“a investigação-açãona formação de professores: objetivos ... · porquê decidir fazer...
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Imagens do (Ensino) Português no Estrangeiro –
Projeto Formação Contínua EPE
Estugarda | 25 a 27 de março de 2013
“A Investigação-ação na formação de professores:
objetivos e práticas”
Maria Helena Araújo e Sá | Ana Sofia Pinho
Roteiro
1. Objetivos e potencialidades da I-A1. Objetivos e potencialidades da I-A
2. Principais características e procedimentos metodológicos
3. Práticas de I-A: um exemplo
4. Referências bibliográficas
1. Objetivos e potencialidades da I-A
� Melhorar situações sociais e educativas problemáticas;
� Impulsionar a compreensão pessoal do professor-investigador;
� Promover uma postura investigativa face à prática;
� Alargar capacidades de equacionar e resolver problemas;
� Encorajar a flexibilidade a abertura a novas situações;
Objetivos da investigação-ação:
� Encorajar a flexibilidade a abertura a novas situações;
� Fomentar o desenvolvimento de uma metapraxis e metacognição;
� Desenvolver a autonomia na formação e exercício da profissão;
� Contribuir para o desenvolvimento profissional do professor;
� Concorrer para um desenvolvimento curricular em línguas mais adequado
aos sujeitos e aos contextos, tornando-o potencialmente inovador.
Adaptado de McKernan (1996) e Moreira et al. (1999)
Potencialidades da investigação-ação:
dinâmica cíclica de
ação-reflexão
ser situada e clínica
ciclo avaliativo da
investigação-acção
ser realizada pelo próprio
professor
Multimodalida-des de
trabalho
Moreira et al. (1999)
- Aumento da compreensão do humano e do social;
- Preocupação com a melhoria da qualidade da ação
humana, da prática educativa;
- Enfoque sobre os problemas e as preocupações mais
prementes do processo educativo;
2. Principais características e procedimentos
metodológicos
- Colaboração;
- Centralidade do contexto (conduzida in-situ);
- Natureza participativa;
- Processo reflexivo e avaliativo;
- Natureza crítica e emancipatória.
Características da
I-A
McKernan (1996)
- Enfoque no estudo de casos;
- Natureza dialógica;
Dinâmica cíclica de ação-reflexão
Ciclo avaliativo da investigação-ação
Observação e monitorização da ação |
Recolha de informação/dados
Interpretação dos resultados, reflexão e avaliação
Est
ud
o d
e c
aso
(s)
McNiff (1996)| Moreira et al. (1999) | Nunan (1993)
Identificação de um problema ou
temática
Definição de questões e objetivos de investigação
Planificação da ação
Desenvolvimento da ação | Intervenção
Est
ud
o d
e c
aso
(s)
Avaliação das necessidades
O processo de recolha de dados
Observar como, recolher o quê? (que instrumentos de observação e de recolha de dados?)
Recolher evidências /
• observação direta e participante
• fontes documentais (relatórios, planos, registos
institucionais, dossiers, projetos…)
• entrevistas (individuais / grupo), narrativas, Recolher evidências /
dados de múltiplas fontes
• entrevistas (individuais / grupo), narrativas,
relatos
• questionários
• diários, reflexões do professor-observador
• notas de campo
• registos em áudio e videogravações
• registos eletrónicos (interações em fóruns,
chats, wikis…)
• artefactos (ex. didáticos)
• desenhos, fotografias….
Tratar, organizar e catalogar
(objetivos do estudo)
3. Práticas de I-A: um exemplo
Título: Poesia de Expressão Portuguesa do Século XX
O desafioComo desenvolver práticas de
Cristina Ludovico, Elizabel Vaz, Maria João Machado, Patrícia Rebelo, Paulo Duarte de Almeida
Escola Secundária de Arouca
Turmas de 10.º ano | Duração de 8 aulas
Como desenvolver práticas de
educação plurilingue e intercultural
em aulas de Português LM/Línguas
e escolarização?
Identificação do
tópico de interesse
Conceitos-chave:
� Multiculturalismo
� Interculturalidade
� Lusofonia
� Plurilinguismo
� Colonialismo / Pós-colonialismo
Avaliação das
necessidades
[ex.: Leituras / Análise do
programa / Competências
a privilegiar]
Como desenvolver um projeto didático
centrado no plurilinguismo e
multiculturalismo em aula de Língua
Portuguesa, integrando-o no programa
desta disciplina?
De que modo a consciencialização das
especificidades linguísticas e culturais das
várias variantes do Português podem
contribuir para o enriquecimento da cultura
linguística dos nossos alunos?
Foco: gestão e desenvolvimento curricular Foco: desenvolvimento plurilingue e intercultural
dos alunos
Definição de questões e
objetivos de investigação
Planificação da ação
Desenvolvimento da
ação | Intervenção
Desenvolvimento da
ação | Intervenção
Observação e monitorização da ação |
Recolha de informação/dados
Reequacionamento das estratégias
. Notas de campo
. Trabalhos dos alunos
(pesquisas, cartazes,
apresentações PowerPoint,
textos escritos…)
. Fotografias
Interpretação dos resultados, reflexão e
avaliação
Porquê decidir fazer investigação-ação no contexto do
ensino de Português Língua de Herança?
“theories that can directly support their teaching have not yet been developed” (Valdés, 1995: 308)(Valdés, 1995: 308)
“language educators need to engage in a longitudinal study of pedagogical
methodologies and outcomes to determine what works and what does not work
in the classroom instruction of heritage language speakers.” (Polinsky & Kagan, 2007: 36)
Dificuldade 1:
o espaço, o tempo e o valor
concedidos à PLH no dia-a-dia dos
alunos
Dificuldade 2:
gerir pedagogicamente a
heterogeneidade dos repertórios
linguísticos dos alunos e desenvolver
um ensino diferenciado
“Curriculum development for
HL classes
Terminology:
Top-down
Macro-approachMacro-approach
Content-based
Task-based
Project-based
Community-based”
(UCLA - StarTalk Website*)
* http://startalk.nhlrc.ucla.edu/default_startalk.aspx
4. Referências bibliográficas
• Ludovico, C., Vaz, E., Machado, M. J., Rebelo, P. & Almeida, P. D. (em preparação). Projeto “Poesia de Expressão
Portuguesa do Século XX”. In A. S. Pinho (coord.), Educação Plurilingue e Intercultural na Escola: projetos
interdisciplinares e colaborativos. Cadernos do LALE. Série Propostas. Aveiro: Universidade de Aveiro
• McKernan, J. (1996). Curriculum Action Research. A Handbook of Methods and Resources for the Reflective
Practitioner. London: Kogan Page, 2nd Ed.
• McNiff, J. et al (1996). You and your action research project. London: Routledge.
• Moreira, M. A., Vieira, F. & Marques, I. (1999). Investigação-acção e formação inicial de professores – uma experiência • Moreira, M. A., Vieira, F. & Marques, I. (1999). Investigação-acção e formação inicial de professores – uma experiência
de supervisão. Actas do I Congresso Nacional de Supervisão. Aveiro: Universidade de Aveiro. (documento policopiado)
• Nunan, D. (1993). Action research in language education. In J. Edge &K. Richards (Eds.). Teachers develop teacher
research. Oxford: Heinemann.
• Polinsky, Maria, and Olga Kagan. 2007. Heritage languages: In the 'wild' and in the classroom. Language and
Linguistics Compass 1(5), 368-395 (http://nrs.harvard.edu/urn-3:HUL.InstRepos:3382973 ).
• Valdés, Guadalupe. 1995. The Teaching of Minority Languages as 'Foreign' Languages: Pedagogical and Theoretical
Challenges. The Modern Language Journal, 79, 299-328.
Imagens do (Ensino) Português no Estrangeiro –
Projeto Formação Contínua EPE
Estugarda | 25 a 27 de março de 2013
“A Investigação-ação na formação de professores:
objetivos e práticas”
Maria Helena Araújo e Sá | Ana Sofia Pinho