, s*o todas essas rela)$es .& citadas, e sua

    ature0a a imal 7-ue se co stitui em um est&%io a terior li %ua%em; *o pode ser dissociada desseprocesso

    6A4AJRA?1@ AJE: Ftica @r(tica MacI t!re

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    RE ERLN@IA? I 4IO5R I@A?:

    MA@INT RE, ADepois da i!"#de ?*o 6aulo: Edusc, 899 PPPPP $#s"i%a de e'( )#a* !a+io,a*idade(- ?*o 6aulo: 4o!ola, == .....- A,i'a*es Ra+io,a*es / Depe,die,"es- arcelo a: 6aids I/2rica, 899