a história das ferrovias

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  • 8/2/2019 A Histria das Ferrovias

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    As Ferrovias

    BRASILEIRAS

    SCULO

    NO

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  • 8/2/2019 A Histria das Ferrovias

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    NTFA s s o c i a o N a c i o n a l d o s T R A N S P O R TA D O R E S F E R R O V I R I O S

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    C E N T O E C I N Q U E N T A A N O S

    D E F E R R O V I A

    histria das ferrovias

    no Brasil comeou quando

    o Imperador Dom Pedro II, um

    entusiasta da modernidade e do

    avano tecnolgico, concedeu a

    Irineu Evangelista de Souza, poste-

    riormente conhecido por Visconde

    de Mau, a concesso para a cons-

    truo e explorao do primeiro

    trecho de interligao ferroviria

    do pas.

    De abril de 1854 para c, o trans-

    porte ferrovirio brasileiro viveu

    momentos de altos e baixos, osci-

    lando entre fases de crescimento e

    outras de estagnao.

    Desde a desestatizao das fer-

    rovias brasileiras, em 1996, as em-

    presas que fazem parte da Asso-ciao Nacional dos Transporta-

    dores Ferrovirios investiram mais

    de R$ 4 bilhes na malha, em mate-

    rial rodante, novas tecnologias,

    qualidade operacional e capacita-

    o de seus funcionrios, e aumen-

    taram a produtividade em 34%.

    Alm dos investimentos das

    empresas, importante tambm aparticipao efetiva do Governo

    Federal, responsvel pela amplia-

    o da malha e pela infra-estrutu-

    ra bsica existente. Faz-se neces-

    srio aplicar R$ 11,3 bilhes nas

    ferrovias entre 2004 e 2008, sendoque R$ 7,1 bilhes competem ao

    setor privado e R$ 4,2 bilhes

    Unio. H numerosos gargalos e

    entraves, que indicam enormes

    desafios a serem vencidos. Alm

    disso, o escoamento da produo

    crescente para atender s deman-

    das de exportao depende dire-

    tamente daqueles investimentos,demonstrando a urgncia de

    solues.

    NOS LTIMOS

    SETE ANOS AS

    CONCESSIONRIAS

    DE TRANSPORTE

    FERROVIRIO

    DE CARGA

    INVESTIRAM MAIS

    DE R$ 4 BILHES

    A

    De 1854 a 1997, o transporte

    ferrovirio brasileiro

    oscilou entre fases

    de crescimento

    e outras de estagnao

    1

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    As Ferrovias

    BRASILEIRAS

    Em 1854 foi inaugurado por Mau

    o primeiro trecho de uma ferrovia

    no Brasil. Era a Imperial Companhia

    de Navegao e Estrada de Ferro

    Petrpolis, mais tarde Estrada de

    Ferro Mau, onde circulou a famo-

    sa locomotiva Baronesa. A expor-tao da produo do caf que

    despontava como a mais impor-

    tante atividade econmica aps a

    extino do trfico de escravos

    foi fator determinante para o

    surgimento de outras ferrovias

    pioneiras.

    O desempenho

    da Companhia Pau-

    lista de Estradas de

    Ferro pode ser con-

    siderado um bom

    parmetro do im-

    pacto das fer-

    rovias na eco-

    nomia nacional.

    Entre 1872 e1899,

    o transporte de

    caf cresceu

    mais de 25 vezes. s ferrovias

    interessava tanto o caf quanto

    a mo-de-obra para trabalhar nos

    cafezais. Quando o movimento de

    imigrantes europeus se intensifi-

    cou na dcada de 1880, as ferro-

    vias de So Paulo decidiram trans-portar os recm-chegados de

    graa, de Santos para o interior

    do Estado.

    No incio do sculo 20, as em-

    presas ferrovirias vislumbraram a

    chance de se tornarem povoadoras

    e colonizadoras, de forma direta

    ou indireta. Este seria um meio de

    se trazer mais produo de novas

    reas, povoadas e dependentes do

    trem, e aumentar o faturamento

    da ferrovia. Grandes cidades sur-

    giram deste movimento, como

    Presidente Prudente, Araatuba,

    Caador e Marlia, todas fundadas

    entre 1910 e 1930, a partir da che-

    gada das estaes de trem.

    A construo e a operao de

    ferrovias cresceu de maneira

    150A EXPORTAO

    DA PRODUO DO

    CAF FOI FATOR

    DETERMINANTE PARA

    O SURGIMENTO

    DAS PRIMEIRAS

    FERROVIAS

    2

    errovias

    de

    SCULO

    NO

    21

    F

    Cento e Cinqenta Anos

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    4

    O VOLUME DE CARGA

    TRANSPORTADA

    CRESCEU 34% EM

    SETE ANOS, SALTANDO

    DE 138 BILHES PARA

    186 BILHES DE TKU

    A performance das empresas

    ferrovirias de 1997 a 2003 gerou

    uma arrecadao de R$ 2 bilhes,

    em concesses e arrendamentos,

    para o Governo Federal. Nos dez

    anos que antecederam a desesta-

    tizao, o setor ferrovirio acu-

    mulou um dficit, para os cofres

    pblicos, de R$ 3,8 bilhes. O pre- juzo mdio anual para a Unio

    foi de R$ 300 milhes nos ltimos

    cinco anos anteriores ao proces-

    so de desestatizao do setor.

    Atualmente, o Governo Federal

    recebe das concessionrias R$ 300

    milhes por ano, referentes s

    parcelas de pagamento pela con-

    cesso e arrendamento, alm de

    outros R$ 300 milhes que estas

    empresas recolhem para a CIDE(Contribuio de Interveno no

    Domnio Econmico). Isso significa

    A modernizao das

    ferrovias decisiva para

    o supervit obtido

    na exportao de

    produtos agrcolas

    As Ferrovias

    BRASILEIRAS

    SCULO

    NO

    21UmaPerformance

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    que os cofres pblicos passaram ater, em lugar do dficit que havia

    at 1997, uma receita anual de

    R$ 600 milhes, sem considerar

    os tributos federais, estaduais e

    municipais que, em 2003, tota-

    lizaram R$ 350 milhes.

    De 1997 at 2003, o volume de

    carga transportada cresceu 34%,

    saltando de 138 bilhes de TKU(toneladas quilmetro til) para

    186 bilhes de TKU. As projees

    dos tcnicos da ANTF apontam

    para um volume de 270 bilhes

    de TKU em 2008 o que repre-

    sentar um crescimento de 45%

    na produo, podendo chegar a

    57% com o incremento de recur-

    sos da Unio.

    Hoje, cerca de 85% da carga

    transportada por ferrovias no

    Brasil esto vinculados s expor-

    taes. Isso corresponde a 288

    milhes de toneladas de produ-

    tos para exportao transporta-

    dos em 2003 nas estradas de

    ferro do pas. O transporte de

    contineres e carga geral, no

    ano de 2003, comparado ao

    U M A P E R F O R M A N C E

    E S P E T A C U L A R

    Cerca de 85% da carga

    transportada por ferrovias

    no Brasil esto vinculados

    s exportaes

    Espetacular

    5

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    COM GRANDES

    INVESTIMENTOS

    EM SEGURANA,

    AS CONCESSIONRIAS

    CONSEGUIRAM REDUZIR

    EM 55% O NDICE

    DE ACIDENTES

    NAS FERROVIAS

    6

    mesmo perodo do ano anterior,

    cresceu 43%.

    As concessionrias investiram

    pesado em segurana e consegui-

    ram reduzir em 55% o ndice de

    acidentes nas ferrovias. Este ndi-

    ce de melhoria da segurana est

    acima das metas estabelecidas

    pelo poder concedente (Governo

    Federal). A efetivao dos investi-

    mentos apontados pelas conces-

    sionrias permitir otimizaes

    na malha ferroviria, tais como

    aumento da velocidade mdia

    dos trens em trechos crticos, de

    5 km/h para 30 km/h.

    Diante do crescimento substan-

    cial do volume de cargas a ser

    transportado, no ano de 2004 as

    concessionrias adquiriram 104 lo-

    comotivas e 4.951 novos vages.

    Estas encomendas esto reativan-

    do a indstria nacional de equi-

    pamentos ferrovirios e milhares

    de empregos diretos e indiretos

    foram gerados.

    A atuao das empresas

    do setor ferrovirio

    traz para o pas novas

    solues tecnolgicas

    e logsticas

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    As encomendas

    das concessionrias

    esto reativando

    a indstria nacional

    de equipamentos

    ferrovirios

    Alm das conseqncias econ-

    micas como o aumento da pro-

    duo, gerao de empregos indi-

    retos e maior arrecadao de im-

    postos a atuao das empresas

    ferrovirias traz para o pas novas

    solues tecnolgicas e logsticas,

    o que comprova os resultados

    altamente positivos do processo

    de desestatizao. A modernizao

    das ferrovias tambm contribui

    decisivamente para o supervit

    obtido com a exportao agrcola,

    viabilizando a eficincia e a com-

    petitividade dos agronegcios.

    U M A P E R F O R M A N C E

    E S P E T A C U L A R

    7

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    No incio do sculo 20, o transporte

    ferrovirio recebeu grande incenti-

    vo e foi largamente utilizado no

    Brasil, pois era a alternativa maisvivel para transportar cargas e

    passageiros, levando desenvolvi-

    mento ao interior do pas e interli-

    gando produtores e o mercado.

    Esta realidade foi gradativamente

    alterada por um processo industrial

    que privilegiou a indstria auto-

    mobilstica, e, por conseguinte, o

    transporte rodovirio. O resultado

    a atual falta de planejamento

    estratgico para a integrao de

    todo o sistema de transportes: hoje

    cerca de 60% do transporte de

    cargas feito pela via rodoviria,

    percentual que se aproxima dos

    90% se falarmos dos produtos

    industrializados.

    Logstica, hoje, um diferencial

    competitivo para as empresas e

    Brasil:

    LogsticaNO

    GDesafiosrandes

    As Ferrovias

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    O transporte de cargas porferrovias altamente

    competitivo para grandes

    volumes a longas distncias

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    cluindo-se recursos da Unio. Os

    parmetros internacionais de ma-

    triz de transportes apontam para o

    setor ferrovirio o desafio de

    alcanar o ndice de 42%.

    Mais do que uma soluo apenas

    parcial, o investimento na ferrovia

    tambm auxiliar o pas por desa-

    fogar os outros modos de trans-

    porte, fazendo com que nossas

    rodovias deixem de ser excessiva-

    mente utilizadas. Sem essa sobre-

    carga, o custo de manuteno damalha rodoviria seria sensivel-

    mente reduzido. Tal iniciativa cria-

    ria um crculo virtuoso, com melhor

    distribuio e otimizao dos recur-

    sos disponveis para o Ministrio

    dos Transportes, alm de gerar

    maior eficincia logstica pela inte-

    grao operacional dos sistemas

    intermodais de transporte de car-ga, o que possibilitaria uma redu-

    o no custo Brasil.

    L O G S T I C A N O B R A S I L :

    G R A N D E S D E S A F I O S

    para os pases. No h no mundo

    qualquer pas de dimenses con-

    tinentais como o Brasil que tenha

    deixado de investir pesadamente

    nas ferrovias. E isto fcil de en-

    tender: as ferrovias constituem um

    modal de transporte altamente

    competitivo para grandes volu-

    mes a longas distncias. Na Rssia,

    por exemplo, a ferrovia representa

    nada menos que 81% da sua ma-

    triz de transporte. No Canad, este

    ndice de 46%. Na Austrlia enos Estados Unidos, 43% do trans-

    porte so feitos por meio de fer-

    rovias.

    No Brasil, como resultado dos in-

    vestimentos e do desempenho das

    concessionrias, a participao das

    ferrovias no transporte de cargas,

    que era de 19% em 1999, atingiu a

    marca de 24% em 2003. Em 2008,esse ndice dever crescer para 28%

    com investimentos das concessio-

    nrias, e poder chegar a 30% in-

    LOGSTICA, HOJE,

    UM DIFERENCIAL

    COMPETITIVO PARA

    AS EMPRESAS E

    PARA OS PASES

    A participao das

    ferrovias no transporte

    de cargas era de 19%

    em 1999, chegoua 24% em 2003

    e poder atingir

    30% em 2008

    9

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    As Ferrovias

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    21Ferrovias

    Investimentos das Concessionrias

    1997 a 2003: R$ 4 bilhes2004 a 2008: R$ 7,1 bilhes

    Investimentos da Unio

    1997 a 2003: R$ 0,5 bilho2004 a 2008: Dado no disponvel*

    *A ANTF solicitouao Governo Federal

    investimentos de

    R$ 4,2 bilhes

    para este perodo

    1999 2003

    2008 - projeo cominvestimentos dos concessionrios

    2008 - projeo incluindoinvestimentos da Unio

    ParmetroInternacional

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    RIO BRANCO

    ACRE

    Produo Ferroviria

    no BrasilParticipao das ferroviasna matriz de transportes

    Investimentos na malha ferroviria

    CFN. Cia Ferroviria do Nordeste

    EFVM . Estrada de Ferro Vitria Minas

    Estrada de Ferro do Amap

    Estrada de Ferro Carajs

    Estrada de Ferro Norte-Sul

    FCA . Ferrovia Centro- Atlntica

    FERROBAN. Ferrovia Bandeirantes S.A.

    FERRONORTE. Ferrovia Norte Brasil

    Ferrovia NOVOESTE

    ALL .Amrica Latina Logstica

    FTC. Ferrovia Tereza Cristina

    MRS Logstica

    FERROPAR . Ferrovia do Paran

    FONTES: ANTT, Concessionrias, ANTF

    FONTES: Min. Transp., Min. Planej., CNT,ANTT, Concessionrias, ANTF

    10

    FONTES: Min. Transp., IBGE, GEIPOT (An. Estat. 2001), ANTF

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    A ALL oferece servios de logs-tica completa, com operaes de

    transporte multimodal, domstico e

    internacional, distribuio urbana,

    servios de terminal porturio e de

    armazenagem, incluindo gesto de

    estoques e centros de distribuio.

    So 15 mil quilmetros de vias fr-reas no Brasil e Argentina, uma frota

    12

    com 2 mil veculos rodovirios, 17 mil

    vages, 584 locomotivas e 160 road

    railers (carretas bimodais que tra-

    fegam tanto na ferrovia como na

    rodovia), alm de armazns, termi-

    nais intermodais e centros de dis-

    tribuio.

    A operao ferroviria da ALL no

    Brasil abrange 7.200 quilmetros de

    malha, que se estende pelo sul de

    So Paulo, Paran, Santa Catarina e

    Rio Grande do Sul. Investimentos

    da ordem de R$ 550 milhes em

    novas tecnologias, qualidade, infra-

    estrutura e capacitao de seus

    colaboradores permitiram ALLevoluir significativamente ao longo

    destes sete anos. O volume de cargas

    transportado pela ferrovia saltou

    de 11 milhes de toneladas em 1997

    (ano de sua fundao), para 23 mi-

    lhes de toneladas em 2003 um

    crescimento de mais de 100%.

    A ALL possui um Centro de Con-

    trole Operacional (CCO) totalmente

    integrado e informatizado, que estconectado s composies via sat-

    lite e rdio. A companhia dispe de

    computador de bordo em todas as

    suas locomotivas, com monitoramen-

    to constante de velocidade e de

    eventos, o que permite visualizar a

    linha frrea por at 30 quilmetros.

    Em julho de 2004, a ALL conquista

    um novo marco em sua histria, tor-

    nando-se a primeira empresa delogstica a lanar suas aes na Bolsa

    de Valores de So Paulo.

    ALL AMRICA LATINA LOGSTICA

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

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    A Brasil Ferrovias rene a Ferro-norte, Ferroban e Novoeste, ferro-

    vias importantssimas para a integra-

    o nacional. um sistema ferro-

    virio que cobre trs estados So

    Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato

    Grosso , integrando o Centro-Oeste

    ao mercado mundial. Serve tambm

    aos estados de Gois e Minas Gerais,atravs da hidrovia Tiet-Paran.

    Alm disso, interliga dois pases vizi-

    nhos (Paraguai, a partir de Ponta

    Por, e Bolvia, atravs de Corumb)

    ao porto de Santos, maior porto da

    Amrica Latina. Num futuro prxi-

    mo, a Brasil Ferrovias ser um elo

    essencial para a ligao do Atlntico

    ao Pacfico.

    Atravs de suas ferrovias serotransportadas, em 2004, mais de 15

    milhes de toneladas de carga, inclu-

    indo cerca de 45% do total da soja

    exportada pelo Brasil, atravs do

    porto de Santos.

    A frota da Brasil Ferrovias com-

    posta por 320 locomotivas e mais de

    dez mil vages. Em sua malha de

    4.400 km existem terminais ferrovi-

    rios de clientes, trs terminais pr-

    prios um terminal de embarque degranis agrcolas em Santos com ca-

    pacidade para embarcar at 2,5 mi-

    lhes de toneladas por ano e um

    projeto para construo de outro ter-

    minal porturio que ter capacidade

    para embarcar 10 milhes de tone-

    ladas por ano.

    O sistema emprega 2.900 funcio-

    nrios e tem sua operao controlada

    pelo Centro de Controle Operacionalde Campinas, atravs de licenciamen-

    to via satlite.

    BRASIL FERROVIAS FERRONORTEFERROBAN

    NOVOESTE

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

    13

  • 8/2/2019 A Histria das Ferrovias

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    ALLALL

    14

    CFN

    A CFN composta por umamalha ferroviria de 4.238 km detrilhos que se estendem pelos es-

    tados do Maranho, Piau, Cear,

    Rio Grande do Norte, Paraba,

    Pernambuco e Alagoas. A rede fr-

    rea, fundada em 1997, conecta as

    regies produtoras de uma gama de

    produtos entre eles acar, lcool,

    cimento, calcrio, gesso, derivados

    de petrleo, produtos cermicos,

    bebidas, produtos siderrgicos, mi-lho, coque, alumnio, e outros

    com os principais portos brasileiros:

    Itaqui, no Maranho; Suape e Recife,

    ambos em Pernambuco; Mucuripe

    e Pecm, no Cear; Cabedelo, na

    Paraba; Natal, no Rio Grande do

    Norte; e Macei, em Alagoas.

    O investimento de R$ 100 milhes,

    com o apoio do BNDES, permitir

    CFN maior eficincia de sua malha,

    que vai de So Lus, no Maranho, a

    Recife, em Pernambuco, alm da re-

    cuperao das locomotivas e vages

    herdados da antiga RFFSA. Com ou-

    tros R$ 120 milhes em recursos do

    Fundo de Investimento do Nordeste

    (Finor), a serem liberados em breve,

    est programada a reativao dotrecho que une a malha nordestina

    Ferrovia Centro-Atlntica (FCA),

    nico caminho para a Regio Sudeste.

    Estes recursos tambm sero utiliza-

    dos na recuperao do trecho entre

    Recife e Salgueiro, de forma a pre-

    parar a conexo da CFN com a Nova

    Transnordestina. Os novos investi-

    mentos na ferrovia devero elevar

    sua produtividade, de 800 milhespara 1,4 bilho de TKU, j nos pri-

    meiros 24 meses aps a liberao

    dos recursos.

    A ferrovia Nova Transnordestina

    ligar o cerrado do Nordeste aos

    portos de Suape (PE) e Pecm (CE)

    com bitola larga, tendo, como prin-

    cipais cargas, gros, fertilizantes e

    minrios.

    COMPANHIA FERROVIRIADO

    NORDESTE

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

  • 8/2/2019 A Histria das Ferrovias

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    COMPANHIA VALE DO RIO DOCE

    ESTRADA DE FERROCARAJS

    Parte fundamental do sistemamultimodal de logstica da Vale do

    Rio Doce, a EFC foi inaugurada em

    1985. Conta com 892 quilmetros

    de extenso e atua na regio norte

    do pas, ligando Carajs ao princi-

    pal porto martimo da regio Norte,

    em So Lus do Maranho.

    Os ndices de produtividade da

    EFC esto entre os melhores do

    mundo. Alm de minrio de ferro e

    mangans, seus vages transportam

    cimento, madeira, fertilizantes,

    combustveis, veculos, produtos si-

    derrgicos e agrcolas, com desta-

    que para a soja produzida no sul

    do Maranho, Piau, Par e Mato

    Grosso.

    Outra importante funo da EFC

    foi o surgimento, o desenvolvimen-

    to e a integrao das 22 localidades

    ao longo de seu percurso, entre mu-

    nicpios e povoados. Atualmente, a

    ferrovia tem uma movimentao de

    aproximadamente 450 mil passa-

    geiros por ano.

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

    EFC

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    COMPANHIA VALE DO RIO DOCE

    ESTRADA DE FERROVITRIA A MINAS

    As operaes logsticas da Valedo Rio Doce tm por base um am-

    plo sistema multimodal com trs

    ferrovias, oito terminais porturios,

    armazns e servios de navegao

    costeira. A EFVM, que conta com

    905 quilmetros de extenso,

    o elo fundamental neste sistema,

    sendo responsvel por 37% da

    movimentao de toda a carga fer-

    roviria nacional. Alm de minrio

    de ferro, transporta mais de 60

    tipos de carga, como calcrio, ao,

    carvo, soja, granito e celulose.

    Em 2004, a empresa est inves-

    tindo na compra de 18 locomotivas

    e adquirindo 2011 vages para a

    ampliao da sua capacidade de

    transporte. Com grande densidade

    de trfego, a EFVM apresenta altos

    ndices de produtividade, resultado

    da segurana e eficincia que a

    colocam entre as principais linhas

    frreas do mundo.

    Alm de cargas, a EFVM trans-

    porta cerca de 1 milho de pessoas

    por ano: um trem de passageiros

    circula diariamente em cada senti-

    do entre Vitria e Belo Horizonte /

    Itabira.

    ALLALL

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    EFVM

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

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    FERROVIA CENTRO-ATLNTICA FCA

    Operada pela Companhia Valedo Rio Doce, a FCA atua sobre uma

    malha ferroviria de quase 8 milquilmetros de extenso. o princi-

    pal eixo de conexo entre as regies

    Nordeste e Sudeste do pas. A FCA

    um grande corredor de exportao e

    importao que interliga sete esta-

    dos Minas Gerais, Esprito Santo,

    Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Gois

    e So Paulo, alm do Distrito Federal.

    Por ser uma concesso operada

    pela CVRD, os clientes da ferroviabeneficiam-se da integrao da sua

    malha com a estrutura de logstica da

    empresa, que conta com duas outras

    ferrovias, oito terminais porturios,

    servios de navegao costeira earmazns. Tudo isso possibilita a com-

    posio de inmeras solues inter-

    modais para os clientes.

    A FCA transporta grande varie-

    dade de produtos, como soja, fertili-

    zantes, ao, cimento, petroqumicos

    e combustveis, bens de consumo e

    autopeas. Em 2004 esto sendo in-

    vestidos US$ 130,6 milhes na com-

    pra de 70 locomotivas e 1.167 vages,destinados ao transporte de cargas

    de clientes.

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

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    FERROVIA PARAN

    A Ferropar comeou a operar noano de 1997, em situao bastante

    peculiar: recebeu uma linha frrea

    de concepo moderna, mas preci-

    sando de investimentos em frota e

    na infra-estrutura necessria para

    operar como empresa de transporte

    ferrovirio.Recursos significativos foram apli-

    cados na manuteno da estrada de

    ferro, garantindo segurana na cir-

    culao dos comboios e ampliando

    a vida til de toda a estrutura. Hoje,

    a Ferropar conta com uma estrutura

    de 17 locomotivas, 350 vages e

    opera uma malha ferroviria de 248

    km, ligando as cidades de Cascavel

    e Guarapuava.

    A Ferropar mudou a sua adminis-

    trao em agosto de 2003 e desde

    ento a nova diretoria elaborou um

    plano de melhorias na eficincia da

    logstica, que est em fase de imple-

    mentao. O plano se compe basi-

    camente de aplicao de estratgias

    de aumento da produtividade, acrs-cimo na quantidade de material

    rodante (vages e locomotivas) em

    atividade, aumento do volume de

    carga por carregamento, reduo no

    ciclo de composies (viagens de ida

    e volta) e do nmero de descarga no

    porto de Paranagu.

    Os clientes tambm investem no

    potencial da ferrovia. Alm de conta-

    rem com dois silos com capacidadepara 3 mil toneladas e uma moega,

    prprios da Ferropar, os clientes

    como Cargil, Imcopa, Bunge, Ipiranga,

    Cimento Rio Branco, Coopavel e

    Moinho Iguau tambm constru-

    ram suas estruturas dentro do ter-

    minal da ferrovia.

    ALLALLFERROPAR

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    FERROVIA TEREZA

    CRISTINA

    A Ferrovia Tereza Cristina iniciousuas atividades operacionais em

    1997, assumindo uma malha ferro-

    viria de 164 quilmetros de exten-

    so, na regio sul-catarinense, impor-

    tante plo carbonfero e cermico.

    Com uma malha isolada, uma fro-

    ta de dez locomotivas e 448 vages,

    a principal carga transportada pela

    FTC atualmente o carvo mineral.

    Entretanto, vislumbrando novas

    oportunidades de negcios, emagosto de 2004, a empresa iniciou

    tambm o transporte piloto de pro-

    dutos cermicos com destino expor-

    tao atravs do porto de Imbituba.

    A partir dos investimentos realiza-

    dos no local, que permitiram o em-

    barque de cargas conteinerizadas

    em navios de grande porte e longo

    curso, a expectativa da Tereza

    Cristina que este produto encon-tre na via frrea sua principal forma

    de escoamento.

    Outra oportunidade de crescimen-

    to para o setor em Santa Catarina

    pode ser viabilizada atravs da am-

    pliao da malha ferroviria no esta-

    do. Desde 1999, esto sendo discuti-

    dos no governo catarinense e no

    Ministrio dos Transportes os proje-

    tos da Ferrovia Litornea e da

    Ferrovia Leste-Oeste. A primeira

    constitui-se no prolongamento da

    linha frrea de Imbituba a So

    Francisco do Sul, interligando a FTCcom a ALL Amrica Latina Logstica.

    Dessa forma, os portos catarinenses

    de Laguna, Imbituba, Itaja e So

    Francisco do Sul ficariam interligados

    por via frrea. Por sua vez, a FTC

    ficaria integrada malha ferroviria

    nacional e aos grandes centros con-

    sumidores do pas. Com a ampliao

    da malha, a Ferrovia Tereza Cristina

    poderia transportar vrios outrosprodutos, proporcionando novos

    corredores para o transporte.

    A S E M P R E S A S D O S E T O R F E R R O V I R I O

    FTC

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    ALLALL

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    MRS MRS LOGSTICA

    A empresa MRS Logstica S.A.,que iniciou suas atividades em de-

    zembro de 1996, atua no nos estados

    de Minas Gerais, Rio de Janeiro e

    So Paulo, possuindo uma malha de1.700 quilmetros de extenso, em

    bitola larga. Suas linhas acessam os

    portos de Santos (SP), Rio de Janeiro,

    Sepetiba e Guaba (RJ).

    De 1997 a 2003, cerca de R$ 830

    milhes foram investidos pela MRS.

    Setenta e duas locomotivas e 1.300

    vages chegaram para reforar a

    frota. Grandes obras de infra-estru-

    tura e investimentos expressivos navia foram realizados. Para melhorar

    a confiabilidade e a qualidade de

    suas operaes, a empresa buscou a

    modernizao tecnolgica. Instalou

    em seu Centro de Treinamento o

    mais moderno Simulador de Ope-

    rao de Trens da Amrica Latina.

    Implantou rede de fibra ptica em

    toda a malha e aperfeioou seus sis-

    temas de comunicao e controle

    operacional. Recursos significativos

    foram destinados ao aumento da

    segurana operacional e preveno

    de acidentes. E uma moderna polti-

    ca de gesto de recursos humanos foi

    implantada, possibilitando o desen-

    volvimento e a qualificao de seus

    colaboradores.Os volumes transportados pela

    MRS, aps sete anos de concesso,

    praticamente dobraram em relao

    ao ltimo de operao estatal nesta

    malha. O transporte de carga geral

    cresceu 73,5% e novas rotas conti-

    nuaro sendo inauguradas. A ferro-

    via investiu, junto com os seus clien-

    tes, na reativao de linhas aban-

    donadas, como aconteceu como oramal de Suzano (SP) para atender a

    VCP, e com o ramal da Paraibuna,

    em Juiz de Fora (MG), em parceria

    com a Votorantim Metais.

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    ANTA s s o c i a o N a c i o n a l d o s T R A N S P O R TA D O R E S F E R R O V I R I O S

    M

    ELLO&M

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