a origem do pão relatório final

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A origem do pão De onde vem o pão? Relatório relativo ao desafio-problema «De onde vem o pão?», realizado pela turma B do 7º ano da Escola Secundária Augusto Gomes. Participação no concurso «Rato de Biblioteca», no ano letivo 2014/2015, integrado no tema «A origem das coisas», promovido pela Fundação Vox Populi.

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A origem do pão De onde vem o pão?

Relatório relativo ao desafio-problema «De onde vem o pão?», realizado pela turma B do 7º ano da

Escola Secundária Augusto Gomes. Participação no concurso «Rato de Biblioteca», no ano letivo

2014/2015, integrado no tema «A origem das coisas», promovido pela Fundação Vox Populi.

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Conteúdo Conteúdo ........................................................................................................................................................ iii

Visão Global do Projeto ................................................................................................................................... 1

Enquadramento do Projeto «Como na vida!» ............................................................................................ 1

Contextualização ..................................................................................................................................... 1

Objetivos ................................................................................................................................................. 1

Estratégias Específicas ............................................................................................................................. 2

Caracterização da turma ............................................................................................................................. 2

Enquadramento do Projeto «A origem do pão» ......................................................................................... 2

Proposta de Ação ........................................................................................................................................ 2

Articulação curricular .............................................................................................................................. 2

Competências transversais...................................................................................................................... 4

Competências do século XXI ................................................................................................................... 4

Objetivos do projeto ................................................................................................................................... 4

Objetivos por disciplina: .......................................................................................................................... 4

Objetivos transversais: ............................................................................................................................ 6

Objetivos no âmbito das competências do século XXI: ........................................................................... 6

Desenvolvimento do Projeto........................................................................................................................... 7

Visita às padarias de Matosinhos ................................................................................................................ 7

Visita à fábrica Cerealis ............................................................................................................................. 10

Algumas atividades desenvolvidas em Português .................................................................................... 14

Atividades desenvolvidas em Francês ....................................................................................................... 15

Medição do IMC ........................................................................................................................................ 15

Realização de gráficos termopluviométricos ............................................................................................ 17

Conteúdos abordados nas aulas de Matemática ...................................................................................... 18

Conteúdos abordados na disciplina de História ........................................................................................ 19

Aula laboratorial de observação de leveduras .......................................................................................... 19

Confeção de pão artesanal ....................................................................................................................... 20

Trabalho em contexto de sala de aula – Espaço-Turma ........................................................................... 22

Apresentação pública dos trabalhos ......................................................................................................... 25

Avaliação ....................................................................................................................................................... 25

Conclusão ...................................................................................................................................................... 28

Apresentação ................................................................................................................................................ 30

Anexos ........................................................................................................................................................... 31

Anexo 1 – Visão Global do Projeto ................................................................................................................ 32

Anexo 2 – Planificação por disciplina ............................................................................................................ 36

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Anexo 3 – Inventário das Padarias ................................................................................................................ 41

Anexo 4 – Mapa das padarias ....................................................................................................................... 42

Anexo 5 – Autorização para a Visita de Estudo à Cerealis ............................................................................ 43

Anexo 6 – Tabela SIAR ................................................................................................................................... 45

Anexo 7 – Plano da Aula Laboratorial e Confeção do pão ............................................................................ 46

Anexo 8 – Tabela SIAR 2 ................................................................................................................................ 54

Anexo 9 – Ficha de tratamento das pesquisas .............................................................................................. 55

Anexo 10 – Como pesquisar informação credível ......................................................................................... 56

Anexo 11 – Modelo Big 6 .............................................................................................................................. 58

Anexo 12 – Como escrever corretamente as referências bibliográficas ....................................................... 61

Anexo 13 – Calendarização das primeiras atividades ................................................................................... 64

Anexo 14 – Organização dos grupos de trabalho .......................................................................................... 65

Anexo 15 – Guião do trabalho de grupo ....................................................................................................... 66

Anexo 16 – Diário de Bordo .......................................................................................................................... 67

Anexo 17 – Avaliação final do desafio ........................................................................................................... 68

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Da semente ao pão há vida Vida que vale quando é aproveitada Vida que levou o esforço dos homens E vida que um levou cansada. Crocante, escuro, seco, duro Transformação, semente, fermento, pão Riqueza, pureza, leveza certeza, Esforço, dedicação, respeito e ambição. Pão é trabalho Pão é sustento Pão é alimento De onde vem o pão? 7ºB

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A origem do pã o De onde vem o pão?

Visão Global do Projeto

Enquadramento do Projeto «Como na vida!» Contextualização Na Escola Secundária Augusto Gomes, o Ensino Básico

desenvolve-se de acordo com o programa nacional e

de acordo com o perfil de saída dos alunos do 3º Ciclo.

Está organizado no projeto «COMO NA VIDA!», que é

uma resposta promotora de um percurso educativo

sustentado na interdisciplinaridade e na

transdisciplinaridade das competências. Promove

aprendizagens integradas e exigentes, através do

trabalho cooperativo dos alunos e dos docentes e

responde às exigências atuais da sociedade, ajudando

os alunos a ser cidadãos mais participativos, com

capacidade de autoaprendizagem para ultrapassar os

seus desafios individuais e sociais.

Objetivos Promover o sucesso escolar de todos os alunos.

Ter em conta a Centralidade no Aluno –

preocupação por cada um e pelas suas características

individuais.

Fazer uma gestão do currículo de cada turma por

uma Equipa Pedagógica.

Privilegiar estratégias que promovam a

aprendizagem interdisciplinar, na resolução de

Desafios- Problema.

Reforçar os mecanismos de supervisão e trabalho

de pares, através das Equipas Pedagógicas e dos

Departamentos Curriculares.

«Nasceram, ao

mesmo tempo, a

cultura dos povos

e a cultura das

plantas.»

(Saramago)

O pão, produto do

trabalho do Homem,

está intrinsecamente

relacionado com a Vida,

com a Terra, com a

Cultura dos povos.

Da semente que cresce

e se torna planta à

farinha que fermenta e

se torna alimento, o pão

foi sustento de muitas

civilizações, símbolo de

saúde e prosperidade,

fator de

desenvolvimento.

«De onde vem o pão?»

foi o nosso desafio, a

nossa grande questão.

Uma viagem de 11

semanas pela «Origem

das Coisas», sempre a

pensar no pão.

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Estratégias Específicas Desafios-problema – estratégia centralizadora de aprendizagens transdisciplinares onde

os alunos, em trabalho de equipa, desenvolvem o seu trabalho num contexto vivencial próximo da realidade.

Apresentações Públicas – no final de cada desafio-problema, os grupos de trabalho apresentam as suas conclusões em sessões com a participação da comunidade.

E-Portefólio.

Oficina de Competências – oferta curricular específica para o desenvolvimento de competências transversais e de estudo.

Espaço-Turma – semanalmente, os alunos, acompanhados por uma equipa de professores, trabalham em conjunto na resolução dos seus desafios-problema.

Equipa Pedagógica.

Caracterização da turma A turma B do 7º ano é constituída por 22 alunos, 11 rapazes e 11 raparigas, com uma média de idades

de 12 anos. Trata-se de uma turma do ensino articulado de música.

Os alunos são bastante curiosos e interessados tanto pelas matérias escolares como por outros

assuntos de carácter geral, embora participem de forma muito desorganizada e não revelem

competências de pesquisa e tratamento de informação.

Enquadramento do Projeto «A origem do pão» Na perspetiva de integrar o 3º desafio da turma do 7ºB no programa Rato de Biblioteca, a equipa

pedagógica optou pelo tema “A origem do pão”, em função dos conteúdos curriculares das várias

disciplinas e da possibilidade de articulação entre elas. Neste sentido, em Espaço-Turma e Oficina de

Competências os alunos são colocados perante situações que os levem a centrar-se no

desenvolvimento das competências no domínio da pesquisa, tratamento e apresentação da

informação. No quadro das disciplinas, a lecionação de conteúdos específicos nas diferentes

disciplinas será efetuada, sempre que possível, em articulação com o desafio problema (a

interpretação de documentos e de textos literários relacionados com o pão e a sua origem, o

vocabulário sobre a alimentação, a importância do pão e dos cereais nas várias civilizações, a

localização dos diferentes cereais e as características climáticas de cada área geográfica, a utilização

dos microrganismos que fazem fermentação na produção do pão (leveduras), a energia os alimentos

e o exercício físico, relacionando a energia obtida pelos alimentos com o exercício físico necessário

para despender essa energia, a proporcionalidade direta, os sons relacionados com o pão, desde o

cultivo à sua ingestão).

Proposta de Ação No âmbito do projeto “Como na vida!”, a equipa pedagógica selecionou uma questão que serviu de

base ao desafio problema colocado à turma.

A questão que orientou o desafio-problema foi: «De onde vem o pão?».

Articulação curricular Pretendeu-se utilizar as estratégias específicas de espaço-turma e oficina de competências, para

desenvolver com os alunos a pesquisa, o tratamento e a apresentação da informação a par da

lecionação de conteúdos específicos nas diferentes disciplinas (ver anexo 1: Visão global do projeto).

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Na disciplina de Português, para além da pesquisa, tratamento e apresentação de informação, fez-se

a interpretação de documentos e de textos literários relacionados com o pão e a sua origem.

Nas Línguas Estrangeiras (Inglês e Francês), foi introduzido o vocabulário sobre a alimentação e foram

analisados textos simples sobre esta temática.

Em História, foi abordada a importância do pão e dos cereais nas várias civilizações.

Em Geografia, relacionou-se a localização dos diferentes cereais a nível mundial com as

características climáticas de cada área geográfica.

Nas Ciências Naturais, relacionou-se o processo de fermentação alcoólica realizado pelos

microrganismos durante o seu metabolismo celular, com a sua utilização no processo de fabrico do

pão.

Nas Ciências Físico-Químicas, foi lecionada a energia no cultivo do cereal, no fabrico do pão e no

fornecimento de energia ao ser humano.

A disciplina de Educação Física fez a avaliação do Índice de Massa Corporal, relacionando a energia

obtida pelos alimentos com o exercício físico necessário para despender essa energia.

Na Matemática, foram realizadas atividades relacionadas com a proporcionalidade direta e a função

linear, tendo como base de trabalho os dados recolhidos nas visitas de estudo.

Nas disciplinas da componente musical, produziu-se uma pequena performance musical onde se

recriaram os sons relacionados com o pão, desde o cultivo à sua ingestão.

A abordagem do desafio teve como finalidade o estudo de todo o ciclo do pão, desde a semente ao

produto final.

Foram abordadas questões como:

O que é necessário para se fabricar o pão?

Quais os processos subjacentes ao cultivo do grão?

Como se processa a moagem do grão?

Que tipos de farinha se utilizam na produção do pão?

Que tipos de pão existem?

Quais as diferenças entre o pão produzido industrialmente e o pão artesanal?

Que substâncias compõem o pão?

Qual o valor nutritivo do pão?

Para além dos conteúdos previstos, a ação foi orientada pelas questões levantadas pelos alunos, pelo

resultado das pesquisas efetuadas e pelas sugestões de tratamento e orientação do trabalho por que

os alunos vieram a optar.

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Competências transversais Utilizar diferentes formas de comunicação verbal, adequando a utilização do código linguístico aos

contextos e às necessidades.

Pesquisar, organizar, tratar e produzir informação em função dos contextos e situações.

Mobilizar os conhecimentos das diversas disciplinas.

Competências do século XXI Colaboração

Criatividade

Iniciativa

Resolução de problemas

Raciocínio crítico

Tomada de decisões

Cidadania

Gestão de conflitos

Literacia da informação

Ferramentas web 2.0

Objetivos do projeto Neste projeto tivemos como finalidade desenvolver nos alunos competências no âmbito das várias

disciplinas, competências transversais e competências do século XXI, de acordo com a nossa

proposta de ação (ver anexo 2: planificação por disciplina).

Objetivos por disciplina:

Português

Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.

Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação.

Tomar notas e registar tópicos.

Identificar ideias-chave.

Ler para apreciar textos variados.

Expressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes.

Ler e interpretar textos literários.

Redigir textos com coerência e correção linguística.

Respeitar os princípios do trabalho intelectual: identificação das fontes utilizadas.

Inglês

Desenvolver as competências essenciais de comunicação em língua inglesa.

Desenvolver competências estratégicas.

Utilizar corretamente os recursos linguísticos disponíveis em situações de comunicação.

Construir a sua identidade pessoal através do desenvolvimento da personalidade, responsabilidade e autonomia.

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Francês

Desenvolver uma competência cultural e civilizacional da língua francesa.

Apropriar-se de um conjunto de conhecimentos que ressaltam da língua e da cultura dos países francófonos.

Desenvolver as competências essenciais de comunicação em língua francesa.

Desenvolver competências estratégicas.

Utilizar corretamente os recursos linguísticos disponíveis em situações de comunicação.

Construir a sua identidade pessoal através do desenvolvimento da personalidade, responsabilidade e autonomia.

Desenvolver o espírito crítico através de uma permanente auto e heteroavaliação.

História

Conhecer e compreender o processo de formação e afirmação das cidades-estado gregas

originárias (séculos VIII a IV a.C.).

Conhecer e compreender a organização económica e social no mundo grego.

Conhecer e compreender a formação do Império e o processo de romanização

Conhecer e compreender a organização económica e social da Roma imperial.

Compreender a origem e a expansão do Cristianismo no seio das expressões religiosas do

mundo romano.

Conhecer e compreender o novo mapa político da Europa após a queda do Império

Romano do Ocidente.

Compreender as relações entre o clima de insegurança e o predomínio de uma economia

ruralizada na Alta Idade Média com a organização da sociedade medieval

Geografia

Compreender o clima como o resultado da influência dos diferentes elementos

atmosféricos.

Caraterizar o estado de tempo para um determinado lugar e num dado momento.

Distinguir estado de tempo de clima.

Definir diferentes elementos de clima.

Identificar os instrumentos utilizados para medir e registar os elementos de clima e as

respetivas unidades de quantificação.

Compreender a variação anual da temperatura.

Descrever a variação anual da temperatura.

Inferir as noções de temperatura média mensal e anual, e amplitude térmica mensal e

anual.

Compreender a importância da representação gráfica da temperatura e precipitação na

caraterização dos tipos de clima.

Definir gráfico termopluviométrico.

Construir gráficos termopluviométricos.

Interpretar os regimes térmico e pluviométrico a partir de um gráfico termopluviométrico.

Compreender o clima de Portugal e as principais formações vegetais.

Caraterizar o clima de Portugal Continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira,

tendo por base diversos gráficos termopluviométricos.

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Matemática

Saber determinar a relação de proporcionalidade direta entre duas grandezas.

Determinar o valor de uma grandeza em situação de proporcionalidade direta.

Reconhecer a representação em referencial cartesiano de uma função de

proporcionalidade direta.

Ciências Naturais

Relacionar a atividade de microrganismos como as leveduras com a produção de alimentos

e a indústria alimentar.

Compreender os processos básicos da fermentação.

Relacionar os produtos da fermentação com o processo de fabrico do pão.

Físico-Química

Fontes de energia e transferências de energia

Corrente elétrica e energia elétrica [1ª abordagem, tópico do 9º ano]

Educação Física

Compreender a importância da atividade física na saúde do Ser Humano, conciliada a uma

alimentação equilibrada.

Oficina de Competências

Competências na pesquisa e tratamento da informação.

Competências da oralidade e expressão escrita.

Competências organizacionais.

Competências no domínio das ferramentas web 2.0.

Objetivos transversais: Pesquisar o que é necessário para se fabricar o pão.

Conhecer os processos subjacentes ao cultivo do grão.

Compreender como se processa a moagem do grão.

Conhecer os tipos de farinha que se utilizam na produção do pão.

Identificar diferentes tipos de pão.

Distinguir o pão produzido industrialmente do pão artesanal.

Descrever as substâncias que compõem o pão.

Conhecer o valor nutritivo do pão.

Objetivos no âmbito das competências do século XXI: Comunicar na língua materna.

Comunicar em línguas estrangeiras.

Desenvolver competência matemática e competências básicas em ciências e tecnologia.

Treinar competências digitais.

Aprender a aprender.

Exercitar competências sociais e cívicas.

Desenvolver espírito de iniciativa e empreendedorismo.

Fomentar a sensibilidade e expressão culturais.

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Desenvolvimento do Projeto O projeto contemplou várias atividades realizadas em contexto de sala de aula, bem como visitas

de estudo. As atividades realizadas são enumeradas a seguir, por ordem cronológica de realização.

A primeira atividade consistiu na apresentação à turma do novo desafio (ver blog:

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/01/08/apresentacao-do-desafio-a-turma/).

Visita às padarias de Matosinhos Primeiramente, fez-se um inventário das padarias de Matosinhos mais próximas da Escola (Ver

Anexo 3 - Inventário das Padarias).

Após a pesquisa na Internet das padarias em Matosinhos, construiu-se um mapa com a sua

localização (ver anexo 4 – Mapa das padarias). No momento seguinte, a turma dividiu-se em vários

grupos e cada grupo, acompanhado pelo respetivo professor-tutor, visitou diferentes padarias, de

acordo com o percurso previamente definido.

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O grupo responsável pelo trabalho “Da farinha à massa” realizou um vídeo com as fotos obtidas, os

depoimentos recolhidos e as pesquisas efetuadas (ver blog:

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/05/04/da-farinha-ao-pao/).

Esta visita permitiu aos alunos um primeiro contacto com o processo de fabrico do pão e

proporcionou imediatamente a surpresa dos alunos, relativamente à sua complexidade: seleção dos

tipos de farinha, tempo para levedar, cozedura e utensílios específicos do padeiro.

Nesta saída foi igualmente importante a necessidade que alguns grupos tiveram de resolver situações

imprevistas, já que algumas padarias não acolheram muito bem as questões dos alunos e não

permitiram a entrevista preparada. Pelo contrário, noutros locais, os discentes foram convidados a

entrar na parte da produção, explicaram-lhes cuidadosamente todo o fabrico do pão e puderam

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mesmo saborear um tipo de pão à sua escolha. Foi, portanto, uma experiência em que tiveram de

aplicar de forma cuidada as competências relacionais e sociais e aplicaram os conhecimentos sobre

a entrevista que tinham preparado previamente.

Visita à fábrica Cerealis

Com a finalidade de compreender o processo de fabrico industrial da farinha, visitamos a fábrica

Cerealis. (Ver Anexo 5 – Autorização para a visita de estudo)

A visita de estudo teve os seguintes objetivos:

1. Conhecer os tipos de cereais mais comuns na produção do pão. 2. Compreender o processo de transformação dos cereais em farinha. 3. Proporcionar uma experiência de fabrico de pão industrial. 4. Conhecer a importância do consumo do pão numa alimentação saudável.

Os alunos refletiram sobre a visita, preenchendo uma tabela SIAR (ver Anexo 6 – Tabela SIAR)

Apresentam-se a seguir algumas das reflexões dos alunos.

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Algumas atividades desenvolvidas em Português

Na disciplina de Português, o material de excelência é a palavra. Sempre em articulação com a oferta

de escola “Oficina de Competências” e “Espaço-turma”, procedeu-se à pesquisa e ao tratamento da

informação recolhida pelos alunos, utilizando vários guiões e fundamentalmente as técnicas do

sublinhado e do resumo/síntese. Foi ainda apresentada a norma 405 para correta indicação das

referências bibliográficas.

Seguidamente, os alunos fizeram um levantamento de provérbios populares sobre o pão e criaram

textos narrativos sobre um dos provérbios. Verificou-se alguma dificuldade na sua interpretação,

visto que estes provérbios se associam principalmente a ambientes rurais que são completamente

desconhecidos dos alunos. Foi ainda ocasião de explorar a simbologia do pão em diferentes contextos

e sentidos.

Como obra de estudo literário, optou-se pelo conto de José Rodrigues Miguéis “Arroz do céu” (in

Gente de Terceira Classe, 1962). A personagem principal é o Limpa-Vias, um empregado de limpeza

dos túneis do subway em Nova Iorque, visto como uma "toupeira, um rato dos canos". A sua vida é

a de um " estrangeiro, imigrante" e que "não brincara, nem vadiara na voragem empolgante das ruas

da grande cidade, e vivia perfeitamente resignado à sua obscuridade", concentra-se toda no "chão

imundo e viscoso". Recebendo como um prodígio o arroz que, lançado sobre os noivos numa igreja

e escorrendo pelas grades de escoamento para o subway, começa a cair subitamente do seu céu, e

recolhendo-o para sustentar os seis ou sete filhos, sente-se por essa chuva benéfica "objeto da

vontade misericordiosa do Senhor". Na construção desta personagem encerra-se, assim, uma crítica

à desigualdade social -"O Céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam."

A partir desta frase, que encerra a lição do conto, os alunos foram convidados a refletir sobre o papel

do arroz como sustento da família do Limpa-Vias - o pão da sua boca - e o carácter divino, o maná,

que é sugerido pelo narrador. Assim, os alunos produziram textos de opinião e textos expressivos

sobre a ausência e o excesso do pão nas sociedades.

Toupeira

Naquele chão imundo e viscoso,

Naquele sítio infeliz,

Apanhando os grãos de arroz

Que alimentam o pobre petiz,

Levando para casa num saco,

O que conseguia apanhar,

Ele sabia que os seus seis filhos,

Iriam adorar.

No dia seguinte, voltando

Ao sítio mais escuro do mundo,

Voltaria a ser toupeira

E, para outro, um simples muco.

Carolina Pedrosa

Poema inspirado no conto “Arroz do Céu”

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Em conjunto, a turma produziu ainda um texto poético que foi musicado por um aluno.

Da semente ao pão há vida

Vida que vale quando é aproveitada

Vida que levou o esforço dos homens

E vida que um levou cansada.

Crocante, escuro, seco, duro

Transformação, semente, fermento, pão

Riqueza, pureza, leveza certeza,

Esforço, dedicação, respeito e ambição.

Pão é trabalho

Pão é sustento

Pão é alimento

De onde vem o pão?

7ºB

Atividades desenvolvidas em Francês

Nesta disciplina, visto ser ainda iniciação, não foi possível um trabalho muito desenvolvido de

pesquisa. Optou-se por estudar o vocabulário sobre os alimentos e as receitas, sendo ainda

abordada a importância do pão para os franceses.

Medição do IMC Foram explicados aos alunos alguns conceitos essenciais para perceberem as medições efetuadas.

Qual a diferença entre atividade física e exercício físico

Atividade física é o termo geral usado para descrever movimentos do esqueleto e músculos

esqueléticos que gastam energia.

Atividade física pode incluir:

* Exercício físico tradicional, como caminhada, corrida, ciclismo, musculação e aeróbica.

* Participação em desportos de equipa, como futebol e basquete.

* Outras tarefas que mantêm o corpo em movimento e a frequência cardíaca mais elevada,

como subir escada, lavar o chão e carregar objetos.

Exercício físico é um termo usado para descrever atividades que melhoram as seguintes

características: capacidade aeróbica, força muscular, resistência, flexibilidade, e composição

corporal.

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Ter atividade física suficiente, especialmente quando combinada com alimentação saudável, pode

ajudar a reduzir o risco de algumas doenças como diabetes, osteoporose, doenças cardíacas, e

certos tipos de cancro. Atividade física diária também pode ajudar a diminuir a pressão

sanguínea e colesterol, assim como reduzir o risco de obesidade, sintomas de ansiedade e

depressão, e sintomas de artrite.

De acordo com o “Dietary Guidelines for Americans” publicado a cada 5 anos pelo governo

americano:

* Adultos maiores de 18 anos precisam de 30 minutos de atividade física em 5 ou mais dias da

semana para ficarem saudáveis.

* Crianças e adolescentes precisam de 1 hora de atividade física diária.

Combinar alimentação saudável com equilíbrio entre alimentos e atividade física ajuda a melhorar a

saúde geral. É importante boa nutrição para criar um equilíbrio entre o que se come (energia

consumida) e atividade física (energia gasta).

O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa

está no peso ideal.

O IMC por idade utiliza a altura, peso e idade de uma criança para determinar quanta gordura

corporal ele ou ela tem e compara os resultados com os de outras crianças da mesma idade e

gênero. Ele pode ajudar a prever se as crianças terão risco de ficar acima do peso quando estiverem

mais velhas.

A faixa de IMC normal pode ficar mais alta para as meninas conforme elas vão amadurecendo, já

que as adolescentes normalmente têm mais gordura corporal do que os adolescentes.

De seguida efetuaram-se as medições do IMC dos alunos.

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Realização de gráficos termopluviométricos

Construção e interpretação de gráficos termopluviométricos das estações meteorológicas de

Portugal.

A atividade foi realizada nas seguintes fases:

1º Visualização de uma animação onde se apresentava as fases de construção de um gráfico

termopluviométrico e sua interpretação;

2º Distribuição a cada aluno do papel milimétrico e de uma tabela com os dados de temperatura e

precipitação de uma estação meteorológica;

3º Construção do respetivo gráfico, com as devidas escalas e título;

4º Recorte de cada gráfico e sua colocação num mapa de base, com as divisões administrativas do

país - distritos e regiões autónomas Madeira e Açores.

5º Análise do comportamento da temperatura e da precipitação ao longo do ano nas diferentes

estações meteorológicas;

6º Caracterização do clima de Portugal;

7º Relacionar as características do clima, a norte e a sul de Portugal, com as principais produções de

cereais.

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Conteúdos abordados nas aulas de Matemática

Aproveitando os registos efetuados na praia sobre a densidade da água, os alunos exploraram a

fórmula densidade=massa/volume, como uma proporção matemática, determinando uma das

grandezas dadas as outras duas, utilizando assim a interdisciplinaridade entre Matemática e Físico-

Química.

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Durante o desafio "De onde vem o pão", os conceitos de proporcionalidade direta foram utilizados

para "aumentar" ou "reduzir" os ingredientes numa receita de pão.

Com a exploração destes conceitos a ligação entre a vida real e a Matemática ficou bastante

presente e os alunos experimentaram esta ligação.

Conteúdos abordados na disciplina de História

Em História, a origem do pão foi integrada no processo de evolução da humanidade, desde a

descoberta da agricultura no Neolítico até à Idade Média, centrando a abordagem da sua história

não só na área dos processos tecnológicos subjacentes ao seu fabrico, mas também na

compreensão da complexidade que as sociedades humanas foram adquirindo no domínio

económico, político, social, religioso e cultural, na sequência da afirmação do pão na alimentação

humana.

Aula laboratorial de observação de leveduras

A aula laboratorial de observação de leveduras foi realizada juntamente com a confeção do pão

artesanal, durante o tempo de repouso da massa.

O plano da aula encontra-se em anexo (ver Anexo 7 – Plano de Aula).

A atividade “Observação de leveduras” teve como objetivo principal sensibilizar os alunos para a

importância dos microrganismos na produção do pão. Pretendeu-se que os alunos percebessem

que a levedura, no seu meio ambiente, necessita obter energia para sobreviver e se reproduzir e

que das reações que efetua, resultam produtos que são úteis ao fabrico do pão.

Por outro lado, aproveitou-se a oportunidade para explicar a diferença entre preparações

extemporâneas e preparações definitivas e ensinar os alunos a realizar uma preparação

extemporânea.

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Confeção de pão artesanal

Esta aula teve como objetivo promover o contato dos alunos com os ingredientes do pão, para que

compreendessem a função de cada um.

Pretendeu-se ainda comparar o processo de fabrico do pão artesanal com o processo observado

nas padarias.

Depois de uma explicação, os alunos deitaram mãos à massa e produziram um pão delicioso (ver

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/05/22/a-nossa-aula-de-observacao-de-leveduras-e-

fabrico-de-pao/).

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Trabalho em contexto de sala de aula – Espaço-Turma

Para diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a temática a estudar, cada aluno

preencheu uma tabela (ver Anexo 8 – Tabela SIAR 2) respondendo a questões como:

O que sei sobre o assunto?

O que quero pesquisar?

O que vou fazer para encontrar as respostas?

Como aprendi?

Resposta ao desafio: De onde vem o pão?

O trabalho de pesquisa de informação esteve subjacente a todas as atividades realizadas.

Os alunos recolheram informação nas fontes mais tradicionais, como a Internet, livros e outras

publicações, mas também sempre que efetuaram uma visita de estudo, através dos registos,

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entrevistas e fotos que realizaram. Para organizar a informação recolhida, os alunos preenchem

uma tabela, por cada pesquisa realizada (ver anexo 9 – Ficha de tratamento das pesquisas).

Os alunos também aprenderam como tornar as suas pesquisas na Internet mais eficiente, a

selecionar a informação credível (ver anexo 10 – Informação credível), a planificar e realizar um

trabalho de investigação (Ver Anexo 11 – O modelo Big 6) e a registar as referências bibliográficas

de acordo com a norma NP405 (Ver Anexo 12 – Norma NP405).

As atividades em sala de aula, nas diferentes disciplinas também constituíram uma fonte de

informação: antes da aula, como pesquisa inicial; durante a aula, através das atividades que

realizaram; após a aula, com a reflexão sobre os conhecimentos adquiridos.

A apresentação do projeto, calendarização de atividades e planificação do mesmo foram realizadas,

com a participação dos alunos, nas aulas de Oficina de Competências e Espaço-Turma, conforme

planificação em anexo (ver anexo 13 – Calendarização das atividades).

O trabalho de grupo para análise e tratamento da informação decorreu nas aulas de Oficina de

Competências e Espaço Turma. Cada grupo teve um professor tutor, que o acompanhou e orientou

durante todo o projeto (ver anexo 14 – Mapa da constituição dos grupos).

No final de cada sessão, cada grupo atualizou o seu diário de bordo, referindo as principais tarefas

realizadas, refletindo sobre a sua ação e planeando as etapas seguintes do trabalho.

(ver anexo 16 – Diário de Bordo).

Após a pesquisa inicial, realizou-se uma sessão plenária para organização das tarefas seguintes.

Definiram-se nesta altura os aspetos que cada grupo iria abordar em pormenor. Os trabalhos foram

orientados de acordo com o Guião para o trabalho de grupo (ver anexo 15 – Guião do trabalho de

grupo).

Os grupos de trabalho dedicaram-se afincadamente à tarefa.

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Apresentação pública dos trabalhos

Seguidamente, os alunos realizaram a apresentação dos trabalhos de grupo que haviam preparado,

de acordo com a seguinte organização:

A semente Da farinha ao pão Da semente à farinha O pão – variedades e valor nutritivo

As apresentações encontram-se publicadas no blog do projeto, com os seguintes links:

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/04/28/apresentacao-publica-dos-trabalhos/

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/04/29/trabalho-a-historia-do-pao/

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/04/30/da-semente-a-farinha/

https://aorigemdopao.wordpress.com/2015/05/04/da-farinha-ao-pao/

http://prezi.com/1rvkpioz2swh/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share

Avaliação

No final da apresentação pública dos trabalhos, os alunos fizeram, individualmente, uma reflexão

sobre todo o projeto, procedendo à auto e heteroavaliação, e respondendo a questões como:

Foi dada a resposta ao desafio?

Que atividades foram desenvolvidas?

Que conteúdos das diferentes disciplinas foram mobilizados?

O trabalho desenvolvido permitiu aos alunos trabalhar as competências no domínio da pesquisa e

tratamento da informação, objeto central deste projeto e simultaneamente efetuar uma abordagem

interdisciplinar na resposta ao desafio com a mobilização dos conteúdos programáticos das diversas

disciplinas.

Os professores, em equipa pedagógica procederam à avaliação dos trabalhos e à prestação dos

alunos, tanto em grupo como individualmente.

Apresentam-se, de seguida, alguns excertos dos textos produzidos pelos alunos.

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Conclusão

Globalmente, os alunos evidenciaram uma boa aquisição e aplicação no domínio das competências

da pesquisa e tratamento da informação e da capacidade de mobilização dos conhecimentos das

diversas áreas disciplinares.

A nível das apresentações públicas, os alunos evidenciaram uma boa articulação das intervenções,

adequada interação com o auditório e mobilizaram com mestria algumas das ferramentas web 2.0

(prezi, powerpoint, imovie e google drive).

Enquanto assistentes, os alunos revelaram-se um auditório atento e crítico, mantendo silêncio nas

situações necessárias e intervindo, de forma ordenada, quando solicitados.

A equipa pedagógica apontou alguns vetores de melhoria, a saber:

Consolidar a citação das referências bibliográficas; melhorar a dicção e o ritmo da linguagem oral;

incentivar o espírito de liderança; continuar a promover a responsabilização pelo cumprimento de

prazos e tarefas.

Consideramos que o desafio foi superado, já que os alunos conseguiram responder à questão “De

onde vem o pão?”, mas, mais do que isso, desenvolveram ferramentas fundamentais para a sua

aprendizagem e para o seu futuro. Esta experiência permitiu-lhes ver que para além das aparências,

é necessário percorrer um longo caminho até encontrar a essência das coisas.

Apresenta-se, de seguida, um pequeno texto produzido pelo grupo 4, que traduz a visão final dos

alunos sobre o projeto.

“De onde vem o pão?

(Grupo IV)

No âmbito do desafio problema nº 3 “De onde vem o pão?” foi desenvolvido um trabalho de

pesquisa que tinha como finalidade compreender e responder a esta questão. Após as pesquisas

efetuadas pelos diferentes grupos, concluímos que a compreensão sobre a origem do pão era

bastante mais complexo do que inicialmente tínhamos consciência e suscitava questões muito

pertinentes.

Para melhor responder ao desafio problema, efetuamos visitas de estudo às padarias mais

emblemáticas do concelho de Matosinhos e à fábrica de moagem da “Cerealis”. No percurso pelas

padarias pudemos observar os diferentes tipos de pão, as instalações e equipamentos e algumas

etapas do processo de fabrico. A nós coube-nos a padaria “Pérola do Mar” onde, além da

observação, tivemos oportunidade provar um dos saborosos pães, acabadinho de sair do forno.

Na visita de estudo à empresa “Cerealis” ficamos a saber que os cereais vêm do Canadá, de

Inglaterra, da Alemanha, da França e dos EUA. Também soubemos que os EUA têm colheitas todo o

ano (inverno e verão). Por fim, vimos que, de acordo com o tipo de farinha utilizada, o pão

apresenta diferentes texturas.

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Em sessão plenária da turma, partilhamos as pesquisas efetuadas pelos diferentes grupos,

constatamos que andávamos por caminhos similares, percebemos que era possível identificar

etapas intermédias no processo de obtenção do pão e dividimos o trabalho em subtemas. No nosso

caso, coube-nos aprofundar as pesquisas sobre o processo de fabrico do pão, ou seja, desde a

massa até ao pão.

Queríamos saber o que acontecia à massa durante o processo de fabrico para compreender como é

que o pão ficava com o formato, a cor e o sabor característicos.

Tarefas efetuadas:

Entrevista a um padeiro sobre a sua profissão

Filmagem do processo de fabrico industrial, desde a massa ao pão;

Pesquisa sobre as leveduras e fermentos;

Elaboração de uma tabela com os tempos e as temperaturas de cozedura do pão, origem desse pão

e ingredientes utilizados.

Tudo começa na padaria “Pérola do Mar”, quando o padeiro mistura a farinha de trigo (tipo 65), o

fermento de padeiro (leveduras), o açúcar, a gordura vegetal, a manteiga, o sal (pouco), o caramelo

(mais escuro só para dar cor) e a água.

Mistura-se tudo mecanicamente durante cerca de 10 minutos. Inicialmente (primeiros 5 minutos)

tem uma velocidade média de x e no final (últimos 5 minutos) à velocidade máxima de y.

Depois de mexida, a massa fica em repouso cerca de 30 minutos à temperatura ambiente da

padaria (z).

Durante o processo de repouso, a massa a massa aumenta de volume devido à expansão de dióxido

de carbono (CO2). No ar permanece um odor a etanol (fermentação alcoólica).

De seguida, a massa é cortada de acordo ao tamanho e à forma desejada.

Posteriormente, para conservar a forma e evitar contaminações, a massa é colocada numa camara

de refrigeração.

Por fim, vai ao forno cerca de 230º durante 30 minutos.”

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Apresentação

Atendendo à grande quantidade de conteúdos multimédia decidimos fazer a nossa apresentação

sob a forma de um Blog, o que nos permite disponibilizar os conteúdos de forma organizada, clara,

atrativa, dinâmica e interativa.

O nosso blog: De onde vem o pão? Encontra-se no seguinte endereço:

https://aorigemdopao.wordpress.com/

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Anexos

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Anexo 1 – Visão Global do Projeto

Como na Vida!

Numa Escola de Compreender o Mundo Projeto 3º ciclo do Ensino Básico

VISÃO GLOBAL DO PROJETO

Nome do projeto Projeto nº 3 –“ Rato de Biblioteca” (Vox Populi) Duração 11 Semanas

Curso 3º Ciclo do Ensino

básico

Nível de ensino 7º ano

Enquadramento

do projeto

“Nasceram, ao mesmo tempo, a cultura dos povos e a cultura das plantas.” (Saramago).

Na perspetiva de integrar o 3º desafio da turma no Rato de Biblioteca, a equipa

pedagógica optou pelo tema “A origem do pão”, em função dos conteúdos curriculares

das várias disciplinas e da possibilidade de articulação entre elas. Neste sentido, em

Espaço-Turma e Oficina de Competências os alunos são colocados perante situações que

os levem a centrar-se no desenvolvimento das competências no domínio da pesquisa,

tratamento e a apresentação da informação. No quadro das disciplinas, a lecionação de

conteúdos específicos nas diferentes disciplinas será efetuada, sempre que possível, a

articulação com o desafio problema (interpretação de documentos e de textos literários

relacionados com o pão e a sua origem, o vocabulário sobre a alimentação, a importância

do pão e dos cereais nas várias civilizações, a localização dos diferentes cereais e as

características climáticas de cada área geográfica, a utilização dos microrganismos que

fazem fermentação na produção do pão (leveduras), a energia os alimentos e o exercício

físico, relacionando a energia obtida pelos alimentos com o exercício físico necessário

para despender essa energia, a proporcionalidade direta, os sons relacionados com o

pão, desde o cultivo à sua ingestão).

Questão central “De onde vem o pão?”

Competências

transversais a

abordar

Utilizar diferentes formas de comunicação verbal, adequando a utilização do

código linguístico aos contextos e às necessidades.

Pesquisar, organizar, tratar e produzir informação em função dos contextos e

situações.

Mobilizar os conhecimentos das diversas disciplinas.

Disciplinas

envolvidas

Português, Inglês,

Francês, História,

Geografia, Matemática,

Conteúdos

fundamentais

● O pão na história da humanidade; ● Textos não literários; Texto

dramático (Leandro, Rei da Helíria, Alice Vieira)

● Texto poético (poemas variados dos autores indicados para o 7º ano e

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C. Físico Química,

Ciências Naturais, Ed.

Física

outros selecionados pela professora e alunos).

● As refeições (vocabulário em Francês sobre os alimentos e bebidas; bons e maus hábitos; rotinas alimentares; gostos e preferências)

● A Regra de 3 Simples para determinação de valores de grandezas diretamente proporcionais.

● Energia - quantificação e conservação.

● Estado de tempo. Clima e formações vegetais.

● A fermentação e o fabrico do pão

E+A E E+A E

Competências do século

XXI

(Ensinadas e avaliadas,

explicitamente – E+A)

(Apenas encorajadas – E)

Colaboração X Mobilização de saberes X

Apresentação X

Adoção de estratégias adequadas à

resolução de problemas e à tomada

de decisões;

X

Pensamento

crítico X Outras:

Produtos finais e

apresentações

Grupo Apresentações de grupo Espaço/Público-alvo

_X_ sala de aula

_X_ comunidade escolar

___ comunidade local

___ convidados da especialidade

_X__ Web (Blogue, Moodle)

___ outro: __________

Individual Roteiro de Reflexão

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Atividades

Apresentação da plataforma “Vox Populi” e

brainstorming sobre o pão.

Visita de estudo a várias padarias do concelho e à fabrica

de moagem Cerealis.

Ferramentas pedagógicas:

Google Drive, vimeo, powerpoint,

prezi

Avaliação Formativa

(durante o

projeto)

Registo de observação de

aula

x Mapa de conceitos

Registo avaliação das

apresentações

x Esboços

(Questões/hipóteses/pesquisa)

x

Registo de avaliação do

diário de bordo

x Outro:

_____________________________

________

Sumativa

(final

projeto)

Portfólio x Teste específico por disciplina

Trabalho publicado no

Blogue e no Moodle

x Auto avaliação e avaliação dos

pares

x

Testes sumativos Outro:

_____________________________

________

Recursos

necessários

Recursos humanos Alunos e docentes

Equipamentos/espaços Sala de aula, computadores

Materiais

Comunidade Padarias do concelho de Matosinhos , Cerealis

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Reflexão

final

No domínio da pesquisa e tratamento da informação, bem

como na mobilização dos conteúdos programáticos das

diversas disciplinas, os alunos evidenciaram boa aquisição

e aplicação dos mesmos.

A nível das apresentações públicas, os alunos

evidenciaram uma boa articulação das intervenções,

adequada interacção com o auditório e mobilizaram com

alguma mestria ferramentas web 2.0 (prezi, powerpoint,

imovie e google drive).

Os alunos enquanto assistentes revelaram-se um auditório

atento e crítico, mantendo silêncio nas situações

necessárias e intervindo, de forma ordenada, quando

solicitados.

Propostas de melhoria

Consolidar as referências

bibliográficas.

Trabalhar a dicção e o

ritmo.

Trabalhar o espírito de

liderança.

Responsabilização pelo

cumprimento de prazos e

tarefas

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Anexo 2 – Planificação por disciplina Como na Vida! Numa Escola de Compreender o Mundo Projeto 3º ciclo do Ensino Básico

Planificação por disciplina

Projecto n.º 3: –“ Rato de Biblioteca” (Vox Populi) - Questão: “De onde vem o pão?

Disciplina Metas de aprendizagem/objetivos/…. Conteúdos

Fundamentais Atividades Avaliação

Português

- Interpretar textos de diferentes tipologias

e graus de complexidade.

- Utilizar procedimentos adequados à

organização e tratamento da informação.

o Tomar notas e registar tópicos.

o Identificar ideias-chave.

- Ler para apreciar textos variados.

- Expressar, de forma fundamentada e

sustentada, pontos de vista e apreciações

críticas suscitados pelos textos lidos em

diferentes suportes.

- Ler e interpretar textos literários.

- Redigir textos com coerência e correção

linguística.

- Respeitar os princípios do trabalho

intelectual: identificação das fontes

utilizadas.

Textos não literários

Texto dramático

Obra extensa:

Leandro, Rei da Helíria,

Alice Vieira

Texto poético

poemas variados dos

autores indicados para o

7º ano e outros

selecionados pela

professora e alunos

Realizar

trabalhos de

pesquisa

Fichas de

tratamento

da

informação e

registo

bibliográfico

Saídas de

trabalho de

campo

Atividades

laboratoriais

Construção

de gráficos

termopluvio

mé-tricos

Produto

final de

cada grupo

- resposta

ao desafio

Apresenta-

ção

pública

Tabela Siar

LE I -

Inglês

− Desenvolver as competências

essenciais de comunicação em língua

inglesa.

− Desenvolver competências

estratégicas

− Utilizar corretamente os recursos

linguísticos disponíveis em situações

de comunicação

As refeições

□ alimentos e bebidas

□ bons e maus hábitos

□ rotinas alimentares

□ gostos e preferências

_Simple Present/Simple

Past

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− Construir a sua identidade pessoal

através do desenvolvimento da

personalidade, responsabilidade e

autonomia

Localização

dos gráficos

termopluvio

mé-tricos

numa base

cartográfica

do território

nacional

Calculo do

IMC

utilizando

um medidor

manual e

uma balança

digital

Relatórios

de processo

Relatórios

Finais

LE II -

Francês

Espanhol

− Desenvolver uma competência

cultural e civilizacional da língua

francesa

− Apropriar-se de um conjunto de

conhecimentos que ressaltam da

língua e da cultura dos países

francófonos

− Desenvolver as competências

essenciais de comunicação em língua

francesa

− Desenvolver competências

estratégicas

− Utilizar corretamente os recursos

linguísticos disponíveis em situações

de comunicação

− Construir a sua identidade pessoal

através do desenvolvimento da

personalidade, responsabilidade e

autonomia

− Desenvolver o espírito crítico através

de uma permanente auto e

heteroavaliação

− As refeições

□ alimentos e bebidas

□ bons e maus hábitos

□ rotinas alimentares

□ gostos e preferências

- Determinante

□ artigo partitivo

− Pronomes

□ pessoais forma de

complemento direto

− Verbos

“présentatif”

□ il y a

presente de indicativo

□ todos os verbos

(consolidação)

□ verbos manger e boire

imperfeito do indicativo

imperativo

□ imperativo afirmativo

□ “si + présent +

impératif”

História

Conhecer e compreender o processo de

formação e afirmação das cidades-estado

gregas

originárias (séculos VIII a IV a.C.).

A herança do

Mediterrâneo Antigo:

- O mundo helénico.

- Roma e o império

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Conhecer e compreender a organização

económica e social no mundo grego.

Conhecer e compreender a formação do

Império e o processo de romanização

Conhecer e compreender a organização

económica e social da Roma imperial.

Compreender a origem e a expansão do

Cristianismo no seio das expressões

religiosas do mundo romano.

Conhecer e compreender o novo mapa

político da Europa após a queda do Império

Romano do Ocidente.

Compreender as relações entre o clima de

insegurança e o predomínio de uma

economia

ruralizada na Alta Idade Média com a

organização da sociedade medieval.

A formação da cristandade

ocidental e a expansão

islâmica

- A Europa do século VI ao

XII

Geografia

Compreender o clima como o resultado da

influência dos diferentes elementos

atmosféricos

. Caraterizar o estado de tempo para um

determinado lugar e num dado momento.

. Distinguir estado de tempo de clima.

. Definir diferentes elementos de clima.

. Identificar os instrumentos utilizados

para medir e registar os elementos de

clima e as respetivas unidades de

quantificação.

Compreender a variação anual da

temperatura

. Descrever a variação anual da

temperatura.

. Inferir as noções de temperatura média

mensal e anual, e amplitude térmica

mensal e anual.

Compreender a importância da

representação gráfica da temperatura e

precipitação na caraterização dos tipos de

clima

- Estado de tempo. - Clima. - Elementos do clima: . temperatura,

. precipitação,

. humidade,

.nebulosidade,

.insolação,

.pressão

atmosférica,

.vento.

- Temperatura média anual.

- Amplitude térmica anual.

- Precipitação total anual.

- Gráfico temopluviométrico.

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. Definir gráfico termopluviométrico.

. Construir gráficos termopluviométricos.

. Interpretar os regimes térmico e

pluviométrico a partir de um gráfico

termopluviométrico.

Compreender o clima de Portugal e as

principais formações vegetais

. Caraterizar o clima de Portugal

Continental e dos arquipélagos dos Açores

e da Madeira, tendo por base diversos

gráficos termopluviométricos.

- Regime térmico. - Regime pluviométrico.

- Clima temperado mediterrâneo.

- Clima temperado marítimo.

Matemá-

tica

Saber determinar a relação de

proporcionalidade direta entre duas

grandezas.

Determinar o valor de uma grandeza em

situação de proporcionalidade direta.

Reconhecer a representação em

referencial cartesiano de uma função de

proporcionalidade direta.

Proporcionalidade Direta.

Função Linear.

Ciências

Naturais

Relacionar a atividade de microrganismos

como as leveduras com a produção de

alimentos e a indústria alimentar.

Compreender os processos básicos da

fermentação.

Relacionar os produtos da fermentação

com o processo de fabrico do pão.

Produção de alimentos e

sustentabilidade.

Fermentação.

Físico-

Química

Fontes de energia e transferências de

energia

Corrente elétrica e energia elétrica [1ª

abordagem, tópcio do 9º ano]

Reconhecer que a energia

está associada a sistemas,

que se transfere

conservando-se

globalmente, que as

fontes de energia são

relevantes na sociedade e

que há vários processos de

transferência de energia.

Educação

Fisica

Compreender a importância da atividade

fisíca na saúde do Ser Humano, conciliada

a uma alimentação equilibrada.

Calcular os índices de

massa corporal (IMC) nas

diferentes idades.

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Saber a quantidade de

atividade fisica semanal

recomendada nas nos

vários escalões etários

(>18 - 30’, 5x p/semana;

<18 - 1h diária).

Oficina

de

Compe -

tências

Competências na pesquisa e tratamento da

informação

Competências da oralidade e expressão

escrita

Competência organizacionais

Competências no domínio das ferramentas

web 2.0.

Gestão de conflitos e

cooperação.

Produção de texto

Controlo do trabalho de

grupo e individual

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Anexo 3 – Inventário das Padarias Casa de Pão Quente

Rua de Alfredo Cunha 406 22 937 4546

Confeitaria Ferreira

Rua Conde Alto Mearim 916 229 378 065

Confeitaria Espiga Pura (ex Bonn)

R. Conde Alto Mearim 1050 229380265

Confeitaria Ribeiro

Rua 1º de Maio 196 - 229 382 207

Padaria Lamecense

Rua Roberto Ivens 396 229 380 529

Confeitaria Bombom Charme

Rua Álvaro Castelões 367 ND

Confeitaria Pérola do Mar

Rua Cruz de Pau 404 229 374 970

Padaria Leal Av. Serpa Pinto 237 229 380 249

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Anexo 4 – Mapa das padarias

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Anexo 5 – Autorização para a Visita de Estudo à Cerealis

Ano: 7.º Turma(s): B DATA: 19 de fevereiro de 2015

Local: Empresa Cerealis e Moinhos do Rio Leça

OBJECTIVOS:

1. Conhecer os tipos de cereais mais comuns na produção do pão 2. Compreender o processo de transformação dos cereais em farinha. 3. Proporcionar uma experiencia de fabrico de pão 4. Conhecer a importância do consumo do pão numa alimentação saudável.

Hora de partida :14.30 horas na porta da Escola Hora de chegada (prevista): 17.00 horas

PROFESSORES ACOMPANHANTES: Ana Isabel Moura, Camila Vasconcelos, Albino Raeiro e Teresa Novais.

TRANSPORTE: Camioneta

EMPRESA: Costa Ferreira CUSTO: 5,00 euros

COMPARTICIPAÇÃO DO ALUNO: A.S.E.

PROFESSOR RESPONSÁVEL: Ana Isabel Moura, Camila Vasconcelos, Albino Raeiro e

Teresa Novais.

O(A) Director(a) de Turma,

...................................................................... _____/_____/_______

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Nome do aluno: _____________________________________________________________

Nº ANO: 7º TURMA: B

Local da visita: Empresa Cerealis e Moinhos do Rio Leça

Data: 19 de fevereiro de 2015

Autorizo o meu / minha educando(a) a participar na visita de estudo acima indicada

Não autorizo o meu / minha educando(a) a participar na visita de estudo acima

indicada, porque …........................................................................................................

…....................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

........................................................................................................................................

O Encarregado de Educação,

...................................................................... _____/_____/_______

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Anexo 6 – Tabela SIAR

ANO LETIVO 2014/2015

Desafio nº 3: “De onde vem o pão? 7º ano

Roteiro de Reflexão: Saber-Indagar-Aprender-Refletir

Nome: ________________________________________________________ nº ________

1. O que aprendi na

visita à Cerealis?

2. Em que etapa do

processo de obtenção

do pão se centrou a

visita? Descreve essa

etapa.

3. O que aprendi com

outras experiências

e/ou atividades?

4. Faz a tua apreciação

crítica da visita

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Anexo 7 – Plano da Aula Laboratorial e Confeção do pão Plano da Aula

Atividade laboratorial: Observação de leveduras

Confeção Artesanal do Pão

O PÃO DE QUE TANTO GOSTAMOS SÓ É POSSÍVEL

DEVIDO A UMAS PROTEÍNAS ESPECIAIS DO TRIGO E A UMA LEVEDURA

QUE, PARA MICRÓBIO, É QUASE COMO O CÃO – A MELHOR AMIGA DO

HOMEM

Maria Margarida Guerreiro e Maria da Conceição Loureiro Dias

Eis aqui uma receita de pão:

Farinha de trigo 100 g

Água 60 ml

Sal 1,5 g

Levedura 2 g

Esta receita , com algumas variantes, é a mais vulgarmente utilizada para fazer o

pão que comemos todos os dias.

Mas há muitos tipos de pão. Olhemos para a sua composição (sim, porque no

supermercado os vários tipos de pão devem ter sempre um rótulo com essa

composição). E que vemos? Que todas elas contêm sempre estes ingredientes

básicos. Mesmo os chamados pães de aveia, de girassol, de soja, de arroz, etc, têm

por base a farinha de trigo.

E porquê?

Bom, para se responder a isto há que pensar um pouco no modo de

fazer pão e falar do papel da tal levedura tão nossa amiga – um

micróbio de nome Saccharomyces cerevisae - que é também a

responsável pelo vinho e pela cerveja e que por vezes até tomamos

em cápsulas, quando temos problemas intestinais.

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O fabrico do pão começa pela amassadura, ou seja, pela preparação da massa. E,

como se viu, um dos ingredientes é a levedura. Seguidamente a massa é posta a

levedar. E se a temperatura for a de que a levedura gosta e se houver açúcares

disponíveis, ela vai fermentar a massa, ou levedar, como se costuma dizer. E

levedar é fazer subir a massa, de modo a que o miolo do pão fique leve, fofinho e

saboroso.

E donde vêm os açúcares? Do amido, o maior

componente da farinha (mais de 70 % da sua

composição).

O amido é composto por 2 tipos de moléculas,

ambas com uma estrutura semelhante a um colar,

onde as contas são unidades de glucose.

Um desses tipos de moléculas é linear – a amilose – e o

outro ramificado – a amilopectina.

Acontece que, nas farinhas, existem normalmente umas

enzimas – as amilases – que, na presença de água,

catalisam (ou seja, aceleram) a quebra (hidrólise) de

algumas ligações das moléculas de amido, daí

resultando glucoses livres ou maltoses, que são dímeros

de glucose (moléculas constituídas por 2 glucoses

ligadas entre si).

E a levedura tanto gosta de glucose como de maltose e

utiliza-as como fonte de energia para o seu metabolismo.

O que faz a massa subir é o gás (o dióxido de carbono) que a levedura produz

quando se alimenta dos açúcares existentes na massa. Como Pasteur dizia:

“fermentar é viver sem oxigénio”. E no interior da massa o oxigénio é bastante

limitado. Vai daí a levedura fermenta, produzindo o dióxido de carbono de que

falámos, etanol (ou seja, álcool etílico) e muitos outros compostos que conferem

óptimos aromas e sabores ao nosso pão. E como é que a massa consegue aguentar

todo o gás que a levedura vai produzindo sem rebentar?

Aí é que entram as proteínas do trigo (neste caso a sua farinha).

Na verdade, o trigo tem umas proteínas que têm uma diferença em relação à dos

outros cereais: quando se lhes adiciona água, não formam uma “papinha”, formam

uma “massa”, que é coesa, viscosa e elástica.

Ora experimentemos misturar com água um pouco das seguintes farinhas:

Farinha de arroz; Farinha de milho; Farinha de trigo. O que observamos?

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Que

apenas no caso da farinha de trigo é que se começa a formar uma massa, que até

se vai descolando das paredes do recipiente e com a qual se forma uma pequena

bola.

As tais proteínas de que falámos – chamadas gliadinas e gluteninas – são insolúveis

(caso contrário dissolviam-se,

e não havia bola para

ninguém), mas têm uma

forte capacidade de

hidratação. Então, quando se

amassa, aquelas proteínas

desenrolam-se (como que

são penteadas).

fonte: “Cookwise”. Shirley O.

Corriher

Proteínas da

farinha,

inicialmente

todas

“emaranhadas”

alteração das

ligações

durante a

amassadura

alinhamento

das proteínas

no fim da

amassadura

pode acabar por fazer uma

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Depois de “esticadas” (ou “desembaraçadas”) e hidratadas, as proteínas

estabelecem entre si novos tipos de ligações e formam uma “rede” muito bem

estruturada, a que se chama glúten. E é essa rede de glúten que vai aguentar a

pressão exercida pelo dióxido de carbono libertado durante a fase da fermentação

Resta dizer que depois de desenvolvida, a massa vai para o forno, para cozer. No

forno, ocorrem várias alterações e reacções, entre as quais a evaporação de quase

todo o álcool (não há então perigo de bebedeira!), a morte das desgraçadas das

leveduras (depois de tanto trabalho...) e a formação da côdea tão escurinha e

saborosa, devido aos compostos resultantes dumas reacções importantíssimas na

culinária: as reacções de caramelização (entre açúcares) e as de Maillard (entre

açúcares a aminoácidos).

Nota: Se ouvirem falar em casa de fermento para bolos (ou fermento inglês), não

pensem que se trata de células. Esse fermento tem, na sua base, um produto

químico – o bicarbonato de sódio – e, embora faça crescer as massas dos bolos no

forno (lembrem-se que nas massas de bolo a farinha é a última coisa a deitar, para

que se não forme glúten!), não lhes dá sabor nenhum. E no caso do pão, era uma

tristeza termos que comer um produto completamente desenxabido. Lagarto,

lagarto, lagarto!!!

Diz o ditado: “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. Já os três seres vivos

envolvidos no fabrico do pão - o grão de trigo, um micróbio (Saccharomyces cerevisiae) e o

homem – trabalham em verdadeira harmonia, de modo a levarem a cabo uma complexa teia

de alterações químicas e físicas, cujo resultado é o produto saboroso e fofo, presente em todas

as mesas.

Durante a fermentação a massa

podendo ficar com mais do dobro do seu vo

vai crescendo,

lume

E formam-se uns buraquinhos – que vão dar origem aos alvéolos.

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Olhemos para uma fatia de pão e observemos o seu

miolo: trata-se duma espuma. Já a côdea é mais dura,

estaladiça e com uma coloração acastanhada.

Cada um dos ingredientes do pão tem o seu papel na

formação destas estruturas. Passemos à ação, então...

ATIVIDADE 1

Atividade laboratorial: Vamos fazer pão?

Segue abaixo uma receita de pão caseiro

2 copos e1/2 de água morna

20 g de fermento biológico

1 kg de farinha de trigo

1 ovo

1/2 copo de óleo

1 colher de sopa de sal

6 colheres de sopa de açúcar

MODO DE FAZER

1. Morne a água em uma panela e despeje nela o fermento o açúcar e 7 colheres de trigo 2. Cubra com um guardanapo

e reserve por 10 minutos

(Observar o vídeo “De onde vem o pão?”, enquanto

aguardamos)

Observe que virou uma esponja, agora acrescente o restante dos ingredientes e

pouco a pouco vá

Amasse a massa com as mãos até que fique bem macia e desgrudando das mãos

Coloque na panela cubra com o guardanapo e reserve

(Preparar a mistura de leveduras, enquanto

aguardamos)

Unte a assadeira com margarina

Cubra a massa e coloque na estufa por alguns minutos que ela crescerá bem

Em seguida é só assar em fogo baixo (200º aproximadamente) até que fique

corada

À medida que a massa vai aquecendo, ocorrem uma série de processos assim resumidos:

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Temperatura da massa

(ºC)

Alguns fenómenos que ocorrem na massa durante a cozedura

30 Aumento da atividade das leveduras com produção de gás;

expansão do gás pelo calor. A massa aumenta ainda mais de

volume.

50 – 60 Fim da atividade das leveduras.

60 – 80 Coagulação das proteínas; gelatinização do amido (grãos absorvem

água e incham).

100 Evaporação de água, libertação de vapor de água e formação da

côdea.

130 – 200 Escurecimento - reações de caramelização de açúcares e reações de

Maillard entre açúcares e aminoácidos.

Vídeo

Duração: 4:30 min

Descrição: o vídeo relata a história do pão, desde a antiguidade. Conta também da obtenção da farinha e das etapas de

produção do pão na padaria.

ATIVIDADE 2

E agora vem a levedura Saccharomyces cerevisiae, que foi identificada por Pasteur, no século

XIX, como responsável pelo desenvolvimento das massas panares. As células desta levedura,

através dum processo metabólico chamado fermentação, consomem os açúcares livres

provenientes do amido e produzem álcool etílico, um gás – dióxido de carbono (CO2) – e vários

outros compostos que conferem ao pão o seu fantástico sabor e aroma.

O CO2 produzido vai-se acumulando dentro da massa e, se o glúten tiver a “força” adequada

para o reter, esta vai-se expandindo dada a sua elasticidade. E pode ficar com mais do dobro

do seu volume inicial. Quando a massa atinge o volume desejado, é metida no forno, a

temperaturas entre os 200 e os 220ºC.

Observação de leveduras em preparações extemporâneas e definitivas

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Material: Lâminas, lamelas, cânula e mistura preparada de água,

açúcar e fermento biológico.

Procedimento:

Pega numa lâmina de vidro e coloca sobre ela, usando a cânula,

uma gota da mistura já preparada.

Cobre a lâmina com a lamela e observa ao microscópio.

Faz o desenho das leveduras observadas.

ATIVIDADE 3

Entendendo por que o pão cresce.

Discussão (sugestão de questões a serem abordadas)

O que são as leveduras?

Durante a observação das leveduras ao microscópio, o que mais chamou a tua

atenção?

Qual foi o motivo da utilização do açúcar na mistura?

Qual é a função fermento biológico na massa?

Por que se usa, geralmente, água/leite morno/a na receita?

Qual é a atuação das leveduras no processo de fabrico de pães?

Além da energia, o que mais resulta dessa reação química?

O que faz a massa do pão crescer?

O que faz com que o pão fresquinho tenha um cheirinho gostoso?

Faz uma pequena reflexão sobre a atividade.

Retirar o pão do forno

E cá temos o nosso pão.

Bem cozido, fofinho, aromático e saboroso. Uma delícia!

Informação complementar

O pão já existia há 10.000 a.C. formado pela mistura de farinha e água e a massa era cozida em pedras quentes. Como

não continha fermento para fazer o pão crescer e, consequentemente, melhorar suas características físicas, este

apresentava-se de forma achatada, duro por fora e macio por dentro.

O homem foi evoluindo ao longo do tempo e aprimorando suas técnicas de produção de pão, introduzindo a

fermentação e o cozimento. Com o início da Revolução Industrial, a mecanização das panificadoras tornouse cada vez

mais comum e diversos produtos foram desenvolvidos.

O fermento usado normalmente nas padarias é do tipo fresco, e é oriundo do fungo da espécie Saccharomyces

cerevisiae.

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No processo de panificação, sua função principal é a de provocar a fermentação dos açúcares presentes na massa e

nesse processo é produzido (dióxido de carbono) CO2 e álcool.

O CO2 produzido é responsável pela formação de alvéolos internos (espaços com gases) na massa, o que provoca o

seu crescimento.

Na massa, os açúcares que servem de alimento para as leveduras estão presentes tanto nos ingredientes doces quanto

na farinha de trigo.

Qualquer alteração da cor e odor do fermento indica problemas de qualidade fermentativa.

A ação das leveduras (fungos unicelulares presentes no fermento biológico) na fermentação do pão tem três funções:

Produzir CO2 em quantidade suficiente e no tempo certo para inchar a massa e torná-la macia; o Produzir um

conjunto de compostos químicos (CO2 e álcool) que dão ao pão seu aroma e sabor característicos;

Facilitar as trocas sobre a estrutura do glúten,o que se conhece por maturação da massa.

No processo de fabricação do pão a ação da levedura é fundamental, mas há outros aspetos importantes a considerar.

Para que o CO2 faça crescer o pão e não se liberte para o ar, é necessário que a massa de pão forme uma estrutura

suficientemente elástica que possa expandir e ao mesmo tempo retenha o gás.

Para isso são fundamentais proteínas que existem na farinha de trigo.

Quando se amassa o pão, essas proteínas, que são normalmente como que novelos, desenrolam-se e vão se ligar a

moléculas de água e umas às outras (daí o rendilhado que a massa vai formando quando se amassa), formando uma

rede elástica a que se chama glúten.

É essa rede que vai aguentar a pressão exercida pelo dióxido de carbono formado durante a fermentação.

Por isso, é necessário que o pão seja bem amassado. A massa deve ser bem sovada, para que se forme o glúten.

A farinha de trigo tem estas proteínas numa quantidade razoável, as outras farinhas não. Daí o pão de milho ser mais

compacto; não se forma esta rede elástica.

Para entrarem em atividade as leveduras precisam de alimento (esse já vimos que vem da farinha), mas de uma boa

temperatura também. Tanto em temperaturas muito altas, quanto em muito baixas, elas morrem.

A temperatura ótima para elas se desenvolverem é de 27ºC a 32ºC. Se a temperatura for perto dos 27º as leveduras

multiplicam-se e produzem dióxido de carbono e compostos que dão um sabor agradável ao pão. Se a temperatura for

mais alta, perto dos 35ºC, essa multiplicação acontecerá mais rapidamente, com maior produção de dióxido de

carbono; também será intensificada a produção de compostos ácidos que conferirão ao pão um sabor desagradável.

Assim, deve-se deixar levedar o pão a uma temperatura não muito alta, demora mais tempo, mas o pão obtido será

mais saboroso.

Referências:

http://www.cienciaviva.pt/divulgacao/cozinha/pao2.pdf

http://www.cienciaviva.pt/docs/cozinhalevedura2.pdf

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13592

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/811/dominio-efsi-cie-0042.wmv

http://www.tudogostoso.com.br/receita/14538-pao-caseiro.html

http://www.arquivodereceitas.com/como-fazer-pao-caseiro/

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=5202

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Anexo 8 – Tabela SIAR 2

ANO LETIVO 2014/2015

Desafio nº 3: “De onde vem o pão? 7º ano

Roteiro de Reflexão: Saber-Indagar-Aprender-Refletir

1.O que sei sobre o

assunto?

2. O que quero

pesquisar?

3. O que vou fazer para

encontrar as respostas?

4. Como aprendi?

5. Resposta ao desafio:

De onde vem o pão?

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Anexo 9 – Ficha de tratamento das pesquisas

Como na Vida!

Numa Escola de Compreender o Mundo

Projeto 3º Ciclo do Ensino Básico

7º ano - ano letivo 2014/15

FICHA DE TRATAMENTO DAS PESQUISAS

Identificação da

pesquisa

Fonte Bibliográfica

ou Webgráfica

(NP405)

Resumo da pesquisa

Citações

(NP 405)

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Anexo 10 – Como pesquisar informação credível

OFICINA DE COMPETÊNCIAS

Se queres saber se a informação que recolhes da internet tem qualidade ou não, basta

seguires estas três regras e aplicares o teu bom senso. Na dúvida, pergunta sempre, a

um professor, aos pais, aos amigos.

Primeira regra – de quem é a responsabilidade da informação?

A boa informação identifica SEMPRE a sua origem. Informação sem autor é má

informação ou, pelo menos, tem menos garantias de ser informação de qualidade.

Se a responsabilidade da informação é de uma entidade conhecida e credenciada,

então, provavelmente, é informação credível. Por exemplo, se for informação que

exista no site do Museu do Prado, assinada pelo Museu do Prado ou por um dos seus

parceiros, a informação é fidedigna.

Se a informação estiver numa página pessoal, sem identificação do autor ou das fontes

a que este recorreu, então é mais arriscado confiar nessa informação.

Segunda regra – tem erros de ortografia, gramática, construção ou concordância?

Não é credível.

Um dos critérios mais simples é a própria língua portuguesa. Um autor que não sabe

usar a língua portuguesa não é um autor credível, logo a informação não é de confiança.

Exclua-se.

Terceira regra – É excelente e lindo? Não é objetivo.

Quanto mais adjetivos existem num texto, menos objetivo ele é. Portanto, se for um

texto maravilhoso, esplendoroso, magnífico, extraordinário, belíssimo e de

refinadíssimo gosto, esquece. A não ser que andes à procura de poesia e nesse caso a

subjetividade é fundamental.

Usar os conteúdos e não copiar.

Há diferença entre recolher informação, trabalhá-la, estruturá-la, acrescentando-lhe

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algo de novo, e copiar descaradamente um texto, uma ideia, apresentando-a como

nossa. A primeira é trabalho, a segunda é cópia.

Quando alguém inventa qualquer coisa, passa a ser o seu dono. Seja um objeto, um

texto, uma foto, uma ideia. Não podemos entrar num museu e levar um quadro, da

mesma forma não podemos entrar num site e levar uma ideia. Mas podemos à saída do

museu comprar um postal onde está esse quadro, emoldurar o postal e colocá-lo na

nossa sala.

Quando encontramos informação que nos pode ser útil devemos, em primeiro lugar,

verificar se o seu autor permite que a informação seja usada. Quando não é permitida a

utilização da informação, existe habitualmente um “Direitos reservados” visível em

todas as páginas. Nesse caso, deves procurar outros conteúdos que possam servir os

teus objetivos.

Quando se recolhe informação de algo já publicado, é importante referir a fonte, a

origem de onde recolhemos essa informação. Também as fontes de informação que

usamos ajudam a credibilizar o nosso trabalho. Se recolhemos informação de um livro,

no final do trabalho devemos referir o livro e os seus autores. Se usamos uma foto para

ilustrar um trabalho, devemos referir o nome do fotógrafo bem como o

livro/manual/catálogo de onde retirámos essa informação.

Ao terminar um trabalho deves ter uma área específica onde identificas TODAS as

fontes a que recorreste para recolher informação e, uma vez que está na Internet, nada

mais fácil do que colocar um link, de forma a que quem esteja a ver o teu trabalho possa

avaliá-lo também através das fontes que consultaste.

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Anexo 11 – Modelo Big 6

O BIG 6- Como fazer trabalhos?

Ao longo da tua vida escolar, uma das tarefas mais importantes com que te vais deparar é a

realização de trabalhos.

Ora isto muitas vezes levanta vários problemas:

1. Como e por onde começar?

2. Onde encontrar a informação necessária?

3. O que fazer com essa informação?

4. Como organizar e apresentar a informação?

Com este guia vamos ensinar-te a resolver os problemas de informação, utilizando um modelo em

seis etapas, que normalmente se designa de Modelo Big 6 (as seis grandes).

O Modelo Big 6 organiza-se em seis etapas:

1. Definição da tarefa a realizar

2 . Estratégias de pesquisa de informação

3. Localização e acesso

4. Utilização da informação

5. Síntese

6. Avaliação

Vamos ver o que deves fazer em cada uma:

Etapa 1- Definição da tarefa:

O teu primeiro contacto com o trabalho deverá ser o tema que o professor ou tu próprio definiram

para o trabalho. E aqui coloca-se a primeira importante questão. Será que percebes exactamente

aquilo que o professor pretende com o trabalho? O tema está claramente definido e ao alcance das

tuas capacidades?

Dica: não escolhas um tema muito vasto. Mesmo que o tema seja geral, procura tratá-lo de forma a reduzires o âmbito da pesquisa. Ex.: em vez de um trabalho sobre a poluição, escolhe um trabalho sobre um determinado tipo de poluição, e, se possível, restringe o seu âmbito geográfico à tua freguesia ou à tua Vila.

Etapa 2 – Estratégias de pesquisa da informação:

Depois de saberes com precisão qual é o tema a pesquisar, o passo seguinte é determinares de que

tipo de informações precisas para esse tema.

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Deverás estabelecer um plano de trabalho e definir o tempo máximo para completar cada um dos

passos.

A segunda etapa consiste em descobrires onde deves procurar informação para o tema e quais as

melhores fontes de informação ao teu dispor. É tempo de perguntares:

Como e onde devo procurar?

Quais são as fontes de informação disponíveis?

Quais são as melhores?

Quais são os métodos alternativos de obter informação?

Na biblioteca da escola podem ajudar-te a definir uma estratégia de pesquisa, indicando-te os sítios

onde podes encontrar informações sobre o tema do teu trabalho. Não te esqueças de que, além da

Internet, tens disponíveis os livros da biblioteca, enciclopédias, jornais, revistas, etc. Aprende a

identificar para cada tema a fonte de informação que te poderá ser mais útil. Tenta encontrar um

conjunto de palavras-chave para usares na tua pesquisa…

Etapa 3 – Localização e acesso:

Com esta etapa inicia-se a investigação, pondo em prática as estratégias definidas na etapa

anterior.

Aqui vais fazer uso de ferramentas de pesquisa, seja no catálogo da biblioteca, seja na Internet.

Utiliza as palavras-chave que estabeleceste na etapa anterior. Aprende a fazer buscas significativas,

para não perderes muito tempo…

Dica: Podes também pedir ajuda ao professor ou ao funcionário que estiver na Biblioteca.

Etapa 4 – Utilização da informação:

Depois de localizares e acederes a uma fonte de informação, deves ler, visualizar, ouvir e interagir

com a informação disponível e decidir que aspectos são úteis para o teu trabalho.

Deverás extrair a informação necessária tomando notas, fazendo resumos, preenchendo uma

grelha, fazendo um esquema ou um gráfico, registando numa base de dados, etc. Deverás descartar

o que não é relevante.

Dica: à medida que vais tomando notas, não te esqueças de ires referenciando o autor dessa

informação, para depois a incluíres na Bibliografia. Tens na página Web da Biblioteca um guia que

te ensina a fazer correctamente citações e bibliografias.

Etapa 5 – Síntese: Como organizar?

Esta etapa envolve a aplicação de todas as informações consideradas necessárias para resolver a

tarefa definida na primeira etapa.

Deverás proceder à reestruturação e reorganização da informação dentro de uma nova e diferente

forma. Não te limites a reproduzir o que leste ou o que copiaste da Internet. Para o professor tem

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muito mais valor as tuas opiniões e conclusões, bem fundamentadas na informação que reuniste,

do que simplesmente apresentares uma cópia do que outros fizeram.

O plágio (isto é, utilizar trabalhos feitos por outras pessoas e apresentá-los como se fossem

nossos), além de ser desonesto, é punível por lei por violar os direitos de autor. Sempre que no

teu trabalho utilizares textos de outras pessoas, deverás colocá-los entre aspas e dizer quem foi o

seu autor (através de uma nota de rodapé ou na Bibliografia). Deves depois pensar na forma como

vais apresentar o trabalho:

a) Um trabalho escrito?

b) Uma apresentação electrónica?

c) Uma página de Internet?

Escolhe a forma mais adequada de acordo com o tipo de trabalho e a informação reunida, e de

acordo com as tuas capacidades. Não te ponhas a “inventar” para não fazeres má figura! Dica:

na Biblioteca encontras sempre uma funcionária ou um professor que te ensinam a apresentar

trabalhos sob qualquer uma das formas acima enumeradas.

Etapa 6 – Avaliação:

A última etapa é a da avaliação que tu próprio deves fazer sobre o trabalho realizado.

Então agora tenta encontrar resposta para as seguintes perguntas:

1. A tarefa está completa?

2. Corresponde às expectativas do professor?

3. Poderia ter feito melhor?

4. O que foi que aprendi?

5. Obtive a informação de que se necessitava?

6. A informação que encontrei correspondia às necessidades identificadas na primeira etapa?

Vês! Agora, sim… Estás pronto(a) para fazer um “brilharete” com o teu trabalho!

E não foi nada complicado!

Bom trabalho!

BIBLIOGRAFIA

DIBBLE, Mark, Directory of Online Resources

for Information Literacy [em linha], 2000/02, [consultado em 23 de Outubro de 2006]. disponível

em: http://www.cas.usf.edu/lis/il/

EISENBERG, Mike e BERKOWITZ, Bob, El modelo Big6 para la solución de problemas de información,

[em linha], [consultado em 23 de Outubro de 2006], disponível em:

http://www.eduteka.org/tema_mes.php3?TemaID=0009

EISENBERG, Mike e BERKOWITZ, Bob, The Big6, [em linha], [consultado em 23 de Outubro de

2006], disponível em: http://www.big6.com/

RBE, Literacia da informação, [em linha], actualizado em 20/06/2003 [consultado em 23 de

Outubro de 2006], disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/literacia/index.htm

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Anexo 12 – Como escrever corretamente as referências bibliográficas

Referências bibliográficas

Há normas para fazer referências bibliográficas?

No que respeita a normalização bibliográfica, existe em Portugal uma norma, a NP 405 –

Informação e Documentação: Referências Bibliográficas, que cobre diversos tipos de

documentos:

• impressos (NP405-1)

• materiais não livro (NP405-2) • documentos não publicados (NP405-3)

• electrónicos (NP405-4).

Aqui encontrará informação sobre os elementos essenciais que devem sempre constar de uma

referência, bem como alguns exemplos.

Por favor, tenha também atenção à pontuação.

LIVROS/MONOGRAFIAS

APELIDO, Nome – Título da obra: complemento de título. Local de Publicação: Editor, Ano de

publicação. Descrição física. (Colecção). ISBN

EXEMPLO

BROPHY, Peter – The library in the twenty-firsty century: new services for the information age.

London: Facet Publishing, 2005. ISBN1856043754

CAPÍTULO DE LIVRO

APELIDO, Nome (Autores do capítulo) – Título do capítulo. In APELIDO, Nome (Autores do livro) –

Título do livro. Local de Publicação: Editor, Ano de publicação. ISBN. Páginas.

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EXEMPLO

PEREIRA, Maria Helena da Rocha - O Jardim das Hespérides. In CENTENO,Yvette Kace, coord. ;

FREITAS, Lima de, coord. - A simbólica do espaço. 1ª ed.Lisboa : Editorial Estampa, 1991. ISBN 972-

33-0781-2. p. 17-28.

ARTIGO DE UM PERIÓDICO

APELIDO, Nome (Autores do artigo) – Título do artigo. Título do periódico. Local de Publicação:

Editor.

ISSN. Volume (n.º) ano, páginas.

EXEMPLO

RAFAEL, Gina Guedes – “Documentos electrónicos da biblioteca de papel à biblioteca digital”.

Páginas a&b. Lisboa: Edições Colibri. ISSN 0873-5670. 6 (2000) 7-20.

ARTIGO DE UM PERIÓDICO ELECTRÓNICO

APELIDO, Nome (Autores do artigo) – Título do artigo. In Título do periódico [Em linha]. Volume :

fascículo (ano), páginas. [Consult. a ….]. Disponível em URL. ISSN.

EXEMPLO

FORTINI, Toni – “Going online: academic libraries and the move from print to electronic journals”.

Library Student Journal. [Em linha]. 2:6 (2007) 3-11. [Consult. a 11.01.2008]. Disponível em

http://www.librarystudentjournal.org. ISSN 1931-6100.

ARTIGOS DE CONFERÊNCIAS

APELIDO, Nome (Autores do capítulo) – Título do capítulo. In NOME DO CONGRESSO, n.º, Local,

Ano – Título do documento. Local de Publicação: Editor, Ano de publicação.

EXEMPLO

COSTA, Maria Teresa - Biblioteca do Conhecimento Online pela construção da Sociedade do

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Conhecimento. In CONGRESSO NACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS, ARQUIVISTAS E

DOCUMENTALISTAS, 9, Açores, 2007 - Informação para a Cidadania, o Desenvolvimento e a

Inovação : actas. Lisboa: BAD, 2007.

Há outras normas para fazer referências bibliográficas?

Existem outros formatos para a elaboração de referência bibliográficas como:

• Vancouver: formato utilizado sobretudo nas áreas da Biologia e Medicina

• APA: formato criado pela Associação Americana de Psicologia e utilizado sobretudo nesta

área

• Harvard: formato muito utilizado em Física, Ciências e Ciências Sociais

Informação disponível em

http://www.b-

on.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=415%3Areferenciasbibliograficas&catid=43%3Areferencias

&Itemid=16&lang=pt

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Anexo 13 – Calendarização das primeiras atividades

A origem do pão

Calendarização do desafio

8 de janeiro

OC – Apresentação do Rato de biblioteca e da plataforma da Fundação.

Apresentação do tema “A origem das coisas” e do 3º desafio “De onde vem o pão?”.

Brainstorming de questões possíveis a investigar sobre o assunto.

Registo dos alunos na plataforma.

Espaço-turma – constituição dos novos grupos e atribuição do tutor.

Apresentação e distribuição do diário de bordo.

Partilha, com o grupo, das questões a investigar.

Registo do trabalho das sessões no diário.

15 de janeiro

OC – Orientações sobre a pesquisa de informação.

Espaço – turma - Organização das questões a investigar e distribuição de tarefas.

Registo do trabalho das sessões no diário de bordo.

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Anexo 14 – Organização dos grupos de trabalho

ANO LETIVO 2014/2015

7º ano -turma B

CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS E TUTORES

Grupo 3º desafio Profs

tutores

G1

António Gomes, Guilherme Oliveira, Lara Couto, Pedro Moreira, Rita Torres

Ana Isabel Moura

G2

Alexandre Azevedo, Ana Sofia, Maria João, Matilde Maia, Rodrigo Macedo, Rui Maio

Margarida Pereira

G3

Filipe Guerreiro, Maria Miguel, Mariana Lemos, Sofia Ferreira, Tiago Lobo, Tomás Ribeiro

Camila Vasconcelos

G4

Ana Catarina, Beatriz Granja, Carolina Pedrosa, Edgar Gouveia, Lourenço Sousa

Teresa Novais

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Anexo 15 – Guião do trabalho de grupo

Como na Vida!

Numa Escola de Compreender o Mundo Projeto 3º ciclo do Ensino Básico

Desafio Problema:

“De onde vem o pão?”

Guião de trabalho

“Da semente ao pão….

passando pela farinha e massa

Grupos:

Pesquisas efeutadas e descrição das etapas

A semente – enquadramento histórico e geográfico – grupo 3

A farinha – da semente à farinha (utensílios e moinhos) – grupo 1

A massa - da farinha ao pão (leveduras e processo de fabrico na atualidade) – grupo 4

O pão – da importância do pão na alimentação (variedades e valor nutritivo) – grupo 2

Subprodutos:

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

Produto Final:

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Anexo 16 – Diário de Bordo

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Anexo 17 – Avaliação final do desafio

ANO LETIVO 2014/2015

Projeto nº 3 7º ano

Avaliação

Nome__________________________________________________________Nº___

Grupo: ______

Avalia numa escala de 1 a 5 o trabalho efetuado

Classificação

Autoavaliação do meu trabalho

Avaliação do trabalho de grupo

Avaliação dos colegas do grupo:

Aluno 1 (nome)

Aluno 2

Aluno 3

Aluno 4

Aluno 5

Aluno 6

Observações: pode explicar ou justificar a classificação atribuída:

Resposta ao desafio - “De onde vem o pão?”

Mobilização dos conteúdos/competências das diferentes disciplinas. Quais?

Parâmetros de avaliação do trabalho de grupo:

Colaboração entre os elementos do grupo

Cumprimento das tarefas

Cumprimento dos prazos

Empenho manifestado