a importÂncia da polÍtica nacional do meio ambiente … · 2018-12-26 · conferência de...
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II CAMAER’2016 ISBN 978-85-7295-109-8 www.camaer.com.br
A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE PARA
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA
Aline Ferreira (PIBIC-UFPA) 1, Nirvia Ravena2 (Orientadora – UFPA).
Resumo
O crescimento da conscientização da população em relação ao intenso processo de
degradação ambiental e aos problemas sociais resultantes do processo de desenvolvimento
desenfreado, levou o poder público a tomar providências com o intuito de tentar resolver essa
problemática. No Brasil o projeto de Lei nº 13, de 1981, que resultou na edição da Lei 6.938,
conhecida como Política Nacional do Meio Ambiente pode proporcionar ao país maior
notoriedade as questões ambientais, além de ter criado mecanismos que vigoram atualmente,
como os processos de Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e Relatórios de Impactos
Ambientais (RIMA), que foram de suma importância para questão ambiental em nosso país,
principalmente em relação ao surgimento de grandes empreendimentos criados com o intuito
de desenvolver o país. O objetivo, tanto geral como o específico proposto na pesquisa foram
alcançados, mesmo assim, entende-se como necessário à realização de estudos mais
minuciosos e detalhados visando corrigir algumas distorções verificadas na lei. A
metodologia utilizada foi baseada primeiramente no levantamento bibliográfico do assunto
abordado, selecionando os avanços advindos a partir da criação da referida lei e também uma
análise PNMA e de resoluções advindas dela. Nos resultados pode-se observar que a lei
trouxe mecanismos que ainda vigoram em nosso país, proporcionando assim melhorias nas
questões ambientais e consequentemente aos cidadãos. Contudo, a lei ainda é um tema pouco
debatido nas pesquisas cientifica no Brasil, devido a sua significativa importância este tema
deve ser mais debatido não somente no meio acadêmico, mas também em toda a sociedade
brasileira.
Palavras-chave: Politica Nacional do Meio Ambiental, Avaliação de Impactos Ambientais,
Legislação ambiental.
1Acadêmica do quinto ano do curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal
do Pará. [email protected] 2Professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU)
do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará. [email protected]
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INTRODUÇÃO
Ao longo do tempo vimos um intenso crescimento populacional e o aumento do
desenvolvimento industrial e econômico da sociedade, no entanto para suprir a necessidade de
matéria-prima, teve-se uma intensa exploração dos recursos naturais. No Brasil, essa
exploração foi ainda mais intensa, devido ao fato dele ter sido uma colônia de exploração,
onde houve um forte processo de retirada dos recursos naturais gerando grandes prejuízos
ambientais.
De acordo com Câmara (2013), desde o período colonial o uso dos recursos naturais
vem sendo realizado por meio de normas e instituições que reforçam o papel do estado como
mandatário. Contudo, percebeu-se que tanto nos países industrializados quanto nos em
desenvolvimento, houve gradativamente o crescimento da preocupação e conscientização da
população em relação ao intenso processo de degradação ambiental e aos problemas sociais
resultantes. Segundo Diodato (2004), no período da década de 60 por causa do
estabelecimento de grandes empreendimentos no Brasil, que culminaram no surgimento de
diversos movimentos ambientalistas que protestavam contra derramamento de petróleo,
construção de grandes represas, rodovias, complexos industriais entre outros grandes projetos
que tiveram notória visibilidade na época. Com isso o poder público sentiu-se pressionado a
tomar as devidas providências com o intuito de tentar resolver essa problemática, pois em
geral o desenvolvimento econômico de um país acarreta problemas ambientais.
No Brasil os debates relativos à questão ambiental tiveram origem com o Projeto de
Lei nº 13, de 1981, que resultou na edição da Lei 6.938, conhecida como Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA), onde em 31 de agosto de 1981 foi instituída no país.
Proporcionando maior notoriedade as questões ambientais, sendo um grande avanço onde o
pensamento que se tinha era de desenvolvimento a qualquer custo.
A PNMA determina que sejam realizados os estudos de impactos ambientais com
intuito de garantir licenças, e assim garantir recursos financeiros para projetos. De acordo com
Silva (2007), a criação da lei Federal nº 6.938/81, foi marcante na história da legislação
ambiental brasileira, sendo um documento bastante relevante e significativo, tornando-se um
instrumento de defesa e proteção do ambiente e das gerações futuras, ou seja, uma ferramenta
legislativa de preservação da natureza.
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A Lei Nº 6.938 foi sem duvida alguma segundo especialistas, um marco para país, em
relação à legislação ambiental, pois através dela muitos recursos naturais puderam ser
preservados. No ano em que a lei foi aprovada o Brasil era governado pelo general João
Figueiredo, o último presidente do regime militar. E segundo Paulo Nogueira Neto, um dos
principais mentores da lei, disse que a criação desta foi importante para aprimoramento no
tratamento de assuntos referentes ao meio ambiente além de ter conseguido unir os votos
tanto dos aliados ao governo quanto os da oposição. No entanto, ainda podemos perceber que
existem falhas na legislação e que precisam ser corrigidas no intuito de melhor atender os
objetivos propostos.
A PNMA instituiu a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA),
constituída por órgãos, entidades da união, estados, municípios e pelo Distrito Federal além
das fundações instituídas pelo governo. E a lei também proporcionou a criação do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em que determina a elaboração dos Estudos de
Impactos Ambientais (EIA) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA), ficando a cargo do
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) o posterior licenciamento das atividades que
provocam modificações no meio ambiente como: construções de estradas, ferrovias, portos,
aeroportos, extração de petróleo, construção de obras hidráulicas, entre outros. Entretanto os
estudos de impactos ambientais muitas vezes não abrangem de modo mais amplo os impactos
socioambientais.
OBJETIVOS
Objetivo geral: Analisar na Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981 as medidas criadas acerca
do processo de Avaliação de Impactos Ambientais.
Objetivos específicos:
Identificar na Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 a posição acerca da avaliação de
impactos ambientais, e nas resoluções decorrentes dela em especial a resolução nº 001
do Conselho Nacional de Meio Ambiente;
Identificar os avanços que a lei proporcionou a legislação ambiental brasileira;
Descrever e analisar os processos de avaliação dos impactos ambiental;
Avaliar e interpretar os conceitos centrais da pesquisa em relação à legislação
ambiental brasileira.
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METODOLOGIA
A pesquisa consiste das seguintes etapas:
1. Levantamento bibliográfico do assunto tratado e aos conceitos de Estudos de Impactos
Ambientais, Relatórios de Impactos Ambientais e Licenciamento Ambiental;
2. Coletar informações a respeito da lei, investigar em decretos, resoluções que abordam a
legislação citada e analisar os dados obtidos;
3. Selecionar os dados mais relevantes em relação ao assunto para poder identificar aqueles
que serão inseridos na base da pesquisa.
4. Tratamento dos dados coletados referentes, de modo a permitir análise dos mesmos em
relação ao referencial teórico adotado.
RESULTADOS
Primeiramente para compreender como funciona a legislação brasileira, se faz
necessário o entendimento de sua estrutura governamental onde se assenta em três grandes
poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Poder Executivo é representado pelo
presidente, governadores e prefeitos, tendo como principal função gerenciar os interesses do
povo de acordo com a constituição federal e as constituições estaduais e municipais. O Poder
Legislativo elabora as leis a partir de proposições feitas por vereadores, senadores e deputados
e mesmo pelo representante do Poder Executivo, enquanto o Poder Judiciário opera através
das diversas cortes com a atuação, dentre outros, de promotores e juízes. Ao nível federal, o
Poder Legislativo é constituído pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
“Historicamente, a partir do momento em que as atividades produtivas do homem
adquiriram uma forma organizada, o crescimento da atividade econômica esteve sempre
associado ao aumento no uso dos recursos” (MAGRINI, 2001), com isso questões
relacionadas ao meio ambiente eram pouco relevantes em virtude do desenvolvimento
econômico dos países. Contudo, ao longo dos anos houve o crescimento da preocupação
mundial com esta causa, e, portanto esta inquietação mundial pode ser justificada de acordo
com Passos (2009), onde a consciência sobre o planeta, a fim de garantir a sobrevivência do
ecossistema global e da própria espécie humana, e sob essa perspectiva, a proteção do meio
ambiente torna-se uma das bases que fundamentam a nova ordem internacional.
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Assim, surgiram diversos movimentos que discutiam a causa, a exemplo a
Conferência de Estocolmo ocorrida em 1972, que é considerada como um ponto de partida
para a proteção do meio ambiente, não somente para outros países, mas também para o Brasil.
Com isso o governo brasileiro levou a frente tal discussão, culminando na criação da lei
intitulada como Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).
Segundo Silva (2007), a lei que criou a Política Nacional do Meio Ambiente foi um
marco fundamental para a abertura de discussões e reflexões ligada as causas ambientais,
contudo apresenta fragilidades que precisam ser corrigidas, de modo a não comprometer a
capacidade de impulsionar o assunto adequadamente.
De acordo com Câmara (2013), a necessidade de um arcabouço legal e institucional
para fazer frente aos desafios dos problemas ambientais contribuiu para o estabelecimento da
Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei nº 6.938 de 1981, que estabeleceram
diretrizes e instrumentos de implantação, destacando o processo de licenciamento ambiental
para as atividades que utilizam os recursos naturais e questões consideradas poluidoras. Ela é
considerada, de fato, a primeira norma ambiental elaborada e aprovada pelo Poder
Legislativo. O objetivo da lei nº 6.938/81 é:
A preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio
econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade
da vida humana.
Uma dos benefícios trazidos pela PNMA foram os mecanismos considerados decisivos
para as questões ambientais em nosso país e que ainda vigoram na atual conjuntura política de
acordo com Magrini (2001):
Os principais instrumentos que constam desta lei são até hoje aplicados no
Brasil e são: Padrões de Qualidade Ambiental, Zoneamento Ambiental
(posteriormente denominado Zoneamento Ecológico econômico), Avaliação
de Impactos Ambientais, Licenciamento e revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras, Sistema Nacional de Informações Ambientais,
Sistema de Unidades de Conservação[...]
Outro benefício que a PNMA pode proporcionar ao país, foi a criação do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) de acordo com o artigo 6º da Lei 6.938/81:
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,
constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim
estruturado: I - órgão superior; II - órgão consultivo e deliberativo; III -
órgão central; IV - órgãos executores; V - Órgãos Seccionais; VI - Órgãos
Locais.
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A criação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), regulamentado pelo
decreto 99.274/90, também só foi possível por meio da PNMA.
Tanto se fala em meio ambiente, no entanto é necessária a compreensão de seu
conceito. Pela PNMA de acordo com o artigo 3° entende-se por "meio ambiente, o conjunto
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas". No entanto, também existem alguns autores
que possuem um conceito mais abrangente sobre o termo. Segundo Silva (2007), existem três
aspectos relacionados o meio ambiente, entre eles são o meio ambiente natural, o meio
ambiente cultural e o meio ambiente artificial.
Para Perazza et al (1985) apud Diodato (2004), o meio ambiente pode ser considerado
como um espaço onde acontecem as atividades urbanas e rurais. É constituído por um
ambiente biogeofísico e por um ambiente socioeconômico, como ilustrado na figura 1 abaixo:
Figura 1: Fluxograma sobre o conceito de meio ambiente.
Fonte: Perazza et al (1985) apud Diodato (2004).
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É clara a importância do meio ambiente para a sociedade, pois necessitamos de seus
recursos para sobreviver, contudo muitas vezes o desenvolvimento exagerado e veloz, traz
consequências severas.
A intensificação do processo de industrialização e o aumento populacional gera a
necessidade de se aumentar a produção de bens e serviços importantes para o consumo da
população, desse modo implicando em uma maior demanda de energia e matérias-primas para
suprir as necessidades identificadas. Por isso, no Brasil e em outros países, vem-se
aumentando a quantidade de obras de grande porte em virtude desse crescimento, acarretando
assim o surgimento dos impactos diretos e indiretos no âmbito ambiental e também social.
A Resolução N° 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em seu
artigo 1º, assim define o impacto ambiental:
Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
Porém nessa resolução não se considera os desastres ambientais como, tempestades,
deslizamentos de terras e outras catástrofes provocadas pela própria natureza como impacto
ambiental.
De acordo com Diodato (2004) os impactos ambientais possuem dois aspectos
importantes: a magnitude, ou seja, está ligada a grandeza do impacto e para o cálculo são
levadas em consideração o grau de intensidade, a periodicidade e amplitude do impacto. É a
importância, está relacionado à significação do fator ambiental envolvido em relação com
outros impactados.
A resolução N° 001 do CONAMA no artigo 6° determina que seja necessário um
diagnóstico ambiental com a finalidade de caracterizar a problemática ambiental, levando em
consideração três aspectos: o meio físico, meio biológico e os ecossistemas naturais e o meio
socioeconômico. Já em relação ao relatório de impacto ambiental no artigo 9º diz que ele
refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental.
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No entanto, muitos dos estudos e relatórios de impactos ambientais de grandes
empreendimentos, não caracterizam bem as questões relacionadas ao meio físico e ao meio
biológico, e as questões sociais são pouco debatidas. Podemos perceber isso, quando no
projeto de construção da Hidrelétrica de Belo Monte, situada no estado do Pará, houve muitas
discussões em relação a fatores sociais que não foram devidamente explicados nos estudos
realizados, gerando muitos embates dos grupos envolvidos e também de pessoas que
apoiaram a causa. Pode-se se explicar este fato por questão puramente política, porque a
maioria dos empreendimentos gera desenvolvimento para o local onde serão construídos e
consequentemente movimentam a economia da região. No geral, grandes obras estão
relacionadas a impactos ambientais, sociais e à saúde e têm sua viabilidade atrelada à
obtenção das respectivas licenças ambientais.
De acordo com Oliveira & Bursztyn (2001), o processo de Avaliação de Impacto
Ambiental deve incluir também (além dos impactos sobre os componentes ambientais), os
impactos sociais e econômicos. Esse método permite que projetos sejam planejados não
somente com base em critérios técnicos e econômicos, mas também em critérios de
sustentabilidade, contrariando as décadas anteriores, quando as considerações técnicas e
financeiras eram pontos essenciais do planejamento de um projeto.
Ainda segundo Oliveira & Bursztyn (2001), os estudos de avaliação de impacto
ambiental são realizados por meio de vários métodos que incluem vários grupos de interesse
como promotores dos empreendimentos, autoridades governamentais especialistas e setores
atingidos pela intervenção de proposta onde existe a participação de todos, emitindo seus
julgamentos a respeito do assunto envolvido e influenciando na tomada de decisão.
De acordo com Diodato (2004), existem seis métodos de estudo de impactos
ambientais que são mais utilizados e estão descritos na figura 2 abaixo:
Figura 2: Os métodos de Estudos de Impactos Ambientais.
Fonte: Diodato, 2004.
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Como esses modelos de estudos em geral são específicos às questões ambientais e
apenas tangenciam a questão social, que é uma problemática de grande significado. Como
aponta Queiroz & Motta-Veiga (2012), os impactos sociais e seus efeitos não são
considerados na fase de planejamento dos empreendimentos e os estudos de impactos
ambientais não incluem os impactos socioambientais, ocasionando assim ações mitigadoras e
compensatórias tardias e muitas das vezes insatisfatórias.
Há estudos que apontam que deveria existir em separado um relatório que quantifique,
detalhadamente, quais são os reais problemas enfrentados e suas possíveis soluções, pois os
EIA's e RIMA's, que ao longo dos anos veio ganhando mais notoriedade devido aos
movimentos ambientalistas, são documentos específicos para avaliar e quantificar as questões
ambientais, no entanto eles deveriam abordar este assunto também, pois ele está ligadoc aos
impactos pertinentes aos projetos, apontando então uma falha na legislação. Considera que
todas as questões que afetam as pessoas, direta ou indiretamente (VANCLAY, 2003). Os
impactos sociais, contudo é um assunto muito mais amplo do que se imagina embora o
pensamento restrito em relação a esta problemática se faça presente, isso ocorre, pois na
maioria dos casos, os envolvidos nessa questão são grupos sociais vulneráveis da sociedade.
Com relação ao processo de licenciamento ambiental onde suas principais diretrizes
para a execução estão determinadas na Lei 6.938 de 1981 e nas Resoluções do CONAMA nº
001/86 e nº 237/97, e, portanto sendo uma obrigação legal para a instalação de qualquer
empreendimento ou atividade poluidora e/ou degradadora em potencial. Sendo o processo de
audiências públicas com a participação social parte integrante da tomada de decisão dos
processos envolvidos. Por meio dos órgãos estaduais ligados ao meio ambiente e do Instituto
de Meio Ambiente e Energias Renováveis (IBAMA) pode-se obter a licença para a execução
do projeto.
Em 8 de Dezembro de 2011 foi publicado a Lei Complementar nº 140, que em seu
artigo 2º considera como licenciamento ambiental “o procedimento administrativo destinado
a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental”,
Esta lei trata das competências nas esferas estadual e federal o processo de licenciamento
ambiental.
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CONCLUSÕES
Apesar da Lei nº 6.938/81 ter como principal objetivo a preservação e conservação do meio
ambiente, a fim de tentar diminuir a degradação e garantir o acesso dos recursos naturais para
as futuras gerações, seus esforços, no entanto, batem de frente com o crescimento econômico,
uma vez que ações realizadas pelo Governo Federal, com a participação de empresas
privadas, vêm causando impactos ambientais de grandes proporções.
Portanto, a criação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi importante,
em decorrência da maior atenção que passou a ser dada às questões ambientais, notadamente
ao levar ao desenvolvimento sustentável, para os quais são indispensáveis os estudos e
relatórios de impactos ambientais, ao serem instituídos parâmetros técnicos, a fim de regular e
possibilitar a fiscalização de grandes empreendimentos. Entretanto, essa lei não deixa claro o
posicionamento em relação à questão dos impactos sociais que direta ou indiretamente estão
envolvidos com grandes obras tanto no meio rural quanto no urbano, este fato gera muitas
discussões, em especial a construção de hidrelétricas e outros empreendimentos.
A lei também proporcionou maior participação nas esferas da federação brasileira,
tanto no nível federal, como no estadual e mesmo no municipal, haja vista sua importância na
atuação para elaboração de leis com o propósito de minimizar os problemas enfrentados pela
natureza em função da interferência humana.
No entanto também foi possível perceber que a Política Nacional do Meio Ambiente
possui lacunas que precisam ser melhoradas com o intuito de melhor atender os seus
objetivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tudo o que hoje abrange a legislação ambiental brasileira determina, só foi possível
em virtude da Politica Nacional do Meio Ambiente. Sendo assim o Brasil em 1981, deu um
grande passo para o avanço nessa esfera, no entanto muito se tem ainda a evoluir, mas isso só
será possível por meio da conscientização da população e atitudes mais eficazes do poder
público para esta causa.
A Politica Nacional do Meio Ambiente ainda é um tema pouco debatido nas pesquisas
cientifica no Brasil. No entanto, devido a sua significativa importância ele deve ser mais
discutido não somente no meio acadêmico, mas também em toda a sociedade brasileira.
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O objetivo, tanto geral como o específico proposto na pesquisa foram alcançados,
mesmo assim, entende-se como necessário e de fundamental importância à realização de
estudos mais minuciosos e detalhados visando corrigir algumas distorções verificadas na lei
que criou a Política Nacional do Meio Ambiente, proporcionando assim ter melhores
resultados não somente para o meio ambiente, mas também para os todos os cidadãos
brasileiros.
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