À mesa com jesus carta pastoral de dom gil antônio … · extraordinário pastor e ... ou a...

1

Jubileu Áureo da Arquidiocese de Juiz de Fora

À MESA COM JESUS

Carta Pastoral de Dom Gil Antônio MoreiraArcebispo Metropolitano

por ocasião do Jubileu Áureo daProvíncia Eclesiástica de Juiz de Fora

Juiz de Fora, 8 de abril de 2012.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:251

2

À mesa com Jesus

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:252

3


Carta Pastoral

À Mesa Com Jesus

Ao Reverendo Clero e a todo o Povo de Deus presente naArquidiocese de Juiz de Fora,

paz e bênçãos no Senhor Jesus Ressuscitado!

Nas alegrias pascais, ao comemorar o cinquentenário da criação de nossaProvíncia Eclesiástica, rejubilamos com as Igrejas Particulares de Juiz de Fora, Leopoldinae São João Del Rei, elevando ao Pai infinita gratidão pelos benefícios concedidos duranteestes dez lustros. Prosseguindo na estrada de nosso recente Sínodo Arquidiocesano,desejando que esta feliz efeméride seja recordada não somente com uma festa popular,convido a todos a centralizar nossas atenções e nossa caminhada celebrativa na SagradaEucaristia, base, vida e cume da Igreja. Para isto, pensamos em promover amplamovimentação evangelizadora, com uma série de atividades espirituais e formativas, nalinha bíblico-catequética, através do método da Leitura Orante da Bíblia (Lectio Divina).Almejamos que tais celebrações aconteçam durante o período pascal, como um grandeexercício espiritual, percorrendo as sete semanas deste tempo litúrgico, envolvendotodo o povo de nossas comunidades, a partir dos sete dons do Espírito Santo. Comopara se estudar e melhor conhecer a Palavra de Deus, não há como atingir os propósitossem unir inseparavelmente o conhecimento racional e a mística, conclamo a todos paraestes momentos tão ricos do nosso planejamento pastoral, recordando as palavras doSenhor: Sine me nihil potestis facere ( Jo. 15, 5 b) (Sem mim nada podeis fazer),ainda Estote ergo vos sancti, sicut et Pater vester caelestis sanctus est.(Mt. 5, 48)(Sede santos como Pai celeste é santo); e ainda, como afirma São Pedro em sua primeiracarta, citando a Palavra de Deus: Sanctus eritis, quoniam ergo sanctus sum. (I Pd.1,16) (Sede santos como eu sou santo).

Para isto, firmes ardorosamente na Instituição da Eucaristia, nossa Páscoa, nacontinuidade de nosso Sínodo Arquidiocesano e pelas sugestões dadas em reuniõescom padres e leigos, escolhemos o lema À MESA COM JESUS (Mc. 6, 39), que nosconduzirá ao momento mais alto das comemorações, que será a Solenidade de CorpusChristi, no dia 7 de junho próximo. Naquele dia, queremos fazer uma grande e únicaliturgia, com participação de todas as comunidades paroquiais, na sede da Arquidiocese,numa viva celebração que se expresse como imagem, símbolo e força eloqüente daunidade eclesial na Igreja particular juiz-forana. Assim desejou o Mestre Jesus: Quetodos sejam um, para que o mundo creia.(cf. Jo.17,21)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:253

4

À mesa com Jesus

Para início de nossa caminhada eclesial rumo àquele momento culminante,destacando a grande importância de Maria Santíssima na vida da Igreja, à qual oBem-aventurado Papa João Paulo II deu o título de Mulher Eucarística, escolhemos,após diálogo em nossas reuniões com o clero e com os leigos, organizar uma grandeperegrinação ao Santuário Nacional de Aparecida, com a participação efetiva e afetivados Pastores e do povo das dioceses de São João Del Rei e Leopoldina, com o motoNA CASA DE MARIA, À MESA COM JESUS. Esta iniciativa se inspira tambémno Documento Sinodal arquidiocesano que em seu número 12 trata da Liturgia e asdevoções populares.

Tal peregrinação se dará no dia 14 de abril, primeiro sábado do correntetempo pascal, que coincide com o exato aniversário da Província Eclesiástica, umavez que esta foi criada a 14 de abril de 1962, com bula do então Papa João XXIII,Qui Tanquam Petrus.

Fazemos nossas as palavras do Beato João Paulo II quando convocou o mundopara o Jubileu do ano 2000: A alegria jubilar não seria completa se o olhar não sevoltasse para Aquela que, com plena obediência ao Pai para nós gerou na carne oFilho de Deus. (Incarnationis Mysterium- 1998).

Também o Papa Bento XVI, na Exortação Pós Sinodal Sacramentum Caritatis(2007), tem uma belíssima palavra sobre a presença de Maria na vida da Igreja, e emrelação à Eucaristia, que, certamente, muito nos ajudará a celebrar a presença da MãeSantíssima em nossas comemorações jubilares. Afirma o Santo Padre: sempre que naliturgia eucarística nos abeiramos do corpo e do sangue de Cristo, dirigimo-nostambém a Ela (Maria) que, por toda a Igreja, acolheu o sacrifício de Cristo, aderindoplenamente ao mesmo. Justamente afirmaram os padres sinodais que « Mariainaugura a participação da Igreja no sacrifício do Redentor ». Ela é a Imaculadaque acolhe incondicionalmente o dom de Deus, e desta forma fica associada àobra da salvação. Maria de Nazaré, ícone da Igreja nascente, é o modelo paracada um de nós saber como é chamado a acolher a doação que Jesus fez de Simesmo na Eucaristia. (Sac. Car. 33)

A visita ao Santuário Nacional de Aparecida se reveste também de singularafeição e sentimentos de gratidão ao primeiro Arcebispo Metropolitano, Dom GeraldoMaria de Morais Penido, que no ano de 1977 foi designado pelo Papa Paulo VI, paraservir à Arquidiocese de Aparecida, lá vivendo frutuosamente seus últimos anos deextraordinário Pastor e Mestre da fé, falecendo em 15 de novembro de 2002. Aperegrinação se concluirá com a visita orante ao seu sepulcro, na Capela da Ressurreiçãodaquele Santuário.

Outra motivação para tal peregrinação mariana se prende ao fato de ter sido oHino de Nossa Senhora Aparecida – Virgem Mãe Aparecida – composto na cidade de

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:254

5


Juiz de Fora, no início do século XX, com letra do poeta juiz-forano, Belmiro FerreiraBraga (1872-1937) e música do Padre João Batista Lehmann-SVD (1873-1955), queatuou em Juiz de Fora até 1925.

Para cumprir os propósitos acima indicados, relacionados à mística e ao estudobíblico-catequético, observando o espírito que permeia nosso Documento Sinodalarquidiocesano, propomos as orientações litúrgicas, roteiros homiléticos e orações dosféis, que se encontram anexos a esta Carta Pastoral, esperando, com eles, auxiliar nossascomunidades arquidiocesanas a celebrarem com proveito espiritual e pastoral estemomento tão importante de nossa história eclesiástica local.

Iª ParteBreves acenos sobre a Eucaristia na história da Igreja

A Igreja tem como base, centro e cume de sua vida o Sagrado Mistério daEucaristia. As narrativas praticamente coincidentes da instituição da Eucaristia nosevangelhos sinóticos (Mateus 26, 26-29, Marcos 14, 22-25 e Lucas 22, 19-20),juntamente com o texto de Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (I Cor. 11, 23-26)comprovam a extrema importância da celebração eucarística nas primeiras comunidadescristãs. Tais comunidades não existiriam sem este elemento central e fundante ao redordo qual podiam perceber a presença real do Senhor ressuscitado na comunidade de fée atender à sua ordem: Euntes ergo docete omnes gentes: baptizantes eos in nominePatris, et Filii, et Spiritus Sancti: docentes eos servare omnia quaecumque mandavivobis: et ecce vobiscum sum omnibus diebus, usque ad consummationem saeculi.( Mt. 28, 19-20 ). (Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todas as criaturas,batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as aobservar tudo o que vos mandei; eis que estarei convosco todos os dias até o fimdos tempos).

Das descrições da Última Ceia, a maioria dos autores afirma ser o texto deMarcos o mais antigo. Porém, há também os que preferem atribuir ao texto de Paulo talcaracterística, considerando-o como o mais original. Certo é que ambos, bem como osoutros dois relatos sinóticos, são reflexos de um ato litúrgico fortemente presente desdeo início, revelando a fé dos Apóstolos não só no rito eucarístico em si, como na ordemdo Senhor que disse: Fazei isto em minha memória (I Cor. 11, 24-25; Lc. 22,19),celebrando não somente o fato historio , mas o próprio Cristo vivo entre eles. O livrodos Atos dos Apóstolos pode indicar quão grande era esta convicção das primeirascomunidades, quando relata: erant autem perseverantes in doctrina apostolorum, etcommunicatione fractionis panis, et orationibus. (At. 2, 42). (Eram assíduos aoensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações).

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:255

6

À mesa com Jesus

À época sub-apostólica, foram muitos os textos dos Santos Padres, reveladoresda centralidade eucarística das comunidades que se multiplicavam, observandocaracterísticas diversas nas ações celebrativas, conforme a localidade, porémconservando sempre intato e invariável o essencial. O mesmo se observa nos primeirosquatro séculos, o período das perseguições, sejam físicas, sejam intelectuais, quando oscristãos, mesmo em situações adversas, enfrentando até mesmo o martírio, nuncaabandonaram o costume de se reunirem, ao menos aos domingos, para a Santa Eucaristia,muitas vezes em lugares ocultos.

São eloquentes neste período as catequeses de Santo Inácio de Antioquia, SãoPolicarpo de Esmirna, Santo Irineu de Lião, São Justino, Santo Efrém, de Tertuliano, eoutros, além da importante Didaquê, no que diz respeito à vida da Igreja, incluindo aimportância da Eucaristia.

Nesta bimilenar história da Igreja encontramos a expressão eloqüente destacentralidade eucarística, seja no estudo teológico, seja nas legítimas formas litúrgicas,seja na devoção popular, seja ainda na arte sacra. Os extremos cuidados que se veempresentes nas ocasiões em que surgem tentativas e sugestões de adaptações litúrgicas acostumes locais, ou a introdução de forma não criteriosa de elementos culturais no rito,provam o interesse que os cristãos sempre tiveram de não permitir qualquerdescaracterização da Eucaristia na forma que o senhor a instituiu, mantendo sempreintactas as palavras dele na Última Ceia e ainda conservando inalterável a estrutura daLiturgia Eucarística em dois grandes momentos inseparáveis, ou seja, a Liturgia daPalavra e a Liturgia da consagração do Pão e do Vinho.

Momento importante neste caminhar histórico foi o surgimento do monaquismoocidental, com os ensinamentos de São Bento de Núrcia (480-547), cujo amor àEucaristia transmitiu a seus monges através de suas instruções resumidas na sua RegulaMonasteriorum, e lhe fez desejar morrer ao momento da Sagrada Comunhão o que defato se realizou. Foi nos mosteiros medievais é que se desenvolveram fortemente osestudos teológicos e a liturgia, incluindo também o canto gregoriano (música monofônica,vocal e monódica), para a Missa e Liturgia das Horas, favorecendo à Igreja a fidelidadeà Palavra e a centralidade eucarística.

No século XIII, com os estudos singulares de São Tomás de Aquino (1225-1274) publicados na Summa Theologica, sobretudo na Tertia Pars, quando trata dosSacramentos, a Igreja se vê enormemente favorecida na compreensão da verdade sobreo Misterium Eucharisticum. Os seus dois hinos Pange Lingua Gloriosi e AdoroteDevote se tornaram oficiais na Igreja por serem como que um resumo das extraordináriaslições tomistas sobre a Eucaristia.

Nesta época nasce a festa de Corpus Christi em caráter regional que mais tardese difundirá universalmente, inclusive com o principal culto eucarístico fora da Missatraduzido como um louvor público de adoração, constituído pela procissão com oSantíssimo Sacramento e a Bênção eucarística impetrada com o Pão consagrado.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:256

7


O Concílio de Trento (1545 – 1563), considerado um dos três Concíliosfundamentais da Igreja (sendo os outros dois o Concílio de Nicéia (325) e o de Latrão(1215) ), garantiu à Idade Moderna a fidelidade à fé eucarística da Igreja, possibilitandoinclusive a reforma do Missal Romano promulgada por Pio V em 1570, cuja duraçãochegou a 1962, ou seja, ao ano de abertura do Concílio Vaticano II.

Fato notável se verifica no Concílio Vaticano II (1962-1965) por ter sido seuprimeiro e imediato estudo o tema da Liturgia, reforçando a perene doutrina dacentralidade eucarística na vida eclesial, com a publicação da primeira ConstituiçãoConciliar, Sacrosanctum Concilium, promulgada por Paulo VI ao final da segundasessão do Concílio, a 8 de dezembro de 1963.

No período pós-conciliar que estamos vivendo, tendo o Concílio sido encerradosolenemente a 8 de dezembro de 1965, o tema da Eucaristia tem sido muito freqüenteseja nos documentos seja nas atividades várias da vida da Igreja. Sem entrar empormenores, recordemos que o Jubileu do Ano 2000 foi particularmente marcado pelaespiritualidade eucarística; que a Igreja celebrou o Ano Eucarístico convocado peloPapa João Paulo II, no período de outubro de 2004 a outubro de 2005, precedido pelaCarta Apostólica Mane Nobiscum Domine (2004); que realizou-se em Roma, de 2 a23 de Outubro de 2005, a XI Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobrea Eucaristia; que a 22 de fevereiro de 2007 foi publicada a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis.

Todos estes dados históricos vêm nos recordar a imensa importância daEucaristia na vida da Igreja, importância esta destacada pelo nosso Documento Sinodalarquidiocesano que inicia a lista dos 39 passos pastorais com o tema Mistério deCristo: A Eucaristia e a Vida Litúrgica da Igreja. Na verdade, nosso SínodoArquidiocesano deu grande impulso à formação bíblico-catequética-litúrgica de nossobom povo, razão pela qual desejamos celebrar o Jubileu Áureo de nossa ProvínciaEclesiástica com uma grande catequese eucarística unida ao tema da Palavra de Deus.No que diz respeito ao tema da Palavra de Deus, nada melhor que nos servirmos,especialmente, da Exortação Pós-Sinodal Verbum Domini (2010) conclusiva daXII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se efetuou no Vaticanode 5 a 26 de Outubro de 2008.

II ª Parte Pontos relevantes que a Igreja nos tem recordado sobre a

Eucaristia e a Palavra:

Sobre as referências do Concílio Vaticano II a respeito da Eucaristia e da Palavrade Deus, é útil recordar que para a reforma litúrgica nele empreendida, houve umaprecedente e expressiva movimentação na Igreja com o fim de se atualizar as celebrações,

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:257

8

À mesa com Jesus

sobretudo a partir da atuação de D. Guérranger, Abade de Solesmes, na década de1830-1840, porém com maiores evidências mais tarde no pontificado de Pio X (1903-1914). Da época de Pio XII (1939-1958), destaque-se a Encíclica Mediator Dei,de 20 de novembro de 1947 e outras medidas posteriores. Porém, todas estasiniciativas são consideradas apenas reformas na liturgia e não propriamente reformada liturgia o que vai se verificar somente com a citada Constituição ConciliarSacrosanctum Concilium.

Vale à pena recordar as palavras contidas já no proêmio deste extraordináriodocumento Conciliar, quando diz: A Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifícioeucarístico, «se opera o fruto da nossa Redenção», contribui em sumo grau paraque os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e aautêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina,visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação,presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humanose deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação àcontemplação, e o presente à cidade futura que buscamos.

Em seu capítulo segundo, a referida Constituição Conciliar trata especificamenteda celebração da Eucaristia, reafirmando a tradição bimilenar de unir Palavra e Sacrifício,e o preceito inalienável da participação de todos os fiéis na Eucaristia dominical, nosseguintes termos: Estão tão intimamente ligadas entre si as duas partes de que secompõe, de algum modo, a missa - a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística -que formam um só ato de culto. Por isso, o Sagrado Concílio exorta com veemênciaos pastores de almas a instruírem bem os fiéis, na catequese, sobre o dever deouvir a missa inteira, especialmente nos domingos e festas de preceito.

No caminhar deste tempo pós-conciliar em que estamos vivendo, os SumosPontífices pessoalmente, têm reservado particular atenção sobre o tema da Eucaristia,recordando a honra e a responsabilidade dos sacerdotes que a presidem e aos fiéis emgeral a maravilha e a importância da Eucaristia. O Beato João Paulo II, durante seulongo pontificado, presenteou à Igreja com substanciosas Cartas enviadas aos sacerdotesa cada Quinta-Feira Santa, aonde se pode beber, com muito proveito, da santa doutrinasobre o tema. Na última Carta, escrita poucos dias antes de seu falecimento ocorrido a2 de abril de 2005, o Santo Padre João Paulo II lembrava aos sacerdotes que eles sãochamados a serem testemunhas fiéis de Cristo, imprimindo em suas vidas a espiritualidadeda Memória: queria sublinhar que Jesus disse: « Fazei isto em memória de Mim ».Por isso, a Eucaristia não recorda simplesmente um fato; recorda-o a Ele! Para osacerdote, o fato de repetir cada dia, in persona Christi, as palavras do « memorial» é um convite a desenvolver uma « espiritualidade da memória ». Num tempo derápidas mudanças culturais e sociais que afrouxam o sentimento da tradição edeixam, sobretudo as novas gerações, expostas ao risco de perderem a ligação

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:258

9


com as próprias raízes, o sacerdote é chamado a ser, na comunidade que lhe estáconfiada, o homem com a memória fiel de Cristo e de todo o seu mistério: a suaprefiguração no Antigo Testamento, a sua realização no Novo, o seuaprofundamento progressivo sob a guia do Espírito, segundo esta promessaexplícita: Ele « ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vostenho dito » (Jo. 14, 26).

Em 2004, para proclamar o Ano Eucarístico a ser celebrado de outubrodaquele ano a outubro de 2005, João Paulo II chamava à atenção para a presençareal, o respeito e a devota veneração que os sacerdotes e os fiéis em geral devem terpara com a Eucaristia, seja na celebração da Missa, seja no culto eucarístico fora daMissa, nos seguintes termos: De modo particular torna-se necessário cultivar, tantona celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciênciaviva da presença real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom davoz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. A tal respeito, asnormas recordam — como ainda recentemente tive ocasião de o reafirmar— orelevo que deve ser dado aos momentos de silêncio quer na celebração quer naadoração eucarística. Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar aEucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeitoextremo. A presença de Jesus no sacrário deve constituir como que um polo deatração para um número cada vez maior de almas enamoradas d’Ele, capazesde permanecerem longamente a escutar a sua voz e, de certo modo, a sentir opalpitar do seu coração: «Saboreai e vede como é bom o Senhor!» (Sal. 34/33, 9).(Mane Nobiscum Domine– 2004).

A Eucaristia comporta também um profundo senso de solidariedade com ospobres, os famintos e os sofredores. Quanto a isto, podemos ler, entre outros textos, namesma Carta Mane Nobiscum Domine, as expressões do Papa Woytila, ao preparara Igreja para o já mencionado Ano da Eucaristia: Por que não fazer então deste Anoda Eucaristia um período em que as comunidades diocesanas e paroquiais secomprometam de modo especial a ir, com operosidade fraterna, ao encontro dealguma das muitas pobrezas do nosso mundo? Penso no drama da fome queatormenta centenas de milhões de seres humanos, penso nas doenças que flagelamos países em vias de desenvolvimento, na solidão dos idosos, nas dificuldades dosdesempregados, nas desgraças dos imigrantes. Trata-se de males que afligem,embora em medida diversa, também as regiões mais opulentas. Não podemos iludir-nos: do amor mútuo e, em particular, da solicitude por quem passa necessidade,seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (cf. Jo. 13,35; Mt.25,31-46). Com base neste critério, será comprovada a autenticidade das nossascelebrações eucarísticas.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:259

10

À mesa com Jesus

Porém, a maior contribuição de João Paulo II sobre a Eucaristia é a sua EncíclicaEcclesia de Eucharistia, de 17 de abril de 2003, também uma Quinta-Feira Santa.Sobre a presença do Mistério Eucarístico na história, e a mística que o Mistério Eucarísticodeve despertar nos sacerdotes e nas comunidades, diz o Papa: Mysterium fidei! -« Mistério da fé »: Quando o sacerdote pronuncia ou canta estas palavras, ospresentes aclamam: « Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossaressurreição. Vinde, Senhor Jesus! ». Este pensamento suscita em nós sentimentosde grande e reconhecido enlevo. Há, no evento pascal e na Eucaristia que o atualizaao longo dos séculos, uma « capacidade » realmente imensa, na qual está contidaa história inteira, enquanto destinatária da graça da redenção. Este enlevo deveinvadir sempre a assembleia eclesial reunida para a celebração eucarística; mas,de maneira especial, deve inundar o ministro da Eucaristia, o qual, pela faculdaderecebida na Ordenação sacerdotal, realiza a consagração; é ele, com o poder quelhe vem de Cristo, do Cenáculo, que pronuncia: « Isto é o meu Corpo que seráentregue por vós »; « este é o cálice do meu Sangue, [...] que será derramado porvós ». O sacerdote pronuncia estas palavras ou, antes, coloca a sua boca e a suavoz à disposição d’Aquele que as pronunciou no Cenáculo e quis que fossemrepetidas de geração em geração por todos aqueles que, na Igreja, participamministerialmente do seu sacerdócio. (Ecc.E.5).

O Papa Bento XVI, na Encíclica Deus Caritas Est, falando da dinamicidadeda presença de Cristo entre nós, escreveu: A Eucaristia arrasta-nos no ato oblativode Jesus. Não é só de modo estático que recebemos o Logos encarnado, mas ficamosenvolvidos na dinâmica da sua doação. A imagem do matrimônio entre Deus eIsrael torna-se realidade de um modo anteriormente inconcebível: o que era umestar na presença de Deus torna-se agora, através da participação na doação deJesus, comunhão no seu corpo e sangue, torna-se união. A « mística » doSacramento, que se funda no abaixamento de Deus até nós, é de um alcance muitodiverso e conduz muito mais alto do que qualquer mística elevação do homempoderia realizar. ( D.C.e. - 2005).

Observa-se uma insistência da Igreja na busca de uma genuína e intensaespiritualidade eucarística, seja nas celebrações seja na adoração ao Santíssimo sejanas demais expressões do culto eucarístico fora da Missa. Neste sentido, vejamos oque diz sobre este tema a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacrametum Caritatis(2007) do Santo Padre Bento XVI: A celebração e a adoração da Eucaristiapermitem abeirar-nos do amor de Deus e a ele aderir pessoalmente até a uniãocom o bem-amado Senhor. A oferta da nossa vida, a comunhão com a comunidadeinteira dos crentes e a solidariedade com todo o homem são aspectos imprescindíveisda logiké latreía, ou seja, do culto espiritual, santo e agradável a Deus (Rm. 12, 1),

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2510

11


no qual toda a nossa realidade humana concreta é transformada para glória deDeus. Convido, pois, todos os pastores a prestarem a máxima atenção à promoçãoduma espiritualidade cristã autenticamente eucarística. Os presbíteros, os diáconose todos aqueles que exercem um ministério eucarístico possam sempre tirar destesmesmos serviços, realizados com solicitude e constante preparação, força e estímulopara o seu caminho pessoal e comunitário de santificação. Exorto todos os leigos,e as famílias em particular, a encontrarem continuamente no sacramento do amorde Cristo a energia de que precisam para transformar a própria vida num sinalautêntico da presença do Senhor ressuscitado.

Os documentos eclesiais, incluindo as orientações da CNBB, insistem nocuidado para se evitar qualquer descaracterização ou abusos litúrgicos, como, porexemplo, transformar as celebrações em shows, ou possibilitar uma espécie depresidência dupla, quando certos sacerdotes descuidados permitem a algum outroministro, às vezes até mesmo leigo, a iniciar a celebração sem a presença do padreque a preside, ou conduzir os ritos finais da Missa para que o padre possa atender aoutra comunidade. Tais procedimentos são realmente abusivos e não devem de formaalguma acontecer.

Recordo aos sacerdotes que a Igreja deseja que todos celebrem cotidianamentea Santa Missa, preferencialmente com a presença ao menos de uma pessoa, porém,quando esta presença for de todo impossível, que o sacerdote a presida sozinho, certoque toda a Igreja participa espiritualmente de todas as celebrações eucarísticas. Porém,em nossa Arquidiocese, dificilmente faltarão pessoas para participar das missas diáriasde nossos sacerdotes. Quanto a este sério dever da Missa diária, dou novamente apalavra ao Santo Padre Bento XVI que na Sacramentum Caritatis exorta-nos àespiritualidade sacerdotal: Uma vida espiritual intensa permitir-lhe-á entrar maisprofundamente em comunhão com o Senhor e ajudá-lo-á a deixar-se possuir peloamor de Deus, tornando-se sua testemunha em todas as circunstâncias mesmodifíceis e obscuras. Para isso, juntamente com os padres do Sínodo, recomendoaos sacerdotes « a celebração diária da Santa Missa, mesmo quando não houverparticipação de fiéis ». Tal recomendação é ditada, ante de mais, pelo valorobjetivamente infinito de cada celebração eucarística; e é motivada ainda pelasua singular eficácia espiritual, porque, se vivida com atenção e fé, a Santa Missaé formadora no sentido mais profundo do termo, enquanto promove a configuraçãoa Cristo e reforça o sacerdote na sua vocação. (Sac.Car. 80)

Nada deve causar aos sacerdotes qualquer desestímulo para que possa celebrarou concelebrar a Missa diária, a não ser que esteja totalmente impossibilitado peladoença ou por algum motivo sério alheio à sua vontade.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2511

12

À mesa com Jesus

III ª Parte Jubileu Áureo da Arquidiocese de Juiz de Fora

e do Concílio Vaticano II

Feliz coincidência se verifica nas celebrações jubilares da abertura do ConcilioVaticano II e da criação de nossa Província Eclesiástica de Juiz de Fora, tendo sidoambos realizadas no ano de 1962, esta a 14 de abril e aquela a 11 de outubro. Aocelebrar a grande Eucaristia de ação de graças pelo cinquentenário da Arquidiocese deJuiz de Fora, queremos unir-nos a ao Santo Padre Bento XVI e a toda a Igreja que, apartir de outubro próximo, passará a um dinâmico período celebrativo, a partir da aberturado Ano da Fé que se dará com a Eucaristia presidida pelo Sucessor de Pedro, naBasílica Vaticana, convocados que fomos pela sua Carta Apostólica em forma de MotuProprio Porta Fedei, na qual expressa os importantes momentos a recordar, da seguinteforma: À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 deOutubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, eterminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 deNovembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ãotambém vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, textopromulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II, (Cf. João PauloII, Const. Ap. Fidei Depositum, de 11 de Outubro de 1992), com o objetivo deilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto doConcílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985como instrumento ao serviço da catequese e foi realizado com a colaboração detodo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dosBispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012,tendo por tema A Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã. Seráuma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo departicular reflexão e redescoberta da fé.

Também no Brasil, a CNBB organizou um amplo programa para celebrar ocinquentenário do Concílio Vaticano II, composto de celebrações litúrgicas, cursos deaprofundamento, simpósios, congressos e outras iniciativas, com os quais deseja revisitaros textos do Concílio e colaborar para uma autêntica hermenêutica dos mesmos, conformetem indicado Bento XVI. Honra-me fazer parte, na condição de coordenador, do Grupode Trabalho constituído pela Conferência Episcopal brasileira, auxiliando oEminentíssimo Cardeal Odilo Pedro Scherer, seu Presidente.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2512

13


A celebração de nosso Jubileu Áureo arquidiocesano nos leve, de algum modo,a preparar-nos para o Ano da Fé e as comemorações do cinquentenário do ConcílioVaticano II.

Também não nos esqueçamos de que no ano de 2013, teremos, no Brasil, aJornada Mundial da Juventude (JMJ), movimento este que nasceu também do espíritodo Concílio, pelo coração amoroso de João Paulo II, na busca de uma renovadaevangelização do mundo atual e futuro. Incluamos em nossa festa também esta intenção.

Conclusão:

A partir do lema que escolhemos juntos, À MESA COM JESUS (Mc. 6,39),convido a todos, sacerdotes, diáconos e leigos a nos unirmos na oração e no estudo daPalavra, na sequência de nosso Sínodo Arquidiocesano, a celebrarmos este tempojubilar, enriquecendo-nos da espiritualidade eucarística que nos leva à unidade eclesial enos alimenta na caminha de fé.

Com o coração exultante, na expectativa da Jornada Mundial da Juventudecom o Papa em 2013, faço especial convocação de nossos queridos jovens para estascelebrações.

Movido por particular devoção à Santíssima Mãe de Jesus, sobre a qual nosreferimos ao início desta Carta, vivamente convido a todos para a Santa Eucaristia,concelebrada pelos Bispos e os presbíteros das três Igrejas Particulares, a saber, Juizde Fora, Leopoldina e São João Del Rei, às nove horas da manhã, daquele dia 14 deabril, no Santuário Nacional de Aparecida, quando também entregaremos um grande eartístico pedestal para o Círio Pascal, esculpido em mármore, com a devida inscrição-dedicatória, a ser utilizado naquele Santuário a partir deste ano, como sinal da gratidãode nossa Arquidiocese a Cristo Ressuscitado, razão de nossa fé.

Indo à Casa de Maria, à mesa com Jesus, percorrendo as sete semanas dotempo da Páscoa como um retiro espiritual pascal, até chegar à Celebração da ComunhãoEclesial na grande festa de Corpus Christi, ergamos à Trindade Santíssima ações degraças por todas as bênçãos concedidas à nossa Província Eclesiástica, neste caminharda história, recordando também com gratidão e louvor a todos os pastores e fiéis quenos precederam nas três Igrejas Particulares, sejam os que ainda andam conosco sejamos que já se encontram na perene liturgia eterna, como ensina o Catecismo da IgrejaCatólica (1992): Pela celebração da Eucaristia já nos unimos à liturgia do céu eantecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (CIC 1326).

Para a eternidade caminhamos confiantes e alegres na esperança, pois lá secelebra a festa perene da vitória sobre o mal e a morte, a indefectível presença perante

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2513

14

À mesa com Jesus

Deus e a feliz companhia da Beatíssima Virgem Maria, nossa Mãe, bem como dosSantos e Anjos que compõem a perfeita comunidade do céu, no júbilo da paz que o Paipreparou para todos os que o amam.

A todos concedo especial e propiciadora bênção, em nome do Pai e do Filho edo Espírito Santo. Amém!

Dada e passado em nossa Cúria Metropolitana, aos 8 de abril de 2012, Páscoada Ressurreição.

Dom Gil Antônio MoreiraArcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2514

15


ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS, ROTEIROSHOMILÉTICOS E ORAÇÃO DOS FIÉIS

DOMINGO DA PÁSCOA(8 de abril de 2012)

a) Orientações litúrgicas

Sugestões:• Abrir a Procissão de Entrada com o Círio Pascal ou, onde não for possível,

acendê-lo depois do Canto de Entrada. A pessoa que o acende, diz: “Benditosejas, Deus da vida, pela ressurreição de Cristo e por essa luz radiante!”Pode-se ainda incensar o Círio enquanto se canta um refrão pascal.

• Destacar e informar a todos que o Círio Pascal deste ano, feito pelos irmãos daFazenda da Esperança, é comemorativo dos 50 anos da criação da Arquidiocesede Juiz de Fora e é o mesmo em todas as paróquias e comunidades.

• O Ato Penitencial poderá ser substituído pelo Rito de Aspersão com a águabatismal abençoada na Vigília Pascal, fazendo memória do batismo. A equipe deliturgia poderá escolher fazer este rito no momento da Profissão de Fé.

b) Roteiro homilético

At 10,34a.37-43 / Sl 117 / Cl 3,14 / Jo 20,1-9

• “Ele andou por toda a parte, fazendo o bem (...) Deus o ressuscitou noterceiro dia (...) Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, operdão dos pecados” (At 10, 34ss.). A Ressurreição de Jesus é a grande açãode Deus neste mundo em favor de uma humanidade marcada pelo sofrimento epela morte. Quando ressuscita Jesus, Deus age com uma intensidade singular.Entretanto, o Deus que vence a morte e dá a vida em plenitude na Ressurreição jáestava atuando bem antes, durante toda a vida e o ministério público de Jesus:“Deus estava com ele” (At 10,38). Por meio do Nazareno, na força do Espírito,é Deus mesmo que se entretém com seu povo, “fazendo o bem e curando(...)” (At 10,38). A Ressurreição do Senhor é a coroação, o ponto alto, da ação

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2515

16

À mesa com Jesus

benfazeja de Deus. Enquanto os homens matam, Deus dá a vida: “Eles o mataram(...)mas Deus o ressuscitou (...)” (At 10,39-40). Crer em Jesus morto e ressuscitadoé crer na ação de Deus que cura, perdoa, renova e dá a vida sem limites. Eu creio naação de Deus? Eu reconheço a ação de Deus e o louvo como o salmista: “Daigraças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia” (Sl 117,1)?

• “Ele viu, e acreditou” (Jo 20,8). Segundo a Lei, duas devem ser astestemunhas (cf. Dt 19,15). João aponta duas testemunhas qualificadas do sepulcrovazio: Pedro e o “discípulo amado”. Pedro, cuja autoridade ocupa, na tradiçãoprimitiva, um lugar especial, é a referência indiscutida da fé da Igreja. O “discípuloamado” representa o amor que intui e se adianta. O amor do discípulo o fazcorrer mais depressa e também o faz acreditar antes que o sentido da Escrituraseja totalmente desvendado. O amor vê na direção certa, antecipa-se e se fazpresente. O amor acredita, antes mesmo de toda a argumentação, no Deusque age poderosamente para nos salvar. O amor do discípulo viu no sepulcrovazio e nos lençóis mortuários jogados no chão, antes mesmo das aparições doRessuscitado, um sinal que aponta para algo decisivo: a ação de Deus, que deixaa morte para trás. O amor me faz ver que Deus está próximo e agindo? O amorme impele para Deus e para o bem, mesmo diante dos obstáculos de um mundosecularizado e desumano?

• À mesa com Jesus. Quando nossa Arquidiocese de Juiz de Fora celebra ocinquentenário de sua elevação a sede de Província Eclesiástica, nós nospreparamos para a grande solenidade de Corpus Christi no Estádio Municipal arealizar-se no próximo dia 7 de junho. Estaremos com toda a Arquidiocese àmesa com Jesus, para a grande celebração da Eucaristia. Pela liturgia, de modoespecial pela Eucaristia, Deus continua agindo. Deus continua fazendo o bem ecurando. Deus continua entregando-se-nos e distribuindo-nos a vida. Trata-sedo mesmo Deus que agiu em Jesus e por Jesus, o Deus que o ressuscitou dosmortos. Deus age e a Igreja reconhece sua ação: eis porque a Eucaristia é, a umsó tempo, ação de Deus que salva o homem e ação de graças da Igreja quereconhece os benefícios de Deus. A Eucaristia não é mera recordação deeventos passados, mas a proclamação que torna atuais as maravilhas queDeus realizou por todos os homens. À proclamação das maravilhas de Deusoperadas em Cristo, queremos ajuntar os inúmeros benefícios recebidos nestes50 anos de Arquidiocese, fruto também do mistério pascal do Senhor, paracantarmos a grande Ação de Graças e revivermos o mistério da nossa Redenção.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2516

17


c) Oração dos fiéis

Sugestão: A cada Domingo, escolher 4 ou 5 pessoas, de acordo com o númerode orações, para fazer a oração comunitária. Deixar preparado perto doCrucifixo ou ao pé do Atar um recipiente com brasas de carvão. A cada prece,aquele que a elevou em nome da comunidade, colocará uns grãos de incensono carvão em brasa. O incenso leva até Deus o nosso louvor, nossa súplica,nosso pedido...

Cel.: Oremos a Cristo, autor da vida, a quem Deus ressuscitou dos mortos, pelanossa Província Eclesiástica de Juiz de Fora, que no dia 14 de abril completará cinquentaanos de criação; e digamos:

Todos: Senhor, fazei de nós, vossos fiéis, discípulos e discípulas.

1. Cristo Jesus, ajudai com vossa luz, que brilha nas trevas, os bispos, os padres eos diáconos na condução do vosso povo que está na Arquidiocese de Juiz deFora; rezemos:

Todos: Senhor, fazei de nós, vossos fiéis, discípulos e discípulas.

2. Senhor Jesus, vossa paixão na cruz trouxe-nos a salvação, garantindo-nos a vida;fazei que todo o povo de nossa Arquidiocese seja sinal de alegria e louvor pelavossa ressurreição; rezemos:

3. Senhor, o Sínodo que foi realizado em nossa Arquidiocese apontou para horizontesque vislumbram a face do vosso Filho Jesus em cada irmão e irmã; fazei com quebispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, leigos, leigas, todos juntostrabalhemos pelo crescimento do Reino; rezemos:

4. Senhor Jesus, Filho do eterno Pai, nosso mestre e nosso irmão, sumo e eternosacerdote; enviai para a messe que está na porção de vosso povo, a Arquidiocesede Juiz de Fora, muitos santos e dignos sacerdotes; rezemos:

Conclusão espontânea feita pelo celebrante

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2517

18

À mesa com Jesus

2º DOMINGO DA PÁSCOA(15 de abril de 2012)

Domingo da Divina Misericórdia

a) Orientações Litúrgicas

Celebrando o segundo Domingo da Páscoa, São Lucas nos apresenta, no relatodos Atos dos Apóstolos, como era a vida da primitiva comunidade cristã: os fiéis eramum só coração e uma só alma. Lucas nos faz perceber que o testemunho da ressurreiçãose baseia na prática de “colocar e ter tudo em comum”. Onde se põe tudo em comum enão há necessitados, aí a ressurreição é testemunhada.

Somente quando estava reunido com a comunidade dos discípulos é que Tomépôde ver e sentir a presença do Ressuscitado, e só assim aclamar: “Meu Senhor e meuDeus!”. A presença e a experiência do Ressuscitado se dá somente quando se vive emcomunidade. A grande festa que está sendo preparada para o dia 07 de junho, noEstádio Municipal, será a grande expressão de fé da Arquidiocese de Juiz de Fora, que,reunindo todas as suas paróquias e comunidades num só coração e numa só alma, querprofessar a mesma fé de Tomé diante de Cristo Jesus Eucarístico.

Sugestões:

• Acender o Círio Pascal logo após o Canto de Entrada. Quem o acende, podeassim dizer: “Bendito sejas, Deus da vida, pela ressurreição de Cristo e poressa luz radiante! Bendito sejas pelos cinquenta anos da nossa Arquidiocesede Juiz de Fora”. Pode-se ainda incensar o Círio enquanto se canta um refrãopascal, como: Ó vem cantar comigo, irmão, nesta festa da ressurreição!, ouum outro canto apropriado e mais conhecido da comunidade.

• No Ato Penitencial, sendo a Festa da Divina Misericórdia, pode-se preparartrês invocações, convidando a assembleia a recordar tantas pessoas por quemdevemos ter um olhar de misericórdia, reconhecendo em cada uma delas a presençado Senhor: doentes, idosos, presos, abandonados e excluídos, os que não têmacesso à saúde digna, os que pedem nosso perdão, etc... Após cada invocação,pode-se cantar o refrão: Entre nós está e não conhecemos, entre nós está enós o desprezamos!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2518

19


• No final da celebração, motivar todos a se fazerem presentes na festa de CorpusChristi no Estádio Municipal em Juiz de Fora para, como Tomé, aclamar: “MeuSenhor e meu Deus!”


At 4,32-35 / Sl 117 / 1Jo 5,1-6 / Jo 20,19-31

• “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4,32). Lucasapresenta um dos frutos mais visíveis e concretos do mistério da Páscoa do Senhor:a comunhão entre aqueles que acreditam, comunhão cuja raiz é a fé e que se expressamuito concretamente na partilha dos bens materiais. Enquanto “os apóstolos davamtestemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4,33), “entre eles ninguém passavanecessidade” (At 4,34). A Igreja é, na verdade, uma comunhão: comunhão deDeus com os homens por meio de Jesus, dos homens com Deus por meio da fé, edos homens entre si por meio do amor fraterno. Lucas soube apresentar muito bema dinâmica íntima da vida da Igreja ao destacar a koinonia. Muito mais que umretrato da comunidade primitiva, é-nos apresentado o ideal que devemos semprebuscar concretizar como Igreja de Cristo que somos. Se cremos em um sóSenhor, devemos ser uma só alma, inclusive em relação aos bens materiais. Aomenos, ninguém deveria passar necessidade dentro da Igreja. Esse será o nossogrande testemunho, a grande propaganda da fé na Ressurreição, diante de um mundoque é individualista e consumista, mas que não perdeu completamente a sensibilidadepara a verdade e o bem, pois que sabe admirar as coisas boas: “E os fiéis eramestimados por todos” (At 4,33).

• “Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana (...)” (Jo 20,19). Oprimeiro dia da semana veio a se chamar Domingo, o Dia do Senhor. É nesse diaque Jesus se manifesta aos discípulos, pleno de vida. Desde o início, a Igrejacelebra a Eucaristia no primeiro dia da semana, mostrando, assim, a suaimportância. O Domingo, com efeito, precisa ser revalorizado entre nós como diade uma comunhão mais intensa com o mistério de Cristo. O Evangelho fazcontrastar o medo dos discípulos e a paz que o Ressuscitado oferece. Por trêsvezes Jesus aparece dizendo: “A paz esteja convosco”. É essa paz, fruto da féno Senhor ressuscitado, que dissolveu o medo dos discípulos e deu-lhes a coragemsuficiente para continuar a obra da salvação, na força do Espírito comunicadopelo Ressuscitado. Cristo vive e age na e pela Igreja, comunidade doscrentes, a quem foi confiado o ministério da reconciliação: “A quem perdoardes

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2519

20

À mesa com Jesus

os pecados, eles lhes serão perdoados (...)” (Jo 20,23). A misericórdia divina vencea maldade dos homens. Na Igreja temos o sinal permanente da misericórdia quesalva o mundo. Quem não se reúne à Igreja, não tem a força suficiente para crer.Tomé, quando estava separado da comunidade, não conseguiu professar a fé. AIgreja é a casa da fé, e Cristo vive em seu seio. Ela é a nossa fortaleza contra todaincredulidade e contra toda tentação de fazer do cristianismo algo individualista e,por isso, inautêntico. A fé é a força que vence o mundo (cf. 1Jo 5,4-5), porque porela estamos ligados ao Deus que deu a vitória definitiva a Cristo. É o testemunho daIgreja, animado pelo Espírito, que deve gerar em nós a fé no Ressuscitado, não asprovas materiais que cada um pretenda buscar isoladamente. Tomé experimenta aforça do Senhor redivivo quando se coloca entre os discípulos, e então faz umabelíssima profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).

• À mesa com Jesus. Existe um princípio teológico que diz: “A Igreja faz aEucaristia e a Eucaristia faz a Igreja”. Quando nos colocamos à mesa comJesus para celebrar a Eucaristia, sabemos que a ação litúrgica da Igreja “faz” aEucaristia, e assim reconhecemos a importância da participação ativa e conscientede todos, do significado dos ritos e do valor de uma liturgia bem celebrada,conforme a tradição e as orientações da Igreja. No entanto, nenhum rito da Igrejateria sentido se o Senhor não agisse por meio dele. Na Eucaristia, o Senhor atuade modo especial, como sempre atuou desde os primórdios da Igreja, para edificaro seu Corpo e dar-lhe o impulso missionário, a fim de que seja o sinal dareconciliação em meio a um mundo marcado pela divisão. A Eucaristia faz a Igreja,pois que sustenta e fortalece a comunhão dos discípulos missionários comosacramento do amor salvador de nosso Deus – sacramentum caritatis. O amorreúne, não dispersa. O amor edifica, não destrói. O amor vence sempre,nunca perde. Ele é a força que pode revolucionar o mundo. Pelos 50 anos que aEucaristia vem construindo e sustentando a comunhão de nossa ProvínciaEclesiástica, devemos ser gratos. Pelos padres e bispos, que, nestes 50 anos,continuamente, vêm reunindo o povo para celebrar a Eucaristia, devemosagradecer! Por todos os que não medem esforços para que a Eucaristia seja bemcelebrada e vivida em nossa Província, queremos agradecer!


Cel.: Senhor Jesus, vossa Páscoa é a certeza de vida plena para todos nós. NestaPáscoa estamos comemorando os cinquenta anos de nossa Província Eclesiástica. Sãocinquenta anos de muitos trabalhos no anúncio da Boa Nova de Jesus. Tantos irmãos e

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2520

21


irmãs contribuíram para que o Reino de Deus aqui crescesse e oferecesse seus frutos;por isso vos louvamos:

Todos: Obrigado Senhor, pelo jubileu áureo da nossa Arquidiocese!

1. Cristo Jesus, nós vos agradecemos pelos bispos, padres, diáconos, religiosos ereligiosas, que, com muita coragem e alegria, ofereceram suas vidas ao longodesses cinquenta anos no anúncio e no serviço de vosso Reino; por isso voslouvamos:

Todos: Obrigado Senhor, pelo jubileu áureo da nossa Arquidiocese!

2. Senhor Jesus, luz que ilumina o caminho e fortalece a fé de todos os que sedispõem a vos seguir, nós vos agradecemos pelos vossos leigos e vossas leigas,que, com muita alegria, disseram sim ao vosso chamado em nossa ProvínciaEclesiástica; por isso vos louvamos:

3. Senhor Jesus, inspirastes a realização do Sínodo Arquidiocesano, fortalecendonossa comunhão no serviço ao vosso povo; por isso vos louvamos:

4. Cristo Jesus, nossa Páscoa, nós vos agradecemos porque nunca nos abandonastese sempre derramastes sobre nós as vossas graças, ensinando-nos e admoestando-nos com vossa Palavra de vida eterna; por isso vos louvamos:




“Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos e disso nóssomos testemunhas” (At 3,15). Estar à mesa com Jesus é, portanto, estar à mesa com oautor da vida e testemunhar, assim, sua presença ressuscitada no mundo. É isso quecada comunidade cristã faz cada vez que celebra a Eucaristia. Em cada Missa é opróprio Jesus quem serve o banquete da vida e ceia conosco. “Tendes aqui algumacoisa para comer?” Estar à mesa com Jesus é recordar, fazer memória de toda a

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2521

22

À mesa com Jesus

sua vida. Este encontro com Ele à mesa, que se dá em cada Eucaristia, gera emcada um dos convidados e participantes, como aconteceu com os discípulos deEmaús (Evangelho), o desejo de levar a alegria do convívio aos outros. Este anúnciotraz e oferece a presença do Ressuscitado: “Ainda estavam falando quando o próprioJesus apareceu no meio deles” (Lc 24, 36).

Sugestões:

• Jesus no Evangelho insiste: que ele seja tocado pelos discípulos para que esteso reconheçam. Sendo a comunidade-Igreja o Corpo do Crucificado Ressuscitado,pode-se, após o Evangelho, fazer a benção de um perfume, para marcar as mãosda assembleia. Assim, depois do Evangelho e de um breve instante de silêncio, opresidente da celebração convida a assembleia à oração e ao reconhecimentodos sinais e das marcas do Ressuscitado na comunidade. Logo em seguida, osministros trazem os vasos com perfumes e o presidente faz a seguinte oração debenção: Sois bendito, Senhor Deus do universo, porque nos destes teu FilhoAmado e, neste tempo de graça e salvação, nos proporcionais renovar nossavida n’Ele. Abençoai este perfume que marcará nossas mãos, a fim de querecordemos através de nossos gestos cotidianos a Ressurreição de vosso Filho,para que ajamos segundo o seu Espírito e com o nosso corpo anunciemos aPáscoa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém! Enquanto se passa o perfume nasmãos de cada um, pode-se cantar um canto apropriado, como por exemplo:“Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas...”.

• Fazer o Rito da Fração do Pão de tal modo que toda a assembleia possa ver eparticipar deste momento tão especial da Celebração Eucarística.

• Pode-se também preparar alguns pães para serem abençoados no final dacelebração e convidar as pessoas a levar este pão a alguém ausente na celebração,à semelhança dos discípulos de Emaús, que partilharam com os discípulos o pãoda Palavra e da experiência do encontro com o Ressuscitado: “Os dois discípuloscontaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesusao partir o pão” (Lc 24, 35). Onde não for possível a benção do pão, motivar aspessoas a levarem a alguém ausente a alegria de terem participado da CelebraçãoEucarística e de terem reconhecido Jesus ao partir o pão.

• Motivar as pessoas a trazerem para a celebração do próximo domingo o nomeescrito, em um pequeno pedaço de papel, de alguém que não estava na celebração:doentes, presos, pessoas que se afastaram da comunidade, etc...

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2522

23



At 3,13-15.17-19 / Sl 4 / 1Jo 2,1-5a / Lc 24,35-48

• “O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassadosglorificou o seu servo Jesus” (At 3,13). Pedro acabara de experimentar aatuação viva do Ressuscitado: pela força do nome de Jesus, fizera andar umaleijado. Por isso, anuncia o perdão e a salvação para aqueles que se arrependerema se converterem. Pedro garante aos judeus que essa salvação, ofertada no mistériode Jesus rejeitado pelos homens e glorificado por Deus, está em continuidadecom o plano salvífico que começa com os Patriarcas. Em Cristo morto eressuscitado, a aliança feita no passado encontra o seu clímax, e a salvação esperadae anunciada pelos profetas alcança o seu cumprimento. “Temos junto do Paium Defensor” (1Jo 2,1). O mistério de Cristo convida-nos a reconhecer nossasfragilidades, mas não nos deixa cair no desânimo ou no desespero, pois que ele énosso Defensor junto do Pai (cf. 1Jo 2,1-2). Por ele alcançamos o perdão dospecados, e por sua força podemos “conhecer” (cf. 1Jo 2,4) a Deus, isto é,podemos amar a Deus e realizar a sua vontade, cumprindo os mandamentos. Acaridade que levou Jesus a se entregar na Cruz é tão grande que é capaz dedissolver os “pecados do mundo inteiro” (1Jo 2,2) e realizar plenamente em nóso amor de Deus.

• “(...) o próprio Jesus apareceu no meio deles” (Lc 24,36). A catequese deLucas sobre a Ressurreição alcança o seu ponto alto quando, depois dos relatosdas mulheres vindas do sepulcro e dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24,1-33), oRessuscitado apresenta-se aos Onze com todo o realismo, a fim de dissipar todasas dúvidas. Lucas quer indicar com força a “consistência” do mistério daRessurreição. A presença de Jesus redivivo não se reduz a uma presença nebulosa– simplesmente um espírito ou um fantasma -, mas é uma presença viva e real,que, enfrentando a dificuldade de crer dos discípulos, impõe-se à vista deles. Oevangelista quer ensinar que, mesmo duvidando num primeiro momento, osdiscípulos tiveram de se render à realidade viva da Ressurreição. A manifestaçãoda ressurreição dissolveu a dúvida e, acreditando, os discípulos perceberamo nexo e a coerência que marcam a história da salvação, desde a Lei de Moisés,os Profetas e os Salmos até a Ressurreição do Senhor, e, assim, a Igreja quenascia recebeu a grave incumbência de anunciar no nome de Jesus a conversão eo perdão dos pecados a todas as nações.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2523

24

À mesa com Jesus

• Experiência da salvação na Arquidiocese. Nossa Arquidiocese, em seuâmbito geográfico e temporal, tem procurado levar adiante a história da salvação,profetizada e começada nos tempos antigos, manifestada com vigor no mistériopascal de Cristo e continuada até nossos dias na força do Espírito. Como acontecea salvação no âmbito de nossa Arquidiocese? Acontece a salvação todas as vezesem que os bispos, padres, diáconos, religiosos e leigos se experimentam comoparte de uma história de Deus com os homens que alcançou o seu ponto alto napessoa de Cristo, morto e ressuscitado, não se deixando dominar pela dúvida oupela incredulidade. Acontece a salvação quando a Arquidiocese anuncia e vive aconversão e o perdão. Acontece a salvação quando a força da Ressureição écapaz de vencer o medo e o desânimo, quando a Palavra de Deus é conhecidae amada, quando os sacramentos são administrados e quando o serviço dacaridade é exercido com vigor.


Cel.: Senhor Jesus, temos muitas dificuldades para realizar vossos projetos de amor,mas vosso Espírito nos ilumina e nos dá força para caminharmos segundo a vossa Palavra;por isso vos pedimos:

Todos: Que a vossa paz esteja conosco!

1. Senhor, fortalecei nosso Arcebispo, Dom Gil Antônio, na condução do vossopovo que está em nossa Igreja de Juiz de Fora; por isso vos pedimos:

Todos: Que a vossa paz esteja conosco!

2. Senhor Jesus, sumo e eterno sacerdote, ajudai a todos os sacerdotes no pastoreiode vosso povo desta Província Eclesiástica; que sejam testemunhas de todas asmaravilhas que aqui se realizam todos os dias; por isso vos pedimos:

3. Cristo Jesus, fostes enviado pelo Pai para nossa redenção, fortalecei o nossoSeminário Arquidiocesano Santo Antônio, que, ao longo destes anos, vemformando muitos sacerdotes, diáconos, leigos e leigas para a missão da vossaIgreja; por isso vos pedimos:

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2524

25


4. Senhor Jesus, nossas paróquias são lugares específicos da vivência da comunhãoeclesial, fazei com que elas sejam uma grande rede de comunidades para ofortalecimento da fé que nos une; por isso vos pedimos:



Domingo do Bom Pastor

Jornada Mundial de oração pelas vocaçõessacerdotais e religiosas


“Haverá um só rebanho e um só pastor”. Na celebração dos 50 anos de nossaArquidiocese, todos somos chamados a somar esforços em favor da comunhão e daunidade, como nos convoca o Sínodo: CAMINHAR JUNTOS!

Nossa Arquidiocese, ao longo de toda esta caminhada jubilar, também através denosso Seminário Santo Antônio, já formou inúmeros pastores para a nossa Igreja e paraa Igreja do Brasil: bispos, sacerdotes, diáconos e agentes de pastoral. É a vivênciaíntima com Jesus Bom Pastor que transforma cada um em “pastor”. Os pais, por exemplo,são chamados a ser pastores de seus filhos, orientando-os através do testemunho e dodiálogo. E, um dia, o filho pode tornar-se pastor dos próprios pais. Os educadoresdevem ser pastores para seus alunos; os catequistas, para seus catequizandos; os padres,para seus paroquianos... Sempre entre nós deve prevalecer a atitude do Pastor queama, que dá a mão, salva e acompanha.

Sugestões:

• No início da celebração a equipe de acolhida pode receber a todos convidando-os a escrever num crachá, ou numa etiqueta, o próprio nome. Assim, no momentoda comunhão, pode-se chamar cada um que se aproxima da mesa da Eucaristiapor seu nome.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2525

26

À mesa com Jesus

• Para o Ato Penitencial: Jesus afirma conhecer suas ovelhas e que essas oconhecem. A partir daí somos chamados a refletir: “É verdade queconhecemos Jesus, nosso Pastor, a partir de uma relação de amor e intimidadevivida com ele?”

• O nome expressa e carrega a história de cada um. Assim, no final dacelebração, ou em outro momento oportuno, convidar a todos a depositaremjunto da imagem ou do cartaz do Cristo Bom Pastor o crachá com seu nome,simbolizando a entrega da própria vida, reconhecendo Cristo como o BomPastor. Neste momento, deposita-se também o nome das pessoas ausentesna celebração (conforme motivação do domingo passado), entregando-astambém, como ovelhas feridas, aos ombros do Cristo Bom Pastor.


At 4,8-12 / Sl 117 / 1Jo 3,1-2 / Jo 10,11-18

• “É pelo nome de Jesus de Nazaré” (At 4,10). Depois de ter curado o aleijado,Pedro teve de enfrentar as autoridades judaicas, que se recusavam a aceitar Jesuscomo o Messias. Diferentemente daquela última noite diante da criada do SumoSacerdote, o primeiro dos apóstolos já não está medroso e titubeante. Com firmezae vigor testemunha que a cura foi realizada pelo nome de Jesus e que não se podeesperar outro nome pelo qual devamos ser salvos. O nome representa a pessoae a obra de Jesus, que continua agindo pelo ministério dos apóstolos. A curarealizada por Pedro mostra que a salvação atinge o hoje da Igreja. A obra deJesus tem como finalidade estabelecer uma comunhão tão íntima entre nós e o Paia ponto de podermos ser chamados de filhos de Deus. A primeira carta de Joãodiz que nós somos de fato filhos de Deus; isso porque o Pai nos adotou emCristo e nos gerou de novo segundo a sua vida divina. Esse é o grande presentedo Pai. Ninguém de nós merecia tanto. Entrar em comunhão íntima com aDivindade é um privilégio para todos os que creem em Jesus. Essa comunhãoiniciada agora não é estática, mas dinâmica, e levar-nos-á um dia à glória da plenavisão, que traz consigo a salvação completa e a libertação de todos os males.

• “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). A alegoria do pastordas ovelhas é uma imagem cara ao profeta Ezequiel. O profeta, na verdade, atribui

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2526

27


a responsabilidade das mazelas e dos males do povo aos chefes, que, ao invésde cuidar do rebanho que lhes foi confiado, cuidaram dos próprios interesses.Deus, então, decide afastar os chefes e tomar o cuidado do povo diretamentesobre si (cf. Ez 34). Jesus retoma essa imagem para dizer que, nele mesmo,Deus cumpre a promessa. Ele é o bom pastor enviado por Deus. O bompastor não abandona as ovelhas quando chega o perigo; conhece a cada uma ese importa com suas necessidades; interessa-se também por aquelas que aindaestão longe; o pastor que é verdadeiramente bom dá a vida pelas ovelhas. Essaimagem utilizada por Jesus coloca a Igreja diante da certeza de ser amada emcada um de seus membros e do desafio de amar concreta e universalmente, àsemelhança do Pastor.

• Ao celebrarmos os 50 anos de nossa Província Eclesiástica e confrontadoscom a Palavra de Deus, surgem algumas questões: os trabalhos pastorais daProvíncia têm deixado transparecer como deve o poder do nome de Jesus? Comotemos anunciado a salvação pelo nome de Jesus? Esse anúncio está prolongandorealmente a ação do Bom Pastor? Está atento às necessidades concretas daspessoas? Está atento à urgência da intimidade com Deus? Nosso anúncio levana devida consideração a vida de comunhão com Deus que se desabrocharáplenamente na visão face a face? Se disso não cuidamos, corremos o risco deapenas manter estruturas em funcionamento sem que a ação viva do Bom Pastorseja sentida e experienciada de modo pessoal e comunitário. Temos muitas coisasboas na história de nossa Província Eclesiástica. Temos agora o I SínodoArquidiocesano a nos iluminar o caminho. Precisamos deixar que a imagem doBom Pastor nos inspire atitudes e ações para continuar, cumprir, corrigir, melhorar...E isso a fim de que a salvação aconteça no hoje de nossa história. Hoje devemosrezar pelas vocações sacerdotais e religiosas, pedindo ao Senhor que nos dêpastores segundo o seu coração.


Cel.: Jesus é o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Ele congrega e reúne. Eleconhece cada uma das ovelhas. Nesse dia da Jornada Mundial de oração pelas vocaçõessacerdotais e religiosas, vos pedimos pela nossa Província Eclesiástica, clamando:

Todos: Envia, envia, Senhor, operários para a messe. Escuta, escuta, esta prece,multidões te esperam, Senhor! (cantado)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2527

28

À mesa com Jesus

1. Senhor, nossa Província Eclesiástica possui uma grande extensão. Precisamosde muitos operários que possam trabalhar na vossa Igreja; por isso vosclamamos:

Todos: Envia, envia, Senhor, operários para a messe. Escuta, escuta, estaprece, multidões te esperam, Senhor! (cantado)

2. Senhor, nossa Arquidiocese vem colaborando com a missão na Diocese deÓbidos; pedimos pelos Padres Sérgio Renato e Rodney, para que sejamfortalecidos com a vossa graça; por isso vos clamamos:

3. Senhor, suscitai no coração de muitos jovens o desejo pelo serviço do vossoReino como discípulos missionários; por isso vos clamamos:

4. Cristo Jesus, Bom Pastor, fazei com que muitos leigos e leigas de nossaProvíncia Eclesiástica respondam ao vosso chamado na construção de umasociedade justa e solidária; por isso nós vos clamamos:


5º DOMINGO DA PÁSCOA(06 de maio de 2012)


“Eu sou a videira verdadeira” – afirma Jesus no Evangelho. Já na primeiraleitura, Lucas afirma que a Igreja vivia em paz, consolidando-se e progredindo notemor do Senhor e crescendo ainda em número com a ajuda do Espírito Santo. ORessuscitado se serve de uma nova comunidade, como povo de Deus, dando-lhea missão de construir um mundo novo, na paz e na justiça. Ser membro dessepovo é ser ramo da videira. É importante verificar sempre se os frutos que nossascomunidades estão produzindo são prova ou negação dessa nossa união comCristo.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2528

29


Sugestões:

• Após a homilia, fazer um momento de silêncio. Logo após cantar o refrão: Eusou a videira, meu Pai é o agricultor. Vós sois os ramos, permanecei no meuamor. Esse canto é também sugestão para o momento da comunhão.

• Preparar a procissão das oferendas valorizando o sinal do pão e do vinho.Sugestão de música para a apresentação das oferendas: O trigo e a uva, do Pe.Fábio de Melo.

• Pensar e preparar a distribuição da comunhão sob as duas espécies.

• Convidar a todos a preparar durante essa semana, nas casas, uma bela mesa deconvivência, de partilha, do pão de cada dia, em vista do dia das mães no próximodomingo. Tal gesto nos prepara também para a grande mesa da famíliaarquidiocesana no dia 07 de junho, onde todas as nossas comunidades se sentarão“à mesa com Jesus” no Estádio Municipal em Juiz de Fora.


At 9,26-31 / Sl 22 / 1Jo 3,18-24 / Jo 15,1-8

• “Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fossediscípulo” (At 9,26). A dificuldade enfrentada por Paulo (Saulo) de ser aceitona comunidade dos crentes retrata a dificuldade que muitas vezes podemos verificarno seio de nossas comunidades. Pessoas que, como Paulo, recebem o dom da féem Cristo e desejam contribuir com a ação missionária da Igreja encontram, muitasvezes, obstáculos por causa de um perigo a que as comunidades estão expostas:o fechamento em si. A autêntica dinâmica da vida da Igreja é, ao contrário, aabertura e o acolhimento promovidos pelo amor efetivo: “Filhinhos, nãoamemos só com palavras e de boca, mas com ações e verdade” (1Jo 3,18).Devemos, como Igreja, espantar a tentação de proclamarmos o amor com palavrase, contraditoriamente, o negarmos com nossas atitudes. O que minhacomunidade pode fazer para acolher bem aqueles que se encontraram comJesus na fé?

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2529

30

À mesa com Jesus

• “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4). A relação de Jesuscom os crentes é muito maior do que a mera relação formal entre um mestre e seusdiscípulos. É uma relação de vida. Como os ramos recebem a vida que vem davideira, assim a Igreja é constantemente alimentada pela vida divina que vem deJesus (o tronco) e do Pai (o agricultor). Somos convidados a participar da vida deDeus! E isso é realmente grandioso! Os sacramentos são os grandes canaispelo quais nos chega a vida divina. Todos eles, cada qual a seu modo, tiram suaeficácia do mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. A comunhão devida com Cristo deve expressar-se pelos frutos produzidos, que se tornam, por suavez, o critério para constatar a existência real dessa comunhão. Os frutos são: aobservância dos mandamentos (15,10) e o amor fraterno (15,12).

• Discípulos missionários na Província Eclesiástica. Quantas pessoas, nahistória da nossa Província Eclesiástica, puderam viver da vida de Cristo! Quantaspessoas puderam encontrar nos sacramentos da Igreja os canais da graça e dasalvação que vem de Deus! Quantas pessoas produziram muitos frutos em virtudede sua intensa comunhão com o Senhor! A história da Província Eclesiástica otestemunha! O Sínodo Arquidiocesano está a nos pedir que essa dinâmica continuee se aperfeiçoe. A grande tentação que devemos debelar é a de não darmoslugar para novos discípulos missionários. O Senhor chama e estabelece umacomunhão de vida com pessoas que, por vezes, não são bem recebidas nas fileirasde nossas organizações pastorais. Precisamos ficar atentos para não excluir o queDeus deseja incluir.


Cel.: Nossa Arquidiocese só pôde chegar até aqui porque permanece firme em Cristo,como o ramo permanece na videira. Somente ligados ao Cristo é que podemos daros frutos. Sem ele nada podemos e nada somos. Por isso, queremos clamar ao Pai, ogrande agricultor:

Todos: Fazei com que nossa Província Eclesiástica cresça sempre mais, namissão de levar Cristo a todos e todos a Cristo.

1. Senhor, fazei com que bispos, padres, diáconos, religiosos e religiosas testemunhemcom firmeza e coragem, em nossa Província Eclesiástica, o Cristo Ressuscitado,Luz dos povos; assim vos pedimos:

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2530

31


Todos: Fazei com que nossa Província Eclesiástica cresça sempre mais,na missão de levar Cristo a todos e todos a Cristo.

2. Senhor, dai-nos a vossa luz e sabedoria para que, com o testemunho de nossacomunhão eclesial, possamos produzir os frutos para o vosso Reino; assim vospedimos:

3. Senhor, fazei com que a Cúria Metropolitana, o CEFLÃ e a CatedralMetropolitana, espaços de administração, formação e espiritualidade, sejam sinalda presença de vosso Filho amado nesta terra tão querida da Arquidiocese deJuiz de Fora; assim vos pedimos:

4. Senhor, não permitais que nos desgarremos da Videira que é o vosso Filho JesusCristo; assim vos pedimos:

5. Cristo Jesus, vossa comunicação trouxe-nos a redenção e a garantia da vidaeterna; por isso vos pedimos pela Semana de Comunicação que acontecerá emnossa Arquidiocese, do dia 8, próxima terça-feira, ao dia 12, sábado; assim vospedimos:


6º DOMINGO DA PÁSCOA(13 de maio de 2012)


Neste tempo pascal, celebrar o amor de Jesus significa traduzi-lo em fatos concretosque geram vida nova e plena com dignidade e direitos para todos. É necessário reconhecero Cristo no rosto de cada irmão e irmã, rompendo com todos os preconceitos de raça,credo, sexo e cor.

Sugestões:

• Buscar uma forma de valorizar a centralidade da Mesa Eucarística, que nesteDomingo pode ser sugestivamente preparada pelas mães, que no início da LiturgiaEucarística poderão entrar em procissão trazendo tudo aquilo que será utilizadona mesa eucarística: toalhas, velas, cálice e vasos sagrados com o pão e o vinho.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2531

32

À mesa com Jesus

Não são elas que, na maioria de nossas casas e famílias, preparam com carinho,cada dia, a mesa da refeição? Reforçar a ideia de que essa celebração tem tambémcomo objetivo preparar nosso encontro “à mesa com Jesus” no Estádio Municipal,no próximo dia 07 de junho.

• Preparar uma bonita benção final para as mães.


At 10,25-26.34-35.44-48 / Sl 97 / 1Jo 4,7-10 / Jo 15,9-17

• “(...) ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a naçãoa que pertence (At 10,35). Na casa do pagão Cornélio, Pedro aprendeu (e comele toda a Igreja primitiva) que Deus não olha para o que separa os homens e osdivide em grupo A, B ou C. Esse seria um critério puramente humano e limitado,indigno do amor de Deus. Deus olha, antes de tudo, o coração bem dispostoe a vontade de agir retamente (“quem o teme e pratica a justiça”). Eis,então, única coisa requerida para participar da salvação e dos bens oferecidospor Cristo, salvação que chega pelo poder do Espírito e pelo batismo. Não épreciso ser primeiramente judeu para receber os benefícios de Deus em Cristo.Basta ter o coração aberto ao bem. Foi observando, com espírito de fé, as obrasmaravilhosas do Senhor ao longo da história da salvação e a gratuidade de seusbenefícios que o autor da 1Jo pôde afirmar: “Deus é amor” (1Jo 4,8) e “o amorvem de Deus” (1Jo 4,7).

• “Permanecei no meu amor” (Jo 15,9). O verbo que dá a chave de interpretaçãoda perícope evangélica de hoje é “permanecer”. Jesus continua a desenvolver aimagem da videira e dos ramos. Por isso, a palavra de ordem é permanecerligado a ele ou em comunhão com ele. Vemos que a fonte do amor está no Paique ama a Jesus, que, por sua vez, permanece no amor do Pai e ama os discípulos.A vida e o amor do Pai chega até nós por meio do Filho que nos ama e nosconvida a permanecer no seu amor. A iniciativa é toda de Deus, que, no Filho, “dáa vida pelos amigos” (Jo 15,13). Esse amor divino gratuito – agápe – suscitaem nós a alegria de sermos amados com um amor eterno – “a vossa alegriaseja plena” (Jo 15,11) -, e nossa resposta só poderá ser a de permanecer nesseamor cumprindo o mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”(Jo 15,12). Sentindo-nos amados por Deus, somos impelidos a amar também. Afonte da vida divina que é derramada sobre nós deve se espalhar através de nós.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2532

33


• 50 anos de história de amor. Não podemos deixar de reconhecer que, ao longodesses 50 anos da história da nossa Província Eclesiástica, Deus tem derramadolargamente o seu amor que inclui os homens e as mulheres nos benefícios deCristo através de sua Igreja. A Santa Igreja, como “sacramento universal dasalvação” (Lumen Gentium), tem como tarefa principal abrir a todos oacesso aos tesouros de Cristo. Num mundo onde a fé não recebe mais alimento,essa é a tarefa irrenunciável da Igreja. Se é verdade que ninguém pode ser forçadoa aceitar a fé, é verdade também que nenhum dos que buscam com sinceridade eretidão o rosto do Senhor deve ser excluído do ingresso e da permanência nacomunidade dos fiéis. Devemos ter os olhos sempre atentos para a ação de Deusnos corações que o temem e praticam a justiça, sejam eles de onde forem. Essescorações bem dispostos são trabalhados pelo amor de Deus e estão destinadospor Deus mesmo a alcançar a plenitude da salvação em Cristo. Que nossasparóquias, com as luzes do I Sínodo Arquidiocesano, facilitem esse caminho! Aocelebrarmos hoje o dia das mães, não podemos também deixar de reconhecerque o amor materno é um reflexo privilegiado do amor divino. Quantas mãesencaminharam seus filhos para Deus na história de nossa Província! Elas são asprimeiras catequistas a transmitir o amor incondicional do Senhor.


Cel.: Hoje, Jesus nos ordena: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo” (Jo15,12). A Província Eclesiástica só continuará crescendo se o amor for proclamado edifundido entre nós. Para estarmos à mesa com Jesus na festa do seu Corpo e deseu Sangue, queremos pedir:

Todos: Que a nossa Província Eclesiástica seja sinal do vosso amor.

1. Jesus, fizestes de vossa mãe a nossa mãe; rogamos, pela intercessão de Maria,por todas as mamães, para que, com ternura e amor, saibam educar seus filhos efilhas na fé, vos pedimos:

Todos: Que a nossa Província Eclesiástica seja sinal do vosso amor.

2. Senhor Jesus, que a Arquidiocese de Juiz de Fora, a Diocese de São João DelRey e a Diocese de Leopoldina, que formam esta Província Eclesiástica, sejamespaços da vivência do amor fraterno como testemunho do vosso maiormandamento, vos pedimos:

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2533

34

À mesa com Jesus

3. Cristo Jesus, para que a alegria plena se difunda em cada irmão e irmã da nossaProvíncia Eclesiástica; assim vos pedimos:

4. Senhor, que a nossa alegria consista em vos servir com amor na pessoa dosirmãos e irmãs que mais necessitam, principalmente os mais pobres e sofredores,vos pedimos:

5. O Sínodo Arquidiocesano inspirou a criação de três Vicariatos Episcopaisabrangendo seis ambientes: Caridade, Vida, Família, Juventude, Educação eCultura. Para que o amor seja sempre o condutor de todos os trabalhos destesvicariatos, vos pedimos:


SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR(20 de maio de 2012)

Início da Semana de Oração pela Unidade dos CristãosDia Mundial das Comunicações Sociais


Na primeira leitura, vemos é que justamente durante uma refeição que acontece apromessa do dom do Espírito Santo. A Ascensão do Senhor não significa o seuafastamento, mas a sua presença no anúncio e no testemunho da comunidade cristã.Nosso encontro no Estádio Municipal de Juiz de Fora, dia 07 de junho, “à mesa comJesus”, é a grande oportunidade de darmos e oferecermos nosso testemunho de fé.

Sugestões:

•Valorizar o “Corações ao alto!”, aproveitando para se fazer uma pequena catequese.Durante o diálogo inicial do Prefácio, o presidente da celebração convida a assembleiapara que eleve ao céu seu coração. A resposta é muito significativa: “O nosso coraçãoestá em Deus!”. Teodoro de Mopsuéstia, comentando esse diálogo, afirma que oconvite que se faz à assembleia é para que transportemos o nosso coração ao céu,no sentido de percebermos que, apesar de realizarmos essa liturgia na terra, é parao alto (Deus, céu) que devemos nos dirigir. É a ascensão da terra ao céu!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2534

35


• Explicar que a partir desse Domingo, até o Domingo da Santíssima Trindade,iremos intensificar nossas orações em preparação à grande Celebração Eucarísticaque acontecerá no Estádio Municipal em Juiz de Fora, no dia 07 de junho. Explicaro uso do folheto que será entregue no final da celebração.

• AAscensão do Senhor exalta nossa condição de testemunhas e missionários deJesus Cristo Ressuscitado. Motivar, ao final da celebração, que cada um convidemais uma pessoa para ir consigo ao Estádio Municipal.

• Para os que desejarem, poderá ser feito essa semana (se já não está sendo feitode outro modo) o setenário de preparação para a festa “À mesa com Jesus”,substituindo assim a novena de Pentecostes.


At 1,1-11 / Sl 46 / Ef 1,17-23 / Mc 16,15-20

• “Mas recebereis o poder do Espirito Santo que descerá sobre vós, paraserdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria,e até os confins da terra” (At 1,8). Os discípulos, que vão ficar privados dapresença visível do Senhor ressuscitado, recebem a promessa da efusão doEspírito. Cristo, na verdade, embora já não possa ser visto pelos olhos carnais,continua presente pela força do Espírito, e isso é que torna possível a missão daIgreja até os confins da terra. A Igreja não deve ficar envolvida por umsaudosismo despropositado da presença visível do Senhor, a ponto deesquecer-se da presença não menos real do Cristo em seu meio peloEspirito. Ele está vivo na sua Palavra e nos sacramentos da Igreja. É a força doEspírito faz da Igreja o Corpo de Cristo (cf. Ef 1,23) e a torna capaz de atuarconcretamente no mundo e de transformá-lo à semelhança do céu que nos foiprometido e que esperamos. Crer no céu não nos deve paralisar, mas, ao contrário,estimular-nos a solicitude pelo aperfeiçoamento desta terra e fazer dela um esboço,ainda que pálido, da nova criação, cuja manifestação plena aguardamos por ocasiãoda nova vinda de Cristo.

• “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura” (Mc16,15). Qual é o Evangelho que a Igreja deve anunciar? É difícil resumi-lo empoucas palavras. Mas devemos dizer que o Evangelho é a alegre e boa notícia deque somos amados pelo Amor eterno e que, em Cristo e pela força do Espírito,somos introduzidos na vida íntima de Deus. O Evangelho diz que a humanidadetem um destino transcendente, porque vamos para o Pai seguindo o caminho

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2535

36

À mesa com Jesus

percorrido por Jesus, e comum, porque o anúncio desta alegre notícia é paratodos. O grande meio para participarmos da promessa do Evangelho é a fé quedeve levar ao batismo: “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16,16). Comoa Igreja realizará o anúncio? A resposta só pode ser: indo por aí, criando epercorrendo caminhos até o pobre, a família, o esposo, a esposa, o irmão,a irmã, o amigo, o vizinho, o colega, o patrão, o empregado... Sem a ação deir não se pode cumprir o mandato de Jesus: “Ide” é a palavra de ordem. E para ir,é preciso, muitas vezes, criar caminhos novos. O Cristo que está em Deus Pai nossustenta invisivelmente pelo Espírito.

• A missão de anunciar. Como nossa Província Eclesiástica tem anunciado oEvangelho? Saber comunicá-lo é também uma arte que precisa ser aprendida econstantemente aperfeiçoada. De duas coisas não devemos descuidar: a) OEvangelho não se reduz a uma mensagem puramente terrestre, mas nosordena para a nossa realização sobrenatural em Deus. A humanidade de Jesusque sobe ao céu é o grande sinal de que nossa meta é transcendente. b) OEvangelho deve iluminar-nos e estimular-nos a transformar este mundosegundo a vontade de Deus, fazendo dele um reflexo do Reino que esperamos. Ocompromisso com as realidades concretas não pode faltar. Ao celebrarmos os 50anos da Província Eclesiástica de Juiz de Fora, peçamos a Deus a graça decomunicar bem o Evangelho e de nos deixar iluminar por ele, buscando sempre aunidade entre todos os que creem no Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.Que as orientações do I Sínodo Arquidiocesano recolhidas no Documento Sinodalnos ajude! Valer-se dos modernos meios de comunicação é uma tarefa imperiosapara nós. Na Arquidiocese de Juiz de Fora, temos tido muitas iniciativas nessesentido. Temos atualmente, em nível arquidiocesano, a Rádio Catedral 102,3 FM,a Folha Missionária, o Site da Arquidiocese, etc. A paróquia precisa tambémaprender cada vez mais a arte de comunicar bem o Evangelho, a começar pelocuidado com a aparelhagem de som das igrejas.


Cel.:A Ascensão do Senhor Jesus é a certeza de que Ele confia em nós para pregar oEvangelho a toda criatura. Nossa missão é clara e não pode ser negligenciada. A presençae a ação de Jesus vão continuar por meio da presença e da ação da Igreja. Por isso,vamos elevar ao Senhor Jesus nossa certeza, cantando:

Todos: “Pois é urgente anunciar tempo novo que já vem, com esperança renovadae entusiasmada. Ide! Fazei discípulos meus”. (cantado)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2536

37


1. Senhor Jesus, que a nossa presença seja um sinal de vossa ressurreição para osnossos irmãos e irmãs que estão enfermos, nas prisões e abandonados; cantemos:

Todos: “Pois é urgente anunciar tempo novo que já vem, com esperançarenovada e entusiasmada. Ide! Fazei discípulos meus”. (cantado)

2. Cristo Jesus, que o anúncio da Boa Nova e o testemunho de nossa fé possamgarantir a vida para os nossos irmãos e irmãs que perambulam perdidos pelasestradas da vida; cantemos:

3. Senhor, que a Fazenda da Esperança criada em nossa Arquidiocese seja um lugarde recuperação do sentido da vida e da fé para os jovens que sofrem com asdrogas; cantemos:

4. Maria na festa de Caná, disse aos servos: “Fazei tudo o que ele vos disser”(Jo 2,5). Que, na escuta e na obediência ao Cristo Jesus, possamos cumprirfielmente os seus ensinamentos; cantemos:

5. Estamos iniciando a semana de orações pela unidade dos cristãos. Que a nossaProvíncia Eclesiástica proclame com os seus trabalhos a unidade entre todos oscristãos; cantemos:


DOMINGO DE PENTECOSTES(27 de maio de 2012)


O Espírito Santo não é dado exclusivamente a uma pessoa, mas é dado àcomunidade. O Evangelho realça essa verdade ao dizer que os discípulos estavamreunidos. Por isso, já no terceiro século, Hipólito de Roma dizia que a comunidade é olugar onde o Espírito Santo floresce. Não é em comunidade que nos reunimos aosDomingos para buscar a paz que só Cristo nos dá? O Espírito Santo realiza em nossasliturgias aquilo que realizou no coração e no seio de Maria: gera o Cristo.

Sugestões:

•Valorizar os diversos ministérios da comunidade: pode-se preparar um cartaz comuma mesa e com a frase “À mesa com Jesus” e ir colocando nele, durante o canto

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2537

38

À mesa com Jesus

do Hino de Louvor, o nome das pastorais e ministérios da comunidade. Todosesses ministérios e trabalhos pastorais nos ajudam a estar sempre “à mesa comJesus”. Lembrar que no Estádio, dia 07, estarão presentes representantes detodos os ministérios, serviços e trabalhos pastorais da Arquidiocese.

• Cantar a Sequência.

• Motivar a oração do Jubileu Áureo, onde for possível, ao redor do Círio Pascal,ou com as mãos estendidas na sua direção. No final se apaga solenemente oCírio Pascal. Abaixo segue sugestão do rito para o momento.

• Entregar o segundo folheto e motivar sua leitura e uso em casa ao longo dasemana.

Rito para apagar o Círio Pascal

Terminada a oração depois da comunhão o Sacerdote se dirige junto ao círio ainda acesoe faz uma breve introdução à liturgia da luz:

Irmãos e irmãs, na noite na qual se deu vida ao alegre tempo Pascal, o “dia de cinquentadias”, no momento de acender o Círio, nós aclamamos a Cristo, nossa Luz. E a luz do Círio pascalnos acompanhou nestes cinquenta dias e contribuiu não pouco a nos fazer recordar a granderealidade do Mistério pascal.

Hoje, no dia de Pentecostes, ao fechar-se o Tempo da Páscoa, o Círio é apagado. Estesinal nos é tirado, também porque, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado e cheiosdo fogo dos dons do Espírito Santo, agora, devemos ser nós “Luz de Cristo” que se irradia,como uma coluna luminosa que passa no mundo, em meio aos irmãos, para guiá-los no êxodoem direção ao céu, à “terra prometida”, definitiva.

Veremos agora, no desenrolar do ano litúrgico, resplender a luz do Círio Pascal, sobretudoem dois momentos importantes do caminhar da Igreja: Na primeira Páscoa que viveram os seusfilhos com a recepção do Batismo, e por ocasião da última Páscoa, quando, com a morte,ingressarão na verdadeira vida.

Canta-se o canto: “Sim, eu quero que a luz de Deus que um dia em mim brilhou...” ou outrosemelhante.

Terminado o canto, o Sacerdote faz a inclinação ao Círio Pascal, e o apaga. Depois, voltado

para o povo, reza.

Digna-Te, ó Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, acender as nossas lâmpadas da fé; que em Teu

templo elas refuljam constantemente, alimentadas por Ti, que sois a luz eterna; sejam

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2538

39


iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as

trevas do mundo. Faz que vejamos, contemplemos, desejemos somente a Ti, que só a Ti amemos,

sempre no fervente aguardo de Ti. Que vives e reinas pelos séculos dos séculos.

E toda a assembleia aclama, cantando:

Amém! Amém! Amém!


At 2,1-11 / Sl 103 / 1Cor 12,3b-7.12-13 / Jo 20,19-23

• “De repente, veio do céu um barulho (...)” (At 2,2). O Espírito Santosobreveio à Igreja do céu... E veio como um barulho para agitar a Igreja ecolocá-la na rota da missão. Aquilo que acontecera a Jesus de Nazaré nãopode ficar escondido, pois que é decisivo para a história da humanidade epara cada homem em particular. A Igreja tem de anunciá-lo. Não é tão somentepela própria força que a Igreja cumpre a sua missão, atingindo todos oshomens, de diversos povos e culturas. As nossas reuniões, organizações eestratégias são necessárias, mas não bastam. A Igreja precisa sempre contarcom o “barulho que vem do céu”. E o Espírito não a abandona; ao contrário,é ele quem suscita e reúne a Igreja e a mantém sempre viva, santa e santificadora.Sem a santa inquietação que o Espírito imprime em nós, nada de frutuosopodemos realizar para o Reino de Deus. É esse mesmo Espírito que leva cadacristão a dar a sua contribuição pessoal para o anúncio do Evangelho. Cadabatizado, inspirado pelo Céu, deve encontrar um jeito de colaborar,pois que “há diversidade de dons” (1Cor 12,4).

• “Como o Pai me enviou, também vos envio” (Jo 20,21). Essas palavrasde Jesus ressuscitado, ao comunicar o Espírito, mostram a sacramentalidadeda Igreja. O mistério invisível do Pai se mostrou visível em Jesus, o Cristo.Essa visibilidade continua na história através da Igreja, enviada e animada naforça Espírito. Assim como Jesus foi enviado pelo Pai, a Igreja é enviada porJesus, e a salvação oferecida por Deus à humanidade não deixa de ter umareferência visível entre os homens. “Durante este tempo da Igreja, Cristovive e age em sua Igreja e com ela de forma nova, própria destetempo novo” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1076). É claro que Deusse vale de homens frágeis para anunciar o Evangelho do perdão e da graça,mas esse anúncio é eficaz porque o Espírito mesmo lhe dá a sustentação e

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2539

40

À mesa com Jesus

todo o suporte. Anunciar e tornar realidade o perdão de Deus e a libertação,abrindo aos homens de nosso tempo o acesso a Deus, não a qualquer deus,mas ao Deus que fala por Jesus, é a principal tarefa da Igreja.

• O Espírito sopra e anima a Igreja a estar à mesa com Jesus e mostrá-lovivo aos homens. Aproximando-nos da grande celebração da Solenidade deCorpus Christi no Estádio Municipal, em que comemoraremos os 50 anos danossa Província Eclesiástica, somos interpelados a fazer valer com renovadaintensidade a sacramentalidade da Igreja. A Igreja é sinal para o mundo, e odeve ser sem ofuscamento. O ofuscamento da missão da Igreja ocorre porcausa contratestemunho dos batizados. Nós nos sentamos à mesa com Jesus,vivemos a intimidade e a comunhão com ele, recebemos o seu Espírito, para,depois, mostrá-lo vivo entre os homens através do testemunho e do anúncio, dodiálogo e do serviço. Nosso Documento Sinodal aponta quatro grandes horizontesde atuação: a Família e a Vida, a Paróquia, a Educação na fé, o Mundo da Caridade.


Cel.: Para cumprirmos fielmente os mandamentos do Cristo Jesus, Ele com o Pai nosenviaram o Espírito Santo, que purifica os nossos corações, santifica o nosso ser e nosdá palavras tão acertadas contra as quais ninguém poderá se levantar. É o EspíritoSanto que renova a cada dia a face desta terra onde estamos plantados; por isso vamosinvocar o Senhor, clamando:

Todos: Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a face da terra! (cantado)

1. Senhor Jesus, tendes palavras de vida eterna; ajudai a Arquidiocese de Juiz deFora com os dons do vosso Espírito, que nos une na caridade; assim vos clamamos:

Todos: Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a face da terra! (cantado)

2. Senhor Jesus, o Papa Bento XVI, juntamente com os bispos, vislumbram a unidadede todo vosso povo, dai a eles a fortaleza do vosso Espírito Santo de amor nogovernar, ensinar e santificar; assim vos clamamos:

3. Senhor Jesus, ao longo destes cinquenta anos chamastes tantos irmãos e irmãspara o serviço de vosso Reino em nossa Província Eclesiástica, continuai enviandomuitos irmãos e irmãs para que no testemunho de comunhão, guiados pelo vosso

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2540

41


Espírito Santo, nossa Arquidiocese seja uma Igreja sempre em missão; assim vosclamamos:

4. Senhor Jesus, a paróquia representa a vossa família na fé e a família missionária,renovai com o seu Espírito Santo as paróquias da nossa Arquidiocese, para quesejam fortalecidas na fé e no vosso amor; assim vos clamamos:


SOLENIDADE DA SANTÍSIMA TRINDADE(3 de junho de 2012)


Quem é a Trindade? Não é o mistério de Deus que se revela a nós, expressando-se em união, comunhão e partilha? Não são essas também três dimensões que se vivemao redor da mesa? Jesus que nos convida a estar com Ele à mesa mais uma vez nosconvoca, como nos lembra nosso Sínodo Arquidiocesano: “Fazei discípulos meus!”.

Sugestões:

• Valorizar o sinal da cruz, cantando-o.

• Depois da homilia, convidar a todos para se aproximarem da pia batismal (ou,onde não for possível, dos ministros com vasinhos com água) e fazerem o sinal dacruz com água, recordando o seu Batismo, enquanto se canta um canto apropriado.Quem preside pode rezar diante da pia batismal (ou do local onde estarãopreparados os vasinhos com água): “Ó Deus, que pelo Batismo nos tornastesfilhos e filhas em Jesus Cristo, escutai o grito do Espírito Santo, que dentrode nós faz clamar ‘Abba, ó Pai’. Vinde em socorro de nossa pobre e sofridahumanidade e tende piedade de nós! Fazei-nos anunciadores do Evangelhoda salvação, testemunhas da esperança e construtores da comunhão, dasolidariedade e da paz no mundo em que vivemos. Por Cristo, Nosso Senhor”.

• No final da celebração realizar o envio de todos aqueles que irão ao EstádioMunicipal representando a paróquia, a comunidade.

• Preparar e abençoar ainda, para os enfermos que recebem a comunhão e estãoimpossibilitados de ir até o Estádio, uma vela que será levada até eles pela Pastoral

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2541

42

À mesa com Jesus

da Saúde ou pelo Ministro da Comunhão Eucarística. Ela será acesa em sinal decomunhão na casa dos enfermos, no dia 07 de Junho, às 15h (mesmo horário emque acontecerá a grande celebração eucarística no Estádio).


Dt 4,32-34.39-40 / Sl 32 / Rm 8,14-17 / Mt 28,16-20

• “O Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra” (Dt 4,32-34.39-40). O objetivo da vida humana é a comunhão plena com Deus e, emDeus, com toda a criação. Não há outro sentido para a nossa existência. Não háoutro deus. Não é o sucesso, não é o dinheiro, não é a honra, não é o poder, nãosão os prazeres que nos farão felizes e realizados. A realização está no Amorsem limites que encontramos na vida em Deus. São Paulo testemunha querecebemos um espírito de adoção e que podemos chamar a Deus de “Abbá”,“meu Pai”. Vivendo a vida em Deus, nós nos encontramos, porque fomos criadospara a comunhão no amor.

• “(...) em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). O NovoTestamento nos dá a conhecer a dinâmica da vida íntima de Deus: Deus é, desdesempre, comunhão de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Isso querdizer que, sendo comunhão, Deus tudo criou a partir da comunhão e para acomunhão. A raiz de todas as coisas é a comunhão no amor. Cada um de nós sópode crescer para a felicidade e a realização, na medida em que se abrirpara o outro: para o grande Outro e para os outros. O fechamento faz a vidadefinhar. A Igreja, já na terra, deve ser o reflexo da comunhão da TrindadeSantíssima, e o meio no qual possamos receber a vida do Pai pelo Filho no Espírito,e, assim, tornarmo-nos capazes do amor e da comunhão: amar a Deus e nosamarmos uns aos outros em resposta ao Amor que nos é derramado.

• Comunhão. Na próxima Quinta-feira estaremos reunidos à mesa com Jesusenquanto Província Eclesiástica. Queremos, com a força que vem desta mesa,reforçar a comunhão que nos une. Jesus nos introduz na comunhão da vidadivina pela força de seu Espírito. Quanto mais nos deixarmos conduzir por ele,mais seremos capazes de viver a comunhão. A Eucaristia, que juntoscelebramos, supõe, sinaliza, realiza e faz crescer a nossa comunhão enos aponta para a comunhão plena e perfeita, promessa de Deus eesperança nossa. Que nossa participação na Eucaristia não nos deixe esquecerdaqueles que, caminhando conosco, precisam de nossa efetiva comunhão,traduzida em gestos de acolhimento, amizade e ajuda!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2542

43



Cel.: Ó Deus Pai, Todo Poderoso, ao celebrar o Jubileu Áureo da Arquidiocese deJuiz de Fora, recordando que, há 50 anos, reunistes numa só Província Eclesiásticaas Igrejas de Juiz de Fora, Leopoldina e São João Del Rei, nos vos adoramos comoúnico e verdadeiro Deus, Criador, Salvador e Santificador. Por isso, Senhor:

Todos: Nós vos louvamos porque sois fiel e misericordioso para conosco.

1. Nós vos agradecemos porque nos amais e, continuamente, nos auxiliais comdons que nos unem e nos fortalecem. Fazei que sejamos, de forma crescente,uma comunidade evangelizadora e missionária, amorosa para com todos, emespecial para com os pobres e sofredores. Por isso, Senhor:

Todos: Nós vos louvamos porque sois fiel e misericordioso para conosco.

2. Conservai em nossos jovens a vibração pelas coisas de Deus e pela edificação deum mundo novo, onde reinem a fé em Vós, o amor, a justiça, o perdão, a paz, afinal,onde prevaleçam todos os valores anunciados por Jesus Cristo. Por isso, Senhor:

3. Nós vos suplicamos, Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, aumentai entre nósas vocações sacerdotais, diaconais, religiosas e missionárias. Continuai a despertarem nossos leigos e leigas o senso da comunhão, da participação e da missão. Porisso, Senhor:

4. Ajudai-nos a colocar em prática, de forma ardorosa, as conclusões do SínodoArquidiocesano, que estão reunidas no Documento Sinodal. Por isso, Senhor:

Cel.: Nós vos pedimos, ó Pai, pela intercessão da Beatíssima Mãe de Jesus,Padroeira da Diocese de São João Del Rei, com o título de Nossa Senhora do Pilare da Diocese de Leopoldina que a invoca como Imaculado Coração de Maria, e deSanto Antônio , Padroeiro de toda a Arquidiocese de Juiz de Fora, a fim de quenossa Província Eclesiástica cresça sempre mais, na missão de levar Cristo atodos e todos a Cristo.

Obrigado, Senhor, pelo cinquentenário de nossa Arquidiocese! Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2543

44

À mesa com Jesus

SETENÁRIO DO ESPÍRITO SANTOSETENÁRIO PARA A CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DE OURO

DA ARQUIDIOCESE DE JUIZ DE FORA (07.06.2012)

O ESPÍRITO SANTONOS CONDUZE NOS LEVA

À MESA DE JESUS

1ª. LUZ1ª. LUZ1ª. LUZ1ª. LUZ1ª. LUZO Espírito Santo inspira as Escrituras e nos leva à mesa de Jesus

Oh vinde, Espírito Criador,as nossas almas visitaie enchei os nossos coraçõescom vossos dons celestiais

Ao Pai e ao Filho Salvadorpor vós possamos conhecer.Que procedeis do seu amorFazei-nos sempre firmes crer.

1. Invocação do Santo Espírito

2. Leitura Orante da Palavra de Deus

1. Ler com atenção

2. Meditar nocoração comoMaria

3. Orar ao Pai comconfiança eintimidade

4. Contemplar aação do Pai em suavida e colocar emprática cada dia

Mc 6,7-127 Chamou Jesus os Doze e passou a enviá-los de dois a dois,dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.8 Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto um bordão;nem pão, nem alforje, nem dinheiro;9 que fossem calçados desandálias e não usassem duas túnicas.10 E recomendou-lhes:Quando entrardes nalguma casa, permanecei aí até vosretirardes do lugar.11 Se nalgum lugar não vos receberem, nemvos ouvirem, ao sairdes dali, sacudi o pó dos pés, em testemunhocontra eles.12 Então, saindo eles, pregavam ao povo que searrependesse; 13 expeliam muitos demônios e curavamnumerosos enfermos, ungindo-os com óleo.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2544

45


3. Silêncio e escuta interior (meditando as Palavras do Papa Bento XVI)

“Atravessar aquela porta (porta da fé) implica emprenhar-se num caminho que dura avida inteira. Este caminho tem início com o batismo (cf. Rm 6,4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e é concluído com a passagem através da morte para a vidaeterna, fruto da ressurreição de Jesus Cristo, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazerparticipantes da sua própria Glória quantos creem n’Ele (cf. Jo 17,22)” (Porta Fidei 1).

4. Acolhida do Dom do Espírito Santo

Senhor vem dar-nos sabedoria / Que faz ver tudo como Deus quis /

Assim faremos da Eucaristia / o grande meio de ser feliz.

Dá-nos, Senhor, esses dons, essa luz / E nós veremos que pão é Jesus!

5. Louvor à Santíssima Trindade

1. Pelo dom do ministério de Pedro continuado hoje pelo Papa Bento XVI.T. Com o Espírito Santo e com o Filho, nós vos glorificamos, Deus Pai!

2. Pelo dom da vida de Dom Gil Antônio e sua missão em nossa Igreja.T. Com o Espírito Santo e com o Filho, nós vos glorificamos, Deus Pai!

3. Pelos nossos padres, diáconos, religiosos e religiosas, que servem a nossaIgreja.

T. Com o Espírito Santo e com o Filho, nós vos glorificamos, Deus Pai!

4. Pelos leigos e todos os ministros que se dedicam com alegria ao vosso povo.T. Com o Espírito Santo e com o Filho, nós vos glorificamos, Deus Pai!

(momento para louvores espontâneos)

6. Oração do Jubileu de Ouro da Arquidiocese

(ver na página 77deste livro)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2545

46

À mesa com Jesus

7. Bênção final

“Há dentro de mim uma sede que não passa!Abençoa esta sede, Pai-fonte.Há um poço no final da estrada!Abençoa minha busca, Filho-Irmão.Há uma esperança de ver e ouvir Aquele que vem!Abençoa minha esperança para que eu o encontre.Ó Santo Espírito, Divina Ruah, Eterna Sabedoria que anima, consola e envia!Amém!

2ª. LUZ2ª. LUZ2ª. LUZ2ª. LUZ2ª. LUZO Espírito Santo nos dá a Tradição da Igreja e nos leva à mesa de Jesus







Vós sois chamado o Intercessor,Do Pai excelso, o dom sem par,a fonte viva, o fogo, o amor,a unção divina salutar.


Mc 6,30-32

30 Os apóstolos se reuniram junto de Jesus e lhe contaramtudo o que tinham feito e ensinado. 31 Ele disse-lhes: “Vinde,a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!” Havia,de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinhamnem tempo para comer.32 Foram, então, de barco, paraum lugar deserto, a sós.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2546

47



“Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num sóDeus, que é Amor (cf. 1Jo 4,8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filhopara nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério de sua morte eressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguardao regresso glorioso do Senhor” (Porta Fidei 1).


Dá-nos, Senhor, o entendimento / Que tudo ajuda a compreender /Para nós vermos como é alimento / O pão e o vinho que Deus quer ser.



1. Pela a constante ação do Espírito Santo que guia a vossa Igreja.T. Pelo Filho, no Espírito Santo, nós vós glorificamos, Pai Santo!

2. Pelo sopro do Santo Espírito sobre nossa Igreja no Primeiro Sínodo.T. Pelo Filho, no Espírito Santo, nós vós glorificamos, Pai Santo!

3. Pela alegria e boa vontade de todos em concretizar as conclusões do nossoPrimeiro Sínodo.

T. Pelo Filho, no Espírito Santo, nós vós glorificamos, Pai Santo!

4. Pelo empenho de todos na edificação de uma Igreja toda missionária.T. Pelo Filho, no Espírito Santo, nós vós glorificamos, Pai Santo!

(outros louvores podem ser elevados ao Pai)

6. Oração do Jubileu de Ouro da Arquidiocese e preparação da peregrinação


livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2547

48

À mesa com Jesus

7. Bênção final

Trindade amada, derrama sobre nós a plenitude do Santo Espírito!Abençoa nossa vontade e dá vigor ao nosso querer!Abençoa nossa liberdade para sermos livres no amor!Toma nosso coração e dá as bênçãos que o reorientem para a intimidade contigo!Que ouçamos o que o Espírito nos diz neste tempo de graça, nesta hora oportuna e

nesta celebração do nosso Jubileu! Amém! Amém! Amém!

3ª. LUZ3ª. LUZ3ª. LUZ3ª. LUZ3ª. LUZO Espírito Santo nos instrui pelo Magistério da Igreja e nos

leva à mesa de Jesus



Sois doador dos sete dons,e sois poder na mão do Pai,por ele prometido a nós,por nós seus feitos proclamais.


Mc 6,33-44

33 Muitos os viram partir e perceberam a intenção; saíramentão de todas as cidades e, a pé, correram à frente echegaram lá antes deles.34 Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão eencheu-se de compaixão por eles, porque eram comoovelhas que não têm pastor. E começou, então, aensinar-lhes muitas coisas.35 Já estava ficando tarde, quando os discípulos seaproximaram de Jesus e disseram: “Este lugar é desertoe já é tarde.



livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2548

49


36 Despede-os para que, possam ir aos sítios e povoadosvizinhos e comprar algo pra comer”.37 Mas ele respondeu: Vós mesmos, dai-lhes de comer”!Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemosduzentos denários para comprar pão e dar de comer atoda essa gente?38 Jesus perguntou: Quantos pães tendes? Ide ver”. Elesforam ver e disseram “Cinco pães e dois peixes”.39 Então, Jesus mandou que todos se sentassem, na relvaverde em grupos para a refeição.40 Todos se sentaram, em grupos de cem e de cinquenta.41 Em seguida Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes,ergueu os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu ospães e ia dando-os aos discípulos, para que osdistribuíssem. Dividiu, também, entre todos, os doispeixes.42 Todos comeram e ficaram saciados,43 e ainda encheram doze cestos de pedaços dos pães edos peixes.44 Os que comeram dos pães foram cinco mil homens.




“Durante a homilia da Santa Missa no início do meu pontificado, eu disse: «AIgreja, no seu conjunto, e os pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho paraconduzir os homens para fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filhode Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»”(Porta Fidei 2).


Senhor, vem dar-nos Divina Ciência / Que, como o eterno, faz ver sem véu /

Tu vês por fora, Deus vê a essência / Pensas que é pão, mas é nosso Deus.


livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2549

50

À mesa com Jesus

5. Louvor à Santíssima Trindade.

1.Pelo muitos frutos que colhemos nestes 50 anos da nossa Arquidiocese.T. O nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo seja sempre louvado!

2. Pela missão do Vicariato Episcopal para a Vida e a Família.T. O nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo seja sempre louvado!

3. Pela missão do Vicariato Episcopal para a Caridade.T. O nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo seja sempre louvado!

4. Pela missão do Vicariato Episcopal para a Educação, Cultura e Juventude.T. O nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo seja sempre louvado!

(outros louvores podem ser elevado ao Pai)



7. Bênção final

Que eu entre no deserto sob a sedução do Teu Amor!Tua bênção me introduza no silêncio para que meu coração seja seduzidoe ouça os passos de Tuas chegadase o sussurro de Tua VOZ.Tua bênção venha silenciar meu coração.Tua bênção faça calar a minha mente!Amém! Amém!Amém!

4ª. LUZ4ª. LUZ4ª. LUZ4ª. LUZ4ª. LUZO Espírito Santo age na Santa Liturgia e realiza

a nossa comunhão com Jesus

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2550

51




A nossa mente iluminai,os corações enchei de amor,nossa fraqueza encorajai,qual força eterna e protetor.


Mc 6,45-52

45 Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulosentrassem no barco e fossem na frente para Betsaida na outramargem, enquanto ele mesmo despediria a multidão.46 Depois de o despedir, subiu a montanha para orar.47 Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus,sozinho, em terra.48 Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento eracontrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andandosobre as águas; e queria passar adiante.49 Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharamque fosse um fantasma e começaram a gritar. 50 Todos o tinham visto e ficaram apavorados. Mas ele logofalou: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”!51 Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou.Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados.52 De fato, não tinham compreendido nada a respeito dospães. O coração deles continuava endurecido.






“Devemos readquirir o gosto de nos alimentar da Palavra de Deus, transmitidafielmente à Igreja, e do Pão da Vida, oferecido como sustento de quantos são seusdiscípulos (cf. Jo 6,51). De fato, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, esteensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimentoque perdura e dá a vida eterna» (Jo 6,27)” (Porta Fidei 3).

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2551

52

À mesa com Jesus


Dá-nos, Senhor, o Teu conselho / Que nos faz sábios para guiar /

Homem, mulher, jovem e velho / Nós guiaremos ao santo altar.



1. Pela Santa Eucaristia celebrada em cada igreja como memorial eterno dapresença viva de Jesus.

T. Glória seja igualmente ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Amém!

2. Pela presença viva de Jesus em cada sacrário de nossas igrejas, levada em comunhão aos doentes.


3. Pela pregação da Palavra que a cada domingo escutamos com veneração e atenção.


4. Pelo nosso Arcebispo Dom Gil Antônio e por todos os nossos presbíteros, instrumentos na mão de Deus para alimentar seu povo.


(outros louvores podem ser elevados ao Pai)



7. Bênção final

Espírito Santo, Divino Peregrino!Preenche de Água Viva o meu cântaro vazio.Vem saciar minha sede de ser totalmente teu!Dá luz à minha liberdade e ilumina minhas trevas!Junta os cacos do meu jarro partido!Abençoa-me para que eu possa derramar água vivada mesma forma como fez Jesus. Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2552

53


5ª. LUZ5ª. LUZ5ª. LUZ5ª. LUZ5ª. LUZO Espírito Santo reza em nós e nos leva à mesa de Jesus







Nosso inimigo repeli,e concedei-nos vossa paz;se pela graça nos guiais,o mal deixamos para trás.


Mc 7,14-23

14 Chamando outra vez a multidão, dizia: “Escutai-me, vóstodos, e compreendei!15 Nada que, de fora, entra na pessoa pode torná-laimpura. O que sai da pessoa é que a torna impura”.[16]

17 Quando entrou em casa, longe da multidão, osdiscípulos faziam-lhe perguntas sobre essa parábola.18 Então, lhes disse: “Também vós não entendeis? Nãocompreendeis que nada que de fora entra na pessoa atorna impura,19 porque não entra em seu coração, mas em seuestômago, e vai para a fossa?” Assim, ele declarava purotodo alimento.20 E acrescentou: “O que sai da pessoa é que a tornaimpura.21 Pois, é de dentro, do coração humano, que saem asmás intenções: imoralidade sexual, roubos, homicídios,22 adultérios, ambições, desmedidas, perversidade; fraude,devassidão, inveja, calúnia, orgulho e insensatez.23 Todas essas coisas saem de dentro, e são elas quetornam alguém impuro”.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2553

54

À mesa com Jesus


“O meu venerado predecessor, o servo de Deus Paulo VI, proclamou um ano dafé, em 1967, para comemorar o martírio de Pedro e Paulo no décimo nono centenáriode seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse,em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que fosseconfirmada de maneira «individual e coletiva, livro e consciente, humilde e franca».Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exata consciência de sua fé para reavivar,purificar, confirmar e confessar»” (Porta Fidei 4).


Senhor, vem dar-nos a fortaleza / A santa força do coração /Só quem vender vai sentar-se à mesa / Para quem luta Deus quer ser pão.



1. Por todas as orações elevadas hoje a vós, ó Pai, diante do Santíssimo com aforça do Espírito Santo.

T. Louvado seja o Espírito Santo que nos ensina a dizer: Jesus Cristo é o Senhor!

2. Por todas as vigílias de oração e adorações ao Santíssimo realizadas,especialmente, pelas grandes necessidades de nossa Igreja.


3. Por todas as orações silenciosas, como a de Jesus no horto, de muitas mães eavós.


4. Pelas orações dos homens, dos pais de família e dos doentes.T. Louvado seja o Espírito Santo que nos ensina a dizer: Jesus Cristo é o Senhor!

(outros louvores podem ser acrescentados)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2554

55


6. Oração do Jubileu de Ouro da Arquidiocese e preparação da peregrinação(ver na página 77deste livro)

7. Bênção final

Pai, bendito e poderoso!Abençoa as buscas do nosso coração!Cura as feridas do nosso corpo para que possa fluir como em Jesus a vida bendita!Cura as feridas que nos impedem de andar, amar, amadurecer com o óleo da unção

do Espírito e com o vinho novo da Eterna Aliança.Dá-nos a bênção de amar nosso irmão como Jesus mesmo o ama. Amém!

6ª. LUZ6ª. LUZ6ª. LUZ6ª. LUZ6ª. LUZO Espírito Santo edifica a Igreja missionária e

nos leva à mesa de Jesus


Do clarão da luz do Paié o santo resplendor,que enche as almas dos fiéiscom o Verbo do Senhor.





Mc 7, 31-37

31 Jesus deixou de novo a região de Tiro, passou por Sidôniae continuou até o mar da Galileia, atravessando a região daDecápole.32 Trouxeram-lhe, então, um homem que era surdo e malpodia falar, e pediram que impusesse a mão sobre ele.33 Levando-o à parte, longe da multidão, Jesus pôs os dedosnos seus ouvidos, cuspiu, e com a saliva tocou-lhe a língua.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2555

56

À mesa com Jesus

34 Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá” ( que querdizer: “Abre-te” ).35 Imediatamente os ouvidos do homem se abriram, sua línguasoltou-se e ele começou a falar corretamente.36 Jesus recomendou, com insistência, que não contassem oocorrido para ninguém. Contudo, quanto mais ele insistia,mais eles o anunciavam.37 Cheios de grande admiração, diziam: “Tudo ele tem feitobem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem “.

3. Orar ao Paicom confiança eintimidade

4. Contemplar aação do Pai emsua vida e colocarem prática cadadia


“A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pelavida dos crentes: de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com sua própria vidano mundo, a Palavra da verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, naconstituição dogmática Lumen Gentium, afirma: «Enquanto Cristo, santo, inocente eimaculado (cf. Hb 7,26), não conheceu o pecado (cf. 2Cor 5,21), mas veio apenasexpiar os pecados do povo (cf. Hb 2,17), a Igreja, contendo pecadores em seu próprioseio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamentea penitência e a renovação»” (Porta Fidei 6).


Dá-nos, Senhor, filial piedade / A doce forma de amar enfim /Para que amemos quem, na verdade / Aqui amou-nos até o fim.



1. Pela missão de nossa Igreja em Óbidos e por todos os dons da Igreja da Amazônia.T. Glorificamos a ti, Pai Santo, e glorificamos a ti, Filho Unigênito,

narrando as maravilhas do Espírito Santo!

2. Por todos os missionários que plantaram a semente do Evangelho no Brasil e naregião de nossa Arquidiocese.

T. Glorificamos a ti, Pai Santo, e glorificamos a ti, Filho Unigênito,narrando as maravilhas do Espírito Santo!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2556

57


3. Pelos bispos que serviram a nossa Arquidiocese e nos convocaram à missão de anunciar o Evangelho a todos.


4. Por todos os missionários e missionárias espalhados pelo mundo inteiro,especialmente aqueles que nasceram em nossa Arquidiocese.


(podem ser feitos outros louvores)



7. Bênção final

Óh Espírito Santo,Abençoa-me com a graça de uma coração grande,desejoso de se tornar semelhanteao coração do Senhor Jesus.Abençoa-me com a graça de um coração grande e forte,para amar a todos, para servir a todos,para sofrer por todos! Amém!

7ª. LUZ7ª. LUZ7ª. LUZ7ª. LUZ7ª. LUZO Espírito Santo desperta o testemunho dos Santos, continua a obra

salvífica e nos leva à mesa de Jesus


Vinde a nós, ó Santo Espírito,nossas almas adornaipara vós e, como altares,como templos consagrai.


livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2557

58

À mesa com Jesus


Mc 8,1-9

1 Naqueles dias, novamente se juntou uma grande multidão enão tinham o que comer. Jesus, então, chamou os discípulose disse:2 “Sinto compaixão desta multidão! Já faz três dias que estãocomigo e não têm o que comer.3 Se eu os mandar embora sem comerem, vão desfalecerpelo caminho e alguns vieram de longe”.4 Os discípulos responderam: “De onde conseguir, aqui emlugar deserto, pão para saciar tanta gente?”5 Ele perguntou-lhes: “ Quantos pães tendes?” Elesresponderam: “Sete”.6 Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depoispegou os sete pães, deu graças, partiu-os e deu aos discípulospara que os distribuíssem. E distribuíram à multidão.7 Tinham também alguns peixinhos. Jesus os abençoou emandou distribuí-los.8 Comeram e ficaram saciados, e ainda recolheram sete cestoscom os pedaços que sobraram.9Eram umas quatro mil. Então ele os despediu.

1. Ler comatenção


3. Orar ao Paicom confiança eintimidade

4. Contemplar aação do Pai emsua vida e colocarem prática cadadia


“A Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo edas consolações de Deus, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf.1Cor 11,26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer,pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas,e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste a plenaluz” (Porta Fidei 6).


Dá-nos, enfim, temor sublime / De não amá-lo como convém /O Cristo-Hóstia, que nos redime / O Pai Celeste, que nos quer bem.


livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2558

59



1. Pela inspiração, proteção, iluminação e poderosa guia realizada na Igreja porMaria Santíssima.

T. Nós te adoramos, Deus-Pai, Filho e Espírito Santo. Nós te adoramosinseparável e igualmente!

2. Pela intercessão e pelos exemplos de todos os Santos, especialmente de SantoAntônio de Pádua, o doutor evangélico.


3. Pelos muitos exemplos de santidade presentes no clero, entre os religiosos ereligiosas, e também nas famílias.


4. Pelos exemplos de santidade, humildade e despojamento dos mais pobres, dosdoentes e dos sofredores.




7. Bênção final

Oh Espírito Santo,Abençoa-me com a graça de uma coração grande e forte,Para superar todas as provações, todo tédio,Todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!Abençoa-me com a graça de um coração cuja felicidadeseja palpitar com o coração de Cristoe cumprir humilde, fiel e corajosamentea vontade do Pai. Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2559

60

À mesa com Jesus

JUBILEU ÁUREO DAARQUIDIOCESE DE

JUIZ DE FORA

À MESA COM JESUS NO DOMINGO DA ASCENSÃO20.05.2012

Arquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosA Diocese de Juiz de Fora foi criada em 1º de fevereiro de 1924 e elevada a

Arquidiocese em 14 de abril de 1962. Portanto, tornou-se sede da Província Eclesiásticade Juiz de Fora, composta pelas Dioceses de Juiz de Fora, Leopoldina e São João deDel Rei. Empenhada em anunciar o Evangelho de Cristo, já em seus primeiros anosnasciam o Seminário Santo Antônio e o Jornal Lampadário. No decorrer de sua existência,foram surgindo pequenas comunidades, a diversidade de ministérios e a formação orgânicae permanente. Assim, desde os anos 80, nosso Seminário abriu-se para a formação deleigos (as). Mais recentemente, desenvolveu-se o setor de comunicação social com rádios,jornais e sites, tudo coordenado pelo Vicariato para Educação, Cultura e Juventude,fruto e consequência do nosso 1º Sínodo Arquidiocesano.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2560

61


Leitura Orante da Bíblia

Escolha um local silencioso e um melhor horário para fazer a leitura orantedo texto abaixo. Você pode também localizá-lo na sua Bíblia

1. Faça silêncio em seu coração e invoque o Espírito Santo.2. Leia com atenção e alegria a Palavra de Deus dirigida a você hoje – Mc 6,35-37.

Já estava ficando tarde, quando os discípulos se aproximaram de Jesus edisseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede-os, para que possam iraos sítios e povoados vizinhos e comparar algo para comer”. Mas elerespondeu: “Vós mesmos dai-lhes de comer”. Os discípulos perguntaram:“Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar de comer atoda essa gente?”.

3. Guarde no seu coração a Palavra que mais lhe tocou.4. Reze ao Pai. Diga a Ele tudo o que esta Palavra agora lhe inspirar falar.5. Contemple a ação de Deus em sua vida. Faça aquilo que o Pai lhe determinou.

Oração para o final da Santa Missa ouCelebração da Palavra

Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória.Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seucorpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória. Por nosso SenhorJesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Venha com sua família participar da grande celebraçãojubilar pelos 50 anos de nossa Arquidiocese no dia

07 de junho, às 15h, no Estádio Municipal de Juiz de Fora,Festa de Corpus Christi 2012.

Leve o envelope com sua oferta.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2561

62

À mesa com Jesus


JUIZ DE FORA

À MESA COM JESUS NO DIA DE PENTECOSTES27.05.2012

Arquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anos

Nossa Igreja é uma Igreja servidora. Já nos seus primeiros anos, Dom Justino criouo Patronato São José para servir aos pobres. Com o passar dos anos, os serviçosmultiplicaram-se. Foram criados Orfanatos, Educandários, Asilos e, ultimamente, a Fazendada Esperança. São muitas as iniciativas de movimentos eclesiais e pastorais sociais nocampo da solidariedade. Visando a otimizar estes serviços, nosso Sínodo Arquidiocesanocriou três Diaconias: a da Esperança, para o trabalho nos cemitérios, apoiando asfamílias em luto; a Carcerária, para evangelizar os encarcerados e seus familiares, e aHospitalar e dos Enfermos, para cuidar dos enfermos e profissionais da saúde. Paracoordenar e animar estes serviços, nosso Sínodo apontou o Vicariato da Caridade.Assim, nossa Igreja vai assumindo, cada vez mais, o rosto do Cristo Bom Samaritano.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2562

63



Escolha um local silencioso e um melhor horário para fazer a leitura orante do texto abaixo. Você pode também localizá-lo na sua Bíblia


Então, Jesus mandou que todos se sentassem, na relva verde, em grupospara a refeição. Todos se sentaram, em grupos de cem e de cinquenta. Emseguida, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para oscéus, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos para queos distribuíssem. Dividiu também, entre todos, os dois peixes.

3. Guarde e medite no seu coração a Palavra que mais lhe tocou.4. Reze ao Pai. Agradeça a Ele. Reze como Maria, a mãe de Deus e nossa.5. Contemple a ação do Pai em sua vida. Siga os passos que Ele lhe determinou.


Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que o mistério pascal secompletasse durante cinquenta dias, até à vinda do Espírito Santo. Fazei quetodas as nações dispersas pela terra, na diversidade de suas línguas, se unamno louvor do vosso nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, naunidade do Espírito Santo. Amém!




livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2563

64

À mesa com Jesus


JUIZ DE FORAÀ MESA COM JESUS NA FESTA DA

SANTÍSSIMA TRINDADE - 03.06.2012

Arquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosArquidiocese de Juiz de Fora - 50 anosVisando a uma maior comunhão e participação, nosso Arcebispo Dom Gil

convocou o 1º Sínodo Arquidiocesano. Momento iluminado e iluminador, no qual bispo,padres, diáconos, agentes de pastoral e o povo em geral visitaram o passado, avaliaramo presente e projetaram o futuro. Concluiu-se que somos uma Igreja sempre em missão.Ser missionário supõe encontro, escuta, conhecimento mútuo e diálogo. A base detudo está na família. É nela que damos os primeiros passos de comunhão e de fé. Paracuidar desta “Igreja doméstica”, o Sínodo instituiu o Vicariato para a Vida e a Família.Uma Igreja Missionária requer preparação, organização e gerenciamento. Daí aimportância de ações corajosas como a revitalização do Centro de Formação deLiderança Cristã – Ceflã, a construção do Centro Administrativo Pastoral ChristusLumen Gentium (nova Cúria), a reforma da Catedral Metropolitana, a criação deComissões pastorais e reformas estatutárias, bem como a intensificação e aprofundamentoda missão na Diocese de Óbidos no Pará, nossa Igreja irmã.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2564

65



Escolha um local silencioso e um melhor horário para fazer a leitura orante dotexto abaixo. Você pode também localizá-lo na sua Bíblia


Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os setepães, deu graças, partiu-os e deu aos discípulos para que os distribuíssem. Edistribuíram à multidão. Tinham também alguns peixinhos. Jesus os abençooue mandou distribuí-los. Comeram e ficaram saciados, e ainda recolheramsete cestos com os pedaços que sobraram.

3. Guarde e medite no seu coração a Palavra que mais lhe tocou4. Reze ao Pai. Agradeça seu constante cuidado. Reze como Maria, a mãe de Deus e nossa.5. Contemple a ação do Pai em sua vida. Realize em sua vida a vontade do Pai.


Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espíritosantificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeirafé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nossoSenhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!




livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2565

66

À mesa com Jesus

RETIRO DE PÁSCOA EDO JUBILEU DA ARQUIDIOCESE

• Exercícios espirituais em preparação à celebração do Jubileu de Ouro daArquidiocese de Juiz de Fora em 7 de junho de 2012 (Estádio Municipal)

• Dia de espiritualidade para os convidados a participar da Festa do Corpo deDeus no Estádio Municipal de Juiz de Fora

I. Tema do Retiro: À MESA COM JESUS

• Inspiração bíblica – Mc 6,39-49; 8,6; 14,22-25• Objetivos:

a. Levar os participantes a ocuparem seu lugar à mesa com Jesus;b. Oferecer aos participantes a possibilidade de se transformarem pelo encontro

e convivência com Jesus na Palavra de Deus, na Eucaristia e no Amor;c. Fazer com que o Jubileu seja uma oportunidade de conversão a Jesus e uma

ocasião propícia para o aprofundamento da caridade com os irmãos;d. Ajudar a todos na docilidade de ouvir a Palavra de Deus e acolher em seus

corações a ação do Santo Espírito.

II. Meditações sobre o temário do Retiro do Jubileu

1º. Esquema de Meditação:

O CHAMADO DE JESUS E O ENCONTRO COM ELE

Determinado a visitar todas as aldeias da Galileia (e do mundo inteiro), Jesusnão aproveita os sucessos iniciais em Cafarnaum (Mc 1,32-34). Mas parte para odeserto durante a madrugada a fim de entrar em diálogo com o Pai pela oraçãopara poder levar todos os seus discípulos em missão pelas aldeias da Galileia (Mc1,38-39). Foi exatamente para isso que Jesus veio do Pai até nós. Ele se encarnou

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2566

67


para se encontrar com cada um dos seus discípulos missionários e, por meio deles,com cada pessoa.

Além dos discípulos da primeiríssima hora (Mc 1,16-20), Pedro, André, Tiagoe João, em sua peregrinação pela Galileia, Jesus estabelece fecundos encontros commuitos outros homens e mulheres: a sogra de Pedro (Mc 1,30-31); um leproso (Mc1,40-42); um paralítico de Cafarnaum e seus amigos (Mc 2,1-12); o cobrador deimpostos chamado Levi (Mc 2,13-14); um homem da mão paralisada (Mc 3,1-6); osoutros apóstolos: Filipe, Batolomeu, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão Zelote; a mãede Jesus e seus parentes (Mc 3,31-35); o homem alucinado de Gerasa (Mc 5,20); amulher que há 12 anos sofria com uma hemorragia (Mc 5,28); Jairo e sua família (Mc5,22-23); Simão de Cirene e seus dois filhos, Alexandre e Rufo (Mc 15,21-22); ocenturião que estava ao pé da cruz (Mc 15,39); as mulheres que acompanharam Jesusdesde a Galileia (Mc 15,40-42.47); José de Arimateia (Mc 15,42-43) e muitas outraspessoas. Todas elas transformaram suas vidas pelo encontro com Jesus e nós conhecemosseus nomes porque testemunharam este encontro a cada instante de suas vidas.

Também nós somos agora chamados a renovar nosso encontro com Jesus nesteretiro e a testemunhar a todos os efeitos deste encontro em nossas vidas. O I SínodoArquidiocesano apontou quatro horizontes missionários em que este encontro com oCristo deve acontecer ou ser aprofundado. 1. Jesus vem ao encontro de cada famíliapara garantir que ela seja sempre geradora e defensora da vida. 2. Jesus vem ao encontrode cada comunidade de fé no anúncio vigoroso da Santa Palavra e na força eficaz dasua presença na Santa Eucaristia. 3. Jesus vem ao encontro de cada discípulo missionáriopor meio da constante educação e aprofundamento da fé. 4. Jesus está presente emnosso meio e visita-nos todos os dias especialmente na pessoa dos pobres e sofredores.

O QUE LER MAIS: 1. Catecismo da Igreja Católica, 1262 a 12742. LG (Lumem Gentium), 40 e 413. VD (Verbum Domini), 90 a 974. Documento Sinodal, pág. 19 a 21

2º Esquema de meditação:

ARQUIDIOCESE DE JUIZ DE FORA: UMA IGREJASEMPRE EM MISSÃO

O I Sínodo Arquidiocesano confirmou a vocação missionária da Igreja de Juiz deFora. Muitas marcas na história de nossas paróquias e de toda a Arquidiocese já

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2567

68

À mesa com Jesus

apontavam para a identidade missionária de nossa Igreja, como por exemplo: o ministériomissionário de nossos bispos até hoje; a presença de muitas congregações missionáriasdesde a origem de nossa Arquidiocese e também de muitas paróquias; as missõesredentoristas; franciscanas e passionistas reavivando a vida espiritual e pastoral de muitasparóquias; a atuação missionária ininterrupta de padres, religiosos e leigos; a missão danossa Igreja na Diocese de Óbidos, no Pará. (Outros sinais de nossa missionariedadepodem ser recordados)

Nosso I Sínodo Arquidiocesano mostrou que nossa Igreja está diante de quatrohorizontes pastorais missionários que a envolvem como a atmosfera envolve a Terra. 1.Toda a missão da Igreja se concentra em defender a vida no seio da família, desde suaconcepção até a morte natural. 2. Nossa Igreja oferece ao mundo a comunidade de fécomo o lugar do encontro com Jesus e da experiência do amor. 3. Nossa Igreja sente aurgente necessidade de se amadurecer constante e progressivamente na fé. 4. Fortalecidosna fé em Jesus, podemos de modo mais eficaz servir a todos, especialmente aos maispobres, sofredores e esquecidos.

O QUE LER MAIS: 1. Catecismo da Igreja Católica, 811 a 8382. LG (Lumem Gentium), 123. VD (Verbum Domini), 72 a 754. Documento Sinodal, pág. 12 a 19

3º. Esquema de meditação:

À MESA COM JESUS

Por duas vezes o Evangelho de Marcos coloca-nos diante de uma grandemultidão faminta e cansada, caminhando atrás de Jesus pelo deserto (Mc 6,30-44 e8,1-10). Todos conhecemos bem o enredo desta história. Os discípulos pedem queJesus despeça a multidão. Mas Jesus se recusa. Ao contrário, ordena que os discípulosprovidenciem a refeição. Diante da impossibilidade humana de o fazerem, Jesus aceitauma pequena oferta de pães e peixes. Jesus toma as ofertas, agradece ao Pai aquelesdons (eucaristia), parte aquelas dons e entrega para que os discípulos distribuam.

Nas duas histórias da multiplicação dos pães e dos peixes narradas por Marcos,além da presença marcante dos sinais eucarísticos, encontramos uma acentuadapreocupação de Jesus acerca da localização e acomodação dos participantes da festa.

Em Mc 6,39-40, assim está descrita esta atenção de Jesus:

“Então, Jesus mandou que todos se sentassem (acomodassem),na relva verde, em grupos para a refeição.Todos se sentaram, em grupos de cem e de cinqüenta”.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2568

69


Em Mc 8,6, assim encontramos a mesma preocupação de Jesus:“Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão”.

Todo o vocabulário destes versículos indica que estamos no contexto de umbanquete solene, bem preparado, em que se seguem certos precisos rituais e cerimoniais.Há um lugar apropriado para que se sirva o banquete. Os convidados para ceiaencontram seus devidos lugares e a comida chegará até cada um com abundância esolenemente. Jesus é a origem-fonte de toda novidade inesperada deste banquete e osapóstolos são os garçons e serventes neste banquete.

A última Ceia de Jesus (Mc 14,12-16) também será cuidadosamente preparadapor dois discípulos de Jesus (Pedro e João – Lc 22,8), sob o comando e as indicaçõesprecisas de Jesus. Pedro e João, como Jesus havia indicado, conseguem uma sala noandar superior, já preparada com móveis e utensílios. Ali, eles preparam a última Ceiade Jesus e a primeira Eucaristia da Igreja.

O QUE LER MAIS: 1. Catecismo da Igreja Católica, 1322 a 14182. LG (Lumen Gentium), 503. VD (Verbum Domini), 77 a 854. Documento Sinodal, págs. 21 a 32

III. As dinâmicas para os três momentos do retiro

ABERTURA DO RETIRO ( momento 1)

(foco teórico)

A vocação dosdiscípulosmissionários:chamado;resposta;amadurecimento;missão que continua.

(exercícios de ESCUTA)

1. Leitura Orante da Bíblia

* Mc 1,14-20

ou

* b Mc 6,7-32

2. Deserto

3. Partilha espiritual

(celebração ao redor do altardo Senhor)

1. Apresentação e oração inicial

2. Adoração de louvor pelodom da vocação (momentos desilêncio)

3. Ladainha das vocações eministérios (cada um pode dizero seu ministério e todosrespondem: Obrigado Senhorporque me convidaste!)

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2569

70

À mesa com Jesus

CENTRO DO RETIRO ( momento 2)

(foco teórico)

O momento da Igrejade Juiz de Fora. O rostomissionário da nossaIgreja. O PrimeiroSínodoArquidiocesano:momento mistagógicoe oportunidade deconversão. O Jubileude Ouro da nossaArquidocese


1. Leitura Orante da Bíblia

* Mc 6,30-44

2. Deserto (com lanche)

3. Partilha espiritual


1. Celebração daReconciliação

2. Festa da reconciliação –experiência de comunhão epartilha material (alegria quedivide e vai aumentando)

CONCLUSÃO DO RETIRO

(foco teórico)

O dia da peregrinaçãoa Juiz de Fora e acelebração da Unidade


1. Recordar a Palavra de Deusque marcou a cada um e ascomunidades nesta preparaçãopara o jubileu

2. Fazer a lista destas Palavrasque permanecem (sementes doReino de Deus)


* Celebração Eucarística deconclusão do Retiro; ação degraças pelos frutos do Retiro

e envio para a

Peregrinação em

JF.

(anexar texto de suporte para se fazer a celebração da LEITURA ORANTEDA BÍBLIA)

MODALIDADES DO RETIRO

A. UM DIA INTEIRO (das 9h às 18h)

9h – Acolhida, apresentação e oração da inicial (consagração do dia de Retiro)9h30 às 10:00 – Primeira Meditação (preparação da Leitura Orante da Bíblia)10h10 – 1ª. LEITURA ORANTE DA BÍBLIA

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2570

71


10h45 – 1ª. DESERTO – silêncio e oração pessoal11h30 – Oração de Louvor pelo dom da vocação12h00 – Almoço e intervalo13h00 – Segunda Meditação (preparação para Leitura Orante da Bíblia)13h30 – 2ª. LEITURA ORANTE DA BÍBLIA (feita em pequenos grupos)14h30 –2ª. DESERTO – silêncio – oração pessoal15h30 – Intervalo e cafezinho (suco)16h00 – Celebração da Reconciliação e oportunidade de confissão17h00 – Celebração Eucaristia e envio dos Peregrinos à festa “À Mesa com Jesus” em

Juiz de Fora em 7.06 (festa do Corpo de Deus e jubileu de Ouro da Arquidiocese)18h00 – Confraternização e festa

B. MEIO DIA DE RETIRO (das 13h às 18h)

(elimina-se a segunda Leitura Orante da Bíblia e o 2º. Deserto)

C. RETIRO EM TRÊS ETAPAS (três noites, das 19h30 às 21h)

1ª. Noite – Encerra-se com o Louvor às vocações2ª. Noites – Encerra-se com a celebração da reconciliação (e confissões)3ª. Noites – Celebração Eucaristia, envio dos Peregrinos e Confraternização

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2571

72

À mesa com Jesus

CELEBRAÇÃO DA LEITURA ORANTE DA BÍBLIA(Para início das reuniões nas foranias, paróquias e comunidades)

Atitude do Discípulo FielAtitude do Discípulo FielAtitude do Discípulo FielAtitude do Discípulo FielAtitude do Discípulo Fiel

1.ABERTURA

D. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.T. Amém.D. Ó Maria concebida sem pecado!T. Rogai por nós que recorremos a vós!D. Vamos juntos invocar o Espírito SantoT. Ó Espírito Santo, amor do pai e do Filho,

Inspira-me sempre o que devo pensar, o que devo dizer, como dizer;O que devo calar, o que devoescrever,como agir, o que devo fazer,Para obter a tua glória, o bom de todas as pessoasE a minha própria santificação. Amém. (Cardeal Verdier)

2. LEITURA DA PASSAGEM TIRADA DA PALAVRA DE DEUS

C.A leitura da passagem bíblica é o primeiro passo da Leitura Orante. O PapaBento XVI ensina que a leitura é buscar apreender o autêntico conteúdo dapassagem que está sendo lida.Na leitura, nos perguntamos o que o texto bíblico diz em si mesmo?Nossa passagem hoje será:

(escolher o texto de hoje)

D. Vamos ler em silêncio (tempo suficiente para todos lerem)D. Vamos agora ler em voz alta (escolher antes alguém para fazer a leitura; após a leitura se faz um pequeno silêncio)D. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito SantoT. Como era no principio, agora e sempre. Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2572

73


LEITURALEITURALEITURALEITURALEITURAO QUE DIZ O TEXTO?

TOMAR A BÍBLIAE LER COM A CONVICÇÃO

QUE DEUS NOS FALA

NUMA ATITUDENUMA ATITUDENUMA ATITUDENUMA ATITUDENUMA ATITUDEINTERIORIZAÇÃOINTERIORIZAÇÃOINTERIORIZAÇÃOINTERIORIZAÇÃOINTERIORIZAÇÃO

SILENCIAR-SESILENCIAR-SESILENCIAR-SESILENCIAR-SESILENCIAR-SEPARAPARAPARAPARAPARA

OUVIROUVIROUVIROUVIROUVIR DEUSDEUSDEUSDEUSDEUS

3. MEDITAÇÃO DA PASSAGEM TIRADA DA PALAVRA DE DEUS

C. A meditação da palavra de Deus é o segundo passo da Leitura Orante. OPapa nos ensina que neste momento somos chamados a nos deixar questionarpela Santa Palavra.

Estas são as palavras de Deus para nós hoje. Meditar é voltar nosso coraçãosomente para o Cristo e refletir sobre o que o texto bíblico diz para nós agora.

D. Vamos mais uma vez tomar nosso texto de hoje. Aquelas palavras e expressões quenos tocaram e nos chamaram atenção, nelas devemos olhar a presença de Jesus edeixar que elas inundem nosso coração e nossa vida. Vamos meditar em silencio.D. Ouçamos a partilha de dois ou três irmãos.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2573

74

À mesa com Jesus

MEDITAÇÃO:MEDITAÇÃO:MEDITAÇÃO:MEDITAÇÃO:MEDITAÇÃO:O QUEO QUEO QUEO QUEO QUE

O TEXTO ME DIZ?O TEXTO ME DIZ?O TEXTO ME DIZ?O TEXTO ME DIZ?O TEXTO ME DIZ?

• Deve ser uma partilha simples e com poucas palavras.• O sentido da partilha aqui é possibilitar que todos possam compreender que a

palavra de Deus foi criada para nós neste momento. (tempo para uma rápidapartilha)

D. Glória ao pai e ao Filho e ao Espírito Santo.T. Como era no principio agora e sempre. Amém!

4. ORAÇÃO INSPIRADA NA PALAVRA DE DEUS ACOLHIDA HOJE

REFLETIR, RUMINAR,REFLETIR, RUMINAR,REFLETIR, RUMINAR,REFLETIR, RUMINAR,REFLETIR, RUMINAR,APROFUNDAR,APROFUNDAR,APROFUNDAR,APROFUNDAR,APROFUNDAR,

REPETIR AS PALAVRASREPETIR AS PALAVRASREPETIR AS PALAVRASREPETIR AS PALAVRASREPETIR AS PALAVRAS SIGNIFICATIVAS.SIGNIFICATIVAS. SIGNIFICATIVAS.SIGNIFICATIVAS. SIGNIFICATIVAS.

APLICAR A MENSAGEM HOJEAPLICAR A MENSAGEM HOJE APLICAR A MENSAGEM HOJEAPLICAR A MENSAGEM HOJE APLICAR A MENSAGEM HOJE

C. Chegou o momento de falar com o Pai. Este é o terceiro passo da Leitura

orante. Na leitura e na meditação, ele nos fala como Pai. Agora, na oração,

falamos a ele como filhos cheios de amor e confiança. O Papa nos ensina

que neste momento somos chamados a falar ao Pai, em resposta á sua palavra

a nos dirigida.

D. Façamos em silencio nossa oração em resposta ao Pai. Apresentamos a Ele nossolouvor e gratidão por sua Palavra a nós dirigida. Peçamos a Ele as graças necessáriaspara colocarmos em prática sua Palavra acolhida hoje. (Tempo para oração silenciosa)D. Rezemos juntos a oração que Jesus nos ensinou.T. Pai Nosso...

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2574

75


ORAÇÃO:ORAÇÃO:ORAÇÃO:ORAÇÃO:ORAÇÃO:O QUE O TEXTOO QUE O TEXTOO QUE O TEXTOO QUE O TEXTOO QUE O TEXTOME FAZ DIZERME FAZ DIZERME FAZ DIZERME FAZ DIZERME FAZ DIZER

A DEUS?A DEUS?A DEUS?A DEUS?A DEUS?

CONVERSAR COM DEUS. A PARTIRCONVERSAR COM DEUS. A PARTIRCONVERSAR COM DEUS. A PARTIRCONVERSAR COM DEUS. A PARTIRCONVERSAR COM DEUS. A PARTIRDO TEXTO RESPONDERDO TEXTO RESPONDERDO TEXTO RESPONDERDO TEXTO RESPONDERDO TEXTO RESPONDERAS INTERPELAÇÕES.AS INTERPELAÇÕES.AS INTERPELAÇÕES.AS INTERPELAÇÕES.AS INTERPELAÇÕES.

ATITUDES DE ADORAÇÃO,ATITUDES DE ADORAÇÃO,ATITUDES DE ADORAÇÃO,ATITUDES DE ADORAÇÃO,ATITUDES DE ADORAÇÃO,LOUVOR,LOUVOR,LOUVOR,LOUVOR,LOUVOR,

AGRADECIMENTO E PERDÃOAGRADECIMENTO E PERDÃOAGRADECIMENTO E PERDÃOAGRADECIMENTO E PERDÃOAGRADECIMENTO E PERDÃO

5. CONTEMPLAÇÃO E AÇÃO NASCIDAS DA LEITURA ORANTE DAPALAVRA DE DEUS

C. Terminada a Leitura Orante, assumimos o olhar e o julgar de Deus com luz eguia da nossa vida. O Papa ensina que contemplar é convencer a mente e ocoração, como a Palavra de Deus nos pediu. E ensina, ainda, que a LeituraOrante será fecunda somente se levar-nos a oferecer a nossa vida como domde amor aos outros. A Leitura orante deve levar necessariamente á prática dacaridade cristã.

D. Com o coração agradecido vamos escolher uma palavra ou frase da palavra deDeus acolhida por nós hoje. Devemos que esta palavra conduza nossa reunião eilumine toda a nossa vida. (pequeno silencio para escolha da Palavra inspiradoraque faremos fonte de contemplação e ação)

D. A Maria, a Arca da Aliança, elevemos nossa saudaçãoT. Ave Maria...D. Glória ao pai e ao Filho e ao Espírito SantoT. Como era no princípio agora e sempre. Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2575

76

À mesa com Jesus

6. BENÇÃO FINAL

D. Acolhamos com alegria e gratidão a benção do SenhorD. Pela poderosa intercessão de Nossa Senhora, a Arca da Aliança, abençoe-nos oDeus onipotente o Pai, o Filho e o Espírito Santo!

T. Amém!D. Vamos iniciar nossa reunião naPaz e na alegria da presença deJesus Cristo.T. Bendigamos ao Senhor!

CONTEMPLAÇÃO:CONTEMPLAÇÃO:CONTEMPLAÇÃO:CONTEMPLAÇÃO:CONTEMPLAÇÃO:VER A REALIDADEVER A REALIDADEVER A REALIDADEVER A REALIDADEVER A REALIDADE

COM OS OLHOS DE DEUSCOM OS OLHOS DE DEUSCOM OS OLHOS DE DEUSCOM OS OLHOS DE DEUSCOM OS OLHOS DE DEUS

MERGULHARMERGULHARMERGULHARMERGULHARMERGULHARNO MISTÉRIONO MISTÉRIONO MISTÉRIONO MISTÉRIONO MISTÉRIOSABOREARSABOREARSABOREARSABOREARSABOREAR

DEUS.DEUS.DEUS.DEUS.DEUS.

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2576

77


Oração do Jubileu Áureo da Arquidiocesede Juiz de Fora

Ó Deus Pai, Todo Poderoso, ao celebrar o Jubileu Áureo da Arquidiocesede Juiz de Fora, recordando que, há 50 anos, reunistes numa só ProvínciaEclesiástica as Igrejas de Juiz de Fora, Leopoldina e São João Dei Rei, nósvos adoramos como único e verdadeiro Deus, Criador, Salvador e Santificador.

Nós vos louvamos porque sois fiel e misericordioso para conosco.Nós vos agradecemos porque nos amais e, continuamente, nos

auxiliais com dons que nos unem e nos fortalecem.Fazei que sejamos, de forma crescente, uma comunidade evangelizadora

e missionária, amorosa para com todos, em especial para com os pobres esofredores.

Conservai em nossos jovens a vibração pelas coisas de Deus e pelaedificação de um mundo novo, onde reinem a fé em Vós, o amor, a justiça,o perdão, a paz, afinal, onde prevalecem todos os valores anunciados porJesus Cristo.

Nós vos suplicamos Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, aumentaientre nós as vocações sacerdotais, diaconais, religiosas e missionárias.Continuai a despertar em nossos leigos e leigas o senso da comunhão, daparticipação e da missão.

Ajudai-nos a colocar em prática, de forma ardorosa, as conclusõesdo Sínodo Arquidiocesano, que estão reunidos no Documento Sinodal.

Nós vos pedimos ó Pai, pela intercessão da Beatíssima Mãe de Jesus,Padroeira da Diocese de São João Dei Rei, com o título de Nossa Senhora doPilar e da Diocese de Leopoldina que a invoca como Imaculado Coração deMaria, e de Santo Antônio, Padroeiro de toda a Arquidiocese de Juiz de Fora,a fim de que nossa Província Eclesiástica cresça sempre mais, na missão delevar Cristo a todos e todos a Cristo.

Obrigado, Senhor, pelo cinqüentenário de nossa Arquidiocese!Amém!

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2577

78

À mesa com Jesus

Ó Senhora Aparecida, Mãe do Divino Jesus, aocelebrarmos os 50 anos da nossa ProvínciaEclesiástica, nós, as Igrejas Particulares de Juizde Fora, Leopoldina e São João Del Rei,queremos estar convosco, no vosso Santuário,para agradecer a Deus, Uno e Trino, Senhor dahistória, as maravilhosas graças deste tempo.Queremos suplicar ao Pai, que continueabençoando nossa caminhada de fé, deesperança e de caridade.Na casa de Maria, à mesa com Jesus, queremoscelebrar os santos mistérios que nos unem comoirmãos e nos impulsionam na missão. Queremoscumprir a palavra de vosso Divino Filho: Fazeidiscípulos meus.Queremos, com o coração vibrante, nas moçõesdo Espírito Santo, novamente cantar vosso hino:

Virgem Mãe Aparecida,estendei o vosso olhar

sobre o chão de nossa vidasobre nós e nosso lar.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDAVirgem Mãe Aparecida,Nossa vida e nossa luz,

dai-nos sempre nesta vidapaz e amor no Bom Jesus.

Peregrinos, longes terrascaminhamos através

de altos montes de altas serraspara vos beijar os pés.

Estendei os vossos braçosque trazeis no peito em cruz

para nos guiar os passospara o Reino de Jesus.

Desta vida nos extremosTrazeis paz, trazeis perdão

A vós, Mãe, que vos trazemosCom amor no coração!

Amém.

OBS: A letra deste belo hino é de autoria dopoeta juiz-forano, Belmiro Braga, e a música,

de Padre João Batista Lehmann-SVD,sacerdote que atuava em Juiz de Fora.

1 - Tua Igreja, vibrante celebra: tempo novo nos deste, Senhor. Nova esperança teces noscorações a partir do amor. Não abandonas teu povo, o rebanho que escolheste. Cinquenta anosde história nos conduzes, ó Bom Pastor!

Refrão:É tempo de alegria! É Ano Jubilar!Aos pés de Jesus Cristo Juiz de Fora se encontra,Senhor e renova o compromisso de em tudo te servir e agora,como outrora ser uma Igreja,uma Igreja sempre em missão.

2 – Com vigor sinodal caminhamos. Quatro marcos nos dão direção: um olhar carinhoso à Famíliae à Paróquia nos pedes, Senhor; o cuidado fraterno dos pobres é legado que nos deste e aFormação de discípulos missionários, filhos teus.

3 – Igualmente celebram conosco Leopoldina e São João Del Rei. Três irmãs caminham juntas,formam o corpo de Cristo Jesus. As redes de pesca trazemos e partimos em missão, levandoCristo a todos e o mundo levando ao Senhor.

HINO DO CINQUENTENÁRIO DA ARQUIDIOCESEDE JUIZ DE FORA

Pe. João Francisco Batista da Silva

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2578

79


Indice:

Carta Pastoral 03

Iª ParteBreves acenos sobre a Eucaristia na história da Igreja 05

IIª PartePontos relevantes que a Igreja nos tem recordado sobre a Eucaristia e a Palavra 07

IIIª ParteJubileu Áureo da Arquidiocese de Juiz de Fora e do Concílio Vaticano II 12

Conclusão 13

Orientações Litúrgicas, Roteiros Homiléticos e Oração dos Fiéis 15

Domingo da Páscoa (8 de abril) 15

2º Domingo da Páscoa (15 de abril) 18



5º Domingo da Páscoa (06 de maio) 28

6º Domingo da Páscoa (13 de maio) 31

Solenidade da Ascenção do Senhor (20 de maio) 34

Domingo de Pentecostes (27 de maio) 37

Solenidade da Santíssima Trindade (03 de junho) 41

Setenário do Espírito Santo 44

1ª LuzO Espírito Santo inspira as Escrituras e nos leva à mesa de Jesus 44

2ª LuzO Espírito Santo nos dá a Tradição da Igreja e nos leva à mesa de Jesus 46

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2579

80

À mesa com Jesus

3ª LuzO Espírito Santo nos instrui pelo Magistério da Igrejae nos leva à mesa de Jesus 48

4ª LuzO Espírito Santo age na Santa Liturgia e realiza a nossacomunhão com Jesus 50

5ª LuzO Espírito Santo reza em nós e nos leva à mesa de Jesus 53

6ª LuzO Espírito Santo edifica a Igreja missionária e nos leva à mesa de Jesus 55

7ª LuzO Espírito Santo desperta o testemunho dos Santos,continua aobra salvífica e nos leva à mesa de Jesus 57

Jubileu Áureo da Arquidiocese de Juiz de Fora 60

À mesa com Jesus no Domigo da Ascenção - 20.05.2012 60

À mesa com Jesus no Dia de Pentecostes - 27.05.2012 62

À mesa com Jesus na Festa da Santíssima Trindade - 03.06.2012 64

Retiro de Páscoa e Jubileu da Arquidiocese 66

Celebração da Leitura Orante da Bíblia 72

Oração do Jubileu Áureo da Arquidiocese de Juiz de Fora 77

Hino do Cinquentenário da Arquidiocese de Juiz de Fora 78

Oração a Nossa Senhora Aparecida 78

Índice 79

livro 2012.pmd 13/04/2012, 08:2580

À mesa com jesus carta pastoral de dom gil antônio … · extraordinário pastor e ... ou a...

Documents