A Formação das Monarquias Nacionais Modernas

Aula 10

Professor Wilton

História

7º Ano

COOOPERELP

Lençóis Paulista - S.P.

As barreiras ao comércio e à realeza plena

Feiras e Cidades Formaram-se em função da atividade comercial. Desde o século XI, o comércio vinha se expandindo, mas ainda convivia com uma forte agricultura, devidos às características do Feudalismo.

Para vender seus produtos em um Feudo, o burguês só poderia fazer negócios com o consentimento do nobre, que obrigava-o a obedecer a certas regras.

Quando dali saía e ia para outro feudo, deveria se adequar às novas condições daquele outro lugar.

Além de que, havia a questão da segurança, com bandidos que assaltavam os comerciantes.

Sua opção era fazer um seguro, mas isto tornava seus produtos mais caros!

A burguesia e a centralização do poder.- Outras dificuldades era a falta de regras nas

cidades, principalmente aquelas que não conquistaram suas CARTAS DE FRANQUIA, documento que colocava fim nas obrigações feudais.

- Era preciso romper com as barreiras do Feudalismo (impostos e moedas diversificadas), que dificultavam o desenvolvimento do comércio, fato que levou a burguesia à apoiar e incentivar o processo de fortalecimento dos reis.

Este é o contexto histórico da Formação das Monarquias Nacionais Modernas!

O retorno dos reis Os reis também não gostavam do Feudalismo, pois seus poderes

eram limitados! Na prática, eram os Senhores Feudais que ainda mandavam nas

coisas! No auge do Feudalismo (Alta Idade Média), era impossível criar

regras e leis que valessem para todos, mas agora, com a crise feudal, o desejo de mudança era cada vez maior.

Para mudar tal situação, era preciso que o rei recuperasse o poder total em seu reino, concentrando novamente os poderes que estavam divididos entre os nobres.

Contudo, era preciso que os nobres passassem a obedecer aos reis.

Assim, rei e burguesia se uniram no sentido de conseguir um objetivo em comum: diminuir o poder do clero e da nobreza e liquidar com o sistema feudal.

Foi justamente esse desejo que fez com que reis e burguesia unissem esforços para transformar a realidade em que viviam!

Reis + Burguesia = Poder Centralizado

A união de interesses A aliança REI/BURGUESIA foi resultado de uma

convergência de interesses. Com isso, os reis:-Receberam apoio político/financeiro para montar um exército, profissional e permanente, para cuidar da defesa dos interesses da nação);-O enfraquecimento da nobreza ajudou a fortalecer o rei;-Assim, por meio de lutas e negociações, os reis conseguiram o poder e submeteram a nobreza, recuperando o poder perdido ao longo dos séculos.

Características das Monarquias Nacionais Modernas

Fronteiras nacionais são estabelecidas. Contudo, as guerras ainda persistiram, como forma de ganhar território. Exemplo: Guerra dos 100 Anos.

Os dialetos locais são substituídos por idiomas nacionais, ajudando a formar uma idéia de nação.

Cada rei adota em seu reino uma moeda, cujo valor e peso eram decididos pelo monarca.

Os pesos e as medidas também foram uniformizados, assim como os impostos e taxas.

Os reis precisavam parecer importantes e por isso, construíam grandes palácios, usavam roupas caras e chiques, vivendo cercados de luxo e ostentação.

Com isso, passavam uma imagem de todo-poderosos!

As vantagens para a burguesiaOs comerciantes saíram ganhando

com a unificação da moeda, dos pesos e medidas, que tornaram o comércio algo mais fácil de ser praticado.

Além disso, pagavam menos impostos, e foram submetidos a leis que lhes davam melhores condições de negócio.

Os reis facilitavam seus negócios, pois quanto mais negócios, mais impostos pagariam, gerando mais recursos para o rei.

Fora isso, tiveram mais segurança para trabalhar!

Nem todos aprovavam as mudanças... A aliança REI + BURGUESIA não aconteceu em todos os

lugares da Europa, no mesmo momento histórico. Em Portugal, foi antes, depois Espanha, França e Inglaterra.

Esse processo também não aconteceu da mesma maneira. Em alguns lugares, o clero e a nobreza foram mais resistentes, enquanto que em outros lugares, aceitaram a aliança com menos resistência.

Quem saiu perdendo? O Clero e a Nobreza! Em alguns lugares, a Nobreza reuniu-se em Conselhos,

que deram origem aos Parlamentos, que tinham por função limitar o poder dos governantes.

A Igreja também não gostou do aumento do poder real, e em alguns lugares, o choque entre REI e CLERO foi algo inevitável, como estudaremos mais adiante, no capítulo sobre “A Reforma Religiosa”!