a formação das almas- capítulo 4(resenha)
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO ACADMICO DE HISTRIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTRIA
Disciplina: Histria do Brasil III
Professor: lcia de Torres Bandeira
Aluna: Maria Alice Mendes Rocha
CARVALHO, Jos M. A formao das almas: O imaginrio da Repblica no Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1990. Cap.4. p. 75-108
Est obra do Professor Jos Murilo de Carvalho possui 165 pginas, divididas
em seis captulos que buscam esmiuar as tentativas da formao de uma
identidade republicana no tempo que seguinte a Proclamao, em 1889. Em
cada captulo est sendo trabalhada a questo dos smbolos como alma mater
para o estabelecimento de uma nova realidade, no apenas no mbito politico,
mas as profundas mudanas ideolgicas que estavam abarcadas dentro de
todo este processo.
No quarto captulo, Repblica-mulher: entre Maria e Marianne, Carvalho da
continuidade a implementao do estudo sobre os discursos que circulavam
entre os republicanos, sendo que tendo como desta que a figura da prpria
personificao da Repblica, que ganha os tons franceses.
A alegoria feminina com aura de Clotilde de Vaux j era presente na formao
do iderio da Repblica francesa, mas foi centro de embate no Brasil, j que a
figura feminina era discutvel dentro dos parmetros buscados por todos os
evolvidos nessa trama identitria.
A figura feminina na Frana foi hora utilizada como uma viso clssica de
liberdade, mas chegando a simbolizar em certo momento a figura da Virgem
Maria. No Brasil encontrava vasta oposio, j que as ideias republicanas
brasileiras estavam distantes do real ideal de Repblica, alm disso, a figura da
feminina no poderia se encaixar dentro da ideia de mulher cvica, j que as
mulheres no teriam representatividade por no serem alcanadas pelo direito
ao voto, na constituio de 1891.
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Aproximada da figura feminina, a Repblica era tida como falsa, corrompida. As
ideias empregadas na formao republicana francesa sem duvidas no poderia
vingar em uma sociedade brasileira permeada por um imaginrio patriarcalista
e arraigada a profundos sentimentos provincianos.