a dor crÓnica de origem nÃo maligna
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Recomendadoaos
Prestadores de Cuidados Informais
Autocuidados na Sade e na Doena
Guias para as Pessoas Idosas
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A D O R C R N I C A D EORIGEM NO MALIGNA
Direco-Geral da Sade
Lisboa 2001
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PALAVRAS-CHAVE
ENVELHECIMENTOAUTOCUIDADO mtodos
DOENA CRNICADOREUROPA
This publication has been published by the Regional Office for Europe of the World Health Organizationin 1990 under the title "Coping with chronic nonmalignant pain".
Translation rights for an edition in Portuguese have been granted to Ministry of Health/GeneralDirectorate of Health, Alameda D. Afonso Henriques, n. 45 1049-005 LISBOA, by the Director of TheRegional Office for Europe of the World Health Organization.
Esta publicao foi editada em 1990, pelo Bureau Regional da Organizao Mundial de Sade, com ottulo "Coping with chronic nonmalignant pain".
Os direitos de traduo para a edio portuguesa foram concedidos ao Ministrio da Sade/Direco--Geral da Sade, pelo Director do Bureau Regional da Organizao Mundial da Sade para a Europa.
A adaptao portuguesa foi realizada sob o parecer da Associao Portuguesa Para o Estudo da Dor,presidida pelo Prof. Doutor Jos Manuel Castro Lopes.
Edio
Ministrio da Sade/Direco-Geral da SadeAlameda D. Afonso Henriques, n.o 45 1049-005 LISBOA
Reviso em 2001
Direco-Geral da SadeDiviso de Sade das Doenas Genticas, Crnicas e GeritricasGabinete de Documentao e Divulgao
Capa
Francisco Vaz da Silva
Impresso
Maiadouro, SA
Tiragem
100.000 exemplares
Depsito Legal
158 403/00
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SUMRIO
DOR CRNICA E ENVELHECIMENTO 5AS CAUSAS DA DOR 7A QUALIDADE DE VIDA 8
AS AJUDAS 9Ajudas domsticas 9Ajudas tcnicas 10Apoios na comunidade 10
OS ESTILOS DE VIDA 12A importncia das atitudes 12A capacidade de resolver problemas 12Como enfrentar o stress 13Relaxamento 14
Repouso e sono 14Posturas 15Manuteno da vida activa e desenvolvimento de actividades ldicas 16A partilha de experincias 17Exerccio fsico regular 18
ALGUMAS MEDIDAS PRTICAS PARA ALVIO DA DOR CRNICA 20Aplicao de calor 20Aplicao de frio 20Massagem 21Medicamentos 21Estimulao Elctrica Nervosa Transcutnea 22Outras tcnicas de tratamento 23Cirurgia 23Psicoterapia 24
ESCALAS DE AVALIAO 25
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DOR CRNICA E ENVELHECIMENTO
Uma dor considerada crnica sempre que a sua durao seja igual ousuperior a 6 meses. As queixas dolorosas podem ocorrer em qualquerparte do corpo.
Cerca de 1 em cada 10 pessoas sofre de dor crnica, cuja intensidadeobriga procura de cuidados especficos. Este facto no uma conse-quncia inevitvel do envelhecimento. Na realidade, as pessoas mais novaspodem sofrer mais vezes de dores fortes do que as mais velhas. Quando seenvelhece, a tendncia para se ter menos sensibilidade dor, especial-mente dor de cabea, dor abdominal ou dor facial.
Nos idosos, a dor crnica habitualmente o resultado de alteraesestruturais ou funcionais causadas por doena. Os msculos e os ossoscostumam ser a origem mais frequente de dor crnica; no entanto, outrosrgos e tecidos moles do corpo tambm podem sofrer alteraes causa-doras de dor.
As alteraes nos vrios tecidos, ossos, msculos e rgos podemafectar os processos bsicos de funcionamento do corpo. Assim, por exem-plo, como o envelhecimento reduz a densidade ssea, esta pode levar compresso dos ossos que formam a coluna vertebral as vrtebras. Porsua vez, os discos de cartilagem, situados nos espaos entre as vrtebras,tambm podem ser danificados.
Em resultado destas duas alteraes, as pessoas vo ficando maisbaixas. A reduo da densidade torna tambm alguns ossos mais frgeis e,por isso, mais sujeitos a fractura.
As fibras musculares no tm capacidade de se reproduzir, pelo queo seu nmero vai diminuindo. Mas este facto pode ser compensado atra-vs da actividade fsica, que, praticada com regularidade, faz aumentar o
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tamanho e a fora dos msculos. Esta uma das razes por que o exerccio
fsico to importante ao longo de toda a vida.
medida que se envelhece, a massa muscular e a massa corporalmagra diminuem, enquanto a massa gorda aumenta. Torna-se necessrio,por isso, fazer uma alimentao equilibrada durante toda a vida, para evitaro excesso de peso no futuro.
Muitas das mudanas que acontecem com a idade podem ser inc-modas, mas no afectam o estado de sade. Contudo, algumas alteraes
sseas e de outros rgos podem causar dor e, deste modo, afectar a sadee a qualidade de vida.
De entre as doenas provocadas pelas citadas alteraes, destacam-se:osteoartrose (artrite no inflamatria), artrite reumatide, osteoporose, dis-soluo de uma vrtebra (espondilose), lcera da perna, acidente vascularcerebral (vulgarmente conhecida por trombose), nevralgia (dor do nervo),dor fantasma (aps amputao de um membro), herpes zoster (zona), faltade sangue nalguma parte do corpo (isqumia), angina de peito e inflamaodo pncreas ou de outro rgo.
No caso de se ser atingido por alguma destas alteraes, deve apren-der-se a lidar com elas, prevenindo a dor, sempre que possvel, e adaptandoo meio e o estilo de vida de todas as formas que possam contribuir parareduzir ou controlar a dor, quando ela acontece. Perceber a causa da dor tambm muito importante, porque pode ajudar a melhor a poder controlar.
este o principal objectivo da brochura.
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AS CAUSAS DA DOR
C ontrolar a dor crnica inclui a preveno da incapacidade e dadeficincia. Conhecendo a causa da dor, podem prevenir-se outrosproblemas fsicos e psicolgicos.
Por isso, muito importante dizer ao mdico assistente tudo o que sesabe sobre o comeo, localizao, durao e intensidade da dor, para queele possa fazer um diagnstico correcto. Tambm importante dizer-lhe emque medida que a dor impede de se fazer uma vida normal. As escalas deavaliao da dor e do desempenho, como as que se mencionam nosQUADROS deste GUIA, podem ser particularmente teis.
S depois do exame clnico, que pode tambm incluir anlises eradiografias, que deve ser feito o diagnstico.
A partir dele, com a ajuda do mdico, da famlia e de todas as pessoascom quem se convive, pode-se elaborar um plano de controlo da dor.Outros profissionais, tais como enfermeiras, assistentes sociais ou fisio-terapeutas, tambm podero ajudar na execuo do plano de controloda dor.
No entanto, o elemento mais importante desta equipa a prpriapessoa que tem a dor.
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A QUALIDADE DE VIDA
Como o conceito de qualidade de vida varia de pessoa para pessoa, devedizer-se aos outros o que que se considera melhor para si prprio eaquilo que se gostaria que fosse feito nesse sentido.
Por exemplo, no caso de se entender que o estado de sade que se tem
s permite fazer actividades fsicas leves, estas devem ter apenas umadeterminada durao, que pode ir aumentando gradualmente.
Se cada um se sente mal consigo prprio ou triste, importante revera atitude em relao dor de que sofre. Pode-se suportar melhor a dor se,a par desse sofrimento, se tiverem outras experincias agradveis. Todavia,cada um que sabe o que melhor para si prprio.
O convvio com outras pessoas, para alm dos amigos e familiares,
bem como a participao noutras actividades sociais, mesmo que seja pelaprimeira vez, pode ser muito importante.
Finalmente, o contacto com os elementos da equipa de sade e oestabelecimento de uma relao de confiana com, pelo menos, um dosseus elementos pode ser valioso. No entanto, essa colaborao pessoalrequer que ambas as partes concordem em alcanar objectivos realistas.Por exemplo, um deles poder ser a ausncia pura e simples da dor. Comoisto, infelizmente, nem sempre possvel, ser mais adequado procurar umcontrolo parcial da dor. Controlar, assim, a dor, tornando-a mais fraca e
mais rara, pode vir a ser o bastante para uma melhoria da qualidade de vidae das actividades dirias. O apoio de profissionais especializados e asajudas tcnicas possibilitaro o desenvolvimento e a revitalizao da quali-dade de vida.
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AS AJUDAS
Ajudas domsticas
Um primeiro passo importante a adaptao do espao situao emque se vive. importante identificar tudo aquilo que causa agravamento da dor.Em seguida, devem ser feitas as alteraes necessrias. Vamos dar alguns
exemplos:
s Se o subir de escadas agrava a dor nas pernas ou nas costas, as activi-dades dirias e os espaos devem ser reorganizados, de modo a evitarou reduzir o uso de escadas.
s Se o simples acto de sentar se torna doloroso, as cadeiras a utilizardevem ter uma configurao mais apropriada.
s Se o andar tambm se torna difcil, devem ser colocados corrimos nasdivises mais utilizadas da casa.
s Se custa muito entrar e sair da banheira, poder instalar-se umpoliban.
s Se ao passar a ferro a dor no ombro e no brao aumenta, deve usar-seum ferro de engomar que necessite de menor presso.
s Se cozinhar ou lavar a loua so tarefas penosas, por se estar de pdurante muito tempo, a pessoa deve sentar-se num banco ou cadeira.
s Um carrinho de compras pode ser de grande utilidade para o transportede pesos.
s conveniente fixar os tapetes, para no se escorregar.
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Ao procurar-se adaptar o meio envolvente, conveniente pedir a
opinio do mdico, enfermeiro ou fisioterapeuta. Tambm existem algumasInstituies e Organizaes No Governamentais disponveis para prestar o
necessrio apoio.
Ajudas tcnicas
Certas doenas, como a osteoartrose, podem afectar at os movimen-
tos mais simples. Embora a sua cura no seja possvel, pode melhorar-se a
qualidade de vida do doente atravs da fisioterapia, da medicao e de
ajudas tcnicas.
s A simples adaptao de taces ou a colocao de palmilhas nossapatos poder ser suficiente para diminuir a dor nas costas e nopescoo.
s Prateleiras, barras de agarrar ou barras de apoio em banheiras,assentos altos de sanita, andarilhos e bengalas com ponteiras deborracha podem ajudar a ter autonomia.
Algumas ajudas simples podem ser importantes para desenvolver as
actividades dirias, tais como: abrir e fechar torneiras, cortar po ou carne,
descascar vegetais, abrir embalagens e pacotes, lavar, calar meias e sapa-
tos, cortar unhas, coser roupa, fazer malha, jardinar ou, simplesmente,
apanhar objectos cados.
Existem tambm acessrios e dispositivos que ajudam a comer e beber.
Por exemplo, h dispositivos em forma de tubo que podem ser usados para
adaptao ao cabo dos talheres. H tambm cafeteiras, caarolas e outraspeas do trem de cozinha especialmente desenhadas e adaptadas, para
facilitar a vida diria.
Apoio na comunidade
Apesar das nossas limitaes, importante alargarmos os nossos
horizontes, para alm da casa onde vivemos.
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Juntamente com familiares, vizinhos e amigos, podemos intervir social-
mente no sentido de modificar o espao que nos rodeia, de modo a facilitara circulao de pessoas com limitaes de ordem fsica, bem como degrvidas ou de pais com crianas pequenas. Em conjunto, com todaselas, possvel constituir alianas e criar sinergias, para se conseguiremalgumas mudanas.
Por exemplo:
s Mais tempo para atravessar as passadeiras com sinais luminosos.
s Pavimentos antiderrapantes.
s Rampas e elevadores.
s Equipamentos desportivos acessveis, como por exemplo, piscinas.
s Centros de Dia, Associaes, etc.
s Facilidades no acesso a bibliotecas, teatros, cinemas, etc.
s Transportes adequados de e para os locais acima referidos.
Identificando bem os problemas e as necessidades, pode-se mais facil-mente sensibilizar as autarquias, o governo e as empresas para o que podee deve ser feito no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoascom limitaes de ordem fsica.
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OS ESTILOS DE VIDA
A importncia das atitudes
Muitas vezes h que aceitar as limitaes e o agravamento da doenae fazer as necessrias adaptaes. certo que se torna fcil cair nopessimismo e na passividade, mas muito importante estar-se preparado
para esta fase da vida. O desenvolvimento de uma atitude positiva podertornar as coisas mais fceis quando for preciso enfrent-las.
A participao em actividades interessantes e agradveis pode alargar o
crculo de amigos, o que ir facilitar a adaptao s novas situaes.
Perante as rpidas mudanas que caracterizam o nosso tempo,
necessria uma preparao adequada para rever atitudes e valores e para se
estar a par dos acontecimentos e das transformaes que se operam na
sociedade e no mundo.
Assim, mais fcil reorganizar o prprio estilo de vida e ajudar aqueles
que enfrentam problemas ou crises semelhantes.
A capacidade de resolver problemas
Como lidar com problemas e situaes preocupantes, causadoras de
stress?
A melhor forma desenvolver capacidades que possibilitem enfrentar,
resolver e ultrapassar as dificuldades. Isto implica aprender a gerir as difi-
culdades postas pelos novos problemas de sade que podem surgir em
qualquer fase da nossa vida.
Para conviver com a dor crnica, h que ser capaz de reduzir a sua
importncia, tolerar e aceitar. Tudo depender da situao concreta.
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Factores que influenciam positivamente a forma de responder dor
crnica:
s Estar ocupado;
s Estar bem informado acerca das condies que causam a dor.
Factores que influenciam negativamente:
s
A existncia de problemas anteriores no resolvidos;
s A dificuldade em aceitar o envelhecimento;
s Sofrimentos adicionais, tais como luto e solido.
As estratgias para enfrentar os problemas que forem surgindo devero
ser mais activas do que passivas.
O apoio de outras pessoas muito importante. Pode-se encontr-lono crculo de amigos e em numerosas actividades de carcter social ou
cultural, direccionadas para o desenvolvimento e aquisio de novas
capacidades e aptides.
Podem-se organizar actividades que dem satisfao, no sentido de
contrabalanar a experincia negativa da dor crnica.
O controlo da dor por meio de medicamentos (analgsicos) deve ser
feito de modo a prevenir o seu aparecimento. No se deve esperar que a dorseja suficientemente intensa, para se tomar o medicamento receitado pelo
mdico.
Como enfrentar o stress
A palavra stressdefine um desequilbrio entre as exigncias e a capaci-
dade de lhes dar resposta.
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Existem dois tipos de stress:
s A chamada tenso produtiva, que melhora a nossa eficcia;
s O stressdestrutivo, que pode ser causado por uma falta de harmoniacom o meio que nos rodeia.
Algumas das causas mais frequentes de stressdestrutivo so: a falta decontrolo sobre os acontecimentos, a incerteza e as alteraes demasiadofrequentes. At as pequenas dificuldades do dia-a-dia podem ter um efeito
cumulativo e ser geradoras de stresscrnico e destrutivo.
Os sintomas de stressso variados, podendo incluir irritao, cansaopermanente, insnias, dores de cabea, perda de apetite e palpitaes.
Os principais sinais so: rigidez muscular (que por sua vez vai agravara dor j existente), batimento acelerado do corao e tenso arterial alta.
Relaxamento
A prtica regular de exerccios de relaxamento pode ajudar a controlara tenso excessiva e o stress.
Exemplo:
Feche os olhos e controle a sua respirao. Esta deve ser lenta e pro-funda. A seguir, procure relaxar os msculos do corpo. Pode comear pelosps, seguindo-se as pernas, as coxas, as ndegas, o trax, os braos, opescoo e, finalmente, a cabea, de modo a que todas as partes do seu
corpo transmitam uma sensao de leveza. Procure estar neste estadodurante cerca de 10 a 15 minutos. Ao reiniciar a actividade, faa-o gradual-mente, sem brusquido.
Repouso e sono
As insnias podem agravar as dores, designadamente, nos msculos etecidos moles do corpo.
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Para dormir melhor durante a noite, pode ter de se rever o padro de
sono. conveniente:
s Evitar as sestas durante o dia;
s Ir para a cama todos os dias mesma hora da noite, de modo a que o
corpo se habitue a uma rotina;
s
Praticar alguns exerccios de relaxamento, como os anteriormentereferidos;
s Evitar leituras ou programas de TV ou vdeo excitantes, antes de deitar;
s Evitar o consumo de caf ou ch antes de deitar, que podem ser subs-
titudos por sopa ou leite;
s Usar a roupa de cama adequada, para se conseguir uma temperatura
confortvel;
s Manter uma posio que reduza a dor. Por exemplo, colocar as pernas
acima das ancas para reduzir a dor causada pela falta de irrigao san-gunea das pernas (provocada, por exemplo, pela aterosclerose);
s Fazer uso de dispositivo especfico que tenha sido prescrito para alvio
da dor, como por exemplo, um colar cervical, no caso de espondilosecervical.
A prtica regular de exerccios de relaxamento, semelhantes aos
descritos, pode ser bastante til, afastando o limiar da dor, causada por
tenso ansiosa.
Posturas
Como dissemos, a dor nas pernas, causada por aterosclerose, pode seraliviada elevando as pernas acima do nvel da articulao da anca.
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Quando se pega em objectos pesados, importante fazer uso dos
joelhos, dobrando-os, de modo a manter a coluna direita. Evita-se, assim,o aparecimento de leses, tais como hrnias discais.
O uso de uma cadeira de baloio pode contribuir para aliviar a sensao
dolorosa nas costas. Da mesma forma, o uso de um colar cervical ou de um
lombostato, prescritos pelo mdico, pode tambm ser de grande utilidade
quando se tem espondilose.
Manuteno da vida activa e desenvolvimento de actividades ldicas
Manter uma vida activa significa no s continuar com as actividades e
relacionamentos j existentes, como tambm criar outros novos. O crculo
social pode ser alargado e enriquecido pela diversificao de interesses e
pelo desenvolvimento da curiosidade natural.
Todavia, isto deve ser feito de acordo com as capacidades de cada um,
de forma a no agravar a sua dependncia em relao aos outros.
O leque de actividades a escolher vasto. Pode incluir: artes, arte-
sanato, correspondncia postal e cursos diversos, tanto no local de residn-
cia como noutras instituies, como, por exemplo, as Universidades para a
Terceira Idade. Os jornais, as bibliotecas ou mesmo os anncios em
Estabelecimentos Comerciais, Centros de Segurana Social, Autarquias ou
Centros de Sade podero constituir boas fontes de informao. Muitas
vezes, basta o contacto com mais 2 ou 3 pessoas, para se fazer o alarga-
mento rpido da rede de apoio. O mais difcil dar o primeiro passo, mas
convm no esquecer que as outras pessoas tambm podem precisar deajuda.
Nalguns casos de doenas incapacitantes, existem associaes espe-
cficas para as pessoas com esta ou aquela doena.
Uma vida plena inclui, necessariamente, a capacidade de dar e receber
amor nas suas expresses mais variadas. A sexualidade, a capacidade de
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responder fisicamente ao/ nosso/a parceiro/a, no deve parar nem declinar
por causa da dor. O toque suave e o dilogo com o/a companheiro/a podeser muito bom para os dois, mesmo que no haja acto sexual. Se no se
est vontade nestes assuntos, pode-se procurar ajuda exterior. Por exem-
plo, junto do mdico de famlia, da enfermeira, da assistente social, do
psiclogo, ou de um/a amigo/a. Tudo depender do relacionamento e do
grau de confiana que se deposita nessas pessoas.
A partilha de experincias
Em vez de as pessoas se apegarem dor, podem partilhar os seusconhecimentos com os outros.
Uma das formas mais valiosas de trabalhar com e para as pessoas
idosas partilhar a sua experincia.
Todos ns possumos algum tipo de conhecimento especfico que pode
ser transmitido a outra gerao, constituindo desta maneira um legado
valioso. Esta partilha pode ir desde a habilidade em carpintaria, at aos
conhecimentos lingusticos, passando por gastronomia, desportos, colec-
cionismo, etc.
Nalguns pases h escolas que pedem o apoio de idosos para as aulas
de Histria. Quem melhor do que aqueles que viveram os acontecimentos
para fazer a sua transmisso a crianas e adolescentes?
Tambm se pode ajudar uma famlia recm-constituda. Apoiar uma
famlia jovem ser um importante contributo. Procurando no interferir nasua vida, poder-se- ajudar nalgumas tarefas, como por exemplo, levar os
filhos a passear, ou convid-los para uma refeio.
A elaborao de um dirio sobre os acontecimentos locais, nacionais e
internacionais pode constituir uma forma extremamente til de ligao ao
mundo. Pode tambm permitir que as futuras geraes tenham acesso a
uma viso pessoal do mundo de hoje.
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Outra tarefa possvel a elaborao da rvore genealgica. Esta
pesquisa poder ser bastante proveitosa. Com ligao histria, a juven-tude actual poder mais facilmente encontrar uma ponte entre o passado e
o futuro, necessria, certamente, para o seu desenvolvimento.
Exerccio fsico regular
A prtica de exerccio fsico regular ajuda a manter o corpo malevel e
flexvel. Contribui ainda para uma melhoria na postura, no visual, na fora e
no vigor. Desta forma, previne-se a dor e melhora-se a auto-imagem e a
auto-estima.
Apesar de a maioria das pessoas beneficiar com a prtica do exerccio
fsico, importante consultar o mdico antes de o iniciar. igualmente
importante aumentar a sua intensidade de forma gradual, especialmente se
no tiver sido praticado h muito tempo.
Se, em virtude da inactividade, se sentir dor e dificuldade de movimen-
tao, a marcha e os exerccios de aquecimento com os ombros podem ser
benficos.
De um adequado programa de exerccio fsico regular, pode resultar:
1 Melhoria de funcionamento dos pulmes e do corao o que
aumenta a capacidade de esforo. Logo, diminui a necessidade de
se parar com cansao e falta de ar.
2 Aumento da fora como se activam os msculos, melhora-se a
capacidade de continuar o esforo, sem necessidade de paragensfrequentes.
3 Aumento da elasticidade por envolver msculos e articulaes,
tem como consequncia a melhoria da capacidade de movimentos.
O excesso de peso causa, muitas vezes, o agravamento da dor no
pescoo e nas costas. O exerccio fsico pode facilitar a sua diminuio.
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O tipo de exerccio que se escolher deve dar-nos satisfao. A natao e a
dana so excelentes, assim como a marcha e o andar de bicicleta. A gins-
tica de manuteno pode ser igualmente muito til para aliviar o stress e
melhorar a funo das articulaes.
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Massagem
A massagem pode relaxar os msculos e diminuir temporariamente osbatimentos do corao e o ritmo respiratrio.
Pode-se aprender a identificar e localizar as zonas do corpo que estotensas e fazer automassagem nessas zonas.
A massagem, antes do exerccio, tambm ajuda os msculos a ficaremmais flexveis, reduzindo assim o risco de leso durante a actividade.
A automassagem pode abranger o pescoo e os ombros, mas as cos-tas tero de ser massajadas por outra pessoa. O ambiente dever ser sos-segado e a sala dever ter uma temperatura confortvel. Se a pele estiverseca, com algumas gotas de gel ou leo de bb, a massagem ser maisfcil.
Existem bons livros, vdeos e cursos de massagem. Mais uma vez, omdico ou a enfermeira podero dar um conselho inestimvel.
MASSAGEM DOS OMBROS: Pode ser feita em duas posies:
s sentado, com o apoio do brao numa mesa;
s deitado de lado, com a cabea apoiada numa almofada.
Para relaxar o pescoo, deve-se massajar os msculos de cada um doslados da coluna e dos ombros.
Medicamentos
Se o mdico receitar medicamentos para aliviar a dor, importantetom-los com regularidade. Deve seguir-se a prescrio instituda para quea dor possa ser controlada. importante estar seguro sobre a forma detomar os medicamentos: quantos, quantas vezes e a que horas. Se se admi-tir a possibilidade de falha da memria, deve fazer-se uma lista dos medi-
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camentos, com o horrio das tomas para cada dia e, depois, marcar com
uma cruz as tomas j realizadas.
Outras coisas importantes a fazer ou a evitar:
s Dizer sempre ao mdico quais os medicamentos que se est a tomar,mesmo aqueles que foram comprados sem receita mdica. Os medica-mentos para as dores podem ter reaces com outros medicamentos ecausar efeitos secundrios perigosos.
s
No tomar medicamentos fora de prazo, ou que tenham sobrado do tra-tamento de outra doena.
s No tomar medicamentos receitados para outra pessoa.
s No comprar qualquer medicamento, no caso de se estar a tomaroutros j receitados pelo mdico, sem ouvir primeiro a sua opinio.
s Consultar o mdico, se o medicamento receitado no estiver a fazerefeito, ou se estiver a causar reaces secundrias. Porque vai havendomudanas no corpo, ao longo do tempo, o medicamento podeser absorvido e eliminado mais devagar, influenciando o seu efeito. importante tomar nota disto, porque ir ajudar o mdico a adaptar adose e o horrio das tomas.
s No deixar medicamentos ao alcance das crianas.
Estimulao elctrica nervosa transcutnea
Na infncia aprendemos que, depois de um traumatismo, fazia bemesfregar o local atingido.
A Estimulao Elctrica Nervosa Transcutnea faz o mesmo, mas deforma mais eficaz. Tal como o esfregar com a mo capaz de aliviar a dorem determinadas situaes, tais como: dor nas costas, nos ombros epescoo, causada por osteoartrose (bicos de papagaio), leso de nervo, dorde membro fantasma (que acontece depois de amputao de membro) e
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em alguns casos de nevralgia ps-herptica (dor intensa depois da zona
ou cobro).
Um aparelho de estimulao elctrica nervosa transcutnea consiste
num pequeno gerador, alimentado por pilhas, com dois elctrodos
parecidos com aqueles que so usados para fazer electrocardiogramas.
Permite a aplicao de corrente na pele, muitas vezes sobre os pontos de
acupunctura.
Outras tcnicas de tratamento
H outros tratamentos para a dor, tais como:
s Acupunctura Pessoas devidamente treinadas introduzem agulhas
finas em pontos apropriados, rodando-as em seguida ou aplicando uma
corrente elctrica durante cerca de 30 segundos. Isto pode contribuir
para reduzir a tenso muscular e a dor.
s Mecanoterapia e electroterapia, que so terapias trmicas, isto ,
tratamento pelo calor ou pelo frio.
s Hidroterapia e balneoterapia, isto , o tratamento com gua, feito em
estncias balneares.
A injeco num msculo ou nervo pode tambm ser um recurso a
considerar.
Cirurgia
A dor crnica pode ser aliviada pela cirurgia.
s A osteoartrose da anca ou do joelho pode ser tratada, com bons
resultados, substituindo a articulao por uma prtese articular.
s Quando a dor causada por aterosclerose (obstruo de artrias), a
artria obstruda pode ser substituda por um enxerto.
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s Com a simpatectomia, o nervo que causa a contraco dos vasos
sanguneos cortado.
s A colocao de bypass efectuada quando a irrigao do corao estobstruda.
Psicoterapia
A dor pode transformar-se em sofrimento.
O tratamento adequado da ansiedade e da depresso diminui o sofri-mento. Pode incluir tambm, para alm da medicao, o aconselhamentopsicolgico.
O estabelecimento de uma boa relao com o psicoterapeuta essen-cial para o sucesso. Devem ser feitas consultas regulares, independente-mente da presena ou ausncia de sintomas.
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E S C A L A SD E
AVALIAO
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BOA FORMA FSICANas duas ltimas semanas...Qual foi a actividade fsica mais intensa que pde fazer durante, pelo menos, 2 minutos?
1
2
3
4
5
Muito intensa (por exemplo)
Correr, em andamento acelerado
Intensa
Correr devagar
Moderada Caminhar, com passo apressado
Leve
Caminhar com passo normal
Muito leve
Caminhar com passo lento
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Nenhuma
Leve
Moderada
Bastante
Extrema
SENTIMENTOSNas duas ltimas semanas...Com que intensidade ficou aborrecido por causa de problemas emocionais, tais como ansiedade,depresso, irritabilidade, desalento e tristeza?
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Nenhuma
Ligeira
Moderada
Bastante
Extrema
ACTIVIDADES DIRIASNas duas ltimas semanas...Que dificuldade teve ao executar as suas tarefas dirias ou ao conversar, dentro e fora de casa, porcausa de sua sade fsica e emocional?
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De modo nenhum
Ao de leve
Moderadamente
Bastante
Extremamente
ACTIVIDADES SOCIAISNas duas ltimas semanas...A sua sade fsica e emocional limitou a sua actividade social com famlia, amigos, vizinhos ougrupos?
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Nenhuma
Muito ligeira
Ligeira
Moderada
Intensa
DORNas 4 ltimas semanas...Habitualmente, que intensidade de dor sentiu no corpo?
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5
Muito melhor ++
Um pouco melhor
Igual
Um pouco pior
Muito pior
MUDANAS DE SADEComparando com as 2 ltimas semanas, como classificaria hoje o seu bem estar?
+
=
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3
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5
Excelente
Muito boa
Boa
Regular
M
A SADE GLOBALMENTENas 2 ltimas semanas...Como classificaria a sua sade em geral?