a experiência da esac e dos parceiros na cultura do...
TRANSCRIPT
A experiência da ESAC e dos parceiros na
cultura do Medronheiro
F. Gomes; Gama, J.; Figueiredo, P.; Maia, J.; Clemente, M.; Plácito, F.; Pato, R.L.; Botelho, G.; Franco, J.;
Nazaré, N.; Santos, R.; Guilherme, R.; Melo, F.; Santos, S.; João, C.; Curado, F.; Casau, F.; Duarte, I.;
Vasconcelos, T.; Rodrigo, I.; Henriques, M.; Machado, H.; Caldeira, I.; Sousa, R.; Galego, L.; Antunes, D.
ESAC; DRAPC; INIAV; GREENCLON, LDA; Univ. do Algarve
“Qualidade da aguardente de medronho e outras potencialidades”
Colóquio na Mostra do Medronho e da Castanha
29/10/2016
ProDeR 4.1:
Ref. 43748 & Ref. 53110
www.esac.pt/medronho
2
Parceiros
Financiamento
FCT: PTDC/AGR-
FOR/3746/2012
A fileira do medronheiro: ESAC e Parceiros
Material Vegetal – selecionado e testado
As Micorrizas
Instalação da cultura: mobilização e nutrição
Técnicas culturais
• Pomar
• Áreas naturais
Frutos: exportação de nutrientes / fertilização
Pós colheita: conservação de fruto para consumo em fresco
Transformação: Manual de Boas PráticasNovos produtos alimentares
A seleção de plantas
Com o Apoio
. dos Produtores
. das DRAP
In: Gomes, F. et al. 2015. Medronho – Um Produto de Excelência
Avaliação
fruto
ESAC
Univ. Algarve
A seleção das plantas
In: Gomes, F. et al. 2015. Medronho – Um Produto de Excelência
ParâmetrosDimensão do fruto Grau Brix - (* ≥ 18%)
Peso Acidez total - (* ≥ 12 %)
Dureza Açucares redutores - (* ≤ 600 mg/l)
pH - (* 3-3,5) Distribuição da produção* Galego, L., 2006. Valorização da aguardente de medronho. Jornadas do Mel, Medronho e
Medronheira. C.M. da Pampilhosa da Serra, DRABL, LOUSAMEL, Pampilhosa da Serra, pp. 1-5.
O medronheiro: os critérios de seleção dos frutos
Ensaios clonais: diferentes condições ambientais
Clonal vs Seminal - Produtividade e qualidade
Heritabilidade das caraterísticas de seleção
Interação G X M
Identificação dos clones de elite
Alocação Clonal
In: II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24, 2015.
Os clones: A propagação clonal
CENTRO:
- Estreito (2007)
- Lenda da Beira (2007; 2012;
2016)
- Tiago Cristóvão (2014)
- Penela (2016)
SUL:
- Francisca Melo (2016)
ProDeR – GreenClon
- Lenda da Beira (700-2015)
- Tiago Cristóvão (700-2015)
Os clones: a instalação de ensaios
Ensaio Proença-a-Nova 1,5 ano
Foto: Tiago Cristóvão Ensaio Proença-a-Nova
2,5 anos / 2016
Foto: Tiago Cristóvão
•Litologia – xisto
•Solos – litossolos &
cambissolos
•Espessura < 10 cm
•pH = 4
Resultados ao fim:
5 a 7 anos
Ensaio Clonal: Pampilhosa da Serra
•Planta: clonal vs semente (CLO vs SE); total = 120 plantas
•Adubação: sem adubo (0) vs Libertação Lenta (LL) vs
composto 7:21:21 – (133)
,Compasso: 4x4 m; 16m2/planta; 625 plantas/ha
Resultados - 5 anos (2012)
Micropropagação
antecipa a idade
de frutificação
Planta Fruto (Kg/ha)
CLO 557.5± 5.8 a
SE 62.6± 1.2 b
Razão CLO / SE =8.9
Adubação Fruto (Kg/ha)
0 102.7± 2.7 b
LLenta 400.7± 7.8 a
133 426.8± 8.6 a
Razão fertilização/control=4.0Razão bloco(1-3)/4
386.4 / 81.0 = 4.8
Bloco Fruto (Kg/ha)
1 316.0± 9.9a
2 397.7± 11.3a
3 445.4± 10.3a
4 81.0± 3.6b
Data: mean ± std
In: IUFRO Forest Tree Breeding Conf., Czech Republic, 2014
Ensaio Clonal: Pampilhosa da Serra
Ensaio clonal 2007: produção 2012-14
Resultados: 5; 6; 7 anos - Colheitas de 2012 a 2014
Kg/ha
a
b
2,4 X
In: II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24, 2015.
Material vegetal
AL-clone
SE-seminal
Ensaio clonal 2007: produção 2012-14
Resultados: 5; 6; 7 anos - Colheitas de 2012 a 2014
Kg/ha
a
a
b
3 X
In: II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24, 2015.
Adubação:
0-controlo
LL- adubo
Libertação Lenta
133 – composto N:P:K
7:21:21
Ensaio clonal 2007: produção 2012-14
Resultados: 5; 6; 7 anos - Colheitas de 2012 a 2014
Kg/ha
a
b
a
ab
In: II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24, 2015.
Blocos
4 Blocos
• Seleção indirecta
Alocação Clonal
Seleção
Genéticas
In: IUFRO Forest Tree Breeding Conf. Czech Republic, 2014
• Antecipação deinformação
Alocação Clonal
Tolerância ao stresse hídrico
IM6 71.50 ± 4.49d
JF3 78.50 ± 3.84c
AL4 84.83 ± 2.79b
ESAC_05 86.50 ± 3.26b
PEN 95.83 ± 1.52a
AL1 96.67 ± 1.02a
HP 99.33 ± 0.47a
ClonesSurvival (%)
(Average ± SE)
AL1
Clone HP
depois de 5 SubClone HP
Control
Sobrevivência (%)
Média ± SE
In: IUFRO Forest Tree Breeding Conf, 2014
Pomar produtor de semente - clonalParque para Polinização livre e controlada ESAC, Maio, 2015 (plantação com rega)
Junho, 2016 – 1 ano
Estabelecimento de cruzamentos
Polinização controlada
.Extração dopólen.Conservação
1 ano
.Polinização controlada
Medronheiro: Sistemadecruzamento
• Verifica-se autopolinização
Os clones e os pomares:
• Nº de clones instalar num pomar
– Variabilidade / Tolerância
• Apiários
– Aumento da produtividade
– Homogeneidade de produção
ESAC, INIAV, GreenClon
In: Mycorrhiza, 26 (3): 177-188, 2016
Micorrizas - Lactarius deliciosus
Ensaios ProDeR:
• Mértola, 2016
• Penela, 2016
ConclusõesMaterial vegetal e a produção de plantas micorrizadas
• As plantas clonais mostraram maior produção
• A adubação à instalação é importante, o seu efeito ainda severifica ao fim de 8 anos
• Em condições in vitro pode-se prever o comportamento dosclones no campo
• A conservação de pólen por um período superior a 1 ano,para polinização controlada
• Foi observado autopolinização – nº de clones em pomar
• Foi possível o estabelecimento de micorrizas in vitro e em viveiro com L. deliciosus e foram instalados ensaios
• Área 1
• 2 Parcelas com Tratamento
• Esquerda:
• RC(marcada a passagem:
• - da 1º ripagem e 2 ripagem cruzada com 3 dentes de ríper)
• Direita:
• RC + GRipagem cruzada + Gradagem
Instalação: mobilização do solo
• Área 1- Penela (01/08/2016)
A planta
Avaliação da fertilidade
Solo Folhada
FrutoFolhas
In: Pato, R.L. 2015. II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24
Áreas experimentais:Regeneraçãonaturalepomares
Medronhalva
Monchique
Aziral
P da SerraEstreito
In: Pato, R.L. 2015. II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24
0
100
200
300
400
Cu Zn Fe Mn
mg kg-1
nutrientes
Nutrientes na folhada
Soil covered with 12 cm of organic layer
Important in the return of nutrients
to the soil0,0
0,5
1,0
1,5
N P K Ca Mg S Fe
% Organic layer (n=63)
0
20
40
60
80
100
N P K Ca Mg S Cu Zn Fe Mn
kg ha-1
Nutrients: Nat. Regen. (samples: 30; méd. 9,51 ton ha-1)
Nutrients: Orchards (samples: 33; méd. 2,94 ton ha-1)
t/ha)
t/ha)
Produção e exportação de macronutrientes
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Pro
du
ção
(kg
/ha)
Exp
ort
ação
de
mac
ron
utr
ien
tes
-fr
uto
s(g
/ha)
N P K Ca Mg Produção (kg/ha)
In: Pato, R.L. 2015. II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24Pato, R.L. 2014. XV Simpósio Luso-Espanhol de nutrição mineral das plantas
Produção e Exportação de micronutrientes
0200400600800100012001400160018002000
02468
1012141618202224
Pro
du
ção
(kg
/ha)
Exp
ort
ação
de
mic
ron
utr
ien
tes
-fr
uto
s(g
/ha)
Cu Zn Fe Mn B Produção (kg/ha)
In: Pato, R.L. 2015. II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24Pato, R.L. 2014. XV Simpósio Luso-Espanhol de nutrição mineral das plantas
NUTRIENTS IN LEAVES AND FRUITS
0,0
0,5
1,0
1,5
N P K Ca Mg S
%
macronutrients
Leaves: Natural reg.(n=32)
Leaves: Orchards (n=65)
Fruits: Nat. Reg. (n=22)
Fruits: Orchards (n=129)
0
20
40
60
Cu Zn Fe Mn B
mg kg-1
micronutrients
Produção e Exportação de nutrientes
ConclusõesFatores preponderantes para uma maior produção
In: Pato, R.L. 2015. II Jornadas do Medronho, Actas Portuguesas de Horticultura, nº 24Pato, R.L. 2015. Encontro Anual das Ciências do Solo
• Fomentar e manter no solo os resíduos orgânicos da culturainstalada em pomar ou em regeneração natural
• Utilizar clones adaptados às condições agro-ecológicas dolocal
• Realizar a fertilização à plantação, correção do pH
• Aplicar de preferência adubos de libertação lenta
• Aplicar os nutrientes ao solo antes da fase do ciclovegetativo em que existe a sua maior absorção
• Em produção aplicar adubos equilibrados em NPK + Ca Mg e micronutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe, B)
ENSAIO ADUBAÇÃO NAPAMPILHOSA DA SERRA
bb
aa
a
a
33
In: Godinho, D. , 2016. Acompanhamento de
quarto ensaios de Medronheiro na Região Centro. Relatório de estágio
•T0 – Testemunha
•T1 – Aplicação de adubo 7:14:14 especial
B, Mg – 140g / planta, na projeção exterior
da copa + Outono, Corbigran - na projeção
exterior da copa e na proporção de
400g/planta;
•T2 = T1 em buracos (2 a 4 buracos na
projeção exterior da copa) + Outono,
Corbigran - na projeção exterior da copa e
na proporção de 400g/planta;
•T3 –Aplicação de adubo 7:14:14 especial
B, Mg – 140g / planta, na projeção exterior
da copa
•T4 - Aplicação de adubo 6:20:18 – 140g /
planta, na projeção exterior da copa
•T5 – Aplicação de adubo 8:12:12 especial
Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Zn, – 140g /
planta, na projeção exterior da copa.
Não se verificaram diferenças significativas na qualidade do fruto
34
ENSAIO ADUBAÇÃO DA PAMPILHOSA DA SERRA - Adubação
In: Godinho, D. , 2016. Acompanhamento de quarto ensaios de Medronheiro na Região Centro. Relatório de estágio
Grau Brix - (* ≥ 18%)
Acidez total - (* ≥ 12 %)
Açucares redutores - (* ≤ 600 mg/l)
pH - (* 3-3,5)* Galego, L., 2006. Valorização da aguardente de medronho.
a
aa a a
aa
a a
aa a
a
a
aa
b
b
b
b
Não se verificou perda de qualidade do fruto apesar dos aumentos da produção
35
In: Godinho, D. , 2016. Acompanhamento de quarto ensaios de Medronheiro na Região Centro. Relatório de estágio
Ensaio clonal 2007:2015
Grau Brix - (* ≥ 18%)
Acidez total - (* ≥ 12 %)
Açucares redutores - (* ≤ 600 mg/l)
pH - (* 3-3,5)* Galego, L., 2006. Valorização da aguardente de medronho.
Determinação da época de colheitae evolução da qualidade
0
5
10
15
20
25
30
351
2/n
ov
13
/no
v
14
/no
v
15
/no
v
16
/no
v
17
/no
v
18
/no
v
19
/no
v
20
/no
v
21
/no
v
22
/no
v
Pe
rda
de
pe
so (
%)
Verdes
Amarelos
Louros
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1001
2/n
ov
13
/no
v
14
/no
v
15
/no
v
16
/no
v
17
/no
v
18
/no
v
19
/no
v
20
/no
v
21
/no
v
22
/no
v
Du
reza
%
Verdes
Amarelos
Louros
12 Nov
Verdes
Amarelos Louros
26,6 ºBrix
21,4 ºBrix
21,3 ºBrix
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Du
reza
(%
)
Verdes Amarelos Laranjas
0
5
10
15
20
25
30
35
TSS
(ºB
rix)
Verdes Amarelos Laranjas
ENSAIO DE CONSERVAÇÃO DES. PEDRO ALVA
40
In: Godinho, D. , 2016. Acompanhamento de quarto ensaios de Medronheiro na Região Centro. Relatório de estágio
Goreti Botelho, Professora Adjunta na Escola Superior Agrária de
Coimbra. Investigadora integrada no Centro de I&D CERNAS - Centro de
Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade. Instituto
Politécnico de Coimbra. Coimbra. E-mail: [email protected]
Ludovina Galego, Professora Adjunta no Instituto Superior de
Engenharia. Investigadora colaboradora no Centro de I&D MeditBio -
Centro para os Recursos Biológicos e Alimentos Mediterrânicos.
Universidade do Algarve. Faro. E-mail: [email protected]
Publicações
Parte I: Da colheita do medronho à aguardente.
Parte II: Atenção a prestar a operações tecnológicas.
Parte III: Legislação.
Transformação: Novos
produtos alimentares
Processos de secagem e liofilização
Incorporação em novos produtos
Barritas com produtos mediterrânicos
Prémio Europeu* – Doce sem adição de sacarose
*3º Prémio Europeu do Concurso Future Ideas na categoria de Thesis Competition 2013; http://futureideas.eu/theses14/development-of-a-new-food-product-strawberry-tree-jam-without-addition-of-sucrose/Atribuído ao Relatório de Estágio Profissionalizante do Mestrado em Engenharia Alimentar, da estudante Cristina de Vasconcelos Costa Rodrigues, com o título: Desenvolvimento de um novo produto alimentar: doce de medronho sem adição de sacarose. Orientação: Goreti Botelho e Ivo Rodrigues (ESAC).