a inserÇÃo do tecnÓlogo em estÉtica e imagem...
TRANSCRIPT
1
A INSERÇÃO DO TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E IMAGEM PESSOAL NO
MERCADO DE TRABALHO - BASEADO NA MATRIZ CURRICULAR DA UTP
Bruna de Fatima Rodrigues¹, Fernanda Quaresma².
1 - Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti
do Paraná (Curitiba, PR);
2 - Orientadora: Profª. Msc. do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da
Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR);
Endereço para correspondência: Bruna de Fatima Rodrigues, [email protected]
_______________________________________________________________
RESUMO: Atualmente a área da Estética vem se destacando pela sua popularização,
aumentando a procura por serviços específicos destinados à promoção, recuperação e
manutenção da saúde da pele, corpo, face, couro cabeludo e anexos. A necessidade
de cursos específicos na área tornou-se algo fundamental e as instituições de ensino
preocupadas com a inovação profissional e tecnológica começaram a ofertar o curso
tecnólogo em Estética. Por se tratar de uma área considerada nova no meio
acadêmico, verificou-se a necessidade de realizar uma pesquisa com egressos a fim
de descrever melhor a função do Tecnólogo em Estética no mercado de trabalho,
assim como destacar quais as possibilidades de atuação e suas dificuldades.
Palavras-chave: Tecnólogo em Estética, mercado de trabalho da estética.
_______________________________________________________________
ABSTRACT: Currently the area of aesthetics has been highlighted for its
popularization, increasing the demand for specific services aimed at promoting,
restoring and maintaining the health of skin, body, face, scalp and leather attachments.
The need for specific courses in the area has become something fundamental and
institutions concerned with vocational education and technological innovation began to
offer the course in Aesthetic technologist. Because it is considered a new area in
academia, there is a need to conduct a survey of graduates in order to better describe
the function of Esthetics Technologist in the labor market and highlight the possibilities
of action and their difficulties.
Keywords: Technology in Aesthetic, aesthetic labor Market.
_______________________________________________________________
2
1. INTRODUÇÃO
Atualmente no Brasil o mercado de beleza e estética é considerado um
dos mais promissores e altamente competitivos, pois nos últimos anos os
consumidores mudaram seus hábitos de consumo e esse tipo de serviço
passou a ser algo necessário. A área da estética ocupa-se com procedimentos
destinados à promoção, recuperação e manutenção da saúde da pele, corpo,
face, couro cabeludo e anexos, dessa forma valorizando a imagem pessoal
como um todo, sendo fator de elevação da autoestima, saúde integral e
qualidade de vida. 1,2
Perante o crescimento das atividades estéticas e as novas perspectivas
que se caracterizam no decorrer das últimas décadas, os profissionais devem
procurar aprimoramento, a partir de treinamentos teóricos e práticos para
melhorar seus conhecimentos, especializações através de cursos, seminários e
congressos nacionais e internacionais, para que possa exercer suas atividades
profissionais de maneira segura. O mercado da estética é muito amplo, e as
exigências também, então o profissional tem que estar preparado para atuar
mediante qualquer desafio, mantendo a sua conduta e ética. 3
O curso superior tecnólogo em estética e imagem pessoal prepara o
profissional possibilitando uma formação ampla, atuando hoje de forma
primordial na área da saúde preventiva, concedendo um desempenho com
conhecimentos técnico-científicos, capacidade crítica, reflexiva e intelectual,
tornando possível a inserção do tecnólogo em estética nos campos
profissionais da área da saúde. 4
Dentro deste entendimento, esta discussão se justifica diante da
diversidade de áreas de atuação nas quais estes profissionais podem atuar,
buscando entender melhor essa profissão. O objetivo desse estudo é realizar
uma análise crítica a inserção dos tecnólogos em Estética e cosmética no
mercado de trabalho, a fim de trazer informações atualizadas aos profissionais
da área ou para os interessados no assunto.
1.1. Beleza e imagem pessoal
Os cuidados com a beleza parece ser algo importante na vida das
pessoas, e nos dias atuais cultuar a beleza e juventude mostra-se como uma
tendência muito forte. Essa questão pode ser explicada por diversos fatores,
3
dentre eles: o aumento da expectativa de vida das pessoas, o ingresso da
mulher no mercado de trabalho, crescimento do mercado de embelezamento e
da indústria de cosméticos. 5
A crescente busca pela beleza tem sido incentivada pelos avanços
tecnológicos, na cosmética, biotecnologia, medicina estética, entre outros. A
necessidade de uma boa aparência é requisito para obtenção de emprego, por
exemplo, que geralmente está associada à beleza corporal, além de que
homens e mulheres buscam atributos de beleza em seus parceiros,
reafirmando a importância de se ter uma boa imagem. 6
A valorização social do belo está interligada com o bem-estar do
indivíduo e com a elevada autoestima, e a imagem pessoal pode resumir todos
os benefícios que o compreende, pois envolve vários trabalhos estéticos,
como: embelezamento corporal, facial, maquilagem, criação e execução de
estilos de cabelo, preocupação com vestuário e acessórios. 7
1.2. Estética e cosmética
A estética é uma área que estuda o belo e o sentimento que desperta
nas pessoas, sendo geralmente associado como sinônimo de beleza. A
constante preocupação com a aparência vem de séculos, com padrões
impostos pela mídia, busca por juventude e procura por tecnologias que
possam oferecer a aparência perfeita, aumentando a demanda de produtos
cosméticos e tratamentos. 3
A estética no Brasil mostra-se bastante presente em todas as classes,
idades e gêneros, a procura por cuidados com o corpo geralmente está ligado
a aspectos sociais, fatores que podem gerar autoconfiança, como o aumento
de consumo de cosméticos. O Brasil ocupa a terceira posição no ranking
mundial de consumo de cosméticos perdendo apenas para os Estados Unidos
e Japão, segundo relatório da Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as vendas do setor saltaram de
R$4,9 bilhões em 1994 para R$17,5 bilhões em 2006. Na indústria da beleza
há uma alta capacidade de se gerar empregos, no final de 2004, por exemplo,
54 mil trabalhadores estavam contratados pelo setor de perfumaria, produtos
de higiene pessoal e setor de cosméticos.8,9
4
Nos últimos anos foi possível comprovar que cada vez mais as pessoas
buscam na estética consequências que elevem seu bem estar e auto estima. A
busca pela beleza, estética e cuidados com o corpo deixou de ser considerada
uma vaidade, passando a ser prioridade para o ser humano, virou questão de
saúde, geração de empregos, além de melhorar a auto estima. 3,10
1.3. Curso Tecnólogo
O curso Tecnólogo é a forma de ensino profissional que foi estruturado
na década de 90, em que houve uma reorganização do ensino no país,
orientada pela Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional – LDBEN,
aprovada em 1996 (Lei 9394, de 20 de dezembro), juntamente com uma série
de decretos federais e portarias do Ministério da Educação, contando com
pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação. Os Cursos
Superiores de Tecnologia são destinados aos egressos do ensino médio e
técnico, como o próprio nome indica constitui uma modalidade de ensino
superior e aos que concluem concede diploma de Tecnólogo, tal profissional
tem a possibilidade de continuar os estudos através de especializações (lato
sensu) e pós-graduação (stricto sensu). (art.3o. e 10o. do Dec.2.208/97). 11,12
O curso tem duração média de 1.600 horas a 2.400 horas dependendo
do curso (Parecer no. 436/ 2001 CNE/CES), possui esse formato diferenciado
justamente para responder a demanda por preparação, aprimoramento e
formação profissional, tendo em vista a crescente realidade do mundo
produtivo, que nem sempre pode esperar por formação de 4 anos ou mais. 11,12
1.4. Surgimento do Curso Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal –
UTP
A procura pela área de medicina estética cresce a cada dia e esse
crescimento reflete no setor estético e cosmecêutico, que pode ser verificado
pelo crescente número de salões, clínicas de beleza, estética e do
desenvolvimento da indústria de cosméticos. Preocupada com a inovação
tecnológica e profissional a Universidade Tuiuti do Paraná verificou a
necessidade de criar um curso voltado para essa área, pois apesar de ser um
campo em expansão, os profissionais da área apresentavam-se carentes de
5
formação técnico-científica. 13
O Curso Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal da Universidade
Tuiuti do Paraná, surgiu em fevereiro de 2006 ofertando 50 vagas para o
período noturno, a duração total do curso era de dois anos e meio. ³
Por ser um curso novo de graduação, qualquer Instituição de ensino
precisa de uma autorização do Ministério da Educação para oferta-lo, exceto as
Universidades e Centros Universitários, que por si próprios possuem essa
autonomia. É preciso também informar à Secretaria competente sobre os
cursos recém-ofertados, para fins de avaliação, supervisão e posterior
reconhecimento. (Art. 28, §2º do Decreto nº 5773, de 9 de maio de 2006). Após
o curso de graduação ter 50% da sua carga horária completada, a Instituição
de ensino pode solicitar o reconhecimento do curso - que é uma condição
necessária para a validade nacional dos diplomas.14
1.5. Evolução do Curso Tecnólogo em Estética e Imagem Pessoal –
UTP
No ano de 2013, o Curso Superior de Tecnologia em Estética e Imagem
Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná passa a denominar-se Estética e
Cosmética, tecnológico, entrando em vigor a partir da data de publicação.
(Portaria n° 238, de 27 maio de 2013).15
O profissional é capacitado para exercer funções na área da estética e
beleza, sua formação é de um profissional com preparo para identificação de
problemas, pensamento crítico, trabalho de equipe multidisciplinar e integração
de conhecimento conforme suas habilidades e competências. A estrutura
curricular traz essa capacitação técnico-científica, aliando-se a outros cursos,
como de Fisioterapia, Farmácia, Moda, Nutrição, Psicologia, Marketing e
Administração. Entre as atribuições aprendidas no curso as principais pode-se
citar:
I) interpretação de formulação, conhecendo a composição e apresentação
farmacêutica e cosmética;
II) Habilidade na aplicação da forma farmacêutica cosmética por meio de
técnicas apropriadas que assegurem melhor absorção e efeito do produto;
III) Ser capaz de elaborar plano de tratamento cosmético individualmente para
cada cliente na forma de protocolos de cabine e de manutenção;
6
IV) Ter conhecimento e planejamento de biossegurança;
V) Saber escolher técnicas de maquilagem para fins estéticos e também para
correção de deformidades e imperfeições da pele;
VI) Gerir e organizar serviços de beleza com visão empreendedora e
estratégica;
VII) Relacionar os conceitos de estética e beleza com as tendências da moda;
VIII) Ter conhecimento das normas de etiqueta social;
IX) Ter conhecimentos no ambiente de trabalho de ergonomia, favorecendo
segurança dos aparelhos, estabilidade dos produtos e principalmente conforto
ao cliente.
X) Executar com eficiência procedimentos estéticos para: face, corpo, anexos
cutâneos e saúde capilar. 13
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Neste estudo, de natureza documental e exploratória as fontes usadas
foram os documentos oficiais tais como leis, resoluções e planos de ensino do
curso de Tecnologia em Estética e Cosmética. Iniciou-se com uma revisão de
literatura, na busca de um nível de abrangência que possibilitasse destacar as
categorias centrais do estudo, através de artigos científicos e sites disponíveis
na internet. Em um segundo momento, como instrumento de coleta de dados,
utilizou-se um questionário estruturado, com 12 questões. Os indivíduos
participantes foram ex-alunos de estética da Universidade Tuiuti do Paraná
esclarecido quanto aos objetivos da pesquisa, e aqueles que concordaram em
participar, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Esta
pesquisa está em conformidade com a Resolução 196/96, do Conselho
Nacional da Saúde, que estabelece as normas para pesquisas envolvendo
seres humanos. 17,18
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram entrevistadas trinta Tecnólogas em Estética, com idades entre 21
a 53 anos, graduadas entre 2009 a 2013. O curso Tecnólogo em Estética para
mais de 80% das entrevistadas foi à primeira graduação, questionando se o
curso superou as expectativas dessas ex-alunas a resposta foi a seguinte:
7
Figura I – Gráfico setorial da expectativa dos acadêmicos com o curso:
Fonte: Elaborada pelo autor
Das entrevistadas 67% responderam estar satisfeitas com o curso,
superando as suas expectativas, já 33% disseram que não. As respostas
também foram justificadas tendo a chance de avaliar os pontos positivos e
negativos, conforme quadro abaixo:
Quadro I:
Pontos positivos Pontos negativos
- grade curricular bem elaborada e
abrangente;
- a falta de professores específicos na
área;
- várias áreas de atuação que o
tecnólogo pode escolher;
- carência de aparelhos nas aulas
práticas;
- matérias além da área da estética e
beleza, como: empreendedorismo,
psicologia, ética, farmacologia;
- a necessidade de fazer cursos extras
como preparação para o mercado de
trabalho;
Fonte: Elaborada pelo autor
O curso Tecnólogo em Estética da Universidade Tuiuti do Paraná, veio
suprir a necessidade desses profissionais para uma formação de ensino
superior, trazendo disciplinas além do necessário para um profissional da área,
podendo este abrir seu próprio negócio, trabalhar em diversos segmentos e
escolher a sua especialização.
As formações acadêmicas em geral capacitam o profissional a se inserir
no mercado de trabalho, atribuindo todos os conhecimentos necessários,
8
porém não capacita todos como excelentes especialistas assim que sai da
Universidade, essa é apenas uma etapa a ser alcançada, é preciso adquirir
experiência e continuar em busca de conhecimento se quiser se destacar e
conseguir valorização profissional.
Em relação à inserção desses acadêmicos no mercado de
trabalho foi questionado se houve dificuldades, através dos dados levantados
pode-se observar que: 72% das entrevistadas disseram que não houve
dificuldade em relação à inserção no mercado de trabalho, 28% responderam
de forma afirmativa, conforme pode-se observar na figura II.
Figura II : Gráfico setorial sobre a inserção do tecnólogo em estética no
mercado de trabalho.
Fonte: Elaborada pelo autor
Ressalta-se que, apesar de mais da metade das entrevistadas
responderem que a inserção não foi difícil, houve justificativas relacionando
outros quesitos importantes em relação ao mercado de trabalho.
Um dos mais comentados é o fato da profissão não ter regulamentação,
apesar de existir um projeto de lei (n°959/2003) que visa regulamentar as
profissões de Técnico e Tecnólogo em Estética, ele ainda encontra-se em
trâmite no Congresso Nacional. 16
9
Outras questões abordadas podem ser verificadas no quadro abaixo:
Quadro II :
Pontos positivos Pontos negativos
- o curso oferece uma boa base para
atuar em diversas áreas da estética,
sendo fácil a sua inserção no mercado
de trabalho;
- a maioria dos empregos não
oferecem garantias e/ou benefícios,
somente porcentagens em cima dos
trabalhos realizados;
- muitas conseguiram atuar na área já
no começo do curso;
- A falta de valorização do tecnólogo
em relação a outros profissionais;
- maior oferta de trabalho; - baixa remuneração;
Fonte: Elaborada pelo autor
Em relação à remuneração das tecnólogas em estética, foi questionada
a faixa salarial aproximada, lembrando que na maioria dos casos (54%) o
vínculo empregatício era autônomo, variando bastante o salário. As com
carteira assinada totalizaram 31%, as donas do próprio negócio 12%, e em
contrato temporário 3%. A faixa salarial predominante foi entre R$ 1.000 a R$
2.500, conforme pode ser visualizado na figura III.
Figura III: Histograma baseado na faixa salarial dos profissionais Tecnólogos
em Estética.
Fonte: Elaborada pelo autor
Sobre a profissão em si, foi perguntado se as ex-alunas estavam
satisfeitas com o mercado de trabalho, justificando a resposta positivamente ou
negativamente foi analisado que:
10
Figura IV: Gráfico setorial de satisfação com o mercado de trabalho.
Fonte: Elaborada pelo autor
A figura IV mostra que 57% dos Tecnólogos não estão satisfeitas com o
mercado de trabalho, e 43% estão, elas puderam justificar a resposta e
novamente a questão mais comentada foi da não valorização profissional, e da
profissão não ter um conselho, trazendo outros profissionais para essa área,
tais como: fisioterapeutas, biomédicos, enfermeiros.
O fato de não ter um conselho próprio, faz com que ‘qualquer um’ atue
na área sem comprovar experiência e/ou formação específica, porém os
clientes também estão mais exigentes, podendo distinguir os diferentes
profissionais no mercado de trabalho, e o tecnólogo em estética e cosmética se
destaca por ser o especialista que dedica maior tempo de formação acadêmica
específica somente para a área, abrangendo conhecimentos além do
necessário, distinguindo-se de outros profissionais atuantes na área.
Ainda que a valorização profissional não seja vista por todos, é um
mercado que se encontra em expansão, com alta procura desses serviços
especializados, podendo o tecnólogo colocar todos seus conhecimentos em
prática buscando realização pessoal e um ótimo retorno financeiro.
O mercado de trabalho é bem amplo, variando as opções que o
tecnólogo pode escolher e as diferentes funcionalidades em relação aos locais
de atuação, conforme mostra a imagem V e VI.
11
Figura V: Gráfico setorial sobre as áreas de atuação do tecnólogo.
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura VI: Gráfico setorial locais de trabalho.
Fonte: Elaborada pelo autor
Dificilmente os tecnólogos em estética trabalhavam em um só local ou
com apenas uma área, e este foi um ponto positivo que pode ser observado
nessa pesquisa.
Em relação às opções ‘outros’ das imagens V e VI , na área de
atuação envolve subáreas específicas da estética, como maquiagem definitiva
a gerenciamento de clínica. E quanto aos locais de trabalho, inclui instituições
12
de ensino, eventos, clínicas médicas, entre outros.
Sobre a capacitação profissional foi perguntado qual era a exigência na
atualidade, se era inferior à recebida no curso tecnólogo em que se graduou
compatível ou superior:
Figura VII: Gráfico setorial exigência da capacitação profissional:
Fonte: Elaborada pelo autor
Das entrevistadas 43% responderam que a capacidade exigida é
superior à recebida no curso tecnólogo. Falando especificadamente da área da
estética a necessidade de outros cursos torna-se algo indispensável, pois se
trata de uma área em expansão, que a cada dia traz novidade para o mercado,
seja em relação a aparelhos, cosméticos, tratamentos, novas técnicas, novas
descobertas, o profissional precisa se dedicar e fazer uma busca constante por
atualização e conhecimento, a universidade em si não o capacita para toda a
vida, nem para todas as situações, pois é também através da prática que o
profissional vai colocar em ação todo seu conhecimento e aperfeiçoa-lo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados obtidos, observou-se que o mercado de
trabalho do tecnólogo em estética é muito amplo, e sua inserção considerada
fácil, pois abrange muitas opções para o profissional, podendo o mesmo
trabalhar com várias áreas ao mesmo tempo.
O fato da maior parte das profissionais serem autônomos aumenta as
13
chances da auto satisfação profissional, pois muito do que pode ser feito
depende exclusivamente do esforço desse profissional, administrando melhor
seu tempo, incluindo várias atividades, pois a capacitação necessária ele já
adquire ao longo dos três anos de formação acadêmica, podendo colocar em
prática todos os conhecimentos, conquistando o mercado de trabalho,
formando sua carteira de clientes e expandindo suas funções.
Sendo este, um estudo preliminar, outras pesquisas possibilitarão uma
melhor compreensão das variáveis estudadas, quando se poderá utilizar um
número maior de voluntárias em uma amostra mais representativa e completa,
com estudo comparado incluindo acadêmicas de outros cursos de tecnologia.
Logo essa proposta busca incentivavar novas pesquisas, que propiciem
maiores conhecimentos sobre os fatores determinantes da inserção do
tecnólogo no mercado de trabalho, já que essa é uma área considerada nova
no meio acadêmico e não há muitas pesquisas sobre o assunto.
5. REFERÊNCIAS
1. SEBRAE. Boletim do serviço brasileiro de apoio às micro e pequenas
empresas. O mercado de beleza e estética. Setembro de 2011.
2. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Educação Profissional:
referências curriculares nacionais da educação profissional de nível
técnico. Brasília, 2000.
3. SCHMITZ,S. D; LAURENTINO, L; MACHADO, M. Estética facial e
corporal: uma revisão bibliográfica. UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa
Catarina.
4. CARVALHO, Célia Regina Fernandes de. Estudo do perfil profissional e
da formação acadêmica do tecnólogo em estética: estudo de caso. 13 p.
Dissertação (Mestrado) – Fiocruz, 2006.
5. MARTINS, Lauri Tadeu Corrêa. Como montar um salão de beleza.
Brasília: Sebrae, 2011.
14
6. SHMIDTT, A; OLIVEIRA, C. O mercado da Beleza e suas consequências.
Artigo Científico – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
7. SARRAF, Zélia. Referenciais curriculares nacionais, área profissional:
Imagem Pessoal. MEC, Brasília, 2000.
8. PEREIRA, G. Patrícia. et al. Vaidade Masculina: Novo segmento de
mercado para os profissionais da estética. Balneário Camboriú, Santa
Catarina, p. 1-12.
9. BOTA, Fátima Barbosa. Atributos da Qualidade: Um Estudo Exploratório
em Serviços de Estética e Beleza. 2007. Dissertação (Mestrado em Gestão
Empresarial) – Escola Brasileira de Administração Publica e de Empresas,
Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2007
10. BORBA. Tamila J. Uma reflexão sobre a influência da estética na auto
estima, auto-motivação e bem estar do ser humano. UNIVALI, Balneário
Camboriú, Santa Catarina.
11. GOMES, G.C; OLIVEIRA L.E. Curso superior de tecnologia como
instrumento de inserção no mercado de trabalho regional: O caso do
norte Fluminense. In: XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP.
Caxambu, MG – 18 a 22 de setembro de 2006.
12. BRANDÃO, Marisa. Cursos de tecnologia: democratização do acesso
ao ensino superior. Rio de Janeiro: CEFET e UFF, 15 p.
13. UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÀ. Curso superior de Tecnologia em
Estética e Cosmética. Disponível em:
<http://www.utp.br/cursos/faccbs/Tecnologia_Estetica.asp?id=0>. Acesso em:
06 jul. 2013.
14. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Instituições Credenciadas.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=762&>. Acesso em:
15
14 set. 2013.
15. BRASIL. Portaria n° 238, de 27 maio de 2013. Diário Oficial da União.
Disponível
em:<http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=11&dat
a=28/05/2013>. Acesso em: 20 ago. 2013.
16. BRASIL. Projeto de Lei n°959/2003, de 08 de maio de 2003. Dispõem
sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de
Terapeuta Esteticista. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1
14811>. Acesso em: 20 ago. 2013. .
17. PEIXOTO. P. A. Maurício. Como apresentar os seus dados em gráficos
e tabelas. Doutor em Medicina, FM – URFJ. Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, dezembro de 2006. Disponível em:
http://pt.slideshare.net/Officina.da.Mente/como-apresentar-os-seus-dados-em-
grficos-e-tabelas. Acesso em: 05 dez 2013.
18. UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Normas técnicas: elaboração e
apresentação de trabalhos acadêmico-científicos / Universidade Tuiuti do
Paraná. – 3. ed. – Curitiba: UTP, 2012. 160 p.