a informatica educacao
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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃOCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃOCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃOCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO:
UM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UVB
CAROLINA MACHADO DOS SANTOS DE SOUSA FRANCO WALÉRIA MARIA COSTA ALVES
BelémBelémBelémBelém----PaPaPaPa
NoveNoveNoveNovembrombrombrombro----2001200120012001
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A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO: A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO: A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO: A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO: UM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UVBUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UVBUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UVBUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UVB
CAROLINA MACHADO DOS SANTOS DE SOUSA FRANCO WALÉRIA MARIA COSTA ALVES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e Educação da Universidade da Amazônia, como requisito para obtenção do grau de Pedagoga: Habilitação em Orientação Educacional, orientado pela Professora Maria de Jesus Damasceno
BelémBelémBelémBelém----PaPaPaPa NovembroNovembroNovembroNovembro----2001200120012001
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A INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃOA INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃOA INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃOA INFORMÁTICA E A EDUCAÇÃO: : : : UM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UBVUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UBVUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UBVUM PROCESSO DE INTERATIVIDADE À LUZ DA UBV
Carolina M. S. Sousa Franco
Waléria Maria Costa Alves
Nota:______ (_____________)
Avaliado por:
____________________________________
Data:____/____/____
BelémBelémBelémBelém----PaPaPaPa NovembroNovembroNovembroNovembro----2001200120012001
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“O que dá o verdadeiro sentido ao encontro é a busca e é preciso andar muito para alcançar o que está perto” (José Saramago. Todos os Nomes)
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Aos que nos ensinaram a amar o justo, o bom e o correto. Aos que nos fizeram aprender que o amor é o maior dos sentimentos. (1Cor, 13-13)
Aos nossos pais, familiares, amigos e companheiros com muito amor, carinho e gratidão, ontem, hoje e sempre.
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AGRADECIMENTOS
Eu, Carolina dos Santos de Sousa Franco, agradeço:
• A Deus, por me dar a vida, a vontade e a coragem para vencer esta
jornada;
• Aos meus pais e irmão, pelo incentivo dado, o qual, por momentos,
não soube valorizar;
• Aos colegas de Universidade, em especial a minha companheira de
TCC, pelos momentos importantes e decisivos para a realização
deste trabalho;
• Ao meu pai Georgenor de Sousa Franco Filho, a Lineo Ferreira de
Mello, e a Rodopiano Neto, pela colaboração para a realização
deste trabalho.
Eu, Waléria Maria Alves, agradeço:
• A Deus, por permitir a realização desta pesquisa;
• A minha família e meus filhos, pela compreensão recebida nestes
anos de luta;
• A minha companheira de TCC, pelas horas passadas, durante a
realização deste trabalho;
• A professora Maria de Jesus Damasceno, por sua amizade,
compreensão e ajuda e a todos aqueles que, direta ou
indiretamente também colaboraram.
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R E S U M O
O presente trabalho é a nossa contribuição a vasta discussão que hoje
perpassa a educação: A informática e a educação - um processo de interatividade a
luz da UVB – Universidade Virtual Brasileira é o resultado de um a no de estudos.
No desenvolvimento do mesmo foram utilizadas metodologias como: questionários
e entrevistas na coleta de dados, que, posteriormente foram levados para análise,
obtendo maior grau de veracidade possível, tendo como base o referencial teórico,
abordando as questões educativas e de desenvolvimento técnico em relação a
informática dentro do contexto da UVB, pois como futuras educadoras, a
preocupação com o fazer pedagógico e o acesso democrático a uma educação de
qualidade no Brasil, direcionou este estudo, a fim de sugerir soluções.
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S U M Á R I O
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 10
CAPÍTULO I - A tecnologia: uma retrospectiva junto hoje a uma modalidade de ensino a distância................................................................................................... 15
1.1. A tecnologia............................................................................................... 15 1.2. A ciência e a tecnologia............................................................................ 16 1.3. A sociedade e a tecnologia....................................................................... 17 1.4. Informação e conhecimento...................................................................... 18 1.5. Educação e tecnologia.............................................................................. 19 1.6. Abordagem colaborativa........................................................................... 22 1.7. Histórico da educação a distância............................................................ 23 1.8. Conceituação de educação a distância.................................................... 26 CAPÍTULO II - As possibilidades do fazer didático e a Informática x educação a distância no contexto da UVB............................................................................. 28 2.1. O computador e o ensino.......................................................................... 28 2.2. O computador na educação...................................................................... 30 2.3. Informática na educação........................................................................... 32 2.4. A escola e a informática............................................................................ 35 2.5. O educador x informática educativa.......................................................... 36 2.6. Metodologia e informática......................................................................... 39 2.7. A Internet na área educacional................................................................. 40 2.8. As instituições e a educação a distância.................................................. 45 2.9. O novo papel do professor....................................................................... 46 CAPÍTULO III - Uma análise avaliativa do que se observou em coletas de dados sobre a UVB, sua atuação no processo de ensino/aprendizagem na construção do conhecimento..................................................................................................... 48 3.1. Os funcionários e suas concepções......................................................... 48 3.2. Análise dos questionários aplicados e das quatro questões citadas........ 49 3.3. Análise das demais questões................................................................... 49 3.3.1. Tempo da UVB............................................................................. 49 3.3.2. Avaliação...................................................................................... 50 3.3.3. Grau de responsabilidade............................................................ 50 3.3.4. Auxílio tecnológico....................................................................... 50 3.3.5. As dificuldades............................................................................ 51 3.4. Espaço físico............................................................................................. 51
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 52
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 55
ANEXOS................................................................................................................. 58
Anexo 1 - Modelo de guia utilizado para coleta de dados................................ 59 Anexo 2 - Organograma do Núcleo de Educação a Distância – NEAD............ 61 Anexo 3 - Fotos................................................................................................. 62
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A evolução da tecnologia influi de modo especial na vida do ser
humano, alterando antigas formas de informação que, adotadas e aplicadas à
educação, transformam radicalmente o ambiente escolar, criando novas formas de
aprendizagem, deixando obsoleto o conceito clássico de sala de aula, fazendo com
que a forma expositiva de ensinar não encontre mais eco nas expectativas dos
aprendizes, gerando novas atribuições e desenhando um novo perfil para o
professor.
“O trabalho docente se insere no movimento da prática social coletiva, ou seja, os homens produzindo e agindo conjuntamente na produção de sua existência material”. (LIBANEO: 2000, p. 77)
Este cenário de mudanças tecnológicas e comportamentais dos docentes e
discentes exige uma modernização do ensino preferencial, ou seja, uma
escola que ofereça aos alunos sólida formação cultural e competência
técnica, que favoreça o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e
atitudes permitindo a adaptação e a permanência no mercado de trabalho,
não ignorando a importância para a formação de cidadãos críticos e
reflexivos.
“A criação de um clima favorável a tal aprendizado depende do compromisso do professor em aceitar contribuições dos alunos (respeitando-as, mesmo
quando apresentadas de forma confusa ou incorreta) e em favorecer o respeito,
por parte do grupo, assegurando a participação de todos os alunos”. (PCN’s:
p. 91)
Metodologias devem favorecer a fala e a escrita como meios de
reorganizar e reconstruir experiências compartilhadas pelos alunos, apropriando-se
de conhecimentos que valorizem o cenário escolar e social. Os aspectos emocionais
e cognitivos, a afetividade e o respeito são fatores essenciais para a interação
cooperativa.
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A participação de professores em projetos de capacitação é importante
para o sucesso de práticas pedagógicas que incorporem as tecnologias, presentes
em nossas vidas, reconhecendo a era digital como parte na evolução do homem.
Essa afirmação não significa descartar todo caminho trilhado pela
linguagem oral e escrita. A rede informatizada contempla o registro e a manipulação
dinâmica das informações escritas, sonoras e visuais combinadas. Nessa ótica,
computador e a rede devem estar a serviço da instituição de ensino e da
aprendizagem. Porém, saber criar e utilizar metodologias viáveis com esses
recursos ainda é um desafio a nível de educação no Brasil, seja em quaisquer níveis
ou modalidades de ensino, porque nos defrontamos no cotidiano com o desperdício
ou mau uso desses recursos.
Com os recursos tecnológicos, os alunos passam a ser descobridores
de conhecimentos. Isto não descarta o papel do professor mas sim, cria uma nova
visão de educador que precisa, nesse processo, propor novas formas de aprender e
de saber, aprimorando-se criticamente das novas tecnologias como fontes que
facilitam a aprendizagem.
“Como usuário da rede de informações o aluno deverá ser iniciado como pesquisador e investigador para resolver problemas concretos que ocorrem no cotidiano de suas vidas”. (BEHRENS: 2000, p. 77)
Ao mesmo tempo em que a tecnologia contribui para a aproximação de
diferentes culturas, aumenta as possibilidades de comunicação e gera uma
centralização na produção do conhecimento e do capital. O acesso a essa
tecnologia e informação é restrito a uma minoria da população, logo ter informação
não significa ter conhecimento, este depende de informação, porém esta por si só
não produz conhecimento. A pedagogia crítico- social dos conteúdos entende que o
ato pedagógico é o encontro do aluno com a cultura socialmente construída. O
trabalho docente faz-se da conciliação dialética.
“O resultado dessa relação dialética é o processo educativo no qual se busca garantir a unidade entre o desenvolvimento subjetivo e o mundo objetivo entre o cultural, o social por onde o sujeito incorpora os instrumentos para a liberação das relações da dominação urgente num projeto coletivo de
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desenvolvimento histórico do povo”. (LIBANEO: 2000, p. 77)
O aluno é um ser ativo, produto e produtor de sua história, que vincula
a prática educativa à prática social como ponto de partida e chegada do trabalho
pedagógico, participando dos processos comunicativos e tecnológicos,
estabelecendo uma relação com as novas informações e as estruturas individuais de
conhecimento que levará este a analisar e a tomar atitudes críticas frente à fonte
constante das informações.
Percebe-se que o paradigma, na era digital e na sociedade da
informação, pede uma prática docente, assentada na construção individual e coletiva
do conhecimento. O professor precisa romper barreiras e criar possibilidades de
encontros presenciais eventuais, que tenham como objetivo o acesso a informações
disponibilizadas no universo da sociedade do conhecimento. Através da informação
virtual, cria-se, hoje, um novo modelo de ensino a distância, e as dificuldades pela
utilização adequada dessa tecnologia de ensino, metodologia e acesso ao
conhecimento norteiam esta pesquisa, A Informática e a Educação: Um processo de
interatividade à luz da UVB1”, sua proposta e sua importância como ensino a
distância no âmbito educacional e da tecnologia da comunicação virtual como capaz
de propiciar a educação para essa modalidade de ensino. As tecnologias da
informação virtual, além de serem veículos que possibilitam novas formas de
orientação da experiência humana, com múltiplos reflexos, entre eles na cognição
humana e na atuação sobre o meio e sobre si. Tecnologia/metodologia é o processo
de construção de conhecimento na educação.
Essa evolução educacional surge com a UVB, e dela fazem parte 10
(dez) Instituições de Ensino Superior de várias partes do País, inclusive da região
Norte, a UNAMA – Universidade da Amazônia, no Estado do Pará, que uniram suas
experiências educacionais e suas áreas de excelência acadêmica para formar a
primeira rede virtual de pesquisa e cooperação para o desenvolvimento de
programas de educação a distância no Brasil. Como futuras educadoras, a
preocupação com o fazer pedagógico e o acesso democrático a uma educação de
qualidade no Brasil direcionou este estudo para o referido tema, a fim de buscar
respostas para nossas inquietudes. 1 Universidade Virtual Brasileira.
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Este Trabalho de Conclusão de Curso busca abordar a importância da
informática no processo de ensino-aprendizagem da educação a distância, os
critérios tomados na utilização dos recursos eletrônicos, utilizados como ferramentas
na construção dos processos metodológicos atuais. Segundo PIERRE LEVY: “A linguagem digital apresenta-se nas novas tecnologias eletrônicas da comunicação e na
rede de informação digital” (apud BEHERNS, p. 74).
Traçando um perfil hodierno de como os professores trabalham a
informática, busca-se a identificação das dificuldades da avaliação dessa
modalidade de ensino, a partir dos anseios do corpo discente às mudanças
evolutivas.
A UVB ainda não é uma Universidade, mas sim, um Instituto que
oferece cursos de extensão nas áreas de Administração, Gestão, Ciências
Contábeis, Comunicação, Arte, Direito, e-cours, Educação, Informática, Turismo e
Meio-Ambiente. Um dos objetivos de criação da UVB repousa na facilidade, que ela,
como uma Rede de Educação a distância pode propiciar a sua clientela, como a
flexibilidade na relação hora e local de estudo, interface2 amigável acompanhamento
constante (professores, tutores3, coordenação pedagógica, entre outros), tornando
indiscutível a importância do ensino da informática na educação, permitindo uma
avaliação da sua incidência e de sua incrementação para a modernização do ensino
no mundo. Daí a necessidade de estudar sua presença nos países periféricos, com
ênfase para as regiões menos desenvolvidas. O que é possível atingir hoje através
da informática na UVB? Qual a satisfação tanto a nível do aluno como do tutor? Os
recursos são utilizados dentro de uma metodologia planejada? A avaliação desse
processo satisfaz os envolvidos (aluno, tutor e LDB)?
Esta pesquisa visa responder os questionamentos acima e buscar
possíveis soluções. A pesquisa de campo, realizada no NEAD4 - UNAMA, adotando
a seguinte metodologia:
1. Levantamento bibliográfico pertinente ao tema, consultando as
seguintes bibliografias: além de PIAGET (1996) no construtivismo,
FREIRE (2001) e a Pedagogia da autonomia, GARDNER (1995) e o
estudo das inteligências múltiplas, LIBANEO (1985) e a Pedagogia
2Interligação - (ambiente criado para facilitar a utilização por discentes e docentes).
3Denominação dada ao professor responsável pela orientação no decorrer do curso.
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crítico-social dos conteúdos e VASCONCELLOS (2000) e a
construção do conhecimento, entre outros;
2. Fichamento e resenha do material bibliográfico levantado,
necessário, pois serviu de instrumento orientador para esse
trabalho;
3. Visita e observação do local selecionado para a pesquisa de
campo, o NEAD – UNAMA e acesso virtual à UVB;
4. Aplicação dos questionários, no período de 27 de setembro a 24 de
outubro, como instrumentos para obtenção dos dados e entrevista
anexa, com a participação de dois tutores, um coordenador
pedagógico, um coordenador tecnológico, dois instrutores de Web
Designer, um monitor e uma secretária;
5. Análise dos resultados, através da comparação da pesquisa de
campo e a teórica.
Como considerações finais, tratou-se do desafio educacional,
enfrentado por todos os envolvidos, sabendo que cada dia será um novo caminho e
um novo aprendizado e que a evolução não para e com ela todos os anseios de
mudança e de vida.
4 Núcleo de educação a distância.
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CAPÍTULO I : A tecnologia: uma abordagem histórica junto, hoje, a uma
modalidade de ensino a distância.
1.1. A tecnologia
A sociedade contemporânea, nas últimas décadas, sofreu inúmeras
transformações com o desenvolvimento tecnológico. O que hoje fazemos, parecia
ficção na década de 60, como as viagens espaciais, discagens telefônicas entre os
continentes - DDI, utilização de serviços bancários fora do expediente, exames
clínicos, robôs entre outros, recursos que beneficiam a sociedade, e cada vez mais a
linguagem cultural inclui o uso destes recursos tecnológicos5.
O progresso da tecnologia6 tem sua história em um processo milenar, e
apesar de ser uma palavra bastante discriminada no meio social, ela se fez e se faz
de esforços do homem para dominar o ambiente em proveito próprio. Por milênios o
progresso tecnológico do mundo realizou-se através de experiências empíricas e de
erros, podendo-se afirmar que somente a partir do século XVIII, a tecnologia tornou-
se ciência aplicada. A sociedade, constantemente beneficiada pelos avanços da
tecnologia, nem sempre tem consciência disso. Isso se explica pela história que
envolve a construção do conhecimento.
“A mudança das concepções implica necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, uma transformação no próprio conhecimento; muda, portanto, a forma de interferir na realidade”. (ANDERY: 1998, p. 17)
Analisando cada momento histórico, percebe-se que os produtos da
existência humana, assim como as idéias, são expressões das relações e atividades
reais do homem. Com o desenvolvimento e em decorrência do tempo essas
necessidades e condições materiais diferem, adquirindo características diferentes.
Até mesmo aquelas consideradas básicas, como a alimentação, constatam-se
mudanças e hábitos diferenciados: do fogo ao microondas, da caça ao congelado
ou pré-cozido.
5Produtos da tecnologia ou qualquer objeto criado para facilitar o trabalho humano. Portanto, a roda, o machado, utensílios, televisão, telefone, trator, relógio, telefones celulares, computador, motores, turbinas, satélites.
6Estudo das técnicas, da maneira correta de executar qualquer tarefa.
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A priori, a preocupação humana era desenvolver técnicas e utensílios.
Hoje, desenvolve-se a preocupação com a qualidade e a utilização dos mesmos,
priorizando a relação tempo, praticidade e sustentabilidade, observando-se a
vontade do homem não mais em dominar para ter, e sim, em interagir para obter,
mas nem sempre se pensou assim.
1.2. A ciência e a tecnologia A ciência hoje, é conhecida de todos, porque tendemos a avaliá-la
como força de expressão, fonte de destruição do homem e da natureza ou como
força de progresso. Gerando benefícios para humanidade e revelando o fato de que
ela se dá em relação à tecnologia, frutos da atividade científica que, presentes em
nosso cotidiano, marcam a vida do século XXI. A tecnologia pode ser considerada
uma marca da ciência. “...sua própria compreensão implica não apenas a análise daquilo que aparece como produto da ciência a técnica mas, depende principalmente da análise das condições que determinam a ciência como produtora de tecnologia”. (ANDERY, et alü: 1998, p. 435)
O binômio ciência e tecnologia caracteriza a ciência dos nossos dias,
mas a ciência não se esgota na tecnologia. Esta é uma parte integrante e essencial
do empreendimento científico. A ciência é antes de mais nada a elaboração do
pensamento humano, desde o momento em que os vestígios deixados pelo homem
permitam identificar a relação homem-natureza. As antigas civilizações, como as do
Egito, da Mesopotâmia, da Índia e da China, conheceram um enorme avanço
técnico e o povo grego refletiu sobre o método na produção do conhecimento,
derivando a construção racional de conhecimento.
“... indiscutível, Aristóteles foi responsável por um imenso avanço na discussão do processo de conhecimento. Ao abordar problemas que são centrais a construção do conhecimento científico, como a lógica e ao construir um sistema capaz de abraçar uma explicação do mundo físico, do homem e um método de obtenção de conhecimento. Aristóteles construiu um paradigma, um sistema, capaz de dar conta de todas as áreas do conhecimento”. (ANDERY et alü: 1988, p. 100)
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Na Europa Medieval, a fé foi vista como limite da razão, afastando da
preocupação do universo físico, esse período. Segundo (ANDERY et alü: 1988, p.
137): “sua filosofia para a vida do homem e para a busca que, nesta vida, deve
encaminhar-se para o bem”.
Santo Agostinho, colocava as idéias religiosas como termos absolutos
e inquestionáveis sob a forma de dogmas e de uma moral rígida. Tem-se nesse
período, uma visão de mundo fechado, acabado, finito e hierarquizado.
Uma nova visão de mundo substitui a medieval, e nela, a relação
Deus-homem foi substituída pela relação homem-natureza, gerando o
antropocentrismo, que valoriza a capacidade do homem de conhecer e transformar a
realidade e fez surgir a ciência moderna do século do XVII. Galileu e sua idéia de
Universo aberto, indefinido, governado pelas leis Universais. Decartes através das
suas preocupações com as leis do movimento, cria o modelo mecanicista. Hobbes
foi além no que se refere à ampliação do campo de abrangência.
Bacon defendeu a aplicação da ciência à industria, produção a serviço
do progresso, afirmando: saber é poder. Esse pensamento reflete a sua opinião, que
defendia a monarquia absoluta, era contra a censura de opinião, porque como
cientista e político, dedicou parte do seu tempo para refletir sobre o conhecimento e
sobre a melhor forma de colocá-lo a serviço do homem.
Hobbes desenvolveu o interesse pela filosofia, envolvendo o estudo da
sociedade e as propostas políticas sobre o processo de produção de conhecimento.
Locke teve como preocupação central a negação da existência de idéia inata na
mente ou no espírito humano, desenvolveu a teoria sobre o processo pelo qual
chega- se a perceber o conhecimento, que é adquirido e se constitui de idéias que
derivam da experiência de objetos ou de conhecimentos.
1.3. A sociedade e a tecnologia A transição do fundamentalismo para o capitalismo significou a
substituição da terra pelo dinheiro. Na sociedade capitalista, as pessoas sobreviviam
comprando os produtos do trabalho umas das outras, e consideravam como
elementos fundamentais, a propriedade privada e a divisão social do trabalho. A
expansão marítima e o sistema colonial no final do século XV colaborou com o
desenvolvimento do comércio. Nos séculos XVII e XVIII com o desenvolvimento da
indústria moderna, o capital e a produção eram priorizados.
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“A cada modo de produção corresponde um sistema de relações de produção, como também um sistema de direito, de instituições e de formas de pensamento” ANDERY et alü: 1988, p. 169)
A Revolução Industrial e a Revolução Francesa marcaram o século
XVIII e XIX. O pensamento da sociedade neste período foi profundamente
assinalado pela ascensão econômica e política da burguesia, expressando três
valores básicos: a liberdade, o individualismo e a igualdade. A liberdade de pensar e
a educação livre, a instrução para o povo, porque o novo sistema exigia uma
educação elementar, ou seja, a formação técnica científica. Surge a ciência
globalizada, abstrata, capaz de responder todos os problemas sobre a técnica e a
produção. Segundo (ANDERY et alli: 1988, p. 293) “A ciência iria, cada vez mais ser
colocada a serviço da modificação da natureza”. O homem está em contínuo movimento de transformação e à medida
que trabalha para satisfazer suas necessidades, organiza-se de forma a criar as
necessidades e as condições de vida. Logo, a atividade científica não pode estar
desvinculada da prática e tão pouco não se fala em ciência, sem também falar em
tecnologia e vice-versa. A tecnologia surge da necessidade social e seus interesses,
mesmo que esses sejam os de uma minoria que detem o poder, donde, por
exemplo, todos os computadores do mundo de nada servirão se seus usuários não
estiverem interessados na quantidade e no tipo de informações geradas.
1.4. Informação e conhecimento A informação e o conhecimento são essencialmente criações humanas,
sendo difícil administrá-los não levando-se em conta o papel fundamental que as
pessoas desempenham nesse cenário, pois elas criam, distribuem, compreendem e
usam a informação, ou seja, o homem pensa além das máquinas, os dados
transformam-se em informação e estas exigem análise. O conhecimento é a
informação mais valiosa, porque alguém deu à informação um contexto, um
significado, uma interpretação.
Quando começamos a pensar nas muitas relações entrecruzadas de
pessoas, processos, estruturas de apoio e outros elementos do ambiente
informacional de uma escola, devemos ter como princípio a administração holística
da informação ou administração centrada no ser humano. Ponto essencial, devolve
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o homem ao centro do mundo da informação, porque sua interpretação causa
evolução dele mesmo e da tecnologia. O homem é capaz de eliminar a rigidez de
alguns controles centrais, retirando as informações específicas para as pessoas que
precisam delas para construir o conhecimento. Desde a década de 50 os computadores nos oferecem oportunidades
de aprender e armazenar um volume enorme de informações. A informação
estruturada em computadores apareceu na década de 70, com o uso de serviços on-
line7, nas áreas educacionais e de treinamentos. Recentemente os computadores se
transformaram em ferramentas eficazes na administração do conhecimento ou
capital intelectual, devido aos novos softwares8 capazes de lidar com textos
estruturados, discussões, imagens ou vídeo.
À medida em que os computadores tornam-se mais poderosos e mais
baratos, podemos pensar em uma democratização da informação. A informação
democrática, em referência não está afirmando a acessibilidade a todos, mas sim a
percepção desta em nosso cotidiano. Ela está em todos os meios, sociedade,
informação e tecnologia, convivemos com ela diariamente. A exemplo das
tecnologias (televisão, videocassete, videogravadora, câmera fotográfica, rádio,
gravador, calculadora e computador estamos envolvidos por um ambiente
informacional, cabendo à educação absorver todo o cenário tecnológico e as
necessidades sociais, interconectando a tecnologia à sua utilização em prol do
desenvolvimento do homem.
1.5. Educação e Tecnologia Não é conceitual a questão de ensino/aprendizagem, porque envolve
questões relativas a como e o que ensinar/aprender, sendo professores e alunos,
personagens vivas e atuantes deste processo. A transformação dos meios de
comunicação durante o processo do aprender/ensinar nos leva a refletir. Moran
(1993), defendeu o desenvolvimento de processos de comunicação ricos, interativos
e profundos. Para que haja a vida no dia-a-dia escolar, pois as tecnologias
7Que pode ser acessado via computador.
8Um programa, um sistema, um aplicativo de programas, rotinas e procedimentos realizados pelo computador, servindo de comunicação entre o homem e a máquina.
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facilitam o processo ensino/aprendizagem, trazendo informações novas, ligando-nos
com outras escolas e com o mundo.
É preciso conhecer as vantagens que os meios de comunicação
propiciam na aprendizagem dos alunos, e cobrar do professor uma produção de
conhecimento que envolva diferentes linguagens e meios de comunicação e que
este trabalho envolva a preocupação com qualidade. Os PCN’s, no título: A
tecnologia na vida e na escola diz:
“Ao mesmo tempo que é fundamental que a instituição escolar integre a cultura tecnológica extra-escolar dos alunos e professores ao seu cotidiano, é necessário desenvolver nos alunos habilidades para utilizar os instrumentos de sua cultura. Hoje, os meios de comunicação apresentam informação abundante e variada de modo muito atrativo”. (PCN’s – MEC, 1997)
Discute-se qualidade nas declarações dos organismos internacionais e
nacionais, nos PCN’s, nas conversas informais, passando pelas autoridades
educacionais, organizacionais, de professores, centrais sindicais e associação das
mais diversas, parecendo ser consenso de todos a importância dela na educação.
A problemática da qualidade educacional não é recente. No entanto,
antes não havia o grau de centralidade que a mesma atinge hoje, quando substituiu
a problemática da igualdade e de oportunidade. Hoje, temos uma ampliação da
escolarização, assegurando educação a um número maior da população. Assim, a
preocupação passa a ser com a qualidade educacional oferecida, que não é por
acaso, pois surgiu do contexto político econômico e social, gerado pelo avanço
tecnológico e da ciência. O acesso à informação tornou-se uma necessidade para
produzir e disseminar continuamente as informações para a construção do
conhecimento.
A educação é cada vez mais uma exigência no cotidiano das relações
sociais de sobrevivência, de inserção no mercado de trabalho e para sua
manutenção. Atualmente o princípio de qualquer organização é a informação,
crescendo a exigência de profissionais capacitados, capazes de preencher os
requisitos gerados pela ordem econômica mundial da globalização: ser gestor,
empreendedor, trabalhar de forma colaborativa e aprender de forma autônoma.
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Transformar a escola e mudar antigos paradigmas é uma luta
constante para os educadores, indo além da visão mercantilista. Supõe uma
educação humanizada, que forme indivíduos capazes de transformar e se
transformar, comprometidos com uma sociedade menos dicotômica, exigindo que o
educador modifique seu papel de mero narrador e privilegie o diálogo como método.
Este diálogo significa a relação de comunicação unidirecional da educação formal
tradicional.
Para PIAGET, nas relações cooperativas o respeito mútuo é uma
exigência na superação dos próprios pontos de vista, implica compartilhar a prática
de ensinar e aprender. Sendo alunos e professores agentes em constante diálogo,
parece-nos uma proposta adequada para discutir qualidade na educação. No
entanto, falar sobre novos métodos pedagógicos, buscando uma educação
inovadora que prime pela formação de indivíduos, agentes comprometidos e
empreendedores não é algo simples.
“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. (FREIRE: 2001, P. 52)
A educação requer mudança de valores, crenças e de práticas
arraigadas não somente por parte dos professores como também dos alunos, dando
espaço ao diálogo em qualquer iniciativa educacional (professor) e, por outro lado,
sair da comodidade de receptor passivo a sujeito ativo, autônomo (aluno), exigindo
uma nova mentalidade de ambos, uma nova visão de ensinar e aprender.
“...Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos outros, de cima para baixo, sobretudo como se fossemos os portadores da verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mais é escutando que aprendemos a falar com eles”. (FREIRE: 2001, P. 127)
A escola será mais significativa, quando desenvolver uma prática que a
articule com as concepções de mundo e de sociedade, expressando o movimento
da prática social coletiva, transformando realidades sociais em direção
emancipatória.
“Uma prática pedagógica num paradigma emergente que alicerça ensino com pesquisa,
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numa visão holística com uma abordagem progressista, sem dúvida trará para a universidade uma produção de conhecimento significativa e relevante que propicie a formação de cidadãos éticos e competentes para construir uma sociedade mais justa e igualitária”. (BEHENS: 2000, p. 127)
Trabalhar com a multiplicidade de visões, formando críticos que
trabalhem com a chamada civilização de imagens e informações e propor a
aproximação desses recursos de comunicação, utilizando-os de forma sistemática
na escola e não tratá-los (computador, vídeo, televisão e outros) como mera
instrumentalidade, ou seja, como mais um recurso didático-pedagógico na prática já
praticada. Observa-se que ao se trabalhar os recursos tecnológicos na educação,
não basta apenas ter acesso a textos, sons, imagens, softwares, mas sim, que se
deixe claro o procedimento de sua aplicação enquanto proposta para utilização
dessas máquinas e seus recursos.
É necessário ir além do entendimento das tecnologias, compreendendo
o processo de construção do conhecimento e como acontece o movimento do
ensinar e aprender, numa sociedade onde a comunicação permite que cada vez
mais as pessoas tenham acesso a informações que se multiplicam e se atualizam
rapidamente, superando tempo e espaço, transformando crenças e referências.
1.6. Abordagem colaborativa No século XXI, a humanidade é desafiada a vivenciar duas transições
importantes, o advento da sociedade do conhecimento e a globalização. Educar
neste tempo, instiga a reflexão sobre o processo e a globalização, integrando os
sistemas financeiros, econômicos, políticos e sociais das nações num contexto de
interdependentes e interrelacionadas o que seria a versão neoliberal. O advento
dessa mudança exige da população uma aprendizagem constante. Nosso
paradigma. MORAES (apud BEHRENS: 2000, p. 68), “a era das relações exige
conexão9, inter-relacionamento, interconexão, visão de rede, de sistemas
integrados”.
Esse advento da economia globalizada e a forte influência dos meios
de comunicação e dos recursos de informática não comportam um ensino nas
Universidades, que se caracterize por uma prática pedagógica conservadora, crítica
23
e repetitiva. Assim, a sociedade do conhecimento desafia as Universidades e/ou
Instituições de ensino, a de instrumentalizar os alunos para um processo de ação
continuada, tratando de formar, e prepará-los para a conquista de uma melhor
qualidade de vida. A LBD10, no título II, Dos princípios e fins da educação nacional,
dispõe:
“Art. 2º - A educação, dever do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (LBD: 2000, p....)
O aluno precisa tornar-se um cidadão crítico, autônomo e criativo. Esse
desejo de mudança da prática pedagógica se amplia na sociedade da informação. A
reflexão crítica da informática na aprendizagem e um dos benefícios que a era digital
pode trazer, ou melhor já trouxe. A aprendizagem colaborativa depende dos
professores e gestores que se tornam sensíveis aos projetos criativos e
desafiadores, tais como os desenvolvidos na modalidade de ensino a distância e os
projetos de ensino interativo, executados em diversas mídias e instituições que
constituem a uvb.br.
A educação a distância ultrapassa as paredes da sala, do ambiente
escolar e até dos laboratórios. As atividades desafiadoras estão em espaços virtuais
e presenciais dentro e fora das instituições de ensino o que favorece a educação a
distância. A LBD, no título VIII, das disposições gerais, diz:
“Art. 80 - O poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e educação continuada”.
Junto com o artigo 80, mais quatro incisos e três parágrafos ajudam a
normalizar o ensino a distância. Porém, é a primeira vez que ela comparece no texto
de uma LDB, como algo digno de atenção dos sistemas de ensino.
9 Ligação, vínculo. 10 Lei de Diretrizes e Bases.
24
1.7. Histórico da educação a distância A educação a distância tem uma longa história de experimentações,
vivenciando fracassos e sucessos. O que se vê hoje na educação a distância, é um
recurso de incalculável importância como modo apropriado para atender os grandes
contingentes de alunos, de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos
de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da
clientela atendida.
Nem sempre se pensou assim. A primeira forma de educação a
distância deu-se pelos cursos por correspondência, na Europa do século XVIII,
ficando muito longe das cartas de Platão e das epístolas de São Paulo, havendo um
largo desenvolvimento no século XIX. No início do século XX, até a Segunda Guerra
Mundial, várias experiências foram adotadas, desenvolvendo-se melhor as
metodologias aplicadas ao ensino por correspondência. Fortes influências surgiram
com a introdução de novos meios de comunicação de massa, principalmente o
rádio, precursor de importantes projetos para os do meio rural.
No Brasil, o exemplo desses projetos, em 1939, foi o do Instituto Rádio
Monitor, o início para o que seria, em 1941, o Instituto Universal Brasileiro, um
Projeto de Integração com os correios, oferecendo vários cursos, dentre eles:
• Supletivo de 1º e 2º graus (preparatórios);
• Mecânica de automóveis;
• Silk-Screen;
• Violão
• Datilografia e digitação;
• Mecânica de motos;
• Fotografia;
• Auxiliar de contabilidade;
• Mecânica geral;
• Agropecuária;
• Montagem de rádio;
• Refrigeração e ar condicionado;
• Informática (linguagem Basic)
• Técnicas de vendas;
• Jardinagem;
25
• Eletrônica digital;
• Eletrônica, rádio e televisão;
• Corte e costura;
• Desenho artístico publicitário e pintura;
• Beleza da mulher;
• Tricô – bordado e crochê;
• Auxiliar de escritório;
• Eletricidade de automóveis;
• Secretariado moderno;
• Desenho arquitetônico;
• Auxiliar em administração de empresas;
• Mestre de obras (edificações);
• Inglês;
• Desenho mecânico;
• Torneiro mecânico
• Especialização em videocassete (manutenção e reparo).
Outras experiências governamentais de projetos de ensino foram
implantadas como a criação do Movimento de Educação de Base – MEB, cuja
preocupação era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da educação de milhares
de jovens e adultos, através das Escolas Radiofônicas, principalmente nas regiões
Norte e Nordeste11.
O grande salto acontece a partir dos anos 60, com a institucionalização
de várias ações nos campos da educação secundária e superior, começando pela
Europa (França e Inglaterra), expandindo-se aos demais países, inclusive o Brasil. A
proposta político-pedagógica do sistema de Teleducação surgiu em pleno regime
militar, década de 70. “... lançar-se como uma modalidade de educação voltada para o humanismo pedagógico,
capaz de superar o parcelamento do saber [...]”. (NUNES: 2000, p. 10)
11 O SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o programa é de Auto-instrução em Monitoria o que caracteriza o esquema operacional de Ensino a Distância, FUNBEC – Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do ensino de Ciências. Outros exemplos de experiências no setor: CETEB - Centro de Ensino Técnico de Brasília; FUBRAE – Fundação Brasileira de Educação; ABEAS – ASSOCIAÇÃO Brasileira de Educação Agrícola Superior; ABT – Associação Brasileira de Tecnologia; FUNTELC - Fundação de Teleducação do Ceará.
26
Atualmente, mais de 80 países nos cinco continentes adotam a
educação a distância em todos os níveis de ensino e nos sistemas formais de
ensino. A educação a distância, segundo WILLIAM HARPER (apud por NETO):
“Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas escolas e academias, em que o número de estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais”.
Utopia ou expectativa não importa, daqui a 10 ou 100 anos, o tempo se
encarregará da evolução, porque a dinâmica própria das transformações
tecnológicas atuais, incorporadas rapidamente pelas empresas produtivas e do setor
serviços, bem como a sofiscação e o requerimento de agilidade no trato de
informações, são qualidades necessárias para o trato de um mercado consumidor
mais exigente.
1.8. Conceituação de educação a distância Partimos agora para um conceito de educação a distância segundo a
Lei 9394, de 20 de dezembro de 1966, a LDB:
“... a conceituação de educação a distância de educação a distância como uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação dos recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação...”. (Art. 1º, caput; Lei nº 9394/96)
Verifica-se que a educação a distância deixa de ser, por força de sua
inclusão nas disposições gerais da Lei 9394/96, a esporádica freqüentadora das
sessões de órgãos normativos dos sistemas de ensino dedicados a projetos
experimentais ou solução paliativa. A educação a distância é uma estratégia de
ampliação democrática do acesso a uma educação de qualidade, direito do cidadão,
dever do Estado e da Sociedade que os textos legais são tratados como estratégia,
a qual, no Brasil, tem sido praticada com seriedade em uma história de erros e
acertos.
27
A Educação a distância como estratégia de ampliação das
possibilidades de acesso a educação, deve aprofundar o compromisso do Projeto
Pedagógico com o Projeto Histórico, Político e Cultural da Sociedade. É um
instrumento de qualificação do processo pedagógico. Além disso, a educação tem
suas próprias características, constituindo-se num canal privilegiado de interação
com as manifestações do desenvolvimento científico e tecnológico e no campo das
comunicações educativas, através de meios capazes de suprir a distância que
separa educador de educando.
Outrossim, a educação a distância é uma forma de educação onde
alunos e professores encontram-se separados fisicamente, sendo um processo de
interação multidirecional, apoiado pela tecnologia de comunicação, com o aluno
sendo protagonista de seu próprio aprendizado e o professor, um facilitador desse
processo.
28
CAPÍTULO II: As possibilidades do fazer didático e a Informática x educação a
distância no contexto da UVB.
Os recursos da informática, juntamente com os modelos pedagógicos e
psicológicos contribuem para a formalização de um modelo de aplicativo para o
ensino a distância – EAD. Muitos são os critérios a serem observados para que a
interface oferecida aos alunos permita interação e propicie um aprendizado eficaz
“A educação a distância é uma estratégia educativa baseada na educação da tecnologia à aprendizagem, sem limitação do lugar, tempo, ocupação ou idade dos alunos. Implica novos papéis para os alunos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques metodológicos”. (CARDOSO: 2000, p. 2)
2.1. O computador e o ensino
Os cursos oferecidos pela Educação a distância permitem que o aluno
tenha ritmo próprio ao desenvolver as atividades propostas, respeitando suas
características na forma de trabalhar. A informática, com efeito, possibilita a
utilização de novas estratégias, fazendo com que a informação seja trabalhada
rapidamente, fornecendo uma ferramenta mais interativa de acesso ao
conhecimento e a aprendizagem, possibilitando que os professores possam
compartilhar a escolha das informações relevantes. A invenção do primeiro computador pode ser considerada um evento
relativamente recente, levando-se em conta o período de tempo que o homem vem
desenvolvendo esforços no sentido de processar informações de forma mais
eficiente.
“Alguns séculos transcorreram da construção das calculadoras mecânicas de Schickard, Pascal e Leibniz até a construção do Mark I, na Universidade de Harward, em 1945. O Mark I era na realidade, uma calculadora gigantesca que operava sobre o sistema de válvulas”. (MARQUES: 1995, p. 8)
O uso do computador na educação também é um fenômeno recente,
início da década de 60 e restrito à administração. Em 1975, com o advento da
informática, foi a construído do primeiro microcomputador, também utilizado na
29
educação. Porém, uma pesquisa, realizada em 1985, constatou que no Brasil,
apenas quatro escolas públicas utilizavam computador.
A UNICAMP12, desde 1975, mantinha uma equipe interdisciplinar
pesquisando linguagem a LOGO13. Na mesma época, a UFRGS – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, iniciou sua pesquisa voltada para o Ensino Superior
com o Núcleo de Tecnologia Educacional de Saúde – NUTes. A união dessas duas
Universidades com a UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais e a UFPE –
Universidade Federal de Pernambuco resultou no Projeto EDUCOM, que tinha
iniciativa do Ministério da Educação e Cultura em conjunto com a SEI – Secretaria
Especial de Informática, FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos e CNPq –
Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Este projeto implantou
nessas Universidades, um centro de pesquisa, que tinha como foco as diversas
aplicações do computador em educação.
Entende-se por metodologia de ensino, a prática da teoria de
aprendizagem e a utilização de instrumentos que balizam a relação aluno-professor,
caracterizada pelo uso de instrumentos (livros, lousa, blocos lógicos, gravador,
vídeo). Tais instrumentos podem ser os criados pelo próprio ensino, que são: o
material sensório montessoriano, máquinas do ensino programado, blocos lógicos,
entre outros e os independentes do ensino e reaproveitados por ele (livro, televisão,
fotografia, vídeo). Podemos chamá-los de independentes porque não dizem respeito
a nenhuma matéria em particular e não surgiram de uma necessidade de ensino.
Foram criados pela tecnologia humana para finalidades alheias a educação e, bem
ou mal, reaproveitados pelo ensino, como livros, filmes científicos, outros
audiovisuais, chegando, atualmente, ao computador.
Estes instrumentos nem sempre tem aceitação entre professores e
pedagogos, porque nenhum deles nasceu de uma necessidade expressa pela
educação.
12 Universidade de Campinas.
13 Linguagem de computador desenvolvida por um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Estados Unidos, na década de 70 e liderado pelo professor e pesquisador Seymour Papert.
30
Feita a análise da divisão dos instrumentos, pode-se pensar em uma
terceira; os instrumentos providos das matérias (ciências, matemática, química,
física entre outras), mais simples e direta, ainda não se conhece nenhuma
pedagogia que tenha negado a riqueza de uma experiência prática, pelo contrário,
as teorias de aprendizagem demonstram, cada vez mais a necessidade da
experiência prática.
“... A atividade teórica é o processo que, partindo da prática, leva a ‘aprender’ a realidade objetiva para, em seguida, aplicar o conhecimento adequado....”. (LIBANEO: 1985, p. 76)
Além de ilustrar as matérias, as aulas práticas formam o aluno no
manejo de instrumentos laboratoriais e, através desses adquirirem respaldo e
estimulo, podendo vir a ser um pesquisador critico-reflexivo e conectado.
2.2. O computador na educação
O computador é não foi inventado para atender especificamente a
educação, que é um instrumento de comunicação de dados e conhecimentos. Visto
por alguns educadores como uma potente arma para motivar seus alunos, é capaz
de receber e guardar documentos humanos e executar operações lógicas. Convém
observar que só temos acesso às informações disponibilizadas na máquina que
estivermos acessando, conforme sua programação e os softwares instalados. As
pesquisas em Inteligência Artificial, juntamente com a Informática buscam formas de
expandir as possibilidades destas máquinas.
A capacidade do computador é limitada. Tanto os livros como os
computadores transmitem conhecimentos, interagindo com os alunos. Nos dois
exemplos o professor tem um assistente e, em relação ao aspecto interação
instrumento-aluno o computador é superior, recebendo dados (números, palavras e
alguns signos codificados, procedimento, chamado de imput14 que são armazenados
em sua memória, localizada no interior da máquina, disquetes ou fitas . Por trabalhar
com dados, o computador possui uma Central de Processamento de Dados - CPU
ou UPC15, assim, mesmo indevidamente chamamos de Processamento, trabalhar
14 Entrada de dados. 15 Unidade Central de Processamento.
31
com dados. Ao conjunto da CPU e memória dá-se o nome de hardware (máquina),
que possui código, ou seja, uma linguagem que pode ser: Basic, Pascal, Assembler,
entre outras. Na educação utiliza-se muito a linguagem LOGO e através dela, a
programação ou os softwares (conjunto de programas, rotinas e procedimentos
realizados pelo computador) podem ser operadas.
A utilização do computador varia de acordo com a filosofia de
educação dos educadores. Alguns afirmam que ele deve ser usado como um
recurso de aprendizagem e nesta abordagem o aluno dirige seu próprio
aprendizado. Outro grupo defende seu uso apenas como instrumento didático,
fornecendo aos alunos, os programas educativos e estruturados que visam um
determinado objetivo.
“Porém não se deve perder de vista que utilizar o computador apenas como recurso de aprendizagem pode representar uma subutilização de um recurso extremamente rico e versátil!”. (MARQUES: 1995, p. 34)
As vantagens do computador em relação aos demais instrumentos
estão no fato de que ele é um recurso audiovisual, interativo, que obedece o ritmo
próprio de cada aluno com prontidão e feedback. Todas essas características fazem
do computador um interlocutor totalmente diverso daqueles com os quais o aluno se
relaciona.
A informática educativa utiliza-se de softwares que variam em
conteúdo e apresentação, lembrando que os mesmos servem de veículo de
comunicação entre o homem e a máquina, considerando também, que na teoria das
Inteligência Múltiplas o processo educacional observa que cada ser humano possui
uma forma diferente de aprender através de diferentes meios.
“Recomenda que os educandos sejam avaliados como sujeitos únicos, é importante descobrir seus pontos fortes, mostrar novos caminhos para atingir os objetivos de ensino, que é o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades”. (GARDNER: 2001, p. 16)
A evasão, a repetência, o desinteresse de nossos jovens com os
estudos e o despreparo para o mercado de trabalho sugere a necessidade de
repensar a educação e ir além, experimentando novas propostas, como por
exemplo, o uso do computador como ferramenta no processo institucional, tendo em
32
mente o desenvolvimento de novas habilidades, porque o aluno ao ter contato e
fazer uso de novas ferramentas precisa adquirir também novos conhecimentos para
poder desenvolver estas habilidades ou inteligência. Usando a Teoria de Gardner,
são elaborados muitos softwares educacionais, despertando no educando o gosto
pelo estudo. O computador está integrando todas as mídias, tornando-se,
simultaneamente um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer.
O uso da tecnologia e dos softwres na educação não muda a relação
pedagógica educando-educador, trazendo maior encantamento à escola, novas
possibilidades de ganhos na relação ensino-aprendizagem, com dinamismo,
inovação e poder de comunicação. O grande desafio para as instituições de ensino
em relação à formação de seus educandos está no saber trabalhar com estas
máquinas, (computadores) no sentido de processar informações, selecionar
tecnologias e aplicá-las às tarefas, incluindo seus sistemas de programação. As
instituições de ensino devem utilizar a tecnologia para que o educando desenvolva
suas habilidades e obtenha o aprendizado, atualizando-se constantemente.
2.3. Informática na educação Vivemos num período revolucionário, que vai além das inovações nas
áreas da telecomunicação e dos computadores, observam-se também, as mudanças
nas áreas econômicas, sociais, culturais, políticas, regionais, institucionais e
filosóficas. O novo paradigma educacional está em relacionar nos currículos
educacionais, os aspectos que garantam o sucesso dos alunos no século XXI, como
alta competência em leitura e escrita, alta competência em cálculo matemático e
solução de problemas de todas as ordens, alta compreensão em escrita, precisão
para descrever fenômenos e situações, analisar, comparar e expressar o próprio
pensamento, capacidade para analisar o ambiente social e criar governabilidade,
capacidade para recepção crítica dos meios de comunicação de massa, capacidade
para planejar, trabalhar e decidir em grupo e capacidade para localizar, acionar e
usar as informações acumuladas.
A sociedade moderna exige que o seu profissional possua habilidades,
como: leitura básica e escrita, habilidades matemáticas, ter boas relações no
ambiente profissional, como responsabilidade, pontualidade e disciplina,
conhecimentos em informática e tecnologia de mídia, valorização do trabalho,
honestidade e tolerância para com os outros, hábitos de cidadania. Comparando as
33
duas abordagens observa-se a existência de similaridades. (GARDNER: 1995, p.
21) Define a Teoria das Inteligências Múltiplas como a capacidade de resolver
problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes
culturais. A inteligência não pode ser medida pois não é um produto acabado e
dependendo do contexto sócio-econômico-cultural, uma ação pode ser valorizada
em um ambiente e em outro não ter nenhuma significância. Após definir a Teoria das Inteligências Múltiplas, (GARDNER: 1995, p.
15), apresentou 7 (sete) competências intelectuais autônoma dos seres humanos:
1ª - Inteligência lingüistica: habilidade ou capacidade de lidar com os
desafios relacionados com a linguagem;
2ª - Inteligência lógico matemática: habilidade de resolução de
problemas por meio da dedução e da observação;
3ª - Inteligência corporal cinestética: habilidade em utilizar movimentos
corporais, superar desafios de uma determinada realidade;
4ª - Inteligência musical: habilidade em produzir e perceber as notas
musicais;
5ª - Inteligência espacial: habilidade em abstrair interação com o
ambiente, o espaço e o ciberespaço para elaborar um produto ou resolver um
problema;
6ª - Inteligência intrapessoal: habilidade em conhecer os aspectos
internos de uma pessoa;
7ª - Inteligência interpessoal: habilidade em perceber as intenções e
desejos dos seus interlocutores e, com isso, resolver ou minimizar problemas de
comunicação e relacionamento.
Além das inteligências citadas e comprovadas por GARDNER, ainda
em estudo, ele cita:
8ª - Inteligência pictórica: habilidade em transcrever situações, fatos e
emoções por meio de desenhos;
9ª - Inteligência naturalista: habilidade em lidar com situações ligadas a
natureza;
10ª - Inteligência existencial: habilidade em lidar com situações
relacionadas a religiosidade.
34
Partindo-se da Teoria das Inteligências Múltiplas quanto ao uso do
computador, deve-se atentar para a importância do desenvolvimento dos aspectos
que garantam o sucesso do homem na sociedade do século XXI e para o próprio
desenvolvimento das habilidades e competências específicas do ser humano. Mas
como ocorre a correlação entre a informática e as inteligências múltiplas?
Ocorre da seguinte forma: por meio de softwares abertos,
especificamente os editores de textos, desenvolvendo-se diversas atividades que
estimulam as habilidades lingüisticas, tais como a escrita e a leitura, promovendo
diferentes tipos de produções. Os softwares de simulações e de programação são
excelentes recursos, pois permitem o aprimoramento das habilidades de lógica, de
matemática e de resolução de problemas. Com softwares gráficos, é possível
estimular o desenvolvimento das habilidades pictóricas, sendo que disponibilizam
uma série de recursos que facilitam a criação de desenhos e representações
artísticas e poderá (o computador) ser um grande aliado como medidor e planejador
de atividades físicas.
O grande trunfo do computador é sua interatividade. Com ele é
possível integrar diversas mídias e demais recursos tecnológicos como: rádio,
televisão, vídeos e filmadoras. Portanto, é o recurso perfeito para trabalhar sons e
ainda torná-los operações cognitivas, a partir do uso dos recursos visuais, conforme
as descrições de seus compassos e medidas sonoros. A Internet é a mídia que mais
cresce nos últimos anos, tendendo, a médio prazo, ser a mais popular e com a
característica ampla de possibilitar diversos tipos de comunicações e interações
entre culturas de forma bastante enriquecedora. O que as pessoas costumam
abordar quando discutem as questões históricas entre seus países? Qual a visão
dos alunos brasileiros? Para se discutir um tema como este é de fundamental
importância que os agentes ativos estejam preparados em relação aos aspectos
interpessoal e intrapessoal.
Os computadores possuem diferentes utilidades e compatíveis com o
mundo em que vivemos. Em constante mutação e interativos, meio deles podemos
desenvolver simultaneamente várias habilidades, facilitando a formação de
indivíduos polivalentes e multifuncionais, diferentemente, por exemplo, das
máquinas de escrever as quais possibilitavam a formação de um único profissional:
o datilógrafo. É importante ressaltar que os empregados que surgirão neste século,
de alguma forma farão uso das novas tecnologias da informação e comunicação,
35
cabendo à escola prestar a sua grande contribuição na formação de indivíduos pró-
ativos para atuarem nas economias do futuro.
Nos últimos anos, surgiram de forma rápida, tanto nos aspectos
quantitativos como qualitativos, grandes mudanças tecnológicas, principalmente no
campo da Microeletrônica16 e das telecomunicações, proporcionaram o
desenvolvimento em diversas áreas, entre elas:
• a econômica: com vasta expansão do capitalismo;
• a industrial: com a gama de processos que passaram a ser
automatizados e robotizados;
• a de engenharia: possibilitando mais segurança às construções de máquinas e
edificações complexas;
• a de telecomunicações: com a possibilidade da comunicação por intermédio de
aparelhos celulares;
• a da medicina: com a precisão dos resultados dos diagnósticos de doenças antes
não detectadas em tempo hábil;
• a da área aeroespacial: com a criação do ônibus espacial,
possibilitando levar pessoas e experimentos à órbita da Terra e seu
devido retorno. Todas essas evoluções também foram favorecidas pela informática
possibilitando o embasamento e o aprimoramento dos processos de produções e
pesquisas.
2.4. A escola e a informática O que a escola precisa fazer diante dessa realidade? Um dos principais
objetivos da escola é formar indivíduos conhecedores dessa realidade, projetando
um futuro e melhor e preparando ações que garantam as características básicas
para o perfil desse novo profissional e cidadão.
“É fundamental que a escola reflita sobre o papel do sujeito que aprende. Defendemos, não uma postura em que o aluno seja um receptor passivo de informações, mais sim, um indivíduo ativo, responsável pela sua
16 Parte da eletrônica dedicada à construção de chips e de diminutos dispositivos eletrônicos.
36
própria aprendizagem [...]” (WEISS: 1999, p. 18)
A educação deve ser voltada para o amanhã e a necessidade de se
promover alterações na educação é percebida em nossas vidas, pois hoje o que
prevalece é a empregabilidade. O profissional deve ser estimulado a resolver
problemas, agir pró- ativamente e comunicar-se de forma abrangente, cabendo à
escola, a responsabilidade de atender o aprendiz e o usuário, de forma significativa.
A ênfase deve ser dada ao aprender e não ao ensinar, porque o conhecimento
provoca mudanças e transformações. Cabe ao educador provocar perturbações,
desequilíbrios e limitar o próprio desequilíbrio por meio de situações problemas, que
sejam superadas pelos educandos. Currículo em ação, flexível, aberto e
interpretativo. Esta interpretação deve retroagir pela capacidade de auto-
organização e combinação educador e educando. O educador está sempre
aprendendo, assumindo o papel de pesquisador, sempre em processo de mudança
e de aquisição de novos estágios do saber.
A tecnologia educacional não é uma ciência, mas uma disciplina
orientada para a prática controlável e pelo método científico, a qual recebe
contribuições das teorias psicológicas da aprendizagem, das teorias da
comunicação e da teoria de sistemas.
2.5. O educador x informática educativa O sucesso na utilização da informática na educação está na
capacidade do professor perante essa realidade educacional, o qual deve estar
capacitado a ponto de perceber e saber efetuar a integração da tecnologia com a
sua proposta de ensino, descobrindo uma forma própria de utilizá-la, conforme o seu
interesse educacional, pois não existe uma forma universal para a utilização de
computadores em sala de aula.
“As tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou desejamos. Se somos pessoas abertas elas nos ajudam a ampliar a nossa comunicação, se somos fechados, ajudam a nos controlar mais. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança”. (BEHRENS: 2000, p. 27)
37
O professor deve estar aberto para as mudanças, principalmente em
relação à sua nova postura, a de facilitador e coordenador do processo de ensino-
aprendizagem, aprendendo a aprender e a lidar com essas mudanças com
dinamismo e flexibilidade. A capacidade do professor deverá envolver uma série de
vivências, como conhecimentos básicos em informática, conhecimentos
pedagógicos e a integração da tecnologia com as propostas pedagógicas.
Precisa também, conhecer as ferramentas básicas de operação do
computador num ambiente de informática, dentre essas, as do Windows, Word,
Excel, PowerPoint. Em seguida procurar encontrar a melhor maneira de incorporar o
programa aprendido, devendo colocá-la em prática, para que possa de fato observar
a dinâmica de sua sala de aula entendendo a adequação de cada estilo de
programa, a fim de que perceba o que mais se adequa as suas necessidades. Além
da utilidade pedagógica do editor de texto e da planilha eletrônica, o professor pode
utilizar tais recursos como apoio na elaboração de provas, controle de notas dos
alunos, elaboração de relatórios entre outras. Atualmente, amplia-se o uso da
Internet na educação e o professor deve estar capacitado quanto aos principais
serviços que ela oferece, como a criação de homepages. Tal capacitação deve
envolver conhecimentos sobre os softwares educacionais relacionados aos
conteúdos curriculares, porque estar num um ambiente de informática sem ter
analisado o programa a ser utilizado é o mesmo que dar uma aula sem
planejamento e sem idéia do que fazer.
É necessário também que os professores criem um canal de
comunicação entre si para que possam estar continuamente trocando informações e
experiências. Com essa atitude, os professores amenizam os receios no uso das
novas tecnologias. A comunicação é importante para o planejamento em equipe das
atividades a serem desenvolvidas no ambiente de informática. Os professores
devem saber quais os softwares disponíveis na escola e verificar com os outros
professores com quais eles estão trabalhando. O canal de comunicação mais
adotado pelas escolas se da pela realização de reuniões semanais para que os
professores discutam todas essas questões.
Os alunos também devem perceber as mudanças na utilização dessa
tecnologia. Muitos já têm conhecimentos tecnológicos, mais até que os próprios
professores. Nesse momento o professor não pode deixar se inibir, e sim assumir o
seu novo papel, o de facilitador do processo de ensino-aprendizagem. O ambiente
38
de informática educativa é ativo. Os alunos conversam entre si e entre os grupos. Os
que possuem maior conhecimento passam a ser monitores, considerando o
aprendizado coletivo e em equipe. Os alunos tornam-se expansivos, não têm receio
em errar e são hábeis em relação ao uso das ferramentas as ferramentas. O
professor deve estar pronto para lidar com a Geração Net17, a Geração Digital18 e a
Geração Rede19.
A capacitação irá minimizar a insegurança, porém esta sensação só
será superada após uma prática e com a utilização dessa ferramenta. O professor
jamais será substituído pelo computador. O que ocorre, é uma mudança de postura
em relação ao processo ensino-aprendizagem. O professor deve estar atento aos
ciclos de aprendizagem na área de informática educativa que são:
• Capacitação: momentos onde os professores assumem o papel de
aluno e por meio de outro professor, habilitado em conhecimentos
de informática educativa, aprendem os conteúdos tecnológicos e os
elos existentes entre a tecnologia e propostas pedagógicas;
• Exercitação: outro aspecto importante, é o momento em que o
professor começa a exercitar, ou seja, a ministrar aulas com o uso
dos computadores. Durante a exercitação, o professor irá deparar-
se com uma série de questionamentos e a partir daí terá uma visão
crítica para propor melhorias;
• Planejamento de novas ações: o início do processo de Implantação
de Informática Educativa não ocorre de forma integrada. Nesse
momento, o mais importante é vencer a insegurança inicial, como o
gerenciamento dos recursos físicos e lógicos dos ambientes de
Informática, entre eles, o computador não lê os discos do drive A, o
papel sempre travando o rolo da impressora, o novo programa que
a escola comprou não roda na rede, ou a Internet está instalada na
biblioteca ou na Administração da escola e não se consegue utilizá-
la para fins educacionais são algumas das inúmeras dificuldades
que poderão ser encontradas nos ambientes tecnológicos. O 17 Geração da Internet. 18 Geração de dígitos. 19 Geração que é capaz de trocar informação e compartilhar recursos.
39
professor deve relatar estas dificuldades e levando-as à
administração, a fim de que sejam providenciados os reparos
necessários.
Algumas questões podem ser resolvidas pelos próprios professores, a
partir da elaboração de normas de utilização desses ambientes, tais como:
Primeira: Apenas um professor responderá pela instalação e
configuração dos programas, evitando-se várias configurações no mesmo ambiente;
Segunda: Manter uma pessoa responsável pela manutenção dos
computadores;
Terceira: Numerar os computadores, monitores e teclados;
Quarta: Evitar o uso de disquetes desconhecidos, evitando-se a
contaminação por vírus, salvo respaldo que este tenha um antivírus, mas o professor
com o tempo aprenderá a lidar com tais situações.
2.6. Metodologia e informática O desenvolvimento de Projetos Educativos apoiados por
computadores visa contemplar diversas áreas do conhecimento de forma integrada
e que ultrapasse o foco disciplinar, proporcionando a formação de um conhecimento
sistêmico, onde cada disciplina passa a ser um elemento interdependentemente de
todo um sistema.
Como sugestão metodológica, segue um roteiro para construção de
projetos educativos:
• Apresentar uma breve explanação do tema proposto para o
desenvolvimento do projeto a ser elaborado pelos alunos;
• A partir de uma discussão, verificar a aceitação do tema ou, em
consenso, definir outro;
• Discutir com os alunos sobre os conhecimentos acumulados no
cotidiano e propor que cada um elabore um roteiro para o estudo e
pesquisa do tema escolhido, como consultar bibliografias;
• Promover a apresentação dos roteiros individuais e a composição
do coletivo da equipe/turma;
40
• A par desse roteiro, os alunos devem ordenar seus tópicos,
elaborar a pesquisa e desenvolver um dossiê com apresentação
dos resultados obtidos.
Para preparar suas aulas no ambiente de informática, o professor
deverá atentar para os seguintes aspectos. No planejamento das aulas devem ser
descritos o conteúdo e os objetivo a ser atingido e a estratégia utilizada para que o
mesmo seja colocado em prática, indicando o software utilizado e o critério de
avaliação, devendo ser em equipe com os demais professores, a fim de que a
aplicação da informática seja ampla e dinâmica, prevendo ainda, as práticas sociais
da informática na elaboração dos planos de aula, relacionando as ferramentas com
as mudanças sociais.
O ponto de partida é a prévia experiência do aluno e suas relações
cotidianas, enfocando atividades significativas. As aulas devem ser desafiadoras,
propondo a solução de problemas, e não mecânicas, onde o aluno repete passos e
não associa o aprendizado.
A tecnologia na educação é um processo de mudança, os professores
precisam estar abertos para incorporar essa nova realidade, porém, abre-se um
grande intervalo entre o momento da percepção da necessidade de mudar e de ter
resultados com as mudanças adotadas.
“A opção metodológica num paradigma emergente assenta-se em ações diferenciadas, como saber pensar, aprender, aprender a conviver, aprender ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e apropriar-se dos conhecimentos disponíveis e produzir conhecimentos próprios. [...]”. (BEHRENS: 2000, p. 128)
A incorporação das novas tecnologias de comunicação e informação
nos ambientes educacionais provoca um processo de mudança continuo, os quais
ocorrem rapidamente e em curtíssimo espaço de tempo. Caracterizada pela
inovação constante, a informática conduz tais mudanças, seja para uma máquina
mais potente e rápida ou para outro software mais atualizado, tornando cotidiano
este processo.
41
2.7. A Internet na área educacional Com tantas inovações tecnológicas, torna-se quase impossível não
participarmos delas, como a Internet, que rompe fronteiras e permite a comunicação
com pessoas em diferentes países e continentes.
Considerada um leque de oportunidades, é a mídia que mais cresce
em todo mundo. Hoje, mais de 100 (cem) milhões de pessoas em todo planeta têm
acesso a ela e a seus serviços, visitando museus, comprando, lendo jornais e
revistas, ouvindo músicas, assistindo a trailers, entre outras.
Tudo isto é possível ao custo de uma ligação telefônica local, evitando-
se as viagens (aéreas, terrestres, etc.), congestionamentos e estadias em hotéis,
bastando para isso, possuir um microcomputador equipado com multimídia, uma
linha telefônica e estar conectado a um provedor20. Promovendo mudanças sociais,
econômicas e culturais. A Internet é uma verdadeira Revolução Digital, que nos
coloca frente a novos paradigmas, a novas formas de produção, de novos empregos
e de novas formas de comunicação, e a escola também participa desta Revolução
Binária Digital.
“O primeiro passo é procurar de todas as formas tornar viável o acesso freqüente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias, notadamente à Internet. [...]”. (BEHRENS: 2000, p.50)
Dos serviços da Internet os que mais se destacam são: WWW, FTP,
bate-papos, correio eletrônico e as listas de discussões. O WWW (World Wide Web)
é uma grande teia que interliga mídias (textos, imagens, animações, sons e vídeos)
simultaneamente, formando um imenso hipertexto. Esse serviço é composto pelas
páginas, conhecida também por home-pages, sites ou simplesmente Web. Para
acessar a WWW é necessário possuir um programa de navegação, conhecido como
browser, entre os mais conhecidos temos o Netscape e o Internet Explorer.
Por meio dos botões disponíveis nestes programas os quais
possibilitam efetuar as viagens, visitas e pesquisas, além dos assuntos
educacionais, podemos gravar os endereços das principais páginas, imprimi-las e
consultá-las sempre que necessário. Os principais botões disponíveis nestes
programas são:
20 Empresa que comercializa acesso à Internet.
42
Avança para as páginas seguintes (este botão só efetuará a sua ação
caso já tenha sido percorrido outras páginas e tenha retornado a alguma
situação anterior;
Volta para as páginas já percorridas;
Cancela a procura por algum site;
Volta à página principal, conforme configuração do navegador;
Imprime o site acessado;
Armazena os endereços das páginas sugeridas.
As páginas da WWW podem ser utilizadas como fonte de pesquisa,
bastando para isso, selecionar o texto, copiá-lo e colá-lo dentro de um arquivo. Outra
opção disponível é: clicar em Arquivo, e salvar do Navegador. Após esses
procedimentos, o arquivo poderá ser alterado sempre que necessário. Na Internet
também há a Lei dos Direitos Autorais, sendo importante, que a cada pesquisa
realizada, a fonte seja mencionada.
A partir da versão do Microsoft Office 97, todos os seus aplicativos,
softwares (Word, Excel, PowerPoint, Access) dispõem da Barra de Ferramentas da
Web, sendo possível acessar a Internet. As páginas da WWW possuem endereços
com URL – Uniform Resource Locator, compostos da seguinte forma: computador a
ser conectado (www.iconet.com.br), método de leitura da página (http://), pasta
dentro do computador conectado (sanmya).
Existem inúmeros sites desenvolvidos para facilitar e estimular a
pesquisa e as atividades escolares, entre eles:
• http://www.estudioweb.com.br:
Site por área de estudo para o ensino
fundamental, com listas de discussão
para educadores;
43
• http://www.educacional.com.br:
Site usado para pesquisas por
disciplinas, links para bibliotecas de
softwares educacionais e sites para
vestibular;
• http://www.pesquisaescolar.com.br
• http://www.escolanet.com.br:
Site usado para estudos, por temas,
trabalhos dos alunos e sala dos
professores; • http://www.bibirrt.futuro.usp.br/index.html • http://www.matema.futuro.usp.br • http://www.celeirodeprojetos.com.br • http://www.darwin.futuro.usp.br
Com o auxílio e utilização de programas de multimídia, alunos e
professores são estimulados para a pesquisa na Internet, desde a pesquisa aberta,
onde o aluno escolhe o tema e o lugar até a pesquisa dirigida, enfocando endereço
e sites determinados.
“A Internet é uma mídia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta quando o professor cria um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. [...]”. (BEHRENS: 2000, p. 53)
A FTP – File Transfer Procol, é o serviço que possibilita o envio
(upload) e o recebimento (dowload) de arquivos pela Internet, bem como copiar
programas ali disponibilizados. Com a evolução dos browsers, na maioria das vezes,
a captura de arquivos é possível de ser realizada a partir da própria WWW, bastando
que o usuário clique no arquivo a ser recebido (download)
Dentre os endereços de sites que disponibilizam programas,
softwares, gratuitos estão:
44
• http://www.malhatlantica.pt/cantinho/software/index.htm:
Oferece softwares de química, arte, astronomia, pintura,
matemática, corpo humano;
• http://www.elogica.com.br/usersalbfilho/linksbr.htm: Oferece
diversos softwares em português
Os serviços de FTP, envio e recebimento de arquivos ocorrem a partir
da utilização dos programas de correio eletrônico.
O chart (bate-papo) é um dos meios de comunicação na Internet que
ocorre de forma imediata entre o emissor e o receptor, necessitando para isto, o
acesso simultâneo na sala em questão. São vários os serviços e salas disponíveis e
com temas diversos, tais como: esporte, paquera, erotismo, etc.
A utilização do chart, possibilita a conexão de escolas de todo o país e
exterior, podendo promover discussões sobre temas diversos ao tempo. Além das
salas de chart, disponíveis na WWW, existem programas específicos de bate-papo,
como o IRC – Internet Real Chart, sendo o mais conhecido e utilizado o MIRC, que
permite comunicação rápida e seus usuários podem acessar diversos canais
simultaneamente. Outro serviço de chart que se destaca, é o ICQ, que além do bate-
papo, disponibiliza serviços de e-mail, ou correio eletrônico, que semelhante ao
convencional, o emissor escreve, define o endereço do receptor e o envia. Os
programas mais conhecidos de correio eletrônico são: Eudora, Outlook e o
Netscape mail.
O formato de uma correspondência eletrônica possui os seguintes
campos:
• From: endereço do remetente;
• To: endereço do destinatário;
• Subject: título ou assunto da mensagem a ser enviada;
• CCO: endereço para ser enviada a cópia do carbono oculto;
• Attach: arquivo anexo à mensagem;
• CC: endereço para ser enviada a cópia carbono;
• Message: local disponível para a redação da mensagem a ser
enviada.
45
Já o formato da tela do correio eletrônico variar de acordo com o
programa utilizado e a sua versão. O educador pode ensinar a seus alunos, regras
de boas maneiras, conhecidas como netiquetas:
1ª - não é necessário o uso de acentos nas palavras e nem acrescentar
o cedilha;
2ª - É comum o uso de abreviaturas, tais como: vc (você), tb (também),
eh (é);
3º - Evita-se o uso de letras maiúsculas, pois isso significa estar
gritando;
4ª - Necessitando expressar algum sentimento, recorre-se aos
emoctions icons, símbolos que expressam emoções do tipo: felicidade,
tristeza, gargalhadas, sorrisos, entre outras.
Os endereços eletrônicos conhecidos como e-mail são obtidos no
momento em que nos tornamos assinantes de um provedor. Ex:
nome/[email protected], onde o nome significa o nome/codinome do
usuário; provedor significa o endereço do computador onde está cadastrado o nome
e o codinome do usuário.
Nota-se que a Informática além de agilizar e racionalizar as diversas
atividades realizadas pelo homem tem modificado a forma de comunicação e de
linguagem na sociedade. Com os serviços da Internet, pode-se obter ganhos
pedagógicos, tanto para o ensino presencial como a distância, cabendo ao
professor, diante da realidade, procurar sempre estimular o senso crítico do aluno,
sugerindo-se que a escola crie um projeto utilizando a Internet.
Os alunos que acessarem estas salas devem estar devidamente
orientados para atentos às mensagens enviadas, por não saberem quem são as
pessoas que estão do outro lado, pois os internautas (usuários da Internet) utilizam-
se de nicknames, apelidos.
2.8. As instituições e a educação a distância Nesta modalidade de ensino existem dois tipos de instituições. A
Instituição Especializada (sigle-mode) e as Instituições Integradas (dual-mode), a
primeira se dedica exclusivamente ao ensino a distância, como é o caso do Instituto
46
Universal Brasileiro. A segunda envolve uma rede de Instituições que podem ser
públicas ou privadas.
A essas duas categorias já estabelecidas, acrescenta-se um terceiro
tipo que se organiza sob a forma de associação, rede ou consórcio como exemplo a
UVB. Essas instituições educacionais atuam na área do ensino a distância no
sentido de cooperação institucional e intercâmbio científico. Nesta modalidade de ensino observa-se a assimetria quanto a
flexibilidade entre as dimensões de espaço e tempo, bem como a autonomia do
estudante quanto ao lugar de seus estudos e a quase absoluta separação do
professor (no sentido presencial), porém sofre ausência total em relação as
questões de prazos e escolha de currículos.
2.9. O novo papel do professor O professor passa a ser parceiro, porque a aprendizagem aberta e
autônoma da educação do futuro busca no processo de construção do
conhecimento.
“A formação inicial de professores tem pois, que prepará-lo para a inovação tecnológica e suas conseqüência pedagógicas e também para a formação continuada, numa perspectiva de formação ao longo da vida”. (BELLONI: 1999, p. 83)
As funções do professor são:
• o professor formador: que orienta o estudo e aprendizagem, dá
apoio psicossocial ao estudante, ensinando-o a pesquisar e a
processar a informações;
• o professor conceptor: e realizador de cursos e materiais, prepara
os planos de estudo, curricular, programas e conteúdo;
• professor pesquisador: elabora pesquisas e atualiza-se em sua
disciplina específica refletindo sobre a sua prática;
• professor tutor: orienta o aluno em seus estudos;
O tecnólogo educacional (designer ou pedagogo especialista em novas
tecnologias) é responsável pela organização pedagógica dos conteúdos, sua função
é assegurar a qualidade pedagógica. O monitor é muito importante em certos tipos
47
específicos de ensino a distância, como aquelas de exploração de matérias em
grupos de estudo. São estudantes mais autônomos, logo a aprendizagem é centrada no
aprendiz. Segundo BELLONI, muitos estudantes tendem a realizar uma
aprendizagem passiva, dirigindo pacotes instrucionais.
Embora não possa ser generalizada, esta imagem é um retrato
revelador de uma determinada visão do ensino a distância, como algo marginal
socialmente e pior que isso, tal visão pode se transformar, no bojo das mudanças
sociais. porque o conceito de aprendiz autônomo ou independente ainda é
embrionário. A principal característica da informática é a sua interatividade, que é
técnica significando a possibilidade do usuário interagir com a máquina. No conceito
sociológico de interação, é uma ação recíproca entre dois ou mais atores.
Problematizando o conceito de interatividade, mesmo sentado diante
de uma televisão com controle remoto, o telespectador decodifica, interpreta,
participa e mobiliza seus referenciais culturais e psicológicos e de modo diferente.
As técnicas de interação medializada criadas pelas redes telemáticas são os e-mail,
listas e grupos de discussão, webs, sites entre outros que apresentam as vantagens
de combinar a flexibilidade da interação humana, com a independência no tempo e
do estado. Porém, na maioria dos casos estas técnicas não são usadas por serem
caras e por isso pouco acessíveis aos estudantes.
48
Capítulo III – Uma análise avaliativa do que se observou em coleta de dados sobre
o UVB, sua atuação no processo de ensino/aprendizagem na construção do
conhecimento.
3.1. Os funcionários e suas concepções
As concepções básicas dos funcionários e o corpo técnico em relação
a UVB – Universidade Virtual Brasileira e a educação à distância foram obtidas
através das questões do questionário aplicado, das quais quatro foram selecionadas
para análise.
1. Quando perguntamos como eles definem a UVB, estes revelaram: “Tudo sempre é interessante quando é nosso, além disso, mudar é fundamental” (professor tutor de língua portuguesa).
“A rede brasileira de educação à distância que vem para inovar em metodologia, tecnologia aplicadas na EAD, além de promover aperfeiçoamento e melhoria de qualidade do ensino interinstitucional buscando o desenvolvimento da pesquisa” (coordenadora pedagógica da UVB).
2. Quando perguntamos que tipo de capacitação a UVB proporcionou, eles
responderam: “Conhecer o desenvolvimento dos cursos, seus processo de ação e avaliação” (professor tutor de língua portuguesa)
Participamos do curso de preparação e formação para professores, autores e tutores; curso este que dá um embasamento para a construção de uma disciplina, curso on-line” (coordenadora pedagógica da UVB).
3. Perguntamos o que o levou a tutor da UVB/NEAD, ele revelou: “A possibilidade de rever questões de linguagem nessa nova forma de trabalho” (professor tutor de língua portuguesa).
4. Quando perguntamos das insatisfações que estão envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem, estes revelam: “Algumas questões de operar o(s) programa(s), acessar algumas ferramentas é o que tenho percebido. Além disso, questões relacionadas à leitura” (professor tutor de língua portuguesa).
“Por não fazer parte, isto é, não estar diretamente ligado ao processo ensino-aprendizagem, pois trabalho apenas com a parte técnico e administrativa, infelizmente, não posso relatar insatisfações quanto ao mesmo” (monitora da UVB).
49
“Ainda estamos aplicando questionários onde nossos cursos on-line para detectar problemas, insatisfações, etc.... Por isso, não há como responder este questionamento no momento” (Instrutora designer).
3.2. Análise dos questionários aplicados e das quatro questões citadas
Verificamos que os envolvidos nesta pesquisa pensam que a UVB seja
uma forma nova e interessante de ensino superior, que com o passar do tempo as
pessoas terão maior credibilidade no ensino-aprendizagem.
Para que aconteça esta credibilidade no ensino a distância o corpo
técnico da UVB passou por uma série de cursos de capacitação, como os on-line e
seu funcionamento, a fim de que os tutores revendo as novas formas de linguagem
neste tipo de trabalho.
Constatou-se, através de relatos referentes às insatisfações no
processo de ensino-aprendizagem, não haverem, ainda, dados revelando qualquer
uma, salvo um dos sujeitos que, salientando a questão do uso das ferramentas e a
forma de operar e acessar alguns programas.
Apesar das dificuldades que a UVB enfrenta em relação a
credibilidade, esta se prepara para realizar o seu primeiro processo seletivo
(vestibular), além de aumentar seu quadro de cursos de extensão. Existem 18
(dezoito) cursos em desenvolvimento, além de uma série de informações que podem
ser acessadas por aqueles que entrarem na página da UVB. O caminho pode ser
através do site da UNAMA-NEAD-UVB. A coordenação pedagógica do NEAD –
UNAMA salientou que existem cursos gratuitos, oferecidos pela UVB, com o intuito
de que os alunos se inscrevam e participem, e que sua avaliação sobre o curso
propicie o rompimento do preconceito em relação ao ensino a distância. Todos os
cursos, inclusive os gratuitos, desde que cumpridos pelo educando possuem
certificado. Este é o grande desafio: Mobilizar para os educandos conheçam a UVB,
objetivo dos sujeitos envolvidos no NEAD, que trabalham com determinação e
seriedade para que isso ocorra.
3.3. Análise das demais questões
3.3.1. Tempo da UVB A UVB - Unama está em funcionamento a dez meses, trabalhando com
um planejamento estruturado, garante uma rotina agradável. A equipe é consciente
50
de que o trabalho no NEAD-UNAMA – UVB é voltado para os resultados e sabem
(segundo relatado) o que querem, existindo o comprometimento de todos para que
se alcance resultados positivos.
3.3.2. Avaliação Relataram alguns sujeitos da pesquisa, que:
A) devido ao pouco tempo, os resultados até agora obtidos foram
positivos, com grande atenção ao ambiente virtual de aprendizagem
e a metodologia;
B) faltam alguns ajustes, os quais serão providenciados no decorrer do
processo;
C) é um processo de transmissão, construção e reconstrução do
conhecimento e da formação de cidadãos competentes e
conscientes;
D) honestamente, ainda não sei definir o que é a UVB, mais sinto que
é esplendoroso fazer parte dela.
3.3.3. Grau de responsabilidade As respostas dos sujeitos foram:
A) nos cursos da UVB, o tutor é o responsável pelo todo, isto é,
conteúdo, plano de aula, avaliação e acompanhamento do curso;
B) para conhecer meus alunos utilizo o questionário de caracterização
do perfil e os estimulando-os a desenvolver suas dificuldades.
3.3.4. Auxílio tecnológico Os tutores, sujeitos, revelaram que:
A) esse auxílio é feito pelos monitores, que pouco se envolvem no
auxílio aos alunos no que diz respeito a informática,
B) No que se refere a conceituação da informática na educação a
distância, existe a dicotomia que ainda impera na conceituação das
duas, parecendo difícil para um banco de dados educar alguém,
porém, a informática é um auxílio para a educação seja em
qualquer nível e modalidade de ensino.
51
3.3.5. As dificuldades A) A falta de participação de alguns inscritos no curso;
B) Várias dificuldades que precisam ser trabalhadas;
C) Na adaptação do conteúdo elaborado pelo tutor para que esteja
dentro da proposta pedagógica do NEAD, e para criar atividades
interativas.
3.4. Espaço físico O espaço físico do NEAD-UNAMA, onde funciona a UVB é composto
por cinco espaços, com um departamento, organização funcional autônoma, porém
cooperativa, conforme organograma anexo.
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS Utilizar a informática na área educacional é bem mais complexo que a
utilização de qualquer outro recurso didático até então conhecido. Por ser diferente e
em função da diversidade dos recursos disponíveis, permite a comunicação, a
pesquisa, a criação de desenhos, efetuar cálculos, simular fenômenos, dentre
outras. Nenhum outro recurso oferece tantas oportunidades, sendo exigida para
ingresso no mercado de trabalho.
Este trabalho vem justamente enfocar a Informática e a Educação: Um processo de interatividade à luz da UVB. Considerando que a informatização
das escolas é um processo lento, desde a descoberta da caneta esferográfica, os
professores resistem em aceitar as inovações e poucas foram as mudanças no
ambiente escolar, comparando-se as evoluções tecnológicas e científicas na
sociedade. Tais inovações, conduzem a escola para essa mudança, porque barrar o
acesso a tecnologia no processo ensino-aprendizagem, é omitir o contexto histórico,
sociocultural e econômico vivenciado pelos educadores e educandos.
O resultado dessa inovação ocorre lentamente, onde a questão a ser
abordada não é apenas um abandono das crenças, mas a substituição gradual por
crenças relevantes e moldados por experiências, conforme a do ensino a distância.
Nosso primeiro capítulo abordou a tecnologia junto, hoje, a uma modalidade de
ensino a distância através de uma retrospectiva da ciência e da tecnologia,
utilizando ANDERY, que defende a integração entre ambas.
Noutro tópico falou-se da sociedade e da tecnologia, enfatizando a
evolução humana e da busca do homem por meios e recursos que garantam sua
sobrevivência. Observamos como criações essencialmente humanas, a informação
e o conhecimento, como a informação e a máquina, o computador.
Este trabalho demonstra a importância da evolução do homem e a
tecnologia, por esta ser uma obra essencialmente humana, o homem a criou através
de estudos e pesquisas. Quando falamos da educação e da tecnologia, propomos
mostrar a importância desta no ensino. O educador tem que centralizar as
necessidades do aluno e a partir delas, conscientizar-se que os recursos
tecnológicos precisam ser vistos como auxílio à educação e a sociedade, para
ascensão do homem, provendo a obtenção do aprendizado contextualizado.
Constatou-se que a UVB, como modalidade de ensino a distância,
oferece qualidade na prestação de seus serviços através de uma proposta
53
educacional que busca orientar o aluno a pesquisar, a questionar e buscar os
conteúdos, filtrando-os e transformando-os em conhecimentos.
Ao incorporar as tecnologias de informação e comunicação a este
processo, a educação derruba as barreiras do Campus Universitário, eliminando
fronteiras de tempo e espaço. A satisfação é vista através das novas oportunidades
de acesso ao conhecimento para a formação e aperfeiçoamento profissional do
aluno.
Neste cenário de mudança, propiciado pela informática, o fundamental
é o capital que se pode deter, no caso o conhecimento adquirido, mesmo sendo
poucos os que conseguem transformar as informações disponíveis em
conhecimento.
Os recursos implantados no ensino pela UVB trazem o
desenvolvimento de tecnologias aplicadas à educação e à criação de projetos
colaborativos entre tutores e alunos, implantados através da criação de sistemas e
estratégias e produções de ferramentas para desenvolvimento de metodologias
pedagogicamente adequadas ao ensino a distância.
Os agentes do processo educacional desempenham novos papéis no
cenário proposto e implantado no NEAD – UNAMA/UVB, onde o aluno deixa de ser
um mero espectador e o professor não é mais o único canal de informação. As
instituições agregadas à UVB não se limitam mais ao seu espaço físico. A ênfase da
educação agora, está no acompanhamento do percurso de aprendizagem do aluno,
feito por professores que organizam os conteúdos, as atividades de aprendizagem e
fazem a mediação em direção ao conhecimento, verifica-se, pela organização das
páginas (site) de cada curso, que o aluno é estimulado a contribuir suas próprias
respostas.
Acredita-se que para se avançar nas práticas educativas inclusivas é
preciso rever a EAD como estratégia de ensino voltada para a aprendizagem do
aluno constituída a partir do cotidiano dessas mesmas práticas educativas, criando
redes colaborativas de aprendizado em relação ao funcionamento funciona da UVB
(Universidade Virtual Brasileira).
Dentro do segundo capítulo, situando a educação a distância e a sua
relação com o processo de globalização com a sociedade da Informação, procurou-
se mostrar as relações entre as novas tecnologias da informação e da comunicação,
como a Internet a as possibilidades do fazer didático.
54
As informações colhidas através dos questionários aplicados com
tutores, coordenador pedagógico, superintendente, equipe de web designer e
monitores do NEAD –UNAMA/UVB, revelou a união da equipe e a vontade deste de
vencer os obstáculos com a determinação de uma implantação que dura 10 meses,
contando com apoio estrutural, físico e bastante organizado.
Um dado importante, abordado na questão de número 5 do
questionário específico para tutores, sobre a importância da informação virtual a
exemplo da Internet no seu dia-a-dia enquanto professor de uma modalidade de
ensino a distância como é a NEAD/UVB. O sujeito respondeu: “Uso muito pouco. Na
realidade, procuro mais os livros, no modelo tradicional”.
Com essa resposta chegou-se ao ponto crucial, a resistência subjetiva,
constatando que poucos educadores percebem que o ponto de partida de qualquer
mudança inicia-se num processo interno de sensibilidade para uma nova realidade,
sendo necessário a formação de um novo homem. O perfil do novo profissional não
é mais especialista, importando o saber lidar com diferentes situações, resolver
problemas imprevistos, ser flexível, multifuncional e estar sempre aprendendo.
Aprender significa romper constantemente, para que possamos nos
posicionar como seres autônomos e transformadores diante do ecossistema no qual
estamos inseridos.
Dentro do NEAD a UVB tem um ambiente virtual de aprendizagem,
esta solução produziu um software que incorpora os hábitos de navegação dos
usuários da Internet. A interface foi desenvolvida pensando no bem estar e na
melhor forma de ensinar, possuindo diferenças como: flexibilidade, interface
amigável, materiais de apoio, inteligência interinstitucional, redução de custos,
parcerias estratégicas.
Constatou-se que segundo a UVB e o NEAD, o conhecimento é o
resultado de uma construção, e quanto mais se conhece maior a necessidade de
continuar a construindo, cabendo aos educadores, assumirem ao riscos de novas
experiências revendo suas crenças enquanto facilitadores dos ambiente de
aprendizagem a distância.
A interatividade é o poder de estimular os educandos e educadores.
Vamos fazer uso da interface para o bem estar e na melhoria da interação,
contribuindo para a aprendizagem aberta para uma educação ao longo da vida, que
emancipe o educando e o encaminhe para a uma mudança sem sair do lugar.
55
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58
A N E X O S
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1. MODELO DE GUIA UTILIZADO PARA COLETA DE DADOS
Guia utilizado para as entrevistas, gravadas e analisadas pelas alunas do 4º ano de Pedagogia e sua orientadora do TCC, Maria de Jesus. Esse sclip, serviu tanto para as entrevistas realizadas com os professores, como com os secretários, profissionais de apoio entre outros.
Bom dia, boa tarde, boa noite, meu nome é Carolina Franco, sou aluna do 4º ano de Pedagogia, da Universidade da Amazônia – UNAMA e estou fazendo meu TCC, juntamente com uma amiga Waléria Alves, orientada pela professora Maria de Jesus, cujo tema é: A informática e a educação – um processo de interatividade à luz da UVB: Universidade Virtual Brasileira e gostaríamos de contar com a sua atenção para responder algumas questões indispensáveis para o nosso trabalho.
1. Para que possamos nos conhecer, como se chama? Qual a função que exerce
na UVB?
2. Qual seu cargo na UVB como você o desenvolve e a quanto tempo?
3. Desenvolvendo esta atividade ao longo desse tempo você já fez uma avaliação dos resultados?
4. Como você define a UVB?
5. No cargo em que você exerce que tipo de capacitação a UVB já proporcionou a
você?
6. Observando a vivência aqui no seu dia-a-dia crie um conceito através de uma frase sobre a UVB.
Para os professores, algumas perguntas específicas:
1. Como tutor que tipo de capacitação você recebeu para trabalhar na NEAD/UVB?
2. Como se divide o curso da NEAD/UVB? Você tutor fica responsável pelo curso completo ou só por alguns conteúdos?
3. que levou você a ser tutor da NEAD/UVB?
4. Com o objetivo de dinamizar e interagir no processo ensino/aprendizagem, como você procede para conhecer melhor o seu aluno?
5. Qual a importância da informação virtual, a exemplo da INTERNET, no seu dia-a-
dia, enquanto professor de uma modalidade de ensino a distância como é a NEAD/UVB?
6. Você auxilia seus alunos, com respeito a informática, ou a maioria já tem pleno
conhecimento?
7. Qual o papel da NEAD/UVB, transferindo a você professor, no que diz respeito à avaliação da participação, da construção do conhecimento visto que a observação dia-a-dia como opção didática para esta avaliação não acontece?
8. Você pode conceituar o que é Informática e Educação a Distância, fazendo
algum paralelo entre as duas?
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Questões utilizadas para análise Identificação: Idade: Profissão:
1. Qual o seu papel na UVB?
2. Ocorrem dificuldades nos objetivos propostos no curso no que diz respeito a
prática?
3. Quais as maiores dificuldades enfrentadas por vocês no decorrer do curso?
4. Quais as insatisfações que hoje apresentam os envolvidos no processo ensino-aprendizagem da UVB?
Obs.: Não foi possível gravar em disquete o anexo n. 2 (organograma) e n. 3 (fotos), pois os mesmos ocupam mais espaço do que o disponível.