a cultura do tomateiro - uenf.br · egito espanha irã brasil – 4.310.477 t méxico ... tomate...
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Lycopersicon esculentum
Mill.
Solanum lycopersicon
(Spooner e Peralta, 2005)
Cosmopolita
Complexa
Risco econômico elevado
Pragas
Doenças
Principais países produtores
China
Estados Unidos
Turquia
Itália
Índia
Egito
Espanha
Irã
Brasil – 4.310.477 t
México IBGE - 2009
Principais regiões produtoras
Região Sudeste – 47%
São Paulo – 60%
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
Região Centro-Oeste – 24%
Goiás – 23% produção mundial
AGRIANUAL - 2008
Consumo anual per capta de tomate
Brasil: 18,5 Kg/hab/ano
China: 19,3 Kg/hab/ano
Egito: 84,4 Kg/hab/ano
Índia: 6,4 Kg/hab/ano
Itália: 66,1 Kg/hab/ano
Espanha: 42,7 Kg/hab/ano
Turquia: 85,7 Kg/hab/ano
EUA: 34,4 Kg/hab/ano
Fonte: FAOSTAT
Origem
L. esculentum var. cerasiforme
(tomate cereja) – ancestral
comum
Espécies silvestres - região
andina (Chile, Colômbia,
Equador, Bolívia e Peru)
México -centro secundário.
Especies silvestres
L. hirsutum L. pennellii
L. pimpinelifolium
tgrc.ucdavis.edu/images
Europa – Espanhóis ( XVI)
Itália – 1550
Europeus - XVII, os enviaram o
tomate para a China e países do sul
e sudeste asiático
Século XVIII - Japão e os EUA.
Europa e Ocidente - tornou-se
popular no final do século XVIII
Brasil - foi introduzido por
imigrantes europeus no final do
século XIX.
Expansão do tomateiro
Planta ornamental
Tóxica ?
Solanaceae
Herbácea – caule flexível
Planta perene / cultura anual
Ciclo: 4 a 7 meses
Colheita: 1 a 3 meses
Em estufa – maior ciclo e colheita
Aspectos botânicos
Folhas pecioladas
Número ímpar de folíolos
Hábito de crescimento
Determinado (agroindústria)
Aspectos botânicos
Indeterminado
Flores hermafroditas
Frutos vermelhos – Carotenóide licopeno (anticancerígeno)
média de 3,31 mg em 100 g
Peso dos frutos:
25 g (“cereja”)
> 300 g (“salada”)
Tamanho formato e número de lóculos
Aspectos botânicos
Valor nutricional
Rico em licopeno (média de 3,31 mg em 100 g)
Vitaminas dos complexos A e B
Minerais importantes, como o fósforo e o potássio, além de ácido fólico, cálcio e frutose
Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes
Clima
Tropical de altitude
Regiões serranas
Planalto
Subtropical ou temperado, seco e luminosidade elevada
Termoperiodicidade diária (6o – 8o C)
21o a 28o C (dia)
15o a 29o C (noite)
Estádio de
desenvolvimento
Temperatura (º C)
Mínima Ótima Máxima
Germinação 11 16 a 29 34
Crescimento
vegetativo 18 21 a 24 32
Pegamento de
frutos (noite) 10 14 a 17 20
Pegamento de
frutos (dia) 18 19 a 24 30
Desenvolvimento
da cor
vermelha
10 20 a 24 30
Desenvolvimento
da cor
amarela
10 21 a 32 40
Fonte: GEISENBERG & STEWART (1986)
Cor
Licopeno inibido em
temperaturas altas
Caroteno (amarelo)
Tomates da
Amazônia
Indiferente ao fotoperíodo
Pluviosidade excessiva
Elevada umidade do ar
Doenças fúngicas e bacterianas
Granizo e geada
Cultivo período seco – ideal
Cultivo período chuvoso - desafio
Cultivares
Resistência a doenças
Qualidade dos frutos (“longa vida”)
Grupos
Santa Cruz
Salada
Cereja
Italiano
Agroindustrial
Grupo Santa Cruz Desde a década de 40
Resistência ao manuseio e transporte
Elevada produtividade
Tratos culturais intensivos
Dois ou três lóculos
160 a 200 g
Sabor “pobre”
Hábito de consumo
Indeterminado
Não é usado em estufa
„Santa Clara‟; „Débora‟
Novas cultivares com R a
F, V, S, Viroses
www.pesagro.rj.gov.br/tomate
Grupo Salada Caqui ou Maçã
250 g
Delicados
Saborosos
Globulares
Plurilocular (5 a 10)
Preços mais elevados
Demanda menor
Indeterminado/Determinado
Campo/estufa
Embalagem
Anomalias fisiológicas: lóculo aberto; rachaduras
Grupo cereja
Introdução no início dos 90
Tamanho pequeno: 15-25 g
Biloculares
Vermelho brilhantes
Indeterminado
Campo/estufa
HÌBRIDOS
www.pesagro.rj.gov.br/tomate.html
Grupo Italiano
Final da década de 90
Biloculares, alongados
Comprimento= 2 x diâmetro
Molhos e ornamentação de pratos
Indeterminado
Campo/estufa
Poucas cultivares (ex.: Híbrido Andréa)
Grupo Agroindustrial
Rasteira, sem tratos sofisticados
Baixo custo da matéria-prima
Alta R ao transporte
Vermelho intenso e uniforme
Elevado teor de sólidos solúveis
Teor adequado de ácido cítrico
Amadurecimento simultâneo
Cultivares: IPA 5, IPA 6, UC-82, Rio Grande
Nutrientes
Nitrogênio
Excesso:
Frutos ocos, podridão apical; doenças
Deficiência:
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT...
Clorose por deficiência de nitrogênio
Fósforo - favorece:
Sistema radicular; abundante florescimento; estimula frutificação
Menor crescimento de plantas por causa da deficiência de fósforo.
Folhas arroxeadas em razão
da deficiência de fósforo
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT...
Potássio – excesso:
Desequilíbrio – podridão apical
Queima das bordas das
folhas, deficiência de potássio
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT...
Cálcio – Podridão apical
CaCl2 (0,6%)
Magnésio – Amarelo baixeiro
MgSO4 (1,5%)
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT…
Implantação da cultura
Semeadura direta no campo
Produção de mudas
Em sementeira
Em copinho
Em Bandeja
sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT...
Tratos culturais
Irrigação
Podas
Desbaste
Tutoramento
Amontoa
Raleamento de pencas
Cobertura morta
Controle de invasoras
Herbicidas registrados para tomateiro
Ação principal do
produto nas
plantas
Produto Dose (Kg ou l/ha) Época ou modo de
aplicação 3/ Nome comum Nome comercial Ingrediente
ativo
Formulação
Aplicação isolada
Folhas largas Flazasulfuron Katana (0,05 – 0,10)
0,2 – 0,7 PÓS
Metribuzin Sencor 480 ou Lexone (0,48) 1,0 PPI, PRÉ
Gramíneas Clethodim Select 240 CE (0,8 – 0,11)
0,35 – 0,45 PÓS
Fluazitop-P butyl
Fusilade 125, 250 EW (0,19-0,25) 1,5-2,0 PÓS
Napropamide Devrinol 500PM (2,0-3,0) 4,0-6,0 PPI
Quizalofop – P ethyl
Tarza 50 CE (0,07 – 0,10)
1,5 – 2,0 PÓS
Trifluralin Treflan ou similar (0,58-1,15) 1,2-2,4 PPI
Aplicação não seletiva (Manejo plantio direto)
Total, do tipo manejo plantio direto
Diquat Glyphosate Paraquat
Reglone Roundup ou similar Gramoxone
(0,3-0,4) (0,36-2,16)
(0,3-04)
1,5-2,0 1,0-6,0 1,5-3,0
PP PP PP
Fonte: Agrofit (2005)
Anomalias fisiológicas Podridão-apical
Ca
Lóculo aberto B ?; temp. baixa ? Borax via foliar (0,25%)
Queda de flores e frutos Temp. altas; doenças; insetos; excesso ou deficiência de
N Frutos amarelados
Altas temp. Frutos ocos
N em excesso
Murcha-bacteriana (Ralstonia
solanacearum) Alta temperatura
Solos úmidos
Sintomas e prejuízos
Controle
Rotação de culturas
Áreas livres –
solanáceas
Reduzir a irrigação
Evitar ferimentos
Cultivares resistentes
???
Mancha Bacteriana
(Xanthomonas campestris pv. vesicatoria) 20 – 30 °C
Chuvas e ventos fortes
Sintomas e prejuízos
Controle:
Sementes sadias
Termoterapia
Lavouras velhas
Rotação de culturas
Evitar aspersão
Lavar e desinfestar implementos
Cúpricos (Recop, Reconil)
Cultivares resistentes ???
Talo-oco ou podridão-mole
(Erwinia carotovora) Umidade e temperatura altas
Solos mal drenados
Sintomas e prejuízos
Controle
Solos bem drenados
Excesso de N
Água de irrigação
Chuvas: aumentar o espaçamento
Evitar ferimentos
Controlar insetos
Rotação de culturas
Evitar plantios em épocas quentes
Pinta-bacteriana
(Pseudomonas syringae pv. tomato) T amenas e alta umidade
Via semente
Sintomas e prejuízos
Controle
Sementes sadias
Termoterapia
Lavouras velhas
Rotação de culturas
Evitar aspersão
Resistência genética
‘Agrocica Botu-13’
Pythium spp.; Phytophthora nicotianae var. parasitica; P.
capsici, Rhizoctonia solani, Sclerotinia sclerotiorum,
(Tombamento/Murcha)
Implementos agrícolas
Água de irrigação
Alta umidade e densidade de plantas
Controle:
Produção de mudas (sementes, substrato)
Irrigação
Cultivares resistentes???
Pinta-preta (Alternaria solani)
T e umidade altas
Sintomas e prejuízos
Não ataca folhas novas
Controle:
Sementes sadias
Rotação / Eliminação de restos
/ Lavouras velhas
Cúpricos: calda bordalesa;
Cuprogarb; Cupravit; Folicur;
Rovral
Murcha-de-Fusarium
(Fusarium oxysporum f. sp. radicis-lycopersici)
Muito destrutiva
Sintomas e prejuízos
Controle:
Cultivares resistentes:
„Angela Gigante I-5100‟;
„Barão Vermelho‟;
„Concorde‟; „Jumbo‟;
„TSW-10‟, „Nemadoro‟;
„IPA-5‟, „IPA-6‟, outras.
Evitar trânsito de máquinas
Requeima (Phytophtora infestans)
Umidade elevada (neblina, chuva
fina, orvalho); 20 C
Sintomas e prejuízos
Controle:
Lavouras velhas
Eliminar restos
Evitar irrigações frequentes
Excesso de N
Espaçamento
Ridomil-Mancozeb; Reconil;
Daconil; Folio
Murcha-de-Verticillium
(Verticillium dahliae)
Ocorrência generalizada
Clima ameno
Sintomas e prejuízos
Controle:
Cultivares resistentes:
„Príncipe Gigante‟, „Santa
Clara‟, „Tropic‟,
„Nemadoro‟, „IPA-5‟,
„Jumbo‟; outras.
Eliminar plantas daninhas
Murcha-de-esclerócio (Sclerotium
rolfsii) T e U altas
Tomate rasteiro
Reboleiras
Sintomas e prejuízos
Controle:
Rotação de culturas
Irrigação
Colheita x chuva
Cercobin
Meloidogyne spp. Maiores perdas em solos
arenosos
T > 25 C
Deficiência nutricional
Plantas raquíticas e amareladas
Controle:
Cultivares resistentes: „Nemadoro‟; „Raísa N‟, „Débora Plus‟, „Andréa‟
Rotação de culturas
Vírus do mosaico do fumo (TMV)
Vírus do mosaico do tomateiro (ToMV) Mesmo grupo –similares serologia/
Altamente infecciosos e estáveis
Ampla gama de hosp.
Transmissão mecânica
Sintomas
Controle:
Cultivares resistentes: ‘Raísa N’; ‘Híbrido AF-2612’; ‘Diana’; ‘Carmen’
Sementes sadias
Desinfetar ferramentes e mão
Evitar FUMAR
Pepper yellow mosaic
virus (PepYMV) mosaico intenso
definhamento da planta
redução da produção
Os folíolos de algumas
plantas apresentavam áreas
necróticas na face inferior
Em algumas lavouras as
perdas foram totais
Mosaico-dourado (Geminivirus)
Mosca-branca
Sintomas:
Folhas mais novas
Enrolamento dos
folíolos
Controle:
Associado ao controle
da mosca branca
Vira-cabeça
(TSWV,TCSV, GRSV-Tospovirus) Principal complexo virótico no
Brasil
Trípes
Maiores perdas: quente e seco
Sintomas
Controle:
Mudas protegidas
Inseticidas-controle trípes
Cultivar resistente: „TSW 10‟
Escaldadura
Próximo ao início da
colheita
Coloração esbranquiçada
e enrugada
Fungos “secundários”
Cultivares com boa
cobertura foliar
Grupo químico Ingrediente ativo Nome comercial
Aciluréia Lufenuron Match CE
Aril propil benzil éter Etofenprox Trebon 300 CE
Avermectina Abamectin Vertimec 18 CE
Benoiluréia
Chlorfluazuron Atabron 50 CE
Teflubenzuron Nomolt 150
Triflumuron Alsystin 250
Biológico Bacillus thuringiensis Agree, Dipel, Ecotech, Xentari
Derivado da uréia Diflubenzuron Dimilin
Diacilidrazina Tebufenozide Mimic 240 SC
Ditiocarbamato Cartap Cartap BR 500, Thiobel 500
Fosforado
Fentoato Elsan
Metamidophos Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron Br
Parathion metyl Mentox 500 CE
Piretróide
Betacyfluthrin Bulldock 125, Trebon 300 CE, Turbo
Cyfluthrin Baythroid CE
Cypermethrin Arrivo 200 CE, Cyptrin 205 C, Galgothrin, Ripicord 100
Deltamethrin Decis 25 CE
Esfenvalerate Sumidan 25 CE
Fenpropathrin Danimen 300 C, Meothrin 300
Fenvalerate Belmark 75 CE, Sumicidin 200
Lambdacyalothrin Karate 50 CE
Permethrin Ambush 500 CE, Corsair 500 C, Piredan, Pounce 384 CE, Valon 384 CE
Zetacypermethrin Fury 180 EW
Fonte: Anvisa
Mosca Branca
Transmissao de virus
Controle cultural
Plantio de mudas sadias
Uso de barreiras vivas
Uso de armadilhas
Cvs. Resistentes (virus)
Controle químico
Controle biológico
Amadurecimento irregular dos
frutos - toxina injetada pelo inseto.
Ninfas
Grupo químico Impacto sobre
mosca-branca Ingrediente ativo Produto comercial
Ditiocarbamato Mortalidade de adultos Cartap1 Cartap, Thiobel
Fosforado Mortalidade de adultos e ninfas Acephate1 Orthene 750BR
Dimethoate Tiomet 400CE
Metamidophos1 Faro, Hamidop 600, Metafos, Metamidofos Fer, Nocaute, Stron, Tamaron BR
Triazophos1 Hostathion 400
Fosforado + piretróide Mortalidade de adultos e ninfas Triazophos + Deltamethrin1 Deltaphos CE
Piretróide Mortalidade de adultos e ninfas Betacyfluthrin Bulldock 125SC
Esfenvalerate Sumidan 25CE
Fenpropathrin Danimen 300CE, Meothrin 300
Fenvalerate Belmarck 75CE, Sumicidin 200
Neonicotinóide Inibe a alimentação, vôo e movimento de adultos; reduz a oviposição
Acetamiprid1 Sauros PS, Mospilan
Imidacloprid1 Confidor, Provado
Thiamethoxan1 Thiamethoxan 250WG, Actara
Thiacloprid1 Calypso
Piridazinonas ----------------2 Pyridaben1 Sanmite
Piridil éter Inviabiliza eclosão de ovos; esteriliza fêmeas e pupas; inibe o desenvolvimento de ninfas
Pyriproxyfen1 Cordial 100, Epingle 100, Tiger 100
Tiadiazina Reduz a produção de ovos das fêmeas; esteriliza ovos; inibe o desenvolvimento de ninfas
Buprofezin1 Applaud Fonte: AGROFIT
1. Acaro-do-bronzeamento
2. Larva minadora
3. Tripes
4. Pulgoes
5. Broca grande
6. Broca pequena
1 3
2
4
5 6
Colheita
Início: 90 a 120 dias
Indeterminado:
Duração 50 a 90 dias
90 a 150 t/ha
Cuidados pós-colheita
“Packing houses” – selecionados, lavados, secados, lustrados, classificados, padronizados e embalados
Classificação
Categorias - Extra, Categoria I, Categoria II e Comercial
http://www.cidasc.sc.gov.br/html/legislacao/legislacao%20produtos/Portaria%20553%20Tomate%20-%20Norma.pdf
http://www.cidasc.sc.gov.br/html/legislacao/legislacao%20produtos/Portaria%20553%20Tomate%20-%20Norma.pdf
Classificação do tomate para processamento industrial.
Tipo
Exigência mínima
de frutos
bons (%)
Tolerância
máxima de
defeitos
graves (%)
Prêmio ou
desconto
sobre o peso
(%)
Especial 50 0 a 10 + 10
Standard 40 10 a 20 0
Utilizável I 40 20 a 25 - 5
Utilizável II 40 25 a 30 - 10
Utilizável III 40 30 a 35 - 20
Utilizável IV 40 35 a 40 - 30
Fonte: Portaria nº 278, de 1988, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento