a ludicidade no ensino de ciências

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A LUDICIDADE NO ENSINO DE CIÊNCIAS Selma Alves da Silva 1 Poliane Cardoso da Silva 1 Lucinalva Ferreira 3 1Acadêmicas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas IFTO - campus Araguatins, email: [email protected], [email protected] 2 Professora – email: [email protected] Resumo A prática da ludicidade no ensino é uma metodologia de grande importância, pois potencializa o ensino-aprendizagem em qualquer estágio podendo ser aplicadas a diversas disciplinas. Brincar, jogar, quebrar a rotina é uma necessidade inerente ao ser humano, além disso, o uso de atividades lúdicas contribui significativamente com diversas áreas no desenvolvimento do aluno como um ser social, seja ela emocional, psicológica, motora ou sensorial. Apesar de a ludicidade ser debatida constantemente nas escolas, no ensino de ciências tem sido uma atividade pouco praticada. Considerando sua importância para o aprendizado, levanta-se a questão de saber o porquê de serem pouco vivenciados nas aulas de ciências. Esta pesquisa foi realizada no colégio estadual Leônidas Gonçalves Duarte na cidade de Araguatins-TO durante o período de estágio de observação. Teve como objetivo identificar as dificuldades encontradas na utilização do lúdico pelos professores, como metodologia de ensino, e também observar o nível de interesse do aluno diante das práticas lúdicas. A coleta de dados foi através de questionários, onde foi aplicado um direcionado aos professores e outro aos alunos, com o intuito de conhecer a real aplicação das atividades lúdicas assim como o nível de aceitação dos professores e alunos. Mediante os resultados obtidos nos questionários observou-se que apesar dos professores afirmarem que as atividades lúdicas contribuem para o processo ensino-aprendizagem, essas atividades ainda é pouco explorado em sala de aula, e segundo os professores que responderam o questionário, uma das maiores dificuldades é a superlotação das salas, e a sobrecargas de aulas. Para os alunos que participaram da pesquisa, há um maior aprendizado quando são realizadas atividades lúdicas. A pesquisa mostrou que, mesmo os professores

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Page 1: A ludicidade no ensino de ciências

A LUDICIDADE NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Selma Alves da Silva1

Poliane Cardoso da Silva1

Lucinalva Ferreira3

1Acadêmicas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas IFTO - campus

Araguatins, email: [email protected], [email protected]

2 Professora – email: [email protected]

Resumo

A prática da ludicidade no ensino é uma metodologia de grande importância,

pois potencializa o ensino-aprendizagem em qualquer estágio podendo ser aplicadas a

diversas disciplinas. Brincar, jogar, quebrar a rotina é uma necessidade inerente ao ser

humano, além disso, o uso de atividades lúdicas contribui significativamente com

diversas áreas no desenvolvimento do aluno como um ser social, seja ela emocional,

psicológica, motora ou sensorial. Apesar de a ludicidade ser debatida constantemente

nas escolas, no ensino de ciências tem sido uma atividade pouco praticada.

Considerando sua importância para o aprendizado, levanta-se a questão de saber o

porquê de serem pouco vivenciados nas aulas de ciências. Esta pesquisa foi realizada no

colégio estadual Leônidas Gonçalves Duarte na cidade de Araguatins-TO durante o

período de estágio de observação. Teve como objetivo identificar as dificuldades

encontradas na utilização do lúdico pelos professores, como metodologia de ensino, e

também observar o nível de interesse do aluno diante das práticas lúdicas. A coleta de

dados foi através de questionários, onde foi aplicado um direcionado aos professores e

outro aos alunos, com o intuito de conhecer a real aplicação das atividades lúdicas assim

como o nível de aceitação dos professores e alunos. Mediante os resultados obtidos nos

questionários observou-se que apesar dos professores afirmarem que as atividades

lúdicas contribuem para o processo ensino-aprendizagem, essas atividades ainda é

pouco explorado em sala de aula, e segundo os professores que responderam o

questionário, uma das maiores dificuldades é a superlotação das salas, e a sobrecargas

de aulas. Para os alunos que participaram da pesquisa, há um maior aprendizado quando

são realizadas atividades lúdicas. A pesquisa mostrou que, mesmo os professores

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sabendo da importância da ludicidade alguns continuam com o ensino tradicionalista, e

limita-se a transmitir unicamente o que esta nos livros didático. É necessário que os

docentes explorem metodologias de ensino que venham contribuir no processo ensino-

aprendizagem dos educandos.

Palavras-chaves: Ciências, Metodologia, Ludicidade.

INTRODUÇÃO

Durante o ensino fundamental I (1º ao 5º ano), as aulas de ciências são

abordadas de forma mais simplificada e sempre associada ao cotidiano do aluno, já no

ensino fundamental II (6º ao 9º ano), a disciplina de ciências passa a ter um

direcionamento mais aprofundado dando início a temas um pouco mais complexos do

que o educando está acostumado a ver. Diante destes fatos nota-se a necessidade do uso

de metodologias que possam dar ao aluno um maior suporte no ensino de ciências,

proporcionando uma aula agradável e diversificada, ao passo que ele assimila o

conteúdo de forma simples e proveitosa. No entanto para atingir esse resultado é preciso

avaliar os métodos que o professor irá utilizar.

A prática da ludicidade do ensino é uma metodologia de grande importância,

pois potencializa o ensino-aprendizagem em qualquer estágio podendo ser aplicadas a

diversas disciplinas, brincar, jogar, quebrar a rotina é uma necessidade inerente ao ser

humano, além disso, o uso de atividades lúdicas contribui significativamente com

diversas áreas no desenvolvimento do aluno com um ser social, seja ela emocional,

psicológica, motora ou sensorial.

As atividades lúdicas têm contribuído bastante no processo de aprendizagem e

muitos educadores têm usado dessa ferramenta em suas aulas para envolver o aluno e

fazer com que o mesmo tenha interesse em aprender, como diz Santo Tomás de Aquino,

o professor é um agente externo, ele colabora na aprendizagem do aluno, mas esta

depende do próprio aluno. A importância do lúdico no processo de ensino-

aprendizagem tem sido muito discutida.

Segundo Almeida (2003, p.32):

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A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática

atuante. Seus objetivos alem de explicar as relações múltiplas do

ser humano em seu contexto histórico, social, cultural,

psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais

passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras,

inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um

compromisso consciente intencional, de esforço sem perder o

caráter de prazer, de satisfação individual e modificadora da

sociedade.

As atividades lúdicas contribuem significativamente no processo de ensino-

aprendizagem, podendo ser aplicadas às mais diversas disciplinas e trabalhadas com

diferentes faixas etárias. Além do mais, os seus benefícios não se limitam em contribuir

apenas com o desenvolvimento cognitivo, pois, proporciona melhor interação social na

sala de aula entre professores e alunos, tornando o ambiente mais agradável, amplia a

criatividade do educando, aprimora a capacidade da criança de lidar com suas emoções

diante de situações diversas, entre outros benefícios. No ensino de ciências o uso dessas

atividades é de grande importância, sendo bastante significativo nas séries iniciais do

ensino fundamental II, fase na qual a disciplina de ciências toma um direcionamento

diferente do abordado nas séries iniciais.

O trabalho tem como principal objetivo Investigar se o professor de ciências do

Colégio Estadual Leônidas Gonçalves Duarte adota o uso de Atividades Lúdicas no

ensino de ciências. Tais como Compreender a forma como o professor vê o uso das

atividades lúdicas no ensino e Analisar quais as contribuições das atividades na

construção do aluno como cidadão diante da sociedade na qual ele faz parte. A fim de

contribuir com a aplicação das atividades lúdicas no ensino de ciências, algumas

hipóteses foram levantadas: o professor não dispõe da didática necessária para

desenvolver atividades lúdicas na sala de aula; a escola não oferece recursos; o

professor usa apenas o livro didático para ministrar as aulas; o professor encontra

poucas opções de atividade lúdicas que podem ser aplicadas ao ensino de ciências.

Apesar de os conceitos de ludicidade serem debatidos nas escolas, no ensino de

ciências tem sido uma atividade pouco praticada. Considerando sua importância no

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aprendizado do aluno, é levantada a questão de saber se estas atividades estão sendo

desenvolvidas nas aulas de ciências do Colégio Estadual Leônidas Gonçalves Duarte.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida na escola estadual Leônidas Gonçalves Duarte,

envolvendo três turmas do 6º ano, turnos matutino e vespertino. Foi realizada uma

pesquisa exploratória com procedimento hipotético-dedutivo, onde foram aplicados

questionários fechados direcionados aos professores e aos alunos. As questões tratavam

do envolvimento das atividades lúdicas no ensino, buscou-se saber se tais atividades

eram desenvolvidas nas aulas de ciências, qual a importância dada a esse tipo de

atividade, se o professor concorda que o lúdico contribua para um maior proveito no

processo de ensino-aprendizagem e se os alunos aprovam ou reprovam a aplicação

desse tipo de metodologia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Questionamento direcionado aos professores do Ensino Fundamental do Colégio

Leônidas Gonçalves Duarte.

1. Em sua opinião há contribuição do lúdico no aprendizado?

Com o resultado da pesquisa Pode-se observar a unanimidade, ou seja, dos quatro

professores, 100% concordaram, que o uso de atividades lúdicas contribui de forma

positiva para o ensino. Para reforçar a posição dos professores quanto à questão da

ludicidade no ensino tem-se as considerações de Piaget (1975), defendendo que por

meio de jogos a criança constrói conhecimento sobre o mundo físico e social, desde o

período sensório-motor até o período operatório formal. Isso significa dizer que o uso

Sim

Não

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5

do lúdico proporciona vantagens no aprendizado da criança desde o seu nascimento até

ela atingir a sua capacidade de raciocinar propositalmente.

2. Você realiza atividades lúdicas em suas aulas?

O gráfico na página anterior expõe que 100% dos professores afirmam que usam

algum tipo de atividade lúdica em suas aulas. Durante o período de estágio foi possível

observar o envolvimento dos alunos com jogos, em disciplinas que iam do Inglês à

Matemática, no entanto, essas atividades foram registradas em eventos do tipo feiras

organizadas para toda a escola, já nas aulas normais não foi constatada nenhuma

aplicação de atividade lúdica.

3. Que materiais você utiliza para aplicar as atividades lúdicas em sala?

Quanto aos materiais usados pelos professores um total de 50% confirma o uso

isopor na produção dos jogos, já um total de 75% faz o uso de materiais recicláveis

como plástico, vidro, metal, etc, e nenhum utilizam massa para modelar. É importante

ressaltar a questão dos materiais que se deve usar nas aulas, ao mesmo tempo em que o

aluno está aprimorando o seu cognitivo através da atividade lúdica, poderá copiar como

Sim

Não

0%

50%

75%

recicláveis

Massa para modelar Materiais de isopor Materiais reciclados

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6

exemplo a atitude do professor de se preocupar com o tipo de material, se esse material

vai ser ou não prejudicial ao meio ambiente.

4. Há um maior envolvimento dos alunos quando são aplicadas atividades lúdicas?

No que diz respeito à interação entre os alunos durante a aplicação de alguma de

atividade lúdica em sala de aula, nenhum professor discorda que ocorra a socialização

entre os alunos, no entanto 50% dizem que há sempre a maior interação, enquanto

outros 50% confirmam que o envolvimento entre os alunos ocorra algumas vezes. O

fato que é o ato de brincar ou jogar favorece a cooperação entre os alunos, ao mesmo

tempo em que quebra a monotonia da rotina das aulas normais, proporcionando um

ambiente ideal à inclusão.

Quanto ao resultado obtido é imprescindível relatar as possíveis causas do motivo pelo

qual metade dos professores afirma que apenas algumas vezes ocorra a integração entre

os alunos. A realidade de nossas escolas públicas são salas superlotadas, com “alunos a

flor da pele”, diante disto algumas dificuldades podem ocorrer durante a aplicação de

algum jogo ou brincadeira, por exemplo, as brigas entre alunos que acontece

comumente ou alunos dispersos, o professor pode muitas vezes planejar suas tarefas

para a aula, no entanto existem estes agravantes, e ele deve sobressair-se de situações

críticas que possam vir a ocorrer.

5. Os alunos interagem às atividades lúdicas

0

50% 50%

Não As vezes Sim

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7

O gráfico acima mostra que para 100% dos professores que participaram da

pesquisa, todos os alunos respondem às atividades lúdicas em sala. Durante as feiras de

matemática e inglês, os alunos produziram muitos jogos, houve uma real participação

de grande parcela do corpo discente durante estes eventos, porém não se pode confirmar

que todos os alunos sem exceção participaram das brincadeiras.

6. Qual o grau de importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento e

aprendizagem do aluno?

O gráfico acima é referente a questão numero 6, esta indaga o professor acerca

do grau de importância que ele atribui ao ensino lúdico. Pode-se constatar que nenhum

professor considera as atividades lúdicas um mecanismo de extrema importância para o

ensino, ou que não exerce importância nenhuma, no entanto, todos consideraram sua

importância para o ensino.

7. Você encontra alguma dificuldade ao ministrar atividades lúdicas em suas aulas?

100%

0%

Sim Não

0

4

0

Muito importante Importante Sem importancia

Page 8: A ludicidade no ensino de ciências

8

O gráfico acima traz os resultados acerca das dificuldades que os professores

encontram ao ministrar suas aulas realizando atividades lúdicas, 50% afirmam que

sempre existem algumas dificuldades, já os outros 50% dizem que enfrentam

dificuldades não sempre, mas algumas vezes. E dentre as dificuldades ao realizar

atividades lúdicas 100% dos professores encontram a superlotação das salas de aula.

Questionário direcionado aos alunos

1 .Para você a aula de ciências é:

O gráfico acima ilustra o nível de satisfação dos alunos quanto a disciplina de

ciências está baixo, mais de 50% dos alunos afirma que as aulas de ciências são ruins. O

que pode ser observado durante o período de estágio, foram aulas com metodologias

repetidas, o que pode ter gerado certo desinteresse nos alunos, no entanto, a partir de

pressupostos como esse, surgem duas questões divergentes acerca do papel do

50%

0%

50%

sim Não As vezes

6%

40%

54%

Otima Boa Ruim

Page 9: A ludicidade no ensino de ciências

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educador, para uma o professor deve proporcionar aulas atrativas aos alunos, para que

estes permaneçam motivados na busca em aprender, para a outra o professor precisa

passar para o aluno a importância da educação como uma ferramenta que seja capaz de

transformar as pessoas e possibilite a elas a capacidade de romper com o meio limitado

no qual elas possam estar inseridas. Para todos os fins o aprender deve ser prazeroso ao

mesmo tempo e acima de tudo levado a sério.

2.Quais das opções abaixo podem melhorar as aulas de ciências?

Os resultados obtidos através do gráfico três, indicam que os alunos estariam

mais satisfeitos com as aulas de ciências, caso houvesse aulas práticas, o que no ensino

fundamental é uma opção acessível e simples de se realizar. Já a opção que liderou, foi a

alternativa do uso de jogos durante as aulas, ou seja, há uma aprovação dos alunos no

que se refere às atividades lúdicas.

3. O que você considera interessante nas aulas de ciências?

55%

38%

7%

1 2 3

1. Aulas práticas

2. Uso de jogos didáticos

3. Não precisa melhorar

Page 10: A ludicidade no ensino de ciências

10

O gráfico acima retrata a preferência dos alunos nas aulas, 46% deles,

consideram interessante as aulas práticas, 36% a apresentação de seminários, e apenas

18% consideraram interessante as aulas ministradas normalmente pelo professor, estas

são as aulas comuns, com explicação do conteúdo e exercícios de fixação.

4. Com que frequência o professor usa jogos nas aulas?

Considerando as respostas dos alunos acerca da frequência do uso de atividades

lúdicas em sala de aula pelo professor de ciências, apenas uma minoria diz que o

professor usa jogos nas suas aulas, já se levar em consideração a opinião da maioria, o

uso dessas atividades não ocorre.

5. Quando o professor usa jogos você aprende mais?

46%

36%

18%

1 2 3

12% 15%

72%

Uma vez no mês Uma vez a cada bimestre O professor não usa jogos

Page 11: A ludicidade no ensino de ciências

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O gráfico acima mostra que um total de 82% dos alunos concordam que

aprendem mais com jogos, já para 18% desses alunos não há aprendizado significativo.

Quanto a esta questão vale ressaltar que este aprendizado não é adquirido durante as

aulas, e sim quando acontece as feiras de jogos mencionadas anteriormente, porque

levando em consideração o penúltimo gráfico o professor raramente ou nunca usa jogos

nas aulas.

CONCLUSÃO

A confirmação da eficácia na prática de atividades dá-se na vivência escolar.

Com a apuração dos resultados obtidos na pesquisa, foi possível observar a aceitação

tanto dos professores quanto dos alunos em relação à ludicidade no ensino. Professores

consideram-na importante para o aprendizado e interação dos alunos em sala de aula,

enquanto a maioria dos alunos confirma que aprende mais quando o professor usa jogos

nas aulas. Todavia segundo os dados obtidos a aplicabilidade destas atividades nas aulas

não tem sido posta em prática, vale ressaltar que a escola trabalha com jogos mas em

eventos do tipo feiras, já nas aulas rotineiras isso não acontece.

82%

18%

Sim Não

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REFERENCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica: Tecnicas e jogos pedagógicos. 11 Ed. São

Paulo, Loyola, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á pratica educativa.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir

da experiência interna. Educação e ludicidade. GEPEL/ FACEB/UFBA, 2002.

Disponivel em: http://www.luckesi.com.br. Acesso em: 28/09/13

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. São Paulo: Papirus, 1994.