A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM

A Afetividade é uma dimensão inerente à constituição de todo ser humano.

Em todas as ciências humanas e, em especial, a Psicologia se reconhece

a exigência fundamental de toda pessoa humana: de amar e ser amado; de

reconhecer e ser reconhecido, é nessa reciprocidade afetiva, é na qualidade das

relações que a pessoa humana se realiza plenamente. William Glasser,

psicólogo americano sublinha a importância de " dar e receber amor, de estar

em relação com os outros..de sermos responsáveis pela promoção do bem dos

outros.." Chiara Lubich, "honoris causas" em Psicologia, diz: " se quisermos

auto-realizar-nos devemos encarar o outro como um fator imprescindível para

o nosso equilíbrio psíquico" e assim por diante...

Concordo também com Vigotski, psicólogo russo, quando diz que a

aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do indivíduo

com o mundo está sempre mediada pelo outro. Não há como aprender e

apreender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece os

significados que permitem pensar o mundo a nossa volta. Não há um

desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós, mas há um processo onde

estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida

pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

O importante é compreender que a dimensão afetiva- emoções e

sentimentos- compõe o homem e constitui um aspecto fundamental na vida

psíquica. As emoções e os sentimentos são como alimentos do nosso

psiquismo e estão presentes em todas as manifestações da nossa vida. Saber

compreender o mundo que nos rodeia é fundamental para que possamos estar

nele. A apreensão do real é feito de modo sensível e reflexivo e, portanto,

realizado pelo pensar, sentir, sonhar e imaginar.

A nossa afetividade nos ajuda a avaliar as situações e servem de critério

de valorização positiva ou negativa para as situações da nossa vida, ela

prepara nossas ações, ou seja, participa ativamente da percepção que temos

das situações vividas e do planejamento das nossas reações ao meio.

Não há aprendizagem que não gere desenvolvimento, não há

desenvolvimento que prescinda da aprendizagem. Aprender é estar com o

outro, que é mediador da cultura. Estar com o outro significa, viver a nossa

afetividade.

Emi

BIBLIOGRAFIA:

Autores consultados:

VIGOTSKI ;William GLASSER; Chiara LUBICH; Victor FRANKL;

Alfred ADLER