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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO COTIDIANO DOS
ENFERMEIROS: UMA REVISÃO LITERÁRIA
JESSICA TAVARES GOMES
Orientadora: Professora Fabiane Muniz
Co orientadora: Professora: Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro
2017
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO COTIDIANO DOS
ENFERMEIROS: UMA REVISÃO LITERÁRIA
JESSICA TAVARES GOMES
Monografia apresentada ao Instituto Avez do mestre como
requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Saúde da Família.
Orientadora: Professora Fabiane Muniz
Co orientadora: Professora: Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro
2017
GOMES, Jessica Tavares. A influência da síndrome de burnout no cotidiano dos
enfermeiros: uma revisão literária. 2017. 50f.:il. Monografia (Pós - Graduação em
Saúde da Família) – Universidade Candido Mendes - AVM , Rio de Janeiro, 2017.
BANCA EXAMINADORA
Orientadora: Professora Fabiane Muniz
Co orientadora: Professora: Giselle Böger Brand
Examinador 1:
Examinador 2:
Aprovada em:
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho а Deus pois sem ele еυ não teria forças pаrа essa longa jornada, colegas e
familiares qυе de alguma maneira contribuíram para а conclusão desta monografia.
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar а Deus qυе iluminou о mеυ caminho durante esta caminhada, aos meus pais e irmãos que estiveram ao meu lado em todos
os momentos me apoiando nos difíceis e comemorando nos dias de glória e a todos os meus
familiares que de alguma forma tenham contribuído com muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ chegasse até esta etapa da minha vida.
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que
parecia impossível”.
Charles Chaplin
RESUMO
As consecutivas e progressivas modificações que acontecem no ambiente de trabalho desempenham grande influência sobre a saúde dos profissionais. A
Síndrome de Burnout é o resultado de exposições duradouras ao estresse no ambiente laboral ou em momentos da vida pessoal. Na atualidade tem sido caracterizada como um importante processo de degeneração da qualidade de vida
do profissional, visando suas consequências para a saúde mental e física. O interesse por esse estudo se deu através das aulas de Enfermagem em Psiquiatria
após avaliação da autora. Para a realização deste trabalho, foi utilizada a abordagem qualitativa com enfoque bibliográfico e cunho descritivo. Dessa forma o presente trabalho tem por objetivo, apresentar uma reflexão acerca das atividades
de enfermagem, que predispõem esses profissionais à desenvolverem a Síndrome de Burnout. A coleta de dados foi realizada em 2016 e 2017 através do site da
Biblioteca Virtual de Saúde na base de dados LILACS E MEDLINE, artigos, scielo, livros, revistas científicas e caderno de saúde pública. Por fim Enfoca-se a importância de se avaliar o Burnout entre as diversas categorias de profissionais de
enfermagem, com a finalidade de sugerir melhorias no ambiente laboral das instituições, através da aplicação de estratégias, para que desta forma as mesmas
atuem prevenindo e/ou tratando o Burnout.
Palavras Chave: Profissionais da Saúde. Burnout. Saúde do Trabalhador.
Enfermagem.
METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, foi utilizado a abordagem qualitativa
com enfoque bibliográfico e cunho descritivo. A pesquisa bibliográfica baseia-se
principalmente em resultados das pesquisas realizadas sobre o tema proposto. A
coleta de dados foi realizada em 2016 e 2017 através do site da Biblioteca Virtual de
Saúde na base de dados LILACS E MEDLINE, artigos, scielo, livros, revistas
científicas e caderno de saúde pública.
De acordo com o tema, foi realizada a pesquisa, mas em alguns
momentos a autora não encontrou acervos novos, ocorrendo assim muita dificuldade
em certos momentos.
A pesquisa possui uma abordagem qualitativa porque visa apreender a
influência da Síndrome de Burnout nos enfermeiros, não tendo como intuito avaliar
sua frequência.
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros,
artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com
uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se
estudou sobre o assunto.
Foi utilizado também como recurso para o desenvolvimento da pesquisa,
o uso de quadros sinóticos, onde cada quadro faz referência à um artigo, o quadro
sinótico é o resumo esquematizado de uma ideia ou de um texto. Sua principal
vantagem permite a visualização da estrutura e da organização do conteúdo que
expõe um determinado texto.
Essa pesquisa foi realizada com levantamento de artigos, sites e livros.
Tendo em vista essas normas, este trabalho poderá contribuir para que se
reconheçam os fatores estimulantes da Síndrome de Burnout no cotidiano da
atuação dos enfermeiros.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 08
Capítulo I – Estresse e Ansiedade.........................................................................10 1.1 Principais Fontes de Estresse Ocupacional ........................................................ 11 1.2 Fisiologia do Estresse ......................................................................................... 12
1.3 Ansiedade........................................................................................................13 Capítulo II - Burnout...............................................................................................13
2.1 Sinais e Sintomas do Burnout ............................................................................. 14 2.2 Diagnóstico da Síndrome de Burnout ................................................................. 15 2.3 Medidas Preventivas para a Síndrome de Burnout ............................................ 16
Capítulo III - Burnout x Enfermagem......................................................................17 3.1 As Repercussões da Síndrome de Burnout na Saúde do Profissional de
Enfermagem .............................................................................................................. 18 3.2 A Doença Ocupacional Relacionada à Assistência de Enfermagem .............19 Capítulo IV - Quadro Sinótico ................................................................................... 24
4.1 Análise dos resultados ................................................................................. 39
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43 WEBGRAFIA............................................................................ ..............................46
8
INTRODUÇÃO
As sucessivas e progressivas modificações que vêm acontecendo no
ambiente de trabalho, juntamente com o aprimoramento da tecnologia e
transformações das técnicas de assistência, exigem do enfermeiro um grande
período de tempo na preparação e qualificação profissional, exercendo extensa
influência sobre a saúde desses profissionais, podendo fazer com que o mesmo
adoeça devido aos elevados níveis de estresse e as más condições de trabalho
encontradas em determinados ambientes de trabalho, de modo que, chegando ao
nível máximo de esgotamento profissional desenvolvendo assim a Síndrome de
Burnout.
O termo Burnout tem origem na língua inglesa, a partir da união de dois
termos: burn e out, que respectivamente significam queimar e fora. A união dos
termos é melhor traduzida por algo como “ser consumido pelo fogo”. (SPINELLI, J.
F., 2014).
O interesse por esse estudo se deu através das aulas de Enfermagem em
Psiquiatria após avaliação da autora. Ao analisar e aprender o que era a Síndrome
de Burnout, como esta síndrome afeta vários trabalhadores, principalmente os
profissionais da área da saúde. A falta de conhecimento aguça a necessidade de
buscar maior compreensão sobre a temática.
A incidência de profissionais de enfermagem que são submetidos à
esses riscos ocupacionais de estresses diários, e que estão desprovidos de
qualquer política de prevenção para o aparecimento desta doença.
A partir desses conhecimentos surgiu o seguinte questionamento: “Quais
as manifestações do Burnout no setor de trabalho? Como esses profissionais de
enfermagem enfrentam a doença frente ao trabalho? O que deverá ser feito para
prevenir o aparecimento de novos profissionais acometidos pela síndrome?”.
Dessa forma o presente trabalho tem por objetivo, apresentar uma
reflexão acerca das atividades de enfermagem, que predispõem esses profissionais
9
à desenvolverem a Síndrome de Burnout, identificar os sinais e sintomas da
Síndrome e promover medidas preventivas em relação ao burnout.
Esta pesquisa torna-se relevante por contribuir para extensão do
conhecimento e compreensão das dificuldades no ambiente de trabalho,
encontradas pelos profissionais da saúde, principalmente os enfermeiros, e como
eles enfrentam no cotidiano as condições laborais e os mecanismos encontrados
para diminuir os níveis de estresse que podem produzir a Síndrome de Burnout.
O capitulo I abordará sobre o estresse e ansiedade, as mudanças que
podem acontecer desencadeando o mesmo, as imposições frequentes no mercado
de trabalho, a abundância de estresse sendo considerado um problema pessoal,
principais fontes de estresse ocupacional e a fisiologia do estresse. Também irá
enfatizar sobre a ansiedade, diversos pesquisadores estão fazendo uma correlação
sobre à era moderna está fixada à “Idade da Ansiedade”, sobre a dificuldade das
pessoas aguardarem pelos acontecimentos de forma natural, a quantidade de casos
abrangendo pessoas com ansiedade vem crescendo.
No capítulo II o Burnout, pode ser compreendido como um estado de
esgotamento, frustação e perda do interesse pelo trabalho, é composto por três
dimensões: exaustão emocional, despersonalização e ausência de realização
pessoal, aborda também sobre os sinais e sintomas, diagnóstico da síndrome e as
medidas preventivas.
O capitulo III abordará sobre a Síndrome de Burnout nos profissionais de
enfermagem, a mesma esta relacionada com a quantidade de tempo que os
enfermeiros passam com os pacientes, com a intensidade das cobranças
emocionais e com o cuidar de pacientes com um prognóstico negativo. Fala também
sobre as repercussões da síndrome de Burnout na saúde do profissional de
enfermagem e da doença ocupacional relacionada à assistência de Enfermagem.
Já o Capítulo IV apresenta um quadro sinótico demonstrativo, onde cada
quadro faz referência à um artigo, observa-se de maneira comparativa o
aparecimento e desenvolvimento da síndrome de Burnout nos enfermeiros de
diferentes especializações ou posições dentro da sociedade, após a demonstração
dos quadros tem uma análise sistemática dos mesmos.
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Capitulo I
Estresse e Ansiedade
Estresse é um instrumento habitual e primordial ao organismo, já que faz com que o ser humano fique mais dinâmico e sensível diante de situações do cotidiano que demandam retorno ou adaptações, diante do perigo ou de
contratempo. Mesmo circunstâncias julgadas positivas e benéficas, como por exemplo, progresso profissionais, casamentos esperados, nascimento de filhos, etc., podem gerar estresse considerável. Certamente, o estresse é
um dispositivo fundamental para a evolução de nosso corpo social e ele, em si, não é bom nem ruim (DEITOS, 1997B; GOLEMAN, 1997).
As mudanças acontecem constantemente na vida, e o corpo deve estar
pronto para se conciliar a elas o mais rápido possível, com a finalidade de assegurar
a sua permanência. O estresse funciona como um modo de adaptação, fundamental
para encorajar o organismo e aprimorar sua atuação diante de condições novas.
Nos aspectos social e cultural as alterações cotidianas sempre
aconteceram em todo o histórico da humanidade, elas são o suporte da evolução da
espécie humana.
As frequentes imposições do mercado continuamente aderidas pelas
empresas, determinam alterações de procedimentos no trabalho. Os ansiosos
tendem mais para o estresse abundante, devido especificadamente a expectativa
negativa que se mostra muito antes de quaisquer resultados das mudanças.
“O processo do estresse envolve o organismo todo, o qual assume uma
certa postura diante dos estímulos proporcionados pela vida que dependerá da
natureza desses estímulos”. (GOLEMAN 1998)
A abundância de estresse precisa ser considerada um problema social. O
homem é um ser histórico e social, ou seja, no mesmo momento em que é formado
pelas realizações de sua história de vida que são determinadas pelo meio social no
qual ele está introduzido, o mesmo também afeta o meio social a partir do seu
feedback aos acontecimentos que compõem a sua trajetória de vida.
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1.1 Principais Fontes de Estresse Ocupacional
O sonho da realização profissional é o objetivo de todos, porem vitória de
poucos. Diversas causas promovem o desvio do profissional desta meta, pela
qualidade de vida e felicidade no trabalho.
A rivalidade entre as instituições aumentou. Deste jeito, fez com que o
peso do compromisso pelo sucesso ou não de uma instituição desabe nas costas
dos funcionários de alto nível, que imediatamente transferiram a responsabilidade
para os de baixo nível, ainda assim, transferiram a responsabilidade para todos os
seus subordinados. Estes sem ter para quem transferir esta carga de imposição,
assumiram (ainda assumem) todo compromisso.
O excesso de carga de trabalho está, frequentemente, agregado à
desigualdade na distribuição das funções e à ausência de uma visão organizacional
panorâmica, de um hábito organizacional voltado para o descobrir da capacidade
criativa de seus subordinados (MAGNÓLIA, 2008).
Os padrões sociais que determinam o que o indivíduo deve ser (ou ter)
para ser aceito em um determinado meio, pode fazer com que o profissional assuma
uma carga de responsabilidade que não deveria ser sua. Assuma cargos e/ou queria
assumir compromissos que estão além das suas possibilidades.
Sendo assim, o mesmo atrai uma carga de estresse que desenvolve
resultados negativos, pois ele não conseguiu concluir um determinado objetivo, ou
não conseguiu administrar um determinado conflito. Não por falta de competência, e
sim por um compromisso que não lhe diz respeito.
De acordo com Bergamini (1997), “Infelizmente, em muitas organizações é mais comum encontrar um grande contingente de pessoas que não nutrem a menor motivação por aquilo que fazem. Esses trabalhadores não
experimentam, portanto, nenhuma satisfação ou realização pessoal gerada por aquilo que fazem em seu trabalho. O emprego, neste caso, passa a ser entendido como uma forma de angariar recursos para que possam sentir-se
felizes fora dele. É nesse momento que o trabalho deixa de exercer seu papel como referencial de autoestima e valorização pessoal, passando a ser fonte de sofrimento e não oportunidade de realização sadia dos desejos
interiores que cada um tem”.
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1.2 Fisiologia do Estresse
Existem dois tipos de alterações relacionadas ao estresse, às biológicas e
as psicológicas. As alterações ligadas ao estresse, promovem uma reação no
organismo de maneira com que os agentes estressores atuem com um propósito
evolutivo. É uma resposta ao perigo, que Selye (1965) dividiu em três estágios:
No primeiro estágio, o sistema neuroendócrino é ativado pelo agente estressor, reconhecido pelo corpo humano. Os hormônios do estresse passam a ser produzidos e liberados pelas glândulas adrenais, ou
suprarrenais (adrenalina, noradrenalina e cortisol), que causam taquicardia (aceleração do batimento cardíaco), Midríase (dilatam as pupilas aumentando a eficiência visual), sudorese excessiva e aumenta os níveis
glicêmicos no sangue, diminuição da digestão,) redução do apetite sexual, contração do baço (que expulsa uma grande quantidade de hemácias, ou glóbulos vermelhos, para a circulação sanguínea, o que aumenta o
abastecimento de oxigênio aos tecidos) e causa imunossupressão (ou seja, redução das defesas do organismo) (BAUER, 2002).
Segundo França; Rodrigues (1997) Caso o agente estressor mantenha a
sua ação, inicia-se o segundo estágio do estresse, que é a fase de resistência ou
adaptação. Os níveis hormonais do organismo são reduzidos nesta fase, reparando
os danos causados pela reação de alarme produzida no estágio1. A fase de
resistência é caracterizada pela irritabilidade, insônia, mudanças de humor (como
depressão), diminuição do desejo sexual, hemodiluição (O termo representa a
elevação do volume de plasma sanguíneo em relação aos glóbulos vermelhos),
ulcerações no aparelho digestivo, aumento do córtex da suprarrenal, pela atrofia do
timo, baço e todas as estruturas linfáticas, aumento do número de glóbulos brancos
(são aquelas que fazem parte do sistema imunológico ou seja, são as células de
defesa), diminuição do número de eosinófilos e aumento da secreção de cloro na
corrente sanguínea.
O terceiro estágio é a exaustão, a continuidade do estresse pode desenvolver o aparecimento de alguma patologia associada à condição estressante. O estresse agudo ocorrendo de maneira repetitiva, pode
resultar em consequências desagradáveis, incluindo um déficit do funcionamento das defesas imunológicas. De maneira geral, pode-se assegurar que o corpo humano está muito acostumado a enfrentar o
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estresse agudo, de modo que, o mesmo não aconteça com bastante
frequência. Mas quando essa condição se torna rotineira ou crônica, seus efeitos se multiplicam em cascata, desgastando seriamente o organismo (SAMULSKI, 1996).
1.3 Ansiedade
Diversos pesquisadores têm fixado a Era Moderna como a “Idade da
Ansiedade”, porque viver ansiosamente se tornou uma condição em que, de certa
forma, todos estão ligados. (BALLONE, 2005).
Na atualidade, há uma dificuldade das pessoas em aguardar pelos
acontecimentos de forma natural ou eventual; existe uma predisposição em se
precipitar a eles, a se preocupar em demasia com eles e, inclusive, a obedecê-los.
Como consequência, a quantidade de casos abrangendo algum tipo de ansiedade
na prática clínica está cada vez crescendo mais.
De acordo com Zamignani e Banaco (2005), a ansiedade pode se expor a
eventos diversificados, com tal força no que diz respeito a estados internos do
individuo, quanto a regimes comportamentais que desenvolvem tais estados. A
ansiedade faz referência a eventos aversivos, contudo, a espera por eventos
representados como agradáveis assim como pode acarretar em um sentimento de
ansiedade.
Capitulo II
Burnout
Segundo Gil-Monte e Peiró (1997), cit. por Borges (2002), identificam os
estudos sobre a Síndrome de burnout segundo duas visões: a clínica e a
psicossocial. A primeira, esclarece o burnout como um estado de esgotamento,
frustação e perda do interesse pelo trabalho, que aparece em profissionais que
estão em contato direto com pessoas, como uma consequência do contato
cotidiano. A segunda, compreende a síndrome como um sistema que se desenvolve
na comunicação de características da área de trabalho e aspectos pessoais.
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Os estudos tornaram-se progressivamente múltiplos, e existe hoje na
literatura diversas designações para a síndrome de burnout. O burnout é referido
como: neurose profissional ou neurose de excelência, síndrome do esgotamento
profissional e síndrome de queimar-se pelo trabalho, estresse no trabalho, estresse
profissional, estresse assistencial, estresse ocupacional, o que muitas vezes
prejudica uma investigação das pesquisas na área (Benevides-Pereira, 2003).
Maslach e Leiter (1999), cit. por Muller (2004: 33), o burnout é "uma crise
do indivíduo principalmente com o seu trabalho, não necessariamente com as
pessoas envolvidas no trabalho". Segundo alguns autores, seria a última etapa do
stresse.
Segundo Maslach, a Síndrome de Burnout estaria composta por três
dimensões (MASLACH,2001):
A exaustão emocional: Relaciona-se à ausência de recursos emocionais e
ao sentimento de que não se tem para doar à outra pessoa.
Despersonalização: É o desenvolvimento de sentimentos e ações
negativas, indiferente e sarcástico em relação às pessoas que se comunicam
diretamente com o profissional.
Ausência de realização pessoal: É a predisposição para analisar o próprio
trabalho de maneira negativa: os afetados repreendem-se por não atingirem os
propósitos impostos, com experiência de insuficiência pessoal e baixa autoestima
profissional.
2.1 Sinais e Sintomas da Síndrome do Burnout
Segundo Mccornnell (1982), os sinais e sintomas podem ser classificados
em três grupos: Sinais e sintomas físicos, sintomas de conduta e sintomas
psicológicos.
Sinais e sintomas físicos: são sintomas e sinais físicos parecidos aos do
estresse ocupacional. Os sintomas apresentados são: fadiga, exaustão (cansaço
crônico), indiferença ou frieza, sensação de baixo rendimento profissional,
frequentes dores de cabeça, distúrbios gastrintestinais, alterações do sono (insônia)
e dificuldades respiratórias.
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Sintomas de conduta: existem graves alterações no comportamento que
frequentemente atingem aos colegas, pacientes, familiares de pacientes e inclusive
seus próprios familiares.
Sintomas psicológicos: podem aparecer mudanças, tais como, trabalhar
constantemente de forma mais intensa, sensação de impotência frente a situações
de vida ocupacional, sentimento de confusão e inutilidade, irritabilidade, pouca
atenção a detalhes, aumento da ausência ocupacional, aumento do sentimento de
responsabilidade exagerada, atitude negativa, rigidez, baixo nível de entusiasmo, e
levar para casa os problemas do trabalho. Além disso, Soderfeldt (1995) assinalam o
consumo de álcool e drogas, como uma forma de amortecer os efeitos do cansaço e
esgotamento.
2.2 Diagnóstico da Síndrome de Burnout
De acordo com Bibeau (citado por MASLACH, 1993) apresenta um
diagnóstico subjetivo e também um objetivo para o Burnout, através de critérios para
designar seu grau. O sintoma dominante seria o esgotamento emocional ou fadiga,
seguido de um sentimento de incapacidade profissional e descontentamento no
trabalho, além de problemas de concentração, irritabilidade e negativismo. O
principal indicador seria o estado emocional durante vários meses, analisado por
diferentes indivíduos como supervisores, colegas e outros.
Segundo Cherniss (citado por MASLACH, 1993), a Síndrome de Burnout
é um sistema que tem o seu início com uma desgastante e prolongada classe de
tensão ou "estresse", que produz fadiga ocupacional, exaustão e irri tabilidade.
Similarmente a Síndrome de Burnout tem sido definida como uma gradativa perda
do idealismo, energia e o propósito de ajudar aos clientes que fazem uso dos
serviços.
De acordo com Gutiérrez (2000) diferencia cinco fatores comuns nos
indivíduos que possuem a Síndrome de Burnout:
a) Predomínio de sintomas como fadiga, depressão, cansaço mental ou emocional;
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b) O destaque pode ser visualizado em um sintoma de conduta ou mental mais do
que em sintomas físicos;
c) Os sintomas estão relacionados com o trabalho;
d) Os sintomas se pronunciam em indivíduos "normais" que não tinham
anteriormente nenhuma variação psicopatológica;
e) Observa-se uma diminuição da efetividade e da produtividade no trabalho.
2.3 Medidas Preventivas para a Síndrome de Burnout
A primeira medida a ser tomada esta relacionada a informação, ou seja,
através de palestras educativas advertindo sobre as causas, e os sintomas,
permitindo que os profissionais envolvidos com a saúde do trabalhador, possam
escolher estratégias preventivas e adequadas, fazendo com que os trabalhadores
possam se auto avaliar, retomando hábitos saudáveis no trabalho, e se necessário
procurando ajuda especializada.
Podem ser desenvolvidos 3 níveis de atuação na prevenção/tratamento:
individuais, grupais e organizacionais. O recomendado é que se proponham ações
nos três níveis, o que nem sempre é feito. (GARROSA, 2002).
No plano individual aconselha-se orientação com psicólogos, alimentação
saudável, dormir no mínimo 6 horas diárias de sono, durante os horários livres não
preenchê-los com mais trabalhos, ou seja, utiliza-los para o lazer e praticar
exercícios físicos.
No plano grupal aconselha-se que os gerentes se comuniquem mais com
os subordinados, empregando uma relação harmoniosa, auxiliando entre si,
cooperando uns com os outros.
No plano organizacional aconselha-se que a sistematização do local de
trabalho seja aconchegante e de maneira que traga tranquilidade, que sejam
empregadas estratégias de relaxamento, como a ginástica laboral, que é
extremamente importante na redução e na prevenção de problemas ocupacionais e
que pode ser desenvolvida no próprio ambiente de trabalho.
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Capitulo III
Burnout X Enfermagem
Encontra-se diversos estudos sobre a Síndrome de burnout em
enfermeiros, onde são averiguadas diversas variáveis e apresentadas soluções
muito distintas, o que comprova a complexidade do fenómeno. Ainda assim, todos
indicam que os enfermeiros são particularmente suscetíveis a esta síndrome.
De acordo com Spooner-Lane (2004), os primeiros estudos que
investigaram o burnout em enfermeiros apontam que a síndrome estava
assertivamente relacionada com a quantidade de tempo que os enfermeiros passam
com os pacientes, com a intensidade das cobranças emocionais destes e com o
cuidar de pacientes com um prognóstico negativo. Os estudos mais recentes, diz a
mesma autora, mostram que está associado a fatores relacionados com o trabalho,
tais como sobrecarga no trabalho, baixo nível de ajuda, conflitos interpessoais,
contato com óbitos e preparação desapropriada.
Segundo Muller (2004) Averiguou os episódios da Síndrome de burnout
em especialistas (enfermeiros, técnicos e auxiliares) em um hospital brasileiro e
identificou que os enfermeiros tinham maiores padrões de esgotamento emocional
quando relacionados com os técnicos e auxiliares, sendo o esgotamento emocional
superior nos enfermeiros com menor tempo de experiência profissional.
A Síndrome de Burnout aparece nos enfermeiros mundialmente, em
diversas circunstâncias de trabalho, levando-os a desenvolver sentimentos de
desilusão, frieza e desinteresse em relação às necessidades e à angústia dos
pacientes. Desse modo, é primordial desenvolver técnicas de prevenção e
tratamento.
Mesmo que a execução das atividades de enfermagem exija uma
satisfatória saúde mental e física, dificilmente os enfermeiros recebem a proteção
social de maneira correta para o seu desempenho. Isto é, independente de
desenvolverem atividades exaustivas, várias vezes em locais inapropriados, não
recebem a proteção e atenção essencial para impedir os acidentes e as patologias
oriundas das atividades.
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3.1 As Repercussões da Síndrome de Burnout na Saúde do Profissional de
Enfermagem
De acordo com Sarquis (2004) a partir do início dos estudos em
instituições de saúde, desde a década de 80, que se dá ênfase a ligação
saúde/trabalho de enfermagem está atestado que a saúde deste profissional é
comprometida.
O profissional de enfermagem desenvolve um leque de atividades,
podendo provocar situações em que é exposto à risco de agressões à sua saúde, e
que afetam a qualidade da assistência e o funcionamento das atividades
desenvolvidas pelo mesmo.
A saúde do profissional de enfermagem está assegurada de acordo com
a Constituição Federal de 1988, no artigo 200 que dispõe sobre a saúde onde além
de outras atribuições refere que, compete ao Sistema Único de Saúde (SUS) as de
vigilância epidemiológica e sanitária, bem como as da saúde do trabalhador. Na Lei
Orgânica da Saúde nº 8080/90 que regulamenta o SUS e suas competências, foi 4
considerado o trabalho como fator determinante/condicionante no campo da saúde
do trabalhador (SARQUIS,2004).
Mediante a natureza do tipo das atividades realizadas pelos profissionais de enfermagem, ressaltam-se as doenças psicobiologias causadas por stress, conhecido também como Síndrome de Burnout, no local de trabalho e as
relações entre deste. Entende-se que o Burnout não é um problema da pessoa, mas do local social em que a pessoa trabalha; já que são os problemas sociais que leva o estresse profissional e pode levar o
profissional de enfermagem a desenvolver o Burnout, esta conduta é frequentemente desenvolvida como uma conclusão de um período de esforço exaustivo no ambiente de trabalho com períodos muito curto para
recuperação, porem alguns acreditam que trabalhadores com traços específicos de personalidade são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome (VASCONCELOS, 2011).
O enfermeiro deve estar qualificado para conhecer sua equipe e o
ambiente onde os mesmos atuam, reconhecendo os fatores de riscos em que cada
trabalhador está suscetível. Desta forma, esse conhecimento sobre a equipe nos
permite elaborar e realizar medidas de maneira a eliminar e/ou reduzir os riscos,
oferecendo um local de trabalho mais agradável e saudável.
19
O sentimento de desapontamento pode estar agregado ao sofrimento moral,
vivenciado pelos enfermeiros em distintas posições, e por característica de cada local de trabalho. O sofrimento moral parece desenvolver-se devido a condição de privacidade com os pacientes, falta de espaço e superlotação,
podendo ajudar o desenvolvimento da Síndrome de burnout entre os enfermeiros, já que reconheceram que estão falhando em promover um cuidado de qualidade (DALMOLIN, 2012).
3.2 A Doença Ocupacional Relacionada à Assistência de Enfermagem
Assumir o papel de enfermeiro conceitua ter como objeto de trabalho o
homem, e, como sujeito de ação, o próprio homem. Existe uma pequena ligação
entre o ambiente de trabalho e o funcionário, com a experiência diária e sem
interrupção do processo de Irritabilidade, incompreensão, desespero, sofrimento,
morte e dor e vários outros sentimentos e respostas desenvolvidas pelo processo
doença.
Segundo Peruzzolo, (2011) “Independentemente de suas especialidades,
um profissional da área de saúde, como os enfermeiros, que atuam em contato
direto com fenômenos biopsicossociais, em sua formação requerem
desenvolvimento de habilidades e competência, que no mínimo contemplem a
complexidade de muitos procedimentos realizados pelos mesmos”.
Entende-se que distintos indivíduos podem ter uma reação à um mesmo
estressor de diversas maneiras, isto é, a prática de lidar com estes pode ser
diferente de acordo com a herança genética, modo de vida, vivência de aprendizado
durante a vida e mecanismos de enfrentamento adquiridas e utilizadas durante a
vida pelo indivíduo (FERREIRA e MARTINO, 2006).
O burnout é uma consequência causada ao sistema psíquico do
profissional, dentre este o de enfermagem, que é equivalente à uma resposta às
situações de estresse por causa das relações intensas no ambiente de trabalho com
os trabalhadores, também com outros funcionários que retratem expectativas com
relação ao seu amadurecimento quanto profissional e esforço, e que mesmo assim
não conseguem o objetivo esperado (JODAS e HADDAD, 2009).
É de extrema importância ressaltar a progressiva preocupação com as condições de trabalho da enfermagem no ambiente Hospitalar, desta forma
20
alerta a atenção de pesquisadores em virtude dos riscos que este local
apresenta e as atividades peculiares à assistência de enfermagem. Conjuntamente, o profissional de enfermagem tem a obrigação de participar constantemente no reconhecimento dos problemas atuais, da mesma
maneira perceber os fatores estressantes característicos da profissão (MENEGHINI, 2011).
Nos dias de Hoje, existe uma preocupação com a área psicossocial,
tranquilidade e segurança dos profissionais da área de saúde, visto que o
relacionamento interpessoal na equipe de saúde contribui para o estresse no local
de trabalho, lembrando que o estilo de vida e o local auxiliam também para sua
saúde e doença.
Os trabalhadores da área de enfermagem são os que mais continuam
lado à lado com pacientes e seus familiares, de modo que, juntos vivem inúmeras
situações que se intrometem no âmbito psicológico, apesar disso, nem sempre se
apresentam preparados para enfrentar tais situações e isso pode ocasionar
consequências na vida pessoal e modificar o serviço em desagradável. (EZAIAS,
2010).
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Capitulo IV
Quadro Sinótico
Através do desenvolvimento de quadros sinóticos, onde cada quadro faz referência à um artigo, observa-se de maneira
comparativa o aparecimento e desenvolvimento da síndrome de Burnout nos enfermeiros de diferentes especializações ou
posições dentro da sociedade. O quadro sinótico é o resumo esquematizado de uma ideia ou de um texto. Sua principal vantagem
permite a visualização da estrutura e da organização do conteúdo que expõe um determinado texto.
Quadro 1
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Qualidade de vida no trabalho e burnout em trabalhadores de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva
Denise Rodrigues Costa Schmidt; Márcia Paladini; Cleonice Biato; Juliana Domingues Pais; Adelaine Rodrigues Oliveira.
O instrumento de coleta de dados foi composto por duas partes, a primeira relacionada à caracterização dos trabalhadores, contendo dados sociodemográficos (idade, sexo, situação conjugal, escolaridade, entre outros) e ocupacionais (categoria profissional; carga horária de trabalho semanal; tempo de trabalho na UTI; duplo vínculo; opção pelo local de atuação).
Não contém Não contém Implantação de programas que visem à melhoria da QVT, o que contribuiria para a redução dos riscos de doenças ocupacionais, beneficiando trabalhadores e instituições.
25
Quadro 2
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Síndrome de Burnout entre enfermeiros
de um hospital geral
da cidade do Recife
Renata Hirschle Galindo; Katia Virginia de
Oliveira Feliciano;
Raitza Araújo dos Santos Lima; Ariani
Impieri de Souza.
O desafio de enfermeiros relacionado ao que há para ser feito e o tempo disponível
para fazê-lo deixa o trabalhador submetido à
enorme tensão, particularmente, diante da responsabilidade de efetuar
um trabalho qualificado, aumentando o cansaço, o
desgaste e o esgotamento crônico.
Alterações cardiovasculares, fadiga
crônica, cefaleias,
enxaqueca, úlcera péptica, insônia, dores
musculares ou articulares,
ansiedade, depressão, irritabilidade,
entre outras.
Um estudo lembra que aqueles mais
antigos na profissão que
estavam insatisfeitos com o trabalho
e tiveram oportunidade de
mudança, já podem ter seguido outros
caminhos.
Exigir um diálogo permanente entre o planejamento, a
execução e a gestão.
26
Quadro 3
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Vivência do sofrimento moral na
enfermagem: percepção da
enfermeira
Edison Luiz Devos Barlem; Valéria Lerch Lunardi;
Guilherme Lerch Lunardi; Graziele
de Lima Dalmolin; Jamila Geri Tomaschewski.
Nesta pesquisa, buscou-se aplicar um instrumento já reconhecido e validado em
outros contextos, que investigasse o sofrimento
moral entre enfermeiros, validando-o e aplicando-o à nossa realidade. O
questionário, originalmente elaborado na língua inglesa,
utiliza uma escala tipo Likert de sete pontos, variando de 0 - para nunca
ocorrer ou nenhuma frequência, a 6 - para sofrimento muito intenso ou
muito frequente.
Falta de competência na equipe de
trabalho, a negação do papel
da enfermeira como advogada do paciente,
seguida da obstinação
terapêutica.
Podem acarretar respostas emocionais no
indivíduo, como o descontentament
o com o trabalho, a relutância em ir trabalhar ou
mesmo o abandono da
profissão.
Reforçar a competência profissional,
preparando mais as futuras enfermeiras
para as situações que irão encontrar em suas vidas
profissionais.
27
Quadro 4
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Burnout em residentes de enfermagem
Gianfábio Pimentel Franco; Alba Lúcia Bottura Leite de
Barros; Luiz Antônio Nogueira-Martins;
Sandra Salloum Zeitoun.
A Residência é uma experiência profissional desgastante e nos estudos
isto se apresenta bem documentado. No
programa de Residência de Enfermagem, as autoras dissertam sobre
algumas manifestações dos Residentes
relacionadas às condições de trabalho durante o período de treinamento
profissional.
Por isso, inicialmente, pode apresentar
sentimentos de incompetência e
desvalorização, tal inexperiência pode
desencadear sentimentos de
insegurança e ansiedade.
Ocasiona uma importante taxa de absenteísmo e
de abandono da profissão.
Não contém
28
Quadro 5
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Ocorrência da síndrome de Burnout
em enfermeiros
residentes
Kelly Fernanda Assis Tavares, Norma Valéria
Dantas de Oliveira Souza, Lolita
Dopico da Silva, Celia Caldeira Fonseca Kestenberg
Os resultados apontaram para o desenvolvimento da
síndrome de Burnout em um
grupo de residentes de enfermagem e revelaram alguns
indivíduos propensos a ela. Ser jovem, do
gênero feminino, solteiro, sem filhos, e estar em início da
carreira profissional e alocado em programas de residência de alta
complexidade.
Doenças osteomusculares, estresse,
ansiedade, herpes e
labirintite, dentre outras patologias.
Afastamento do trabalho por motivo de
doença, essa variável obteve
uma grande porcentagem de indivíduos que
relataram afastamento
laboral.
Mudar de setor ou encontrar um parceiro pessoal que o acolha
em seus momentos de sofrimento, esses
podem ser considerados fatores de proteção contra o
desenvolvimento da síndrome.
29
Quadro 6
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Manifestações da síndrome
de burnout entre
estudantes de graduação
em enfermage
m
Jamila Geri Tomaschewski-Barlem; Valéria
Lerch Lunardi; Aline Marcelino Ramo;
Rosemary Silva da Silveira; Edison Luiz Devos Barlem;
Carolina Mirapalheta
Ernandes.
Foi possível verificar que o desgaste e a exaustão vivenciados
pelos estudantes contribuíram para que
se sentissem desmotivados para estudar e realizar as
demais atividades curriculares,
repercutindo num comportamento defensivo, de não
comparecimento às aulas e de distanciamento dos
estudos.
Desgaste, cansaço físico e mental, desânimo, estresse,
irritabilidade, cefaleias, dores
musculares e alterações no sono.
O distanciamento dos estudos e das atividades
extraclasse, o desejo de desistir
do curso, além do contato diminuído com colegas,
professores e, até mesmo, com
os pacientes.
Auxiliar os estudantes nos processos de
enfrentamento de situações que
parecem conduzi-los ao burnout constitui-
se em uma possibilidade de
contribuir para o fortalecimento do exercício do seu
próprio cuidado.
30
Quadro 7
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Soluçã
Exaustão emocional em enfermeiros de
um hospital público
Marina Pereira Rissardo; Renata
Cristina Gasparin
Destaca-se a importância de se avaliar a
prevalência da síndrome entre os
diferentes profissionais, pois o seu
desenvolvimento pode acarretar
resultados negativos para os profissionais,
pacientes e instituições.
Ansiedade, depressão, desmotivação, frustração, medo,
raiva, hostilidade, diminuição da
autoestima e distúrbios do sono, cefaleia, alterações
gastrointestinais, absenteísmo, intenção
de sair do emprego, baixa produtividade, aumento da
rotatividade, diminuição da satisfação com o
trabalho.
Desmotivação, insatisfação, aumento da taxa
de absenteísmo e, até mesmo, o
abandono da profissão.
Adotar estratégias que contribuam para melhorias no
ambiente de trabalho, tornando-o menos
estressante, pois os custos do desenvolvimento e
manifestação do burnout são
significativos não somente para os profissionais, mas
também para os pacientes, instituições e
sociedade.
31
Quadro 8
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Implicações do sofrimento moral para
os(as) enfermeiros(as)
e aproximações com o Burnout
Graziele de Lima Dalmolin; Valéria Lerch Lunardi;
Edison Luiz Devos Barlem; Rosemary
Silva da Silveira
O sofrimento moral vivenciado pelos (as) enfermeiros (as)
provoca sucessivas mudanças nas suas
vidas, tanto na dimensão pessoal, manifestado por
alterações emocionais e físicas, quanto na
dimensão profissional, com repercussões no desempenho do
próprio trabalho.
Sintomas de ordem emocional, como, frustração,
ansiedade, raiva e culpa; e de ordem
física, como, tremores, sudorese, dores de cabeça,
diarreias e choro, com possíveis
riscos para baixa autoestima, perda da integridade e,
inabilidade em proporcionar bons cuidados aos
pacientes.
Perda de satisfação no trabalho, menor
qualidade no relacionamento
com o paciente e até abandono do trabalho e da
profissão.
Estratégias relacionadas, principalmente, à
dimensão educativa,
incluindo o processo de formação e a
educação permanente; à
dimensão comunicativa, o que inclui a
comunicação multiprofissional, comunicação
estruturada, "rounds" éticos,
fóruns, simulações e palestras; e à
dimensão organizacional.
32
Quadro 9
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentament
o
Solução
Síndrome de Burnout e os
aspectos sociodemográfic
os em profissionais de enfermagem
Flávia Maria de França; Rogério
Ferrari.
Nesta pesquisa evidenciaram na
população estudada, em relação aos
aspectos sociodemográficos em função da Síndrome
de Burnout, houve maior porcentagem no
gênero feminino, na faixa etária de 41 e 60 anos, com situação
conjugal solteira, em profissionais sem filhos, com ensino
superior completo e renda familiar entre 5 e
10 salários-mínimos.
Alterações psíquicas que levam
a um estado de exaustão
emocional, perda de interesse pelas pessoas que teriam
de ajudar; e, finalmente, baixo
rendimento profissional e pessoal.
Não Contém. Considera-se imprescindível
refletir e desenvolver
estudos a respeito dessa temática para melhor
compreender os fatores que
contribuem para o processo saúde/doença, dos
trabalhadores de enfermagem em instituições
hospitalares.
33
Quadro 10
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Preditores da Síndrome de Burnout em
enfermeiros de serviços de
urgência pré-hospitalar
Salomão Patrício de Souza França; Milva Maria
Figueiredo De Martino; Edna
Verissimo dos Santos Aniceto; Lemoel Leandro
Silva.
O Burnout pode estar mais relacionado com fatores organizacionais (ambiente
físico, mudanças organizacionais, normas
institucionais, clima, burocracia, comunicação, autonomia, recompensas,
segurança) que com outros fatores como os
pessoais (idade, sexo, nível educacional, filhos, lazer, etc.), do trabalho
(tipo de ocupação, tempo de profissão, tempo de instituição, trabalho por
turnos ou noturno, sobrecarga, tipo de cliente,
etc).
Sentimento de sobrecarga física e emocional
acompanhada de dificuldade para
relaxar, referindo um estado de fadiga diário.
Não Contém. Que estudos com o objetivo de avaliar e correlacionar
outros facilitadores organizacionais
possam ser desenvolvidos, a fim de levantar
discussões e reflexões sobre os
reais facilitadores de Burnout e, assim, políticas
públicas de proteção e prevenção
de Burnout possam ser (re) planejadas
e (re)implementadas.
34
Quadro 11
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Fatores ocupacionais associados
aos componentes
da síndrome de Burnout em trabalhadores
de enfermagem
Fernanda Meneghini; Adriana
Aparecida Paz; Liana Lautert.
Os resultados apontam que os componentes da Síndrome
de Burnout apresentaram associações estatísticas
significativa com as seguintes características ocupacionais: sobrecarga de trabalho, falta
de motivação para o trabalho, conflito de valores pessoais
com institucionais, falta de possibilidades de recompensas, ter a mesma
função em instituições diferentes, e dificuldade em conciliar os empregos.
Falta de motivação para o trabalho, conflito de valores
pessoais com institucionais, falta
de possibilidades de recompensas, ter a mesma função em
instituições diferentes, e
dificuldade em conciliar os empregos.
Não contém. Criação de espaços para discussão e expressão dos seus colaboradores, em
questões relativas à saúde e qualidade de vida no
trabalho, objetivando a troca de saberes para construção de uma ambiência
saudável.
35
Quadro 12
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Burnout: o impacto da satisfação no
trabalho em profissionais
de enfermagem
Adriana Müller Saleme de Sá; Priscilla de
Oliveira Martins-Silva; Bruno
Funchal.
Não são somente os aspectos operacionais que tornam o trabalho de
enfermagem desgastante. Observam-
se também as exigências relativas à responsabilidade para
com seus pacientes, tanto no aspecto físico
quanto no aspecto moral, social e psicológico, além do fato da enfermagem
possuir pouco status e prestígio numa organização.
O trabalhador se sente esgotado, com forças
diminuídas e exaurido de
recursos físicos e emocionais, com dificuldades para
enfrentar mais um dia de trabalho e
queixando-se frequentemente de estar
sobrecarregado e assoberbado.
É uma experiência individual que
prejudica a relação do
indivíduo com seu trabalho, atrapalhando seu
desempenho profissional, o
que reflete em prejuízos para o indivíduo, para a
organização e pode estender-se para o usuário do
serviço.
É relevante reorganizar o trabalho dos
profissionais de enfermagem de
forma que seja pautado pela criação de
ambientes físicos seguros e
compatíveis com o tipo de trabalho desenvolvido;
jornada de trabalho adequada; e
definição clara e transparente de
objetivos e metas, permitindo com isso que o
profissional de enfermagem
possa alcançá-las como meio de crescimento e de
reconhecimento profissional.
36
Quadro 13
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Discussão
sobre as causas da
Síndrome deBurnout e suas
implicações à saúde do
profissional de enfermagem
Jorge Luiz
Lima da Silva; André
Campos Dias; Liliane Reis Teixeira.
Constata-se que as
condições de trabalho a que estão expostos
os trabalhadores favorecem ao estresse ocupacional, pelas
características inerentes à profissão e
natureza do trabalho, constituindo-se como importante fonte
causal para essa problemática, o que
resulta em Síndrome de Burnout.
Perda de
concentração mental, fadiga
fácil, fraqueza, mal estar, instabilidade emocional,
descontrole, agressividade,
irritabilidade, depressão, angústia,
palpitações cardíacas, suores
frios, tonturas, vertigens, dores musculares, de
cabeça, estomacais, dentre outras.
O trabalhador
acometido por esta patologia é
geralmente afastado da organização, em estágios mais
avançados, em que o comprometimento da
saúde psíquica e física o impossibilita de realizar atividades.
Esse fato deveria ser muito bem pensado
com o objetivo de se promover uma detecção precoce.
A identificação do
estresse ocupacional corresponde a um dos
grandes agentes de mudança para o quadro atual, bem
como refletir sobre as estratégias de
enfrentamento a serem aplicadas.
37
Quadro 14
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
A prevalência de Burnout síndrome em
profissionais de saúde de um
hospital pediátrico onco-hematológicas
Aline Bedin Zanatta, Sergio Roberto de
Lucca.
Os profissionais de saúde que trabalham em oncologia pediátrica são
confrontados com situações diárias de
sofrimento, dor e perda. A realização de investigações
diagnósticas, submetendo prognósticos, tomada de
decisões e acompanhamento do tratamento e todas as
suas vicissitudes, juntamente com a incerteza da cura e a
possibilidade de morte são todas as atividades
que colocam os profissionais de saúde em situações de forte carga
emocional.
Não contém. Os problemas de saúde mais frequentemente
relatados entre as três profissões
(Médicos, Enfermeiros e tec. De enfermagem)
foram dor lombar e depressão. As
causas das ausências mais citadas foram para
as doenças musculoesqueléticas, seguido por
procedimentos cirúrgicos e
problemas relacionados com a gravidez.
Tomada de decisões sobre a
implementação de projetos de
educação continuada, a fim de obter
melhores condições de
trabalho, além de servir como um fator de
conscientização sobre a saúde mental dos
trabalhadores.
38
Quadro 15
Título Autor Conteúdo Manifestações Enfrentamento Solução
Síndrome de Burnout em residentes
multiprofissionais de uma
universidade pública
Laura de Azevedo Guido; Rodrigo
Marques da Silva; Carolina
Tonini Goulart; Maria Elaine de Oliveira Bolzan;
Luiz Felipe Dias Lopes
Os Programas de Residência Multiprofissional
buscam romper com os paradigmas em
relação à formação de profissionais para o Sistema Único de
Saúde (SUS) e contribuir para
qualificar os serviços de saúde a partir de ações inovadoras.
Entretanto, características específicas desses
programas podem agregar estressores
aos residentes e, levarem à Sídrome de Burnout.
Privação do sono, fadiga, excessiva, carga assistencial,
excesso de trabalho
administrativo, problemas relativos à
qualidade do ensino e ao
ambiente educacional.
O indivíduo, nessa situação, deixa de investir
em seu trabalho e nas relações
afetivas relacionadas a ele e,
aparentemente, torna-se incapaz
de se envolver emocionalmente no ambiente
laboral.
Destaca-se a necessidade de promover atividades
educativas e de orientação sobre
estresse, estratégias de enfrentamento e Burnout para
possibilitar às pessoas o
conhecimento sobre esses constructos. Isso permite a
identificação dos estressores e o estabelecimento de
estratégias mais adequadas para
enfrentá-los e com isso prevenir a Síndrome
de Burnout.
39
4.1 Análise dos resultados
Ao analisar os estudos a cima, foi possível constatar que ainda existe um
quantitativo muito reduzido de artigos que abordam esse tipo de temática,
referente à Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem.
Foram escolhidos os artigos que fossem mais recentes para a realização
dos quadros, com o intuito comparativo, foram escolhidos 15 artigos atuais
presentes entre 2012 à 2017.
Dentre os artigos escolhidos a maioria estava relacionado à, residentes e
estudantes de enfermagem que enfrentavam grande dificuldade para o término
da graduação, devido à rotina desgastante que os mesmos viviam intensamente,
muitos não conseguiam alcançar a conclusão do curso, pois não conseguiam
conciliar a rotina dos estudos, trabalho, família e estágio.
Foi escolhido como método de avaliação comum entre os artigos, um
quadro sinótico que tivesse os mesmos tópicos, no qual todos deveriam conter
tais informações a fim de ser feita uma comparação ao final, alguns dos artigos
não correspondiam todas as informações que estavam sendo pesquisadas.
Em relação ao conteúdo apresentado nos artigos eram bastante
diversificados, alguns abordavam dados sócio demográficos como base, fazendo
relação entre o sexo, idade, escolaridade, situação conjugal relacionando
determinados fatores com o desenvolvimento da síndrome, enquanto outros
artigos focavam na relação da quantidade de trabalho a ser desenvolvido com o
tempo disponibilizados nas empresas que se mostravam incompatíveis.
Alguns artigos destacavam um assunto muito pertinente, que seria a
questão do sofrimento moral dos enfermeiros, esse sofrimento provocava
sucessivas mudanças em suas vidas, tanto no âmbito pessoal manifestado pelas
alterações emocionais, quanto no âmbito profissional, influenciando na área
profissional repercutindo assim nas atividades desenvolvidas no setor de
trabalho.
Dentre as linhas de pesquisa atuais, relacionadas as áreas de
especialidade de enfermagem onde se encontram maiores índices de
profissionais acometidos com a Síndrome de Burnout, se destacam a Unidade
40
de Tratamento Intensivo, Pediatria e Oncologia isso de dá devido as desgaste
intenso que existe nesses setores, desgaste esse que não são somente físicos
mas também é principalmente emocional devido à situações diárias de
sofrimento, dor e perda, juntamente com o alto nível de ansiedade relacionado a
investigações diagnósticas e a incerteza de cura após o tratamento.
41
CONCLUSÃO
Sendo a maior força de trabalho dentro de todas as Unidades de saúde, a
equipe de enfermagem, vivencia situações de extremo estresse, que nos levam
a necessidade de recomendar alterações no ambiente de trabalho, com a
finalidade de reduzir estes motivos que interferem na saúde do trabalhador. O
trabalho não pode caracterizar-se um problema, fonte de desventura ou
descontentamento, ou seja, deve oferecer aos trabalhadores condições de
desenvolvimento de suas potencialidades e auto realização.
Devem-se destacar o abandono da profissão e a insatisfação no trabalho,
pois são problemas graves. Contudo, o abandono dos princípios da profissão
pelos enfermeiros na própria execução de suas atividades é um problema que
aparece e obriga imediatamente uma solução, de maneira que certifique-se o
seguimento da identidade da enfermagem como uma profissão cuja a essência
é o cuidado.
Os profissionais devem se sentir mais tranquilos, conciliando as suas
expectativas em relação ao trabalho. Entretanto, no futuro, a persistência nos
fatores geradores de estresse presentes no ambiente de trabalho, desenvolvem
a exaustão emocional, a despersonalização e a baixa realização no trabalho.
Certamente, o desafio da promoção da saúde no ambiente laboral e da
prevenção do burnout, apresenta-se maior à medida que é imposto um diálogo
constante entre o planejamento, a execução e a gestão.
O avanço da tecnologia compromete mudanças no ambiente laboral, que
atingem o bem-estar físico e mental dos profissionais, desta maneira, a
síndrome de burnout deve ser classificada como um problema de saúde pública.
Enfoca-se a importância de se avaliar o Burnout entre as diversas
categorias de profissionais de enfermagem, com a finalidade de que as
instituições possam utilizar estratégias que ajudem para melhorias no ambiente
laboral, deixando-o menos estressante, pois o valor do desenvolvimento e
manifestação do burnout são relevantes não somente para os trabalhadores,
como também para os pacientes, instituições e sociedade.
42
Torna-se imprescindível destacar fatores significativos para uma futura
discussão:
Pesquisas com o intuito de classificar e comparar outros fatores pessoais, como:
idealismo, motivação, pessimismo, otimismo, e perfeccionismo possam ser
desenvolvidos;
Pesquisas com o propósito de qualificar e confrontar possíveis facilitadores
organizacionais ao desenvolvimento da síndrome, com a finalidade de
desenvolver discussões e reflexões sobre os reais fatores que possam facilitar o
aparecimento do Burnout deste modo, políticas públicas de proteção e
prevenção do Burnout possam ser planejadas e implementadas;
Pesquisas sobre depressão, estresse e resiliência possam ser correlacionados
com achados da Síndrome de Burnout.
Finalizando, cabe reforçar que o conteúdo abordado é excessivamente
amplo, podendo ser objeto de estudo de posteriores pesquisas que pretendem
aprofundar o aprendizado sobre as atividades de enfermagem nas diferentes
áreas de atuação, com o propósito de sugerir alternativas que proporcionem
uma prática profissional com um desgaste mínimo, além de cooperar para a
satisfação profissional e melhoria da qualidade de vida.
43
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