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Aperiferiasurbanasterritóriosdestruturados
FernandaPaulaOliveiraFaculdadedeDireitodaUniversidadedeCoimbra
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1.Osproblemasnaocupaçãodoterritório
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A realidade atual, fruto do tipo de planeamento quetivemos• A dispersão da ocupação urbanística no território,
• Irracional expansão das infraestruturas que o servem.
Contraditoriamente, em muitos municípios terrenos expectantes dentrodos perímetros (à espera de PU e PP que acabaram por nunca surgir):vazios urbanos
Osdesperdíciosassociados
Odispersoémaiscaro emenoseficiente
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} Para inverter as tendências expansionistas dosperímetros e dispersivas da ocupação territorial: emvez de expansão urbana (PNPOT de 2008):
} contenção (consolidação) dos perímetros;
} preenchimento (colmatação) de forma integradade espaços vazios no seu interior;
} revitalização/reabilitação urbana;
} coesão social.
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Os novos problemas (potenciados pela crise pós 2008)
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Osproblemas
§ Os ilegais – resolução através da instituição de uma“politica de legalização”• Os grandes ilegais (AUGIs)• Os ilegais casuísticos• Legalização de atividades económicas• Legalizações urbanísticas
De regimes transitórios a regimes tendencialmentedefinitivos e estáveis (ainda que temporalmentelimitados)
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Osproblemas
Ossemi (i)legaisabandonados
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Osproblemas
FernandaPaulaOliveira
Oslegaisinacabadoseabandonados
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Osproblemas
• Os impactos no território
• Os problemas de saúde pública e ambientaisassociados
• Os problemas se segurança
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NoticiaDiáriodeCoimbra,2denovembrode2016
«O polémico empreendimento Jardins do Mondego,embargado desde o início de 2005, cujas diversasilegalidades marcam quatro mandatos autárquicos, é hoje“residência de luxo” e dormitório para sem-abrigo,toxicodependentes e arrumadores de automóveis.»
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Oslegaisabandonados(queconfiguramadispersão)
Osproblemas
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2.Queestratégias?
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Necessidade
• De gerir as “heranças” do passado, as “feridas” queforam deixadas nos territórios
• Não se trata de gerir periferias povoadas, masperiferias despovoadas:
• estão abandonadas! (30.000 fogos devolutos);• devem ficar abandonadas?
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Ofuturoeoscritériosdesustentabilidade
1 - A execução de infraestruturas urbanísticas e de equipamentos de utilizaçãocoletiva pelo Estado, pelas regiões autónomas e pelas autarquias locais obedecema critérios de eficiência e sustentabilidade financeira, sem prejuízo da coesãoterritorial.2 - Para efeitos do número anterior, qualquer decisão de criação deinfraestruturas urbanísticas é precedida da demonstração do seu interesseeconómico e da sustentabilidade financeira da respetiva operação, incluindo osencargos de conservação, justificadas pela entidade competente no âmbito daprogramação nacional, regional ou intermunicipal.3 - Os municípios elaboram obrigatoriamente um programa de financiamentourbanístico que integra o programa plurianual de investimentos municipais naexecução, na manutenção e no reforço das infraestruturas e a previsão de custosde gestão urbana e identifica, de forma explícita, as fontes de financiamento paracada um dos compromissos previstos.
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4 - Os municípios devem constituir um fundo municipal desustentabilidade ambiental e urbanística, ao qual são afetas receitasresultantes da redistribuição de mais-valias, com vista a promover areabilitação urbana, a sustentabilidade dos ecossistemas e aprestação de serviços ambientais, sem prejuízo do município poderafetar outras receitas urbanísticas a este fundo, com vista a promovera criação, manutenção e reforço de infraestruturas, equipamentos ouáreas de uso público.
5 - Os instrumentos tributários podem ter taxas de tributaçãodiferenciadas em função dos custos das infraestruturas territoriaisdisponibilizadas, da respetiva utilização e de opções de incentivo oudesincentivo justificadas por objetivos de ambiente e ordenamento doterritório.
Ofuturoeoscritériosdesustentabilidade
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Eopassado?
ALMEDINAmais
• Se os critérios tivessem sido os mesmos, o existente existiria?
• Os critérios para gerir o existente (ilegal ou alegais): devemser também critérios de sustentabilidade, nas suas distintasdimensões (económica, ambiental e social)?
• Os princípios da Lei de Bases devem aplicar-se também nagestão destes alegais?• Solidariedade:• Economia e eficiência;• Segurança jurídica e a proteção da confiança.
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OsprincípiosdoProgramaNacionalparaacoesãoterritorial
ALMEDINAmais
• Necessidade de criar territórios+ coesos+ competitivos+ sustentáveis+ conectados+ colaborativos
• O direito de os territórios acederem a atraírem oportunidades
Tudoisto sóparaterritóriospovoados?
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Osplanosmunicipais
ALMEDINAmais
Não devem ter só a estratégia para o futuro, mas umaestratégia para gerir o passado, dos “passivos” dosanos de ouro
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Alargaralógicasubjacenteàreabilitaçãourbana:combatedosdesperdícios
ALMEDINAmais
Territoriais: garantir a coerência dos aglomerados existentes econtendo a fragmentação;
Financeiros: promover a racionalização das infraestruturas eequipamentos existentes,:
Ambientais e patrimoniais: em virtude da manutenção e valorizaçãodo património construído e do ambiente urbano,
Sociais: já que pode funcionar como mecanismo de identificação eintegração sócio cultural e promover o bem estar das populações.
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Necessidade de ter uma estratégia para estes territórios eprogramar a sua concretização• Os objetivos a alcançar com a intervenção ou intervenções projetadas; paraquê?
• O âmbito subjetivo da programação (a definição de quem fica por elaabrangida e em que moldes, designadamente do ponto de vista dos mecanismosde associação); quem?
• O âmbito objetivo ou objeto da programação (que inclui a área delimitada aprogramar e a caraterização essencial da mesma, uma vez que a programaçãodifere consoante se programa, por exemplo, para urbanizar ou para reabilitar); oquê?
• As operações de execução a levar a cabo (reparcelamentos, loteamentos,“condomínios” urbanísticos); como?
• O tempo de execução (a programação temporal das ações previstas);quando? Em quanto tempo?
• O financiamento da execução (que deve, quando for caso disso,compatibilizar-se com o programa plurianual de intervenções do município erespetivo orçamento). Quanto?
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OPNPOT
ALMEDINAmais
• Onde integrar estas áreas em termos das classes do solo?
• Faz sentido um regime de caducidade dos direitosconferidos por loteamentos? Ou potencia ainda mais oseu abandono?
• Novos usos? Que usos? Inovação….
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O PNPOT:possibilidadedereclassificaçãocomourbano
• existência de concretas pretensões urbanísticas sobre o territórionecessárias ao seu desenvolvimento económico e social eindispensáveis à sua qualificação urbanística;
• inexistência de áreas urbanas disponíveis e comprovadamentenecessárias para as acolher esta pretensão e a sua finalidade(comprovado através, designadamente, dos níveis de oferta eprocura de solo urbano, com diferenciação tipológica quanto aouso, e dos fluxos demográficos); tornar estas áreas atrativas? Deque modo?
• viabilidade (sustentabilidade) económica e financeira datransformação do solo (identificando-se, designadamente, ossujeitos responsáveis pelo financiamento, a demonstração dasfontes de financiamento contratualizadas e de investimentopúblico) e demonstração do impacto da carga urbanística propostano sistema de infraestruturas existente, e a previsão dos encargosnecessários ao seu reforço, à execução de novas infraestruturas e àrespetiva manutenção;