a energia dos quatro elementos -...

12
A energia dos quatro elementos INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG MAIO | 2012 | ANO IX | Nº 88 CRESCIMENTO DA SUSTENTABILIDADE GRUPO CEMIG ENCARTE 60 ANOS

Upload: others

Post on 09-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

A energia dos quatro elementos

InformatIvo mensal para os empreGaDos Da cemIG

m a i o | 2 01 2 | a n o i x | n º 8 8

CresCimento dA sustentAbilidAde

Grupo CemiG

enCArte 60 Anos

Page 2: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

03 dA redAçãoCurtas sobre a empresa

05 seGurAnçA do trAbAlhosimulador de acidentes

08 memóriAConheça histórias sobre JK

08 ser sustentávelCrescimento da sustentabilidade

09 Grupo CemiGConheça a Axxiom

10 Gente nossAColecionador de bottons

12 AnúnCioAniversário da Cemig

04 ponto A pontovalor de mercado

Saiba mais sobre este indicador

06 espeCiAlAniversário

60 anos da Cemig

09 ComunidAdeligações clandestinas

Identificação de fraudes

11 enerGiA vitAlviagem

Empregado conta sobre aventura

E x P E D i E n T E

Filiado à:

informativo mensal para os empregados

da Cemig

editado pela superintendência de comunicação

empresarial (ce) – correspondência interna:

sa/19/a2 – fone: (31) 3506 2760

editor responsável:

João Batista pereira - reg. no 6159 – mte

Coordenação de edição:

terezinha crêspo de rezende, paulo tarso rezende

tobias, sandramara Damasceno e tatiana rezende

redação:

adelle soares, Henry Bernardo, renata ellera,

roosevelt rodrigo, sandramara Damasceno

e tatiana rezende

estagiários:

alexandre Diniz, Isabela souza e rafaella Barboza

Apoio: comitê de comunicação da cemig e equipe

comunicação e Imagem da rc

Fotos:

eugênio paccelli, ronaldo Guimarães e colaboradores

ilustração:

Henry Bernardo, rafael marques

e Weisvisthértini Barbosa

diagramação:

Interface comunicação empresarial

impressão: Gráfica 101

tiragem: 10 mil exemplares

Page 3: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

Há 60 anos, a Cemig gera energia para Minas e para o Brasil. No prin-cípio, a Água se fez luz e força para iluminar e impulsionar o progresso do nosso estado. Por meio da construção de usinas hidrelétricas, a Empresa expandiu o sistema elétrico e conseguiu gerar energia de qualidade aos seus consumidores.

O Sol, amigo da água, viu, pelos nossos olhos, que também poderia gerar energia para nosso conforto. Poderia aquecer a água e armaze-nar em baterias a força necessária para acender muitas lâmpadas. E, assim, fez-se nova parceria.

Por um sopro suave, lembrou-nos o Vento que também tinha condi-ções de contribuir com sua força. Eólica foi a terceira energia a entrar no circuito, na rede, no sistema de transmissão. Geração limpa, pe-rene, sustentável.

O quarto elemento esteve desde o princípio da criação, em 1952. O elemento Humano, com o calor das mãos que se apertaram e o brilho das mentes que construíram nossa Empresa e a fizeram líder do setor. A energia dos empregados e colaboradores harmonizou todos os ele-mentos para produzir muita energia, garantindo progresso e abrindo as portas para o futuro e para o mundo.

O conjunto dessas energias fez a Cemig chegar aos 60 anos com mui-to estilo. Sem deixar as raízes de Minas, tornou-se global atuando não apenas em todo no Brasil, mas também no Chile e com acionistas espalhados em 40 países.

Neste mês de comemorações, o Energia da Gente também traz uma novidade: sua nova logomarca, com fonte moderna, cantos retos e geométricos. Balões de diálogos estilizados foram incorpo-rados à marca.

A cor também passou por modificações. O contorno verde escuro ou o verde cítrico dão destaque à marca sobre qualquer fundo ou cor, independentemente da capa do jornal.

os quatro elementos editoriA

da redação

XX sendi será em outubro

No mês de outubro, entre os dias 22 e 26, será realizada a vigésima edição do Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica - Sendi. O evento, que acontece a cada dois anos, é considerado o mais importante do setor, promovendo troca de experiências e conhecimento entre as concessionárias e renomados palestrantes internacionais. O seminário, realizado esse ano no Rio de Janeiro, é também oportunidade para divulgar os trabalhos técnicos das empresas.

novo Centro integrado de medição da Cemig

Com o objetivo de aperfeiçoar os procedimentos de fatu-ramento e perdas e contribuir para a operação e o plane-jamento do sistema elétrico, a Cemig instalou o Centro In-tegrado de Medição – CIM. Dentre outras ações, o CIM é capaz de monitorar a leitura do medidor, a programação de corte e religamento e até mesmo identificar fraudes e inter-ferências indevidas. Foram investidos R$ 12 milhões para trazer à Empresa mais qualidade e agilidade na prestação de serviço à sociedade.

três anos de premiar

Em 2009, a Cemig criou o Programa Especial de Manejo Integrado de Árvores e Redes – Premiar, com objetivo de implantar políticas e ações que visam o manejo inteligen-te da arborização urbana. Durante esses três anos, foram percorridos mais de 4.000 km e realizadas 259.636 visto-rias. Por meio de ações face a face, feitas por agentes de comunicação que percorrem as áreas onde há retirada de árvores ou plantio, o Premiar busca a mudança de cultu-ra no que diz respeito à arborização urbana. Para 2012, o Programa pretende consolidar ainda mais suas ações e se expandir para Contagem.

A energia dos quatro elementos

INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG

M A I O | 2 01 2 | A N O I X | N º 8 8

CRESCIMENTO DA SUSTENTABILIDADE

GRUPO CEMIG

ENCARTE 60 ANOS

A energia dos quatro elementos

INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG

M A I O | 2 01 2 | A N O I X | N º 8 8

CRESCIMENTO DA SUSTENTABILIDADE

GRUPO CEMIG

ENCARTE 60 ANOS

A energia dos quatro elementos

INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG

M A I O | 2 01 2 | A N O I X | N º 8 8

CRESCIMENTO DA SUSTENTABILIDADE

GRUPO CEMIG

ENCARTE 60 ANOS

03

Page 4: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

eG - e agora, como está o posicionamento da empresa?velez - Atualmente, a Cemig está posicionada entre as maiores no ranking da bolsa de valores brasileira. É a maior empresa de energia elétrica do país e está em terceiro lu-gar no setor de energia, apenas atrás de Petrobras e OGX Petróleo e Gás.

Hoje, estamos com números bastante superiores aos nossos concorrentes diretos: CPFL, Eletrobras e Tracte-bel. Esta evolução mostra que o mercado tem reconheci-do a estratégia da Cemig e os seus resultados como po-sitivos, acreditando no bom desempenho, atual e futuro, da Companhia.

energia da Gente - Por que o valor de mercado foi escolhido como indicador da visão de futuro?velez - Ele foi escolhido porque reforça a identidade corpo-rativa de grupo empresarial com várias empresas em diver-sos negócios. Também é amplo o suficiente para abranger os negócios da Empresa: geração, transmissão, distribui-ção, comercialização e serviços em energia elétrica; teleco-municações; exploração e distribuição de gás.

eG - Qual o significado de Valor de Mercado?velez - Valor de Mercado é o resultado do preço das ações de uma companhia multiplicado pela totalidade de suas ações disponíveis no mercado. No caso da Cemig, esta métrica é composta pela soma dos preços das ações pre-ferenciais e ordinárias, multiplicados por suas respectivas quantidades.

Além disso, ele reflete o valor que o mercado atribui à Em-presa num determinado momento, considerando os ativos e a geração de caixa, bem como suas expectativas quanto aos resultados futuros. Quanto melhor forem os desempe-nhos - atual e esperado - melhor a Empresa será precificada no mercado investidor, aumentando o seu valor de merca-do e, consequentemente, o preço de suas ações.

eG - Qual é a importância desse indicador?velez - Ele é importante porque o indicador “Valor de Mer-cado” é de fácil apuração e comparabilidade. Normalmen-te, quando ocorrem oscilações no mercado, todas as em-presas comparáveis são afetadas de certa forma.

eG - Como a Empresa estava classificada em relação ao seu va-lor de mercado à época do estabelecimento da visão, em 2009?velez - Naquela época, a Cemig estava em quarto lugar atrás de Petrobras, OGX Petróleo e Gás e Eletrobrás. Seu valor era de R$ 17.875 milhões. A Empresa estava à frente da CPFL, Tractebel e Copel.

No ano de 2009, estávamos na quarta colocação em valor de mercado, com números bem abaixo dos três primeiros colocados.

onto A ponto

04

valor de mercadop“estar, em 2020, entre os dois maiores grupos de energia do brasil em valor de mercado, com pre-sença relevante nas Américas e líder mundial em sustentabilidade do setor”. esta é a visão de fu-turo da Cemig, que tem o valor de mercado como seu principal indicador.

nesta entrevista, o superintendente de relações com investidores (ri), Antônio Carlos velez bra-ga, conta um pouco sobre o valor de mercado, im-portante indicador para a empresa.

Page 5: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

05

seGurAnçA do trAbAlh

Os alunos do treinamento de Direção Defensiva da Uni-verCemig encontrarão uma novidade durante as aulas. Em atendimento a IS-12 - Autorização para Conduzir Veículos da Empresa e para proporcionar ao participante um curso dife-renciado, com técnicas modernas sobre direção defensiva, eficaz e responsável, a Universidade Corporativa adquiriu um modelo de simulador de capotagem.

Durante a aula prática no simulador, os alunos são treinados a retirarem o cinto e a sair do veículo capotado, em duas posições (de cabeça para baixo e tombado para o lado), de forma correta e segura.

Segundo o instrutor técnico, Anderson Rodrigues, da Ge-rência de Educação Corporativa e Gestão do Conhecimen-to (RH/EC), o simulador foi adquirido com o objetivo de proporcionar ao participante do treinamento a sensação de um capotamento e verificar, na prática, a eficácia do cinto de segurança, para fins de conscientização quanto ao uso do dispositivo, além de ensinar manobras para a retirada do cinto, que exige alguns cuidados quando o carro está capotado.

“O simulador foi concebido a partir da necessidade de se melhorar o curso de direção defensiva já existente e que vinha sendo ministrado pelo SEST/SENAT, com conteúdo 100% teórico. Conforme os resultados das avaliações de eficácia de treinamento, foi detectada a necessidade de melhoria do curso. Diante do fato, foi feito um desenho instrucional, com base nos dados estatísticos da Empresa, e adaptando-o à nossa realidade. A elaboração de pistas específicas para o treinamento e construção do simulador são uns dos exemplos de adequação”, declara.

CursoIntegrante do Eixo Energia e Sustentabilidade, da Escola de Cultura e Sustentabilidade da UniverCemig, o curso foi pre-parado para todos os empregados efetivos, contratados, estagiários, entre outros, que necessitarem conduzir veícu-los da Empresa. Até o final do ano, a UniverCemig preten-de atender a uma demanda de 900 pessoas treinadas. Em cinco anos, a meta é capacitar 7 mil.

novidade na univerCemig

Durante aula prática, alunos são treinados a retirarem o cinto e sair do veículo

o

seGurAnçA dA inFormAçã eu curto compartilhar o

Page 6: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

Sessenta anos de conquistas, vitórias e reconhecimento mundial. Desde a sua criação, em 1952, a Cemig gera energia de qualidade para os mineiros. Ao assumir o Governo de Minas Gerais, em janei-ro de 1951, Juscelino Kubitscheck, baseou-se no binômio ‘Energia e Transporte’, para promover o crescimento da economia de Minas. E, entre os seus ideais, estava a criação de uma empresa elétrica no Es-tado. Originalmente denominada Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A., a Cemig se tornou realidade em 22 de maio de 1952. Em 1960, a Empresa já atendia a 80 mil consumidores de 51 cidades mineiras.

Hoje, a Cemig é responsável pelo atendimento de cerca de 33 milhões de pessoas em 805 municípios de Minas Gerais e Rio de Janeiro (com a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul, com mais de 460 mil quilômetros de extensão. Além disso, a Empresa atua fora do país, com a cons-trução de uma linha de transmissão Charrúa, localizada em Nueva Te-muco, no Chile, que entrou em operação em 2010. Este ano, a Cemig alcançou a posição de maior grupo do setor de energia elétrica em valor de mercado na América Latina: 31 bilhões.

águaApós a sua criação, a Empresa partiu para as providências práticas. A sua preocupação inicial era a geração de energia, e Minas Gerais ofere-cia o primordial para propagar o desenvolvimento industrial do Estado e iluminar as cidades: água. A abundância desse recurso natural foi indispensável para gerar energia limpa a todos os seus consumido-res. Com a construção das usinas hidrelétricas, que usam a força das águas e têm a vantagem de não poluir o meio ambiente, o objetivo principal começou a ser alcançado. A Cemig era conhecida como ‘fá-brica de usinas’.

As três primeiras usinas hidrelétricas construídas foram: Tronqueiras, Itutinga e Salto Grande – todas elas inauguradas entre os anos de 1955 e 1956. Já na década de 60, a Cemig se destacou no setor elétrico com a construção da primeira grande usina, Três Marias. Localizada no rio São Francisco, a 270 quilômetros de Belo Horizonte, a usina foi construída em tempo recorde para produzir energia abundante e bara-ta, com capacidade atual de 396MW. É considerado, também, como o primeiro reservatório de uso múltiplo do Brasil, pois provê geração

speCiAle

de energia, dá navegabilidade ao rio e promove controle das cheias, um conjunto de benefícios para todo o vale do Rio São Francisco. Em 1978, é inaugurada a maior usina da Cemig: São Simão, no rio Para-naíba, com capacidade instalada de 1.710MW. Em setembro de 1984, 32 anos após a sua criação, a Cemig se transforma em Companhia Energética de Minas Gerais.

monitoramento dos reservatóriosA Cemig não se esquece das comunidades ribeirinhas, isto é, aquelas pessoas que moram no entorno das usinas. A Empresa se esforça no controle das cheias, e sempre atua para minimizar o efeito das águas com o monitoramento dos reservatórios.

navegando em boas águasAssim como a água é destinada à energia, também oferece entrete-nimento, sonhos e oportunidades por meio da navegação. É assim que a Cemig esbanja sucesso por meio de uma entre tantas ações sustentáveis: o Projeto Versol. Lançado em fevereiro de 2010, o Projeto ensina crianças e jovens a velejar no belo Lago de Três Marias, o Doce Mar de Minas, e tem como base três programas educacionais: inicia-ção esportiva, educação complementar e iniciação profissionalizante. Com aulas práticas e teóricas de natação, velo e remo, o Versol atende a 180 jovens e crianças, entre 9 e 24 anos, matriculados no sistema público de ensino.

solComo a Cemig sempre preocupou-se com a crescente demanda de eletricidade a um número cada vez maior de consumidores, ela começou a explorar outras fontes de energia potencialmente susten-táveis. Dessa vez, o Sol, amigo da água, e principal fonte de energia da Terra, também está sendo utilizado para gerar energia elétrica de matriz renovável.

06

60 anos

Hoje, 98% da energia gerada da Cemig provêm das suas 56 usinas hidrelétricas, com capacidade instalada de 6978,7 MW

Salto Grande foi uma das três primeiras usinas construídas pela Cemig, e inaugurada em 1956

Page 7: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

07

de realizaçõesO Parque de Praias de Parajuru foi a primeira usina eólica da Cemig no Ceará.Inaugurado em agosto de 2009, está localizado no município de Beberibe, a 103 quilômetros de Fortaleza, com extensão de 325 hectares e 19 aerogeradores, e 28,8 MW de capacidade instalada. Praia do Morgado e Volta do Rio, localizados no município de Acaraú, a 260 quilômetros de Fortaleza, foram implantados em 2010, com ca-pacidade instalada de 28,8MW e 42,4MW, respectivamente. Juntos, os três parques eólicos cearenses possuem capacidade instalada de 99,6 MW. Os recursos da Energimp e da Cemig nos empreendimen-tos totalizam R$ 550 milhões.

pessoasEntretanto, nada disso seria possível se não houvesse a participação e colaboração daqueles que se empenham e dedicam para construir e elevar a Cemig à sua atual importância: empresa ética nos negócios, com grande estabilidade financeira, compromissada com os seus clientes, sustentável e reconhecida internacionalmente. Há também aqueles que já fizeram muito pela Empresa, como é o caso do Sr. Waldir Dias Duarte, de 81 anos, exemplo de calor humano que ajudou a impulsionar a Empresa.

Um dos primeiros empregados da Cemig, com matrícula de nú-mero 506, ele iniciou os seus trabalhos em junho de 1954 e encerrou a primeira etapa das atividades em 1996. No entanto, a prestação de serviços à Empresa continuou até 2006. Wal-dir conta como teve a oportunidade de trabalhar na Cemig. “Eu trabalhava numa empresa que estava quebrando. No ônibus, durante o trajeto, encontrei com um colega de faculdade. Falei sobre a minha situação e ele me disse para ir na Cemig. Fui apre-sentado ao seu chefe, e fiquei trabalhando como experiência du-rante um mês e depois fui contratado. As coisas foram surgindo naturalmente”, conta.

Sr. Waldir sempre trabalhou no departamento de engenharia civil, com projetos hidrelétricos, e tem orgulho da profissão que seguiu. Atuou na construção da Usina de Salto Grande, e fez projeto de usinas me-nores, como Itutinga e Cajuru. “O importante do trabalho é gostar do que se faz. Praticamente só trabalhei aqui na Cemig, e tudo o que eu tenho e construí, eu devo a esta Empresa”, conclui.

E, mais uma vez, a Cemig pensa longe: está implantando a segunda usina solar fotovoltaica conectada à rede de transmissão da América Latina. A nova tecnologia converte a radiação solar diretamente em eletricidade. A expectativa é que o projeto abra portas para o domínio da tecnologia e consequente utilização de energia limpa, provenien-te de uma fonte inesgotável. A usina, instalada em Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem capacidade de 3 MW, pode iluminar mais de mil famílias, e foi viabilizada dentro de um amplo projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Cemig, que visa o estudo da tecnologia solar na geração de energia elétrica.

Segundo o gerente de Alternativas Energéticas, Marco Aurélio Du-mont Porto, o objetivo principal é internalizar na Cemig e no setor elé-trico brasileiro a expertise necessária para tornar, no futuro, esse tipo de geração viável e benéfica para a Empresa, para o setor e para a sociedade brasileira, já que a energia solar é uma alternativa viável para manutenção de uma matriz energética limpa. A perspectiva é que a usina entre em operação em junho deste ano.

ventoAssim como a água e o sol, o vento também mostra que é eficiente quando se trata de gerar e transmitir energia, já que é considerado uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota.

Desde 1994, a Cemig já se preocupa em investir em fontes de energia renováveis, não é à toa que foi a primeira empresa a operar uma usina eólica conectada ao sistema elétrico nacional, com a construção da Usina do Morro do Camelinho, no município de Gouveia, na região central de Minas Gerais, a 240km ao norte de Belo Horizonte, e consi-derado um dos sítios eólicos mais promissores de Minas.

Anos depois, a Cemig continua alçando o seu objetivo de buscar fontes de energia renováveis e produção de energia limpa para continuar como líder mundial em sustentabilidade. Exemplo disso são as recentes aquisições da Empresa, em parceria com a Ener-gimp, multinacional argentina líder latino-americana em energias renováveis, com três Parques Eólicos no Ceará, que já se encon-tram em operação.

Parque eólico de Praias de Parajuru foi a primeira das três mais recentes aquisições da Cemig no Ceará

Sr. Waldir (ao centro), comemorando seus 80 anos, com os colegas da Cemig

Page 8: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

08

Cartas de JK

Ele nos ensinou todos os verbos de ação, na gramática da grandeza, do civismo, do afeto. Aqueles verbos que desig-nam a ação sofrida ou praticada pelo sujeito. E aprendemos, especialmente, a conjunção do pretérito. O que, em se tra-tando de JK, só podia ser perfeito.

JK é sinonimo de grandes feitos. Ele foi um dos primeiros a desenvolver uma engenharia econômico-financeira no país. Desenhou o modelo empresarial da Cemig, quando da sua constituição, à época em que atuava como governador de Minas. Transportou para o Governo Federal o conceito de holding, termo que utilizou com sabedoria para aplicar no desenvolvimento de outros projetos de energia elétrica. E, como todos nós sabemos, por meio de um bilhete, criou a Centrais Elétricas de Minas Gerais.

Mas, o que não sabemos é que Juscelino gostava realmente de escrever. Serafim Jardim, amigo e editor da revista Casa de Juscelino, conta que o que ele mais gostava de fazer era

emóriA

escrever durante os vôos, pois também era a oportunidade que tinha. “O período que ele mais escreveu foi durante o exílio. Te-nho cartas belíssimas. Para mim, uma das mais importantes foi uma para seu cunhado, Júlio Soares, na passagem de ano. Ele estava em Nova York, sozinho, e sentia falta da família”, conta.

De Nova York também, em 1970, por meio de uma carta, ele deu de presente um Opala cinza ao Geraldo, que foi seu motorista durante 36 anos. Segundo Serafim, ao começar a ler a carta, Geraldo se emocionou e pediu para outra pessoa continuar a leitura. “Ao final, com os olhos molhados, ele recebeu um envelope com as chaves”, relata.

Inúmeras cartas foram enviadas aos amigos no período do exílio, conforme conta Serafim. “Ora falava do futuro da polí-tica brasileira, ora falava da saudade e da esperança que ele tinha do correio trazer notícias dos amigos.”

Fonte: Revista da Casa de Juscelino

m

er sustentável sSustentabilidade pode ser definida como um modelo am-plo de ações que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem comprometer o futuro das próximas gerações. De tão usado nos dias de hoje, o termo pode até parecer antigo. Muito pelo contrário. Formulado em meados do ano 2000, o conceito mais recente da palavra veio justamente para considerar que, no mundo atual, só seríamos capazes de desenvolver nossas atividades se enxergássemos as coisas de maneira conjunta, conside-rando aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Na Cemig, as práticas relativas à sustentabilidade já são realidade antes mesmo da criação do seu significado mais formal. Ao longo dessas seis décadas de atuação, a Empresa coleciona exemplos de projetos e iniciativas bem sucedidas. “Em uma época em que esse conceito começava a se formar, a Cemig já estava envolvida com isso. Desde a nossa funda-ção, sempre preocupamos com questões re-lacionadas principalmente com o meio ambiente e o desenvolvimento social do Estado de Minas Gerais”, co-menta o superintendente de Sustentabilidade Empresarial (SE), Luiz Augusto Barcellos.

Segundo ele, o que mais evoluiu em relação ao tema foi a integração das três dimensões que compõem a sustenta-bilidade. “O social, o econômico e o ambiental andam jun-tos hoje na Empresa. Os projetos são feitos de uma forma muito mais integrada. A necessidade de se estabelecer e

encontrar esse equilíbrio entre as três foi a grande mudança ao longo dos 60 anos”, disse.

Mas se existem exemplos dentro da Ce-mig que tornam essas práticas viáveis

e bem sucedidas, esses exemplos são os empregados! “O papel dos em-pregados foi e é fundamental. Eles certamente são uma das chaves do nosso sucesso”, afirma Luiz Augusto.

Exemplos como os Parques Eólicos no Nordeste, a Usina Solar de Sete Lago-

as e o Programa Peixe Vivo mostram a vocação da Cemig para o tema. Há mais

de 15 anos participando de índices concei-tuados de sustentabilidade, ela entra nessa

nova década de vida preparada para os novos desafios: “Acho que a Empresa chega aos 60 anos

como uma Companhia que conseguiu incorporar no seu dia-a-dia o que temos de mais moderno em termos de práticas sustentáveis. E creio que o futuro está justamente ligado a você integrar essas práticas em uma só”, finalizou Luiz Augusto.

seis décadas de desenvolvimento sustentável

Page 9: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

09

Graças a atuação da Gerência de Gestão e Controle das Perdas da Distribuição (PR/PE) e parceiros do Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate às Perdas Comerciais, os donos de uma indústria de plástico de Belo Horizonte foram autuados de forma inédita, no início de 2012, após detecção de furto de eletricidade.

Em conjunto com a Polícia Civil, após avaliação pericial e inspeção na presença dos proprietários, a irregularidade foi constatada. Os repre-sentantes foram autuados em flagrante pelo crime, nos termos do artigo 155, §3º, do Código Penal Brasileiro e poderão ser condenados à pena de até oito anos de prisão. O caso foi sinalizado por meio de uma nova tecnologia da Cemig a partir das informações do Centro Integra-do de Medição (CIM).

Inaugurado na capital em abril deste ano, o CIM monitora de forma instantânea as grandezas elétricas, além do faturamento dos clientes e as possíveis perdas comerciais. Atualmente, 8 mil consumidores de Media Tensão são monitorados com previsão de mais 4 mil até o final de 2012.

AtuaçãoA PR/PE atua tanto na gestão das perdas técnicas, inerentes ao siste-ma elétrico na distribuição de energia, quanto das não técnicas ou co-merciais. “São implementadas ações que buscam reduzir as ligações clandestinas, os chamados “gatos”, utilizando software de inteligência que seleciona alvos para inspeções em unidades consumidoras com suspeitas de irregularidades”, explica o gerente Marco Antônio de Al-meida. Há ainda a prospecção de novas tecnologias para auxiliar as ins-peções em campo, como também o cálculo e cobrança do consumo indevido aos clientes.

De acordo com Marco, a PR/PE atua também em conjunto com o Programa Conviver para conscientizar as comunidades com ligações

Combate às perdas de energia elétrica

clandestinas a consumirem energia de forma inteligente. “Atualmente, são 163 mil consumidores carentes com ligações clandestinas em 48 localidades no estado”, conta.

“Além do risco de acidentes pelas ligações clandestinas, o furto tam-bém acarreta aumento da tarifa e queda da qualidade de energia, tanto para a população em geral quanto para o fraudador. Criminalizamos 81 pessoas em 2011 e em 2012 já temos 24, de acordo com o Código Penal. Prevenir as irregularidades e combatê-las é questão de cidada-nia”, destaca.

resultadoComo resultados significativos das ações realizadas pela Cemig no controle das fraudes, destaque para o aumento da energia mé-dia recuperada por inspeção, que de 2007 para 2011 passou de R$ 206 para R$ 860. O índice de acerto nas inspeções na ordem de 53% em 2011proporcionou um incremento da receita de R$ 35 milhões, montante que resulta das 107 mil inspeções de combate às irregularidades.

ComunidAd

A nova tecnologia utilizada pelo CIM auxilia no combate às fraudes de energia elétrica

Conheça a Axxiom soluções tecnológicas s.A

sas de energia do País, aliados a um esforço estruturado e permanente de inovação e evolução tecnológica, formam a base do conhecimento necessário à empresa para desenvolver soluções e benefícios de alto valor agregado”, explica o presidente Ivan Oliveira.

Com crescimento acima da média para a área de TI, a empresa tem praticamente dobrado de tamanho a cada ano, seja em faturamento (R$ 20 milhões em 2011) ou em colaboradores (cerca de 240).

Segundo Ivan Oliveira, em 2011, os esforços realizados pela Axxiom para a ampliação dos negócios resultaram em um crescimento de 127% comparado a 2010. Em médio prazo, a empresa deve manter foco em atender a Cemig e a Light, cujas demandas devem compor 80% das receitas totais até 2015. Para este ano, o faturamento pre-visto é de R$ 40 milhões, um crescimento de 100% em comparação a 2011. “A perspectiva é de que a Axxiom esteja na área de inovação: empresa de tecnologia precisa ser inovadora”, destaca o presidente.

Nesta edição do Energia da Gente, vamos apresentar a Axxiom So-luções Tecnológicas S.A. A empresa faz parte do Grupo Cemig desde sua criação, em 2007, e trabalha para fornecer soluções em enge-nharia e tecnologia da informação para empresas de energia e água. Seu foco é o desenvolvimento e manutenção de sistemas de ges-tão e integração. Suas ações são divididas entre duas importantes

empresas do setor elétrico bra-sileiro, a Cemig e a Light, com participações de 49% e 51%, respectivamente. A empresa possui, também, ampla experi-ência em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento.

“O acompanhamento e análise dos processos operacionais de algumas das principais empre-

e

Grupo Cemi G

Ivan Oliveira: a inovação é um dos focos para 2012

Page 10: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

10

Quem não se encanta ao ver um dançarino que domina sua arte? Agora, quem não admira o bailar de uma dançarina fla-menca, que sapateia sobre o chão sem agredi-lo, que ba-lança suas saias com ousadia, graça e sensualidade? Mas melhor que assistir deve ser a sensação de quem tem o prazer de experimentar. A empregada Elisa Maria de Souza Rosa, da Gerência de Coordenação da Gestão da Distribui-ção (CD/CG), que trocou a dança do ventre pelo flamenco, vive a satisfação de ter seu trabalho reconhecido em um grupo profissional.

Técnica de gestão na Cemig há cinco anos e dançarina flamenca há 10, Elisa teve o primeiro contato com a arte na Praça da Liber-dade. No mesmo dia, ela procurou a escola que lá se apresentou e não teve jeito... Foi amor ao primeiro experimento! “Resolvi espiar o que era aquela intensidade de baile, canto e música. Espiei, sapateei e fiquei! Abandonei a leveza da dança do ventre pelo vigor do Flamenco”, conta com entusiasmo a empregada, que encontrou na forte energia da dança flamenca mais asserti-vidade e harmônica com sua personalidade.

Elisa explica que a dança permite mais consciência corporal e rítmica, além de reforçar a concentração. “Mantenho mente e corpo em harmonia. Foi-me (e ainda o é) recanto certeiro para me sentir bem ou ainda melhor.”

A dançarina acredita que a arte, em geral, faz lembrar a necessi-dade de expressar o que está na alma. “A dança permite, além da interação com o outro, antes e, principalmente, um reencon-tro consigo mesmo. Mais que uma atividade física, é uma ativi-dade espiritual. É lindo para quem o vê, inspirador para quem o sente, inebriante para quem o é”!

reconhecimentoHoje, Elisa é integrante da Companhia Ballet Flamenco Soleá e enche a boca para falar que o momento mais marcante em sua trajetória como dançarina foi quando aconteceu o convite para participar do grupo. “Não há nada mais delicioso do que ser reconhecido por exercer bem uma paixão”!

Um sonho relacionado à dança: “conhecer a Espanha, mais precisamente a região da Andaluzia, berço dessa vi-gorosa arte que é o Flamen-co. E também poder sentir um pouco do ar das tabernas de Granada e as cores de Se-villa... iOlé”!

ente nossA bottons: uma paixão

“Não coleciono broches, coleciono bottons”, com essa frase o técni-co de Planejamento de Suprimentos da Gerência de Planejamento do Suprimento, Cadastro e Gestão do Mercado Fornecedor (MS/PG), Luiz Fernando da Silva, iniciou uma conversa para contar sobre seu hobbie e sua mania.

O início da coleção foi na Cemig, ao “herdar” um chapéu com vá-rios bottons de uma colega de trabalho que se aposentou. E até hoje, cerca de dez anos depois, sua coleção continua de vento em popa. “Os primeiros bottons foram de fornecedores atendidos pela

colega da mesma gerência, que trabalhava com cadastro de fornecedores”, conta.

Com mais de 1.000 bottons, o empregado esclarece que a maioria foi presente. “Os cole-gas da Cemig que conhecem a coleção estão sempre me presenteando com bottons. Além disso, a família também ajuda: meu sobrinho trouxe 58 bottons conseguidos durante o período que morou em Lon-

dres”. Alguns deles foram também presentes de desconhecidos, já que o empregado não tem a menor vergonha de pedir quando vê um botton que o agrada em alguém na rua.

Luiz Fernando diz que consegue memorizar todos. “É impressionan-te! O último que ganhei, uma bandeira do Brasil, ficou na memória. Ele já se perdeu em andanças por aí. Dá uma tristeza”, lamenta Luiz Fernando.

exposiçãoHoje, Luiz Fernando expõe seus bottons em um bar de um amigo, já que não cabem em seu apartamento. “Os bottons estão em um quadro que, até pouco tempo atrás, ficavam na Cemig e eram moti-vo de curiosidade das pessoas que visitavam a gerência”, conta.

Eles são organizados por motivos: bandeiras, internacional, políticos, fornecedores, times de futebol, religiosos, entre outros. “Acredito que ela deva ser dividida com as pessoas. Por isso, faço questão que fique exposta”, ressalta.

Para ele, a coleção, que mistura hobbie e mania, não é apenas de bottons, mas possui um valor emocional guardado na história de cada um deles. São mais de 1.000 histórias e lembranças pendura-das na parede.

ente nossA paixão, personalidade e dança

G

GSua coleção, juntamente, com seus desenhos

Corpo e mente em harmonia

Page 11: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

enerGiA vitAA caminho do céu

11

Sobre duas rodas e com as emoções à flor da pele, o analista de Ges-tão Administrativa da Assessoria de Planejamento (PG), Rômulo Provet-ti, conheceu seis países da América do Sul e agora conta aos leitores do Energia da Gente, com suas próprias palavras, a inesquecível ex-periência. O texto a seguir foi redigido pelo empregado e editado pela Superintendência de Comunicação Empresarial (CE).

“Desde que entrei na Empresa, em 1987, uso motocicletas para ir e vir ao trabalho. A partir de 2007, comecei a me aventurar por lugares mais distantes... Realizei diversas viagens dentro do Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Havia cerca de oito meses desde que comecei planejar esta viagem. Tracei um roteiro para percorrer as estradas brasileiras em direção ao Norte. No Peru, subiria a Cordilheira dos Andes, passando por Altipla-no Andino durante vários dias, Machu Picchu e Lago Titicaca. Depois entraria na Bolívia e chegaria ao Salar de Uyuni, o principal destino da aventura. Também iria para o Deserto do Atacama. O retorno ao Brasil seria pelo Sul.

Estava tudo pronto: férias marcadas, roteiro traçado, bagagem defi-nida, moto pronta, família conformada e amigos convidados quando o destino parece colocar mais uma dificuldade para testar minha de-terminação. Sofri uma queda boba, em baixa velocidade, fruto da falta de atenção. Apesar da moto ficar apenas com leves arranhões, ao me apoiar no chão, fraturei um dos ossos da mão direita, um dos que mais uso para acelerar a moto. Imagine minha decepção e contrariedade ao ouvir o médico dizer que precisaria cancelar a viagem, pois ficaria com o braço imobilizado por 40 dias.

Mas estes sentimentos duraram pouco e não me deixei levar pela de-pressão. Depois de uma semana com o braço imobilizado retornei ao médico para comunicá-lo minha partida no final de semana seguinte, mesmo que desistisse no meio do caminho.

Para minha alegria, um dos meus amigos confirmou sua ida comigo e as coisas entravam nos eixos novamente! Saímos de Belo Horizonte no dia marcado percorrendo as estradas de Minas Gerais rumo à Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Passamos por excelentes estradas e outras muito ruins.

Quando atravessamos a fronteira do Brasil com o Peru, e vimos que a Floresta Amazônica no país vizinho é mais conservada que a nossa. No segundo dia, subimos os Andes por uma estrada maravilhosa, com paisagens deslumbrantes e muitas curvas.

Quer participar da produção do energia da Gente? abra um serviços online ce – sugestão de pauta e envie seu texto.

reta finalConhecemos Cuzco, Machu Picchu, o Lago Titicaca e os Uros, povo pré-Inca, que vive há centenas de anos em ilhas flutuantes no meio do gigante lago que fica na divisa do Peru com a Bolívia. Entramos na Bolívia e enfrentamos o trânsito caótico de La Paz.

Chegamos finalmente em Uyuni, nosso destino final, e não nos de-cepcionamos. É o lugar mais fantástico que já vi na minha vida, com uma paisagem extraordinária. Encontramos com pessoas de todas as partes do planeta que também se maravilhavam com o que viam. A planície salgada estava coberta com cerca de 10 cm de água trans-parente, formando um espelho que sumia no infinito e refletia o azul do céu aberto sobre nós. As nuvens cobriam as montanhas ao longe, algumas nevadas. Quanto mais ao seu centro, o Salar ficava mais bo-nito e insólito.

Com frequência minha mente se confundia com a ilusão de que as coisas flutuavam ou que havia um abismo à frente, sensação gerada pelo espelho d’água. O silêncio só era quebrado pelo meu pensamen-to questionando se eu estava acordado ou sonhando ou pelos nossos passos atravessando a fina camada de água para apoiar os pés na su-perfície salgada e branca. Ao entardecer, o vento frio não nos impediu de ver uma explosão de cores intensas... Azul, vermelho e laranja co-briam o horizonte na medida em que o sol descia e tentava atravessar as nuvens da chuva que caía ao longe.

desertoDepois da experiência fantástica e inesquecível era hora de voltar à estrada com nossas motos e sentir a realidade daquele país de es-tradas esburacadas e até sem asfalto. Mas vencemos esta etapa e chegamos ao local mais árido do mundo: Deserto do Atacama, onde choveu torrencialmente. Por duas vezes tivemos que atravessar rios de lama. Chegamos em San Pedro de Atacama, cidade que estava alaga-da, portanto, tivemos que cancelar todos os passeios programados. A situação, conforme os moradores locais, nunca fora vista antes.

A sensação de vitória, o entusiasmo e a autoestima estavam elevados à máxima potência depois de 27 dias na estrada. Percorremos 11.524 km, por seis países. Vimos algumas das mais fantásticas paisagens do mundo e enfrentamos muitos desafios para realizar a mais incrível viagem das nossas vidas.”

Rômulo, em Machu Picchu

Realidade e ilusão se misturam

Page 12: A energia dos quatro elementos - CEMIGcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents/Energia d… · a inclusão da Light) e pela gestão da maior rede de distribuição

av. Barbacena, 1.200 – 19º andar - ala B231 3506 2052 - fax 3506 2039 / 3506 2023caixa postal 992 | cep 30123-970Belo Horizonte – mG

12