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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UNIDADES DE
INFORMAÇÃO: ESTUDO DE CASO LIGHT SERVIÇOS DE
ELETRICIDADE S/A
Por: Vounei Samuel de Oliveira
Orientador
Prof. Mário Luiz
Rio de Janeiro
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UNIDADES DE
INFORMAÇÃO: ESTUDO DE CASO LIGHT SERVIÇOS DE
ELETRICIDADE S/A
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por: Vounei Samuel de Oliveira
AGRADECIMENTOS
....à Deus primeiramente acima de
todas coisas. Minha amada Lidiane
Damas (Minha Noiva), família e
amigos.
DEDICATÓRIA
.....dedico à Deus que me da força,
paciência e saúde para superar os
obstáculos, a minha noiva Lidiane Damas
que não fosse pelo seu amor não teria
concretizado o sonho de realizar uma
pós-graduação. Família e amigos.
RESUMO
Apresenta mediante estudo de caso as transformações que a unidade
informacional/ biblioteca da empresa Light Serviços de Eletricidade S/A obteve,
após a substituição do controle acionário que a companhia sofreu nos final da
década de 90. Relata que a biblioteca esteve sob pena de ser fechada pela
falta de pró-atividade evidenciada pela inadequação de seus serviços e
produtos que não eram condizentes com a realidade que a empresa passara,
durante seu plano de transformação após a sua privatização em 1996. e pelas
leis da Biblioteconomia estipuladas por Ranganathan. Explica como a unidade
de informação se tornou um ponto estratégico para a empresa mantenedora.
Elucida as devidas melhorias que ocorreram na biblioteca através de ações
empreendidas pelos responsáveis da unidade de informação e pela gerencia
(Recursos Humanos) que a biblioteca responde. Informa que as mudanças de
atitude da biblioteca ocorreram durante a transformação da empresa através da
égide da gestão do conhecimento em tornar o seu capital intelectual um bem
valioso e valorizado dentro da companhia. E usar a praticas Administração
moderna como o planejamento estratégico para diagnosticar os pontos fortes e
fracos, em virtude de melhorar a sua ação perante aos seus usuários/clientes..
Explica que sua antiga gestão adequou-se às necessidades da empresa
mantenedora diante da remodelagem que sofreu após a substituição do
controle acionário. Apresenta os resultados conquistados pela unidade de
informação que consistem em espaço físico, automação do acervo, relação de
insumos tais como: desenvolvimento de coleções, orçamentos. Por fim,
apresenta as ações que evidenciam como a biblioteca se desenvolve com o
programa gestão do conhecimento.
Palavras-chave: Gerenciamento de unidade informacional. Gestão do
conhecimento. Sociedade do conhecimento – Capital intelectual.
METODOLOGIA
A abordagem teórico–metodológica se respalda na administração
moderna de unidades informacional, provocadas por mudanças
organizacionais constantes num ambiente empresarial. A gestão do
conhecimento apresenta com intuito de potencializar os fluxos de
conhecimento dentro da empresa em favor do desempenho dos profissionais
da empresa LIGHT Serviços de Eletricidade S/a.
Um dos primeiro procedimento para a realização do trabalho de
conclusão de curso foi recorrer à literatura corrente efetuando um levantamento
bibliográfico aos principais autores no assunto: Chiavenato e Sapiro (2003);
Nonaka e Takeuchi (2008); Drucker ([2000?]); Davenport e Prusak (1998). Na
pesquisa também fora coletado informações em sites da internet e arquivos
gerados pela unidade de informação e empresa.
O estudo de caso se caracteriza num modo descritivo, em que sua
aplicação mais freqüente tem ocorrido no campo da Gestão do Conhecimento,
como um instrumento apropriado no momento para a geração, criação e
disseminação do conhecimento organizacional.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Como a unidade de informação era antes: breve histórico 11
1.1 Antecedentes no modelo organizacional da empresa 12
1.2 O cenário atual da empresa 13
1.3 O efeito dessas transformações na unidade informacional (biblioteca) 14
CAPÍTULO II - Mudanças ocorridas durante a transformação da unidade de
informação/biblioteca 16
2.1 Abordar as melhorias em relação a serviços, produtos e infra-estrutura 20
CAPÍTULO III – A gestão do conhecimento no âmbito empresarial 25
3.1 Qual a sua importância dentro das organizações 30
3.2 Como as lideranças tem encarado a implementação da gestão do
conhecimento nas organizações 32
3.4 O desempenho da unidade de informação na era da gestão do
conhecimento 33
CONCLUSÃO 37
REFERENCIA 39
8
INTRODUÇÃO
A monografia de final de curso apresentada a Universidade Candido
Mendes pós-graduação “Latus Senso” AVM – A vez do Mestre. Analisa a
mudança gerencial da unidade informacional da empresa LIGHT Serviços de
Eletricidade S/a, através da visão da empresa mantenedora sob a óptica da
Gestão do Conhecimento. Pennian (apud CORRAL, 1994, p. 84) sintetiza a
missão de uma biblioteca especializada, como um organismo que deve
“fornecer informação técnica, comercial e de mercado para indivíduos e grupos
em todas as partes (da empresa) a um custo competitivo”.
A biblioteca tornou-se competitiva quando saiu do seu estado
passivo, desenvolvendo artifícios na disseminação e organização do
conhecimento gerado e criado dentro da companhia. Uma vez que, a biblioteca
é um organismo capaz de participar ativamente do mercado, bastando que haja
um posicionamento adequado ao relacionamento com os agentes que neles
integram.
Durante muito tempo vem sendo abordada a questão de
Administração de unidades de informação e suas várias formas de tentar
gerenciar a informação. Através da gestão do conhecimento a unidade
informacional vem obtendo êxito na sua transformação retirando-a de um
estado passivo para um estado ativo, mas para que a transformação ocorresse
à biblioteca teve que arrumar sua “casa”, isto é, ajustar seu foco.
Com base nas recentes transformações ocorridas na empresa cujas
necessidades estão sendo estruturadas no plano de gestão do conhecimento
com a busca continua pela satisfação do cliente:
A Light é hoje, mais do que nunca, uma empresa
voltada para a satisfação dos seus clientes. Para isto, continua
investindo na modernização dos serviços, buscando padrões
de qualidade e eficiência para tornar-se referência do setor
elétrico e continuar desempenhando um papel fundamental no
desenvolvimento do Rio de Janeiro (O GRUPO LIGHT:
HISTÓRIA, ©2006).
9
Pois uma biblioteca corporativa como é no caso da empresa de
energia elétrica LIGHT Serviços de Eletricidade S/a. precisa estar concatenada
com os valores da empresa “Foco nos Resultados, Mérito, Coragem e
Perseverança, Comportamento Ético e Solidário e Alegria”.( O GRUPO...
©2006). E com a sua missão “Ser uma grande empresa brasileira
comprometida com a sustentabilidade, respeitada e admirada pela excelência
do serviço prestado a seus clientes e à comunidade, pela criação de valor para
seus acionistas e por se constituir em um ótimo lugar para se trabalhar.” (O
GRUPO... ©2006).
Só dessa forma a unidade informacional consegue verificar e
analisar as situações existentes no mercado para dar o retorno informacional
estratégico que a empresa deseja. Neste cenário estudaremos como a
biblioteca / unidade de informação está sendo utilizada estrategicamente no
suporte da transformação do conhecimento tácito em conhecimento explicito na
empresa que se propõe a ser criadora de conhecimento.
Com o objetivo de abordar as melhorias causadas neste estudo de
caso onde sob um diagnóstico realizado por vários profissionais na área da
informação e comunicação foram capazes de identificar os pontos fortes e
fracos da unidade de informação, a fim de promover melhorias para a
organização e a transformação e a disseminação do conhecimento.
Assinalar o papel da biblioteca na geração do conhecimento da
empresa e como ela vem contribuindo para disseminar e aproximar o
conhecimento tácito da empresa, em transformá-lo em conhecimento explícito.
E na promoção de fluxos de conhecimento produzidos e criados pelos
funcionários da instituição mantenedora em parte mediante ações, atividades e
cursos dentro da biblioteca em favor do desenvolvimento da organização.
Apresentar o que as lideranças têm feito, e que estão fazendo para
implementar essa realidade de gestão na empresa no mapeamento do
conhecimento na incumbência de mostrar as pessoas da empresa aonde ir
quando precisarem de informação/conhecimento para seus respectivos
projetos e ações que beneficiem a organização.
Isso pode ser entendido como sendo uma abordagem da Gestão do
Conhecimento, pois, o emprego a criação de um modelo de gestão onde se
10
cria, dissemina e armazena informação é um grande desafio para as unidades
de informação empresarial.
Nesse cenário, essa pesquisa relaciona o que nos informa Drucker
([2000?]), o conhecimento da organização é o seu recurso mais importante, e
que gerenciar esse recurso é assegurar o conhecimento do que já foi produzido
às novas aplicações que se criam. A partir disso, ocorre o movimento de
gerenciamento do conhecimento.
Portanto, demonstraremos que a gestão do conhecimento é possível
quando a administração de uma biblioteca em ambiente especializado passa a
empreender seu olhar, considerando o ambiente externo e foco no cliente para
gerar mudanças consistentes para sua organização.
11
CAPÍTULO I
COMO A UNIDADE DE INFORMAÇÃO /
BIBLIOTECA ERA ANTES: BREVE HISTÓRICO
A biblioteca da LIGHT foi inaugurada no final da década de 60, onde
ela fora referencia no Brasil na área jurídica, pois contava em seu acervo com
mais de 10 mil volumes, mas com o passar dos anos e com a mudança de
Diretorias, o foco do seu acervo foi se modificando, a biblioteca que era
referência na área jurídica deu espaço à área técnica da empresa.
Até o inicio do ano 2000 a biblioteca era voltada para área técnica da
companhia, contemplando exclusivamente a Engenheiros e Eletricistas, pois, a
biblioteca passou para controle da Gerência da Engenharia.
Com as mudanças ocorridas na empresa após a sua privatização
em 21 de Maio de 1996, percebeu-se a necessidade pela Diretoria de
mudanças em atender melhor seus funcionários e colaboradores e parceiros, a
biblioteca muda novamente passando a ser regida pela Gerência de Recursos
Humanos. Com a proposta de ampliar seu acervo a outras áreas de negócios
da empresa, o seu acervo técnico continuou, mas, foi acrescido por outras
áreas, por exemplo, Administração, Economia, Marketing, Contabilidade entre
outros.
A unidade de informação começa a dar sinais de mudança e segue
a ímpeto à quinta lei da Biblioteconomia enunciada por Ranganathan: “A
biblioteca é um organismo em crescimento” (©1961). A biblioteca muda
também a sua infra-estrutura se informatizando para atender melhor seus
clientes/usuários, disponibilizando salas de estudos, adquirido periódicos que
permeiam o assunto da empresa e salas equipadas com computadores.
Hoje a unidade de informação está ligada a gerencia de educação
corporativa da empresa e tem como missão “Estimular a busca de
conhecimento para o autodesenvolvimento dos colaboradores e parceiros”.
Hoje a biblioteca tem papel importante na instituição auxiliando nos cursos e
seminários que acontecem dentro da organização dando suporte e
disseminando o conhecimento. Segundo Maciel (1997, p. 18) “Uma vez que a
12
biblioteca ou Profissional Bibliotecário não inova, não cria alternativas para
melhorar a sua rotina de trabalho, já se esclerosou, e o produto do seu
trabalho, obviamente estará também ultrapassado”
A biblioteca se localiza no Centro Cultural da Light (CCL), na
Avenida Marechal Floriano 168. Num espaço que serve de referência,
constituindo se o único na cidade do Rio de janeiro, a oferecer de forma lúdica
a informação experimentos sobre a história da eletricidade. Seu horário de
funcionamento e de segunda a sexta de 8:30h às 17h.
1.1 - Antecedentes no modelo organizacional da
empresa
A LIGHT é uma das mais antigas empresas de distribuição de
energia elétrica no Brasil com mais de 100 anos de existência, tendo sido
fundada no final do século passado por um grupo canadense, que também
obteve a concessão dos serviços de distribuição de gás, transporte urbano
elétrico, telefonia e iluminação pública, em parte do Estado do Rio de Janeiro.
A partir dos anos 1960, para atender ao processo de
desenvolvimento nacional, os setores explorados pela LIGHT necessitaram de
grandes investimentos. Foram por isto gradualmente adquirido pelo Governo.
Até 1978, a LIGHT manteve a distribuição de eletricidade em sua área de
concessão, quando teve seu controle acionário assumido pela Eletrobrás,
empresa estatal que administrava o setor de energia elétrica no Brasil. Assim,
como a aquisição da LIGHT, o setor foi inteiramente nacionalizado.
O modelo de gestão predominante em organizações cuja natureza
de capital era governamental no Brasil nessa época tinha forte influência do
modelo burocrático americano cuja teoria se desenvolveu por volta da década
de 1940, em decorrência de: “A fragilidade e a parcialidade das teorias
Clássica e das Relações Humanas, apesar de oponentes e contraditórias,
apresentavam visão extremista e incompleta sobre as organizações. A
necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar
todas as variáveis da organização e o comportamento de todos seus membros.
13
O crescimento e a complexidade das organizações passaram a exigir modelos
mais bem definidos” (CHIAVENATO, 1983).
1.2 - O cenário atual da empresa
Após um longo período sob administração do Governo Federal,
ocorreram algumas mudanças no controle acionário da empresa. A LIGHT foi
privatizada, através de leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 21 de
Maio de 1996, arrematada por um consórcio formado por três multinacionais –
Electrcité de France (EDF), AES Corporation, Reliant Energy e pela Companhia
Siderúrgica Nacional.
Em Fevereiro de 2002, foi concluído o processo de reestruturação
societária, consolidando a EDF como controladora da LIGHT.
Para cumprimento da legislação vigente, foi finalizado o processo de
desverticalização da LIGHT em 2005, originando a holding LIGHT S/A,
controladora das três operacionais: LIGHT Energia S/A, responsável pela
geração/transmissão; LIGHT Serviços de Eletricidade S/A, responsável pela
distribuição, e LIGHT Esco Ltda, comercializadora, formando assim o Grupo
LIGHT.
Em 28 de Março de 2006, foi celebrado o Contrato de Compra e
Venda de Ações entre a EDF International S.A (EDFI) e a Rio Minas Energia
Participações S.A. (RME), composta pela Companhia Energética de Minas
Gerais (Cemig), Andrade Gutierrez Concessões S.A. (AG Concessões),
Pactual Energia Participações S.A. (Pactual Energia) e Luce Brasil Fundo de
Investimentos em Participações (Luce).
Em Dezembro de 2009, a Companhia Energética de Minas Gerais
S.A. (CEMIG) comprou as ações da Andrade Gutierrez Concessões S.A. (AG
Concessões), Pactual Energia Participações S.A. (Pactual Energia) e Luce
Brasil Fundo de Investimentos em Participações (LUCE) e tornou-se assim a
única acionista da RME, com 54,46 por cento da LIGHT S.A. Atualmente,
companhia e administrada pela Companhia Energética de Minas Gerais.
14
1.3 - O efeito dessas transformações na unidade
informacional (biblioteca)
Atualmente a biblioteca sofreu uma reformulação no seu layout com
novas instalações, mobiliário moderno e confortável para seus
clientes/usuários. Ganhos tecnológicos também fazem parte dos efeitos
causados pela transformação da biblioteca, para melhor atender os usuários e
as atividades desenvolvidas pela unidade de informação.
Hoje os produtos e serviços da biblioteca contam de acesso local ou
online do acervo; disponibilidade de periódicos nas áreas de energia, negócios
e entretenimento; empréstimos das publicações; orientação à pesquisa;
disseminação seletiva de artigos ligados aos valores da empresa; intercâmbios
entre bibliotecas e centros de documentação de empresas e universidades;
base de dados com artigos internacionais para seu corpo técnico; sala de vídeo
equipada com TV e DVD; salas de estudos individuais ou em grupo.
O acervo é formado aproximadamente por 22.000 itens que
compreendem livros, revistas, relatórios, CD-ROM’s, DVD’s e fitas VHS, nas
áreas de gestão, energia, engenharia, marketing, finanças, recursos humanos,
e para alavancar o grau de cultura e lazer dos seus funcionários a biblioteca
conta hoje, com um acervo de entretenimento. Além de contar com um banco
de normas da Light, normas técnicas nacionais e internacionais.
As empresas não costumam perceber a importância dos centros
de documentação em suas organizações, muitas vezes por causa da
ineficiência dos serviços e produtos pelos seus profissionais que nela atuam,
mas, a unidade informacional que prioriza por um serviço de eficiência e
eficácia como verdadeiros gerentes do conhecimento, será sempre
reconhecida pelo valor intangível que operam na preservação e disseminação
do seu capital intelectual.
Pode ser dizer que a pratica da unidade de informação em utilizar a
pratica da gestão do conhecimento, serviu para imprimir um comportamento
adaptativo a organização e seus colaboradores, permitindo que se interaja
15
melhor com a biblioteca e utilizando com mais freqüência seus produtos e
serviços.
A biblioteca adquiriu o desafio de atender as novas expectativas de
seus clientes com as demandas ocasionadas pela mudança continua de
mercado. Com a missão de tratar a informação no seu armazenamento,
processamento, valorização, e transmissão de forma condizente a criação de
conhecimento e satisfação das necessidades em prol as atividades da
companhia.
Hoje através dos mecanismos de melhoria para o trato do
conhecimento / informação dentro da companhia pode-se perceber alguns
valores agregados a utilização dos serviços para se tornarem mais atraentes
aos usuários / clientes, que são:
• Facilidade de uso;
• Redução de informação desnecessária;
• Qualidade;
• Adaptabilidade;
• Economia de tempo;
• Economia de custo.
Procurando desenvolver melhor seus serviços à unidade de
informação deve buscar entender, qual o impacto da informação no
desenvolvimento do indivíduo e da organização, para saber como o
conhecimento adquirido pode beneficiar a todos e a organização.
A unidade de informação adquiriu uma postura competitiva
associando a sua pró–atividade no atendimento das demandas dos seus
clientes, estando intimamente ligada à melhoria da oferta de seus produtos e
serviços os seus usuários / clientes na antecipação das tendências as
facilidades de acesso a informação. Agregando valor e qualidade a seus
produtos, bem como a sua personalização a fim de atender com mais
qualidade as pessoas que estão no seu micro e macro ambiente.
Um dos objetivos deste esforço é analisar a eficácia das iniciativas e
praticas de gestão do conhecimento adotada, descobrindo se estão gerando os
benefícios e os resultados esperados (FIGUEREDO, 2005, p. 257).
16
CAPÍTULO II
MUDANÇAS OCORRIDAS DURANTE O PLANO DE
TRANSFORMAÇÃO DA UNIDADE DE INFORMAÇÃO
A remodelação do ambiente de mudança da unidade de informação
perpassou de um estado estático e passivo como vimos antes, para um estado
competitivo e dinâmico dentro da instituição mantenedora, servindo de ponto
estratégico dentro da empresa, sob sua influência, em seu processo de
mudanças organizacionais ao longo dos últimos anos.
Nesse sentido, a empresa LIGHT S/A desenvolveu sua gestão
capaz de empreender mudanças estruturais, das quais implicaram em avaliar
suas funções sociais com foco na qualidade da prestação de serviços aos seus
consumidores: “[...] uma empresa voltada para a satisfação dos seus clientes”
(LIGHT, © 2006).
As mais evidentes foram as que ocorreram em relação ao controle
acionário, modificando a empresa para capital privado o que estimulou
profundamente a consolidação do novo paradigma em administração que
considera importante para sua missão: Ser uma grande empresa brasileira
comprometida com a sustentabilidade, respeitada e admirada pela excelência
do serviço prestado aos seus clientes e à comunidade, pela criação de valor
para seus acionistas e por se constituir em um ótimo lugar para se trabalhar.
(LIGHT, © 2006).
Nesse contexto, a unidade de informação beneficiou-se das
mudanças ocorridas apropriando-se do novo paradigma de gestão incentivado
pela empresa de maneira positiva para o seu desenvolvimento e no
comprimento do papel de disseminar e fomentar a pesquisa com qualidade e
eficácia.
Hoje, ela pode ser considerada um instrumento estratégico para a
administração da empresa mantenedora porque conseguiu transformar sua
realidade de um ambiente que mais se parecia com um depósito de livros para
uma instância capaz de aperfeiçoar serviços e produtos.
17
Em 2005 a biblioteca recebeu da empresa mantenedora a missão de
reorganizar suas atividades. Dentre as quais deveria apresentar metas
objetivando atingir a determinados resultados de origem estratégica que a
colocassem na posição de unidade informacional, cujas atividades deveriam
ser desenvolvidas com nova missão focada no cliente. Sob pena da não
adequação as diretrizes da empresa ao seu fechamento.
O que exigiu da gestão da biblioteca a decisão em planejar
estrategicamente a gerência de fluxos de informação destinados aos
funcionários da empresa de forma ativa com o claro intuito de expandir sua
contribuição intelectual em favor da nova missão da LIGHT S/A.
Essa nova gestão, ativa e estratégica nos revela o entendimento de
que as atividades que materializam as mudanças ocorridas dentro da biblioteca
da sua remodelação com as mudanças de diretorias hoje acentuam se sua
importância na gestão do conhecimento.
Isso porque, tal como nos explicam Davenport e Prusak (1998) à
constatação de que só sobrevivem às organizações que aprendem
continuamente aumentou o interesse pelo conhecimento; é o velho principio de
só dar valor ao que foi perdido. As ações evidenciam a necessidade da
empresa mantenedora em melhorar a sua qualidade de seu produto dentro de
um mercado competitivo que sempre sofre mudanças externas.
Sob o prisma da gestão conhecimento, percebe-se que a empresa
mantenedora e a biblioteca empreendem esforços para que esses modelos de
gestão sejam consolidados a fim de melhorar o fluxo de informação e
conhecimento adquirido pela força de trabalho seja revestido em bens de
capitais para a empresa.
Marcondes explica que (2001, p. 61), nos últimos tempos, a
informação “se tornou um recurso cada vez mais valorizado como viabilizador
de decisões e processos de conhecimento / inteligência nos mais diferentes
campos”.
Destaca-se neste contexto de ações referidas a melhorar o fluxo da
informação e conhecimento da empresa a iniciativa da unidade de informação
em criar um “repositório do conhecimento” da qual quaisquer curso de
Graduação, Pós-graduação, MBAs, Mestrados ou Doutorados, financiado pela
18
empresa, o funcionário terá que deixar em arquivo digital uma copia do seu
trabalho neste repositório para que todos saibam da pesquisa.
Com a grande procura por trabalhos inseridos no repositório, pelos
funcionários a gerencia responsável pela unidade de informação teve que
ampliar a inserção de monografias e teses a todos os funcionários,
independente que a companhia custeie seus estudos, isto é, todos os
funcionários podem inserir suas pesquisas de conclusão de curso no
repositório do conhecimento. Um dos grandes desafios da gestão do
conhecimento é assegurar que compartilhar o conhecimento seja mais lucrativo
do que enclausurá-lo (DAVENPORT; PRUSAK 1998, p.33)
Nesse universo de ampliações, a biblioteca radicada ao novo
paradigma de gestão administrativa, pela visão estratégica da empresa
mantenedora, também avalia e desenvolve o grau de conhecimento para os
funcionários, na busca de transformar esse conhecimento tácito em
conhecimento explícito. Assim, a biblioteca passa a desenvolver atividades de
forma ativa e se transforma em instância estratégica para a empresa, nessa
sua nova visão de negócios.
O foco da biblioteca em gestão do conhecimento com base nas
atividades desenvolvidas em prol melhorar o fluxo informacional dentro da
organização teve uma aceitação bastante positiva pelos seus usuários /
clientes. Nesse sentido, a gestão do conhecimento não é percebida pela
biblioteca como sendo programas ou atividades advindas de uma aplicação de
reorganização de sua forma de administrar o conhecimento. Ao contrário, ela é
chamada a desenvolver atividades, serviços e produtos condizentes com a
forma de administração da LIGHT S/A.
Podemos perceber que em muitas instituições, uma das primeiras
coisas que as empresas fazem para cortar custos é fechar a biblioteca /
unidade de informação, pois elas vêem como puro gasto em custo de pessoal,
livros, periódicos e assinaturas online. Na verdade fechar a biblioteca seria a
ultima coisa que deveriam fazer, embora saibam da importância que a
biblioteca possui como facilitadora da informação / conhecimento, para a
geração de conhecimento criado dentro da empresa.
19
A Gestão do conhecimento é apontada por Alvarenga Neto, Barbosa
e Pereira (2007) como sendo a atividade produzida pelo efeito do planejamento
estratégico de modo a interferir no processo de geração e entrega de fluxos
informacionais pelo viés da administração de informação na era do
conhecimento. O que objetiva (ALVARENGA NETO, BARBOSA E PEREIRA,
2007). Uma imprecisão em conceitos, pois, Gestão do conhecimento varia
conforme cada empresa, mas o resultado que se busca é comum: transformar
conhecimento em ativos para a empresa mantenedora. Essa é a razão pela
qual é livre a biblioteca para criar e desenvolver atitudes nesse sentido. O
grande passo ela deu, foi sair de uma postura reativa e passiva para se tornar
ativa estrategicamente.
Internamente, a gestão da biblioteca se preparou dessa forma
empreendendo nas mudanças que promoveu em função do olhar da empresa
mantenedora o que a situa no plano de instância promotora de gestão do
conhecimento.
Isso de modo que possa acompanhar essa transformação,
ampliando os seus serviços e produtos, adequando ao seu espaço físico às
novas tecnologias de informação no acesso e na disponibilização da
informação, na infra-estrutura dos seus matérias, na formação e
desenvolvimento de coleções, na gestão de recursos humanos com relação à
capacitação e contratação de funcionários.
A transferência do foco de gestão não implica fatalmente em
reorganização de processos, mas de capacitação em reconhecer pontos fortes
e fracos que consolidarão atitudes que implicam em relação às forças advindas
do macro ambiente (ALENTEJO 2002, p. 7).
Essas mudanças foram essenciais para o desenvolvimento da
biblioteca tirando-a do estado passivo para atitudes ativas. Com esse
empreendimento a unidade de informação começa a ganhar subsídios e
insumos consideráveis da instituição. Para se remodelar e transformar a
biblioteca forte e competitiva das ameaças externas e atender melhor o seu
ambiente interno que é o seu foco principal.
Esse empreendimento planejado vai de encontro com as quatros
capacidades empreendedoras de Drucker ([1998]) que segundo ele são
20
indispensáveis ao planejamento que são: antecipação, adaptação,
aperfeiçoamento e inovação.
Nesse cenário, as mudanças ocorridas na empresa impactaram na
visão de negócios da biblioteca. As mudanças dizem respeito essencialmente à
mudança de foco da gestão interna que passa a considerar seus usuários, em
sua diversidade geográfica e multidisciplinar.
2.1 - Abordar as melhorias em relação a serviços, produtos e
infra-estrutura
A necessidade da constante mudança provocada pela instituição
mantenedora em relação às novas políticas da empresa não aconteceram na
biblioteca por erros e acertos jogados ao acaso, como podemos observar ao
longo do texto. Teve uma preparação totalmente planejada e diagnosticada
pelos aspectos e objetivos do plano estratégico, que nos envolve uma reflexão
sobre o futuro e o contexto social de onde a unidade de informação está
inserida.
A dimensão estratégica se ocupa da dinâmica das mudanças e das
relações de troca e reciprocidade estabelecidas entre a unidade e a sociedade
para a qual serve (RAMOS, 1996).
A biblioteca para atuar sob a regência da gestão do conhecimento
se utilizou de cinco funções gerenciais para unidades de informação que são
imprescindíveis, que se tornam abrangentes dentro da esfera da gestão do
conhecimento que são:
• Planejamento – Estabelecer metas e determinar como atingi-las;
• Organização – Decidir quem irá realizar o trabalho;
• Desempenho – Executar o trabalho;
• Controle – Assegurar que o trabalho está sendo executado de acordo
com os planos;
• Revisão – Analisar e resumir.
A biblioteca dentro do aspecto da gestão do conhecimento articulou
se e a fazer parcerias com unidades fomentadoras de pesquisa a fim de
21
aumentar o seu poder de atuação perante os seus usuários, e adquirindo com
isso, e melhorando a visão global da biblioteca.
Com planos estratégicos a fim de desenvolver os pontos positivos e
negativos, identificados pelo diagnóstico elaborado pelos responsáveis da
biblioteca e da área em que ela responde (Gerência de Recursos Humanos),
Levaremos em conta as considerações utilizadas pelo planejamento
estratégico, às mudanças ocorridas mais abrangentes que se deram na esfera
da unidade de informação:
• A globalização da imagem da biblioteca perante a empresa e seus
parceiros;
• O aprimoramento de acesso às novas tecnologias de informação;
• Maior disponibilidade na abrangência na prestação de serviços e
produtos e na criação de novos;
• Conquista e permanência de novos clientes / usuários;
• Equipamentos especiais multiusuários, como televisores, Dvds, máquina
copiadora e scanners, por exemplo.
Deve se destacar dentro das mudanças ocorridas dentro da
biblioteca, o planejamento operacional que na pratica realizou com grande
eficiência e eficácia a materialização das metas estruturadas no plano
estratégico. Afirmando que Beraquet e Barbalho (1995, p. 25) abordam. É
essencial a completa interação das pessoas envolvidas no processo de
formulação e implementação do planejamento estratégico.
É importante ressaltar nesse estudo de caso da biblioteca da LIGHT
S/A o auspicioso auxilio do planejamento estratégico na transição da unidade
de informação; do qual impactou na transformação da imagem da biblioteca;
isto é, o que era antes percebido como um depósito de livros tornou-se uma
biblioteca ativa e competitiva dentro da organização mantenedora. Visões estas
diagnosticadas pelos usuários da empresa e pela própria gestão da
organização.
Essa mudança foi possível pela implantação dos processos de re-
formulação que consideraram novos objetivos no planejamento em curto e a
médio prazo. Isso se deu a partir da primeira etapa das mudanças que
consistiu na identificação e no diagnóstico de deficiências da unidade de
22
informação, pontos positivos e, sobretudo, na visão de gestão da empresa
mantenedora.
O que vai de encontro ao que Chiavenato e Sapiro (2003) explicam
sobre o processo de mudanças no planejamento estratégico “o planejamento
estratégico deve maximizar os resultados e minimizar as deficiências utilizando
princípios de maior eficiência, eficácia e efetividade”. O que faz que a biblioteca
permaneça forte e competitiva dentro da instituição.
Um dos pontos fortes do planejamento estratégico dentro da
organização mantenedora é o estimulo da inserção da unidade de informação
dentro da missão da organização inserindo-a, no ambiente organizacional em
que ela está inserida.
Com o propósito da organização pré-determinado, em sua razão de
existir, o que ficou evidente foi o estreitamento das relações entre biblioteca e
empresa mantenedora. É evidente a relação de aproximação entre a empresa
e a biblioteca, no tratamento que é dado a informação, no suporte dos cursos
produzidos pela empresa, no desenvolvimento das coleções e sobre a
formação de produtos e serviços afim de, atender melhor os seus usuários /
clientes.
Segundo Beraquet e Barbalho (1995, p. 45), “planejamento
estratégico deve ser integrado em todos os setores da unidade de informação,
sendo, portanto necessário que todos os funcionários conheçam e participem
das estratégias estabelecidas”. É de vital importância que todo o corpo de
trabalho da instituição esteja a par das transições ocorridas dentro da
biblioteca, para que se possa avaliar a eficiência e eficácia dos serviços e
produtos prestados.
Como explica Beraquet e Barbalho (1995, p.62) “se levarmos a sério
o futuro dos serviços e planejarmos estaremos permitindo a criação de novas
tendências e que novos serviços sejam criados e que novas oportunidades
surjam”.
As mudanças provocadas pela substituição do controle acionário da
empresa provocaram grandes mudanças na maneira de gerir a biblioteca pelos
responsáveis, dentro da empresa como temos visto. Tendo que criar meios
disponíveis na organização para explorar as condições favoráveis no ambiente
23
interno e externo em que a biblioteca está inserida. Enfatizado por Beraquet e
Barbalho apud (MOTTA 1998, p.42) “a essência do trabalho gerencial é fazer
as organizações operarem com eficiência e eficácia. O bem se faz melhor se
antecipado e o mal é menos mal se previsto”.
A transformação foi fantástica, transformar uma biblioteca passiva
em ativa é, e continua sendo um grande desafio, que esse processo
permaneça a ser continuo sobre o prisma do da gestão do conhecimento. Que
envolve a tomar decisões que envolvam riscos, pois, os profissionais precisam
olhar para o futuro e antecipar as mudanças provocadas no macro - ambiente.
A organização bem sucedida é aquela que é constante e
ininterruptamente está se renovando de maneira coerente à medida que o
mundo muda, os concorrentes inovam e os clientes exigem (CHIAVENATO;
SAPIRO 2003, p. 280). Princípios da moderna administração de qualquer
organização, e, sobretudo, no constante desenvolvimento da biblioteca.
Através do planejamento estratégico e sob a óptica da gestão do
conhecimento a biblioteca da LIGHT S/A desenvolve serviços e produtos
condizentes com as expectativas e as necessidades das demandas dos seus
usuários. Para (Santos, Fachin e Varvakis apud VERGUEIRO; CARVALHO
2000) as bibliotecas precisam criar, definir e/ou reestruturar as praticas de
trabalho e métodos gerencias, que passem a responder de maneira rápida e
eficiente as demandas da sociedade na qual estão inseridas bem como as
características e necessidades especificas de seus usuários.
Hoje a biblioteca atende a usuários internos e externos. Além de
atender as bibliotecas e centros de documentação de empresas e
universidades de todo país através do empréstimo entre bibliotecas
conveniadas. O empréstimo aos usuários externos é facultado através das
bibliotecas conveniadas. Já a consulta ao acervo e ao espaço, é livre.
A Biblioteca faz o atendimento ao seu público interno no próprio local
ou à distância, o atendimento à distância se dá por meio de e-mail, contato
telefônico e pela biblioteca virtual, que está disponível na Intranet da empresa.
Como a LIGHT está presente em mais de 31 municípios do Estado do Rio de
Janeiro, o atendimento à distância e seu constante aprimoramento é vital tanto
para o pleno funcionamento da biblioteca quanto para a satisfação dos
24
usuários. O atendimento à distância representa em média cerca de 60% do
total de atendimentos.
O empréstimo de livros é feito por um período de 15 dias, podendo
ser renovado pelo período igual não havendo reserva. Os periódicos também
são emprestados na biblioteca por 7dias, seguindo as mesmas regras dos
livros. Cada usuário tem o direito de obter como empréstimo 3 obras
simultaneamente.
Segue abaixo aos serviços e produtos oferecidos pela Unidade de
informação:
Produtos e serviços
• Consulta local ou online ao acervo;
• Consulta a jornal e revistas atualizadas e as bases de dados online
assinadas pela empresa;
• Empréstimo de publicações;
• Orientação à pesquisa;
• Orientação quanto à normalização de trabalhos técnicos e acadêmicos
dos colaboradores da LIGHT;
• Divulgação de artigos (disseminação seletiva da informação);
• Intercâmbio com bibliotecas e centros de documentação de empresas e
universidades;
• Microcomputadores para elaboração de trabalhos e pesquisa na
internet;
• Sala de vídeo equipada com TV e DVD;
• Salas para estudo individual ou em grupo.
25
CAPÍTULO III
A GESTÃO DO CONHECIMENTO NO ÂMBITO
EMPRESARIAL
De acordo com o levantamento bibliográfico sobre gestão do
conhecimento no âmbito empresarial, podemos perceber a área de
conhecimento, com desenvolvimentos e atividade teórico – pratico, que visa a
valorização continua do capital intelectual humano para o desenvolvimento
perene da organização.
Segundo Alvarenga Neto (apud GARVIN 1993), uma empresa
baseada em conhecimento é uma organização de aprendizagem que
reconhece o conhecimento como recurso estratégico, e cria conhecimento que
pode ser processado internamente e utilizado externamente aproveitando o
potencial do seu capital intelectual, onde o trabalhador do conhecimento é o
componente critico.
Contudo não há uma definição consagrada pelos estudiosos sobre o
assunto do que é de fato gestão do conhecimento, mas, uma aplicabilidade que
pode ser traduzida e sentida por toda companhia que visa que o
empreendimento pode ser canalizado dentro e fora da esfera empresarial.
Em que todos os autores estudados da pesquisa concordam é que,
a gestão conhecimento é o estímulo à geração de riquezas baseado em
conhecimento originado e desenvolvido pelo os funcionários que são os
protagonistas intelectuais no processo de geração de inovação, soluções para
problemas iminentes e desenvolvimento corporativo. Nesse cenário, o
conhecimento adquire valor de capital. Isso depende de estrutura que releve a
capacidade em fomentar o fornecimento de dados. É com essa proposta que a
LIGHT S/A deposita na sua unidade informacional para atingir determinados
efeitos de sua nova gestão.
Com a presteza que as transformações mundiais estão afetando as
direções do homem a buscar novos meios de conduzir suas organizações, de
modo a garantir seu crescimento contínuo e sustentável. Num cenário na quais
26
as empresas vivem com constantes oportunidades, na busca de se apropriar
de uma vantagem competitiva no mercado.
Esse cenário de mudança ao inicio do Século XXI caminha para a
valorização do ser humano (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Mudanças essas
que fazem surgir soluções inovadoras a fim de satisfazer as estratégias
organizacionais frente a esse paradigma. Todavia, Nonaka e Takeuchi (2008)
discorrem como é difícil criar uma cultura que valorize o aprendizado em que
os processos humanos envolvidos criatividade, conversação e discernimento,
ensino e aprendizado – são difíceis de se quantificar.
Essa conjectura relata o que Tarapanoff, Araújo Junior e Cormier
(2000) abordam que possuir inteligência organizacional está associado à busca
sistemática, efetiva e proativa de posturas ligadas à estratégia, à relação
organização e ambiência externa.
A administração do conhecimento tem sido um assunto amplamente
abordado no cenário empresarial desde o inicio dos anos 90, vêm obtendo
força no ambiente empresarial por acadêmicos, empresários, estudiosos e
pesquisadores que através de suas pesquisas e estudos estão ganhando cada
vez mais presença dentro das instituições, sobre a sua relevância no
crescimento das organizações nas mais variadas áreas de atuações. Portanto,
o que é o conhecimento?
Segundo Davenport e Prusak (1998, p. 6) o conhecimento é
decorrente da informação, que por sua vez, deriva de conjunto de dados que
logo se transformam em informação que por sua vez se torna em
conhecimento.
Conhecimento é uma mistura fluida da experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, praticas e normas organizacionais.
De acordo com as leituras realizadas durante a pesquisa para a
realização do trabalho, conhecimento é uma riqueza cujo entendimento varia
27
do ponto de vista de cada área do conhecimento em função do modo em que
cada área deposita a ele determinado valor.
No entanto, conhecimento, enquanto termo advindo do senso
comum oferece muitos entendimentos dependentes de várias misturas
conceituais de elementos formalmente estruturados na literatura; pois, ele é
dotado de intuições por conhecimento existir dentro da complexibilidade
inerente a cada pessoa em suas relações sociais no convívio social onde as
disputas ali geradas proporcionam às sociedades a criação de instrumentos e
recursos empregados no que se entende por relações de poder para geração
de saberes (FOUCAULT, 2003); e também, dependente de um processo
altamente volitivo, difícil de ser medido e impossível de ser estocado
(MACHADO, 2003); (LOVELOCK; WRITHG, 2002).
Davenport e Prusak (1998) afirmam que a razão de acharmos o
conhecimento um elemento tão valioso é que ele está próximo da ação, e está
relacionado ao uso inteligente da informação: pode ser avaliado pela qualidade
das ações ou das decisões às quais ele leva.
Para se tornar uma empresa potente na geração de conhecimento, a
organização deve completar uma espiral, cuja dinâmica se articula nas
conversões a seguir como sugere (NONAKA ; TAKEUCHI 1997, p. 79).
• Tácito para o tácito. Onde o individuo algumas vezes, compartilha o
conhecimento adquirido com o outro. Numa forma bastante limitada de
socialização de criação de conhecimento.
• De explicito para explicito – o individuo também pode combinar partes
distintas do conhecimento explicito em um novo todo. Isto é a
combinação onde indivíduos trocam e combinam conhecimento através
de conversas informais e formais.
• De tácito para explicito – é quando o individuo e capaz de articular os
fundamentos de seu conhecimento tácito e ele conseguem converter
esse conhecimento em explicito, permitindo que ele seja compartilhado.
Esse processo pode se chamar também, de externalização, do
conhecimento tácito em conceitos explícitos.
28
• De explicito para tácito – é à medida que o novo conhecimento explicito,
é compartilhado pela organização e outros empregados começam a
utilizá-lo, e usam para ampliar, e estender e reformular seu próprio
conhecimento tácito. Podemos chamar essa conversão de internalização
ou incorporação do conhecimento explicito em conhecimento tácito.
A espiral do conhecimento segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p.
79) é um ciclo que começa e recomeça continuamente e quando completada
ela atinge altos patamares sendo propagada dentro de toda organização.
No entanto Chiavenato e Sapiro (2004) apontam que é de vital
importância que as organizações determinem o quanto de conhecimento tácito
deve ser convertido em conhecimento explícito. Para intensificar a necessidade
de se criar uma força de trabalho que será ao mesmo tempo inovadora e
produtiva.
Pois o conhecimento tácito é especialmente difícil de ser transferido
de sua fonte de criação para as outras partes da organização, no entanto é o
conhecimento mais corrente dentro das empresas e está relacionado com a
cultura organizacional da empresa.
O custo de compartilhar o conhecimento tácito é elevado porque ele
assenta-se na comunicação face a face. Já o conhecimento explícito envolve
conhecimentos de fatos adquiridos principalmente de informações
documentadas e estruturadas. O conhecimento explícito não tem atualizações
automáticas como o tácito, porém o resultado dele pode ser a produção de
novos conhecimentos. Essa presunção vai de acordo com que Davenport e
Prusak (1998) supõem, isto é, que talvez a forma mais confiável de se colocar
o conhecimento em circulação, seja transferir pessoas para dentro e para fora
de suas fontes dedicadas.
Discorrer sobre gestão do conhecimento é preciso ter certo
conhecimento histórico do surgimento desse segmento, hoje conhecido como
gestão do conhecimento. Segundo Davenport e Marchand (2004, p.191). A
gestão do conhecimento já existia há muitos anos. Originada como uma
conseqüência natural da evolução dos tempos, da soma de sistemas de
informações e tecnologias de informação e comunicação (TIC), da evolução
das redes e da própria globalização e popularização da internet.
29
Porém, o foco de perceber a gestão do conhecimento pode ser
percebido como atividade no desenvolvimento de processos de fluxos de
informação, o que é objeto de interesse da Ciência da Informação,
Biblioteconomia, Administração entre outras áreas para programa de gestão.
Conforme Alvarenga; Barbosa e Pereira (2007) exemplificam que no
domínio da Biblioteconomia e Ciência da Informação, a gestão do
conhecimento é predominante vista como gestão da informação. Já no domínio
da teoria organizacional, a gestão do conhecimento implica em uma mudança
conceitual maior, ou seja, o conhecimento deixa de ser visto como recurso e
passa ser considerada uma capacidade organizacional, de valor capital
(NONAKA ; TAKEUCHI 1997).
É com essa perspectiva organizacional sobre gestão do
conhecimento como sendo recurso para ser tornar um programa de
gerenciamento para quaisquer tipos de organizações que fundamentamos
nosso estudo de caso face à atual realidade da biblioteca da LIGHT S/A: “a
gestão do conhecimento é o processo sistemático de buscar, selecionar,
organizar, destilar e apresentar informação no intuito de melhorar a
compreensão de um funcionário/cliente em uma área especifica de interesse”
(CHIAVENATO; SAPIRO, 2003, p. 292).
Todavia, a gestão do conhecimento não serve só para coletar,
armazenar, disseminar e compartilhar o conhecimento, mas de criar e,
sobretudo, potencializar a geração e o compartilhamento do conhecimento,
inovação e criatividade estimulados entre os colaboradores da empresa. O que
inclui a oferta de recursos para fomentar o conhecimento disponível dentro e
fora do ambiente empresarial ou institucional.
Algumas organizações já incentivam o estimulo de valorização do
capital intelectual humano através, de atividades diversas tais, como
remodelagem de bibliotecas como fonte de leitura diversificada, lazer, esportes,
benefícios, patrocínios, bolsas de estudos e programas de educação e
treinamento contínuo.
Nesse cenário, um recurso utilizado para atingir essas finalidades
pela LIGHT S/A foi lançar mão de uma instância disponível em qualquer setor
empresarial capaz de gerar e produzir valor intangível que é a biblioteca /
30
unidade de informação, lugar que permite a maior rapidez e facilidade no
compartilhamento do conhecimento.
A gestão do conhecimento existe para ajudar a sedimentar a memória da empresa, criar instrumentos de prontidão as respostas (internas e externas) fortalecer processos produtivos, melhorar serviços e produtos oferecidos, tornar o compartilhamento de informações e conhecimento mais dinâmico, na velocidade que a empresa necessita alavancar a inovação e a gestão competitiva, operar de modo otimizado, encurtar o tempo de desenvolvimento de produtos e de respostas aos clientes e mercado geral (FIGUEREDO, 2005, p. 45).
Portanto, a gestão do conhecimento no âmbito empresarial permite
que todas as áreas do conhecimento possam empreender a potência de criar e
potencializar antigos fazeres; e desenvolver novos produtos e serviços em
torno do conhecimento, fazendo que cada setor ou empresa saia de uma
espécie de zona de conforto, de aspecto passivo (MACIEL, 1997) para, se
tornar pró-ativa e participativa o bastante, de modo estratégico em favor dos
interesses e negócios da empresa mantenedora.
Uma dos grandes desafios para nos profissionais da era chamada
“Sociedade da Informação” e assegurar que esse conhecimento seja
multiplicado e disseminado trazendo lucros e melhoria continua para as
organizações e a sociedade. Ocasionando um bem-estar econômico nas
empresas, que dependem cada vez mais, de habilidades em acessar e
explorar os acervos do conhecimento tanto internamente como externamente.
3.1- Qual a sua importância dentro das organizações
Numa época que as empresas precisam “saber o que sabem” e usar
efetivamente esse know-how de seus funcionários, as dispersões de
conhecimento dentro das organizações que cada vez se tornam mais difíceis
de serem encontrados, para serem utilizados quando necessários. Esse artigo
valioso que é o conhecimento se torna mais valorizado dentro das empresas.
Ele só é um ativo corporativo valioso quando está acessível, e seu valor
31
aumenta na proporção do grau de acessibilidade (DAVENPORT; PRUSAK,
1998, p. 21).
A partir desta constatação que o conhecimento tem um sentido
bastante valioso, e hoje as empresas estão e precisam estar cada vez mais
atentas aos sistemas de informação dentro das organizações a fim de se
tornarem se mantedoras do conhecimento que é gerado dentro da companhia.
Observa-se que uma das grandes vantagens da organização que
promove a criação do conhecimento é faz que o conhecimento gerado e
adquirido dentro da empresa siga um fluxo sem barreiras que impeça a sua
disseminação, trazendo melhorias nos seus serviços e produtos, agregando
valor a empresa e a seus acionistas e clientes.
O propósito da gestão do conhecimento organizacional é
disponibilizar os conhecimentos necessários para suportar a qualidade do
processo decisório estratégico, oportunamente e sempre necessário na forma
adequada e com conteúdo acessível (CHIANEVATO; SAPIRO 2003, p.292).
Quanto mais a organização souber sob seu ambiente de negócio, melhor é a
sua adaptação as situações ameaças externas.
Pensar na importância da gestão do conhecimento dentro de um
ambiente organizacional é uma tarefa bastante gratificante. Já que a gestão do
conhecimento veio para promover a criação de acesso, transferência e uso das
informações para beneficio do negócio.
A gestão do conhecimento surgiu para que as empresas encontrem
a melhor forma de mobilizar a criação de explicita o conhecimento individual e
potencializá-lo a ser parte integrante de toda a empresa. Aumentando assim a
autonomia dos seus empregados, encurtarem a relação entre acionistas e
clientes. E reter, atrair e explorar o conhecimento gerado dentro da empresa
otimizando a comunicação entre seus pares (PORFÍRIO, 2005).
32
3.2 - Como as lideranças tem encarado a implementação da
gestão do conhecimento nas organizações
Com todas as transformações que a gestão do conhecimento pode
proporcionar dentro da empresa para melhorar seus serviços e produtos, as
lideranças estão encarando a gestão do conhecimento, dentro das
organizações como uma oportunidade de conhecer o potencial de suas
equipes / funcionários. Criando subsídios para a melhora continua do fluxo
informacional seja ele estruturado ou não-estruturado.
Uma das medidas encontradas pelas lideranças para criação de um
ambiente onde as informações circulem sem barreiras e a criação de unidades
de informação (bibliotecas, arquivos, museus) dentro de suas companhias. Que
permitam que funcionários busquem informações para utilizarem em seus
processos decisórios. Criando verdadeiros mapas do conhecimento, onde,
identificam gap’s de competência para que sejam corrigidos através de cursos /
treinamentos disponibilizados pelo setor Recursos Humanos.
Em referencia a esses aspectos de melhorias sob o
acompanhamento da gestão do conhecimento, a empresa do estudo de caso
LIGHT S/a, desenvolve há dois anos um programa com especialistas da
Universidade PUC-Rio um programa chamado Gestão do conhecimento do
capital humano. Em que a empresa visa assegura todo conhecimento adquirido
dos funcionários para que não se disperse pelo turnover de funcionários,
ocasionando uma demora nas funcionalidades das demandas de trabalho para
assegurar o seu crescimento no mercado.
Ela mensura suas ações em aprendizados organizacionais como
treinamentos, workshops, ações de benchmarking como forma de aprender
rapidamente com outras empresas, criando um clima organizacional que
alavanque e motive a criatividade dos funcionários.
Como percebemos a gestão do conhecimento habilita os gestores a
criarem uma série de mudanças interessantes, pró-ativas no ambiente
organizacional, na prerrogativa de se antecipar as mudanças de mercado e
33
apoiar a inovação de seus serviços e produtos na possibilidade de melhora de
seus negócios.
Cada vez mais, lideres e consultores de empresas falam do
conhecimento como o principal ativo das organizações e como a chave da
vantagem competitiva sustentável (DAVENPORT; PRUSAK, 2003).
3.3- O desempenho da unidade de informação na era da gestão
do conhecimento
A unidade de informação da Empresa LIGHT Serviços e Eletricidade
S/A, vêm desempenhando com grande motivação e comprometimento ações
para uma cultura favorável ao desenvolvimento do conhecimento empresarial.
Trabalhando com bastante ímpeto em favor da evolução da instituição
mantenedora na busca da valorização dos seus funcionários através da gestão
do conhecimento. A unidade de informação vem promovendo produtos e
serviços para estimular o desempenho profissional dos seus usuários /
funcionários a se tornarem e permanecerem um capital ativo e valioso para a
companhia.
Com a apropriação e adaptação da gestão do conhecimento no
âmbito da unidade de informação ela caminha em proveito da comunicação
interna e externa, com a troca de informações com outras unidades de fomento
do setor elétrico e centros universitários na socialização e externalização do
conhecimento com unidades co-criativas de promoção de serviços que ajudem
aos seus clientes / usuários. Conforme Davenport e Prusak (1998) afirmam que
as organizações bem sucedidas são aquelas que a gestão do conhecimento
faz parte do trabalho de todos os membros da instituição.
Hoje a biblioteca, conta com um repositório do conhecimento
institucional, que consta com uma coleção digital de literatura cinzenta. Voltada
para o armazenamento, preservação e disseminação da produção intelectual
produzida e custeada ou não pela instituição. Onde os funcionários conseguem
ter acesso livre internamente, a toda produção intelectual da empresa
facilitando assim a comunicação cientifica dentro da instituição.
34
É uma fonte de pesquisa de literatura cinzenta que fica disponível
na página da biblioteca pela intranet onde todos os documentos produzidos são
inseridos e indexados por ela. Sob a óptica da gestão do conhecimento é uma
excelente ferramenta para potencializar e disseminar a comunicação interna
em uma organização.
Segundo Peter Drucker (1988) em seu artigo “o advento da nova
organização” o conhecimento da organização é o seu recurso mais importante,
e gerenciar esse recurso é assegurar o conhecimento do que já foi produzido e
as novas aplicações que se criam.
A biblioteca também compartilha conhecimento e informação com os
funcionários de outras empresas do setor elétrico por meio de comunicação
eletrônica (e-mail) nas transações de empréstimo entre biblioteca e centros de
documentação. Atua coletivamente com as outras áreas da instituição na
prestação de suporte em cursos, palestras, workshop entre outras atividades
realizadas pela empresa.
O conhecimento como já citado anteriormente só é um ativo super
estimado corporativamente, quando a sua acessibilidade tantos nos canais
formais e informais acontece de forma polida, otimizando a prestação dos
serviços.
Os esforços praticados pela unidade de informação / biblioteca em
criar um mapa do conhecimento, através do estudo dos usuários garimpando
informações preciosas para futuras aquisições de matérias de informação
(livros, bases de dados, artigos etc.). Com o diagnóstico feito na biblioteca
onde se verificou os pontos fracos e fortes da unidade de informação, o
mapeamento do conhecimento serviu e continua auxiliando estrategicamente
como amparo para identificar onde encontrar, e com quem está o
conhecimento dentro da instituição mantenedora.
Segundo Davenport e Prusak (1998): “a principal finalidade e o mais
evidente beneficio de um mapa do conhecimento é mostrar para as pessoas de
dentro da empresa para onde ir quando necessitarem do conhecimento”.
Seguindo a explicação dos autores a importância do mapa do conhecimento
evidencia-se no acúmulo de ruídos que podem ocorrer se os usuários/
funcionários não obtiver uma informação precisa e direta nas pesquisas
35
realizadas. Acarretando em um acentuado aglomerado de ruídos, ocasionando
informações imprecisas e incorretas prejudicando a pesquisa e gastando o
tempo do leitor/pesquisador procurando o conhecimento/informação, pela
inadequação a quarta Lei da Biblioteconomia exposta por Ranganathan:
“Poupe o tempo do leitor” (©1961).
Bibliotecários que trabalham diretamente com o público devem
primar pela valorização no atendimento, conseguindo informações na maioria
das vezes que os usuários ainda não saibam. Informação essa que acarretará
em uma vantagem competitiva de mercado aos seus usuários e valorização ao
nosso trabalho como catalizadores da informação, que logo se tornara em
conhecimento para a sociedade.
Bibliotecários freqüentemente agem como corretores do
conhecimento disfarçados, apropriados, por seu temperamento e seu papel de
guia de informações, para a tarefa de criar contatos pessoa-pessoa e pessoa-
texto. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 34).
Normalmente esse trabalho de corretor do conhecimento intitulado
pelos autores não é bastante observado por seus gestores do local de trabalho
e não merece a valorização necessária por acontecer de uma maneira informal
e de não ser documentada, mas, é sem sombra de dúvida o serviço que os
usuários/clientes mais valorizam.
Bibliotecários são essências para a criação e compartilhamento do
conhecimento / informação, numa época que as empresas estão se inserindo
na sociedade do conhecimento, onde as trocas de informação acontecem
constantemente com o advento da tecnologia em que estamos todos
conectados em rede.
Para os Bibliotecários prosperarem no novo mundo da gestão do
conhecimento, eles terão de mudar seus objetivos, atividades e predisposições
culturais. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 134).
Embora tenha conseguido um patamar de destaque dentro da
instituição após sua reestruturação, sendo um local estratégico de
conhecimento e informação a unidade informacional / biblioteca, precisa de
vigor de seus profissionais que nela atua. Buscando parcerias cada vez mais
sólidas e estreitas com outros centros de informações seja ela do setor público
36
ou privado, pois sabemos que investir em educação, treinamento e
desenvolvimento de funcionários pelas empresas, está exigindo mais dos
centros de fomento e deixando-os cada vez como protagonistas nas empresas
disseminadoras e criadoras do conhecimento.
37
CONCLUSÃO
A proposta apresentada nesta monografia é abordar como fora a
remodelação da unidade de informação no âmbito empresarial dentro do
panorama da gestão do conhecimento, na qual contribuiu para ampliar os
horizontes em melhorias de serviços e infra-estrutura.
A unidade de informação neste estudo de caso, nos revelou uma
faceta em buscar inovações mediante a nova filosofia de gestão da empresa
LIGHT S/a pela pratica da gestão do conhecimento. Retirando a biblioteca da
zona estática que se encontrava, para se tornara competitiva aos olhos dos
seus funcionários/usuários.
Esse grande desafio foi entendido e originado pela necessidade que
a biblioteca sentira de sair da sua passividade para ajustar a sua missão a
missão e valores da empresa mantenedora. O que se desempenha um grande
sucesso, para toda a empresa depois da mudança de controle acionário e sua
privatização, mudanças essas, que contribuíram para que a unidade de
informação entrasse definitivamente no mercado competitivo que é dos
mundos dos negócios contribuindo efetivamente para o crescimento intelectual
da companhia.
Verificamos também como as lideranças da empresa estão e podem
contribuir para o avanço de explicitar o capital intelectual existente na empresa
e de valorizá-lo dentro da organização criadora e fomentadora de
conhecimento como um capital ativo valioso.
Abordamos as melhorias trazidas para a unidade de informação
quando ela se torna efetiva dentro da empresa, adquirindo novas coleções,
maquinários, assinaturas online entre outros benefícios, analisamos também a
sua participação oferecendo suporte a treinamentos, palestras para os
funcionários da empresa.
Discorremos sobre a amplitude que o assunto proposto gestão do
conhecimento nos revela com a sua literatura abrangente que pode atingir e
ser seguida por diversas áreas e ser aplicada em diferentes tipos de negócios.
Todavia o assunto Gestão do Conhecimento está em voga e muito debatido e
38
corrente na literatura atual. O que contribuiu muito para o desenvolvimento da
pesquisa.
Concluo que os resultados foram bastante significativos e
evidenciados o que revelam que as ações da Gestão do Conhecimento se
tornaram eficientes para o desenvolvimento da biblioteca, tirando a da sua
passividade, a transformar a unidade de informação em um ponto estratégico
dentro da empresa e se tornando cada vez mais em um capital ativo.
Por fim sugiro que outros colegas façam essa abordagem em
estudos sobre o uso da gestão do conhecimento em unidades de informação
que alimente mais a nossa literatura, pois é uma abordagem fascinante que
possibilita diversas áreas do conhecimento, no caso específico a
Biblioteconomia a coadunar com as leis da Biblioteconomia difundida por
Ranganathan.
39
REFERÊNCIAS
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