a lenda de enoch

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  • 8/18/2019 A Lenda de Enoch

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      A lenda de Enoch 

    A lenda de Enoque é a alegoria sobre a qual se assentam os ensinamentos dos graus doze aquatorze da Maçonaria do Rito Escocês Antigo e Aceito.

    Essa lenda , que já fez parte da !blia, é "oje um escrito ap#crifo, pro$a$elmente produzidopor um escritor gn#stico do século %. E&istem dois li$ros atribu!dos a esse personagem' ()i$ro de Enoque e o )i$ro dos *egredos de Enoque. + no )i$ro de Enoque e n-o no li$ro dos*egredos, que encontramos a lenda do grau treze. Essa lenda, adaptada pelos maçonsespiritualistas, em s!ntese, diz o seguinte'

     / Enoque, durante um son"o, foi informado sobre o 0erdadeiro 1ome de 2eus. Esse nome,entretanto, l"e foi proibido de di$ulgar. E 2eus l"e informou também sobre o castigo que iriaser lançado sobre a "umanidade pecadora, atra$és do dil3$io. 4ara que o %nefá$el 1ome de

    2eus n-o fosse perdido ap#s a catástrofe, Enoque fez com que esse nome fosse gra$adonuma pedra triangular, num alfabeto descon"ecido, s# intelig!$el aos anjos e a ele pr#prio.4ortanto, ninguém sobre a terra, a n-o ser o pr#prio Enoque sabia a $erdadeira pron3ncia donome de 2eus.

    Antes do dil3$io "a$ia sobre a terra ci$ilizaç5es bastante desen$ol$idas em termos de artes eciências. 4ara preser$ar os con"ecimentos dessas antigas ci$ilizaç5es a Atlantida, segundoa 2outrina *ecreta, Enoque fez com que $ários te&tos fossem gra$ados em duas colunas, eem cada uma delas esculpiu o nome sagrado. 6ma delas era feira de mármore, a outrafundida em bronze . Ele as colocou em um suntuoso templo que fez construir em um lugarsubterr7neo, s# dele e de alguns eleitos, con"ecidos uma sociedade secreta, tipomaçonaria. Esse templo tin"a no$e ab#badas, sustentadas por no$e arcos. 1o 3ltimo arcoEnoque mandou gra$ar o 2elta )uminoso, e fez um alçap-o onde guardou a pedra com o%nefá$el 1ome de 2eus nela gra$ado.

    8om o dil3$io, todas as antigas ci$ilizaç5es foram destru!das e seus con"ecimentoscient!ficos e art!sticos esquecidos. 1oé e sua fam!lia foram os 3nicos sobre$i$entes, mas

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    nada sabiam das antigas ciências. 2as colunas gra$adas por Enoque, somente a de bronzepode ser recuperada. 1ela consta$a o 0erdadeiro 1ome de 2eus, mas n-o a forma depronunciá9lo, pois essa sabedoria esta$a escrita na coluna de mármore. Asim, essapron3ncia permaneceu descon"ecida até que 2eus a re$elou a Moisés em sua apariç-o noMonte *inai.

    Mas Moisés foi proibido de di$ulgá9la, a n-o ser ao seu irm-o Aar-o, que seria, futuramente,principal sacerdote do po$o "ebreu. 2eus prometeu a Moisés, toda$ia, que mais tarde esse1ome seria recuperado e transmitido a todo o po$o de %srael. %sso s# aconteceu nos temposde *"imon en %o"ai, o codificador da 8abala, mas nem todo o po$o de %srael compartil"oudessa sabedoria, uma $ez que ela continuou sendo transmitida apenas aos rabinos queatingiam os graus mais altos na c"amada Assembléia *agrada.

    Moisés, no entanto, mandou que o 1ome %nefá$el, com a pron3ncia correta, fosse gra$adoem uma medal"a de ouro e guardado na arca da *anta Aliança juntamente com as tábuas dalei. 2essa forma, o *umo *acerdote, em qualquer tempo, poderia compartil"ar dessasabedoria e in$ocar o :rande Arquiteto do 6ni$erso na forma correta. Mas a Arca da Aliançafoi perdida numa batal"a que os israelitas tra$aram contra os s!rios. Mas, guardada por le5esferozes, os s!rios nunca conseguiram abri9la e mais tarde ela foi recuperada pelos sacerdotesle$itas. 2urante as batal"as que o po$o de %srael tra$ou contra os filisteus pela posse da

    4alestina, a Arca foi perdida mais uma $ez, sendo capturada pelo e&ército inimigo. (sfilisteus, que n-o sabiam do poder que tin"am nas m-os, fundiram a medal"a de ouro com o1ome %nefá$el e a transformaram num !dolo dedicado ao 2eus 2agon. Esse foi um dosmoti$os pelos quais ( :rande Arquiteto do 6ni$erso instruiu *ans-o para que este praticasseseu 3ltimo ato de força no ;emplo dos filisteus em :aza, pois esse era o templo de 2agon.

    2e tempos em tempos, 2eus comunica$a a algum profeta o segredo dessa pron3ncia, com acondiç-o de que ele o manti$esse em segredo. Assim, durante longo tempo o 1ome %nefá$ele a forma de pronunciá9lo ficaram ocultos, até que 2eus o re$elou a *amuel e este otransmitiu aos reis de %srael, 2a$i e depois a *alom-o.

    A Lenda

    Ap#s construir o ;emplo de

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    Estes, ap#s escol"er e preparar o terreno, $erificaram que aquele erae&atamente o lugar onde Enoque "a$ia constru!do o seu templo. Ap#sdemoradas pesquisas e árduos trabal"os esca$ando as ru!nas doantigo templo, descendo a di$ersos n!$eis subterr7neos, os mestresdestacados por *alom-o, sob o comando de Adoniran, descobriram a

    coluna onde o sagrado 2elta esta$a gra$ado.

    2essa forma, o 0erdadeiro 1ome de 2eus foi recuperado e pode sertransmitido ao po$o de %srael na sua forma escrita, mas a forma depronunciá9lo permaneceu descon"ecida, pois a coluna de mármore,onde esta$a essa sabedoria esta$a inscrita, foi destru!da pelo dil3$io.*omente *alom-o, o Rei de ;iro e os três mestres que desceram aosubterr7neo detin"am esse con"ecimento. 8om o desaparecimentodaqueles personagens, ficou perdida no$amente a pronuncia da4ala$ra *agrada..

    As instruç5es dos graus se referem ás $iagens que o iniciando temque fazer, a e&emplo dos três Mestres, para encontrar a 4ala$ra*agrada. *imbolicamente, para o maçom essas $iagens equi$alem auma descida dentro de si mesmo a fim de liberar a luz que e&istedentro dele. Aqui temos no$amente a e$ocaç-o, t-o cara aosgn#sticos e aos alquimistas, da necessidade de encontrar /dentro desi mesmo> aquela energia que faz o "omem integrar9se ? di$indade.

    4ois outra coisa n-o é a 4ala$ra 4erdida. ( %nefá$el 1ome de 2eus é

    o principio que libera o esp!rito de suas amarras materiais e o tornali$re para galgar as alturas e penetrar no reino da luz. Essa tradiç-ofreq@enta a m!stica de todas as religi5es do mundo, desde o udismotibetano até á 8abala, que a desen$ol$e atra$és da metaf!sica dosn3meros e suas relaç5es com a di$indade.

    8om a perda do $erdadeiro significado, diz a lenda, foi estesubstitu!da pelas iniciais %0. que, depois de pronunciada, é cobertacom três 4ala$ras *agradas, três sinais e três pala$ras de passeBs#mente ap#s o cumprimento desse ritual se c"ega ao 1ome

    %nefá$el. 2e acordo com a tradiç-o, os cinco primeiros iniciados nograu de 8a$aleiro do Real Arco foram os pr#prios reis *alom-o eiram, rei de ;iro, e os três Mestres que descobriram o templosagrado de Enoque. 6m juramento de n-o pronunciar o 0erdadeiro1ome de 2eus em $-o foi feito pelos mestres recém eleitos, juramento esse que se repete na ele$aç-o ao grau CD.

    2iz ainda a lenda, que mais tarde outros Mestres foram admitidos nograu, até o numero de $inte e sete, sendo a cada um delesdistribu!do um posto. (utros Mestres, que tentaram obter o grau semo de$ido merecimento receberam o justo castigo, sendo e&ecutados esepultados no subterr7neo onde a pedra gra$ada com o 1ome

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    %nefá$el foi originalmente depositada .

    A prece final de encerramento dos trabal"os do grau nos dá bem asignificaç-o do conte3do finalistico da lenda.

     /Poderoso Soberano Grande Arquiteto do Universo. Vós que penetraisno mais recôndito dos nossos corações, acercai-vos de nós para quemelor possamos ador!-lo ceios de vosso santo amor. Guiando-nos pelos caminos da virtude e a"astando-nos da senda do vicio e daimpiedade. Possa o selo misterioso imprimir em nossas inteli#$nciase em nossos corações o verdadeiro conecimento de vossa ess$nciae Poder %ne"!vel, e assim, como temos conservada a recordaç&o deVosso Santo 'ome, conservar tamb(m em nós o "o#o sa#rado devosso santo temor, principio de toda sabedoria e #rande pro"undidade de nosso ser. Permiti que todos os nossos pensamentos

    se consa#rem ! #rande obra de nossa per"eiç&o, como recompensamerecida de nossos trabalos e que a Uni&o e a )aridade este*amsempre presentes em nossas Assembl(ias, para podermos o"ereceruma per"eita semelança com a morada de vossos escolidos, que#o+am do vosso reino para sempre. ortalecendo-nos com vossa u+, para que possamos nos separar do mal e caminar para o bem.uetodos os nossos passos se*am para o proveito da nossa aspiraç&o, eque um #rato per"ume se desprenda no Altar de nossos corações esuba at( vós. / 0eov!, nosso 1eus2 3endito se*ais, Senor. a+eicom que prospere a obra "eita pelas nossas m&os, e que sendo vossa

     0ustiça o nosso #uia, possamos encontr!-la ao t(rmino da nossavida.Amem>.

    O significado iniciático da lenda

    ( ensinamento iniciático da lenda é claro. Ela nos diz que "á umac"a$e, uma pala$ra, um $erbo, a partir do qual todas as coisas seconstroem. Essa pala$ra, esse $erbo, é o %nefá$el 1ome de 2eus, o$erdadeiro, o primeiro e 3nico princ!pio, imutá$el e incriado, de ondetudo se originou e para onde tudo um dia retorna. ( E$angel"o de*-o

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    si mesmo, n-o tem sentido nem significado se n-o ti$er umpredicado. 2eus ent-o criou o cosmo para que ele fosse o seupredicado.

    ( 0erbo, transmitido ao "omem na forma do seu esp!rito, o fez

    sen"or da criaç-o terrestre. E como o "omem aprendeu a articular /eu sou>, te$e também que perguntar a si mesmo /o que> E foi pararesponder a essa inquietante pergunta, / eu sou o que>, que eletambém se $iu obrigado a construir um predicado para si mesmo.Esse foi o detal"e que fez a diferença entre os "omens e as outrasespécies animais.

    4or isso é que /ser é $erbalizar>. *er é dar sentido á e&istência, é teruma resposta para a pergunta' o que somos n#s A certo momentoda $ida até podemos confundir o ser com /estar> ou /ter>. Mas estar

    $i$o n-o é ser $i$o, estar feliz n-o é ser feliz, e ter algo que se parececom $ida ou felicidade n-o é ser realmente $i$o e feliz. *er é umestado de perfeita organizaç-o interior que n-o pode ser afetado pornen"um acontecimento e&terior.

    ( esforço da inteligência na formulaç-o l#gica do pensamento éapenas um camin"o para se dar um parto seguro a luz que "abita nossubterr7neos da nossa mente, onde ali foi encerrada pelo *ublimeArquiteto do 6ni$erso, como pedra filosofal que precisa serredescoberta para que possamos entender quem e o que realmente

    somos. Essa luz s# pode ser liberada por um trabal"o paciente eritual!stico de adepto, ou de iniciado. Esse é o objeti$o doensinamento maçFnico.

    Condensado do Livro "Conhecendo a Arte Real", publicado pela Madras, São Paulo, !!#$oão Anatalino Recanto das Letras