a origem da vida - longe de uma evolução verdadeira
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Abiogênese, quirais, origem da vida, Pasteur, Aminoácidos, Glicina, Valina, evolução.TRANSCRIPT
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LONGE DE UMA EVOLUÇÃO VERDADEIRA
Vilemar Magalhães
Fortaleza, Brasil - 2014
A Origem da Vida
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ABIOGÊNESE
A Teoria da Abiogênese defende que formas simples de vida iniciaram a partir de substâncias
químicas inorgânicas. Isto é, a vida na Terra começou de um ser sem vida, inanimado. Estas
substâncias se reuniram para formar estruturas orgânicas mais complexas.
Que diz a ciência sobre a abiogênese? Há evidências que comprovem esta teoria?
Um dos primeiros pesquisadores que questionaram os fundamentos científicos da Teoria da
Abiogênese foi o biólogo italiano Francesco Redi em 1668. Redi utilizou 8 frascos com carnes
em estado de putrefação. A metade deles estava coberta e a outra metade estava aberta. Nos
vasos abertos desenvolveram larvas. Redi lançou com base nos resultados destas pesquisas a
teoria da biogênese.
Com o advento do microscópio, a teoria da abiogênese ficou ainda muito mais forte. Quando
os cientistas passaram a ver os seres microscópicos deduziram que aqueles seres tão
pequenos não poderiam jamais ter a capacidade de se reproduzirem. Portanto, muitos
cientistas continuaram nesta busca incessante para comprovar a teoria da abiogênese.
Posteriormente veio o francês Louis Jean Pasteur
(1822 – 1895), que através da experiência conhecida
como pescoço de cisne, conseguiu mostrar em 1861
que seres vivos só podem se originar de seres vivos
preexistentes. Com esta experiência, Pasteur provou
a impossibilidade de haver geração espontânea de
vida (abiogênese).
Pasteur usou 4 frascos de vidro com seus gargalos
esticados e curvados com fogo. Em seguida Pasteur
encheu seus frascos com caldos nutritivos e os levou
ao fogo até que fervessem e ficassem esterilizados.
Ao retirar os frascos do fogo e esfriá-los, Pasteur
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concluiu que nenhum dos frascos tinha micro-organismos, pois estes ficaram retidos nas
gotículas de água que se formavam nos gargalos durante o resfriamento. Quando os gargalos
foram quebrados, os frascos se encheram de micro-organismos, pois não mais havia o filtro
criado pelas gotículas de água nos gargalos.
Fonte foto: www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao3.php
Com esta experiência Pasteur derrubou a Teoria da Abiogênese ou deveria ter derrubado. Até
a data de hoje ninguém provou o contrário, os livros de biologia do ensino médio trazem esta
comprovação e mesmo assim se fala de vida que surgiu a partir de seres inanimados.
Depois de um ou vários meses no incubador, o pescoço do frasco foi removido por
golpe dado de tal modo que nada, a não ser as ferramentas, o tocasse, e depois de 24, 36
ou 48 horas, bolores se tornavam visíveis, exatamente como no frasco aberto ou como
se o frasco tivesse sido inoculado com poeira do ar.”
Com esta experiência engenhosa, Pasteur também demonstrava que o líquido não havia perdido pela
fervura suas propriedades de abrigar vida, como argumentaram alguns de seus opositores. Além disso,
não se podia alegar a ausência do ar, uma vez que este entrava e saía livremente (apenas estava sendo
filtrado).
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Outras Tentativas de Justificar a Abiogênese
Há muitas teorias que receberam grande divulgação no meio científico. Uma delas é a Miller-
Urey. Você lembra a experiência de Mille/Urey vista em suas aulas de biologia?
O Dr. Stanley Lloyd Miller fez uma nova experiência para provar a Teoria da abiogênese em
1953. Ele se baseou na experiência prévia de Harold Clayton Urey de 1929. A meta era
conseguir reconstituir as condições atmosféricas proposta pelos evolucionistas de quando a
vida na Terra estava sendo formada. A experiência foi realizada usando um sistema fechado
que deveria simular a atmosfera terrestre no qual circulariam por 7 dias os elementos gasosos
metano (CH4) hidrogênio, amônia (NH3) e vapor de água. Esta era a composição química que
Urey Miller acreditava ser predominante na Terra.
A maioria dos cientistas planetários discorda quanto à composição química primaveril da
atmosfera terrestre. Eles propõem que os elementos usados por Miller deveriam ser dióxido
de carbono, nitrogênio e vapor de água. Contudo, repetindo a experiência de Miller com estes
elementos, até hoje, os laboratórios não foram capazes de gerar vida em suas experiências.
O sistema de Miller tinha outro recipiente correspondente onde era fervida uma porção de
água para gerar vapor, que se acreditava existir na atmosfera. Em um terceiro frasco, havia
uma corrente elétrica constante que deveria simular a ação de raios que os evolucionistas
indicam ter existido no início da história da vida na Terra.
A experiência de Miller não estava à busca das condições atmosféricas do início dos tempos
em nosso planeta. O objetivo real deles era formar uma substância orgânica em laboratório
para assim provar a Teoria da Evolução. Uma vez tendo um amino ácido criado em laboratório
seria apenas uma questão de tempo para que os cientistas pudessem criar um ser vivo. Tudo
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estava resumido em ter os gases corretos, uma carga elétrica e era só isto o que necessitava
para ser criada a vida em um pequeno frasco de laboratório.
O que o homem descobriu com esta experiência foi que para a vida ser criada não é tão fácil.
Se as condições atmosféricas primitivas fossem iguais as usadas na experiência de Miller/Urey,
a atmosfera terrestre necessitaria sofrer uma redução, isto é, não poderia ter oxigênio e
agentes oxidantes. Os cientistas só falaram na necessidade desta redução porque sabiam que
as reações químicas esperadas não ocorreriam na presença de oxigênio e muitas moléculas
seriam destruídas.
Nenhum amino ácido poderia ter sido sintetizado com as condições atmosféricas terrestres
que vemos hoje em dia, concluem Miller/Urey. Os amino ácidos seriam destruídos quase que
imediatamente pelo oxigênio atmosférico ou a camada de ozônio degradaria estes amino
ácidos. Urey/Miller conseguiu produzir uréia, hidroxiácidos e alguns aminoácidos,
especialmente glicina e alanina. A glicina foi formada logo depois de dois dias depois do início
da experiência. (BADA, 2003). Contudo, os amino ácidos sintetizados na experiência de
Mille/Urey, não tinham serventia alguma na formação da vida por terem sido criados em uma
mistura racêmicas.
O que significa mistura racêmica? É necessário revisar o conceito de quirais, o que não é
simples. Contudo, uma tentativa simplificada de explicar este conceito seria dizer que os
quirais são substâncias com versões opostas, ou substâncias espelhos. Complicou? Calma que
você ainda vai poder entender tudo isto muito bem. Exemplo: um par de luvas poderia ser dito
como quiral. Isto é, há uma versão direita e esquerda do objeto. Em química, são identificadas
moléculas iguais só que têm rotação para a direita ou para a esquerda.
Fonte Foto: www.truthinscience.org.uk
Nos seres humanos são vistas quase exclusivamente moléculas com a capacidade de fazer
rotações para a esquerda. As proteínas com rotações para a direita, quando acontecem, são
geralmente letais. Somente um amino ácido com rotação para a direita, em uma proteína, é
suficiente para invalidar a síntese de qualquer proteína. Os açúcares no RNA e DNA podem ter
rotação dextrarotatory, isto é, para a direita.
Para que os amino ácidos não fossem destruídos na presença de oxigênio, as condições
primordiais para o surgimento da vida seria que a Terra não tivesse oxigênio em sua
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atmosfera. O oxigênio tem a função de desviar os raios ultravioleta que são lançados
diretamente para a Terra.
Esta condição atmosférica foi desmentida com o descobrimento das formações rochosas na
Austrália, datadas do início da formação da vida na Terra. O que acontece é que os metais
oxidados em rochas sempre aparecem na cor vermelha, algo parecido com o ferro oxidado
(enferrujado). Estas rochas antigas são também chamadas de “camas vermelhas”, vistas com
mais facilidade no oeste da Austrália.
Tais achados indicam que os estratos sedimentares mais antigos na Terra foram depositados
na presença de oxigênio. As rochas deste período são vermelhas e cristalizadas como uma só
peça, o que indica também que foram formadas na presença de oxigênio.
Fonte: www.icr.org/article/ancient-oxygen-rich-rocks-confound/
Outro aspecto muito importante revelado com a descoberta do fato que as primeiras rochas
tenham sido depositadas na presença de oxigênio, faz-se necessário uma revisão sobre a
possível época do surgimento das cianobactérias ou cianofíceas, comumente chamadas de
algas, seres responsáveis pelo processo de fotossíntese, além dos vegetais.
Cianobactérias
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Bibliografia
BADA, Jeffrey L and LAZCANO, Antonio – Prebiotic Soup – Revistiting the Miller Experiment – Revista
Science 2 de maio de 2003 – Vol 300 no 5620pp 745-746 DOI: 10.1126/SCIENCE.1085145
[Consult. 27-09-2014].Disponível em <www.sciencemag.org/content/300/5620/745.full>
BIELLO, David – Cianobactérias Garantem Oxigênio na Terra – Scientific American Brasil -
<www2.uol.com.br/sciam/noticias/cianobacterias_garantem_oxigenio_na_terra.html>
CHOI, Charles Q. – Earth Had Oxygn-Rich Atmosphere Much Earlier Than Previously Thought, New Live
Science - <www.huffingtonpost.com/2013/09/26/earth-oxygen-atmosphere_n_3995270.html>
LOBÃO, Adriana Quintella et. al. – Origem e Evolução de Cianobactérias e Algas – Aula 23 Universidade
Federal do Espírito Santo – Centro Universitário Norte do Espírito Santo.
Infopédia - mistura racémica. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 27-02-2014].
Disponível na <www.infopedia.pt/$mistura-racemica>.
PAIVA, Ana Paula – O Fenômeno da Quiralidade – Bases de estereoquímica - UNESP
PEET, J. H. John – The Miller-Urey Experiment – [Consult 26/02/2014] visto em
<www.truthinscience.org.uk/tis2/index.php/evidence-for-evolution-mainmenu-65/51-the-miller-urey-
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THOMAS/ Brian - Ancient Oxygen-Rich Rocks Confound Evolutionary Timescale [Consult. 03/12/2013].
Disponível na <www.icr.org/article/ancient-oxygen-rich-rocks-confound>.
KASTELEIN, Jelle - Abiogenesis Explained - Universiteit van Amsterdam - April 6, 2009
Vilemar Magalhães
Email: [email protected]